Jornal Cocamar Abril 2017
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32 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong><br />
CAFÉ<br />
Cultura rentável, como poucas<br />
Dos 36 hectares que Benedito<br />
Lavaria e a esposa<br />
Irene possuem em Apucarana,<br />
14 hectares são de<br />
mata nativa. Do que resta,<br />
o casal e o filho, José Augusto,<br />
tiveram que planejar<br />
bem as atividades, para<br />
que todos pudessem viver<br />
tranquilamente. “Se fosse<br />
só soja, já teríamos ido para<br />
a cidade. Produzir café, legumes<br />
e frutas dá trabalho.<br />
É de sol a sol e sem fim de<br />
semana. Mas, é o que nos<br />
mantém. O café dá uma renda<br />
quatro vezes maior do<br />
que a soja”, diz Benedito<br />
ressaltando que para a pequena<br />
propriedade, não<br />
tem melhor negócio.<br />
Quase cinco hectares são<br />
ocupados com 15 mil pés de<br />
café, produzindo uma média<br />
de 40 sacas beneficiadas<br />
por hectare. “Se cuidar<br />
da lavoura, tem resposta<br />
em produtividade e rentabilidade”,<br />
ressalta José Augusto.<br />
A família já teve<br />
mais de 60 mil pés de café,<br />
mas era no sistema antigo<br />
e os gastos com mão de<br />
obra estavam tornando a<br />
atividade inviável. Aproveitaram<br />
a forte geada de<br />
2012 para mudar.<br />
Começaram a adequar a<br />
área para o sistema mecanizado,<br />
plantando um pouco<br />
a cada ano. O manejo foi<br />
todo mecanizado, com trator,<br />
trincha, pulverizador,<br />
carreta para distribuição de<br />
esterco, adubadeira, abanador<br />
e soprador, estrutura<br />
para tocar tranquilo 100 mil<br />
pés de café, além de um secador<br />
para 6 mil litros. Só<br />
falta a colheitadeira. “Por<br />
enquanto, temos nos virado<br />
com a derriçadeira manual”,<br />
afirma Benedito.<br />
Antes da mecanização,<br />
Aposta em produtividade para permanecer no sítio<br />
conta, contratava pessoal<br />
até para o manejo diário.<br />
Hoje, só os dois dão conta,<br />
sobrando tempo para desenvolver<br />
as outras atividades.<br />
E para a colheita tem<br />
contratado metade do que<br />
antes. “Quando for possível<br />
entrar com a colheitadeira,<br />
vamos ter praticamente o<br />
mesmo trabalho que com a<br />
soja, só que com bem mais<br />
segurança, principalmente<br />
em caso de estiagem”.