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Jornal Cocamar Abril 2017

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27 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong><br />

ENERGIA ELÉTRICA<br />

Uma economia milionária<br />

Até 2016, a Usina de Cogeração de Energia Elétrica da <strong>Cocamar</strong> havia<br />

possibilitado uma economia de R$ 29 milhões. Por Cleber França<br />

Oplanejamento é a<br />

solução para muitos<br />

problemas. Em<br />

2008, em meio à<br />

crise energética vivida pelo<br />

Brasil, a <strong>Cocamar</strong> instalou<br />

uma Usina de Cogeração de<br />

Energia Elétrica movida a<br />

biomassa. Até 2016, essa<br />

unidade gerou uma economia<br />

de R$ 29 milhões.<br />

A instalação da termoelétrica<br />

custou R$ 35 milhões,<br />

ou seja, já está quase paga.<br />

A ideia dos cooperados e<br />

diretoria era ter uma fonte<br />

própria de energia elétrica,<br />

já que o complexo conta<br />

com plantas industriais<br />

funcionando dia e noite.<br />

Dentre as vantagens da<br />

biomassa estão o baixo<br />

custo de operação, armazenamento,<br />

transporte e a eficiência<br />

energética. Somente<br />

nos períodos de safra (meados<br />

de fevereiro a abril e<br />

meados de junho a agosto)<br />

a usina não consegue suprir<br />

a demanda do complexo,<br />

uma vez que existem<br />

picos de 13,5 MWh, o que<br />

ultrapassa a capacidade<br />

dos equipamentos. “Nos outros<br />

meses somos capazes<br />

de produzir toda a energia<br />

necessária para o complexo<br />

de Maringá”, informou<br />

o supervisor de manutenção<br />

da <strong>Cocamar</strong>, Fernando<br />

Borges Santos.<br />

A produção, em torno de<br />

5 MW, dá pra suprir a demanda<br />

de uma cidade de<br />

aproximadamente 60 mil<br />

habitantes, porém este valor<br />

pode chegar a 13MW dependendo<br />

da necessidade<br />

da cooperativa. Trata-se de<br />

um processo complexo que<br />

envolve as diversas áreas<br />

da engenharia (termodinâmica,<br />

elétrica, mecânica) e<br />

suas ramificações: metalúrgica,<br />

resistência, alta tensão<br />

industrial, automação,<br />

mecânica de fluídos, tratamento<br />

químico e físico,<br />

entre outras.<br />

Na operação, 20 pessoas<br />

trabalham de forma direta<br />

e outras oito indiretamente,<br />

com fluxo diário de aproximadamente<br />

20 caminhões.<br />

“As caldeiras são alimentadas<br />

por biomassa, em sua<br />

maioria cavaco de madeira<br />

e bagaço de cana. Esse material<br />

gera calor nas caldeiras,<br />

as quais propiciam<br />

vapor para o parque industrial.<br />

Porém, antes de chegar<br />

ao destino final, este<br />

vapor passar por uma turbina,<br />

que gera a energia”,<br />

explicou Santos.<br />

Não existe armazenamento<br />

de energia. Tudo o<br />

que é produzido é consumido<br />

pela <strong>Cocamar</strong>. A<br />

maioria dos equipamentos<br />

utilizados na construção da<br />

Usina de Cogeração de<br />

Energia Elétrica da <strong>Cocamar</strong><br />

é nacional, porém os<br />

sistemas de controle foram<br />

importados dos Estados<br />

Unidos e Alemanha. E a<br />

modernização não para por<br />

ai. “Existem projetos de<br />

melhoria na eficiência<br />

energética e novos estudos<br />

para geração de energia a<br />

partir de outras fontes (solar<br />

e biogás)”, finalizou,<br />

Santos.<br />

COMEÇO - O projeto de implantação<br />

foi iniciado em fevereiro<br />

de 2008 com o fechamento<br />

dos contratos de<br />

compra dos primeiros equipamentos<br />

(caldeira, turbina<br />

e gerador). Já em setembro<br />

de 2008 foram realizadas<br />

as obras civis. A montagem<br />

dos equipamentos teve início<br />

em janeiro de 2009,<br />

com a finalização em setembro<br />

deste mesmo ano. A<br />

operação foi iniciada, exatamente,<br />

em 1º de outubro de<br />

2009.<br />

VALOR – O valor de toda a<br />

energia produzida no período<br />

geraria uma receita<br />

de R$ 100 milhões. Lembrando<br />

que, em 2008, a fatura<br />

mensal de energia da<br />

cooperativa era de quase<br />

R$ 2 milhões.<br />

A estrutura<br />

possibilitou, também,<br />

segurança ao parque<br />

industrial, ao eliminar<br />

o risco de apagões

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