REVISTA PENHA | novembro 2018
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
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UMA COZINHA<br />
DE AFETOS<br />
RESTAURANTE 'É SEGREDO!'<br />
ISABEL DUARTE E VÍTOR DUARTE,<br />
RUA DO SOL A CHELAS, 74<br />
TELEFONE: 212 499 181<br />
Vítor Duarte não tem dúvidas:<br />
“Quando conhecerem a canja<br />
de garoupa da minha mãe, vem<br />
gente de toda a cidade para a<br />
comer!”. Aberto há cerca de um<br />
mês, o restaurante ‘É Segredo!’ é<br />
construído de afetos.<br />
Para começar, a admiração que o<br />
filho nutre pela comida de Isabel,<br />
pelo modo como fala das receitas<br />
tradicionais da sua família, pelo<br />
conhecimento dos grandes livros<br />
de cozinha tradicional portuguesa,<br />
como os de “Maria de Lourdes<br />
Modesto, Chefe Silva ou o ‘Tesouro<br />
das Cozinheiras’”.<br />
Outro afeto tem a ver com o<br />
original nome do restaurante.<br />
“Pensámos noutro nome, que tem<br />
a ver com um dos pratos da casa”,<br />
diz Vítor. Mas, depois, “o meu genro<br />
disse que já tinha encontrado o<br />
nome”, acrescenta Isabel. “Quando<br />
lho perguntámos respondeu ‘É<br />
segredo!’. O nosso chefe, o Carlos<br />
Cardinho, insistia para dizer o nome<br />
e ele, claro, respondia a mesma<br />
coisa. O Carlos gostou muito e<br />
como achamos que o chefe tem de<br />
estar motivado e envolvido, foi o<br />
nome com que ficou”.<br />
E o que se come neste restaurante?<br />
Isabel, que também dá uma mão<br />
na cozinha, explica: “Temos<br />
uma pequena lista de pratos<br />
mais práticos, como bifes e uma<br />
proposta vegetariana, e diariamente<br />
dois pratos da cozinha tradicional<br />
portuguesa, todos com muita<br />
qualidade”. O filho adianta que a<br />
ideia é “ter ementas trimestrais, de<br />
acordo com as estações do ano”<br />
e que a qualidade é alma deste<br />
negócio. “Somos muito focados<br />
neste ponto, aqui não vai acontecer<br />
comprar um pouco mais barato<br />
porque o cliente não nota. Isso<br />
são práticas que dão cabo de uma<br />
casa”.<br />
Já as receitas – de Isabel, da<br />
sua mãe que era cozinheira e da<br />
bisavó que era governanta “de uma<br />
casa senhorial” –, passam pela já<br />
referida canja de garoupa, pelos<br />
peixinhos da horta, pelo frango de<br />
fricassé, pelo coelho da bisavó que<br />
demora 24 horas a fazer e que “não<br />
se encontra nos livros da cozinha<br />
portuguesa”, pela sopa de cação,<br />
pelo bacalhau à braz “com batata<br />
frita na casa e descascada à mão”,<br />
pelos pastéis de bacalhau, pela<br />
cabidela, pela sopa de tomate com<br />
ovo, etc., etc.<br />
Uma destas receitas pode calharlhe<br />
como prato do dia ou pode ser<br />
encomendada com antecedência.<br />
O restaurante funciona aos<br />
almoços e para take away de terça<br />
a sábado, das 12 às 21 horas, e ao<br />
domingo, das 12h às 16h. Jantares<br />
por marcação, e à tarde, além da<br />
comida para levar, há petiscos<br />
como saladinhas, ovos verdes,<br />
croquetes e rissóis, camarões<br />
fritos… ou qualquer outra surpresa<br />
que saia da cozinha.<br />
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