RCIA - ED. 154 - MAIO 2018
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ÍNDICE<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>154</strong> - <strong>MAIO</strong>/<strong>2018</strong><br />
CAPA<br />
Bem Viver - Espaço Zana<br />
ECONOMIA<br />
Movimentação de mercado<br />
DIA DAS MÃES<br />
13 de Maio<br />
SABORES<br />
Araraquara na decisão<br />
10 8 13<br />
19<br />
38<br />
Dias produtivos e agradáveis no<br />
melhor espaço para a terceira<br />
idade em Araraquara.<br />
Araraquara ocupa o nono lugar<br />
no ranking de exportação do<br />
Estado de São Paulo.<br />
Confira um especial sobre a<br />
gravidez e o dilema das mulheres<br />
entre o corpo e a vida social.<br />
Alecrim, de Gil Cattani (foto) e<br />
Galli Pizzaria estão na final da<br />
Copa Brasileira de Pizzarias.<br />
Saúde<br />
30| São Francisco vai retomar<br />
serviços na Beneficência<br />
Portuguesa em agosto.<br />
Sincomercio<br />
32| Empresas se adequam para<br />
atender clientes cada vez mais<br />
exigentes.<br />
CIESP<br />
48| Nova liminar evita mudanças<br />
nas taxas do licenciamento<br />
ambiental.<br />
Sindicato Rural<br />
51| Diretores do sindicato<br />
participam da solenidade de<br />
abertura da Agrishow<br />
Fundo Social já ocupa sua nova sede<br />
O Fundo Social de Solidariedade de<br />
Araraquara agora está instalado na Rua<br />
Imaculada Conceição (Rua 12),<br />
nº 3885, na Vila Yamada. O<br />
atendimento ocorre de segunda a sextafeira,<br />
das 7h às 13h. A mudança, que<br />
era no antigo Estrela Futebol Clube<br />
para a Vila Yamada, onde era uma<br />
escola estadual, visa ampliar a<br />
qualidade no atendimento às entidades<br />
sociais e ao público, segundo a<br />
presidente do Fundo Social, Cidinha<br />
Silva. A antiga sede foi destinada para<br />
a Banda Marcial Olávio Felippe.<br />
Presidente do Fundo Social, Cidinha Silva<br />
(direita) e a vice Rosa Barbiero<br />
Investimento<br />
O vereador Zé Luiz comemora os<br />
serviços que a Prefeitura vem fazendo<br />
no Vale do Sol. “Há muito tempo essa<br />
região estava esquecida. Com isso,<br />
muitos serviços ficaram acumulados. A<br />
população tem me procurado pedindo<br />
melhorias nesta localidade, temos<br />
trabalhado para isso, resolvido muitos<br />
problemas, mas com o acúmulo de<br />
coisas a serem realizadas, levaria<br />
muito tempo para deixarmos tudo em<br />
ordem, por isso, indiquei ao prefeito<br />
Edinho a necessidade de se começar<br />
por esta região”.<br />
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DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
COPA DO MUNDO<br />
Para colar no armário!<br />
MÚSICA<br />
The Hippies, o som do rock<br />
por: Sônia Maria Marques<br />
Os benefícios concedidos aos<br />
carros-fortes nas ruas da cidade<br />
Não é de hoje que a população reclama das paradas<br />
“inapropriadas” de carros-fortes nas ruas centrais de<br />
Araraquara. É verdade que existe uma Lei Federal (n°<br />
7.102/83) e uma portaria n° 387, do Código de Trânsito<br />
Brasileiro que permitem às transportadoras de cargas de<br />
valor, gozar desta livre parada. Em 1983, Araraquara<br />
possuía cerca de 90 mil habitantes, menos de 50 mil<br />
veículos transitando pelas vias públicas e um número<br />
infinitamente menor de agências bancárias e postos de<br />
atendimento (lotéricas).<br />
44<br />
Nesta edição, publicamos a<br />
tabela da competição para você<br />
não perder nenhum jogo.<br />
Canasol<br />
62 | Pulverização aérea é uma<br />
prática segura e necessária.<br />
Leia sobre o assunto.<br />
67<br />
Grupo agitou as noites de<br />
Araraquara entre 1966 e 1970<br />
com muito rock´n´roll.<br />
Vida social<br />
74| Em sua coluna deste<br />
mês, Maribel Santos faz uma<br />
homenagens às mães.<br />
Mais viaturas no Trânsito<br />
Passados 35 anos, o quadro evidentemente é outro e o<br />
centro da cidade acabou se transformando num caos: os<br />
bancos jamais se preocuparam em criar espaços internos<br />
em suas agências e as autoridades continuam empurrando<br />
o problema com a barriga. Em uma volta pela cidade, não<br />
é difícil encontrar carros-fortes parados em vias públicas de<br />
grande fluxo, causando congestionamentos e prejudicando<br />
a segurança dos cidadãos que trafegam no entorno desses<br />
locais.<br />
A lei federal garante algumas “regalias” pensando que<br />
quanto menor for o deslocamento desembarcado do<br />
numerário transportado, menor será o risco da população<br />
em geral. Hoje, na prática, isto não acontece, devido ao<br />
enorme movimento de pedestres e veículos na via pública.<br />
Quando se fala que o Brasil precisa de uma revisão, isso<br />
não está apenas nos poderes constituídos.<br />
O secretário municipal<br />
de Cooperação dos<br />
Assuntos de Segurança<br />
Pública, coronel João<br />
Alberto Nogueira Júnior,<br />
anunciou em abril que<br />
a sua secretaria já conta<br />
com sete novas viaturas<br />
em operação nas ruas de<br />
Araraquara, duas delas na<br />
‘Patrulha Maria da Penha’<br />
ou ações de combate a<br />
casos de agressão contra<br />
mulheres. As outras<br />
cinco são utilizadas na<br />
fiscalização do trânsito.<br />
Segundo ele, são todas<br />
viaturas 0km, adaptadas<br />
para as operações de<br />
trânsito na cidade. Eram<br />
aguardadas há tempos<br />
pelo setor e foram<br />
conquistadas pelo prefeito<br />
Edinho”, resumiu o<br />
secretário.<br />
João Alberto Nogueira Júnior<br />
É importante lembrar,<br />
conforme acrescentou, que<br />
os agentes de fiscalização<br />
vão além dessas ações,<br />
porque atuam em<br />
outras operações muito<br />
importantes para o<br />
município. “Esses agentes<br />
também fiscalizam as vias<br />
públicas, além de fazerem<br />
patrulhamento sobre<br />
sinalização de trânsito”.<br />
Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />
Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />
Editor: Matheus Vieira<br />
Design: Bete Campos e Érica Menezes<br />
PARA ANUNCIAR: (16) 3336 4433<br />
Tiragem: 5 mil exemplares<br />
Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />
A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />
é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />
Portal <strong>RCIA</strong>RARAQUARA.COM<br />
Editora: Rita Motta<br />
* COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />
Atendimento: (16) 3336 4433<br />
Rua Tupi, 245 - Centro<br />
Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />
marzo@marzo.com.br<br />
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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />
por: Ivan Roberto Peroni<br />
As contrapartidas servem de pano de fundo<br />
para a corrupção e a injustiça<br />
Até que ponto a condenação e a prisão de Lula terão influência na mudança dos hábitos dos políticos<br />
e nos costumes dos gestores públicos? A nós que vivemos distante deste cenário bandido, só o tempo<br />
poderá dizer, contudo, o doleiro Alberto Youssef que orgulha-se de ter cumprido o que prometeu<br />
nos primórdios da Operação Lava Jato (que derrubaria a República), é taxativo ao afirmar que a<br />
investigação não vai mudar os costumes políticos no país. “Essa fase de Lava Jato vai passar e vai<br />
continuar tudo como está. O sistema vai continuar. O Brasil não vai mudar”.<br />
Quando o cineasta José Padilha, em<br />
artigo publicado n’ O Globo, disse<br />
que a Lava Jato é uma oportunidade<br />
de desmontar o mecanismo<br />
que vem explorando a sociedade<br />
brasileira há décadas, em favor de<br />
políticos corruptos, não estava desdenhando<br />
Colombo que num banquete<br />
colocou o ovo da galinha em<br />
pé. O Brasil sabia desta corrupção<br />
e qualquer um poderia denunciá-la,<br />
desde que tivesse inteligência para<br />
isso. Padilha foi mais além: “Na<br />
base do sistema político brasileiro,<br />
opera um mecanismo de exploração<br />
da sociedade por quadrilhas formadas<br />
por fornecedores do Estado e<br />
grandes partidos políticos”.<br />
Em meio ao clima de discussão sobre<br />
a prisão de um ex-presidente da<br />
República, é que vem a pergunta: o<br />
sistema político vai mudar? A tentativa<br />
de moralização deste cenário é<br />
curiosa pois fecha-se uma porta e<br />
são abertas outras três, novos métodos<br />
surgem e a operacionalização<br />
bandida não tem como ser contida.<br />
Nos últimos 30 anos, os gestores públicos - muitos são os municípios que<br />
usam essa estratégia - em nome de uma política de desenvolvimento produtivo,<br />
acabam pactuando com algumas concessões e sob a chancela em<br />
contrapartida, na ânsia de conquistarem a vinda de empresas, acabam<br />
entregando a chave da cidade. E a explicação para este fato é bem clara:<br />
quando algo é oferecido em contrapartida, significa que alguma coisa está<br />
sendo dada em troca ou em compensação de alguma coisa.<br />
Nesta convivência com Araraquara, cansamos de ouvir “eu trouxe para cá<br />
a indústria tal” ou o aporte manifestado sobre a chegada da rede de lojas<br />
do grande empresário. Ótimo que o campo industrial ou comercial venha<br />
a se expandir, desenvolva projetos, crie empregos, porém, na maioria das<br />
vezes pouco ou nada se fala de concessões, benefícios, contrapartida,<br />
beneficiando-se quem chega; enquanto isso, comerciantes e industriais que<br />
comeram aqui o pão que o diabo amassou, jamais receberam qualquer<br />
incentivo a não ser impostos e fiscalizações.<br />
A regra, ou melhor, a lei, teria que ser idêntica para todos, impedindo que os<br />
municípios se transformem escancaradamente em um balcão de negócios,<br />
troca de moedas ou toma lá da cá. O Brasil não pode ser pintado apenas<br />
pela desigualdade existente entre raças, ricos e pobres, mas também deve<br />
ter sua justiça social instalada na economia, onde o micro, pequenos e<br />
grandes empresários tenham os mesmos direitos.<br />
A contrapartida pode ser legal, mas imoral pelas circunstâncias que permitem<br />
aproximar os políticos das grandes empresas e estas acabam comprando<br />
benefícios, financiando campanhas e mantendo o mecanismo dito<br />
por Padilha.<br />
9|
|10<br />
MATÉRIA DE CAPA
11|
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ESPECIAL<br />
ECONOMIA<br />
O que Araraquara<br />
exportou para estar<br />
em 9° lugar no ranking<br />
estadual<br />
Os sumos de fruta e produtos hortícolas<br />
garantiram mais de US$ 212 milhões de doláres<br />
em exportação para Araraquara<br />
Uma combinação de baixo volume de<br />
importações com um aumento mensal de<br />
exportação conferiu a Araraquara o título<br />
de nona maior exportadora do Estado<br />
de São Paulo no primeiro trimestre de<br />
<strong>2018</strong>, de acordo com o levantamento feito<br />
pelo Núcleo de Economia do Sindicato<br />
do Comércio Varejista de Araraquara<br />
(Sincomercio). Em escala nacional, a cidade<br />
se encontra na 38ª posição no ranking de<br />
exportadores no mesmo período.<br />
Segundo dados da Secretaria do Comércio<br />
Exterior e o Ministério do Desenvolvimento,<br />
Indústria e Comércio (SECEX/MIDIC), no<br />
primeiro trimestre deste ano as exportações<br />
cresceram 65,4%, aproximadamente<br />
US$ 301,5 milhões de dólares em<br />
comparação com o mesmo período do ano<br />
passado, assegurando uma participação<br />
de 1,9% no total estadual e marcando<br />
presença entre municípios de grande<br />
representatividade como São Paulo (1º),<br />
São Bernardo do Campo (3º) e São José<br />
dos Campos (5º).<br />
CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />
13|
BALANÇO GERAL<br />
Os contrastes da Economia local<br />
salva pela força do agronegócio<br />
Dos US$ 301,5 exportados<br />
por Araraquara neste<br />
primeiro trimestre, pelo<br />
menos US$ 212 milhões<br />
estão vinculados aos sumos<br />
de frutas, basicamente o<br />
suco concentrado de laranja<br />
produzido pela Cutrale.<br />
Mais de 5 milhões de doláres exportados em açúcar<br />
De acordo com a nota do Sincomercio,<br />
as exportações são em grande<br />
parte baseadas em produtos de<br />
origem agrícola, com destaque para<br />
os sumos de fruta, que dominam a<br />
maior parte das operações, seguidos<br />
pelos óleos essenciais e matérias/<br />
desperdícios vegetais. Os açúcares<br />
de cana e beterraba e em menor escala<br />
as máquinas e aparelhos, vêm<br />
em seguida.<br />
Em uma visão geral das categorias<br />
exportadoras, a indústria alimentar<br />
e de bebidas lideram a maior parte,<br />
com quase 75% do total da pauta,<br />
seguidos de produtos de indústrias<br />
químicas com mais de 22% da parce-<br />
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la e máquinas e aparelhos elétricos,<br />
completando os três maiores grupos<br />
de exportação.<br />
Para Délis Magalhães, economista<br />
do Sincomercio, esses resultados<br />
demonstram a força do comércio exterior<br />
de Araraquara e acompanham<br />
a evolução favorável da economia<br />
global, com a expansão das exportações<br />
brasileiras. “O resultado positivo<br />
traz boas perspectivas de aumento<br />
da renda, crescimento e manutenção<br />
dos níveis de emprego, principalmente<br />
no setor industrial, além<br />
da geração de um grande incentivo<br />
ao investimento em tecnologia nas<br />
indústrias locais e em outras atividades”,<br />
ressalta.<br />
Principais Produtos – Pauta Exportadora de Araraquara<br />
15|
COMÉRCIO EXTERIOR<br />
De quem compramos<br />
Dos US$ 301,5 exportados<br />
por Araraquara no primeiro<br />
trimestre, pelo menos<br />
US$ 212 milhões estão<br />
vinculados basicamente ao<br />
suco concentrado de laranja<br />
produzido pela Cutrale<br />
que continua dominando o<br />
mercado mundial.<br />
Em 2017, no período de janeiro<br />
a março, Araraquara exportou em<br />
sumos de frutas (suco concentrado<br />
de laranja), US$ 109.851.971; nos<br />
três primeiros meses de <strong>2018</strong> foram<br />
pouco mais de US$ 212 milhões,<br />
uma elevação que faz o município<br />
comemorar pois o resultado desta<br />
exportação além de promover divisas,<br />
também coloca o nosso agronegócio<br />
em posição de destaque no cenário<br />
paulista e nacional.<br />
Na lista dos produtos exportados<br />
para outros países, aparecem óleos<br />
essenciais (US$ 65 milhões) e os<br />
materiais vegetais acompanhados<br />
de desperdícios vegetais (US$ 8,5 milhões).<br />
Só em quarto lugar é que vem<br />
o açúcar de cana com pouco mais de<br />
US$ 5 milhões. Neste item exportador,<br />
além da cana consta o açúcar<br />
produzido através da beterraba, porém<br />
somando-se cana e beterraba,<br />
o açúcar enviado ao exterior atinge<br />
quase 17 milhões de quilos.<br />
A exportação de meias-calças<br />
e meias de qualquer espécie<br />
voltou a tomar fôlego: US$ 74<br />
mil em 2017 e US$ 178 mil em<br />
<strong>2018</strong> (três primeiros meses)<br />
Para quem vendemos<br />
Araraquara importou em três meses<br />
pouco mais de 425 mil quilos de peixes<br />
Curioso é que enquanto Araraquara<br />
exportou açúcar, forçosamente<br />
teve que importar nestes três meses<br />
cerca de aproximadamente 6 milhões<br />
de litros de álcool etílico não desnaturado,<br />
pagando por isso cerca de US$<br />
3,6 milhões. Foi o que mais importamos.<br />
Em segundo lugar entre os produtos<br />
importados estão os filés e outros<br />
pedaços de peixes; para cá vieram,<br />
segundo a Secretaria de Comércio<br />
Exterior, pelo menos 500 mil quilos<br />
por um custo que ultrapassa U$ 2<br />
milhões de doláres. Se<br />
compararmos os três<br />
meses deste ano com o<br />
O setor de confecções em<br />
Araraquara importou US$<br />
754.457 em máquinas de<br />
fazer malhas e de costura<br />
no primeiro trimestre<br />
deste ano. O mercado<br />
acreditou na recuperação<br />
da economia<br />
mesmo período de 2017, vamos ver<br />
que a importação teve violenta queda.<br />
No ano passado importamos três<br />
milhões de quilos e por eles pagamos<br />
cerca de US$ 9 milhões.<br />
O PEIXE VEM DA CHINA<br />
O principal peixe importado da<br />
China é uma espécie pescada na<br />
costa americana, conhecida como<br />
Polaca do Alasca, que se assemelha<br />
ao filé de merluza e vem roubando o<br />
mercado do peixe argentino, que era<br />
o que mais se importava. E a China é<br />
o segundo país de que mais importamos:<br />
U$ 6 milhões em 2017 e apenas<br />
US$ 2 milhões este ano, estando o<br />
Polaca do Alasca entre o peixe preferido,<br />
seguido do Salmão. Os números<br />
revelam que os peixes chineses estão<br />
entrando a rodo no mercado brasileiro<br />
porque não pagam imposto. Os supermercados<br />
mandam para a China<br />
o layout da embalagem e o peixe já<br />
chega pronto para ser vendido.<br />
Entre os itens de importação está<br />
inclusa a chegada de teares para a<br />
fabricação de malhas, além de máquinas<br />
de costura, investimentos da<br />
ordem de 800 mil doláres. Dobrou-se<br />
por outro lado a exportação de meiascalças,<br />
meias de qualquer espécie e<br />
artefatos semelhantes, produtos originalmente<br />
da Lupo na comparação<br />
dos três primeiros meses: em <strong>2018</strong><br />
exportamos US$ 178 mil e em 2017<br />
US$ 74 mil doláres. Ampliamos também<br />
a exportação de soutiens, cintas,<br />
espartilhos, suspensórios, ligas e artefatos<br />
semelhantes: de 37 mil (2017)<br />
para 83 mil doláres (<strong>2018</strong>).<br />
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A CRISE NÃO BATEU AQUI<br />
Consumo de peixe<br />
com garantia total<br />
Há 25 anos em Araraquara, Rodolfo<br />
Messali, é proprietário da Peixe<br />
e Cia, que tornou-se referência em<br />
pescados na cidade. Embora tenha<br />
ocorrido queda no consumo da carne<br />
de peixe no comparativo entre os<br />
dois trimestres iniciais de 17/18, o<br />
empresário alega que o seu movimento<br />
continua equilibrado: “É verdade<br />
que falou-se em crise econômica,<br />
mas confesso que o meu movimento<br />
continua inalterado”.<br />
Indagado sobre os quase 90 mil<br />
quilos de peixes congelados - exceto<br />
os filés de peixes e outros congelados<br />
- que importamos em <strong>2018</strong>, número<br />
bem distante da importação ocorrida<br />
em 2017 (485 mil quilos), Rodolfo<br />
posiciona a Peixe e Cia entre as lojas<br />
de pescados que soube aproveitar a<br />
difusão dos benefícios que a carne<br />
do peixe oferece: “Não é de hoje que<br />
se conhece os vários benefícios do<br />
consumo de peixe para prevenir determinadas<br />
doenças, principalmente<br />
as cardiovasculares”, lembra.<br />
Isso está atrelado às dietas recomendadas<br />
aos que frequentam academias<br />
e orientações para prevenção<br />
de uma boa saúde.<br />
Se de um lado ele garante como<br />
boa notícia, a estabilidade da venda<br />
em sua casa, por outro, a má notícia<br />
é que, a pesca em nosso país não<br />
acompanha a evolução tecnológica<br />
que já chegou aos mares e aos rios: o<br />
resultado é que, pesando então o que<br />
exportamos e o que importamos, a balança<br />
pende para o lado do pescado<br />
importado - como salmão e bacalhau -<br />
provocando sempre deficit comercial.<br />
A verdade é que neste momento<br />
se busca argumento para mostrar as<br />
razões de uma queda tão brusca na<br />
importação em <strong>2018</strong>. Na mão certa<br />
segue Rodolfo Messali comemorando<br />
o sucesso das vendas em dobro por<br />
ocasião da Semana Santa que passou.<br />
,<br />
Entre os peixes congelados que<br />
chegam, o Cação é o mais vendido,<br />
importado do Uruguai; já o salmão<br />
é bem restrito aos restaurantes<br />
orientais da cidade.<br />
Rodolfo Messali<br />
,<br />
17|
PARA QUEM VENDEMOS<br />
Janeiro a Março <strong>2018</strong><br />
DOLÁRES<br />
DE QUEM COMPRAMOS<br />
Janeiro a Março <strong>2018</strong><br />
DOLÁRES<br />
Em abril de 2016, ao dizer que a<br />
solução para o problema da mobilidade<br />
urbana, que atinge os grandes<br />
centros brasileiros, passa pelo transporte<br />
ferroviário e que, nesse sentido,<br />
a Hyundai-Rotem veio para ajudar, o<br />
governador Geraldo Alckmin, não estava<br />
fazendo nenhuma previsão absurda<br />
em Araraquara.<br />
Tanto é que o setor necessitava de<br />
partes de veículos para vias férreas e<br />
fez um investimento em importações<br />
de pouco mais de US$ 10 milhões;<br />
um ano depois, o trimestre chegou a<br />
US$ 950 mil. Os reflexos deste comparativo<br />
mostram duas situações:<br />
chegada da empresa e os pedidos<br />
iniciais feitos em 2015/2016 e dois<br />
anos depois, a crise econômica.<br />
Ao lado, em trabalho de pesquisa<br />
da Revista Comércio, Indústria<br />
e Agronegócio, o ranking das<br />
exportações e importações nos<br />
meses de janeiro, fevereiro e<br />
março de <strong>2018</strong>.<br />
01 Paises Baixos (Holanda)<br />
02 Estados Unidos<br />
03 China<br />
04 Japão<br />
05 Coréia do Sul<br />
06 Índia<br />
07 Bangladesh<br />
08 Canadá<br />
09 Espanha<br />
10 Alemanha<br />
11 França<br />
12 Argentina<br />
13 Austrália<br />
14 Cingapura<br />
15 Paraguai<br />
16 Trinidad Tobago<br />
17 Reino Unido<br />
18 Coveite (Kuweit)<br />
19 Dinamarca<br />
20 Colômbia<br />
21 Portugal<br />
22 Nova Zelândia<br />
23 Bolívia<br />
24 Hong Kong<br />
25 Chile<br />
26 Malásia<br />
27 Eslovênia<br />
28 África do Sul<br />
29 México<br />
30 Equador<br />
107.372.476<br />
94.854.440<br />
25.229.414<br />
23.895.385<br />
7.931.570<br />
5.722.863<br />
5.168.863<br />
5.141.160<br />
4.678.807<br />
3.722.870<br />
2.660.000<br />
2.238.686<br />
1.587.442<br />
1.252.210<br />
1.240.102<br />
1.061.360<br />
967.285<br />
585.503<br />
548.200<br />
547.180<br />
438.231<br />
433.632<br />
395.335<br />
385.145<br />
323.492<br />
285.535<br />
263.232<br />
247.130<br />
246.209<br />
227.900<br />
01 Estados unidos<br />
02 China<br />
03 Coréia do sul<br />
04 Alemanha<br />
05 Chile<br />
06 Itália<br />
07 Argentina<br />
08 Índia<br />
09 Israel<br />
10 Países Baixos (Holanda)<br />
11 França<br />
12 Uruguai<br />
13 África do Sul<br />
14 Espanha<br />
15 Não declarados<br />
16 Hong kong<br />
17 Malásia<br />
18 Suécia<br />
19 Canadá<br />
20 Indonésia<br />
21 Dinamarca<br />
22 Peru<br />
23 República Tcheca<br />
24 Reino Unido<br />
25 Japão<br />
26 Suiça<br />
27 Vietnã<br />
28 Bélgica<br />
29 Paquistão<br />
30 Romênia<br />
5.271.134<br />
2.064.376<br />
1.948.394<br />
1.702.772<br />
1.217.721<br />
1.056.957<br />
937.830<br />
793.539<br />
496.451<br />
494.429<br />
448.149<br />
269.106<br />
198.872<br />
146.710<br />
141.448<br />
132.026<br />
113.383<br />
108.165<br />
104.584<br />
87.798<br />
86.409<br />
67.924<br />
63.188<br />
49.899<br />
37.449<br />
33.089<br />
16.695<br />
12.995<br />
11.084<br />
9.534<br />
|18
Maternidade<br />
O dilema das mulheres entre o relógio<br />
biológico e a vida social. O corpo pede,<br />
para o bem da mãe e do bebê, que a<br />
gravidez aconteça quando a mulher<br />
ainda é jovem, de preferência até<br />
os 35 anos.<br />
CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />
19|
Crédito: https://gauchazh.clicrbs.com.br<br />
As exigências da biologia e as<br />
pressões da vida em sociedade têm<br />
um pendor ancestral para entrar em<br />
conflito, e uma das arenas onde esse<br />
confronto se desenrola com maior frequência<br />
e angústia, nos dias atuais, é<br />
a maternidade. O corpo pede, para o<br />
bem da mãe e do bebê, que a gravidez<br />
aconteça quando a mulher ainda é jovem,<br />
de preferência até os 35 anos.<br />
O sistema social colabora cada vez<br />
menos para isso: terminam-se os estudos<br />
mais tarde, é preciso fazer aquele<br />
estágio ou intercâmbio no exterior,<br />
há que engrenar a carreira primeiro,<br />
os casamentos se tornam tardios. Se<br />
em um passado não muito distante a<br />
preocupação das mulheres costumava<br />
ser não engravidar com idade precoce,<br />
atualmente o que tira o sono de muitas<br />
é não deixar para ser mãe muito tarde<br />
– ou mesmo tarde demais.<br />
|20
21|
Existe uma discussão sobre<br />
qual a melhor idade para<br />
engravidar, do ponto de<br />
vista biológico<br />
Esse é o dilema. A mulher vive entre<br />
a ânsia de alcançar metas e ambições,<br />
por um lado e o tique-taque<br />
ensurdecedor do que parece ser uma<br />
contagem regressiva. Como de hábito,<br />
quando a biologia e a vida social<br />
entram em conflito, a última parece<br />
estar levando vantagem. As estatísticas<br />
apontam que as brasileiras esperam<br />
cada vez mais para ter filhos.<br />
Conforme o Instituto Brasileiro de<br />
Geografia e Estatística (IBGE), 30,9%<br />
dos nascimentos concentravam-se<br />
em mães de 20 a 24 anos em 2005.<br />
Dez anos depois, o percentual nessa<br />
faixa etária recuou para 25,1%. Enquanto<br />
isso, na faixa dos 30 aos 39<br />
anos, o índice pulou de 22,5% para<br />
30,8%. Um outro levantamento, publicado<br />
em 2014, apontou que, entre as<br />
mulheres mais instruídas, com 12 ou<br />
mais anos de estudo, quase metade<br />
só tinha o primeiro filho após os 30<br />
anos.<br />
A questão que atormenta muitas<br />
mulheres – e seus companheiros, naturalmente<br />
– é até quando postergar<br />
sem que se coloque em risco o sonho<br />
de ter uma criança e de que ela seja<br />
perfeitamente saudável.<br />
— Existe uma discussão sobre<br />
qual a melhor idade para engravidar,<br />
do ponto de vista biológico. Não é<br />
comprovado, mas seria entre os 24<br />
e os 27 anos. O que acontece é que,<br />
quanto mais a paciente quer desenvolver<br />
a sua carreira, mais ela vai levando<br />
para cima essa idade e mais<br />
vão aparecendo dificuldades. O que<br />
vemos hoje é um grupo grande que<br />
permanece tendo filhos antes dos 20<br />
anos, daí o pessoal se cuida muito<br />
dos 20 aos 35 e depois disso começa<br />
a crescer de novo. Quando a paciente<br />
chega lá pelos 34, 35 anos, já começo<br />
a dizer a ela: “Tu tens de dar uma<br />
pensada do que vai fazer da tua vida”.<br />
A partir dos 37, 38 anos, já começa a<br />
ter mais dificuldades e fica mais difícil<br />
e arriscado, afirma José Geraldo Ramos,<br />
professor titular de ginecologia<br />
e obstetrícia da Universidade Federal<br />
do Rio Grande do Sul (UFRGS).<br />
Os problemas são de várias ordens.<br />
Um deles tem a ver com a perda<br />
de fertilidade. Até os 30 anos, a<br />
chance de uma mulher engravidar no<br />
mês, se estiver tentando, é de 25%.<br />
Depois dos 40 anos, o índice cai para<br />
apenas 10%. Eduardo Passos, ex-<br />
-presidente da Sociedade Brasileira<br />
de Reprodução Assistida, explica que<br />
isso ocorre porque, nessa idade, 80%<br />
|22
dos embriões são anormais do ponto<br />
de vista genético, o que acontece<br />
por causa da idade do óvulo. Como<br />
consequência, a gestação não vinga.<br />
AS COMPLICAÇÕES<br />
Nos casos em que a mulher consegue<br />
engravidar, surge um outro problema,<br />
o dos riscos para a saúde do<br />
feto. Em mulheres mais maduras, há<br />
mais chance de que a criança tenha<br />
uma série de doenças genéticas. A<br />
mais comum é a síndrome de Down.<br />
No caso de uma mulher de 25 anos,<br />
a probabilidade de um bebê nascer<br />
com Down é de uma em mil. Se essa<br />
mesma mulher engravidar aos 45, a<br />
chance é de uma em 30.<br />
“Se não gesta antes de determinada<br />
idade, a mulher arrisca não<br />
conseguir engravidar, demorar mais<br />
para engravidar e ter mais alterações<br />
cromossômicas nos seus embriões”.<br />
Esse é o resumo diz Passos.<br />
Uma terceira dificuldade<br />
diz respeito à<br />
própria saúde da paciente.<br />
Na faixa dos 40<br />
anos, variadas doenças,<br />
como hipertensão<br />
arterial ou diabetes, tornam-se<br />
mais frequentes,<br />
o que é um complicador<br />
para a gestação.<br />
Ela também teve mais<br />
tempo de exposição a<br />
relações sexuais. Caso<br />
não tenha se protegido<br />
adequadamente ao<br />
longo da vida, é mais provável ter adquirido<br />
alguma DST que levou a uma<br />
doença inflamatória pélvica, uma das<br />
principais causas de infertilidade.<br />
“A recomendação que estamos<br />
dando é que tenham os bebês antes<br />
dos 37 anos porque, se houver algum<br />
problema, ainda dá para tentar ajudar”<br />
aconselha o gaúcho José Geraldo<br />
Ramos.<br />
Há casos em que as mulheres fazem a opção de uma<br />
gravidez mais tardia<br />
Hoje em dia as clínicas de reprodução<br />
assistida podem ser indicadas,<br />
pois existe uma ilusão comum entre<br />
as mulheres que decidem deixar para<br />
mais tarde a maternidade: muitas se<br />
confortam com a ideia de que, em<br />
caso de dificuldade para engravidar<br />
por causa da idade, poderão recorrer<br />
a alguma clínica de reprodução<br />
assistida.<br />
23|
O ideal é<br />
a pessoa se<br />
organizar para<br />
engravidar ali<br />
entre seus 25,<br />
30, 34 anos<br />
“<br />
“<br />
JAQUELINE LUBIANCA<br />
Professora da UFRGS<br />
A professora de ginecologia da<br />
UFRGS Jaqueline Lubianca, coordenadora<br />
do ambulatório de planejamento<br />
familiar do Hospital de Clínicas de<br />
Porto Alegre, desmonta esse engano.<br />
As técnicas utilizadas, ressalta ela,<br />
são para mulheres com problemas<br />
de fertilidade, não para aquelas que<br />
têm menos chance de engravidar por<br />
causa da idade:<br />
— É importante saber que as técnicas<br />
de reprodução assistida não<br />
servem para melhorar a fecundidade<br />
de uma paciente que não tenha<br />
infertilidade. As pessoas estão pensando<br />
assim: “Quando eu chegar aos<br />
40 anos, faço uma fertilização in vitro<br />
e vou engravidar”. Não, não é assim.<br />
Porque os óvulos acompanham a idade<br />
e todos os resultados da fertilização<br />
também diminuem, a eficácia é<br />
menor em mulheres mais velhas. E se<br />
essa mulher ainda tiver um problema<br />
de fertilidade, aí soma as duas coisas,<br />
ficando ainda mais difícil.<br />
Um caso clássico para uma clínica<br />
de reprodução assistida, exemplifica<br />
Jaqueline, seria uma paciente de 25<br />
anos que não consegue engravidar<br />
por causa de uma endometriose severa<br />
ou de dano tubário decorrente de<br />
doença inflamatória. Numa situação<br />
assim, coletam-se os óvulos dela, jovens<br />
e saudáveis, faz-se a fertilização<br />
in vitro e depois transfere-se o embrião<br />
para dentro do útero. Caso os<br />
óvulos sejam mais velhos, no entanto,<br />
as chances de sucesso reduzem-se.<br />
— O ideal é a mulher se organizar<br />
para engravidar ali entre seus 25,<br />
30, 34 anos. Não deixar para tentar<br />
o primeiro filho depois dos 35 anos,<br />
porque aí já caiu a fecundidade, que<br />
é a taxa de gestação a cada mês. Isso<br />
é também um papel do ginecologista,<br />
pois a cada consulta, observando a<br />
idade da paciente, a situação emocional,<br />
o fato de estar com parceiro, com<br />
uma vida afetiva organizada, pode<br />
alertá-la, porque frequentemente não<br />
foi chamada a atenção dela, pois ela<br />
estava tocando a vida e aí passa o<br />
tempo da maternidade. Tem de cuidar<br />
para não perder esse timing. Chegar<br />
|24
lá aos 42 anos e ter vontade, mas aí<br />
descobrir que já passou o tempo biológico,<br />
que aumentam muito os riscos<br />
de um bebê malformado que ela não<br />
quer e não tem como administrar —<br />
pondera Jaqueline.<br />
Uma outra ilusão, observa a professora,<br />
pode ser adiar a gravidez<br />
pensando que chegará um momento<br />
em que a vida estará mais organizada<br />
e tranquila, com condições ideais<br />
para acolher um filho. Pode ser que<br />
o tempo passe e esse momento perfeito<br />
nunca chegue.<br />
— A gente não pode ter tudo, nem<br />
tudo ao mesmo tempo. Qual é o melhor<br />
momento para gestar? É quando<br />
a mulher está saudável, preparada e<br />
num relacionamento emocional estável<br />
com uma pessoa que possa ser<br />
um bom pai. Esse é o melhor momento<br />
— acredita a especialista.<br />
25|
Estudo confirma: filhos de mães<br />
dinâmicas são mais ativos<br />
Um estudo feito com 500 mães inglesas comprova que quanto mais disposta e dinâmica é<br />
a mãe, maior a probabilidade da criança também ser fisicamente ativa.<br />
Ao contrário do que muitas<br />
pessoas imaginavam, a<br />
criança não é naturalmente<br />
“bem disposta” a praticar<br />
atividades físicas. Ela<br />
possui muita energia para<br />
gastar e gosta desse tipo<br />
de exercício, mas os pais<br />
têm papel fundamental na<br />
hora de desenvolver nos<br />
filhos esse tipo de desejo<br />
por atividades saudáveis e<br />
dinâmicas.<br />
Portanto, é super importante<br />
suscitar nos pequenos,<br />
hábitos saudáveis desde<br />
cedo. Quer saber como?<br />
MEXA-SE<br />
|26<br />
O estudo foi feito com<br />
mais de quinhentas mulheres,<br />
que utilizaram aparelhos<br />
para monitorar o coração<br />
durante suas atividades<br />
físicas e também em casa,<br />
dormindo ou então realizando<br />
afazeres domésticos.<br />
Chegou-se à conclusão de<br />
que quanto maior o nível de<br />
atividades da mãe, menos<br />
sedentarismo seu filho apresentava.<br />
A proporção final é<br />
de 10 minutos de sedentarismo<br />
infantil a cada hora de<br />
sedentarismo da mãe. Parece<br />
pouco, mas em meses e<br />
em um ano, acaba se tornando um<br />
longo tempo ocioso e sem realização<br />
de atividades.<br />
O estudo também reconhece<br />
que uma vez que se tornou mãe, a<br />
mulher pode não voltar a realizar os<br />
exercícios que fazia antes da gravidez.<br />
Algumas mulheres, inclusive, ficam<br />
em casa para cuidar dos filhos<br />
Crédito: http://nadafragil.com.br<br />
durante um período, fazendo com<br />
que adiem (ou abandonem) seu retorno<br />
ao trabalho fora. Esta falta de<br />
atividade poderia afetar também os<br />
filhos.<br />
Com as várias coisas novas a se<br />
fazer depois da chegada do filho, é<br />
normal que atividades físicas sejam<br />
deixadas de lado.<br />
“<br />
quanto maior o<br />
nível de atividades<br />
da mãe, menos<br />
sedentarismo seu<br />
filho apresentava.<br />
“
27|
Estudos apontam as várias formas em que as famílias podem contribuir decisivamente<br />
com o desenvolvimento do filho<br />
Nesse caso, vale a pena investir<br />
em atividades em casa mesmo, estimulando<br />
também as crianças.<br />
Existem várias possibilidades de<br />
estimular a coordenação motora das<br />
crianças, como a natação com os filhos<br />
(algumas escolinhas permitem<br />
que a atividade seja feita com crianças<br />
menores de um ano, inclusive,<br />
com acompanhamento de um adulto),<br />
passear no parque (com carrinho<br />
de bebê ou bicicletas, para crianças<br />
maiores) e até mesmo jogos que exi-<br />
gem movimentos do corpo (alguns<br />
tapetes de atividades, por exemplo)<br />
em casa mesmo, podem ser uma boa<br />
saída na hora de se mexer e estimular<br />
o desenvolvimento do seu filho.<br />
Vale ressaltar que uma alimentação<br />
saudável, o consumo de frutas e<br />
legumes e também de bastante água<br />
devem ser um costume na família,<br />
fazendo com que a criança assimile<br />
os sabores desses alimentos desde<br />
cedo e insira-os definitivamente em<br />
sua dieta.<br />
|28
29|
Fachada da Beneficência Portuguesa terá sua arquitetura totalmente preservada<br />
SAÚDE<br />
São Franciso vai retomar serviços na<br />
Beneficência Portuguesa em agosto<br />
Um dos mais tradicionais<br />
hospitais do interior já está<br />
sendo reformado e terá o<br />
nome de São Franscico.<br />
O grupo São Francisco que inicialmente<br />
adquiriu o plano de saúde<br />
BENEM<strong>ED</strong> e algum tempo depois o<br />
prédio da Beneficência Portuguesa<br />
por R$ 23,3 milhões, já anunciou que<br />
até janeiro de 2019 estará com todo<br />
projeto de readequação e reforma,<br />
devidamente concluído. A empresa<br />
considerada uma das maiores do país<br />
em seu ramo de atividade – operadora<br />
de saúde – já iniciou a reestruturação<br />
do hospital na região central da<br />
cidade no começo de março, como<br />
havia garantido em nota enviada à<br />
revista, visando tranquilizar os usuários<br />
do seu plano, sem ferir as normas<br />
que regulamentam o tombamento do<br />
prédio.<br />
Toda área da antiga Beneficência<br />
Portuguesa foi adquirida pelo grupo<br />
São Francisco em 16 de maio do ano<br />
passado, último dia de um leilão judicial<br />
no Fórum Trabalhista de Ribeirão<br />
Preto. O imóvel, avaliado em R$ 38<br />
milhões, foi arrematado pelo valor<br />
mínimo de R$ 23,3 milhões.<br />
O lance, de acordo com informa-<br />
ções da época, foi dado diretamente<br />
ao juiz responsável pelo caso. O<br />
dinheiro da venda seria usado para<br />
quitar dívidas do hospital com ex-funcionários,<br />
que ficaram sem receber<br />
todos os direitos trabalhistas quando<br />
foram demitidos. Isso realmente vem<br />
acontecendo.<br />
O HOSPITAL<br />
A Beneficência fundada por um<br />
grupo de emigrantes portugueses<br />
residentes em Araraquara na segunda<br />
década de 1900, suspendeu os<br />
atendimentos em janeiro do ano passado<br />
por causa da falta de pacientes.<br />
Como não entrava dinheiro no caixa,<br />
as dívidas se acumularam e chegaram<br />
a mais de R$ 70 milhões.<br />
O grupo empresarial Gestal chegou<br />
a anunciar que assumiria as pendências<br />
financeiras para retomar as<br />
atividades e contratar 350 profissionais.<br />
O leilão, contudo, aconteceu e<br />
o assunto passou a ser discutido na<br />
Justiça. Com a garantia de que poderia<br />
assumir o prédio, o São Francisco<br />
iniciou as reforças.<br />
A respeito do prédio ainda, o São<br />
Francisco Saúde diz que sendo empresa<br />
de saúde, segmento que possui<br />
regulação específica e rigorosa, a implementação<br />
de novo projeto envolve<br />
uma série de cuidados - não é diferente<br />
neste caso. Isso precisava ser feito<br />
pela própria deterioração do prédio,<br />
sem uso desde o início de 2017.<br />
O local em questão é tombado<br />
pelo patrimônio histórico, além de ser<br />
um prédio antigo, com a necessidade<br />
de atualização da infraestrutura. Estes<br />
são alguns dos fatores exigidos<br />
e um planejamento mais detalhado,<br />
além da avaliação de autoridades<br />
regulatórias, diz a nota do São Francisco.<br />
As obras tiveram início em meados<br />
de março, com previsão de abertura<br />
gradual, da seguinte forma: atendimento<br />
ambulatorial com parte do<br />
suporte diagnóstico, internação, centro<br />
cirúrgico e algumas áreas de apoio<br />
indireto ao paciente, ambos com<br />
previsão até setembro ou um pouco<br />
antes (provavelmente no aniversário<br />
de Araraquara). A efetiva conclusão<br />
da obra, com ampliação das áreas de<br />
internação e implementação total do<br />
setor diagnóstico, está prevista para<br />
janeiro de 2019.<br />
“É importante salientar que, para<br />
atender todas as regras e oferecer o<br />
melhor aos moradores da cidade e<br />
região, os investimentos na unidade<br />
irão ultrapassar os R$ 50 milhões até<br />
o final do projeto”, conclui a nota.<br />
Movimentação de operários,<br />
máquinas e caminhões no<br />
acesso pela Rua Padre Duarte<br />
|30
13 DE <strong>MAIO</strong><br />
Dia das Mães promete um aumento de 3%<br />
nas vendas do comércio de Araraquara<br />
Antônio Deliza Neto,<br />
presidente do Sincomercio,<br />
considera a projeção<br />
modesta, porém positiva;<br />
marca pode apontar uma<br />
pequena recuperação da<br />
economia brasileira.<br />
Depois do Natal, é o Dia das<br />
Mães a data mais significativa para<br />
o comércio de produtos e serviços<br />
no mercado brasileiro. Embora seja<br />
bem específica e direcionada, a data<br />
aquece diferentes setores de consumo.<br />
Comemorado este ano em<br />
13 de maio, o dia promete assinalar<br />
Principal corredor comercial de Araraquara, a Rua Nove de Julho, tem boas opções de compra<br />
Toninho<br />
Deliza<br />
um crescimento de 3% no movimento<br />
das vendas em relação ao ano<br />
passado.<br />
Segundo Antônio Deliza Neto, presidente<br />
do Sincomercio, a marca deve<br />
seguir a estimativa computada com a<br />
Páscoa, isto é, uma porcentagem pequena,<br />
porém que mostra um pequeno<br />
respiro, uma perspectiva positiva<br />
de que a crise econômica brasileira<br />
começa a ganhar novos rumos.<br />
“É uma estimativa modesta, mas<br />
com muito valor. Na verdade, este ano<br />
é bem peculiar, com Copa do Mundo<br />
e eleições federais. Inclusive esse futuro<br />
incerto da política brasileira continua<br />
sendo um grande empecilho. As<br />
pessoas continuam inseguras, tanto<br />
quem consome, tanto quem investe”,<br />
afirma.<br />
Lojas de confecções, presentes<br />
em geral, flores e acessórios devem<br />
ser as mais procuradas pelas pessoas.<br />
“Dia das Mães carrega uma<br />
forte carga emocional e todo mundo<br />
faz um esforço para comprar alguma<br />
lembrancinha. Levar a mãe para<br />
jantar também é bacana e fortalece<br />
a gastronomia. Boas opções não faltam<br />
em Araraquara. Aproveite o que<br />
nosso o comércio tem a oferecer”,<br />
finaliza Antônio Deliza Neto.<br />
31|
|32
33|
DIA DE VISITA<br />
EM NOSSA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
LINEU CARLOS DE ASSIS<br />
FATOS & FOTOS<br />
DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
MUSEU VOLUNTÁRIOS SOFRE DEPR<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
Que vergonha. Esta é a fachada<br />
do Museu Voluntários da Pátria,<br />
que fica na Praça de Toledo. Os<br />
responsáveis por essas pichações,<br />
além de depredarem o patrimônio<br />
público, ainda desfilam palavras<br />
de ódio e violência, relacionando<br />
o discurso a um candidato a<br />
presidência do Brasil. Não cabe<br />
a nós pontuar se tal alusão é<br />
falsa ou verdadeira. O fato é que<br />
vivemos uma realidade na qual<br />
o respeito se perdeu. Alguns se<br />
escondem atrás de uma bandeira<br />
política para externar toda a sua<br />
raiva. Nunca se viu um cenário<br />
tão caótico nos últimos anos.<br />
Uma pena.<br />
O publicitário Lineu Carlos de Assis,<br />
proprietário da WL, passou por aqui.<br />
Sua agência tornou-se referência na<br />
organização de feirões de carros no<br />
interior paulista, o que demonstra<br />
capacidade, ética e acentuada<br />
responsabilidade em organizar os<br />
eventos. Na política, Lineu deixou o<br />
PSDB e agora está no Partido Novo que<br />
vem se estruturando em todo o país.<br />
NENO PIVETA<br />
SUBINDO<br />
Por iniciativa do<br />
subtenente Cleitor<br />
Almeida Paiva, do<br />
1º sargento Oséias<br />
Guedes da Silva e do<br />
agente administrativo<br />
Eduardo Barbosa,<br />
o Tiro de Guerra<br />
(TG) colabora com o<br />
Hemonúcleo Regional<br />
de Araraquara<br />
incentivando os<br />
atiradores à doação<br />
de sangue. No<br />
último mês, cerca<br />
de 15 atiradores<br />
compareceram ao<br />
Hemonúcleo da<br />
Unesp. Parabéns.<br />
DESCENDO<br />
No Jardim<br />
Residencial Itália,<br />
quatro quarteirões<br />
estão praticamente<br />
intransitáveis, com o<br />
asfalto transformado<br />
em farelo de<br />
pedregulhos. O<br />
problema atinge<br />
toda a extensão<br />
da Avenida Luis de<br />
Oliveira Formariz<br />
e prossegue nos<br />
cruzamentos com<br />
as ruas Manoel<br />
de Oliveira e Silva<br />
e Professora Eliza<br />
Artioli.<br />
Que vergonha, hein.<br />
Homenagem<br />
Em comemoração ao Dia<br />
Municipal do Jornalista<br />
(7 de abril), a TV Câmara<br />
levou ao ar, na sexta-feira<br />
(6), um programa especial<br />
com profissionais da área.<br />
A lei que instituiu a data no<br />
Calendário Oficial do Município<br />
é de autoria do vereador Elias<br />
Chediek, que participou do<br />
debate, juntamente com os<br />
jovens jornalistas, Claudio<br />
Dias, Celso Gallo e Jhonatan<br />
Mazini, mediada pelo jornalista<br />
da casa, Wagner Luiz. Os<br />
jornalistas contaram como se<br />
decidiram pela profissão e<br />
histórias que marcaram suas<br />
carreiras até o momento.<br />
Neno Piveta veio contar suas proezas<br />
como jogador de futebol - atuação nos<br />
clubes amadores de Araraquara - e<br />
hoje um notável jogador de bocha,<br />
participando dos campeonatos internos<br />
do Clube Araraquarense e até mesmo<br />
da seleção de Araraquara. Tornou-se<br />
um grande amigo da casa.<br />
Professor profere palestra em Fórum na Bahia<br />
Professor Leandro, da<br />
UNESP Araraquara<br />
O Professor Leandro Pereira Morais do Departamento de<br />
Economia da FCL/CAr (UNESP Araraquara), participou do<br />
Fórum Social Mundial, realizado em Salvador, no Brasil.<br />
A contribuição do professor foi dada como palestrante<br />
da mesa: Vulnerabilidade Social, Economia Solidária,<br />
Potencialidades e Estratégia de Inclusão Socioeconômica,<br />
ocorrida em 15 de março na Universidade Federal da<br />
Bahia. Este debate estava inserido no contexto do Fórum<br />
Social Mundial nas discussões do Eixo de Democratização<br />
da Economia. Leandro em 2017 havia participado de 4<br />
eventos na Universidade Nacional de Seul durante a 8ª<br />
Academia Internacional de Economia Social e Solidária,<br />
realizada pela Organização Internacional do Trabalho, da<br />
ONU, proferindo palestra no “Asia Policy Dialogue Final<br />
Updates”, com colocações sobre o caso brasileiro.<br />
|34
FRASE<br />
‘Ela foi romper o<br />
relacionamento,<br />
ele não queria.<br />
Eles discutiram<br />
Meirilene de Castro<br />
e no quarto,<br />
ele esfaqueou. A mãe do agressor<br />
tentou de todas as formas impedir, mas<br />
infelizmente não conseguiu. Foi um<br />
crime de extrema violência, bárbaro e,<br />
apesar da experiência que temos nesta<br />
delegacia, é um crime que choca’.<br />
Declaração da delegada Meirilene de<br />
Castro, da Delegacia de Defesa da<br />
Mulher (DDM) sobre o brutal assassinato de<br />
Camila Lourenço, de 32 anos. O assassino<br />
foi o ex-companheiro Antônio Marcos<br />
Bueno, de 35. Bueno já foi preso pela Lei<br />
Maria da Penha em São Paulo quando se<br />
relacionava com outra pessoa.<br />
Novo acordo<br />
Com a parceria entre Unimed Araraquara<br />
e Sismar, os servidores municipais de<br />
Araraquara e de toda a região atendida<br />
pelo Sismar, podem contratar plano de<br />
saúde da Unimed pelo sindicato. Serão<br />
comercializados dois planos diferentes, um<br />
deles, similar ao plano que os servidores<br />
de Araraquara tinham antes do corte, com<br />
coparticipação a partir da 4ª consulta,<br />
a partir do 3º exame de baixo custo e<br />
do 2º de alto custo e sem limites para<br />
internação. Unimed e São Francisco<br />
disputam na Justiça o contrato de plano<br />
de saúde dos servidores pela Prefeitura<br />
de Araraquara. A São Francisco venceu<br />
a licitação, mas a Unimed entrou com<br />
recurso e a licitação está parada até que<br />
uma decisão judicial seja tomada.<br />
Jardim dos Sentidos<br />
O curso de Engenharia Agronômica da<br />
Universidade de Araraquara – Uniara<br />
desenvolve o projeto “Jardim dos<br />
Sentidos”, realizado na instituição, em sua<br />
Fazenda-Escola e em escolas do município<br />
e da região. A atividade é dirigida pela<br />
professora Anaira Denise Caramelo.<br />
35|
QUALIDADE COMPROVADA<br />
Nós em Cena, Quintal do Carmo e Ana<br />
Alimentação estão certificados pelo PAS<br />
Com apoio do Sebrae e Senac, o Programa Alimentos Seguros visa a melhoria da qualidade e<br />
da segurança dos alimentos, além da adequação dos estabelecimentos às exigências do setor.<br />
Não importa o tamanho da empresa.<br />
Se ela atua no mercado de<br />
serviços de alimentação, a segurança<br />
para o consumo é prioridade. Para<br />
obter sucesso nesta tarefa, existem<br />
diversas normas técnicas a serem<br />
cumpridas.<br />
Tais procedimentos podem ser<br />
encontrados no Programa Alimentos<br />
Seguros (PAS), que o Serviço Brasileiro<br />
de Apoio as Micro e Pequenas<br />
Empresas (Sebrae), em parceria com<br />
o Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
Comercial (Senac), oferece em Araraquara.<br />
Participando do PAS, as empresas<br />
do setor são conscientizadas e capacitadas<br />
a atenderem todos os serviços<br />
ligados ao universo da alimentação,<br />
aos requisitos de boas práticas<br />
higiênicas e sanitárias, passando<br />
pela infraestrutura da empresa, controles<br />
operacionais essenciais e até<br />
registros trabalhistas.<br />
A recompensa para os empreendedores<br />
que enxergam essa necessidade<br />
é a certificação concedida pela<br />
Equipe do Nós Em Cena<br />
Associação Brasileira de Normas Técnicas<br />
(ABNT), além do reconhecimento<br />
dos clientes, que têm a garantia de<br />
receber produtos de qualidade, livres<br />
de contaminações.<br />
Entre alguns resultados obtidos<br />
pelos empresários qualificados estão:<br />
maior produtividade e competitividade<br />
para as empresas; alimentos<br />
Ana Barrella, da Ana Alimentação, que trabalha com refeições transportadas há decadas<br />
seguros para o consumidor, ampliação<br />
de mercado, atendimento total<br />
à legislação e capacitação plena de<br />
técnicas de higiene na manipulação<br />
de alimentos.<br />
A GRANDE CONQUISTA<br />
Em Araraquara, três estabelecimentos<br />
estão recém certificados pelo<br />
PAS: Nós em Cena, Quintal do Carmo<br />
e Ana Alimentação. Os três participam<br />
do programa desde outubro do ano<br />
passando por todas as etapas e fiscalizações.<br />
“Não basta apenas produzir sabores<br />
agradáveis. Nossa responsabilidade<br />
é muito maior. Receber o<br />
certificado do PAS é um investimento<br />
na segurança e confiabilidade dos<br />
clientes. Essa capacitação previne<br />
riscos. Todos que frequentam o Nós<br />
em Cena podem ficar tranquilos que<br />
estamos dentro de todas as normas<br />
que a legislação do setor pede, do<br />
universo alimentício até o trabalhista”,<br />
diz a proprietária Luciana<br />
Capuzzo.<br />
|36
SERVIÇOS<br />
(16) 3357 4049<br />
Av. Rodrigo Fernando Grillo, 515<br />
Willian Ebúrneo, do Quintal do Carmo<br />
Willian Ebúrneo, do Quintal do<br />
Carmo, completa o discurso de Luciana.<br />
“Receber esse selo é um diferencial<br />
para qualquer empresa.<br />
Passamos por avaliações extremamente<br />
criteriosas para chegar ao<br />
fim do programa. Essa segurança é<br />
muito importante”, reafirma.<br />
Atuante no mercado há praticamente<br />
30 anos, Ana Luisa Barella,<br />
da Ana Alimentação, nos conta que a<br />
capacitação também funciona como<br />
uma atualização de todas as legislações<br />
vigentes. “Sempre tem alguma<br />
situação nova para aprendermos ou<br />
mesmo prestarmos mais atenção. Os<br />
empresários do ramo deveriam participar<br />
deste programa. Essa conscientização<br />
é boa para todo mundo:<br />
funcionários, clientes, empreendedores<br />
e principalmente para a cidade,<br />
finaliza Ana Luisa.<br />
(16) 3337 3773<br />
Avenida Vaz Filho, 2110<br />
(16) 3322-0409<br />
Rua João Gurgel, 1368<br />
37|
DE BEM COM A MASSA<br />
Marcada para junho, final da Copa Brasileira de<br />
Pizzarias terá dois representantes de Araraquara<br />
Alecrim e Galli são as<br />
pizzarias classificadas da<br />
cidade na Etapa do Interior<br />
de São Paulo, realizada com<br />
apoio do SinHoRes; Pizza<br />
Mania, de São Caetano do Sul,<br />
ficou com a maior pontuação.<br />
O anfitrião do evento, Chef Ronaldo<br />
Ayres, com José Carlos Pascoal<br />
Cardozo, presidente do SinHoRes<br />
Um dos pratos preferidos do brasileiro<br />
ganhou destaque em Araraquara<br />
com a inédita realização da Etapa Interior<br />
de São Paulo da Copa Brasileira<br />
de Pizzarias, que foi realizado no Centro<br />
de Convenções Dr Nelson Barbieri<br />
(CEAR) no dia 23 de abril sob o tema<br />
“Sabores Regionais e Brasileiros”.<br />
Participaram gratuitamente do<br />
concurso 18 pizzaiolos, sendo apenas<br />
seis deles de outras cidades. Cada<br />
um teve 20 minutos para montar sua<br />
receita. Assim, apenas seis pizzarias<br />
foram selecionadas. São elas: Pizza<br />
Hit’s (Palmital/SP – 452 pontos),<br />
Galli Pizzaria (Araraquara/SP – 452<br />
pontos), Villa Pizza (Joanópolis/SP<br />
– 453 pontos), Palladari´s Pizzaria<br />
(Hortolândia/SP – 459 pontos), Alecrim<br />
(Araraquara/SP – 466 pontos)<br />
e Pizza Mania (São Caetano do Sul/<br />
SP – 467 pontos).<br />
Agora, todos participam da grande<br />
final, marcada para ocorrer entre os<br />
dias 12 e 15 de junho, durante a FIS-<br />
PAL <strong>2018</strong> no Expo Center Norte, em<br />
São Paulo, capital, onde juntam-se os<br />
vencedores de todas as etapas nacionais<br />
do campeonato. Com grande<br />
expectativa de público.<br />
Formado por André Lota, Carlos<br />
Aguiar, Najla Cardozo, Leninha Saba<br />
e Valmor Friedrich, o júri avaliou a<br />
apresentação pessoal do candidato,<br />
a organização da mesa de trabalho,<br />
a habilidade do pizzaiolo, a abertura<br />
da massa, o aspecto final da pizza, a<br />
criatividade, o corte, o aroma e o sabor.<br />
“Com atividades do tipo, visamos<br />
Pizzaiolos das pizzarias<br />
premiadas na seletiva: Gil<br />
Cattani - Alecrim (Araraquara),<br />
Luceli Nascimento e Fábio Damas<br />
- Pizza Mania (São Caetano do<br />
Sul), Marcelo Morales - Galli<br />
Pizzaria (Araraquara), Fernando<br />
Tavares - Villa Pizza (Joanópolis),<br />
Elton Castro - Palladari´s<br />
(Hortolândia) e Pizza Hit’s<br />
(Palmital).<br />
melhorar a qualidade de trabalho de<br />
nossos empresários, no caso aqueles<br />
que trabalham com pizzarias. É uma<br />
ótima oportunidade de capacitação<br />
para eles, fora a aproximação com outros<br />
profissionais do setor”, analisa<br />
o presidente do SinHoRes (Sindicato<br />
dos Hotéis, Restaurantes Bares e<br />
Similares), José Carlos Pascoal Car-<br />
Gustavo Cardamoni,<br />
diretor vice-presidente<br />
da Pizzaria Unidas,<br />
chef Ronaldo Ayres,<br />
a dupla vencedora,<br />
Luceli Nascimento e<br />
Fábio Damas, da Pizza<br />
Mania, José Cardozo,<br />
do SinHoRes e Valmor<br />
Friedrich, diretor<br />
financeiro da Pizzaria<br />
Unidas<br />
dozo. A Copa Brasileira de Pizzarias<br />
é desenvolvida pelo CTP – Centro<br />
Tecnológico de Desenvolvimento de<br />
Pizzas e Massas no Brasil Ltda, tendo<br />
como responsável o Chef Ronaldo<br />
Ayres, o Sr Pizza, em parceria com a<br />
feira Fispal Food Service. Em Araraquara,<br />
o evento contou com o apoio<br />
do SinHoRes.<br />
|38
Ainda no dia 23, no período da manhã,<br />
o chef Ronaldo Ayres ministrou<br />
um workshop especial para pizzaiolos<br />
e empresários da cidade. Na atividade,<br />
ele abordou temas como higiene e<br />
manipulação de alimentos, influência<br />
da temperatura, organização e transformação<br />
de matéria-prima, desperdício<br />
no laboratório, otimização da<br />
tecnologia, fermentação, massas e<br />
equilíbrio das coberturas. “Esse evento<br />
é uma grande oportunidade para<br />
os profissionais da área observarem<br />
de perto as novas tendências no preparo<br />
da pizza. Já passamos por outros<br />
Estados e estamos felizes com essa<br />
realização no interior de São Paulo”,<br />
finaliza o chef Ronaldo Ayres, da organização<br />
do evento.<br />
A comissão julgadora formada por André Lota, Carlos Aguiar, Najla Cardozo,<br />
Leninha Saba e Valmor Friedrich teve a difícil missão de selecionar as receitas<br />
DIDÁTICO<br />
Público durante o workshop realizado por Ronaldo Ayres<br />
39|
MERCADO<br />
Araraquara<br />
perde 170<br />
postos de<br />
trabalho<br />
Só no setor de serviços<br />
mais de 120 vagas foram<br />
fechadas.<br />
Levantamento feito pelo Núcleo de<br />
Economia do Sindicato do Comércio<br />
Varejista de Araraquara (Sincomercio),<br />
a partir de dados do Cadastro<br />
Geral de Empregados e Desempregados<br />
(Caged), revelou que a cidade de<br />
Araraquara registrou queda de 170<br />
postos de trabalho. O resultado contraria<br />
as expectativas de uma trajetória<br />
positiva de vagas de emprego para<br />
o ano. O único setor que apresentou<br />
Variação do<br />
número de<br />
postos de<br />
trabalho em<br />
março de<br />
<strong>2018</strong><br />
-170<br />
EMPREGO<br />
TOTAL<br />
-13<br />
INDÚSTRIA<br />
aumento nas contratações foi a Construção<br />
Civil. Apesar das dificuldades<br />
enfrentadas com a crise econômica,<br />
teve um bom desempenho em <strong>2018</strong>,<br />
com a criação de 90 postos de trabalho<br />
nesse primeiro trimestre. O<br />
quadro positivo demonstra uma recuperação<br />
na atividade econômica.<br />
Por outro lado, o setor de serviços registrou<br />
o fechamento de 123 vagas<br />
no mesmo período. “O aumento do<br />
desemprego ainda afeta diretamente<br />
o setor, uma vez que as famílias com<br />
o orçamento mais apertado acabam<br />
cortando gastos”, revela Délis Magalhães,<br />
economista do Sincomercio.<br />
Saldo de Movimentação<br />
5<br />
CONSTRUÇÃO<br />
CIVIL<br />
-20<br />
COMÉRCIO<br />
-123<br />
SERVIÇOS<br />
-19<br />
AGROPECUÁRIA<br />
Ainda para Délis, grande parte da<br />
queda está relacionada à instabilidade<br />
política e econômica que afeta a<br />
confiança do empresário araraquarense,<br />
que continua receoso e prefere<br />
evitar a contratação de novos<br />
funcionários.<br />
“O ano de <strong>2018</strong> ainda carrega<br />
muitas dúvidas sobre a evolução da<br />
atividade econômica e também sobre<br />
o cenário político, o que inibe os<br />
investimentos e mesmo o consumo.<br />
Apesar disso, os resultados em âmbito<br />
nacional têm apresentado melhora,<br />
mesmo que de forma mais lenta<br />
do que o esperado”, conclui.<br />
|40
ENTRETENIMENTO<br />
Oito TVs de 42 polegadas e um grande telão não vai deixar você perder nenhum lance<br />
Torcida Pé na Cova: assista o Brasil<br />
no ponto mais animado da cidade<br />
Chame os amigos e veja<br />
todas as partidas da nossa<br />
seleção; promoções, porções<br />
temáticas também estão<br />
no cardápio.<br />
Tradicional ponto de diversão e<br />
entretenimento da família araraquarense,<br />
o Boteco Pé na Cova começa a<br />
entrar em clima de Copa do Mundo prometendo<br />
muita festa e diversão. Com<br />
exclusividade, o proprietário Adriano<br />
Daltrini adiantou para a nossa reportagem,<br />
detalhes da mega estrutura que<br />
será disponibilizada para os clientes<br />
durante todos os jogos da seleção brasileira<br />
na competição.<br />
Participe da nossa torcida pé-quente<br />
Em todos os ambientes do Pé na<br />
Cova haverá TVs que dispõem de ótima<br />
resolução ligadas em todos os lances<br />
dos comandados de Tite. Entre<br />
os aparelhos, oito deles serão de 42<br />
polegadas. Também está previsto um<br />
telão em alta definição de 3m x 2m.<br />
“Estamos preparando petiscos<br />
temáticos dos países que disputam<br />
a Copa do Mundo e também faremos<br />
um bolão especial com muitos prêmios<br />
para nossos clientes. Vai ser bem<br />
bacana”, garante Daltrini, já entusiasmado<br />
com as ideias e sugestões que<br />
vão surgindo com a participação dos<br />
próprios clientes e torcedores.<br />
O Brasil estreia contra a Suíça no<br />
dia 17 de junho, um domingo, às 15<br />
horas. Na segunda rodada, os brasileiros<br />
encaram a Costa Rica no dia 22<br />
de junho, uma sexta-feira, às 9 horas.<br />
Depois, Brasil e Sérvia se enfrentam<br />
às 15 horas do dia 27 de junho, uma<br />
quarta-feira. Assim estará concluída a<br />
primeira fase e com a nossa seleção<br />
classificada.<br />
Acompanhe a nossa página no Facebook,<br />
sempre trazendo novidades<br />
Boteco Pé na Cova<br />
ESPECIAL<br />
SERVIÇO<br />
COPA DO MUNDO<br />
(16) 3461-4080<br />
Av. Brasil 1037 - Centro<br />
41|
A seleção Brasileira,<br />
tendo como técnico Tite,<br />
viaja para a Rússia com<br />
o bagagem cheia de<br />
esperança. Conquistar o<br />
hexacampeonato<br />
tornou-se uma obsessão do<br />
País após os resultados ruins<br />
obtidos em 2014, quando<br />
a Copa foi disputada no<br />
Brasil. Apostando em nomes<br />
como Neymar, Gabriel<br />
Jesus, Philippe Coutinho,<br />
Wiliam, entre outros jovens<br />
valores, os canários sonham<br />
em repetir campanhas<br />
históricas, como ocorreu em<br />
1958, 1962, 1970, 1994 e<br />
2002. Força, Brasil. Em sua<br />
chave o Brasil enfrentará<br />
Sérvia, Suiça e Costa Rica. A<br />
seleção brasileira ficará em<br />
Sochi (Swissôtel Resort Sochi<br />
Kamelia).<br />
|42
Eleito em votação aberta,<br />
com participação de mais<br />
de um milhão de pessoas,<br />
o lobo siberiano Zabivaka<br />
(ou “pequeno goleador”)<br />
ganhou o título de mascote<br />
da Copa do Mundo da<br />
Rússia <strong>2018</strong>. O vencedor<br />
duelava com um tigre e<br />
com um gato. Zabivaka<br />
recebeu 53% dos votos para<br />
ser o ganhador. O tigre<br />
ficou em segundo, com<br />
27%, enquanto o gato teve<br />
20%, terminando em último<br />
lugar. O personagem foi<br />
desenhado por Ekaterina<br />
Bocharova. País do gelo, da<br />
vodka, dos ursos polares e<br />
com 144,3 milhões, a Rússia<br />
organiza pela primeira vez,<br />
a maior competição de<br />
futebol do mundo.<br />
43|
COMÉRCIO<br />
Álbum e figurinhas da Copa do Mundo<br />
triplicam vendas em banca de jornal<br />
Intenso movimento impulsionou Claudomiro Pedroso a criar, em 2002, um espacinho<br />
especial para troca de figurinhas ao lado de seu estabelecimento, no Parque Infantil.<br />
O mercado do futebol mundial movimenta<br />
a economia global. Os gritos<br />
de gol geram milhões de dólares nos<br />
quatros canto do mundo. E quando<br />
chega a hora da maior competição do<br />
esporte começar, a Copa do Mundo,<br />
as cifras ganham valores ainda mais<br />
altos.<br />
Segundo recente pesquisa publicada<br />
pela Confederação Nacional do<br />
Comércio Bens, Serviços e Turismo<br />
(CNC), a Copa deste ano da Rússia<br />
deve movimentar mais R$ 1,5 bilhão<br />
no varejo brasileiro. E um dos setores<br />
que mais giram dinheiro junto aos<br />
amantes das quatro linhas aparece,<br />
justamente, de quatro em quatro<br />
anos: o famoso álbum de figurinhas.<br />
Neste ano, a Panini, empresa responsável<br />
pelo produto, colocou 681<br />
figurinhas à disposição dos torcedores<br />
que pretendem completá-lo, entre<br />
jogadores, seleções, estádios e escudos<br />
licenciados.<br />
Mas para o colecionador, é preciso<br />
separar uma boa grana para isso. O<br />
valor do pacotinho com cinco cromos<br />
aumentou de R$ 1 para R$ 2 em relação<br />
ao último Mundial, no Brasil,<br />
em 2014. Segundo a Panini, o preço<br />
subiu 100% por conta dos valores<br />
de licenciamento das federações e<br />
jogadores, além da desvalorização do<br />
dólar, o que forçou o reajuste.<br />
Mesmo assim, isso não afastou<br />
os fanáticos pelo colecionismo. A<br />
reportagem da Revista Comércio, Indústria<br />
e Agronegócio esteve no mais<br />
tradicional ponto de venda e troca de<br />
figurinhas da cidade, a banca localizada<br />
dentro do Parque Infantil, para conversar<br />
com o proprietário Claudomiro<br />
Pedroso, que dos seus 66 anos de<br />
vida, coleciona 26 deles trabalhando<br />
no local. Segundo ele, seu fluxo de<br />
Claudomiro, dono da Banca do Parque Infantil há 26 anos<br />
vendas simplesmente triplicou desde<br />
o início da comercialização dos álbuns<br />
e figurinhas, no mês de março.<br />
“Engana-se quem pensa que esta crise<br />
afastaria os fanáticos colecionadores.<br />
Ela em nada afetou. O movimento<br />
por aqui está bem legal, com intenso<br />
fluxo diário”, diz o comerciante que<br />
preferiu não revelar valores.<br />
Além das vendas dos pacotinhos,<br />
uma demanda que ganhou vida neste<br />
Mundial da Rússia é a compra do<br />
álbum completo. “Eu mesmo vou<br />
montando, o deixando completinho.<br />
Já tive algumas encomendas do tipo.<br />
Também vendo bastante o álbum de<br />
capa dura, que é mais caro, além da<br />
grande quantidade de pacotinhos. Já<br />
teve gente que fez encomenda de R$<br />
1 mil”, conta.<br />
O fisioterapeuta Felipe Masiero,<br />
30, é um desses amantes do colecionismo.<br />
Seu primeiro álbum foi da NBA<br />
temporada 1995-1996. “Meu pai chegou<br />
em casa e me deu de presente.<br />
Lembro como se fosse ontem colando<br />
as figurinhas e ficando impressionado<br />
com as cromadas, que tinham os símbolos<br />
das equipes”, recorda.<br />
O fisioterapeuta<br />
Felipe Masiero<br />
|44
A partir daí, Masiero tomou gosto.<br />
Da Copa do Mundo, seu primeiro<br />
álbum completo foi de 2006,<br />
quando a competição ocorreu na<br />
Alemanha. “Lembro bem que ficou<br />
faltando uma figurinha e era um jogador<br />
dos Estados Unidos. Um amigo<br />
pegou essa figurinha e me falou<br />
que a trocaria por cinco figurinhas<br />
minhas. Dei um bolo de figurinhas<br />
que tinha em troca da que faltava<br />
pra mim. Devia ter umas cinquenta”,<br />
conta o fisioterapeuta que já fechou<br />
seu álbum da Copa da Rússia <strong>2018</strong>.<br />
TROCANDO FIGURINHAS<br />
Aos fins de semana, o perímetro<br />
no qual a Banca do Parque Infantil<br />
está localizada, fica simplesmente<br />
lotado de crianças e adultos que<br />
querem trocar suas figurinhas repetidas.<br />
Para garantir mais conforto para<br />
o pessoal, Seo Claudomiro comprou<br />
mesas e cadeiras. Essa ideia começou<br />
em 2002, de maneira natural,<br />
durante a Copa do Mundo disputada<br />
no Brasil.<br />
Manhã de sábado no Parque: gerações unidas<br />
“Aos fins de semana e feriados,<br />
chega a ter mais de 500 pessoas<br />
por aqui. Vem muita gente da região<br />
também, de cidades como Taquaritinga,<br />
Matão, entre outras. O ambiente<br />
é muito gostoso, enquanto os<br />
filhos ficam nas mesas, alguns pais<br />
vão caminhar no parque, sem contar<br />
que o pessoal também consome<br />
produtos variados aqui na banca, de<br />
uma água ao jornal do dia, por exemplo”,<br />
finaliza o comerciante.<br />
45|
ARTIGO<br />
Sérgio Sgobbi<br />
Presidente do Conselho Municipal de<br />
Desenvolvimento Econômico e Social<br />
Mobilização e protagonismo social:<br />
a solução está em nossas mãos<br />
As demandas da sociedade<br />
contemporânea são crescentes.<br />
Se caracterizam pela diversidade,<br />
amplitude e níveis cada vez mais<br />
sofisticados e complexos, exigindo<br />
atitudes dos poderes instituídos, com<br />
um senso de urgência que dramatiza<br />
ainda mais este cenário.<br />
Sob a ótica dos entes públicos, há<br />
de se considerar as suas limitações,<br />
por uma série de circunstâncias, quer<br />
sejam financeiras, institucionais ou<br />
legais, incorrendo invariavelmente em<br />
reclamações e insatisfações que, por<br />
si só, não resolvem, mas se acumulam,<br />
gerando mais frustação, descrédito<br />
com a coisa pública e desamparo no<br />
atendimento dos direitos dos cidadãos.<br />
As perguntas que se colocam<br />
diante deste cenário são: como<br />
sair deste imobilismo e assumir um<br />
protagonismo? Como estabelecer o<br />
senso de urgência? Entender quais<br />
são os direitos e deveres pode ser um<br />
caminho a ser trilhado? Quais são as<br />
alternativas? O problema é sempre<br />
“dos outros” e a responsabilidade deve<br />
ser assumida por terceiros?<br />
Muitas outras questões poderão vir à<br />
medida que refletimos sobre o tema,<br />
porém alguns questionamentos devem<br />
permear as próximas ações: estou<br />
fazendo a minha parte? Contribuo<br />
positivamente para a solução dos<br />
problemas? Posso participar, me<br />
engajar, ser ativo na solução?<br />
A sociedade civil mobilizada,<br />
organizada e ciente das suas<br />
limitações não pode ser omissa das<br />
suas responsabilidades. Tem que dar<br />
respostas e assumir o protagonismo<br />
em aspectos falhos, mesmo de difícil<br />
resolução. Deve participar ativamente<br />
no processo de sua constante<br />
construção, de maneira engajada e<br />
mobilizada, em busca de soluções e<br />
de alternativas para problemas que a<br />
própria sociedade atual criou. Este é<br />
um caminho.<br />
Em Araraquara, o CMDES – Conselho<br />
Municipal de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social –, organismo<br />
instituído por lei, que tem entre suas<br />
atribuições assessorar, acompanhar,<br />
opinar, apreciar e propor alternativas,<br />
de ordem administrativa, operacional,<br />
financeira e orçamentária, é um<br />
instrumento que se propõe a tirar<br />
a sociedade do seu imobilismo, via<br />
participação voluntária dos seus<br />
membros e o engajamento de outros<br />
atores sociais conforme a necessidade<br />
assim demandar.<br />
Mas como se dá esta participação?<br />
Primeiro na composição do Conselho.<br />
São 33 membros que se dividem da<br />
seguinte forma: 8 representantes do<br />
setor público, entre administração<br />
direta e autarquias; 20 representantes<br />
da sociedade, escolhidos por<br />
deliberação do Prefeito Municipal,<br />
com o objetivo de trazer a pluralidade<br />
da sociedade de raça, gênero, credo<br />
e representatividade institucional; e,<br />
por fim, 5 membros que constituem<br />
um fato inédito na conformação de<br />
conselhos desta natureza, já que são<br />
eleitos diretamente pela população,<br />
por meio do Orçamento Participativo.<br />
O trabalho do CMDES está seguindo<br />
um planejamento, por meio do qual<br />
as áreas prioritárias escolhidas<br />
são: Ambiente de Negócios – para<br />
promover a melhoria das condições<br />
objetivas de ampliação e facilitação<br />
das transações comerciais,<br />
industriais e de serviços; Atração de<br />
Investimentos – com o objetivo de<br />
instrumentalizar o município com<br />
informações e ações na busca e<br />
fomento de novos investimentos;<br />
Ciência, Tecnologia e Inovação – para<br />
aproveitar e estimular o potencial<br />
de conhecimento das universidades<br />
e centros de pesquisa em prol da<br />
sociedade; Direitos Humanos – para<br />
trabalhar a inclusão dos temas de<br />
raça, gênero, opção sexual e pessoas<br />
com deficiência, no cotidiano da<br />
sociedade; Trabalho, Ocupação e<br />
Cooperativismo – para buscar formas<br />
de atendimento das demandas por<br />
trabalho na sociedade moderna.<br />
Desta forma, com planejamento,<br />
objetivos claros e principalmente<br />
com a mobilização, participação e<br />
envolvimento dos membros do CMDES<br />
e da população, estamos induzindo<br />
o protagonismo da sociedade para<br />
a solução dos seus problemas. Esta<br />
é uma alternativa. O seu alcance e<br />
dimensão somente o tempo poderá<br />
avaliar.<br />
|46
CUSTO BENEFÍCIO<br />
Ferragem<br />
armada pronta:<br />
saiba as<br />
vantagens<br />
Empresas especializadas<br />
como a Açoval, entregam o<br />
produto pronto.<br />
Uma das maiores vantagens da ferragem<br />
armada pronta é a garantia da<br />
qualidade. Indicada para fazer vigas,<br />
cintas, colunas, baldrames, muros e<br />
para travamento de paredes, a ferragem<br />
armada já vem pronta para uso.<br />
Ela possui total garantia de qualidade.<br />
É fornecida nos comprimentos de 6 e<br />
7m com espaçamento uniforme de 20<br />
cm entre os estribos. Dessa maneira,<br />
você constrói com mais qualidade, praticidade,<br />
maior rapidez e, é claro, mais<br />
segurança e economia para sua obra.<br />
Ferragem armada pronta evita desorganização no canteiro de obras<br />
TRABALHO FEITO COM SEGURANÇA<br />
47|
|48
SAÚDE<br />
Estrabismo.<br />
O que é?<br />
Desalinhamento dos olhos,<br />
também é conhecido<br />
popularmente como “olho<br />
vesgo”; pode ser constante<br />
(olho desviado o tempo todo)<br />
ou intermitente (somente em<br />
parte do tempo).<br />
A criança que apresenta estrabismo<br />
em idade precoce (antes dos 4 a 5 anos<br />
de idade), não vai apresentar visão dupla<br />
(diplopia) devido a supressão do<br />
olho não fixador. Neste caso, o cérebro<br />
da criança escolhe suprimir (não levar<br />
em consideração) a visão do olho desalinhado.<br />
Isso é importante porque a<br />
criança não vai apresentar visão dupla,<br />
nem se queixar de problema de visão.<br />
Além disto, esta supressão não permite<br />
que o olho desviado se desenvolva<br />
normalmente. A supressão é um mecanismo<br />
de defesa para evitar a diplopia e<br />
a confusão de imagens e interrompe o<br />
desenvolvimento binocular com perda<br />
de fusão e de estereopsia. Se o estrabismo<br />
ocorre em uma criança com mais<br />
de 7 anos de idade ou em um adulto, o<br />
paciente percebe a visão dupla porque<br />
já não consegue realizar a supressão.<br />
Ao nascimento, o alinhamento ocular<br />
é variável, 70% dos bebês apresentam<br />
uma pequena e variável exotropia<br />
(um dos olhos desviado para fora,<br />
chamado desvio divergente), 30% dos<br />
olhos alinhados e esotropia (olho desviado<br />
para dentro, chamado desvio<br />
convergente) é mais raro. Isso ocorre<br />
porque nos primeiros meses de vida a<br />
visão ainda é pouco desenvolvida. Com<br />
o crescimento, os olhos deixam de desviar<br />
e isso deve ocorrer até os primeiros<br />
meses de vida.<br />
Crianças com exotropia (olho desviado<br />
para fora) após 6 meses de vida<br />
ou esotropia (olho desviado para dentro)<br />
após 2 meses de vida devem ser encaminhadas<br />
ao oftalmologista. Rápidos<br />
episódios de adução simultânea (espasmo<br />
de convergência) são frequentes<br />
até os 4 meses de idade. Neste caso,<br />
o oftalmologista vai medir o desvio e<br />
garantir que não exista uma causa mais<br />
grave (como doença de retina, catarata<br />
ou tumor no olho da criança).<br />
O pseudo-estrabismo é uma condição<br />
muito comum na qual a criança<br />
parece ter os olhos desalinhados, com<br />
falsa aparência de estrabismo. Neste<br />
caso o exame com oftalmologista e<br />
acompanhamento da criança é muito<br />
importante para acalmar os pais e<br />
garantir que a criança vai apresentar<br />
desenvolvimento normal dos dois olhos.<br />
TRATAMENTO<br />
O tratamento consiste em garantir<br />
que não existe uma doença causando<br />
estrabismo que deva ser tratada (como<br />
catarata, doenças da retina, tumores,<br />
alta miopia, hipermetropia, etc.), seguido<br />
do tratamento da ambliopia. Am-<br />
Dr. José Barbieri Júnior comenta o assunto<br />
bliopia é conhecida popularmente como<br />
“olho preguiçoso”, quando o estrabismo<br />
ou alguma outra alteração nos primeiros<br />
anos de vida da criança impedem que a<br />
visão deste olho se desenvolva. Neste<br />
caso, o oftalmologista costuma prescrever<br />
tampão ou colírios especiais para<br />
“forçar” a criança a desenvolver a visão<br />
no olho preguiçoso. Normalmente é um<br />
tratamento difícil porque a criança não<br />
entende a sua importância e reclama.<br />
Os pais devem estar bem informados<br />
para que o tratamento tenha sucesso.<br />
O tratamento da ambliopia é muito importante<br />
porque só pode ser realizado<br />
em crianças pequenas. Quando um<br />
adulto descobre que tem um olho amblíope<br />
não tem como tratar e melhorar<br />
sua visão. Apesar de algumas drogas<br />
poderem ser utilizadas para tratar a ambliopia<br />
em adultos, acredita-se que esta<br />
doença deva ser tratada em crianças o<br />
mais cedo possível, até no máximo sete<br />
anos de idade.<br />
Paralelamente ao tratamento da<br />
ambliopia, o oftalmologista acompanha<br />
o estrabismo. Às vezes o uso de<br />
óculos ajuda a corrigir parte do desvio<br />
e quando a criança crescer, a cirurgia<br />
ajuda a alinhar os olhos. Vale lembrar<br />
que a cirurgia não trata a ambliopia,<br />
apenas alinha os olhos.<br />
49|
MEMÓRIA<br />
Nosso<br />
adeus ao<br />
Tonhão<br />
Ex-zagueiro fez história ao<br />
lado do melhor time que<br />
a Ferroviária teve em sua<br />
história: o esquadrão de 59.<br />
Antonio Ersio Faccio, o Tonhão,<br />
um dos mais brilhantes atletas que a<br />
Ferroviária teve em toda sua história,<br />
faleceu no mês de abril, aos 85 anos,<br />
vítima de câncer no intestino. Com cerca<br />
de 1,90m, o zagueiro era conhecido<br />
pelo seu temperamento em campo; jamais<br />
foi um jogador maldoso, porém<br />
entrava forte nas bolas divididas. Natural<br />
de Ibaté, mudou-se ainda criança,<br />
ao lado dos pais e irmãos, para<br />
Araraquara.<br />
Tonhão, titular do Palmeiras em 1956<br />
Fez parte do time mais célebre da<br />
Ferroviária, jogando ao lado de Fia,<br />
Porunga e Antoninho; Dirceu, Rodrigues<br />
e Cardarelli; Faustino, Dudu,<br />
Baiano, Bazani e Beni. Com o time,<br />
em 1959, chegou em terceiro lugar<br />
no Campeonato Paulista e com isso<br />
ganhou fama para excursionar, no<br />
ano seguinte, para o exterior enfrentando<br />
equipes como Sporting Benfica<br />
e Futebol Clube do Porto.<br />
Tonhão, seis anos atrás<br />
O ex-jogador também defendeu<br />
Palmeiras, Ponte Preta, XV de Piracicaba<br />
e Barretos. Tonhão, após parar<br />
com o futebol profissional, passou a<br />
atuar como atleta em equipes amadoras,<br />
uma delas a Acco, com Laurindo<br />
Cardoso. Sempre residiu na Vila<br />
Xavier, na Avenida Doutor Leite de<br />
Morais. Foi também um importante<br />
comerciante, atuando no ramo de tintas<br />
com o Palácio das Tintas.<br />
|50
AGRO<br />
N E G Ó C I O S<br />
INFORMATIVO<br />
Edição: Maio/<strong>2018</strong><br />
A GRANDE FEIRA<br />
Agrishow <strong>2018</strong>,<br />
mais um ano<br />
de sucesso<br />
Diretores do Sindicato Rural<br />
de Araraquara prestigiaram a<br />
abertura da Agrishow no final<br />
de abril em Ribeirão e uma<br />
vez mais, viram o avanço da<br />
industrialização das máquinas<br />
dotadas de alta tecnologia.<br />
Na segunda-feira, dia 30 de abril,<br />
teve início a 25ª Agrishow – Feira Internacional<br />
de Tecnologia Agrícola em<br />
Ação em Ribeirão Preto. Considerado<br />
o principal evento tecnológico e de<br />
negócios do agronegócio na América<br />
Latina e mais importante vitrine de<br />
tendências para o segmento, o evento<br />
foi encerrado no dia 4 de abril apresentando<br />
novidades em máquinas,<br />
implementos agrícolas, sistemas de<br />
irrigação, insumos, sistemas para<br />
agricultura de precisão, soluções de<br />
monitoramento e automação, acessórios,<br />
peças, serviços e outros produtos<br />
de 800 marcas, do Brasil e do<br />
exterior.<br />
SINDICATO PARTICIPOU<br />
A presença do Sindicato Rural através dos seus diretores, garante a ampliação da sua<br />
representatividade na Agrishow<br />
Para o presidente Nicolau de<br />
Souza Freitas, do Sindicato Rural de<br />
Araraquara, presente na abertura do<br />
evento, os visitantes tiveram a oportunidade<br />
de ver inovações tecnológicas,<br />
tanto na Arena do Conhecimento,<br />
quanto nos estandes dos expositores,<br />
pois atualmente a Agrishow está plenamente<br />
alinhada com as mais avançadas<br />
tecnologias. Exemplo disso é a<br />
conectividade presente atualmente<br />
na maioria das máquinas expostas<br />
na feira.<br />
Os mais de 150 mil visitantes<br />
de 70 países que compareceram<br />
ao evento encontraram todas as<br />
soluções necessárias para aumentar<br />
sua produtividade, melhorar sua<br />
eficiência na plantação e colheita de<br />
diversas culturas, diminuir custos,<br />
economizar recursos naturais e insumos,<br />
obter um melhor manejo de<br />
suas pastagens e garantir a sustentabilidade<br />
ambiental de sua lavoura<br />
ou pastagem.<br />
Além disso, o público visitante<br />
da Agrishow <strong>2018</strong>, formado por agricultores<br />
e pecuaristas, profissionais,<br />
empresários e técnicos da cadeia<br />
produtiva, representantes das entidades<br />
setoriais, pesquisadores, autoridades,<br />
lideranças governamentais<br />
e membros de órgãos e secretarias<br />
públicas, também acompanhou as atividades<br />
e atrações preparadas pela<br />
organização.<br />
A Arena de Demonstrações de<br />
Campo Agrishow foi um show de tecnologia<br />
agrícola. Com curadoria da<br />
Coopercitrus, teve o intuito de oferecer<br />
conhecimento e fomentar o uso<br />
de ferramentas inovadoras no campo,<br />
que resultem em crescimento produtivo,<br />
rentável e sustentável para os produtores<br />
rurais. “Uma vez mais foi um<br />
acontecimento inesquecível”, disse<br />
Nicolau de Souza Freitas, na abertura.<br />
51|
MÃOS À OBRA<br />
Feira do Produtor Rural de Américo<br />
começa com normas e procedimentos<br />
Depois de criar a Feira<br />
do Produtor Rural em<br />
Araraquara, o Sindicato Rural<br />
e o SENAR SP investem na<br />
capacitação do pequeno<br />
agricultor em Américo e dão<br />
início à criação de evento<br />
semelhante.<br />
Sindicato Rural de Araraquara e<br />
SENAR SP, em parceria com a Prefeitura<br />
Municipal de Américo Brasiliense,<br />
Fundação Itesp e Sebrae,<br />
iniciaram mais um Programa Feira<br />
do Produtor no Assentamento Monte<br />
Alegre. As capacitações, segundo Maria<br />
Clara Piaí da Silva, da Fundação<br />
Itesp, ocorrerão até outubro, quando<br />
será lançada a Feira do Produtor em<br />
Américo Brasiliense. Decisões como<br />
local, dia da semana e horários da<br />
feira serão decididos ao longo do ano<br />
pelos próprios participantes, além de<br />
pesquisa em bairros de Américo para<br />
perceber a melhor demanda.<br />
Pequenos produtores<br />
Em abril aconteceram os primeiros<br />
encontros do 1° módulo do Programa<br />
Feira do Produtor Rural. Com<br />
metodologia participativa e envolvendo<br />
os participantes em todas as decisões,<br />
durante os dias 10, 11, 23 e<br />
24 de abril, os produtores estiveram<br />
reunidos no Rancho 3 Ramos, localizado<br />
no Assentamento Monte Alegre<br />
III, para a execução das atividades do<br />
Módulo Normas e Procedimentos.<br />
O ENCONTRO<br />
Nos dias 10 e 11 de abril, orientados<br />
pela instrutora Angela Barbieri<br />
Nigro, os participantes tiveram contato<br />
com os assuntos pertinentes à<br />
organização da feira em âmbito geral,<br />
sendo desenvolvidas na ocasião habilidades<br />
que permitem sugerir e opinar<br />
de forma equilibrada os interesses<br />
do grupo. Os trabalhos e dinâmicas<br />
desenvolvidas com os participantes<br />
sugeriram demandas que ao longo do<br />
curso são sanadas módulo a módulo<br />
com orientações específicas.<br />
Participantes reunidos<br />
em um primeiro encontro<br />
para aula e dinâmicas de<br />
planejamento visando a<br />
construção da Feira do<br />
Produtor<br />
|52
Nos dias 23 e 24 de abril é aberto<br />
espaço à palestra dos parceiros, visando<br />
esclarecimentos às demandas<br />
surgidas nos encontros anteriores.<br />
Desta forma, são convidados representantes<br />
da Vigilância Sanitária e<br />
Prefeitura de Américo Brasiliense, SE-<br />
NAR, Sindicato Rural de Araraquara,<br />
da Fundação Itesp - GTC Araraquara<br />
e Sebrae. Os convidados que integrarão<br />
a comissão gestora da Feira do<br />
Produtor foram convidados a palestrar<br />
sobre o que as respectivas instituições<br />
podem contribuir ao projeto.<br />
A HIGIENIZAÇÃO<br />
Na oportunidade, os participantes<br />
serão orientados a respeito dos<br />
critérios da vigilância sanitária para<br />
comercialização de alimentos processados,<br />
bem como procedimentos<br />
necessários para se adequarem; o<br />
Itesp apresenta o histórico das feiras<br />
realizadas em Araraquara que possuem<br />
acompanhamento deste parceiro,<br />
bem como o compromisso de<br />
orientação de produção aos feirantes<br />
que estão na área em que atua a Fundação<br />
Itesp; o Sebrae contribui com<br />
o norte sobre comercialização, ferramentas<br />
de orientação de produção,<br />
marketing e demais atributos, que<br />
são muito importantes.<br />
Comissão Gestora da Feira do Produtor Rural em Américo Brasiliense, fruto da parceria do<br />
SENAR SP, Sindicato Rural de Araraquara, Sebrae SP, Fundação Itesp e Prefeitura de Américo<br />
Ainda neste módulo, é revisto com<br />
os produtores o regulamento da feira<br />
do produtor, que é de autoria do SE-<br />
NAR e possui regras que devem ser<br />
cumpridas pelos participantes.<br />
Por fim, será composta a Comissão<br />
Gestora da Feira do Produtor.<br />
Esta contará com a participação do<br />
Sindicato Rural de Araraquara, SE-<br />
NAR, Fundação Itesp, Prefeitura de<br />
Américo Brasiliense, Vigilância Sanitária,<br />
Sebrae - Araraquara e três representantes<br />
dos produtores.<br />
Desde o início o que se observa é o<br />
interesse dos produtores pelo curso<br />
O ENCONTRO<br />
O curso ensina que o objetivo da feira é valorizar a economia local, oferecer produtos<br />
frescos para o consumidor e capacitar o produtor rural<br />
O coordenador regional do SENAR<br />
SP, João Henrique de Souza Freitas,<br />
na instalação deste segundo programa<br />
através da base territorial do sindicato,<br />
falou da importância da integração<br />
dos participantes para que o<br />
projeto tenha sucesso. “Trata-se de<br />
uma ação social em que o objetivo<br />
principal é permitir que o pequeno<br />
produtor tenha acesso ao mundo dos<br />
negócios, porém é preciso capacitá-lo<br />
e é isso que estamos fazendo. Assim<br />
vamos fortalecer a agricultura familiar”,<br />
salientou o coordenador.<br />
Em Araraquara o curso foi realizado<br />
no ano passado com a formação<br />
de 26 feirantes.<br />
53|
NATUREZA ANIMAL<br />
Ferradura nos cascos do<br />
cavalo. Será que precisa?<br />
A realização do curso de<br />
Casqueamento e também de<br />
Ferrageamento aconteceu no<br />
Rancho São José, em Nova<br />
Europa, ministrado pelo<br />
instrutor Altemar Venâncio.<br />
Naquela manhã de segunda-feira,<br />
23 de abril, os trabalhadores do Rancho<br />
São José e propriedades adjacentes<br />
em Nova Europa, já estavam preparados<br />
para enfrentar quatro dias<br />
de curso. Desta feita aprenderiam a<br />
verdadeira técnica e os cuidados que<br />
devem ter durante o casqueamento e<br />
o ferrageamento dos animais.<br />
O curso organizado pelo SENAR<br />
SP, disse o seu coordenador João<br />
Henrique de Souza Freitas presente<br />
ao evento, está atendendo o município<br />
de Nova Europa que faz parte da<br />
base territorial do Sindicato Rural de<br />
Araraquara. Ele também explicou que<br />
havendo interesse das empresas associadas<br />
à entidade e definindo-se o<br />
número de participantes, o sindicato<br />
e o SENAR investem na organização<br />
de cursos, pois o objetivo é levar conhecimento<br />
ao produtor rural e cumprir<br />
um dos seus principais objetivos<br />
que é a ação social, completou.<br />
A parte teórica do curso baseouse<br />
exclusivamente em explicações<br />
sobre as razões do animal precisar<br />
de ferraduras. O instrutor Altemar Venâncio<br />
disse que isso ocorre porque<br />
os cascos crescem constantemente,<br />
por isso eles precisam de atenção<br />
regularmente, mas, muitas vezes, o<br />
proprietário não realiza o casqueamento<br />
com a regularidade necessária.<br />
Sem o casqueamento os cavalos<br />
ficam mais sensíveis, correndo o risco<br />
de sangramento, laminite<br />
e até o stresse do animal.<br />
Outro detalhe abordado<br />
por Venâncio está<br />
diretamente ligado ao<br />
número de propriedades<br />
rurais existentes no<br />
município e nas quais o<br />
produtor ainda dispõe<br />
da utilização de animais<br />
para diversos afazeres.<br />
“Embora seja cada vez<br />
maior a mecanização<br />
nas propriedades rurais, o trabalho<br />
desses tipos de animais nos serviços<br />
do campo ainda é muito grande”.<br />
RESPEITO AO ANIMAL<br />
Para João Henrique de Souza<br />
Freitas, a criação dos equinos é de<br />
grande importância, pois eles desempenham<br />
um grande papel da vida<br />
agropecuária do Brasil e contribuem<br />
muito para o crescimento do agronegócio.<br />
O uso dos equinos, disse<br />
Instruções passadas sobre o casqueamento aos<br />
participantes do curso<br />
O objetivo<br />
do curso<br />
é de levar<br />
conhecimento<br />
aos produtores<br />
rurais e<br />
conscientizá-los<br />
sobre a<br />
importância<br />
dos animais<br />
em nossos<br />
meios<br />
ele, se dá em diversas atividades,<br />
sejam elas destinadas ao trabalho<br />
e produção ou ao esporte e diversão.<br />
Possuem um grande valor não<br />
só para os trabalhos em campo mas<br />
também para a venda e comercialização.<br />
O cavalo, por exemplo, ocupa<br />
um papel importante no transporte,<br />
nos trabalhos agrícolas, nos esportes<br />
e também no tratamento (terapia) de<br />
crianças e adultos com necessidades<br />
especiais, mais conhecido como<br />
equoterapia.<br />
Fundamentado nestas explicações<br />
é que baseia-se a carta de<br />
orientações e ações do SENAR, dando<br />
importância aos cuidados que<br />
todos devem dispensar aos animais,<br />
mantendo-os com saúde e condições<br />
de uma vida saudável.<br />
|54<br />
Finalização do<br />
curso no Rancho<br />
São José
O MUNDO DAS PLANTAS<br />
Curso de<br />
Jardinagem<br />
A Prefeitura de Américo<br />
Brasiliense solicitou ao SENAR<br />
SP e ao Sindicato Rural de<br />
Araraquara a realização de<br />
curso de jardinagem para os<br />
servidores que atuam junto<br />
ao meio ambiente na cidade.<br />
Investir no ensino e na qualificação<br />
profissional é ferramenta vital<br />
para capacitar o trabalhador, ampliar<br />
sua inserção no mercado de trabalho<br />
e aumentar a competitividade<br />
das empresas. No caso da Prefeitura<br />
Municipal de Américo Brasiliense a<br />
situação é outra.<br />
O prefeito Dirceu Pano, sabendo<br />
das novas técnicas praticadas<br />
na jardinagem,<br />
solicitou ao SENAR SP e<br />
Sindicato Rural de Araraquara,<br />
a realização<br />
de um curso para aprimorar<br />
o conhecimento<br />
dos servidores que trabalham<br />
no setor. Para<br />
ele, o aperfeiçoamento<br />
é fundamental, não apenas<br />
para conscientizá-los<br />
sobre a importância do meio ambiente,<br />
mas principalmente no respeito<br />
que devemos ter com as podas e por<br />
extensão, aos jardins situados em espaços<br />
públicos.<br />
No conteúdo programático constam a<br />
preparação do solo, além de outros itens<br />
de grande importância como a prevenção<br />
dos acidentes no trabalho e a proteção<br />
ambiental<br />
Assim, durante três dias, a instrutora<br />
do SENAR, Viviane Laguna, orientou<br />
os servidores sobre o treinamento<br />
de jardinagem. Ela mostrou aos trabalhadores<br />
envolvidos com sistemas<br />
Aula teórica realizada na Prefeitura Municipal<br />
produtivos e manejos culturais na floricultura,<br />
a forma correta de trabalhar,<br />
além de oferecer a oportunidade de<br />
ver como se produz e se faz o manejo<br />
de flores e plantas ornamentais.<br />
Participantes no<br />
acesso à Prefeitura<br />
aprenderam a<br />
preparar substratos,<br />
utilizando misturas<br />
químicas e orgânicas.<br />
O conteúdo inclui<br />
técnicas de plantio,<br />
formação de covas,<br />
observando melhor o<br />
desenvolvimento das<br />
plantas.<br />
CURSOS<br />
ANO / <strong>2018</strong><br />
CURSOS EM <strong>MAIO</strong><br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />
COM PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />
10/05 até 12/05 - Grupo Fechado<br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />
COM PULVERIZADOR DE BARRAS<br />
02/05 até 04/05 - Grupo Fechado<br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />
TURBO PULVERIZADOR<br />
07/05 até 09/05 - Grupo Fechado<br />
• FEIRA DO PRODUTOR RURAL - BOAS<br />
PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE<br />
ALIMENTOS (MÓDULO II)<br />
08/05 até 09/05 (Grupo Fechado)<br />
• FEIRA DO PRODUTOR RURAL<br />
- PRODUTOS RURAIS PARA<br />
COME<strong>RCIA</strong>LIZAÇÃO (Módulo III)<br />
23/05 até 24/05 - 05/06 até 06/06<br />
Grupo Fechado<br />
• FRUTICULTURA BÁSICA - INSTALAÇÃO<br />
DA LAVOURA<br />
07/05 até 09/05 - Aberto<br />
• INCÊNDIO - PREVENÇÃO E COMBATE<br />
NO CAMPO - TÉCNICAS<br />
14/05 até 15/05 - Grupo Fechado)<br />
• INCÊNDIO - PREVENÇÃO E COMBATE<br />
NO CAMPO - TÉCNICAS<br />
16/05 até 17/05 - Grupo Fechado<br />
• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO<br />
(MÓDULO II)<br />
02/05 até 30/05 - Grupo Fechado<br />
• MANUTENÇÃO DE<br />
RETROESCAVADEIRA)<br />
17/05 até 19/05 - Grupo Fechado<br />
• OPERAÇÃO DE RETROESCAVADEIRA<br />
14/05 até 16/05 - Grupo Fechado<br />
• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />
TRATORES AGRÍCOLAS<br />
07/05 até 11/05 - Grupo Fechado<br />
• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />
TRATORES AGRÍCOLAS<br />
21/05 até 25/05 - Grupo Fechado<br />
• PROGRAMA PROMOVENDO A SAÚDE<br />
NO CAMPO - ANIMAIS PEÇONHENTOS,<br />
ESPÉCIES, PREVENÇÃO DE ACIDENTES E<br />
PRIMEIROS SOCORROS<br />
09/05 até 10/05 - Grupo Fechado<br />
• REQUISITOS LEGAIS PARA O<br />
PROCESSAMENTO DO LEITE E SEUS<br />
DERIVADOS<br />
14/05 até 15/05 - Grupo Fechado<br />
• TOMATE ORGÂNICO - CONDUÇÃO<br />
DA PLANTA (MÓDULO III)<br />
07/05 até 28/05 - Grupo Fechado<br />
• ESTRUTURAÇÃO / DESENVOLVIMENTO<br />
DE CONTEÚDO - PROGRAMA DE<br />
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL RURAL<br />
07/05 até 10/05 - Grupo Fechado<br />
Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />
João Henrique de Souza Freitas<br />
55|
Participantes do curso com as apostilas do SENAR SP nas mãos<br />
MOTOSSERRA<br />
Importância do saber<br />
e do lidar com ela<br />
Cuidados, habilidade, conhecimento e segurança no desempenho<br />
da função são exigidos para se trabalhar com motoserra<br />
O curso denominado Operação e<br />
Manutenção de Motosserra foi realizado<br />
em duas oportunidades no mês<br />
de abril, ambos com as instruções<br />
dadas por Valmir Felix Pinto, do SE-<br />
NAR SP. A realização dos programas<br />
só é possível quando uma empresa<br />
associada ao Sindicato Rural de Araraquara,<br />
faz o pedido dizendo estar<br />
interessada na capacitação dos seus<br />
funcionários.<br />
Em abril uma das solicitações foi<br />
feita pela Fazenda Entre Rios, que faz<br />
parte do Grupo Fischer, localizada no<br />
município de Ibitinga.<br />
OS CUIDADOS<br />
O instrutor Valmir Felix Pinto, no<br />
seu contato com os funcionários da<br />
Afiação da corrente, uma das etapas do curso de motosserra<br />
|56
AÇÃO SOCIAL<br />
O instrutor Valmir Felix Pinto na abertura do curso ao lado do presidente Nicolau de<br />
Souza Freitas, na sede do Sindicato Rural<br />
fazenda, falou que a motosserra é<br />
um instrumento que está em muitas<br />
operações profissionais. Inicialmente<br />
ele mencionou a construção civil, pois<br />
a motossera ajuda a retirar árvores<br />
e alguns tocos da região em que se<br />
vai construir, sendo claro que é indispensável<br />
a autorização dos órgãos<br />
competentes.<br />
Atualmente, além de empresas<br />
especializadas que cuidam do corte<br />
e da retirada, há também equipes<br />
dentro das prefeituras que realizam<br />
o serviço, daí a importância do preparo<br />
deste profissional, destacou o<br />
instrutor. Outras empresas nas quais<br />
esses operadores de motosserras são<br />
admitidos, são as que tratam de reflorestamento,<br />
contando-se ainda com<br />
aquelas que comercializam madeira.<br />
Uma das exigências do profissional é<br />
saber que a empresa que o contratou<br />
está regularizada para executar<br />
o serviço, pois não estando, poderá<br />
também sofrer sanções.<br />
Por essa razão é que os conteúdos<br />
disponibilizados pelo SENAR SP<br />
em suas apostilas, alertam os participantes<br />
dos cursos para todos os<br />
cuidados.<br />
Segundo curso dado em<br />
abril pelo instrutor Valmir<br />
Felix Pinto, acontecendo a<br />
parte teórica na sede do<br />
Sindicato Rural.<br />
O presidente Nicolau de Souza<br />
Freitas, presente na abertura do<br />
curso, argumentou que o objetivo<br />
também é de atender à legislação<br />
vigente do Ministério do Trabalho e<br />
Emprego, referente às Normas Regulamentadoras<br />
NR-31 e NR 12. De<br />
acordo com o dirigente, o conteúdo<br />
programático tratou de temas relacionados<br />
à segurança no trabalho no<br />
uso de motosserra, ao uso obrigatório<br />
de EPIs (Equipamentos de Proteção<br />
Individual) e EPC’s (Equipamentos<br />
de Proteção Coletiva), ergonomia,<br />
doenças ocupacionais relacionadas<br />
à atividade florestal, isolamento da<br />
área, técnicas corretas de abate e direcionamento<br />
de queda de árvores,<br />
desgalhamento, técnicas de poda de<br />
árvores urbanas, traçamento, empilhamento,<br />
manutenção da motosserra,<br />
técnica de afiação de corrente,<br />
dentre outros.<br />
“Os alunos tiveram uma participação<br />
proativa e mostraram grande interesse<br />
pelos temas ministrados durante<br />
as aulas. É bastante compensador<br />
ver o entusiasmo dos trabalhadores”,<br />
disse o presidente.<br />
Na verdade, o Sindicato<br />
Rural de Araraquara<br />
tem beneficiado centenas<br />
de trabalhadores e suas<br />
famílias com o apoio ao<br />
homem do campo e à iniciativa<br />
das parcerias para<br />
a realização dos cursos de<br />
capacitação.<br />
De acordo com o presidente,<br />
o SENAR tem<br />
como missão a formação<br />
profissional rural, oferecendo ao<br />
trabalhador cursos gratuitos de capacitação,<br />
treinamento e aperfeiçoamento<br />
de suas atividades, buscando<br />
um trabalho mais seguro, saudável,<br />
eficiente e produtivo. “Este tem sido<br />
o nosso papel e para que isso aconteça,<br />
é preciso que encontremos no<br />
caminho parceiros interessados em<br />
colaborar na formação destes trabalhadores”,<br />
concluiu.<br />
57|
O engenheiro<br />
agrônomo<br />
Luís Henrique<br />
Vasconcelos,<br />
proprietário da<br />
granja<br />
AVÍCOLA SANTA ELISA<br />
Investimento em tecnologia<br />
garante frango com qualidade<br />
Em um sítio de 7 alqueires,<br />
o engenheiro agrônomo Luís<br />
Henrique Vasconcelos<br />
tornou-se com o uso<br />
da tecnologia, um forte<br />
empresário do setor avícola,<br />
criando a cada 45 dias, cerca<br />
de 30 mil frangos.<br />
Ainda é o começo, mas a avícola<br />
que a Família Vasconcelos construiu<br />
em um bairro rural de Araraquara chamado<br />
Cabeceira do Boi, é uma das<br />
mais sofisticadas da região. Nela,<br />
Luís Henrique Vasconcelos formado<br />
em agronomia, passa o dia todo e<br />
às vezes até a noite, pois é preciso<br />
acompanhar a temperatura do forno a<br />
lenha, que esquenta os primeiros 16<br />
dias de vida dos 30 mil pintinhos que<br />
chegam a cada 45 dias, encaminhados<br />
pelo Frigorífico Ad’Oro, instalado<br />
em São Carlos.<br />
De olho em um mercado que tem<br />
sofrido variações, o empresário sabe<br />
que o setor avícola brasileiro teve<br />
grandes transformações a partir dos<br />
anos 50 e 60 com a chegada de novas<br />
tecnologias e a organização da<br />
produção em moldes industriais. A<br />
automação e a adoção de novos equipamentos,<br />
assim como o desenvolvimento<br />
da tecnologia, vêm contribuindo<br />
para o aumento dos coeficientes<br />
de produção da atividade avícola, melhorando<br />
sua competitividade frente<br />
aos concorrentes mundiais.<br />
A TRANSFORMAÇÃO<br />
No Sítio Santa Elisa já havia no<br />
início dos anos 90, uma granja manual<br />
que acabou sendo desativada<br />
em 2008. Há dois anos, o professor<br />
À direita, a chegada de mais um plantel<br />
de pintinhos que serão criados na Granja<br />
Santa Elisa para o abate 45 dias depois<br />
no Frigorífico Ad’Oro, em São Carlos. A<br />
criação será controlada por um painel<br />
(esquerda) que envolve equipamentos de<br />
alta tecnologia.<br />
|58
Em 2016, o consumo per capita de carne de frango, foi de 41,1kg<br />
de acordo com a ABPA - Associação Brasileira de Proteína Animal<br />
Durante o período de criação, em comedouros automáticos, as<br />
aves consomem cinco diferentes tipos de ração<br />
A granja<br />
com seus 2<br />
mil metros<br />
quadrados de<br />
área construída<br />
e avançada<br />
tecnologia<br />
Aparelho<br />
controlador<br />
do interior<br />
da granja<br />
detectando<br />
irregularidades<br />
aposentado Jaime Alberto de Vasconcelos<br />
decidiu comprar e investir na<br />
retomada da granja, convocando o<br />
filho Luís Henrique para a sociedade<br />
e implantar um arrojado projeto. Audaciosos,<br />
investiram em um negócio<br />
dotado de moderna estrutura.<br />
A tecnologia, assegura Luís Henrique,<br />
proporciona benefícios ao setor<br />
avícola, com equipamentos a custos<br />
compatíveis com a realidade do mercado<br />
e que garantem maior rendimento,<br />
produtividade e qualidade à<br />
produção.<br />
Uma das preocupações na implantação<br />
do projeto, conta o produtor,<br />
foi a instalação dos equipamentos<br />
de monitoramento da qualidade da<br />
água e de controle da climatização<br />
para melhor produtividade, evitando<br />
contaminações, reduzindo o descarte<br />
e garantindo maior uniformidade dos<br />
Gerador para<br />
garantir energia<br />
elétrica<br />
lotes. Os sistemas de climatização<br />
permitem em um painel, o controle<br />
da ventilação, da umidade e da temperatura<br />
das granjas, beneficiando o<br />
sistema imunológico das aves e contribuindo<br />
para seu desenvolvimento.<br />
Durante os primeiros 16 dias de vida<br />
dos pintinhos é que o forno mantido<br />
por lenha é acionado, atingindo<br />
uma temperatura de 32 graus para<br />
sobrevivência das aves. Apesar dos<br />
cuidados, ainda assim, há uma perda<br />
em torno de 5% do lote de 30 mil<br />
pintinhos.<br />
Em sendo uma criação destinada<br />
ao corte, a produtividade só é alcançada<br />
com o monitoramento dos dados<br />
relativos ao consumo de ração,<br />
peso das aves e taxas de mortalidade,<br />
além de apresentar sistemas de<br />
alerta ao produtor no caso de algum<br />
problema.<br />
Diante de uma rentabilidade mediana<br />
comparando-se com o alto investimento,<br />
o sistema torna menos<br />
onerosos os gastos com a mão de<br />
obra. O programa implantado por Luís<br />
Henrique com equipamentos e sistemas<br />
monitoradores, permitem que as<br />
aves sejam classificadas, vacinadas,<br />
alimentadas e alojadas com menor<br />
uso de mão de obra. Assim, por meio<br />
de equipamentos como comedores<br />
automáticos, que auxiliam e dinamizam<br />
o processo de nutrição das aves,<br />
é possível que ele controle e realize<br />
de forma automatizada, a distribuição<br />
de ração, tornando o processo<br />
menos influenciável à qualidade da<br />
mão de obra e minimizando a atuação<br />
humana.<br />
Passados 45 dias, desde a chegada,<br />
os agora frangos estão com peso<br />
que varia de 2.900g a 3.000g. É hora<br />
do frigorífico que trouxe os 30 mil pintinhos<br />
em um caminhão, vir buscar<br />
os frangos. Só que para o transporte<br />
de volta serão necessários sete caminhões.<br />
É importante dizer que cada<br />
pintinho veio com peso de 42/45g e<br />
em nenhum momento correram risco<br />
de terem um desconforto térmico,<br />
pois a granja também possui geradores<br />
que substituem automaticamente<br />
a queda de energia elétrica.<br />
Para o produtor, o aumento da<br />
qualidade está ligado ao controle sanitário,<br />
havendo rigoroso acompanhamento<br />
das doenças de risco para a<br />
saúde pública, o que causaria grande<br />
impacto econômico. “Cumprindo essas<br />
exigências, vamos ter uma produção<br />
mais eficiente e com mais segurança<br />
para os plantéis”, arremata<br />
Luís Henrique, empreendedor em um<br />
país que teve um consumo per capta<br />
de 41,1 (carne de frango), em 2017.<br />
59|
Aprendizado até dezembro vai mostrar o que é a vida no campo<br />
O BEABÁ DA LAVOURA<br />
Eis o jovem agricultor<br />
do futuro neste País<br />
Amor à terra, é assim que se<br />
define a ação do SENAR SP,<br />
Sindicato Rural e Fundação<br />
Itesp, visando preparar as<br />
crianças para a vida no<br />
campo e conscientizá-las<br />
sobre a importância do<br />
meio ambiente.<br />
Através da parceria entre SE-<br />
NAR, Sindicato Rural de Araraquara,<br />
Fundação Itesp - GTC Araraquara e<br />
Prefeitura de Motuca, foi iniciado o<br />
Programa Jovem Agricultor do Futuro,<br />
reunindo jovens de 14 a 17 anos<br />
residentes nos assentamentos Monte<br />
Alegre e cidade de Motuca.<br />
O programa, segundo Maria Clara<br />
Piaí da Silva, da Fundação Itesp,<br />
possibilita que o jovem adquira uma<br />
série de habilidades e competências<br />
relacionadas ao desenvolvimento da<br />
autonomia, escolhas profissionais,<br />
Atividades que desenvolvem<br />
habilidades relacionadas ao<br />
planejamento e organização<br />
Atividades práticas: preparo do solo,<br />
formação de canteiros e compostagem<br />
ética, coletividade e cidadania, além<br />
de sensibilizar sobre a importância<br />
da agricultura, produção de alimentos,<br />
preservação e recuperação ambiental,<br />
ou seja, sensibiliza e trabalha<br />
em contexto amplo a formação cidadã<br />
com foco no meio rural.<br />
O projeto está estruturado em atividades<br />
que partem de eixos específicos:<br />
Ser pessoa, Ser profissional,<br />
Ser cidadão, Ser um profissional da<br />
agricultura e pecuária e Ser um empreendedor<br />
rural, assegura Maria Clara.<br />
Inerentes a estes eixos, existem os<br />
projetos articuladores que relacionam<br />
diversas ações com foco nas habilidades<br />
e competências mencionadas.<br />
Para o coordenador regional do<br />
SENAR, João Henrique de Souza<br />
Freitas, a solicitação do projeto parte<br />
da relevância destas atividades com<br />
jovens desta faixa etária visto que, a<br />
longo prazo, pode gerar resultados<br />
positivos ao público, desenvolvendo<br />
a visão empreendedora e de<br />
geração de renda em relação<br />
ao campo, alguns dos<br />
elementos que contribuem<br />
para a permanência dos<br />
jovens no campo e envolvimento<br />
com as atividades agropecuárias<br />
exercidas por suas famílias. “E no<br />
caso dos jovens da cidade, contribui<br />
para a formação cidadã com foco no<br />
meio ambiente, cidadania e produção<br />
de alimentos”, disse o coordenador.<br />
As atividades deste programa são<br />
desenvolvidas pelas instrutoras Mariana<br />
Crespo Mello e Juliana Petrazzo,<br />
que orientam nas áreas técnica e pedagógica,<br />
respectivamente.<br />
O projeto também envolve atividades<br />
no campo, visitas técnicas<br />
realizadas nos assentamentos, dinâmicas<br />
e diversas outras ações que<br />
serão desenvolvidas até o mês de<br />
dezembro. “Ao longo do cronograma<br />
planejaremos atividades que envolvam<br />
servidores da Fundação Itesp -<br />
GTC Araraquara a fim de contribuírem<br />
com os conteúdos do programa que<br />
estejam relacionados às práticas de<br />
assistência técnica que exercem nos<br />
assentamentos”, argumenta Mariana.<br />
Já o presidente do Sindicato Rural<br />
de Araraquara, Nicolau de Souza Freitas,<br />
diz que a tarefa de ensinar pode<br />
ser interpretada como ação que visa<br />
dar à criança a estruturação necessária<br />
para a vida e principalmente,<br />
caminhos para sua permanência no<br />
campo, em função do que representa<br />
na atualidade a agricultura para<br />
a economia brasileira. “Estamos no<br />
rumo certo”, aponta o presidente.<br />
|60
61|
NOTÍCIAS<br />
CANAS L<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO<br />
<strong>MAIO</strong> | <strong>2018</strong><br />
Canasol defende pulverização aérea<br />
e diz que prática é segura e necessária<br />
A Canasol e o Sindicato Rural de<br />
Araraquara divulgaram recentemente,<br />
nota conjunta em apoio à aplicação<br />
aérea de defensivos agrícolas em canaviais.<br />
No documento encaminhado<br />
à imprensa, as entidades se mostram<br />
contrárias à implantação de projeto<br />
de lei municipal que proíbe tal prática,<br />
afirmando que essa iniciativa é<br />
inoportuna, demagógica, desprovida<br />
de fundamentação técnica e fática,<br />
que fere a hierarquia das leis e, ao<br />
invés de lançar luz, espalha o obscurantismo<br />
à população sob um alegado<br />
“princípio de precaução”, baseado em<br />
frágeis argumentações e fatos.<br />
“A cana-de-açúcar é uma das principais<br />
atividades agrícolas para o município<br />
de Araraquara, movimentando<br />
a economia e o comércio regional, gerando<br />
empregos de qualidade e renda”,<br />
destaca Luís Henrique Scabello<br />
de Oliveira – presidente da Canasol. A<br />
cultura canavieira se configura como<br />
um importante meio de subsistência<br />
para inúmeros produtores e trabalhadores<br />
rurais, produzindo energia<br />
limpa, como o etanol biocombustível<br />
e energia gerada da biomassa do bagaço<br />
da cana, conservando o meio<br />
ambiente, respeitando o Protocolo<br />
Ambiental instituído há cerca de uma<br />
década entre as Secretarias de Meio<br />
Ambiente e de Agricultura do Estado<br />
de São Paulo.<br />
AVIAÇÃO AGRÍCOLA É<br />
SEGURA, DIZ O DIRIGENTE<br />
Desde o início das discussões<br />
sobre o projeto de lei de autoria do<br />
Vereador Edio Lopes, a Canasol e o<br />
Sindicato Rural de Araraquara vêm<br />
se manifestando contrários à proibição<br />
da aplicação aérea no município<br />
de Araraquara. Para Luís Henrique, a<br />
utilização de aviação agrícola é uma<br />
prática necessária, muitas vezes insubstituível<br />
para algumas culturas<br />
agrícolas como a cana, citros e grãos,<br />
seja por sua rapidez e economicidade,<br />
seja pela precisão e segurança<br />
oferecidas durante a aplicação de defensivos<br />
agrícolas. Ainda de acordo<br />
com o presidente da Canasol, essa<br />
prática agrícola é autorizada e regulamentada<br />
por legislação federal e<br />
fiscalizada pelos órgãos competentes.<br />
“Nossa legislação é uma das mais rigorosas<br />
do Mundo no tocante ao registro<br />
e uso de defensivos agrícolas,<br />
tornando o emprego dessa atividade,<br />
respeitada a legislação e as normas<br />
competentes, numa prática segura<br />
para os humanos, para a fauna e flora<br />
silvestre” – afirmou Luís Henrique.<br />
NÃO HÁ COMPROVAÇÃO<br />
CIENTÍFICA COM MORTE<br />
DE ABELHAS<br />
Até o momento não existe comprovação<br />
cientifica definitiva de que<br />
a aplicação aérea nos canaviais se<br />
utilizada corretamente, esteja ligada<br />
à redução de populações de abelhas<br />
e de outras espécies animais ou vegetais,<br />
bem como ao ser humano.<br />
|62
O que ocorre é que muitas vezes,<br />
a instalação de apiários sem o conhecimento<br />
e a autorização do proprietário<br />
do imóvel, além da falta de<br />
mapeamento com a localização dos<br />
apiários, dificultam o planejamento<br />
da atividade coordenada entre as culturas<br />
agrícolas e a apicultura. Portanto,<br />
a proibição da aplicação aérea de<br />
defensivos é uma iniciativa açodada<br />
que não irá resolver o problema e<br />
ainda trará grandes prejuízos a todo<br />
setor agrícola.<br />
A CANA É UMA DAS<br />
CULTURAS QUE MAIS<br />
UTILIZAM PRODUTOS<br />
BIOLÓGICOS<br />
Segundo o engenheiro agrônomo<br />
da Canasol, Gregório Serafini, a<br />
Cotesia depositando ovos na broca da cana. As larvas<br />
se alimentam da broca<br />
cana-de-açúcar é uma das culturas<br />
que mais empregam o controle biológico<br />
de pragas. A broca da cana<br />
é controlada através da dispersão<br />
de uma vespinha chamada Cotesia,<br />
enquanto a cigarrinha pode ser controlada<br />
através da aplicação aérea<br />
de um fungo, o Metarhizium, ambos<br />
inofensivos aos seres humanos, à<br />
fauna e à flora silvestres. “Muitas vezes,<br />
as pessoas leigas, ao verem um<br />
Cigarrinha da cana morta,<br />
infectada pelo fungo Metarhizium<br />
avião pulverizando uma lavoura de<br />
cana, supõem que ele esteja aplicando<br />
agrotóxico, quando na realidade<br />
trata-se de um inseticida biológico”,<br />
afirma Gregório. “A cada ano, surgem<br />
mais métodos biológicos, como o uso<br />
do fungo Beauveria para o controle<br />
de um besouro, bem como o uso de<br />
probióticos para o controle de nematoides,<br />
que são vermes que atacam<br />
as plantas”, completa o agrônomo.<br />
SÓ FALTAVA ESSA<br />
Superprodução de cana na Índia<br />
derruba o mercado do açúcar<br />
A Índia deve atingir 31 milhões<br />
de toneladas de açúcar nesta safra,<br />
gerando excedente de 6,5 milhões de<br />
ton. Isso pode levar à exportação de<br />
1,5 a 3,0 milhões de toneladas, pressionando<br />
os preços do açúcar no mercado<br />
internacional que romperam a<br />
barreira abaixo dos US¢12 (centavos<br />
por libra-peso).<br />
Por ser uma cultura de grande<br />
importância social para a Índia, são<br />
cerca de 50 milhões de produtores<br />
de cana cultivando em pequenas propriedades<br />
em regime de economia familiar,<br />
o preço da cana é estabelecido<br />
pelo governo. Muitas vezes, o preço<br />
torna-se muito vantajoso em relação<br />
as demais culturas, o que pode levar<br />
à superprodução. É o que está acontecendo<br />
neste momento.<br />
A consequência disso é que as<br />
usinas no Brasil estão “virando” sua<br />
produção para o etanol, no momento<br />
muito mais vantajoso que o açúcar.<br />
Esse excesso de oferta do etanol já<br />
produziu uma redução de quase 20%<br />
no preço recebido pelas usinas, contudo<br />
essa redução ainda não chegou<br />
aos consumidores.<br />
Mulher amarrando feixe de cana<br />
Produtor entregando cana na usina<br />
Caminhão de<br />
cana sendo<br />
descarregado<br />
DISCUSSÃO EM BRASÍLIA<br />
Projeto para barrar<br />
a intermediação<br />
João Henrique Holanda Caldas,<br />
o JHC, do PSB, apresentou em 23<br />
de abril, o Projeto de Decreto Legislativo,<br />
que susta o critério de<br />
comercialização de etanol combustível<br />
por distribuidora, ou seja,<br />
venda direta de etanol pela usina<br />
para os postos de combustíveis.<br />
Atualmente, a usina passa o<br />
etanol para a distribuidora, daí vai<br />
para os postos de combustíveis.<br />
O parlamentar do nordeste quer<br />
acabar com o intermediário e com<br />
isso, a venda direta proporcionaria<br />
preços menores porque retiraria a<br />
intermediação da cadeia de suprimentos.<br />
A lei que protege o contrato<br />
em vigor no Brasil tem quase<br />
60 anos.<br />
Deputado Federal<br />
JHC do Nordeste<br />
63|
ANTROPOLOGIA<br />
Professora da Unesp de Araraquara<br />
lança livro sobre a cultura juruna<br />
Grupo que vive no Xingu,<br />
no Mato Grosso, tem suas<br />
peculiaridades expostas<br />
através de traduções de<br />
cantigas de ninar.<br />
Com base em cantigas de ninar do<br />
grupo que vive no Parque Indígena do<br />
Xingu, no estado brasileiro do Mato<br />
Grosso, a professora Cristina Martins<br />
Fargetti, da Faculdade de Ciências e<br />
Letras da Unesp/Araraquara, deu<br />
vida ao livro “Fala de bicho, fala de<br />
gente”, via Edições Sesc São Paulo,<br />
que apresenta detalhes da cultura<br />
juruna.<br />
Desde a década de 1980, a etnolinguista<br />
estuda a língua e a cultura<br />
do povo yudjá, mais conhecido entre<br />
Capa da obra<br />
os não-indígenas, por juruna. Ao longo<br />
desses anos, ela adquiriu profundo<br />
conhecimento e proximidade com os<br />
membros da etnia, identificou particularidades<br />
culturais, como seu senso<br />
de humor característico e a presença<br />
de uma categoria de animais<br />
nomeada bichos-gente.<br />
Além de todo o trabalho de pesquisa<br />
acadêmica, foram reunidas e<br />
gravadas num CD, 49 cantigas de<br />
A professora Cristina Martins Fargetti<br />
ninar, entoadas por mães e avós ao<br />
embalar suas crianças, resistindo,<br />
desse modo, ao processo de aculturação<br />
que ameaça os povos originários<br />
desde o contato com os brancos.<br />
“A obra traz um cancioneiro, com<br />
a letra transcrita e a tradução. Ela é<br />
seguida de um capítulo escrito pela<br />
musicista Marlui Miranda, também<br />
responsável pela transcrição das partituras”,<br />
revela a autora.<br />
|64
Apresentação realizada na antiga casa noturna O Barril, em 1967: Luiz Pavan, Totó, Bebeto, Paulinho e Beto Placco<br />
The Hippies: o puro creme do rock ´n´roll<br />
Influenciado diretamente por The Beatles e The Rolling Stones, grupo de Araraquara foi<br />
destaque na cidade entre 1966 e 1970, época em que casas noturnas como o Porão e Barril<br />
começavam a figurar como ponto de encontro de jovens. O fundador da banda, Beto Placco,<br />
e o também baterista, Didinho Haddad, nos contam esta história.<br />
Entre 1962 e 1966, uma onda de<br />
histeria tomou conta do mundo.<br />
John Lennon, Paul Mccartney,<br />
George Harrison e Ringo Starr,<br />
(Beatles), lotavam clubes e estádios<br />
da Europa, do Japão e dos Estados<br />
Unidos.<br />
Essa paixão de milhões de<br />
jovens pela banda tornou-se uma<br />
verdadeira febre por todo mundo,<br />
apelidada posteriormente por<br />
beatlemania.<br />
À frente pela idealização de uma<br />
nova linguagem musical, os ingleses<br />
também foram responsáveis pela<br />
criação de um novo universo para<br />
a cultura pop, mudando o estilo e<br />
comportamento para sempre.<br />
Em Araraquara, na década de 60,<br />
o assunto entre os adolescentes<br />
não poderia ser outro e a loucura<br />
pelos Beatles se espalhava nas<br />
escolas, quermesses e brincadeiras<br />
dançantes.<br />
Na casa do araraquarense Beto<br />
Placco, 68, os vinis dos Beatles<br />
eram uma constante na vitrola<br />
da família. Mas no caso de Beto,<br />
a paixão foi muito além de uma<br />
simples audição.<br />
Todo esse glamour o incentivou a<br />
montar uma banda. Identificado<br />
com a bateria de Ringo Starr, o<br />
também canhoto Placco fundou<br />
a The Hippies, grupo que se<br />
apresentou na cidade e região entre<br />
os anos de 1966 e 1970.<br />
CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />
65|
A trajetória dos Hippies segue<br />
uma linha de evolução que apresentamos<br />
nas edições anteriores deste<br />
especial. Enquanto The Jungles e<br />
Condor Boys carregavam repertórios<br />
essencialmente dançantes e instrumentais,<br />
a Spectro 4 passou a dar<br />
destaque para linhas vocais.<br />
Pois bem, no caso dos Hippies, a<br />
proposta segue esse perfil de crescimento.<br />
Ou melhor, essa adaptação<br />
às tendências da época. No caso<br />
dos meninos, a ideia era tocar apenas<br />
rock´n´roll, 100% com músicas<br />
internacionais e cantadas em performances<br />
mais despojadas e um pouco<br />
mais agressivas, digamos.<br />
Para compor a primeira formação<br />
da banda, o baterista (e também vocalista)<br />
Beto Placco chamou Bebeto<br />
De Lorenzo (guitarra e voz), Paulinho<br />
Lima (baixo) e Carlinhos Nigro (guitarra<br />
vocal). Todos tinham entre 16<br />
e 17 anos.<br />
Beto Placco deixou a banda em<br />
1969, dando lugar a Didinho Haddad.<br />
Naquela ocasião, os Hippies estavam<br />
em sua segunda formação, que também<br />
conta com os vocalistas Marcos<br />
Totó e Marcos Placco, irmão de Beto<br />
e o guitarrista Luiz Pavan.<br />
De todos os músicos que passaram<br />
pelos Hippies, faleceram Bebeto<br />
De Lorenzo e Marcos Totó. Carlinhos<br />
Nigro mora em São Paulo, capital;<br />
Paulinho Lima em São Luiz, no Maranhão;<br />
Marcos Placco em São Pedro/SP.<br />
Luiz Pavan, Didinho Haddad e<br />
Beto Placco continuam em Araraquara<br />
e ainda flertam com música. Placco<br />
é o principal deles, apresentando-se<br />
em banda com a Beatles Again após<br />
passar por Som Beat e Onix.<br />
A primeira formação dos Hippies: Bebeto, Paulinho, Beto Placco e Carlinhos Nigro<br />
VIVENDO<br />
Os ensaios dos Hippies ocorriam<br />
na casa de Beto Placco, à época<br />
localizada na esquina da Alameda<br />
Rogério Pinto Ferraz com a Avenida<br />
Circular Mário Hyroio Arita. “Tocávamos<br />
no fundo da minha residência e<br />
o repertório tinha muita música internacional,<br />
com destaque para canções<br />
dos Beatles e Rolling Stones”, conta<br />
Placco.<br />
O público da banda era diferente<br />
daqueles que frequentavam os bailes<br />
nos tradicionais clubes de Araraquara.<br />
Mesmo com shows no Araraquarense,<br />
por exemplo, a Hippies passou a<br />
se apresentar em outras casas locais.<br />
|66
A principal formação do grupo: Bebeto De Lorenzo, Luiz Pavani, Marcos Placco, Beto<br />
Placco, Carlinhos Nigro, Paulinho Lima e Totó<br />
“Nossos shows não davam para dançar.<br />
Era um rock´n´roll diferente,<br />
que seguia as tendências mundiais.<br />
Não tínhamos uniformes, tocávamos<br />
todos com roupas próprias”, conta<br />
o baterista. Entre os espaços, aparecem<br />
pelo O Barril (Raimundo) e O<br />
Porão (José Airton Cury), ambos na<br />
São Bento . O primeiro ficava na Avenida<br />
São Bento, na altura do Banco<br />
Bradesco. O outro na mesma avenida,<br />
só que embaixo do Hotel Municipal<br />
(Acessoriun hoje).<br />
“Todo final de semana a gente<br />
tinha show. Fazíamos algumas apresentações<br />
no salão de festas do Asilo,<br />
por exemplo, mas o nosso forte eram<br />
as casas noturnas que começavam a<br />
chamar a moçada naquela época”,<br />
conta Placco.<br />
Felizes com o nome que os Hippies<br />
tinham em Araraquara, os meninos<br />
sentiram que a inclusão de músicas<br />
de artistas nacionais, da Jovem<br />
Guarda, principalmente, começava a<br />
fazer falta. “O pessoal sempre pedia<br />
algo e não tínhamos nada ensaiado”,<br />
lembra Beto Placco.<br />
Para tal, foi encontrada a solução:<br />
a soma de dois vocalistas na formação<br />
da banda: Marcos Totó e Marcos<br />
Placco. O guitarrista Luiz Pavan também<br />
foi convocado. Com um repertório<br />
mais recheado, shows pela região<br />
também começaram a pipocar, principalmente<br />
Barra Bonita, ‘onde não<br />
sei porque tínhamos tanto público’,<br />
afirma Beto Placco.<br />
Inclusive, nessas viagens, em Jaú,<br />
a banda passou por apuros por conta<br />
de Carlinhos Nigro, dito o galã dos<br />
Hippies. Corriqueiro em todas as apresentações,<br />
diversos flertes ocorriam<br />
entre palco e público, mas, certa vez,<br />
em público da cidade, a paquera deu<br />
errado. “Acho que o Carlinhos mexeu<br />
com alguém que não podia e daí já<br />
viu, todos queriam bater na gente”,<br />
conta Beto em tom de brincadeira.<br />
Com um LP compacto gravado ao<br />
vivo na Rádio Cultura, tudo caminhava<br />
bem com os Hippies porém, em dezembro<br />
de 1969, seu fundador, Beto<br />
Placco deixava o posto rumo a outra<br />
vida, agora casado e no mundo dos<br />
Seguros. Porém, ele voltou à música<br />
uma década depois.<br />
Logo, Didinho Haddad assumiria<br />
as baquetas. Com essa formação, a<br />
banda duraria apenas mais um ano.<br />
“Desse tempo, carrego comigo muita<br />
saudade, principalmente da amizade<br />
e parceria que nós tínhamos”, reflete<br />
Placco.<br />
NOME VIROU PROBLEMA<br />
Didinho Haddad, 64, entrou para<br />
67|
Show no Restaurante Internacional (atual Estrela do Sul) em 1970. Didinho Haddad, Paulinho, Bebeto, Totó, Carlinhos e Luiz<br />
o grupo por um consenso geral. Com<br />
bagagem de shows ao lado da Balanço<br />
3, com Beto Neves (Beatles Again)<br />
e Beto Haddad, sua participação nos<br />
Hippies foi rápida, porém ele guarda<br />
com carinho os shows no Clube dos<br />
Alfaiates, em São Carlos, entre outros.<br />
À RCI, ele ressalta a qualidade musical<br />
do baixista Paulinho Lima que,<br />
ao seu lado, fizeram parte do TUC,<br />
Teatro Universitário de Araraquara,<br />
comandado por Luis Antônio Martinez<br />
Corrêa. “Foram tempos maravilhosos”,<br />
lembra.<br />
Segundo Haddad, o fim dos Hippies<br />
foi triste ou trágico, em teor de<br />
brincadeira. A banda encerrou suas<br />
atividades após ser vetada pelo promotor<br />
Geraldo de Arruda Campos em<br />
um festival no Colégio Progresso no<br />
fim dos anos 70. O motivo? Didinho<br />
Haddad e Paulinho Lima eram menores<br />
de idade. “Na verdade, enfrentávamos<br />
alguns problemas com<br />
o nome do grupo por conta do movimento<br />
de contestação que ganhava<br />
o mundo. Mas, muita gente, relacionava<br />
os hippies com consumo de<br />
drogas. Isso nos atingiu, de alguma<br />
maneira. Chegamos até mudar nossa<br />
grafia para Derips, mas tudo em vão.<br />
Foi triste, mas acabamos desistindo<br />
do grupo após esse incidente e cada<br />
um seguiu sua vida”, finaliza Didinho<br />
Haddad que, por logística, acabou migrando<br />
para o teclado, tocando hoje<br />
apenas em seu estúdio particular e<br />
eventos fechados.<br />
Didinho Haddad<br />
Beto Placco Paulinho Lima Luiz Pavan<br />
|68
INFORME<br />
Um lindo sorriso a seu alcance<br />
Já ouviu falar do método CEREC? Técnica está disponível em Araraquara<br />
Você sonha em ter um sorriso<br />
de artista de Hollywood? Este<br />
desejo é possível por meio da<br />
mais nova tecnologia quando se<br />
trata de “lentes de contato”. Essa<br />
metodologia, inventada na Alemanha<br />
é encontrada em Araraquara na<br />
clínica Ortovita, que utiliza o método<br />
CEREC, da marca Sirona.<br />
Dr. Klaus Fernando<br />
de Carvalho Bernardo<br />
CRO 54.250<br />
Entre as vantagens estão o tempo<br />
de entrega do material, que são<br />
incrivelmente rápidos e custos<br />
similares às técnicas tradicionais.<br />
O dentista responsável pelo<br />
procedimento na Ortovita, Dr. Klaus<br />
Fernando de Carvalho Bernardo<br />
garante que a tecnologia é indolor,<br />
rápida e de altíssima qualidade.<br />
“O sistema é apropriado para coroas,<br />
próteses sobre implantes, “lentes<br />
de contato”, além de ser possível<br />
substituir restaurações antigas por<br />
restaurações cerâmicas e facetas<br />
laminadas e o mais interessante,<br />
é que se antes todo o processo de<br />
preparo e entrega ficava pronto<br />
em várias consultas, hoje nós<br />
conseguimos fazer todo o trabalho<br />
em apenas uma consulta. Um<br />
exemplo disso é que hoje, um único<br />
dente, com esse método, fica pronto<br />
em sete minutos. É surpreendente!”,<br />
relata.<br />
Com a tecnologia CEREC é possível<br />
fazer o preparo e impressão em<br />
3D de um novo dente. Primeiro é<br />
digitalizada a dentição do paciente<br />
com uma câmera que vem acoplada<br />
à máquina e após o processo de<br />
estudo totalmente personalizado,<br />
feito pelo Dr. Klaus - que passou<br />
por curso específico para utilizar o<br />
aparelho, um novo dente é impresso<br />
na máquina.<br />
A Ortovita está em Araraquara<br />
desde 1995 e realiza uma série de<br />
trabalhos na área da odontologia.<br />
Aliando tradição, qualidade e<br />
modernidade, a nova tecnologia<br />
empregada pelo Dr. Klaus está a<br />
seu alcance. Agende seu horário na<br />
Ortovita. Você vai ficar surpreso com<br />
os resultados.<br />
Equipe Ortovita<br />
Localização<br />
privilegiada<br />
(16) 3331.2615<br />
Rua Napoleão Selmi Dei, 279<br />
Vila Harmonia - Araraquara/SP<br />
Ortovita Carvalho Bernardo<br />
69|
VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS<br />
500 milhas de Interlagos em 1973: um ano<br />
na vida de um jovem é uma eternidade<br />
Pinho (José Manoel do Amaral Sampaio), Zezzo Ponticelli e Celso (Baiano Faito) Martinez na Yamaha TR3<br />
,<br />
Tudo muda, tudo se<br />
transforma; tudo começa<br />
a se realizar rapidamente.<br />
De maio de 1972 quando<br />
através de Paulo<br />
,<br />
Pecin<br />
cheguei a Interlagos, para<br />
maio de 1973, meu mundo<br />
já era outro.<br />
Benê<br />
De motociclista principiante no<br />
guidão da italiana Ital Jet 1964, para<br />
uma Zundapp alemã, nova, cilindro<br />
e cabeçote de alumínio, 5 marchas,<br />
foi um segundo. Com ela, mais veloz,<br />
com aerodinâmica moderna, mudei<br />
de patamar. Minhas companhias já<br />
ficaram outras e assim fui aproximando<br />
cada vez mais do Moto Clube<br />
Araraquara e seu estafe. Fim de semana<br />
direto para a Fonte Luminosa<br />
e a convivência com Baiano, Diogo<br />
e Zé, da família Faito, Evaldo Salerno,<br />
Penha, Adolpho Tedeschi, Neto,<br />
Manolo, Adolpho Segnini, Dario Pires,<br />
Pinho, Zé Antonio Pecin, Jair Galeane,<br />
Roldão Junior, Negão, Silvinho Nigro<br />
e Antonio Carlos Selvino, foram me<br />
dando experiência e cada vez mais<br />
a busca de limites da velocidade a<br />
serem ultrapassados. Essa convivência<br />
me proporcionou chegar para<br />
a corrida de 1973, já diferente. Em<br />
seu carro, um JK verde que chamávamos<br />
de Alfa Romeo, Penha levou,<br />
no banco da frente, Salerno e Dinho<br />
Dall’Acqua. No banco traseiro fomos<br />
eu, Pinho e Baiano Faito. Os três da<br />
frente, experimentadíssimos, Penha<br />
e Salerno pilotos consagrados, Dinho<br />
DallAcqua na chefia<br />
da logística, já se tornara<br />
fiel escudeiro. No banco<br />
de trás, Baiano mesclava<br />
lapsos de grande piloto<br />
e preparador, eu e Pinho<br />
em busca das descobertas<br />
de nossos sonhos.<br />
Equipe de<br />
Araraquara:<br />
Penha, Rogério,<br />
Edivilmo, Benê,<br />
Salerno e Pinho<br />
Texto: Benedito<br />
Salvador Carlos,<br />
o Benê, com a<br />
colaboração de<br />
Pedro Scabello<br />
Para pilotar a Yamaha TD 2B 250cc,<br />
de fábrica, Salerno e Edivilmo, então<br />
radicado em Capivari. Nossa missão<br />
era de compor a equipe técnica. Para<br />
mim, Baiano Faito e Pinho, isso só,<br />
era impossível.<br />
Estar ali nos boxes e ficar perto de<br />
tudo que mais ambicionávamos era<br />
o máximo. Aquele ambiente, o cheiro<br />
místico da gasolina azul com o óleo<br />
|70
Valvoline Racing, aquele impagável<br />
run run runnn run ruuuuuuuuunn...<br />
run run....<br />
A VIAGEM<br />
Ceccotto (1) e Adu (4)<br />
em duelo sensacional<br />
nas curvas de Interlagos<br />
deroso chefe da equipe venezuelana,<br />
o melhor traçado para se pilotar em<br />
Interlagos. Suas mãos, uma sobre a<br />
outra, levemente distantes, movimentos<br />
contorcidos, mostrando o comportamento<br />
da Yamaha número 1 nas<br />
saídas de curva, a sua observação<br />
do desgaste dos pneus que ele carinhosamente<br />
acariciava, gesto que eu<br />
tietando, na sua companhia, repeti<br />
agachado no lado oposto da motocicleta.<br />
A EXPECTATIVA<br />
Neste fim de semana, três pilotos<br />
em especial chamavam minha atenção:<br />
Adu Celso, que poucos dias antes<br />
sagrou-se vencedor do Grand Prix<br />
da Espanha, tornando-se o primeiro<br />
piloto brasileiro a vencer uma prova,<br />
numa categoria Especial do Campeonato<br />
Mundial, deixando pra trás nada<br />
mais nada menos que Billie Nelson e<br />
Patrick Pons, ambos oficiais Yamaha.<br />
Johnny Ceccotto, que mesmo muito<br />
jovem já dava prenúncio da lenda que<br />
mais tarde se tornaria e Evaldo Salerno,<br />
o melhor piloto de Araraquara<br />
e um dos melhores do país na categoria<br />
50cc. Salerno, parceiro nesta<br />
prova de Edivilmo Queiroz, tinha uma<br />
“tocada” extremamente técnica, estilosa,<br />
trazia a motocicleta na mão,<br />
fundida no seu próprio corpo, muito<br />
bonito de se contemplar. Se eu e Pinho<br />
modestamente nos inspirávamos<br />
Evaldo Salerno<br />
brilhante na<br />
reta oposta,<br />
antecedendo<br />
a tomada da<br />
Curva do Sol<br />
Chegamos em São Paulo na sexta<br />
feira à noite, a corrida foi no domingo<br />
e o sábado, por mais incrível que<br />
pareça, foi o dia mais festejado, foi o<br />
dia mais especial, foi uma verdadeira<br />
festa. Circulávamos por todos os boxes,<br />
observando, admirando e ficando<br />
encantados. Tudo ali era mágico. Imagine<br />
Adu e Tognochi discutindo sobre<br />
como acertar a sua motocicleta ou<br />
o melhor, andando ali do nosso lado<br />
juntamente com Walter Barchi, Denísio<br />
Casarini, Zezzo Ponticelli e Paulé<br />
Salvalágio. Ali também naquele momento,<br />
no ostracismo, nascia outra<br />
lenda do motociclismo nacional: o<br />
genial Carlos Alberto Pavan, consagrado<br />
posteriormente como “Jacaré”,<br />
piloto humilde, exacerbado e amigo<br />
de Araraquara.<br />
Nem em sonho pensaria na possibilidade<br />
de estar ao lado de Ceccotto,<br />
explicando para Dom Hipólito, o poem<br />
Ceccotto, Nezinho como chamamos<br />
até hoje, tinha o estilo limpo de<br />
Giácomo Agostini, igualmente imitado<br />
por Baiano Faito.<br />
No domingo, dada a largada estilo<br />
Le Mans, uma corrida inesquecível.<br />
Walter Barchi (Tucano) e Adu largaram<br />
muito bem e alternaram a liderança<br />
em bonito duelo. Tucano, o melhor<br />
piloto que atuava no Brasil, mostrava<br />
para Adu que tinha muito talento e<br />
que venderia caro a liderança. Ceccotto<br />
não conseguiu largar bem, sua<br />
moto não pegou na largada, deixando<br />
sua corrida na parceria de Ferruccio<br />
Della Fusine, totalmente prejudicada.<br />
Tentando descontar a diferença para<br />
os líderes Adu e Tucano, Johnny acelerava<br />
tão forte que acabou caindo na<br />
entrada da ferradura, levantando-se<br />
rapidamente e indo direto para o posto<br />
médico, enquanto os seus mecânicos<br />
consertavam o equipamento, que<br />
lhe rendeu um atraso de oito voltas<br />
completas. Se para ele foi difícil, pura<br />
sorte para nós amantes de uma boa<br />
corrida. Daquele instante até o finzinho<br />
da prova (100 voltas no traçado<br />
antigo, 8 km) descontou quatro voltas<br />
até encontrar Adu. Travaram ali<br />
um dos mais belos espetáculos que<br />
Interlagos já assistiu. O autódromo<br />
inteiro ficou de pé, Adu não permitia<br />
Ceccotto tirar mais uma volta de atraso,<br />
Ceccoto por sua vez, obstinado<br />
não aliviou seu acelerador, até ultrapassar.<br />
Roda com roda, carenagens<br />
grudadas como irmãs siamesas, o<br />
locutor da prova ensandecido e para<br />
nós uma aula do impossível.<br />
A prova foi vencida então por Adu<br />
e Paolo Tognochi, seguidos pela dupla<br />
venezuelana Pedro Betancourt e<br />
Domingos Cortez. Ceccotto e Ferrucio,<br />
vencendo as adversidades, chegaram<br />
brilhantemente em terceiro. Salerno<br />
e Edivilmo em décimo segundo, na<br />
classificação geral, realizando ambos,<br />
um corridaço.<br />
71|
VIP<br />
VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />
Homenagem merecida<br />
Olá, querido leitor! E o mês de maio chegou e com ele toda a doçura<br />
e carinho que nos envolve por conta do Dia das Mães. Penso que não<br />
existe palavra mais pronunciada por todos nós. O que seríamos sem<br />
elas? O colo, o aconchego, o olhar, a cumplicidade, o amor inigualável.<br />
E que falta nos faz quando não estão mais ao nosso lado! Recorro<br />
a Vinicius de Moraes para homenageá-las. “Aninha-me em teu colo<br />
como outrora. Dize-me bem baixo assim: – Filho, não temas dorme<br />
em sossego, que tua mãe não dorme. Dorme. Os que de há muito<br />
te esperavam cansados já se foram para longe. Perto de ti está tua<br />
mãezinha. Teu irmão que o estudo adormeceu, tuas irmãs pisando de<br />
levinho para não despertar o sono teu. Dorme meu filho, dorme no meu<br />
peito. Sonha a felicidade. Velo eu”.<br />
Maria Prada e Paulo Sérgio Chediek<br />
Fotos: Marcela Campos<br />
Clube Araraquarense<br />
Cynthia<br />
Lacorte Borelli,<br />
Valéria Cação,<br />
Luciana<br />
Martinelli<br />
Coelho e<br />
Elaine Tolino<br />
Fátima de Passos Lima e<br />
Pipo Rodrigues de Lima<br />
Nice Cardoso<br />
e Dany Larocca<br />
Haddad<br />
Rosicler Pinotti Spreafico e<br />
Camilo Spreafico<br />
|72
VIPS<br />
EM DESTAQUE<br />
Marcelo Nigro, Patrícia Nigro, Marcela Nigro,<br />
Ana Lúcia dos Santos Martins Fernandes e Luiz<br />
Henrique Martins Fernandes<br />
Vagner Costa<br />
Ana Marina Lia,<br />
Ana Maria Coan<br />
e Ana Paula Coan Pierri<br />
O sommelier Eliton<br />
Bertoli com Ítalo Fucci<br />
Carlos Alberto Melluso Neto<br />
com a mamãe Luciana<br />
Padovani Melluso<br />
Anapaula Bueno<br />
Brambilla, Maria<br />
de Lourdes Peiro,<br />
Valéria Bueno<br />
Faustino, Tânia<br />
De Oliveira<br />
Bueno Polis e José<br />
Benedito Polis<br />
73|
VIPS<br />
EM DESTAQUE<br />
Fernando Lobo e<br />
Laís Marina Caroni<br />
Ana Morais, Darci Leoni e Sônia Nogueira Ervas<br />
Luciane<br />
Lapena<br />
Barreto<br />
e Egydio<br />
Cambiaghi<br />
Argente<br />
Luciane<br />
Viveiros<br />
Paulo Treviso<br />
e Cristiane Treviso<br />
Luciano Abelhaneda<br />
e Marcelo Caramuru<br />
|74
75|
Vinho & Ponto Araraquara por Patrícia Nigro<br />
A sommelière Patrícia Nigro<br />
inaugurou no dia 12 de abril, a<br />
importadora e distribuidora de<br />
vinhos “Vinho & Ponto”, franquia<br />
que conta com mais de 400<br />
rótulos nacionais e internacionais.<br />
O local aconchegante oferece aos<br />
apreciadores da bebida um wine<br />
bar. Em nossa edição de maio, a<br />
profissional nos traz a diferença<br />
entre o champagne<br />
e o espumante.<br />
Você sabe qual a<br />
diferença entre<br />
champagne e<br />
espumante?<br />
Dúvida fácil de ser respondida! A grande diferença é a região de produção<br />
e a forma de produção. Champagne é um vinho branco ou rosé espumante,<br />
só que produzido na região de Champagne, no norte da França. Para a<br />
produção, devem ser observadas, obrigatoriamente, a presença das uvas<br />
chardonnay, pinot noir e pinot meunier. Os vinhedos são plantados em uma<br />
região delimitada pelo governo francês e o método de produção é controlado<br />
minuciosamente, por um órgão específico e regulador chamado Comité<br />
Interprofessionnel du Vin de Champagne (CIVC). Caso a bebida não respeite<br />
as regras do comitê, não pode ser chamada de champanhe.<br />
A forma de produção é outro fator fundamental para caracterizar a bebida,<br />
ou seja, somente será elaborada pelo método champenoise, onde a primeira<br />
fermentação do líquido é feita em tanque de aço inoxidável e a segunda<br />
ocorre dentro da própria garrafa. Portanto, existem espumantes que são feitos<br />
pelo método champenoise, mas não podem ser chamados de champanhe<br />
porque não foram feitos naquela região da França. O espumante também<br />
é um vinho branco (ou rosé) e efervescente, com gás carbônico e não existe<br />
nenhuma uva/casta “obrigatória” para a produção. Eles podem ser feitos pelo<br />
método champenoise descrito acima ou pelo método charmat, onde a bebida<br />
é fermentada duas vezes em tonéis de aço inoxidável. No Brasil, notamos a<br />
crescente produção de vinhos espumantes, principalmente no Rio Grande do<br />
Sul. As condições climáticas, as características das uvas, as tecnologias para<br />
a produção e a interferência altamente profissional dos enólogos são alguns<br />
dos principais componentes que caracterizam o potencial que tem destacado<br />
o país como um grande produtor de espumantes de alta qualidade. Prova<br />
disso, são os vários prêmios obtidos por nossos espumantes nos mais variados<br />
concursos de nível nacional e internacional. Curiosamente, existe uma exceção<br />
para a denominação champagne. A Peterlongo, localizada em Garibaldi/RS foi<br />
a primeira vinícola e produtora brasileira a elaborar espumantes seguindo as<br />
mesmas características dos produtos da França e atualmente é a única no país<br />
que pode utilizar a nomenclatura “champagne” em seus produtos. Portanto,<br />
podemos fazer um brinde com um maravilhoso champagne brasileiro.<br />
Fique atento com a dica: todo champagne é um espumante, mas nem todo<br />
espumante é um champagne!<br />
Saúde!<br />
|76
PERSONALIDADE<br />
VIP<br />
GERALDO MARTELLI<br />
*Maribel Santos<br />
Araraquara conta com professor formado<br />
em escola da Alemanha em Constelações<br />
Familiares Hellinger Sciencia Schule<br />
Geraldo Martelli, 55 anos é natural<br />
de Araraquara. Dedicou trinta e cinco<br />
anos da sua vida trabalhando na área<br />
da saúde, como representante de indústrias<br />
farmacêuticas da Itália, Alemanha<br />
e do Brasil. No ano de 2017 se<br />
forma na escola da “fonte” como dizem<br />
os consteladores. A Hellinger Sciencia<br />
criada pela Sra. Marie Sophie Hellinger<br />
e pelo criador das Constelações Sistêmicas<br />
Familiares Sr. Anton Suitbert<br />
Hellinger, mais conhecido como Bert<br />
Hellinger. Para o alemão Hellinger as<br />
constelações estão ligadas ao conceito<br />
dos sistemas, constituído pela família<br />
e relacionamentos importantes que<br />
temos (como casamentos, atual ou<br />
anteriores). E foi todo esse universo de<br />
informações que Geraldo se apaixonou.<br />
Após avançada formação em Constelações<br />
Sistêmicas Familiares, Martelli<br />
se dedicou às Constelações Sistêmicas<br />
Estruturais com modelos terapêuticos<br />
para empresas e organizações, além<br />
de ter possibilidade de atender famílias,<br />
casais, em relacionamentos problemáticos<br />
que também necessitam de olhares<br />
sistêmicos. Com dedicação intensa no<br />
assunto, vislumbrou a possibilidade de<br />
colaborar efetivamente com a vida das<br />
pessoas, inclusive objetivando conhecer<br />
as doenças pelo olhar sistêmico<br />
em formação com o médico Dr. Renato<br />
Shaan Bertate. E foi assim que nasceu o<br />
Espaço Terapêutico GA.Connect, localizado<br />
na Avenida Orestes Pieroni Gobbo,<br />
562 na Vila Harmonia. Sua dedicação<br />
diária é estendida ao longo do dia, e<br />
por vezes seus atendimentos ocorrem<br />
à noite para facilitar a agenda de seus<br />
clientes particulares. Dedicado e generoso,<br />
Martelli faz muitos atendimentos<br />
filantrópicos, visando em primeiro lugar<br />
o bem-estar da pessoa que o procurou.<br />
Durante nossa conversa, percebi além<br />
da sua sensibilidade e humanidade, a<br />
responsabilidade que ele traz para si<br />
como uma missão. É nítido em seu olhar<br />
Geraldo Martelli,<br />
Terapeuta Holístico da GA.Connect<br />
e em sua fala mansa, o orgulho que sente<br />
em poder ajudar o próximo. Sobre os<br />
trabalhos filantrópicos Geraldo Martelli<br />
está à frente da criação do 3I do Ismael<br />
e ISAAC (IIInstituto de Sabedoria e Amor<br />
de Araraquara Constelações) onde aceita<br />
a inclusão de pessoas que estejam<br />
dispostas a ceder horas de sua vida ao<br />
próximo com trabalho voluntário. Finaliza<br />
dizendo que acredita que o equilíbrio<br />
dos sistemas familiares é a saída para<br />
um mundo mais humano e de amplitude<br />
de consciência, levando todos os seres<br />
humanos a terem uma vida mais plena<br />
e digna.<br />
Para mais informações, o próprio<br />
Terapeuta Holístico está à sua disposição<br />
via WhatsApp no número: (16)<br />
9.8262.1000 ou (16) 3357. 5388. Se<br />
preferir, encaminhe suas dúvidas para<br />
o e-mail: gaconnect25@gmail.com o<br />
atendimento poderá ser feito online.<br />
Para os interessados no assunto, Martelli<br />
ministra cursos de formação em<br />
Constelações Sistêmicas Familiares.<br />
77|
Novo Conselho de Administração que aguarda homologação pelo Banco Central: Elias Aparecido Peichin, Romualdo Mascagna<br />
Cavicchioli e Hélio Soares (Conselho Fiscal); Dorival Bérgamo, Francisco Malta Cardozo e Lucas de Arruda Serra (Vogais); Herbert<br />
Müller Junior (Diretor Administrativo), Jaime Alberto de Vasconcelos (Diretor Operacional) e Mario Elcio Danieli (Diretor Presidente)<br />
NOVOS CAMINHOS<br />
CR<strong>ED</strong>ICENTRO<br />
Eleita em abril<br />
nova diretoria<br />
Presidente Mario<br />
Elcio Danieli ao<br />
ser eleito disse que<br />
vai buscar maiores<br />
benefícios para os<br />
cooperados.<br />
Em abril foram eleitos<br />
os novos diretores da Credicentro<br />
em Araraquara,<br />
cooperativa que atende os<br />
produtores rurais da nossa<br />
região. O futuro presidente,<br />
Mario Elcio Danieli enalteceu<br />
o trabalho de Jaime<br />
Alberto de Vasconcelos<br />
que por 10 anos esteve<br />
à frente da entidade e do<br />
companheiro Herbert Müller<br />
Junior, que seguem na<br />
diretoria.<br />
Após a assembleia,<br />
foi realizado o tradicional<br />
sorteio de brindes, homenageando<br />
os cooperados.<br />
Jaime Vasconcelos e Olavo<br />
Cavalcanti Pereira de Cordis<br />
Renato Delort e Mario Elcio<br />
Danieli<br />
Rodrigo Donizeti de Almeida e<br />
João Batista Zolio Junior<br />
Mariana Mendes Borges e<br />
Agnes Vicente<br />
Jaime Alberto de Vasconcelos com a associada Odette Sorbo<br />
Gonçalves e sua neta Rafaela Gonçalves Smirne<br />
|78
Daniele Correa Rodrigues e<br />
Juliana Falasco<br />
Altemar Brunetti (Jéca Tatu) e<br />
Luciane Marianno Sônego<br />
Maria Ignez Ferro Marianno e<br />
Rodrigo Donizeti de Almeida<br />
Francisco Malta Cardozo e<br />
Milena Cristina Mascarini<br />
Isabel Cristina Ferreira e<br />
Jaime Tadao Mariuyama<br />
Aparecido Donizetti Rabatini e<br />
Herbert Müller Junior<br />
Mario Elcio Danieli e Antonio<br />
José Redondo<br />
Nicolau de Souza Freitas e<br />
Rodrigo Donizeti de Almeida<br />
João Otávio Mariani Siqueira e<br />
Jaime Alberto de Vasconcelos<br />
Mário Lúcio Citta e Herbert<br />
Müller Junior<br />
Heleneide de Fátima Conde<br />
Scotton e Herbert Müller Junior<br />
Mario Elcio Danieli e Mariana<br />
Danieli Lopes<br />
Altemar Brunetti e Diego<br />
Danieli<br />
Herbert Müller Junior e<br />
Marcelo Tadeu Costa<br />
Rui Fernando Pinotti e Herbert<br />
Müller Junior<br />
Kanji Noguchi e Jaime Alberto<br />
de Vasconcelos<br />
79|
VITRINE<br />
VITRINE<br />
DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
JOÃO CARLOS<br />
INAUGURAÇÃO EM ALTO ESTILO<br />
Uma das mais tradicionais famílias<br />
de Araraquara - Zana - decide<br />
investir na implantação de serviço<br />
que visa atender através de um<br />
maravilhoso espaço interativo,<br />
a melhor idade, promovendo a<br />
saúde e melhor qualidade de vida.<br />
Parabéns. É um orgulho para a<br />
cidade uma casa tão maravilhosa.<br />
Família Zana e integrantes da Equipe Bem Viver<br />
Família Zana reunida: Maria Amélia, Tárcia Maria,<br />
Carolina e João<br />
As irmãs Carolina e Maria Amélia, proprietárias e<br />
diretoras da casa<br />
ANIVERSÁRIOS<br />
Maio|<strong>2018</strong><br />
A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes<br />
DATA NOME<br />
EMPRESA<br />
DATA NOME<br />
EMPRESA<br />
01/05<br />
02/05<br />
03/05<br />
05/05<br />
06/05<br />
06/05<br />
06/05<br />
07/05<br />
07/05<br />
07/05<br />
08/05<br />
08/05<br />
08/05<br />
09/05<br />
10/05<br />
10/05<br />
12/05<br />
12/05<br />
12/05<br />
Juliano Fernandes de Freitas<br />
Arcangelo Nigro Neto<br />
José Roberto Anzuin<br />
Edison Barreto<br />
Andrelino Alves Pinto Filho<br />
Nelson Luis Felicio<br />
Reinaldo de Freitas B. Neto<br />
Helga M. Rodrigues<br />
Jorgino Francisco Antunes<br />
Junior de Souza Marques<br />
Elisabete Barbosa Berci<br />
Giuseppe Morvillo<br />
Osmar Aparecido Justino<br />
Sérgio João Mahfuz<br />
Antonio Carlos Jeremias<br />
Jurandi José da Silva<br />
Diomar Benedicta B. Silva<br />
Mario Roberto Mendonça<br />
Wilton Lupo Neto<br />
Ótica Thiago<br />
Nigro Alumínio<br />
Só Peças<br />
Polo Play Araraquara<br />
Vilacopos<br />
Movbase Infraestrutura<br />
Jacke Shoes Calçados e Bolsas<br />
Papel Arte<br />
Casa das Ervas São Francisco<br />
Lava Jato Pantera<br />
Drogaria Nova Vida<br />
Hidromor<br />
Valmag<br />
J Mahfuz<br />
Imobiliária Jeremias Borsari<br />
DJ Cesta Básica<br />
Infinity<br />
Mendonça Rádio Comunicação<br />
HAW Empreendimentos<br />
13/05<br />
13/05<br />
14/05<br />
15/05<br />
18/05<br />
18/05<br />
19/05<br />
19/05<br />
21/05<br />
23/05<br />
23/05<br />
23/05<br />
24/05<br />
25/05<br />
27/05<br />
27/05<br />
27/05<br />
28/05<br />
29/05<br />
Keila Parra Alves Pinto<br />
Rita C. Passetto Souza<br />
Jorge Anysio Haddad<br />
Roberto Rangel Rabello<br />
Bruno Ribeiro Martins<br />
Edes Dalmo de Oliveira<br />
Daniel José Barros<br />
Maria E. Popolim Barreto<br />
Janete Tito Coimbra<br />
Claudemir dos Santos<br />
Nelson Brito de Lucca<br />
Rodrigo Luiz Abuchaim<br />
Sandra R. Antoniolli Vicente<br />
Carlos Alberto Mori Rodrigues<br />
Domingos Bianchi Cavaleti<br />
Mario Ito<br />
Renata Bueno Govatto<br />
Marcella Jacon<br />
Vera Lúcia Belini Navarro<br />
Tutti Frutti<br />
Grafite Papelaria<br />
Lajes Treliçadas Duraleve<br />
Cavian Kids<br />
Mark’s Tintas<br />
A Boa Compra<br />
Liceu Monteiro Lobato<br />
Polo Play Araraquara<br />
Grupo Sinergia<br />
Claudemir dos Santos<br />
Esc. Prudente de Contabilidade<br />
Porkão Ind. Com. de Carnes<br />
S.R. Comercial<br />
Vierge Confecções<br />
Auto Eletro São Domingos<br />
Relojoaria Cruzeiro<br />
Edu Imóveis<br />
AJ Citrus<br />
Mercearia Real<br />
|80
Título de Cidadã<br />
Araraquarense<br />
para a querida<br />
escritora Darcy<br />
Dantas: Elton<br />
Negrini, Darcy,<br />
Jéferson Yashuda<br />
e Coca Ferraz,<br />
presidente<br />
da Academia<br />
Araraquarense<br />
de Letras<br />
Empresário Nelvio de Vito,<br />
aproveitou abril para<br />
comemorar mais um aniversário.<br />
Empreendedor com a Nelvio<br />
Tintas ele merece toda a<br />
felicidade do mundo.<br />
Leide Shirley Boschiero tem<br />
nos empolgado com suas<br />
apresentações<br />
Marcos Stéfani (diretor), Cintia<br />
Mendes (RA) e Henrique Passos<br />
(Gerente de Vendas). Cintia, é a<br />
Responsável Ambiental Stéfani<br />
Motors<br />
Seo José Marino e Beto Neves<br />
durante as comemorações<br />
dos 98 anos do pracinha<br />
araraquarense<br />
Cidinho<br />
Junquetti que<br />
mantém a<br />
tradição do seu<br />
restaurante na<br />
Vila, também é<br />
um ativo diretor<br />
do SinHoRes<br />
Dorival Delbon que assina Style<br />
Calçados, aniversariou no mês<br />
passado, recebendo os parabéns<br />
dos familiares e amigos<br />
Rosane D’Andréa esbanjando<br />
elegância em manhã de sol<br />
81|
Luís Carlos<br />
B<strong>ED</strong>RAN<br />
Sociólogo e cronista da Revista Comércio,<br />
Indústria e Agronegócio de Araraquara<br />
Finalidades da pena<br />
Pena é consequência de um crime<br />
praticado por um ser humano que<br />
teve condições de saber que, o que<br />
praticara, era contra a lei adotada pelo<br />
Estado. O Estado, por sua vez, é formado<br />
por um contrato ou um pacto feito<br />
pela maioria os cidadãos para que haja<br />
um convívio pacífico entre eles, pois<br />
eles se privaram de um direito pessoal<br />
e natural de se protegerem contra as<br />
violações à ordem praticadas pelos<br />
seus semelhantes.<br />
Esse contrato modernamente é<br />
estabelecido numa lei maior, a Constituição,<br />
a qual, por meio de outras leis<br />
infraconstitucionais, traça normas que<br />
devem ser seguidas pelas pessoas e<br />
também pelos órgãos do Estado para<br />
que não se cometam injustiças contra<br />
aqueles que praticam crimes. Por<br />
isso lhes assegura ampla defesa e, só<br />
então depois, após condenação, têm<br />
de cumprir a pena determinada pela<br />
justiça, com o principal objetivo de<br />
poderem retornar ao convívio social.<br />
No entanto nem sempre foi assim.<br />
Num passado distante, nem Estado<br />
havia, menos ainda um extenso rol<br />
de ações ou omissões consideradas<br />
crimes: era a antiga Lei de Talião, “olho<br />
por olho, dente por dente”. Mas ainda<br />
remanescem, hoje previstas em lei, algumas<br />
ações que as pessoas podem,<br />
embora limitadamente, agir sem serem<br />
consideradas crimes, como, principalmente,<br />
a legítima defesa.<br />
A questão que se coloca — e que<br />
ainda é objeto de controvérsias pelos<br />
operadores do Direito — é saber se é<br />
considerada suficiente a tentativa de<br />
reinserção na sociedade, pelo cumprimento<br />
da pena, por quem cometeu<br />
um crime. Alguns dizem que não,<br />
porque entendem ser também uma<br />
das finalidades da pena prevenir que<br />
não se cometam mais crimes pelas<br />
pessoas (menos ainda pelo condenado),<br />
pelo exemplo dado por seu encarceramento<br />
(ou por algumas outras<br />
formas de cumprimento da pena). Por<br />
medo mesmo.<br />
Outros, que a pena é um castigo<br />
pelo mal praticado, mas determinado<br />
pelo Estado; ou ainda que é uma<br />
forma de vingança, não pessoal, mas<br />
que serve de consolo à vítima, seus<br />
familiares ou à própria sociedade.<br />
Prevenção, recuperação, vingança ou<br />
castigo? Qual das teorias devem ser<br />
adotadas pelo Estado moderno?<br />
Certamente deveria ser a recuperação,<br />
a ressocialização do apenado à<br />
vida em sociedade. Isso porque, pelo<br />
menos a nossa civilização ocidental,<br />
oriunda principalmente das ideias<br />
cristãs, há de existir uma segunda<br />
chance, o seu arrependimento. Além<br />
do que nem sempre o crime praticado<br />
foi fruto da vontade exclusiva do criminoso<br />
e sim devido ao ambiente em<br />
que ele foi criado o que, inevitavelmente<br />
o levou a praticar o ato antissocial.<br />
No entanto, sabe-se que é pequena<br />
a tentativa de ressocialização do<br />
criminoso devido a uma série de circunstâncias,<br />
entre as quais, no caso<br />
do encarceramento, pois geralmente<br />
ele retorna à sociedade mais ainda revoltado<br />
do que quando entrou. Tudo<br />
pelo estado precário em que se encontram<br />
as cadeias e penitenciárias,<br />
consideradas como uma escola ou<br />
universidade de crimes. Pelo menos<br />
em nosso país e talvez no mundo<br />
todo, mesmo naqueles considerados<br />
de Primeiro Mundo.<br />
Assim é que ele se considera um<br />
injustiçado, nem tanto pelo crime que<br />
praticou — pois dele muitas vezes tem<br />
consciência plena de que cometera<br />
um ato antissocial — mas, sobretudo,<br />
pelo próprio Estado que talvez não lhe<br />
tenha dado condições mínimas para<br />
ser recuperado. Apesar de tudo, a<br />
própria Lei de Execução Penal dá subsídios<br />
para que a pena seja mitigada,<br />
desde que estabelecidos alguns parâmetros<br />
que têm de ser cumpridos pelo<br />
apenado e até mesmo pelo próprio<br />
Estado como seu executor.<br />
Tudo isso vem à tona ante a condenação<br />
do ex-presidente da República<br />
e pelo cumprimento de sua pena. Ela<br />
servirá de exemplo à sociedade para<br />
que não mais se cometam tais crimes<br />
por ele praticados? A sociedade (ou<br />
melhor, seus adversários) vingou-se<br />
dele? O ‘castigo’ foi suficiente?<br />
Será que ele, que se considera<br />
um injustiçado, após o cumprimento<br />
da pena, estará subjetivamente arrependido<br />
e não cometerá mais os<br />
tipos de crime pelo quais foi condenado?<br />
E a pergunta final: será que ele<br />
voltará ao convívio social, depois de<br />
receber do Estado algum trabalho na<br />
prisão e toda assistência psicológica,<br />
completamente ‘reeducado’ ou ressocializado?<br />
P.S.: Quando este artigo for publicado,<br />
pode ser que tudo o que se disse<br />
ao final de nada valerá e ele até mesmo<br />
poderá ser entendido como uma<br />
mera peça de ficção literária. Um ‘fazde-conta’,<br />
tal como inventou o grande<br />
Monteiro Lobato. Porque impossível terse<br />
alguma previsão razoável, em curto<br />
prazo, sobre o entendimento dos ínclitos<br />
ministros do Supremo Tribunal Federal<br />
sobre tantos recursos legais, tamanha a<br />
divergência entre eles na interpretação<br />
da Constituição e das leis infraconstitucionais.<br />
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