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Jornal Cocamar Abril 2018

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pria área, parando<br />

com os arrendamentos.<br />

Buscando aproveitar uma<br />

área quebrada e alagada, que<br />

estava perdida, há 20 anos ele<br />

tinha montado oito represas<br />

com 18 mil metros quadrados<br />

de lâmina de água onde faz<br />

recria e engorda de tilápia. A<br />

princípio a criação era mais<br />

para consumo e eventualmente<br />

comercializava o excedente.<br />

Quando aumentou a<br />

produção, chegou a trabalhar<br />

com parceiros, mas não deu<br />

muito certo. Foi aí que decidiu<br />

priorizar.<br />

AGREGAR VALOR - Há cinco<br />

anos, buscando agregar valor<br />

a produção e ter uma opção<br />

de renda extra, construiu uma<br />

estrutura com 110 metros<br />

quadrados que serve como<br />

abatedouro e agroindústria<br />

rural, montando uma linha de<br />

produção para limpeza, filetagem<br />

e embalagem. Com essa<br />

estrutura é possível abater 2<br />

mil peixes por dia, mas por<br />

enquanto o trabalho de despesca<br />

e abate é feito uma vez<br />

na semana ou a cada 10 dias,<br />

tirando uma média de 450 kg<br />

de peixe por vez. “Conforme<br />

for abrindo mercado, a ideia é<br />

ir ampliando a produção”, diz<br />

Antonio.<br />

A tilápia é a principal criação,<br />

leva sete meses para<br />

atingir o tamanho ideal e é<br />

abatida com 600 a 700 gramas,<br />

rendendo de 200 a 300<br />

gramas de filé. Como em<br />

cada represa há peixe em um<br />

estágio de desenvolvimento,<br />

sempre tem peixe para fornecer.<br />

A entrega é feita semanalmente<br />

nos mercados e<br />

lanchonetes e há os clientes<br />

certos que sempre vêm buscar<br />

no sítio.<br />

APROVEITAMENTO - Em média<br />

33% do peso do peixe se<br />

transformam em filé. “Por enquanto,<br />

não temos como<br />

aproveitar totalmente as carcaças<br />

e a pele, porque o volume<br />

é pequeno e não compensa<br />

o investimento. Então,<br />

mais para dar uma destinação<br />

correta, torramos e misturamos<br />

com a ração para os peixes,<br />

acrescentando milho,<br />

farelo de soja, de trigo e de<br />

arroz. A maior parte da ração,<br />

entretanto, é comprada extrusada,<br />

própria para alimentar<br />

as tilápias e que resultam<br />

numa perda menor.<br />

A família também cria pacu,<br />

que come de tudo, aproveitando<br />

o resto dos insumos<br />

que as tilápias não consomem,<br />

e a carpa capim e carpa<br />

cabeçuda, que se alimentam<br />

principalmente das plantas e<br />

algas que surgem nos tanques,<br />

deixando-os limpos.<br />

TRABALHO - No dia a dia de<br />

cuidado da propriedade trabalham<br />

três pessoas, Antonio,<br />

o genro Alex e um diarista.<br />

Quando é tempo de despesca<br />

e filetagem, aí a filha Vanessa<br />

e a esposa Luzia vêm ajudar e<br />

contratam mais umas 10<br />

pessoas em média, entre vizinhos<br />

e amigos, para ajudar<br />

na despesca e limpeza.<br />

Antonio diz que o peixe acaba<br />

dando mais renda que soja,<br />

mas também muito trabalho<br />

e uso de boa tecnologia. “Se<br />

der algum problema como doença<br />

ou falta de oxigênio,<br />

morre tudo. Tem que ficar em<br />

cima o tempo todo, cuidando<br />

também com os predadores.<br />

Se não fica atento, a hora que<br />

vê o estrago já está feito”, comenta<br />

o produtor que coloca<br />

uma média de oito peixes por<br />

metro quadrado. A meta é<br />

chegar a 15 peixes por metro<br />

quadrado ou mais, nível que<br />

demanda alta tecnologia.<br />

Com a agroindústria<br />

rural, produtor<br />

busca expandri<br />

mercado e<br />

produção<br />

J or n al d e S er vi ço Co c am ar | 7 3

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