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Jornal Paraná Janeiro 2019

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Enquanto a força de trabalho<br />

no agronegócio como um<br />

todo cai 6,6%, a das mulheres<br />

cresce 8,3% de 2004 para<br />

2015 e a dos homens caiu<br />

11,3%. As mulheres, que participavam<br />

com 24% da força<br />

de trabalho no setor, em<br />

2004, elevaram a participação<br />

para 28% em 2015. E<br />

elas chegam ao mercado<br />

com carteira assinada e com<br />

um grau mais elevado de<br />

educação. No período, a participação<br />

das mulheres com<br />

Mulheres<br />

Drones<br />

ensino superior dobrou, passando<br />

de 7,6% para 15%. Já<br />

a das que têm apenas o ensino<br />

fundamental caiu. Além<br />

disso, a maioria delas se considera<br />

satisfeita com as funções<br />

desempenhadas, com a<br />

remuneração e com o aprendizado<br />

no serviço. Mesmo<br />

com esses bons indicadores,<br />

são necessárias algumas melhorias,<br />

entre as quais a do<br />

nível hierárquico dos cargos<br />

usualmente ocupados por<br />

elas no agronegócio. Essas<br />

Praticamente desconhecidos<br />

até meados de 2010, os drones,<br />

pequenas aeronaves<br />

sem tripulação, comandadas<br />

à distância, vêm aumentando<br />

sua presença em diversas<br />

atividades, com destaque<br />

para o avanço expressivo de<br />

seu uso nas fazendas. O<br />

ritmo de crescimento desse<br />

mercado no país tem surpreendido<br />

até mesmo os fabricantes<br />

dos equipamentos.<br />

Há estimativas de que o Brasil,<br />

que hoje ocupa a décima<br />

colocação, se tornará, em<br />

dois anos, o terceiro maior<br />

mercado mundial de drones<br />

na agricultura. Os primeiros<br />

colocados hoje são Estados<br />

Unidos, Europa, Canadá e<br />

Argentina. Cerca de 40% das<br />

aeronaves não tripuladas estariam<br />

dedicadas a aplicações<br />

no agronegócio. A participação<br />

é superior ao resto<br />

do mundo, que tem um percentual<br />

de 25%.<br />

Meta climática<br />

O relatório do Programa das<br />

Nações Unidas para o Meio<br />

Ambiente (Pnuma) concluiu<br />

que os atuais compromissos<br />

assumidos pelos países no<br />

Acordo de Paris estão aquém<br />

do necessário para manter o<br />

aquecimento global abaixo<br />

de 2°C. O lapso entre a real<br />

situação da proteção climática<br />

e aquela que realmente<br />

precisa-se alcançar é conhecido<br />

como o hiato de emissões.<br />

O Pnuma adverte que,<br />

se não for fechado o hiato de<br />

emissões até 2030, a possibilidade<br />

de limitar o aquecimento<br />

a um máximo de 2°<br />

Celsius será inacessível. O<br />

relatório levanta preocupações<br />

sobre a minguante probabilidade<br />

de alcançar o teto<br />

de aquecimento de 1,5°C,<br />

muito mais desejável. Se as<br />

tendências atuais continuarem<br />

como estão, o aquecimento<br />

provavelmente atingirá<br />

3,2°C até o final do século.<br />

Biocombustíveis<br />

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos<br />

aumentou a sua exigência de mistura de biocombustíveis<br />

avançados em 15% em <strong>2019</strong>, enquanto manteve estável<br />

o requerimento para os biocombustíveis convencionais,<br />

como o etanol à base de milho. O mandato inclui 4,92<br />

bilhões de galões para biocombustíveis avançados, que<br />

podem ser feitos de plantas ou dejetos animais, um volume<br />

maior do que a proposta inicial de 4,88 bilhões e<br />

superando os 4,29 bilhões estabelecidos em 2018. O requerimento<br />

para biocombustíveis convencionais permanece<br />

a 15 bilhões de galões em 2018, alinhado com a<br />

cifra de 2018. Tal mudança pode beneficiar o Brasil, cujo<br />

etanol de cana é considerado avançado.<br />

Referência<br />

O Brasil é referência mundial<br />

na substituição de combustível<br />

fóssil por combustíveis<br />

renováveis, na forma de etanol<br />

e biodiesel. Nos primeiros<br />

nove meses de 2018, o etanol<br />

adicionado à gasolina e<br />

utilizado na frota flex do País<br />

substituiu 44,3% da gasolina.<br />

Em alguns Estados, como<br />

Mato Grosso, esse grau de<br />

substituição chega a 64,2%.<br />

Em São Paulo, que é o maior<br />

consumidor, a substituição<br />

alcançou 57,8% no período.<br />

constatações aparecem em<br />

uma pesquisa sobre a participação<br />

das mulheres no agronegócio,<br />

feita pelo Cepea -<br />

Centro de Estudos Avançados<br />

em Economia Aplicada.<br />

Esses números, citados pelo<br />

presidente da consultoria Datagro,<br />

Plinio Nastari, revelam<br />

não só o potencial de economia<br />

de combustível fóssil no<br />

País como de redução de<br />

emissões de gases do efeito<br />

estufa – nas quais o insumo<br />

proveniente do petróleo é<br />

pródigo. O setor de biocombustíveis<br />

dará uma contribuição<br />

enorme para o Brasil<br />

atingir as metas que se comprometeu<br />

a cumprir dentro<br />

do Acordo de Paris.<br />

Copersucar<br />

O presidente-executivo da<br />

brasileira Copersucar, uma<br />

das maiores empresas de<br />

açúcar e etanol do mundo,<br />

Paulo Roberto de Souza,<br />

deixou o cargo. João Roberto<br />

Teixeira, que liderou o<br />

banco Votorantim por vários<br />

anos, é o novo presidente<br />

executivo. Souza comandou<br />

a Copersucar por nove anos<br />

e foi uma pessoa chave por<br />

trás do acordo com a Cargill<br />

para criar a Alvean. A empresa<br />

registrou receita líquida<br />

de 28,6 bilhões de<br />

reais na safra 2017/18, e<br />

comercializou no período<br />

4,5 milhões de toneladas de<br />

açúcar e 4,3 bilhões de litros<br />

de etanol.<br />

Calor<br />

A tendência de aquecimento<br />

do planeta continua<br />

e 2018 deve entrar para a<br />

história como o quarto ano<br />

mais quente já registrado,<br />

segundo dados da ONU. Os<br />

20 anos com temperaturas<br />

mais elevadas da história<br />

foram registrados nos últimos<br />

22 anos. Os últimos<br />

quatro anos foram também<br />

os quatro com temperaturas<br />

mais altas. De acordo<br />

com a Organização Meteorológica<br />

Mundial, o calor<br />

também tem sido seguido<br />

por sinais como mudanças<br />

climáticas, elevação do nível<br />

do mar, degelo em muitas<br />

das regiões polares e<br />

fenômenos climáticos extremos<br />

deixando um rastro<br />

de devastação em todos os<br />

continentes.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 11

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