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Revista Santíssima Virgem - Edição Setembro 2018

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SAÚDE<br />

CONSCIENTIZAÇÃO E<br />

PREVENÇÃO DO SUICÍDIO:<br />

Vida e dor se misturam, fragilizam e distorcem a percepção e os<br />

sentidos<br />

Por Juliana Sgarbi M. Gutierres – Psicóloga e Psicanalista<br />

Especialista em Educação Cognitiva<br />

<strong>Setembro</strong> marca a campanha de conscientização e<br />

prevenção do suicídio, estimulando a reflexão e discussão,<br />

pois um dos fatores que colabora para esta<br />

situação é o silêncio que o assunto causa nas pessoas,<br />

aprisionando-as e isolando quem passa por isso. O silêncio<br />

se explica porque este ato vai na contramão do ideal social,<br />

de viver cada vez mais e melhor. O suicídio não é apenas<br />

um ato e sua consequência. É um processo de longo prazo,<br />

em que diferentes fatores têm influências: o meio social, as<br />

situações da sua vida e seus recursos pessoais (psicológicos,<br />

fisiológicos etc.). É na maneira como estes fatores se entrelaçam<br />

que o sofrimento de uma pessoa, no decorrer da vida,<br />

pode ganhar uma proporção a ponto de “roubar” o sentido de<br />

viver, tornando a própria sinônimo de dor.<br />

A ideação suicida¹ não representa uma desvalorização da<br />

vida, sua presença mostra o quanto se tornou intolerável o<br />

viver devido ao sofrimento presente, não se consegue ver<br />

além dele. O ato que parece dizer “não quero mais viver”<br />

na verdade diz “preciso acabar com esta dor”. Vida e dor<br />

se misturam, fragilizam e distorcem a percepção e os sentidos,<br />

criando um círculo vicioso<br />

que distancia a pessoa cada vez<br />

mais da verdade... que a vida<br />

existe além da dor.<br />

Para acessar esta verdade, é<br />

preciso um ambiente de compreensão<br />

e respeito, para acolher<br />

e reconhecer o sofrimento,<br />

possibilitando a expressão desta<br />

dor. Neste momento precisamos<br />

de ajuda para mudar a direção<br />

do nosso olhar. Tudo possui um<br />

limite, um fim. O sofrimento e a<br />

dor também, por isso é preciso<br />

insistir, resistir e perseverar.<br />

Fontes:<br />

1) Ideação suicida é uma representação mental (pensamentos e cognições) sobre como acabar com<br />

a própria vida.<br />

DEPRESSÃO: A FALTA DE<br />

SENTIDO PARA A VIDA<br />

Por Alex Souza - Personal Trainer Especialista em Envelhecimento<br />

Sociedade Brasileira de Personal Trainers / Grupo Exercício e Fé<br />

EM UMA SOCIEDADE<br />

ultramoderna e com<br />

mudanças acontecendo a<br />

todo o momento, será que<br />

temos tempo para cuidar<br />

de nossa própria vida?<br />

Tempo para cuidar de nossa<br />

saúde? Sem prioridades, as<br />

coisas começam a caminhar<br />

para um rumo não tão<br />

interessante, e doenças<br />

podem chegar. Entre elas, a<br />

depressão, caracterizada por um transtorno do humor,<br />

sendo potencialmente letal e, em casos graves, existe<br />

o risco contínuo de suicídio 1 , além de ser um problema<br />

de saúde pública, deixando seu portador incapaz,<br />

interferindo de modo impactante em sua vida nos mais<br />

diversos contextos.<br />

É também fator de risco para outras enfermidades,<br />

visto que suas formas moderadas podem se apresentar<br />

mascaradas por outras queixas, tais como dor de cabeça<br />

persistente, dispepsia, falta de apetite, constipação,<br />

gosto ruim na boca. Tudo isso pode gerar altos custos<br />

para o sistema de saúde e para a sociedade 2-3 .<br />

A depressão pode atingir qualquer pessoa,<br />

desde os mais jovens aos mais idosos e, por isso, é<br />

imprescindível zelar pela saúde e estar informado<br />

sobre tais questões. Vale ressaltar que muitos idosos<br />

chegam a esse quadro pelo isolamento social, falta de<br />

apoio familiar e sedentarismo.<br />

De acordo com a OMS (2006)4, o exercício físico<br />

pode promover o bem-estar, reduzindo o estresse, a<br />

ansiedade e a depressão. Ou seja, para colaborar de<br />

maneira significativa no combate a essa doença, que<br />

faz as pessoas esquecerem seu objetivos e sonhos,<br />

deve-se ter o estilo de vida ativo.<br />

Em suma, jamais perca o sentido da sua vida e<br />

cuide de sua saúde, que é o seu bem mais precioso e<br />

conte com ajuda profissional para isso.<br />

Fontees> 1. Silva, M. C. F. et al. Depressão: pontos de vista e conhecimento de<br />

enfermeiros da rede básica de saúde. <strong>Revista</strong> Latino-Americana de Enfermagem, v.11 n.1<br />

Ribeirão Preto jan./fev. 2003.<br />

2. OPAS/OMS. Programa de Salud Mental, División de Promócion de Salud. Modelo<br />

para la capacitación de la enfermeria general en al identificación y manejo de los<br />

transtornos afectivos. Generalista I; 1997.<br />

3. Montgomery S. Confrontando la depression. Guía del médico. New York: Pfizer<br />

Internacional; 1997.<br />

4. Organização Mundial de Saúde (OMS). O papel da atividade física no Envelhecimento<br />

saudável. Florianópolis, 2006.<br />

Paróquia Nossa Senhora de Fátima<br />

13<br />

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