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Enquanto a força de trabalho<br />
no agronegócio como um<br />
todo cai 6,6%, a das mulheres<br />
cresce 8,3% de 2004 para<br />
2015 e a dos homens caiu<br />
11,3%. As mulheres, que participavam<br />
com 24% da força<br />
de trabalho no setor, em<br />
2004, elevaram a participação<br />
para 28% em 2015. E<br />
elas chegam ao mercado<br />
com carteira assinada e com<br />
um grau mais elevado de<br />
educação. No período, a participação<br />
das mulheres com<br />
Mulheres<br />
Drones<br />
ensino superior dobrou, passando<br />
de 7,6% para 15%. Já<br />
a das que têm apenas o ensino<br />
fundamental caiu. Além<br />
disso, a maioria delas se considera<br />
satisfeita com as funções<br />
desempenhadas, com a<br />
remuneração e com o aprendizado<br />
no serviço. Mesmo<br />
com esses bons indicadores,<br />
são necessárias algumas melhorias,<br />
entre as quais a do<br />
nível hierárquico dos cargos<br />
usualmente ocupados por<br />
elas no agronegócio. Essas<br />
Praticamente desconhecidos<br />
até meados de 2010, os drones,<br />
pequenas aeronaves<br />
sem tripulação, comandadas<br />
à distância, vêm aumentando<br />
sua presença em diversas<br />
atividades, com destaque<br />
para o avanço expressivo de<br />
seu uso nas fazendas. O<br />
ritmo de crescimento desse<br />
mercado no país tem surpreendido<br />
até mesmo os fabricantes<br />
dos equipamentos.<br />
Há estimativas de que o Brasil,<br />
que hoje ocupa a décima<br />
colocação, se tornará, em<br />
dois anos, o terceiro maior<br />
mercado mundial de drones<br />
na agricultura. Os primeiros<br />
colocados hoje são Estados<br />
Unidos, Europa, Canadá e<br />
Argentina. Cerca de 40% das<br />
aeronaves não tripuladas estariam<br />
dedicadas a aplicações<br />
no agronegócio. A participação<br />
é superior ao resto<br />
do mundo, que tem um percentual<br />
de 25%.<br />
Meta climática<br />
O relatório do Programa das<br />
Nações Unidas para o Meio<br />
Ambiente (Pnuma) concluiu<br />
que os atuais compromissos<br />
assumidos pelos países no<br />
Acordo de Paris estão aquém<br />
do necessário para manter o<br />
aquecimento global abaixo<br />
de 2°C. O lapso entre a real<br />
situação da proteção climática<br />
e aquela que realmente<br />
precisa-se alcançar é conhecido<br />
como o hiato de emissões.<br />
O Pnuma adverte que,<br />
se não for fechado o hiato de<br />
emissões até 2030, a possibilidade<br />
de limitar o aquecimento<br />
a um máximo de 2°<br />
Celsius será inacessível. O<br />
relatório levanta preocupações<br />
sobre a minguante probabilidade<br />
de alcançar o teto<br />
de aquecimento de 1,5°C,<br />
muito mais desejável. Se as<br />
tendências atuais continuarem<br />
como estão, o aquecimento<br />
provavelmente atingirá<br />
3,2°C até o final do século.<br />
Biocombustíveis<br />
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos<br />
aumentou a sua exigência de mistura de biocombustíveis<br />
avançados em 15% em <strong>2019</strong>, enquanto manteve estável<br />
o requerimento para os biocombustíveis convencionais,<br />
como o etanol à base de milho. O mandato inclui 4,92<br />
bilhões de galões para biocombustíveis avançados, que<br />
podem ser feitos de plantas ou dejetos animais, um volume<br />
maior do que a proposta inicial de 4,88 bilhões e<br />
superando os 4,29 bilhões estabelecidos em 2018. O requerimento<br />
para biocombustíveis convencionais permanece<br />
a 15 bilhões de galões em 2018, alinhado com a<br />
cifra de 2018. Tal mudança pode beneficiar o Brasil, cujo<br />
etanol de cana é considerado avançado.<br />
Referência<br />
O Brasil é referência mundial<br />
na substituição de combustível<br />
fóssil por combustíveis<br />
renováveis, na forma de etanol<br />
e biodiesel. Nos primeiros<br />
nove meses de 2018, o etanol<br />
adicionado à gasolina e<br />
utilizado na frota flex do País<br />
substituiu 44,3% da gasolina.<br />
Em alguns Estados, como<br />
Mato Grosso, esse grau de<br />
substituição chega a 64,2%.<br />
Em São Paulo, que é o maior<br />
consumidor, a substituição<br />
alcançou 57,8% no período.<br />
constatações aparecem em<br />
uma pesquisa sobre a participação<br />
das mulheres no agronegócio,<br />
feita pelo Cepea -<br />
Centro de Estudos Avançados<br />
em Economia Aplicada.<br />
Esses números, citados pelo<br />
presidente da consultoria Datagro,<br />
Plinio Nastari, revelam<br />
não só o potencial de economia<br />
de combustível fóssil no<br />
País como de redução de<br />
emissões de gases do efeito<br />
estufa – nas quais o insumo<br />
proveniente do petróleo é<br />
pródigo. O setor de biocombustíveis<br />
dará uma contribuição<br />
enorme para o Brasil<br />
atingir as metas que se comprometeu<br />
a cumprir dentro<br />
do Acordo de Paris.<br />
Copersucar<br />
O presidente-executivo da<br />
brasileira Copersucar, uma<br />
das maiores empresas de<br />
açúcar e etanol do mundo,<br />
Paulo Roberto de Souza,<br />
deixou o cargo. João Roberto<br />
Teixeira, que liderou o<br />
banco Votorantim por vários<br />
anos, é o novo presidente<br />
executivo. Souza comandou<br />
a Copersucar por nove anos<br />
e foi uma pessoa chave por<br />
trás do acordo com a Cargill<br />
para criar a Alvean. A empresa<br />
registrou receita líquida<br />
de 28,6 bilhões de<br />
reais na safra 2017/18, e<br />
comercializou no período<br />
4,5 milhões de toneladas de<br />
açúcar e 4,3 bilhões de litros<br />
de etanol.<br />
Calor<br />
A tendência de aquecimento<br />
do planeta continua<br />
e 2018 deve entrar para a<br />
história como o quarto ano<br />
mais quente já registrado,<br />
segundo dados da ONU. Os<br />
20 anos com temperaturas<br />
mais elevadas da história<br />
foram registrados nos últimos<br />
22 anos. Os últimos<br />
quatro anos foram também<br />
os quatro com temperaturas<br />
mais altas. De acordo<br />
com a Organização Meteorológica<br />
Mundial, o calor<br />
também tem sido seguido<br />
por sinais como mudanças<br />
climáticas, elevação do nível<br />
do mar, degelo em muitas<br />
das regiões polares e<br />
fenômenos climáticos extremos<br />
deixando um rastro<br />
de devastação em todos os<br />
continentes.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 11