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Faltam ajustes<br />
Caro Amigo e Camarada Doutor Vítor Manuel Sampaio Caetano Ramalho, embora seja na política<br />
que nos conhecemos, a consideração e estima que sinto, a amizade mutua que partilhamos<br />
é, de facto, o essencial na relação entre as pessoas que na vida se cruzam na busca de<br />
um mundo melhor e mais justo.<br />
A minha participação na política mais activa é de apenas cerca de 30 anos – entrei para a Assembleia<br />
Municipal em 1989.<br />
A figura de Vítor Ramalho, face à sua envolvência na política e o ter participado em Governos,<br />
era já muito conhecida a nível Nacional.<br />
Mas, naturalmente, conhecemo-nos pessoalmente e mais de perto com a sua forte presença<br />
e grande contributo que deu ao nosso Distrito como Presidente da Federação de Setúbal.<br />
É muito difícil para mim, apesar da vivência social, profissional e política, falar de uma pessoa<br />
como o Vítor - como carinhosamente o trato - de reconhecida inteligência, enormes capacidades<br />
e dimensão cultural de um nível superior.<br />
O Vítor, ao longo de todos estes anos, as suas intervenções, tinham sempre presente os alertas<br />
e ensinamentos que, inevitavelmente, nos obrigavam a refletir.<br />
As suas intervenções têm sempre bem presente a situação politica, económica / financeira,<br />
envolvente social do nosso País, da União Europeia, dos nossos principais parceiros e o contexto<br />
Internacional, carregadas de muito conteúdo, com muita lucidez dos efeitos de contágio<br />
no presente, mas, acima de tudo, com a visão e a prevenção do futuro.<br />
Muito antes da mais recente crise, por que passámos e ainda não ultrapassámos completamente<br />
– se é que vamos ultrapassar e quando –, já o Vítor, nas suas intervenções (autênticas<br />
aulas com muita matéria, muito trabalho de casa, muito úteis e oportunas), de forma serena e<br />
preocupada, alertava para a grave crise de que todos fomos alvos.<br />
Sendo uma pessoa de conhecimentos muito abrangentes e de carga cultural, aliados à sua<br />
enorme capacidade de orador e brilhantes discursos, com característica bem presentes de<br />
um Líder e mesmo de um Estadista, tornam as suas intervenções uma delicia e com vontade<br />
de mais.<br />
Mas se os valores e estas qualidades o tornam uma pessoa de referência, a enorme vontade,<br />
a preparação e disponibilidade para uma maior abrangência de gerações, raças e crenças,<br />
revelam a carga humanista que transporta e coloca em prática.<br />
Na apresentação do livro “cronica de uma amizade fixe”, a transversalidade dos presentes na<br />
plateia e dos oradores, que tornavam um ambiente muito agradável, de pertença, de partilha<br />
e de amizade, eram o retrato disso.<br />
É uma honra e um privilegio que a vida nos dá, cruzarmo-nos com pessoas como o Vítor.<br />
É, naturalmente, para mim uma enorme alegria e honra ter o Vítor como Camarada e Amigo,<br />
que apoiei e apoio sempre que necessário, que gosto de escutar e tenho aprendido muito.<br />
E por que há alguém que esteve sempre no pensamento em cada palavra que escrevia e em<br />
memória do inesquecível Líder e Estadista Mário Soares:<br />
- “Até logo Vítor. Olhe para essa barriguinha”.<br />
O Vítor Sorriu-lhe mais uma vez<br />
- Até logo doutor Mário Alberto.<br />
(crónica de uma amizade fixe)<br />
Óscar Domingues Ramos<br />
Santiago do Cacém, 2 de Junho de 2018<br />
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