Revista Desporto&Sports - ed14 2019 (Versão Gratuita)

Novo ano, nova temporada de
ciclismo e novos nomes para
decorar. Tudo na vida tem
o seu tempo e no ciclismo
não é diferente. Enquanto os
melhores ciclistas da última
década e meia estão a chegar
ao final das suas carreiras,
jovens corredores cheios de
ambição e famintos pelo sucesso
tomam os seus lugares.
Da nova geração que está
a aparecer, há muita escolha
desde os reis do ciclocross,
Mathieu Van der Poel e Wout
Van Aert, passando pelo
vencedor do Tour de l’Avenir,
Tadej Pogacar e acabando
em mais uma coqueluche
colombiana que assinou pela
Trek-Segafredo mas que
afinal acabou por ir para o
Team Sky, Ivan Ramiro Sosa.
No entanto, há três
nomes que se destacam
dos demais, são eles: Enric
Mas, Egan Bernal e Remco
Evenepoel. Vamos dar
prioridade aos mais velhos
e começamos por falar do
“delfim de Contador”.
A - Enric Mas,
“Spain´s next
big thing”
Maiorquino de 24 anos, formado
na fundação Contador onde
deu nas vistas e rapidamente
chamou a atenção das principais
equipas do World Tour. Em
2016 foi para a equipa satélite da
Quick-Step, a Klein Constantina,
onde realizou um ano positivo,
entre as vitórias está a Volta ao
Alentejo. No ano seguinte saltou
para a equipa de Patrick Lefevere,
foi uma temporada de aprendizagem,
mesmo assim foi dando
sempre sinais que é um ciclista de
enorme qualidade.
A montanha é o seu habitat
natural, mas ao contrário do
típico trepador defende-se muito
bem no contrarrelógio individual,
como o fez na última Vuelta,
prova onde deu o salto para a
elite mundial, ao terminar em 2º
da geral. Na primeira parte da
última temporada mostrou que
estava a evoluir na direção certa,
safou-se muito bem na Volta ao
País Basco e também na Volta
à Suiça, mas nada previa que
fizesse uma Vuelta tão forte e
conseguisse o pódio. Depois de
ter passado por dificuldades na
primeira etapa de montanha, o
maiorquino foi crescendo durante
a prova e culminou com uma
terceira semana notável, a cereja
no topo do bolo foi a vitória na
20ª etapa. A forma como geriu o
Da nova
geração
que está a
aparecer, há
muita escolha
desde os reis
do ciclocross,
Mathieu Van
der Poel e
Wout Van Aert,
passando
pelo vencedor
do Tour de
l’Avenir, Tadej
Pogacar e
acabando
em mais uma
coqueluche
colombiana
que assinou
pela Trek-
Segafredo
mas que afinal
acabou por ir
para o Team
Sky, Ivan
Ramiro Sosa.
No entanto,
há três
nomes que
se destacam
dos demais,
são eles:
Enric Mas,
Egan Bernal
e R emco
esforço ao longo das 3 semanas
e a frieza com que abordou os
diferentes momentos da corrida
são revela a maturidade que já
possui em tão tenra idade.
Alberto Contador no dia da
sua retirada disse que Enric Mas
era: “Spain´s next big thing”. Pela
amostra de 2018, é bem provável
que tenha razão e estejamos
perante um ciclista que pode marcar
a próxima década. Em 2019
deverá estrear-se no Tour.
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