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Revista +Saúde - 13ª Edição

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A Introdução alimentar de um bebê é algo fascinante<br />

e ao mesmo tempo desafiador para os pais. O bebê deixa<br />

de ser alimentado somente por leite materno ou fórmula<br />

infantil, e passa a comer alimentos sólidos. Ela é indicada<br />

à partir dos 6 meses, mas sabemos que algumas mamães<br />

precisam voltar ao trabalho (a licença maternidade ainda<br />

é de 4 meses!) e por isso em alguns casos é oferecido o<br />

leite da mãe ordenhado ou iniciada a introdução alimentar<br />

nessa fase.<br />

Existem diferentes métodos para realizarmos essa<br />

introdução, podendo ser participativo ou BLW (Baby-led-weaning),<br />

cuja tradução seria algo como “bebê conduzindo<br />

o desmame”. O método de introdução alimentar participativo,<br />

tradicionalmente conhecido pelas papinhas é o<br />

preconizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde)<br />

atualmente, sendo recomendado amassar o alimento com a<br />

colher até atingir a consistência de um purê, não devendo<br />

liquidificar ou peneirar esse alimento, para que não perca<br />

uma quantidade importante de fibras.<br />

Hoje em dia, após vários estudos multiprofissionais<br />

em todo o mundo, o método BLW está ganhando espaço e<br />

com a informatização está sendo muito conhecido e difundido<br />

pelas mamães. Nesse método é oferecido o alimento<br />

em pedaços para o bebê, respeitando seu ritmo ao descobrir<br />

o alimento, levá-lo a boca, mastigar e engolir. Para introdução<br />

alimentar pelo BLW é necessário que o bebê já fique<br />

sentado em uma posição ereta, consiga segurar objetos e<br />

levá-los a boca, não ter mais o reflexo de protusão da língua<br />

(por volta dos seis meses) e que o próprio bebê leve o<br />

alimento a boca.<br />

O método BLW ainda representa muitas dúvidas para<br />

alguns papais, por isso assim como o método tradicional,<br />

ele deve ser feito com ajuda e orientação do pediatra, que<br />

irá explicar qual a melhor forma de cortar e oferecer o alimento<br />

e como reduzir o risco de engasgos (que ocorrem<br />

igualmente nos dois métodos).<br />

DICAS PRÁTICAS<br />

SOBRE<br />

INTRODUÇÃO<br />

ALIMENTAR DO<br />

BEBÊ<br />

A forma de iniciar a alimentação sólida deve ser escolhida<br />

pela família em conjunto com o seu pediatra e<br />

nutricionista, sempre respeitando a dinâmica familiar. Independente<br />

do método escolhido a OMS recomenda que<br />

a criança participe da refeição e que respeitemos seu mecanismo<br />

de saciedade, nunca forçando a alimentação, respeitando<br />

o ritmo do bebê e não fazendo comparações entres<br />

os bebês (alguns aprendem a comer em dias e outros em<br />

meses).<br />

Alguns passos podem facilitar esse processo:<br />

• Escolher um cadeirão de alimentação confortável,<br />

com apoio para os pés e deixar o bebê usá-lo um mês antes<br />

de iniciar a nova alimentação;<br />

• Colocar o prato em frente ao bebê para que ele possa<br />

interagir com a comida, podendo ser usado pratos de plástico<br />

com ventosas para evitar quedas;<br />

• Escolher colheres não tão fundas, para o bebê conseguir<br />

colocar o alimento, não forçar a colher se a boca<br />

estiver fechada e deixar a criança explorar o alimento com<br />

a mão se inicialmente ela não tiver interesse na colher;<br />

• Usar e abusar de babadores. Hoje temos modelos com<br />

“cata-migalhas” e que vestem todo o tronco do bebê. Forrar<br />

o chão do cadeirão de alimentação também é uma boa<br />

alternativa.<br />

• Fornecer um ambiente calmo durante as refeições, inserindo<br />

o bebê nas refeições da família para que ele possa<br />

despertar o interesse pelo alimento e não associe brinquedos<br />

ou estímulos visuais (celulares ou tablets) nesse momento.<br />

A alimentação será melhor e com mais qualidade se a<br />

refeição for mais divertida, lúdica e alegre, desenvolvendo<br />

assim uma relação boa e saudável com o alimento, o que<br />

contribui para a redução drástica do risco de doenças relacionadas<br />

com a alimentação na fase adulta como diabetes,<br />

hipertensão arterial e obesidade.<br />

DICAS PRÁTICAS SOBRE INTRODUÇÃO ALIMENTAR DO BEBÊ<br />

Dra. Priscila<br />

Borges d´Ávila<br />

CRM GO 13726<br />

Residência Médica em Pediatria pela UFU;<br />

R3 em Medicina Intensiva Pediátrica pelo HMI;<br />

Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria;<br />

Membro da Associação de Medicina Intensiva Brasileira;<br />

Concursada Federal em UTI Pediátrica no Hospital<br />

Universitário – UFGD;<br />

Plantonista de Neonatologia e Pronto Atendimento de<br />

Pediatria no Hospital da Unimed;<br />

Atendimento de Recém-nascido e Pediatria geral em<br />

consultório.<br />

MAIS INFORMAÇÕES CONSULTE NOSSO GUIA NAS<br />

PÁGINAS 06 E 07<br />

,131

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