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RCIA - ED. 154 - MAIO 2018

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ÍNDICE<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>154</strong> - <strong>MAIO</strong>/<strong>2018</strong><br />

CAPA<br />

Bem Viver - Espaço Zana<br />

ECONOMIA<br />

Movimentação de mercado<br />

DIA DAS MÃES<br />

13 de Maio<br />

SABORES<br />

Araraquara na decisão<br />

10 8 13<br />

19<br />

38<br />

Dias produtivos e agradáveis no<br />

melhor espaço para a terceira<br />

idade em Araraquara.<br />

Araraquara ocupa o nono lugar<br />

no ranking de exportação do<br />

Estado de São Paulo.<br />

Confira um especial sobre a<br />

gravidez e o dilema das mulheres<br />

entre o corpo e a vida social.<br />

Alecrim, de Gil Cattani (foto) e<br />

Galli Pizzaria estão na final da<br />

Copa Brasileira de Pizzarias.<br />

Saúde<br />

30| São Francisco vai retomar<br />

serviços na Beneficência<br />

Portuguesa em agosto.<br />

Sincomercio<br />

32| Empresas se adequam para<br />

atender clientes cada vez mais<br />

exigentes.<br />

CIESP<br />

48| Nova liminar evita mudanças<br />

nas taxas do licenciamento<br />

ambiental.<br />

Sindicato Rural<br />

51| Diretores do sindicato<br />

participam da solenidade de<br />

abertura da Agrishow<br />

Fundo Social já ocupa sua nova sede<br />

O Fundo Social de Solidariedade de<br />

Araraquara agora está instalado na Rua<br />

Imaculada Conceição (Rua 12),<br />

nº 3885, na Vila Yamada. O<br />

atendimento ocorre de segunda a sextafeira,<br />

das 7h às 13h. A mudança, que<br />

era no antigo Estrela Futebol Clube<br />

para a Vila Yamada, onde era uma<br />

escola estadual, visa ampliar a<br />

qualidade no atendimento às entidades<br />

sociais e ao público, segundo a<br />

presidente do Fundo Social, Cidinha<br />

Silva. A antiga sede foi destinada para<br />

a Banda Marcial Olávio Felippe.<br />

Presidente do Fundo Social, Cidinha Silva<br />

(direita) e a vice Rosa Barbiero<br />

Investimento<br />

O vereador Zé Luiz comemora os<br />

serviços que a Prefeitura vem fazendo<br />

no Vale do Sol. “Há muito tempo essa<br />

região estava esquecida. Com isso,<br />

muitos serviços ficaram acumulados. A<br />

população tem me procurado pedindo<br />

melhorias nesta localidade, temos<br />

trabalhado para isso, resolvido muitos<br />

problemas, mas com o acúmulo de<br />

coisas a serem realizadas, levaria<br />

muito tempo para deixarmos tudo em<br />

ordem, por isso, indiquei ao prefeito<br />

Edinho a necessidade de se começar<br />

por esta região”.<br />

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DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

COPA DO MUNDO<br />

Para colar no armário!<br />

MÚSICA<br />

The Hippies, o som do rock<br />

por: Sônia Maria Marques<br />

Os benefícios concedidos aos<br />

carros-fortes nas ruas da cidade<br />

Não é de hoje que a população reclama das paradas<br />

“inapropriadas” de carros-fortes nas ruas centrais de<br />

Araraquara. É verdade que existe uma Lei Federal (n°<br />

7.102/83) e uma portaria n° 387, do Código de Trânsito<br />

Brasileiro que permitem às transportadoras de cargas de<br />

valor, gozar desta livre parada. Em 1983, Araraquara<br />

possuía cerca de 90 mil habitantes, menos de 50 mil<br />

veículos transitando pelas vias públicas e um número<br />

infinitamente menor de agências bancárias e postos de<br />

atendimento (lotéricas).<br />

44<br />

Nesta edição, publicamos a<br />

tabela da competição para você<br />

não perder nenhum jogo.<br />

Canasol<br />

62 | Pulverização aérea é uma<br />

prática segura e necessária.<br />

Leia sobre o assunto.<br />

67<br />

Grupo agitou as noites de<br />

Araraquara entre 1966 e 1970<br />

com muito rock´n´roll.<br />

Vida social<br />

74| Em sua coluna deste<br />

mês, Maribel Santos faz uma<br />

homenagens às mães.<br />

Mais viaturas no Trânsito<br />

Passados 35 anos, o quadro evidentemente é outro e o<br />

centro da cidade acabou se transformando num caos: os<br />

bancos jamais se preocuparam em criar espaços internos<br />

em suas agências e as autoridades continuam empurrando<br />

o problema com a barriga. Em uma volta pela cidade, não<br />

é difícil encontrar carros-fortes parados em vias públicas de<br />

grande fluxo, causando congestionamentos e prejudicando<br />

a segurança dos cidadãos que trafegam no entorno desses<br />

locais.<br />

A lei federal garante algumas “regalias” pensando que<br />

quanto menor for o deslocamento desembarcado do<br />

numerário transportado, menor será o risco da população<br />

em geral. Hoje, na prática, isto não acontece, devido ao<br />

enorme movimento de pedestres e veículos na via pública.<br />

Quando se fala que o Brasil precisa de uma revisão, isso<br />

não está apenas nos poderes constituídos.<br />

O secretário municipal<br />

de Cooperação dos<br />

Assuntos de Segurança<br />

Pública, coronel João<br />

Alberto Nogueira Júnior,<br />

anunciou em abril que<br />

a sua secretaria já conta<br />

com sete novas viaturas<br />

em operação nas ruas de<br />

Araraquara, duas delas na<br />

‘Patrulha Maria da Penha’<br />

ou ações de combate a<br />

casos de agressão contra<br />

mulheres. As outras<br />

cinco são utilizadas na<br />

fiscalização do trânsito.<br />

Segundo ele, são todas<br />

viaturas 0km, adaptadas<br />

para as operações de<br />

trânsito na cidade. Eram<br />

aguardadas há tempos<br />

pelo setor e foram<br />

conquistadas pelo prefeito<br />

Edinho”, resumiu o<br />

secretário.<br />

João Alberto Nogueira Júnior<br />

É importante lembrar,<br />

conforme acrescentou, que<br />

os agentes de fiscalização<br />

vão além dessas ações,<br />

porque atuam em<br />

outras operações muito<br />

importantes para o<br />

município. “Esses agentes<br />

também fiscalizam as vias<br />

públicas, além de fazerem<br />

patrulhamento sobre<br />

sinalização de trânsito”.<br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Editor: Matheus Vieira<br />

Design: Bete Campos e Érica Menezes<br />

PARA ANUNCIAR: (16) 3336 4433<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />

é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />

Portal <strong>RCIA</strong>RARAQUARA.COM<br />

Editora: Rita Motta<br />

* COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Atendimento: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

por: Ivan Roberto Peroni<br />

As contrapartidas servem de pano de fundo<br />

para a corrupção e a injustiça<br />

Até que ponto a condenação e a prisão de Lula terão influência na mudança dos hábitos dos políticos<br />

e nos costumes dos gestores públicos? A nós que vivemos distante deste cenário bandido, só o tempo<br />

poderá dizer, contudo, o doleiro Alberto Youssef que orgulha-se de ter cumprido o que prometeu<br />

nos primórdios da Operação Lava Jato (que derrubaria a República), é taxativo ao afirmar que a<br />

investigação não vai mudar os costumes políticos no país. “Essa fase de Lava Jato vai passar e vai<br />

continuar tudo como está. O sistema vai continuar. O Brasil não vai mudar”.<br />

Quando o cineasta José Padilha, em<br />

artigo publicado n’ O Globo, disse<br />

que a Lava Jato é uma oportunidade<br />

de desmontar o mecanismo<br />

que vem explorando a sociedade<br />

brasileira há décadas, em favor de<br />

políticos corruptos, não estava desdenhando<br />

Colombo que num banquete<br />

colocou o ovo da galinha em<br />

pé. O Brasil sabia desta corrupção<br />

e qualquer um poderia denunciá-la,<br />

desde que tivesse inteligência para<br />

isso. Padilha foi mais além: “Na<br />

base do sistema político brasileiro,<br />

opera um mecanismo de exploração<br />

da sociedade por quadrilhas formadas<br />

por fornecedores do Estado e<br />

grandes partidos políticos”.<br />

Em meio ao clima de discussão sobre<br />

a prisão de um ex-presidente da<br />

República, é que vem a pergunta: o<br />

sistema político vai mudar? A tentativa<br />

de moralização deste cenário é<br />

curiosa pois fecha-se uma porta e<br />

são abertas outras três, novos métodos<br />

surgem e a operacionalização<br />

bandida não tem como ser contida.<br />

Nos últimos 30 anos, os gestores públicos - muitos são os municípios que<br />

usam essa estratégia - em nome de uma política de desenvolvimento produtivo,<br />

acabam pactuando com algumas concessões e sob a chancela em<br />

contrapartida, na ânsia de conquistarem a vinda de empresas, acabam<br />

entregando a chave da cidade. E a explicação para este fato é bem clara:<br />

quando algo é oferecido em contrapartida, significa que alguma coisa está<br />

sendo dada em troca ou em compensação de alguma coisa.<br />

Nesta convivência com Araraquara, cansamos de ouvir “eu trouxe para cá<br />

a indústria tal” ou o aporte manifestado sobre a chegada da rede de lojas<br />

do grande empresário. Ótimo que o campo industrial ou comercial venha<br />

a se expandir, desenvolva projetos, crie empregos, porém, na maioria das<br />

vezes pouco ou nada se fala de concessões, benefícios, contrapartida,<br />

beneficiando-se quem chega; enquanto isso, comerciantes e industriais que<br />

comeram aqui o pão que o diabo amassou, jamais receberam qualquer<br />

incentivo a não ser impostos e fiscalizações.<br />

A regra, ou melhor, a lei, teria que ser idêntica para todos, impedindo que os<br />

municípios se transformem escancaradamente em um balcão de negócios,<br />

troca de moedas ou toma lá da cá. O Brasil não pode ser pintado apenas<br />

pela desigualdade existente entre raças, ricos e pobres, mas também deve<br />

ter sua justiça social instalada na economia, onde o micro, pequenos e<br />

grandes empresários tenham os mesmos direitos.<br />

A contrapartida pode ser legal, mas imoral pelas circunstâncias que permitem<br />

aproximar os políticos das grandes empresas e estas acabam comprando<br />

benefícios, financiando campanhas e mantendo o mecanismo dito<br />

por Padilha.<br />

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MATÉRIA DE CAPA


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ESPECIAL<br />

ECONOMIA<br />

O que Araraquara<br />

exportou para estar<br />

em 9° lugar no ranking<br />

estadual<br />

Os sumos de fruta e produtos hortícolas<br />

garantiram mais de US$ 212 milhões de doláres<br />

em exportação para Araraquara<br />

Uma combinação de baixo volume de<br />

importações com um aumento mensal de<br />

exportação conferiu a Araraquara o título<br />

de nona maior exportadora do Estado<br />

de São Paulo no primeiro trimestre de<br />

<strong>2018</strong>, de acordo com o levantamento feito<br />

pelo Núcleo de Economia do Sindicato<br />

do Comércio Varejista de Araraquara<br />

(Sincomercio). Em escala nacional, a cidade<br />

se encontra na 38ª posição no ranking de<br />

exportadores no mesmo período.<br />

Segundo dados da Secretaria do Comércio<br />

Exterior e o Ministério do Desenvolvimento,<br />

Indústria e Comércio (SECEX/MIDIC), no<br />

primeiro trimestre deste ano as exportações<br />

cresceram 65,4%, aproximadamente<br />

US$ 301,5 milhões de dólares em<br />

comparação com o mesmo período do ano<br />

passado, assegurando uma participação<br />

de 1,9% no total estadual e marcando<br />

presença entre municípios de grande<br />

representatividade como São Paulo (1º),<br />

São Bernardo do Campo (3º) e São José<br />

dos Campos (5º).<br />

CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />

13|


BALANÇO GERAL<br />

Os contrastes da Economia local<br />

salva pela força do agronegócio<br />

Dos US$ 301,5 exportados<br />

por Araraquara neste<br />

primeiro trimestre, pelo<br />

menos US$ 212 milhões<br />

estão vinculados aos sumos<br />

de frutas, basicamente o<br />

suco concentrado de laranja<br />

produzido pela Cutrale.<br />

Mais de 5 milhões de doláres exportados em açúcar<br />

De acordo com a nota do Sincomercio,<br />

as exportações são em grande<br />

parte baseadas em produtos de<br />

origem agrícola, com destaque para<br />

os sumos de fruta, que dominam a<br />

maior parte das operações, seguidos<br />

pelos óleos essenciais e matérias/<br />

desperdícios vegetais. Os açúcares<br />

de cana e beterraba e em menor escala<br />

as máquinas e aparelhos, vêm<br />

em seguida.<br />

Em uma visão geral das categorias<br />

exportadoras, a indústria alimentar<br />

e de bebidas lideram a maior parte,<br />

com quase 75% do total da pauta,<br />

seguidos de produtos de indústrias<br />

químicas com mais de 22% da parce-<br />

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la e máquinas e aparelhos elétricos,<br />

completando os três maiores grupos<br />

de exportação.<br />

Para Délis Magalhães, economista<br />

do Sincomercio, esses resultados<br />

demonstram a força do comércio exterior<br />

de Araraquara e acompanham<br />

a evolução favorável da economia<br />

global, com a expansão das exportações<br />

brasileiras. “O resultado positivo<br />

traz boas perspectivas de aumento<br />

da renda, crescimento e manutenção<br />

dos níveis de emprego, principalmente<br />

no setor industrial, além<br />

da geração de um grande incentivo<br />

ao investimento em tecnologia nas<br />

indústrias locais e em outras atividades”,<br />

ressalta.<br />

Principais Produtos – Pauta Exportadora de Araraquara<br />

15|


COMÉRCIO EXTERIOR<br />

De quem compramos<br />

Dos US$ 301,5 exportados<br />

por Araraquara no primeiro<br />

trimestre, pelo menos<br />

US$ 212 milhões estão<br />

vinculados basicamente ao<br />

suco concentrado de laranja<br />

produzido pela Cutrale<br />

que continua dominando o<br />

mercado mundial.<br />

Em 2017, no período de janeiro<br />

a março, Araraquara exportou em<br />

sumos de frutas (suco concentrado<br />

de laranja), US$ 109.851.971; nos<br />

três primeiros meses de <strong>2018</strong> foram<br />

pouco mais de US$ 212 milhões,<br />

uma elevação que faz o município<br />

comemorar pois o resultado desta<br />

exportação além de promover divisas,<br />

também coloca o nosso agronegócio<br />

em posição de destaque no cenário<br />

paulista e nacional.<br />

Na lista dos produtos exportados<br />

para outros países, aparecem óleos<br />

essenciais (US$ 65 milhões) e os<br />

materiais vegetais acompanhados<br />

de desperdícios vegetais (US$ 8,5 milhões).<br />

Só em quarto lugar é que vem<br />

o açúcar de cana com pouco mais de<br />

US$ 5 milhões. Neste item exportador,<br />

além da cana consta o açúcar<br />

produzido através da beterraba, porém<br />

somando-se cana e beterraba,<br />

o açúcar enviado ao exterior atinge<br />

quase 17 milhões de quilos.<br />

A exportação de meias-calças<br />

e meias de qualquer espécie<br />

voltou a tomar fôlego: US$ 74<br />

mil em 2017 e US$ 178 mil em<br />

<strong>2018</strong> (três primeiros meses)<br />

Para quem vendemos<br />

Araraquara importou em três meses<br />

pouco mais de 425 mil quilos de peixes<br />

Curioso é que enquanto Araraquara<br />

exportou açúcar, forçosamente<br />

teve que importar nestes três meses<br />

cerca de aproximadamente 6 milhões<br />

de litros de álcool etílico não desnaturado,<br />

pagando por isso cerca de US$<br />

3,6 milhões. Foi o que mais importamos.<br />

Em segundo lugar entre os produtos<br />

importados estão os filés e outros<br />

pedaços de peixes; para cá vieram,<br />

segundo a Secretaria de Comércio<br />

Exterior, pelo menos 500 mil quilos<br />

por um custo que ultrapassa U$ 2<br />

milhões de doláres. Se<br />

compararmos os três<br />

meses deste ano com o<br />

O setor de confecções em<br />

Araraquara importou US$<br />

754.457 em máquinas de<br />

fazer malhas e de costura<br />

no primeiro trimestre<br />

deste ano. O mercado<br />

acreditou na recuperação<br />

da economia<br />

mesmo período de 2017, vamos ver<br />

que a importação teve violenta queda.<br />

No ano passado importamos três<br />

milhões de quilos e por eles pagamos<br />

cerca de US$ 9 milhões.<br />

O PEIXE VEM DA CHINA<br />

O principal peixe importado da<br />

China é uma espécie pescada na<br />

costa americana, conhecida como<br />

Polaca do Alasca, que se assemelha<br />

ao filé de merluza e vem roubando o<br />

mercado do peixe argentino, que era<br />

o que mais se importava. E a China é<br />

o segundo país de que mais importamos:<br />

U$ 6 milhões em 2017 e apenas<br />

US$ 2 milhões este ano, estando o<br />

Polaca do Alasca entre o peixe preferido,<br />

seguido do Salmão. Os números<br />

revelam que os peixes chineses estão<br />

entrando a rodo no mercado brasileiro<br />

porque não pagam imposto. Os supermercados<br />

mandam para a China<br />

o layout da embalagem e o peixe já<br />

chega pronto para ser vendido.<br />

Entre os itens de importação está<br />

inclusa a chegada de teares para a<br />

fabricação de malhas, além de máquinas<br />

de costura, investimentos da<br />

ordem de 800 mil doláres. Dobrou-se<br />

por outro lado a exportação de meiascalças,<br />

meias de qualquer espécie e<br />

artefatos semelhantes, produtos originalmente<br />

da Lupo na comparação<br />

dos três primeiros meses: em <strong>2018</strong><br />

exportamos US$ 178 mil e em 2017<br />

US$ 74 mil doláres. Ampliamos também<br />

a exportação de soutiens, cintas,<br />

espartilhos, suspensórios, ligas e artefatos<br />

semelhantes: de 37 mil (2017)<br />

para 83 mil doláres (<strong>2018</strong>).<br />

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A CRISE NÃO BATEU AQUI<br />

Consumo de peixe<br />

com garantia total<br />

Há 25 anos em Araraquara, Rodolfo<br />

Messali, é proprietário da Peixe<br />

e Cia, que tornou-se referência em<br />

pescados na cidade. Embora tenha<br />

ocorrido queda no consumo da carne<br />

de peixe no comparativo entre os<br />

dois trimestres iniciais de 17/18, o<br />

empresário alega que o seu movimento<br />

continua equilibrado: “É verdade<br />

que falou-se em crise econômica,<br />

mas confesso que o meu movimento<br />

continua inalterado”.<br />

Indagado sobre os quase 90 mil<br />

quilos de peixes congelados - exceto<br />

os filés de peixes e outros congelados<br />

- que importamos em <strong>2018</strong>, número<br />

bem distante da importação ocorrida<br />

em 2017 (485 mil quilos), Rodolfo<br />

posiciona a Peixe e Cia entre as lojas<br />

de pescados que soube aproveitar a<br />

difusão dos benefícios que a carne<br />

do peixe oferece: “Não é de hoje que<br />

se conhece os vários benefícios do<br />

consumo de peixe para prevenir determinadas<br />

doenças, principalmente<br />

as cardiovasculares”, lembra.<br />

Isso está atrelado às dietas recomendadas<br />

aos que frequentam academias<br />

e orientações para prevenção<br />

de uma boa saúde.<br />

Se de um lado ele garante como<br />

boa notícia, a estabilidade da venda<br />

em sua casa, por outro, a má notícia<br />

é que, a pesca em nosso país não<br />

acompanha a evolução tecnológica<br />

que já chegou aos mares e aos rios: o<br />

resultado é que, pesando então o que<br />

exportamos e o que importamos, a balança<br />

pende para o lado do pescado<br />

importado - como salmão e bacalhau -<br />

provocando sempre deficit comercial.<br />

A verdade é que neste momento<br />

se busca argumento para mostrar as<br />

razões de uma queda tão brusca na<br />

importação em <strong>2018</strong>. Na mão certa<br />

segue Rodolfo Messali comemorando<br />

o sucesso das vendas em dobro por<br />

ocasião da Semana Santa que passou.<br />

,<br />

Entre os peixes congelados que<br />

chegam, o Cação é o mais vendido,<br />

importado do Uruguai; já o salmão<br />

é bem restrito aos restaurantes<br />

orientais da cidade.<br />

Rodolfo Messali<br />

,<br />

17|


PARA QUEM VENDEMOS<br />

Janeiro a Março <strong>2018</strong><br />

DOLÁRES<br />

DE QUEM COMPRAMOS<br />

Janeiro a Março <strong>2018</strong><br />

DOLÁRES<br />

Em abril de 2016, ao dizer que a<br />

solução para o problema da mobilidade<br />

urbana, que atinge os grandes<br />

centros brasileiros, passa pelo transporte<br />

ferroviário e que, nesse sentido,<br />

a Hyundai-Rotem veio para ajudar, o<br />

governador Geraldo Alckmin, não estava<br />

fazendo nenhuma previsão absurda<br />

em Araraquara.<br />

Tanto é que o setor necessitava de<br />

partes de veículos para vias férreas e<br />

fez um investimento em importações<br />

de pouco mais de US$ 10 milhões;<br />

um ano depois, o trimestre chegou a<br />

US$ 950 mil. Os reflexos deste comparativo<br />

mostram duas situações:<br />

chegada da empresa e os pedidos<br />

iniciais feitos em 2015/2016 e dois<br />

anos depois, a crise econômica.<br />

Ao lado, em trabalho de pesquisa<br />

da Revista Comércio, Indústria<br />

e Agronegócio, o ranking das<br />

exportações e importações nos<br />

meses de janeiro, fevereiro e<br />

março de <strong>2018</strong>.<br />

01 Paises Baixos (Holanda)<br />

02 Estados Unidos<br />

03 China<br />

04 Japão<br />

05 Coréia do Sul<br />

06 Índia<br />

07 Bangladesh<br />

08 Canadá<br />

09 Espanha<br />

10 Alemanha<br />

11 França<br />

12 Argentina<br />

13 Austrália<br />

14 Cingapura<br />

15 Paraguai<br />

16 Trinidad Tobago<br />

17 Reino Unido<br />

18 Coveite (Kuweit)<br />

19 Dinamarca<br />

20 Colômbia<br />

21 Portugal<br />

22 Nova Zelândia<br />

23 Bolívia<br />

24 Hong Kong<br />

25 Chile<br />

26 Malásia<br />

27 Eslovênia<br />

28 África do Sul<br />

29 México<br />

30 Equador<br />

107.372.476<br />

94.854.440<br />

25.229.414<br />

23.895.385<br />

7.931.570<br />

5.722.863<br />

5.168.863<br />

5.141.160<br />

4.678.807<br />

3.722.870<br />

2.660.000<br />

2.238.686<br />

1.587.442<br />

1.252.210<br />

1.240.102<br />

1.061.360<br />

967.285<br />

585.503<br />

548.200<br />

547.180<br />

438.231<br />

433.632<br />

395.335<br />

385.145<br />

323.492<br />

285.535<br />

263.232<br />

247.130<br />

246.209<br />

227.900<br />

01 Estados unidos<br />

02 China<br />

03 Coréia do sul<br />

04 Alemanha<br />

05 Chile<br />

06 Itália<br />

07 Argentina<br />

08 Índia<br />

09 Israel<br />

10 Países Baixos (Holanda)<br />

11 França<br />

12 Uruguai<br />

13 África do Sul<br />

14 Espanha<br />

15 Não declarados<br />

16 Hong kong<br />

17 Malásia<br />

18 Suécia<br />

19 Canadá<br />

20 Indonésia<br />

21 Dinamarca<br />

22 Peru<br />

23 República Tcheca<br />

24 Reino Unido<br />

25 Japão<br />

26 Suiça<br />

27 Vietnã<br />

28 Bélgica<br />

29 Paquistão<br />

30 Romênia<br />

5.271.134<br />

2.064.376<br />

1.948.394<br />

1.702.772<br />

1.217.721<br />

1.056.957<br />

937.830<br />

793.539<br />

496.451<br />

494.429<br />

448.149<br />

269.106<br />

198.872<br />

146.710<br />

141.448<br />

132.026<br />

113.383<br />

108.165<br />

104.584<br />

87.798<br />

86.409<br />

67.924<br />

63.188<br />

49.899<br />

37.449<br />

33.089<br />

16.695<br />

12.995<br />

11.084<br />

9.534<br />

|18


Maternidade<br />

O dilema das mulheres entre o relógio<br />

biológico e a vida social. O corpo pede,<br />

para o bem da mãe e do bebê, que a<br />

gravidez aconteça quando a mulher<br />

ainda é jovem, de preferência até<br />

os 35 anos.<br />

CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />

19|


Crédito: https://gauchazh.clicrbs.com.br<br />

As exigências da biologia e as<br />

pressões da vida em sociedade têm<br />

um pendor ancestral para entrar em<br />

conflito, e uma das arenas onde esse<br />

confronto se desenrola com maior frequência<br />

e angústia, nos dias atuais, é<br />

a maternidade. O corpo pede, para o<br />

bem da mãe e do bebê, que a gravidez<br />

aconteça quando a mulher ainda é jovem,<br />

de preferência até os 35 anos.<br />

O sistema social colabora cada vez<br />

menos para isso: terminam-se os estudos<br />

mais tarde, é preciso fazer aquele<br />

estágio ou intercâmbio no exterior,<br />

há que engrenar a carreira primeiro,<br />

os casamentos se tornam tardios. Se<br />

em um passado não muito distante a<br />

preocupação das mulheres costumava<br />

ser não engravidar com idade precoce,<br />

atualmente o que tira o sono de muitas<br />

é não deixar para ser mãe muito tarde<br />

– ou mesmo tarde demais.<br />

|20


21|


Existe uma discussão sobre<br />

qual a melhor idade para<br />

engravidar, do ponto de<br />

vista biológico<br />

Esse é o dilema. A mulher vive entre<br />

a ânsia de alcançar metas e ambições,<br />

por um lado e o tique-taque<br />

ensurdecedor do que parece ser uma<br />

contagem regressiva. Como de hábito,<br />

quando a biologia e a vida social<br />

entram em conflito, a última parece<br />

estar levando vantagem. As estatísticas<br />

apontam que as brasileiras esperam<br />

cada vez mais para ter filhos.<br />

Conforme o Instituto Brasileiro de<br />

Geografia e Estatística (IBGE), 30,9%<br />

dos nascimentos concentravam-se<br />

em mães de 20 a 24 anos em 2005.<br />

Dez anos depois, o percentual nessa<br />

faixa etária recuou para 25,1%. Enquanto<br />

isso, na faixa dos 30 aos 39<br />

anos, o índice pulou de 22,5% para<br />

30,8%. Um outro levantamento, publicado<br />

em 2014, apontou que, entre as<br />

mulheres mais instruídas, com 12 ou<br />

mais anos de estudo, quase metade<br />

só tinha o primeiro filho após os 30<br />

anos.<br />

A questão que atormenta muitas<br />

mulheres – e seus companheiros, naturalmente<br />

– é até quando postergar<br />

sem que se coloque em risco o sonho<br />

de ter uma criança e de que ela seja<br />

perfeitamente saudável.<br />

— Existe uma discussão sobre<br />

qual a melhor idade para engravidar,<br />

do ponto de vista biológico. Não é<br />

comprovado, mas seria entre os 24<br />

e os 27 anos. O que acontece é que,<br />

quanto mais a paciente quer desenvolver<br />

a sua carreira, mais ela vai levando<br />

para cima essa idade e mais<br />

vão aparecendo dificuldades. O que<br />

vemos hoje é um grupo grande que<br />

permanece tendo filhos antes dos 20<br />

anos, daí o pessoal se cuida muito<br />

dos 20 aos 35 e depois disso começa<br />

a crescer de novo. Quando a paciente<br />

chega lá pelos 34, 35 anos, já começo<br />

a dizer a ela: “Tu tens de dar uma<br />

pensada do que vai fazer da tua vida”.<br />

A partir dos 37, 38 anos, já começa a<br />

ter mais dificuldades e fica mais difícil<br />

e arriscado, afirma José Geraldo Ramos,<br />

professor titular de ginecologia<br />

e obstetrícia da Universidade Federal<br />

do Rio Grande do Sul (UFRGS).<br />

Os problemas são de várias ordens.<br />

Um deles tem a ver com a perda<br />

de fertilidade. Até os 30 anos, a<br />

chance de uma mulher engravidar no<br />

mês, se estiver tentando, é de 25%.<br />

Depois dos 40 anos, o índice cai para<br />

apenas 10%. Eduardo Passos, ex-<br />

-presidente da Sociedade Brasileira<br />

de Reprodução Assistida, explica que<br />

isso ocorre porque, nessa idade, 80%<br />

|22


dos embriões são anormais do ponto<br />

de vista genético, o que acontece<br />

por causa da idade do óvulo. Como<br />

consequência, a gestação não vinga.<br />

AS COMPLICAÇÕES<br />

Nos casos em que a mulher consegue<br />

engravidar, surge um outro problema,<br />

o dos riscos para a saúde do<br />

feto. Em mulheres mais maduras, há<br />

mais chance de que a criança tenha<br />

uma série de doenças genéticas. A<br />

mais comum é a síndrome de Down.<br />

No caso de uma mulher de 25 anos,<br />

a probabilidade de um bebê nascer<br />

com Down é de uma em mil. Se essa<br />

mesma mulher engravidar aos 45, a<br />

chance é de uma em 30.<br />

“Se não gesta antes de determinada<br />

idade, a mulher arrisca não<br />

conseguir engravidar, demorar mais<br />

para engravidar e ter mais alterações<br />

cromossômicas nos seus embriões”.<br />

Esse é o resumo diz Passos.<br />

Uma terceira dificuldade<br />

diz respeito à<br />

própria saúde da paciente.<br />

Na faixa dos 40<br />

anos, variadas doenças,<br />

como hipertensão<br />

arterial ou diabetes, tornam-se<br />

mais frequentes,<br />

o que é um complicador<br />

para a gestação.<br />

Ela também teve mais<br />

tempo de exposição a<br />

relações sexuais. Caso<br />

não tenha se protegido<br />

adequadamente ao<br />

longo da vida, é mais provável ter adquirido<br />

alguma DST que levou a uma<br />

doença inflamatória pélvica, uma das<br />

principais causas de infertilidade.<br />

“A recomendação que estamos<br />

dando é que tenham os bebês antes<br />

dos 37 anos porque, se houver algum<br />

problema, ainda dá para tentar ajudar”<br />

aconselha o gaúcho José Geraldo<br />

Ramos.<br />

Há casos em que as mulheres fazem a opção de uma<br />

gravidez mais tardia<br />

Hoje em dia as clínicas de reprodução<br />

assistida podem ser indicadas,<br />

pois existe uma ilusão comum entre<br />

as mulheres que decidem deixar para<br />

mais tarde a maternidade: muitas se<br />

confortam com a ideia de que, em<br />

caso de dificuldade para engravidar<br />

por causa da idade, poderão recorrer<br />

a alguma clínica de reprodução<br />

assistida.<br />

23|


O ideal é<br />

a pessoa se<br />

organizar para<br />

engravidar ali<br />

entre seus 25,<br />

30, 34 anos<br />

“<br />

“<br />

JAQUELINE LUBIANCA<br />

Professora da UFRGS<br />

A professora de ginecologia da<br />

UFRGS Jaqueline Lubianca, coordenadora<br />

do ambulatório de planejamento<br />

familiar do Hospital de Clínicas de<br />

Porto Alegre, desmonta esse engano.<br />

As técnicas utilizadas, ressalta ela,<br />

são para mulheres com problemas<br />

de fertilidade, não para aquelas que<br />

têm menos chance de engravidar por<br />

causa da idade:<br />

— É importante saber que as técnicas<br />

de reprodução assistida não<br />

servem para melhorar a fecundidade<br />

de uma paciente que não tenha<br />

infertilidade. As pessoas estão pensando<br />

assim: “Quando eu chegar aos<br />

40 anos, faço uma fertilização in vitro<br />

e vou engravidar”. Não, não é assim.<br />

Porque os óvulos acompanham a idade<br />

e todos os resultados da fertilização<br />

também diminuem, a eficácia é<br />

menor em mulheres mais velhas. E se<br />

essa mulher ainda tiver um problema<br />

de fertilidade, aí soma as duas coisas,<br />

ficando ainda mais difícil.<br />

Um caso clássico para uma clínica<br />

de reprodução assistida, exemplifica<br />

Jaqueline, seria uma paciente de 25<br />

anos que não consegue engravidar<br />

por causa de uma endometriose severa<br />

ou de dano tubário decorrente de<br />

doença inflamatória. Numa situação<br />

assim, coletam-se os óvulos dela, jovens<br />

e saudáveis, faz-se a fertilização<br />

in vitro e depois transfere-se o embrião<br />

para dentro do útero. Caso os<br />

óvulos sejam mais velhos, no entanto,<br />

as chances de sucesso reduzem-se.<br />

— O ideal é a mulher se organizar<br />

para engravidar ali entre seus 25,<br />

30, 34 anos. Não deixar para tentar<br />

o primeiro filho depois dos 35 anos,<br />

porque aí já caiu a fecundidade, que<br />

é a taxa de gestação a cada mês. Isso<br />

é também um papel do ginecologista,<br />

pois a cada consulta, observando a<br />

idade da paciente, a situação emocional,<br />

o fato de estar com parceiro, com<br />

uma vida afetiva organizada, pode<br />

alertá-la, porque frequentemente não<br />

foi chamada a atenção dela, pois ela<br />

estava tocando a vida e aí passa o<br />

tempo da maternidade. Tem de cuidar<br />

para não perder esse timing. Chegar<br />

|24


lá aos 42 anos e ter vontade, mas aí<br />

descobrir que já passou o tempo biológico,<br />

que aumentam muito os riscos<br />

de um bebê malformado que ela não<br />

quer e não tem como administrar —<br />

pondera Jaqueline.<br />

Uma outra ilusão, observa a professora,<br />

pode ser adiar a gravidez<br />

pensando que chegará um momento<br />

em que a vida estará mais organizada<br />

e tranquila, com condições ideais<br />

para acolher um filho. Pode ser que<br />

o tempo passe e esse momento perfeito<br />

nunca chegue.<br />

— A gente não pode ter tudo, nem<br />

tudo ao mesmo tempo. Qual é o melhor<br />

momento para gestar? É quando<br />

a mulher está saudável, preparada e<br />

num relacionamento emocional estável<br />

com uma pessoa que possa ser<br />

um bom pai. Esse é o melhor momento<br />

— acredita a especialista.<br />

25|


Estudo confirma: filhos de mães<br />

dinâmicas são mais ativos<br />

Um estudo feito com 500 mães inglesas comprova que quanto mais disposta e dinâmica é<br />

a mãe, maior a probabilidade da criança também ser fisicamente ativa.<br />

Ao contrário do que muitas<br />

pessoas imaginavam, a<br />

criança não é naturalmente<br />

“bem disposta” a praticar<br />

atividades físicas. Ela<br />

possui muita energia para<br />

gastar e gosta desse tipo<br />

de exercício, mas os pais<br />

têm papel fundamental na<br />

hora de desenvolver nos<br />

filhos esse tipo de desejo<br />

por atividades saudáveis e<br />

dinâmicas.<br />

Portanto, é super importante<br />

suscitar nos pequenos,<br />

hábitos saudáveis desde<br />

cedo. Quer saber como?<br />

MEXA-SE<br />

|26<br />

O estudo foi feito com<br />

mais de quinhentas mulheres,<br />

que utilizaram aparelhos<br />

para monitorar o coração<br />

durante suas atividades<br />

físicas e também em casa,<br />

dormindo ou então realizando<br />

afazeres domésticos.<br />

Chegou-se à conclusão de<br />

que quanto maior o nível de<br />

atividades da mãe, menos<br />

sedentarismo seu filho apresentava.<br />

A proporção final é<br />

de 10 minutos de sedentarismo<br />

infantil a cada hora de<br />

sedentarismo da mãe. Parece<br />

pouco, mas em meses e<br />

em um ano, acaba se tornando um<br />

longo tempo ocioso e sem realização<br />

de atividades.<br />

O estudo também reconhece<br />

que uma vez que se tornou mãe, a<br />

mulher pode não voltar a realizar os<br />

exercícios que fazia antes da gravidez.<br />

Algumas mulheres, inclusive, ficam<br />

em casa para cuidar dos filhos<br />

Crédito: http://nadafragil.com.br<br />

durante um período, fazendo com<br />

que adiem (ou abandonem) seu retorno<br />

ao trabalho fora. Esta falta de<br />

atividade poderia afetar também os<br />

filhos.<br />

Com as várias coisas novas a se<br />

fazer depois da chegada do filho, é<br />

normal que atividades físicas sejam<br />

deixadas de lado.<br />

“<br />

quanto maior o<br />

nível de atividades<br />

da mãe, menos<br />

sedentarismo seu<br />

filho apresentava.<br />


27|


Estudos apontam as várias formas em que as famílias podem contribuir decisivamente<br />

com o desenvolvimento do filho<br />

Nesse caso, vale a pena investir<br />

em atividades em casa mesmo, estimulando<br />

também as crianças.<br />

Existem várias possibilidades de<br />

estimular a coordenação motora das<br />

crianças, como a natação com os filhos<br />

(algumas escolinhas permitem<br />

que a atividade seja feita com crianças<br />

menores de um ano, inclusive,<br />

com acompanhamento de um adulto),<br />

passear no parque (com carrinho<br />

de bebê ou bicicletas, para crianças<br />

maiores) e até mesmo jogos que exi-<br />

gem movimentos do corpo (alguns<br />

tapetes de atividades, por exemplo)<br />

em casa mesmo, podem ser uma boa<br />

saída na hora de se mexer e estimular<br />

o desenvolvimento do seu filho.<br />

Vale ressaltar que uma alimentação<br />

saudável, o consumo de frutas e<br />

legumes e também de bastante água<br />

devem ser um costume na família,<br />

fazendo com que a criança assimile<br />

os sabores desses alimentos desde<br />

cedo e insira-os definitivamente em<br />

sua dieta.<br />

|28


29|


Fachada da Beneficência Portuguesa terá sua arquitetura totalmente preservada<br />

SAÚDE<br />

São Franciso vai retomar serviços na<br />

Beneficência Portuguesa em agosto<br />

Um dos mais tradicionais<br />

hospitais do interior já está<br />

sendo reformado e terá o<br />

nome de São Franscico.<br />

O grupo São Francisco que inicialmente<br />

adquiriu o plano de saúde<br />

BENEM<strong>ED</strong> e algum tempo depois o<br />

prédio da Beneficência Portuguesa<br />

por R$ 23,3 milhões, já anunciou que<br />

até janeiro de 2019 estará com todo<br />

projeto de readequação e reforma,<br />

devidamente concluído. A empresa<br />

considerada uma das maiores do país<br />

em seu ramo de atividade – operadora<br />

de saúde – já iniciou a reestruturação<br />

do hospital na região central da<br />

cidade no começo de março, como<br />

havia garantido em nota enviada à<br />

revista, visando tranquilizar os usuários<br />

do seu plano, sem ferir as normas<br />

que regulamentam o tombamento do<br />

prédio.<br />

Toda área da antiga Beneficência<br />

Portuguesa foi adquirida pelo grupo<br />

São Francisco em 16 de maio do ano<br />

passado, último dia de um leilão judicial<br />

no Fórum Trabalhista de Ribeirão<br />

Preto. O imóvel, avaliado em R$ 38<br />

milhões, foi arrematado pelo valor<br />

mínimo de R$ 23,3 milhões.<br />

O lance, de acordo com informa-<br />

ções da época, foi dado diretamente<br />

ao juiz responsável pelo caso. O<br />

dinheiro da venda seria usado para<br />

quitar dívidas do hospital com ex-funcionários,<br />

que ficaram sem receber<br />

todos os direitos trabalhistas quando<br />

foram demitidos. Isso realmente vem<br />

acontecendo.<br />

O HOSPITAL<br />

A Beneficência fundada por um<br />

grupo de emigrantes portugueses<br />

residentes em Araraquara na segunda<br />

década de 1900, suspendeu os<br />

atendimentos em janeiro do ano passado<br />

por causa da falta de pacientes.<br />

Como não entrava dinheiro no caixa,<br />

as dívidas se acumularam e chegaram<br />

a mais de R$ 70 milhões.<br />

O grupo empresarial Gestal chegou<br />

a anunciar que assumiria as pendências<br />

financeiras para retomar as<br />

atividades e contratar 350 profissionais.<br />

O leilão, contudo, aconteceu e<br />

o assunto passou a ser discutido na<br />

Justiça. Com a garantia de que poderia<br />

assumir o prédio, o São Francisco<br />

iniciou as reforças.<br />

A respeito do prédio ainda, o São<br />

Francisco Saúde diz que sendo empresa<br />

de saúde, segmento que possui<br />

regulação específica e rigorosa, a implementação<br />

de novo projeto envolve<br />

uma série de cuidados - não é diferente<br />

neste caso. Isso precisava ser feito<br />

pela própria deterioração do prédio,<br />

sem uso desde o início de 2017.<br />

O local em questão é tombado<br />

pelo patrimônio histórico, além de ser<br />

um prédio antigo, com a necessidade<br />

de atualização da infraestrutura. Estes<br />

são alguns dos fatores exigidos<br />

e um planejamento mais detalhado,<br />

além da avaliação de autoridades<br />

regulatórias, diz a nota do São Francisco.<br />

As obras tiveram início em meados<br />

de março, com previsão de abertura<br />

gradual, da seguinte forma: atendimento<br />

ambulatorial com parte do<br />

suporte diagnóstico, internação, centro<br />

cirúrgico e algumas áreas de apoio<br />

indireto ao paciente, ambos com<br />

previsão até setembro ou um pouco<br />

antes (provavelmente no aniversário<br />

de Araraquara). A efetiva conclusão<br />

da obra, com ampliação das áreas de<br />

internação e implementação total do<br />

setor diagnóstico, está prevista para<br />

janeiro de 2019.<br />

“É importante salientar que, para<br />

atender todas as regras e oferecer o<br />

melhor aos moradores da cidade e<br />

região, os investimentos na unidade<br />

irão ultrapassar os R$ 50 milhões até<br />

o final do projeto”, conclui a nota.<br />

Movimentação de operários,<br />

máquinas e caminhões no<br />

acesso pela Rua Padre Duarte<br />

|30


13 DE <strong>MAIO</strong><br />

Dia das Mães promete um aumento de 3%<br />

nas vendas do comércio de Araraquara<br />

Antônio Deliza Neto,<br />

presidente do Sincomercio,<br />

considera a projeção<br />

modesta, porém positiva;<br />

marca pode apontar uma<br />

pequena recuperação da<br />

economia brasileira.<br />

Depois do Natal, é o Dia das<br />

Mães a data mais significativa para<br />

o comércio de produtos e serviços<br />

no mercado brasileiro. Embora seja<br />

bem específica e direcionada, a data<br />

aquece diferentes setores de consumo.<br />

Comemorado este ano em<br />

13 de maio, o dia promete assinalar<br />

Principal corredor comercial de Araraquara, a Rua Nove de Julho, tem boas opções de compra<br />

Toninho<br />

Deliza<br />

um crescimento de 3% no movimento<br />

das vendas em relação ao ano<br />

passado.<br />

Segundo Antônio Deliza Neto, presidente<br />

do Sincomercio, a marca deve<br />

seguir a estimativa computada com a<br />

Páscoa, isto é, uma porcentagem pequena,<br />

porém que mostra um pequeno<br />

respiro, uma perspectiva positiva<br />

de que a crise econômica brasileira<br />

começa a ganhar novos rumos.<br />

“É uma estimativa modesta, mas<br />

com muito valor. Na verdade, este ano<br />

é bem peculiar, com Copa do Mundo<br />

e eleições federais. Inclusive esse futuro<br />

incerto da política brasileira continua<br />

sendo um grande empecilho. As<br />

pessoas continuam inseguras, tanto<br />

quem consome, tanto quem investe”,<br />

afirma.<br />

Lojas de confecções, presentes<br />

em geral, flores e acessórios devem<br />

ser as mais procuradas pelas pessoas.<br />

“Dia das Mães carrega uma<br />

forte carga emocional e todo mundo<br />

faz um esforço para comprar alguma<br />

lembrancinha. Levar a mãe para<br />

jantar também é bacana e fortalece<br />

a gastronomia. Boas opções não faltam<br />

em Araraquara. Aproveite o que<br />

nosso o comércio tem a oferecer”,<br />

finaliza Antônio Deliza Neto.<br />

31|


|32


33|


DIA DE VISITA<br />

EM NOSSA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

LINEU CARLOS DE ASSIS<br />

FATOS & FOTOS<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

MUSEU VOLUNTÁRIOS SOFRE DEPR<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

Que vergonha. Esta é a fachada<br />

do Museu Voluntários da Pátria,<br />

que fica na Praça de Toledo. Os<br />

responsáveis por essas pichações,<br />

além de depredarem o patrimônio<br />

público, ainda desfilam palavras<br />

de ódio e violência, relacionando<br />

o discurso a um candidato a<br />

presidência do Brasil. Não cabe<br />

a nós pontuar se tal alusão é<br />

falsa ou verdadeira. O fato é que<br />

vivemos uma realidade na qual<br />

o respeito se perdeu. Alguns se<br />

escondem atrás de uma bandeira<br />

política para externar toda a sua<br />

raiva. Nunca se viu um cenário<br />

tão caótico nos últimos anos.<br />

Uma pena.<br />

O publicitário Lineu Carlos de Assis,<br />

proprietário da WL, passou por aqui.<br />

Sua agência tornou-se referência na<br />

organização de feirões de carros no<br />

interior paulista, o que demonstra<br />

capacidade, ética e acentuada<br />

responsabilidade em organizar os<br />

eventos. Na política, Lineu deixou o<br />

PSDB e agora está no Partido Novo que<br />

vem se estruturando em todo o país.<br />

NENO PIVETA<br />

SUBINDO<br />

Por iniciativa do<br />

subtenente Cleitor<br />

Almeida Paiva, do<br />

1º sargento Oséias<br />

Guedes da Silva e do<br />

agente administrativo<br />

Eduardo Barbosa,<br />

o Tiro de Guerra<br />

(TG) colabora com o<br />

Hemonúcleo Regional<br />

de Araraquara<br />

incentivando os<br />

atiradores à doação<br />

de sangue. No<br />

último mês, cerca<br />

de 15 atiradores<br />

compareceram ao<br />

Hemonúcleo da<br />

Unesp. Parabéns.<br />

DESCENDO<br />

No Jardim<br />

Residencial Itália,<br />

quatro quarteirões<br />

estão praticamente<br />

intransitáveis, com o<br />

asfalto transformado<br />

em farelo de<br />

pedregulhos. O<br />

problema atinge<br />

toda a extensão<br />

da Avenida Luis de<br />

Oliveira Formariz<br />

e prossegue nos<br />

cruzamentos com<br />

as ruas Manoel<br />

de Oliveira e Silva<br />

e Professora Eliza<br />

Artioli.<br />

Que vergonha, hein.<br />

Homenagem<br />

Em comemoração ao Dia<br />

Municipal do Jornalista<br />

(7 de abril), a TV Câmara<br />

levou ao ar, na sexta-feira<br />

(6), um programa especial<br />

com profissionais da área.<br />

A lei que instituiu a data no<br />

Calendário Oficial do Município<br />

é de autoria do vereador Elias<br />

Chediek, que participou do<br />

debate, juntamente com os<br />

jovens jornalistas, Claudio<br />

Dias, Celso Gallo e Jhonatan<br />

Mazini, mediada pelo jornalista<br />

da casa, Wagner Luiz. Os<br />

jornalistas contaram como se<br />

decidiram pela profissão e<br />

histórias que marcaram suas<br />

carreiras até o momento.<br />

Neno Piveta veio contar suas proezas<br />

como jogador de futebol - atuação nos<br />

clubes amadores de Araraquara - e<br />

hoje um notável jogador de bocha,<br />

participando dos campeonatos internos<br />

do Clube Araraquarense e até mesmo<br />

da seleção de Araraquara. Tornou-se<br />

um grande amigo da casa.<br />

Professor profere palestra em Fórum na Bahia<br />

Professor Leandro, da<br />

UNESP Araraquara<br />

O Professor Leandro Pereira Morais do Departamento de<br />

Economia da FCL/CAr (UNESP Araraquara), participou do<br />

Fórum Social Mundial, realizado em Salvador, no Brasil.<br />

A contribuição do professor foi dada como palestrante<br />

da mesa: Vulnerabilidade Social, Economia Solidária,<br />

Potencialidades e Estratégia de Inclusão Socioeconômica,<br />

ocorrida em 15 de março na Universidade Federal da<br />

Bahia. Este debate estava inserido no contexto do Fórum<br />

Social Mundial nas discussões do Eixo de Democratização<br />

da Economia. Leandro em 2017 havia participado de 4<br />

eventos na Universidade Nacional de Seul durante a 8ª<br />

Academia Internacional de Economia Social e Solidária,<br />

realizada pela Organização Internacional do Trabalho, da<br />

ONU, proferindo palestra no “Asia Policy Dialogue Final<br />

Updates”, com colocações sobre o caso brasileiro.<br />

|34


FRASE<br />

‘Ela foi romper o<br />

relacionamento,<br />

ele não queria.<br />

Eles discutiram<br />

Meirilene de Castro<br />

e no quarto,<br />

ele esfaqueou. A mãe do agressor<br />

tentou de todas as formas impedir, mas<br />

infelizmente não conseguiu. Foi um<br />

crime de extrema violência, bárbaro e,<br />

apesar da experiência que temos nesta<br />

delegacia, é um crime que choca’.<br />

Declaração da delegada Meirilene de<br />

Castro, da Delegacia de Defesa da<br />

Mulher (DDM) sobre o brutal assassinato de<br />

Camila Lourenço, de 32 anos. O assassino<br />

foi o ex-companheiro Antônio Marcos<br />

Bueno, de 35. Bueno já foi preso pela Lei<br />

Maria da Penha em São Paulo quando se<br />

relacionava com outra pessoa.<br />

Novo acordo<br />

Com a parceria entre Unimed Araraquara<br />

e Sismar, os servidores municipais de<br />

Araraquara e de toda a região atendida<br />

pelo Sismar, podem contratar plano de<br />

saúde da Unimed pelo sindicato. Serão<br />

comercializados dois planos diferentes, um<br />

deles, similar ao plano que os servidores<br />

de Araraquara tinham antes do corte, com<br />

coparticipação a partir da 4ª consulta,<br />

a partir do 3º exame de baixo custo e<br />

do 2º de alto custo e sem limites para<br />

internação. Unimed e São Francisco<br />

disputam na Justiça o contrato de plano<br />

de saúde dos servidores pela Prefeitura<br />

de Araraquara. A São Francisco venceu<br />

a licitação, mas a Unimed entrou com<br />

recurso e a licitação está parada até que<br />

uma decisão judicial seja tomada.<br />

Jardim dos Sentidos<br />

O curso de Engenharia Agronômica da<br />

Universidade de Araraquara – Uniara<br />

desenvolve o projeto “Jardim dos<br />

Sentidos”, realizado na instituição, em sua<br />

Fazenda-Escola e em escolas do município<br />

e da região. A atividade é dirigida pela<br />

professora Anaira Denise Caramelo.<br />

35|


QUALIDADE COMPROVADA<br />

Nós em Cena, Quintal do Carmo e Ana<br />

Alimentação estão certificados pelo PAS<br />

Com apoio do Sebrae e Senac, o Programa Alimentos Seguros visa a melhoria da qualidade e<br />

da segurança dos alimentos, além da adequação dos estabelecimentos às exigências do setor.<br />

Não importa o tamanho da empresa.<br />

Se ela atua no mercado de<br />

serviços de alimentação, a segurança<br />

para o consumo é prioridade. Para<br />

obter sucesso nesta tarefa, existem<br />

diversas normas técnicas a serem<br />

cumpridas.<br />

Tais procedimentos podem ser<br />

encontrados no Programa Alimentos<br />

Seguros (PAS), que o Serviço Brasileiro<br />

de Apoio as Micro e Pequenas<br />

Empresas (Sebrae), em parceria com<br />

o Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Comercial (Senac), oferece em Araraquara.<br />

Participando do PAS, as empresas<br />

do setor são conscientizadas e capacitadas<br />

a atenderem todos os serviços<br />

ligados ao universo da alimentação,<br />

aos requisitos de boas práticas<br />

higiênicas e sanitárias, passando<br />

pela infraestrutura da empresa, controles<br />

operacionais essenciais e até<br />

registros trabalhistas.<br />

A recompensa para os empreendedores<br />

que enxergam essa necessidade<br />

é a certificação concedida pela<br />

Equipe do Nós Em Cena<br />

Associação Brasileira de Normas Técnicas<br />

(ABNT), além do reconhecimento<br />

dos clientes, que têm a garantia de<br />

receber produtos de qualidade, livres<br />

de contaminações.<br />

Entre alguns resultados obtidos<br />

pelos empresários qualificados estão:<br />

maior produtividade e competitividade<br />

para as empresas; alimentos<br />

Ana Barrella, da Ana Alimentação, que trabalha com refeições transportadas há decadas<br />

seguros para o consumidor, ampliação<br />

de mercado, atendimento total<br />

à legislação e capacitação plena de<br />

técnicas de higiene na manipulação<br />

de alimentos.<br />

A GRANDE CONQUISTA<br />

Em Araraquara, três estabelecimentos<br />

estão recém certificados pelo<br />

PAS: Nós em Cena, Quintal do Carmo<br />

e Ana Alimentação. Os três participam<br />

do programa desde outubro do ano<br />

passando por todas as etapas e fiscalizações.<br />

“Não basta apenas produzir sabores<br />

agradáveis. Nossa responsabilidade<br />

é muito maior. Receber o<br />

certificado do PAS é um investimento<br />

na segurança e confiabilidade dos<br />

clientes. Essa capacitação previne<br />

riscos. Todos que frequentam o Nós<br />

em Cena podem ficar tranquilos que<br />

estamos dentro de todas as normas<br />

que a legislação do setor pede, do<br />

universo alimentício até o trabalhista”,<br />

diz a proprietária Luciana<br />

Capuzzo.<br />

|36


SERVIÇOS<br />

(16) 3357 4049<br />

Av. Rodrigo Fernando Grillo, 515<br />

Willian Ebúrneo, do Quintal do Carmo<br />

Willian Ebúrneo, do Quintal do<br />

Carmo, completa o discurso de Luciana.<br />

“Receber esse selo é um diferencial<br />

para qualquer empresa.<br />

Passamos por avaliações extremamente<br />

criteriosas para chegar ao<br />

fim do programa. Essa segurança é<br />

muito importante”, reafirma.<br />

Atuante no mercado há praticamente<br />

30 anos, Ana Luisa Barella,<br />

da Ana Alimentação, nos conta que a<br />

capacitação também funciona como<br />

uma atualização de todas as legislações<br />

vigentes. “Sempre tem alguma<br />

situação nova para aprendermos ou<br />

mesmo prestarmos mais atenção. Os<br />

empresários do ramo deveriam participar<br />

deste programa. Essa conscientização<br />

é boa para todo mundo:<br />

funcionários, clientes, empreendedores<br />

e principalmente para a cidade,<br />

finaliza Ana Luisa.<br />

(16) 3337 3773<br />

Avenida Vaz Filho, 2110<br />

(16) 3322-0409<br />

Rua João Gurgel, 1368<br />

37|


DE BEM COM A MASSA<br />

Marcada para junho, final da Copa Brasileira de<br />

Pizzarias terá dois representantes de Araraquara<br />

Alecrim e Galli são as<br />

pizzarias classificadas da<br />

cidade na Etapa do Interior<br />

de São Paulo, realizada com<br />

apoio do SinHoRes; Pizza<br />

Mania, de São Caetano do Sul,<br />

ficou com a maior pontuação.<br />

O anfitrião do evento, Chef Ronaldo<br />

Ayres, com José Carlos Pascoal<br />

Cardozo, presidente do SinHoRes<br />

Um dos pratos preferidos do brasileiro<br />

ganhou destaque em Araraquara<br />

com a inédita realização da Etapa Interior<br />

de São Paulo da Copa Brasileira<br />

de Pizzarias, que foi realizado no Centro<br />

de Convenções Dr Nelson Barbieri<br />

(CEAR) no dia 23 de abril sob o tema<br />

“Sabores Regionais e Brasileiros”.<br />

Participaram gratuitamente do<br />

concurso 18 pizzaiolos, sendo apenas<br />

seis deles de outras cidades. Cada<br />

um teve 20 minutos para montar sua<br />

receita. Assim, apenas seis pizzarias<br />

foram selecionadas. São elas: Pizza<br />

Hit’s (Palmital/SP – 452 pontos),<br />

Galli Pizzaria (Araraquara/SP – 452<br />

pontos), Villa Pizza (Joanópolis/SP<br />

– 453 pontos), Palladari´s Pizzaria<br />

(Hortolândia/SP – 459 pontos), Alecrim<br />

(Araraquara/SP – 466 pontos)<br />

e Pizza Mania (São Caetano do Sul/<br />

SP – 467 pontos).<br />

Agora, todos participam da grande<br />

final, marcada para ocorrer entre os<br />

dias 12 e 15 de junho, durante a FIS-<br />

PAL <strong>2018</strong> no Expo Center Norte, em<br />

São Paulo, capital, onde juntam-se os<br />

vencedores de todas as etapas nacionais<br />

do campeonato. Com grande<br />

expectativa de público.<br />

Formado por André Lota, Carlos<br />

Aguiar, Najla Cardozo, Leninha Saba<br />

e Valmor Friedrich, o júri avaliou a<br />

apresentação pessoal do candidato,<br />

a organização da mesa de trabalho,<br />

a habilidade do pizzaiolo, a abertura<br />

da massa, o aspecto final da pizza, a<br />

criatividade, o corte, o aroma e o sabor.<br />

“Com atividades do tipo, visamos<br />

Pizzaiolos das pizzarias<br />

premiadas na seletiva: Gil<br />

Cattani - Alecrim (Araraquara),<br />

Luceli Nascimento e Fábio Damas<br />

- Pizza Mania (São Caetano do<br />

Sul), Marcelo Morales - Galli<br />

Pizzaria (Araraquara), Fernando<br />

Tavares - Villa Pizza (Joanópolis),<br />

Elton Castro - Palladari´s<br />

(Hortolândia) e Pizza Hit’s<br />

(Palmital).<br />

melhorar a qualidade de trabalho de<br />

nossos empresários, no caso aqueles<br />

que trabalham com pizzarias. É uma<br />

ótima oportunidade de capacitação<br />

para eles, fora a aproximação com outros<br />

profissionais do setor”, analisa<br />

o presidente do SinHoRes (Sindicato<br />

dos Hotéis, Restaurantes Bares e<br />

Similares), José Carlos Pascoal Car-<br />

Gustavo Cardamoni,<br />

diretor vice-presidente<br />

da Pizzaria Unidas,<br />

chef Ronaldo Ayres,<br />

a dupla vencedora,<br />

Luceli Nascimento e<br />

Fábio Damas, da Pizza<br />

Mania, José Cardozo,<br />

do SinHoRes e Valmor<br />

Friedrich, diretor<br />

financeiro da Pizzaria<br />

Unidas<br />

dozo. A Copa Brasileira de Pizzarias<br />

é desenvolvida pelo CTP – Centro<br />

Tecnológico de Desenvolvimento de<br />

Pizzas e Massas no Brasil Ltda, tendo<br />

como responsável o Chef Ronaldo<br />

Ayres, o Sr Pizza, em parceria com a<br />

feira Fispal Food Service. Em Araraquara,<br />

o evento contou com o apoio<br />

do SinHoRes.<br />

|38


Ainda no dia 23, no período da manhã,<br />

o chef Ronaldo Ayres ministrou<br />

um workshop especial para pizzaiolos<br />

e empresários da cidade. Na atividade,<br />

ele abordou temas como higiene e<br />

manipulação de alimentos, influência<br />

da temperatura, organização e transformação<br />

de matéria-prima, desperdício<br />

no laboratório, otimização da<br />

tecnologia, fermentação, massas e<br />

equilíbrio das coberturas. “Esse evento<br />

é uma grande oportunidade para<br />

os profissionais da área observarem<br />

de perto as novas tendências no preparo<br />

da pizza. Já passamos por outros<br />

Estados e estamos felizes com essa<br />

realização no interior de São Paulo”,<br />

finaliza o chef Ronaldo Ayres, da organização<br />

do evento.<br />

A comissão julgadora formada por André Lota, Carlos Aguiar, Najla Cardozo,<br />

Leninha Saba e Valmor Friedrich teve a difícil missão de selecionar as receitas<br />

DIDÁTICO<br />

Público durante o workshop realizado por Ronaldo Ayres<br />

39|


MERCADO<br />

Araraquara<br />

perde 170<br />

postos de<br />

trabalho<br />

Só no setor de serviços<br />

mais de 120 vagas foram<br />

fechadas.<br />

Levantamento feito pelo Núcleo de<br />

Economia do Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Araraquara (Sincomercio),<br />

a partir de dados do Cadastro<br />

Geral de Empregados e Desempregados<br />

(Caged), revelou que a cidade de<br />

Araraquara registrou queda de 170<br />

postos de trabalho. O resultado contraria<br />

as expectativas de uma trajetória<br />

positiva de vagas de emprego para<br />

o ano. O único setor que apresentou<br />

Variação do<br />

número de<br />

postos de<br />

trabalho em<br />

março de<br />

<strong>2018</strong><br />

-170<br />

EMPREGO<br />

TOTAL<br />

-13<br />

INDÚSTRIA<br />

aumento nas contratações foi a Construção<br />

Civil. Apesar das dificuldades<br />

enfrentadas com a crise econômica,<br />

teve um bom desempenho em <strong>2018</strong>,<br />

com a criação de 90 postos de trabalho<br />

nesse primeiro trimestre. O<br />

quadro positivo demonstra uma recuperação<br />

na atividade econômica.<br />

Por outro lado, o setor de serviços registrou<br />

o fechamento de 123 vagas<br />

no mesmo período. “O aumento do<br />

desemprego ainda afeta diretamente<br />

o setor, uma vez que as famílias com<br />

o orçamento mais apertado acabam<br />

cortando gastos”, revela Délis Magalhães,<br />

economista do Sincomercio.<br />

Saldo de Movimentação<br />

5<br />

CONSTRUÇÃO<br />

CIVIL<br />

-20<br />

COMÉRCIO<br />

-123<br />

SERVIÇOS<br />

-19<br />

AGROPECUÁRIA<br />

Ainda para Délis, grande parte da<br />

queda está relacionada à instabilidade<br />

política e econômica que afeta a<br />

confiança do empresário araraquarense,<br />

que continua receoso e prefere<br />

evitar a contratação de novos<br />

funcionários.<br />

“O ano de <strong>2018</strong> ainda carrega<br />

muitas dúvidas sobre a evolução da<br />

atividade econômica e também sobre<br />

o cenário político, o que inibe os<br />

investimentos e mesmo o consumo.<br />

Apesar disso, os resultados em âmbito<br />

nacional têm apresentado melhora,<br />

mesmo que de forma mais lenta<br />

do que o esperado”, conclui.<br />

|40


ENTRETENIMENTO<br />

Oito TVs de 42 polegadas e um grande telão não vai deixar você perder nenhum lance<br />

Torcida Pé na Cova: assista o Brasil<br />

no ponto mais animado da cidade<br />

Chame os amigos e veja<br />

todas as partidas da nossa<br />

seleção; promoções, porções<br />

temáticas também estão<br />

no cardápio.<br />

Tradicional ponto de diversão e<br />

entretenimento da família araraquarense,<br />

o Boteco Pé na Cova começa a<br />

entrar em clima de Copa do Mundo prometendo<br />

muita festa e diversão. Com<br />

exclusividade, o proprietário Adriano<br />

Daltrini adiantou para a nossa reportagem,<br />

detalhes da mega estrutura que<br />

será disponibilizada para os clientes<br />

durante todos os jogos da seleção brasileira<br />

na competição.<br />

Participe da nossa torcida pé-quente<br />

Em todos os ambientes do Pé na<br />

Cova haverá TVs que dispõem de ótima<br />

resolução ligadas em todos os lances<br />

dos comandados de Tite. Entre<br />

os aparelhos, oito deles serão de 42<br />

polegadas. Também está previsto um<br />

telão em alta definição de 3m x 2m.<br />

“Estamos preparando petiscos<br />

temáticos dos países que disputam<br />

a Copa do Mundo e também faremos<br />

um bolão especial com muitos prêmios<br />

para nossos clientes. Vai ser bem<br />

bacana”, garante Daltrini, já entusiasmado<br />

com as ideias e sugestões que<br />

vão surgindo com a participação dos<br />

próprios clientes e torcedores.<br />

O Brasil estreia contra a Suíça no<br />

dia 17 de junho, um domingo, às 15<br />

horas. Na segunda rodada, os brasileiros<br />

encaram a Costa Rica no dia 22<br />

de junho, uma sexta-feira, às 9 horas.<br />

Depois, Brasil e Sérvia se enfrentam<br />

às 15 horas do dia 27 de junho, uma<br />

quarta-feira. Assim estará concluída a<br />

primeira fase e com a nossa seleção<br />

classificada.<br />

Acompanhe a nossa página no Facebook,<br />

sempre trazendo novidades<br />

Boteco Pé na Cova<br />

ESPECIAL<br />

SERVIÇO<br />

COPA DO MUNDO<br />

(16) 3461-4080<br />

Av. Brasil 1037 - Centro<br />

41|


A seleção Brasileira,<br />

tendo como técnico Tite,<br />

viaja para a Rússia com<br />

o bagagem cheia de<br />

esperança. Conquistar o<br />

hexacampeonato<br />

tornou-se uma obsessão do<br />

País após os resultados ruins<br />

obtidos em 2014, quando<br />

a Copa foi disputada no<br />

Brasil. Apostando em nomes<br />

como Neymar, Gabriel<br />

Jesus, Philippe Coutinho,<br />

Wiliam, entre outros jovens<br />

valores, os canários sonham<br />

em repetir campanhas<br />

históricas, como ocorreu em<br />

1958, 1962, 1970, 1994 e<br />

2002. Força, Brasil. Em sua<br />

chave o Brasil enfrentará<br />

Sérvia, Suiça e Costa Rica. A<br />

seleção brasileira ficará em<br />

Sochi (Swissôtel Resort Sochi<br />

Kamelia).<br />

|42


Eleito em votação aberta,<br />

com participação de mais<br />

de um milhão de pessoas,<br />

o lobo siberiano Zabivaka<br />

(ou “pequeno goleador”)<br />

ganhou o título de mascote<br />

da Copa do Mundo da<br />

Rússia <strong>2018</strong>. O vencedor<br />

duelava com um tigre e<br />

com um gato. Zabivaka<br />

recebeu 53% dos votos para<br />

ser o ganhador. O tigre<br />

ficou em segundo, com<br />

27%, enquanto o gato teve<br />

20%, terminando em último<br />

lugar. O personagem foi<br />

desenhado por Ekaterina<br />

Bocharova. País do gelo, da<br />

vodka, dos ursos polares e<br />

com 144,3 milhões, a Rússia<br />

organiza pela primeira vez,<br />

a maior competição de<br />

futebol do mundo.<br />

43|


COMÉRCIO<br />

Álbum e figurinhas da Copa do Mundo<br />

triplicam vendas em banca de jornal<br />

Intenso movimento impulsionou Claudomiro Pedroso a criar, em 2002, um espacinho<br />

especial para troca de figurinhas ao lado de seu estabelecimento, no Parque Infantil.<br />

O mercado do futebol mundial movimenta<br />

a economia global. Os gritos<br />

de gol geram milhões de dólares nos<br />

quatros canto do mundo. E quando<br />

chega a hora da maior competição do<br />

esporte começar, a Copa do Mundo,<br />

as cifras ganham valores ainda mais<br />

altos.<br />

Segundo recente pesquisa publicada<br />

pela Confederação Nacional do<br />

Comércio Bens, Serviços e Turismo<br />

(CNC), a Copa deste ano da Rússia<br />

deve movimentar mais R$ 1,5 bilhão<br />

no varejo brasileiro. E um dos setores<br />

que mais giram dinheiro junto aos<br />

amantes das quatro linhas aparece,<br />

justamente, de quatro em quatro<br />

anos: o famoso álbum de figurinhas.<br />

Neste ano, a Panini, empresa responsável<br />

pelo produto, colocou 681<br />

figurinhas à disposição dos torcedores<br />

que pretendem completá-lo, entre<br />

jogadores, seleções, estádios e escudos<br />

licenciados.<br />

Mas para o colecionador, é preciso<br />

separar uma boa grana para isso. O<br />

valor do pacotinho com cinco cromos<br />

aumentou de R$ 1 para R$ 2 em relação<br />

ao último Mundial, no Brasil,<br />

em 2014. Segundo a Panini, o preço<br />

subiu 100% por conta dos valores<br />

de licenciamento das federações e<br />

jogadores, além da desvalorização do<br />

dólar, o que forçou o reajuste.<br />

Mesmo assim, isso não afastou<br />

os fanáticos pelo colecionismo. A<br />

reportagem da Revista Comércio, Indústria<br />

e Agronegócio esteve no mais<br />

tradicional ponto de venda e troca de<br />

figurinhas da cidade, a banca localizada<br />

dentro do Parque Infantil, para conversar<br />

com o proprietário Claudomiro<br />

Pedroso, que dos seus 66 anos de<br />

vida, coleciona 26 deles trabalhando<br />

no local. Segundo ele, seu fluxo de<br />

Claudomiro, dono da Banca do Parque Infantil há 26 anos<br />

vendas simplesmente triplicou desde<br />

o início da comercialização dos álbuns<br />

e figurinhas, no mês de março.<br />

“Engana-se quem pensa que esta crise<br />

afastaria os fanáticos colecionadores.<br />

Ela em nada afetou. O movimento<br />

por aqui está bem legal, com intenso<br />

fluxo diário”, diz o comerciante que<br />

preferiu não revelar valores.<br />

Além das vendas dos pacotinhos,<br />

uma demanda que ganhou vida neste<br />

Mundial da Rússia é a compra do<br />

álbum completo. “Eu mesmo vou<br />

montando, o deixando completinho.<br />

Já tive algumas encomendas do tipo.<br />

Também vendo bastante o álbum de<br />

capa dura, que é mais caro, além da<br />

grande quantidade de pacotinhos. Já<br />

teve gente que fez encomenda de R$<br />

1 mil”, conta.<br />

O fisioterapeuta Felipe Masiero,<br />

30, é um desses amantes do colecionismo.<br />

Seu primeiro álbum foi da NBA<br />

temporada 1995-1996. “Meu pai chegou<br />

em casa e me deu de presente.<br />

Lembro como se fosse ontem colando<br />

as figurinhas e ficando impressionado<br />

com as cromadas, que tinham os símbolos<br />

das equipes”, recorda.<br />

O fisioterapeuta<br />

Felipe Masiero<br />

|44


A partir daí, Masiero tomou gosto.<br />

Da Copa do Mundo, seu primeiro<br />

álbum completo foi de 2006,<br />

quando a competição ocorreu na<br />

Alemanha. “Lembro bem que ficou<br />

faltando uma figurinha e era um jogador<br />

dos Estados Unidos. Um amigo<br />

pegou essa figurinha e me falou<br />

que a trocaria por cinco figurinhas<br />

minhas. Dei um bolo de figurinhas<br />

que tinha em troca da que faltava<br />

pra mim. Devia ter umas cinquenta”,<br />

conta o fisioterapeuta que já fechou<br />

seu álbum da Copa da Rússia <strong>2018</strong>.<br />

TROCANDO FIGURINHAS<br />

Aos fins de semana, o perímetro<br />

no qual a Banca do Parque Infantil<br />

está localizada, fica simplesmente<br />

lotado de crianças e adultos que<br />

querem trocar suas figurinhas repetidas.<br />

Para garantir mais conforto para<br />

o pessoal, Seo Claudomiro comprou<br />

mesas e cadeiras. Essa ideia começou<br />

em 2002, de maneira natural,<br />

durante a Copa do Mundo disputada<br />

no Brasil.<br />

Manhã de sábado no Parque: gerações unidas<br />

“Aos fins de semana e feriados,<br />

chega a ter mais de 500 pessoas<br />

por aqui. Vem muita gente da região<br />

também, de cidades como Taquaritinga,<br />

Matão, entre outras. O ambiente<br />

é muito gostoso, enquanto os<br />

filhos ficam nas mesas, alguns pais<br />

vão caminhar no parque, sem contar<br />

que o pessoal também consome<br />

produtos variados aqui na banca, de<br />

uma água ao jornal do dia, por exemplo”,<br />

finaliza o comerciante.<br />

45|


ARTIGO<br />

Sérgio Sgobbi<br />

Presidente do Conselho Municipal de<br />

Desenvolvimento Econômico e Social<br />

Mobilização e protagonismo social:<br />

a solução está em nossas mãos<br />

As demandas da sociedade<br />

contemporânea são crescentes.<br />

Se caracterizam pela diversidade,<br />

amplitude e níveis cada vez mais<br />

sofisticados e complexos, exigindo<br />

atitudes dos poderes instituídos, com<br />

um senso de urgência que dramatiza<br />

ainda mais este cenário.<br />

Sob a ótica dos entes públicos, há<br />

de se considerar as suas limitações,<br />

por uma série de circunstâncias, quer<br />

sejam financeiras, institucionais ou<br />

legais, incorrendo invariavelmente em<br />

reclamações e insatisfações que, por<br />

si só, não resolvem, mas se acumulam,<br />

gerando mais frustação, descrédito<br />

com a coisa pública e desamparo no<br />

atendimento dos direitos dos cidadãos.<br />

As perguntas que se colocam<br />

diante deste cenário são: como<br />

sair deste imobilismo e assumir um<br />

protagonismo? Como estabelecer o<br />

senso de urgência? Entender quais<br />

são os direitos e deveres pode ser um<br />

caminho a ser trilhado? Quais são as<br />

alternativas? O problema é sempre<br />

“dos outros” e a responsabilidade deve<br />

ser assumida por terceiros?<br />

Muitas outras questões poderão vir à<br />

medida que refletimos sobre o tema,<br />

porém alguns questionamentos devem<br />

permear as próximas ações: estou<br />

fazendo a minha parte? Contribuo<br />

positivamente para a solução dos<br />

problemas? Posso participar, me<br />

engajar, ser ativo na solução?<br />

A sociedade civil mobilizada,<br />

organizada e ciente das suas<br />

limitações não pode ser omissa das<br />

suas responsabilidades. Tem que dar<br />

respostas e assumir o protagonismo<br />

em aspectos falhos, mesmo de difícil<br />

resolução. Deve participar ativamente<br />

no processo de sua constante<br />

construção, de maneira engajada e<br />

mobilizada, em busca de soluções e<br />

de alternativas para problemas que a<br />

própria sociedade atual criou. Este é<br />

um caminho.<br />

Em Araraquara, o CMDES – Conselho<br />

Municipal de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social –, organismo<br />

instituído por lei, que tem entre suas<br />

atribuições assessorar, acompanhar,<br />

opinar, apreciar e propor alternativas,<br />

de ordem administrativa, operacional,<br />

financeira e orçamentária, é um<br />

instrumento que se propõe a tirar<br />

a sociedade do seu imobilismo, via<br />

participação voluntária dos seus<br />

membros e o engajamento de outros<br />

atores sociais conforme a necessidade<br />

assim demandar.<br />

Mas como se dá esta participação?<br />

Primeiro na composição do Conselho.<br />

São 33 membros que se dividem da<br />

seguinte forma: 8 representantes do<br />

setor público, entre administração<br />

direta e autarquias; 20 representantes<br />

da sociedade, escolhidos por<br />

deliberação do Prefeito Municipal,<br />

com o objetivo de trazer a pluralidade<br />

da sociedade de raça, gênero, credo<br />

e representatividade institucional; e,<br />

por fim, 5 membros que constituem<br />

um fato inédito na conformação de<br />

conselhos desta natureza, já que são<br />

eleitos diretamente pela população,<br />

por meio do Orçamento Participativo.<br />

O trabalho do CMDES está seguindo<br />

um planejamento, por meio do qual<br />

as áreas prioritárias escolhidas<br />

são: Ambiente de Negócios – para<br />

promover a melhoria das condições<br />

objetivas de ampliação e facilitação<br />

das transações comerciais,<br />

industriais e de serviços; Atração de<br />

Investimentos – com o objetivo de<br />

instrumentalizar o município com<br />

informações e ações na busca e<br />

fomento de novos investimentos;<br />

Ciência, Tecnologia e Inovação – para<br />

aproveitar e estimular o potencial<br />

de conhecimento das universidades<br />

e centros de pesquisa em prol da<br />

sociedade; Direitos Humanos – para<br />

trabalhar a inclusão dos temas de<br />

raça, gênero, opção sexual e pessoas<br />

com deficiência, no cotidiano da<br />

sociedade; Trabalho, Ocupação e<br />

Cooperativismo – para buscar formas<br />

de atendimento das demandas por<br />

trabalho na sociedade moderna.<br />

Desta forma, com planejamento,<br />

objetivos claros e principalmente<br />

com a mobilização, participação e<br />

envolvimento dos membros do CMDES<br />

e da população, estamos induzindo<br />

o protagonismo da sociedade para<br />

a solução dos seus problemas. Esta<br />

é uma alternativa. O seu alcance e<br />

dimensão somente o tempo poderá<br />

avaliar.<br />

|46


CUSTO BENEFÍCIO<br />

Ferragem<br />

armada pronta:<br />

saiba as<br />

vantagens<br />

Empresas especializadas<br />

como a Açoval, entregam o<br />

produto pronto.<br />

Uma das maiores vantagens da ferragem<br />

armada pronta é a garantia da<br />

qualidade. Indicada para fazer vigas,<br />

cintas, colunas, baldrames, muros e<br />

para travamento de paredes, a ferragem<br />

armada já vem pronta para uso.<br />

Ela possui total garantia de qualidade.<br />

É fornecida nos comprimentos de 6 e<br />

7m com espaçamento uniforme de 20<br />

cm entre os estribos. Dessa maneira,<br />

você constrói com mais qualidade, praticidade,<br />

maior rapidez e, é claro, mais<br />

segurança e economia para sua obra.<br />

Ferragem armada pronta evita desorganização no canteiro de obras<br />

TRABALHO FEITO COM SEGURANÇA<br />

47|


|48


SAÚDE<br />

Estrabismo.<br />

O que é?<br />

Desalinhamento dos olhos,<br />

também é conhecido<br />

popularmente como “olho<br />

vesgo”; pode ser constante<br />

(olho desviado o tempo todo)<br />

ou intermitente (somente em<br />

parte do tempo).<br />

A criança que apresenta estrabismo<br />

em idade precoce (antes dos 4 a 5 anos<br />

de idade), não vai apresentar visão dupla<br />

(diplopia) devido a supressão do<br />

olho não fixador. Neste caso, o cérebro<br />

da criança escolhe suprimir (não levar<br />

em consideração) a visão do olho desalinhado.<br />

Isso é importante porque a<br />

criança não vai apresentar visão dupla,<br />

nem se queixar de problema de visão.<br />

Além disto, esta supressão não permite<br />

que o olho desviado se desenvolva<br />

normalmente. A supressão é um mecanismo<br />

de defesa para evitar a diplopia e<br />

a confusão de imagens e interrompe o<br />

desenvolvimento binocular com perda<br />

de fusão e de estereopsia. Se o estrabismo<br />

ocorre em uma criança com mais<br />

de 7 anos de idade ou em um adulto, o<br />

paciente percebe a visão dupla porque<br />

já não consegue realizar a supressão.<br />

Ao nascimento, o alinhamento ocular<br />

é variável, 70% dos bebês apresentam<br />

uma pequena e variável exotropia<br />

(um dos olhos desviado para fora,<br />

chamado desvio divergente), 30% dos<br />

olhos alinhados e esotropia (olho desviado<br />

para dentro, chamado desvio<br />

convergente) é mais raro. Isso ocorre<br />

porque nos primeiros meses de vida a<br />

visão ainda é pouco desenvolvida. Com<br />

o crescimento, os olhos deixam de desviar<br />

e isso deve ocorrer até os primeiros<br />

meses de vida.<br />

Crianças com exotropia (olho desviado<br />

para fora) após 6 meses de vida<br />

ou esotropia (olho desviado para dentro)<br />

após 2 meses de vida devem ser encaminhadas<br />

ao oftalmologista. Rápidos<br />

episódios de adução simultânea (espasmo<br />

de convergência) são frequentes<br />

até os 4 meses de idade. Neste caso,<br />

o oftalmologista vai medir o desvio e<br />

garantir que não exista uma causa mais<br />

grave (como doença de retina, catarata<br />

ou tumor no olho da criança).<br />

O pseudo-estrabismo é uma condição<br />

muito comum na qual a criança<br />

parece ter os olhos desalinhados, com<br />

falsa aparência de estrabismo. Neste<br />

caso o exame com oftalmologista e<br />

acompanhamento da criança é muito<br />

importante para acalmar os pais e<br />

garantir que a criança vai apresentar<br />

desenvolvimento normal dos dois olhos.<br />

TRATAMENTO<br />

O tratamento consiste em garantir<br />

que não existe uma doença causando<br />

estrabismo que deva ser tratada (como<br />

catarata, doenças da retina, tumores,<br />

alta miopia, hipermetropia, etc.), seguido<br />

do tratamento da ambliopia. Am-<br />

Dr. José Barbieri Júnior comenta o assunto<br />

bliopia é conhecida popularmente como<br />

“olho preguiçoso”, quando o estrabismo<br />

ou alguma outra alteração nos primeiros<br />

anos de vida da criança impedem que a<br />

visão deste olho se desenvolva. Neste<br />

caso, o oftalmologista costuma prescrever<br />

tampão ou colírios especiais para<br />

“forçar” a criança a desenvolver a visão<br />

no olho preguiçoso. Normalmente é um<br />

tratamento difícil porque a criança não<br />

entende a sua importância e reclama.<br />

Os pais devem estar bem informados<br />

para que o tratamento tenha sucesso.<br />

O tratamento da ambliopia é muito importante<br />

porque só pode ser realizado<br />

em crianças pequenas. Quando um<br />

adulto descobre que tem um olho amblíope<br />

não tem como tratar e melhorar<br />

sua visão. Apesar de algumas drogas<br />

poderem ser utilizadas para tratar a ambliopia<br />

em adultos, acredita-se que esta<br />

doença deva ser tratada em crianças o<br />

mais cedo possível, até no máximo sete<br />

anos de idade.<br />

Paralelamente ao tratamento da<br />

ambliopia, o oftalmologista acompanha<br />

o estrabismo. Às vezes o uso de<br />

óculos ajuda a corrigir parte do desvio<br />

e quando a criança crescer, a cirurgia<br />

ajuda a alinhar os olhos. Vale lembrar<br />

que a cirurgia não trata a ambliopia,<br />

apenas alinha os olhos.<br />

49|


MEMÓRIA<br />

Nosso<br />

adeus ao<br />

Tonhão<br />

Ex-zagueiro fez história ao<br />

lado do melhor time que<br />

a Ferroviária teve em sua<br />

história: o esquadrão de 59.<br />

Antonio Ersio Faccio, o Tonhão,<br />

um dos mais brilhantes atletas que a<br />

Ferroviária teve em toda sua história,<br />

faleceu no mês de abril, aos 85 anos,<br />

vítima de câncer no intestino. Com cerca<br />

de 1,90m, o zagueiro era conhecido<br />

pelo seu temperamento em campo; jamais<br />

foi um jogador maldoso, porém<br />

entrava forte nas bolas divididas. Natural<br />

de Ibaté, mudou-se ainda criança,<br />

ao lado dos pais e irmãos, para<br />

Araraquara.<br />

Tonhão, titular do Palmeiras em 1956<br />

Fez parte do time mais célebre da<br />

Ferroviária, jogando ao lado de Fia,<br />

Porunga e Antoninho; Dirceu, Rodrigues<br />

e Cardarelli; Faustino, Dudu,<br />

Baiano, Bazani e Beni. Com o time,<br />

em 1959, chegou em terceiro lugar<br />

no Campeonato Paulista e com isso<br />

ganhou fama para excursionar, no<br />

ano seguinte, para o exterior enfrentando<br />

equipes como Sporting Benfica<br />

e Futebol Clube do Porto.<br />

Tonhão, seis anos atrás<br />

O ex-jogador também defendeu<br />

Palmeiras, Ponte Preta, XV de Piracicaba<br />

e Barretos. Tonhão, após parar<br />

com o futebol profissional, passou a<br />

atuar como atleta em equipes amadoras,<br />

uma delas a Acco, com Laurindo<br />

Cardoso. Sempre residiu na Vila<br />

Xavier, na Avenida Doutor Leite de<br />

Morais. Foi também um importante<br />

comerciante, atuando no ramo de tintas<br />

com o Palácio das Tintas.<br />

|50


AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

INFORMATIVO<br />

Edição: Maio/<strong>2018</strong><br />

A GRANDE FEIRA<br />

Agrishow <strong>2018</strong>,<br />

mais um ano<br />

de sucesso<br />

Diretores do Sindicato Rural<br />

de Araraquara prestigiaram a<br />

abertura da Agrishow no final<br />

de abril em Ribeirão e uma<br />

vez mais, viram o avanço da<br />

industrialização das máquinas<br />

dotadas de alta tecnologia.<br />

Na segunda-feira, dia 30 de abril,<br />

teve início a 25ª Agrishow – Feira Internacional<br />

de Tecnologia Agrícola em<br />

Ação em Ribeirão Preto. Considerado<br />

o principal evento tecnológico e de<br />

negócios do agronegócio na América<br />

Latina e mais importante vitrine de<br />

tendências para o segmento, o evento<br />

foi encerrado no dia 4 de abril apresentando<br />

novidades em máquinas,<br />

implementos agrícolas, sistemas de<br />

irrigação, insumos, sistemas para<br />

agricultura de precisão, soluções de<br />

monitoramento e automação, acessórios,<br />

peças, serviços e outros produtos<br />

de 800 marcas, do Brasil e do<br />

exterior.<br />

SINDICATO PARTICIPOU<br />

A presença do Sindicato Rural através dos seus diretores, garante a ampliação da sua<br />

representatividade na Agrishow<br />

Para o presidente Nicolau de<br />

Souza Freitas, do Sindicato Rural de<br />

Araraquara, presente na abertura do<br />

evento, os visitantes tiveram a oportunidade<br />

de ver inovações tecnológicas,<br />

tanto na Arena do Conhecimento,<br />

quanto nos estandes dos expositores,<br />

pois atualmente a Agrishow está plenamente<br />

alinhada com as mais avançadas<br />

tecnologias. Exemplo disso é a<br />

conectividade presente atualmente<br />

na maioria das máquinas expostas<br />

na feira.<br />

Os mais de 150 mil visitantes<br />

de 70 países que compareceram<br />

ao evento encontraram todas as<br />

soluções necessárias para aumentar<br />

sua produtividade, melhorar sua<br />

eficiência na plantação e colheita de<br />

diversas culturas, diminuir custos,<br />

economizar recursos naturais e insumos,<br />

obter um melhor manejo de<br />

suas pastagens e garantir a sustentabilidade<br />

ambiental de sua lavoura<br />

ou pastagem.<br />

Além disso, o público visitante<br />

da Agrishow <strong>2018</strong>, formado por agricultores<br />

e pecuaristas, profissionais,<br />

empresários e técnicos da cadeia<br />

produtiva, representantes das entidades<br />

setoriais, pesquisadores, autoridades,<br />

lideranças governamentais<br />

e membros de órgãos e secretarias<br />

públicas, também acompanhou as atividades<br />

e atrações preparadas pela<br />

organização.<br />

A Arena de Demonstrações de<br />

Campo Agrishow foi um show de tecnologia<br />

agrícola. Com curadoria da<br />

Coopercitrus, teve o intuito de oferecer<br />

conhecimento e fomentar o uso<br />

de ferramentas inovadoras no campo,<br />

que resultem em crescimento produtivo,<br />

rentável e sustentável para os produtores<br />

rurais. “Uma vez mais foi um<br />

acontecimento inesquecível”, disse<br />

Nicolau de Souza Freitas, na abertura.<br />

51|


MÃOS À OBRA<br />

Feira do Produtor Rural de Américo<br />

começa com normas e procedimentos<br />

Depois de criar a Feira<br />

do Produtor Rural em<br />

Araraquara, o Sindicato Rural<br />

e o SENAR SP investem na<br />

capacitação do pequeno<br />

agricultor em Américo e dão<br />

início à criação de evento<br />

semelhante.<br />

Sindicato Rural de Araraquara e<br />

SENAR SP, em parceria com a Prefeitura<br />

Municipal de Américo Brasiliense,<br />

Fundação Itesp e Sebrae,<br />

iniciaram mais um Programa Feira<br />

do Produtor no Assentamento Monte<br />

Alegre. As capacitações, segundo Maria<br />

Clara Piaí da Silva, da Fundação<br />

Itesp, ocorrerão até outubro, quando<br />

será lançada a Feira do Produtor em<br />

Américo Brasiliense. Decisões como<br />

local, dia da semana e horários da<br />

feira serão decididos ao longo do ano<br />

pelos próprios participantes, além de<br />

pesquisa em bairros de Américo para<br />

perceber a melhor demanda.<br />

Pequenos produtores<br />

Em abril aconteceram os primeiros<br />

encontros do 1° módulo do Programa<br />

Feira do Produtor Rural. Com<br />

metodologia participativa e envolvendo<br />

os participantes em todas as decisões,<br />

durante os dias 10, 11, 23 e<br />

24 de abril, os produtores estiveram<br />

reunidos no Rancho 3 Ramos, localizado<br />

no Assentamento Monte Alegre<br />

III, para a execução das atividades do<br />

Módulo Normas e Procedimentos.<br />

O ENCONTRO<br />

Nos dias 10 e 11 de abril, orientados<br />

pela instrutora Angela Barbieri<br />

Nigro, os participantes tiveram contato<br />

com os assuntos pertinentes à<br />

organização da feira em âmbito geral,<br />

sendo desenvolvidas na ocasião habilidades<br />

que permitem sugerir e opinar<br />

de forma equilibrada os interesses<br />

do grupo. Os trabalhos e dinâmicas<br />

desenvolvidas com os participantes<br />

sugeriram demandas que ao longo do<br />

curso são sanadas módulo a módulo<br />

com orientações específicas.<br />

Participantes reunidos<br />

em um primeiro encontro<br />

para aula e dinâmicas de<br />

planejamento visando a<br />

construção da Feira do<br />

Produtor<br />

|52


Nos dias 23 e 24 de abril é aberto<br />

espaço à palestra dos parceiros, visando<br />

esclarecimentos às demandas<br />

surgidas nos encontros anteriores.<br />

Desta forma, são convidados representantes<br />

da Vigilância Sanitária e<br />

Prefeitura de Américo Brasiliense, SE-<br />

NAR, Sindicato Rural de Araraquara,<br />

da Fundação Itesp - GTC Araraquara<br />

e Sebrae. Os convidados que integrarão<br />

a comissão gestora da Feira do<br />

Produtor foram convidados a palestrar<br />

sobre o que as respectivas instituições<br />

podem contribuir ao projeto.<br />

A HIGIENIZAÇÃO<br />

Na oportunidade, os participantes<br />

serão orientados a respeito dos<br />

critérios da vigilância sanitária para<br />

comercialização de alimentos processados,<br />

bem como procedimentos<br />

necessários para se adequarem; o<br />

Itesp apresenta o histórico das feiras<br />

realizadas em Araraquara que possuem<br />

acompanhamento deste parceiro,<br />

bem como o compromisso de<br />

orientação de produção aos feirantes<br />

que estão na área em que atua a Fundação<br />

Itesp; o Sebrae contribui com<br />

o norte sobre comercialização, ferramentas<br />

de orientação de produção,<br />

marketing e demais atributos, que<br />

são muito importantes.<br />

Comissão Gestora da Feira do Produtor Rural em Américo Brasiliense, fruto da parceria do<br />

SENAR SP, Sindicato Rural de Araraquara, Sebrae SP, Fundação Itesp e Prefeitura de Américo<br />

Ainda neste módulo, é revisto com<br />

os produtores o regulamento da feira<br />

do produtor, que é de autoria do SE-<br />

NAR e possui regras que devem ser<br />

cumpridas pelos participantes.<br />

Por fim, será composta a Comissão<br />

Gestora da Feira do Produtor.<br />

Esta contará com a participação do<br />

Sindicato Rural de Araraquara, SE-<br />

NAR, Fundação Itesp, Prefeitura de<br />

Américo Brasiliense, Vigilância Sanitária,<br />

Sebrae - Araraquara e três representantes<br />

dos produtores.<br />

Desde o início o que se observa é o<br />

interesse dos produtores pelo curso<br />

O ENCONTRO<br />

O curso ensina que o objetivo da feira é valorizar a economia local, oferecer produtos<br />

frescos para o consumidor e capacitar o produtor rural<br />

O coordenador regional do SENAR<br />

SP, João Henrique de Souza Freitas,<br />

na instalação deste segundo programa<br />

através da base territorial do sindicato,<br />

falou da importância da integração<br />

dos participantes para que o<br />

projeto tenha sucesso. “Trata-se de<br />

uma ação social em que o objetivo<br />

principal é permitir que o pequeno<br />

produtor tenha acesso ao mundo dos<br />

negócios, porém é preciso capacitá-lo<br />

e é isso que estamos fazendo. Assim<br />

vamos fortalecer a agricultura familiar”,<br />

salientou o coordenador.<br />

Em Araraquara o curso foi realizado<br />

no ano passado com a formação<br />

de 26 feirantes.<br />

53|


NATUREZA ANIMAL<br />

Ferradura nos cascos do<br />

cavalo. Será que precisa?<br />

A realização do curso de<br />

Casqueamento e também de<br />

Ferrageamento aconteceu no<br />

Rancho São José, em Nova<br />

Europa, ministrado pelo<br />

instrutor Altemar Venâncio.<br />

Naquela manhã de segunda-feira,<br />

23 de abril, os trabalhadores do Rancho<br />

São José e propriedades adjacentes<br />

em Nova Europa, já estavam preparados<br />

para enfrentar quatro dias<br />

de curso. Desta feita aprenderiam a<br />

verdadeira técnica e os cuidados que<br />

devem ter durante o casqueamento e<br />

o ferrageamento dos animais.<br />

O curso organizado pelo SENAR<br />

SP, disse o seu coordenador João<br />

Henrique de Souza Freitas presente<br />

ao evento, está atendendo o município<br />

de Nova Europa que faz parte da<br />

base territorial do Sindicato Rural de<br />

Araraquara. Ele também explicou que<br />

havendo interesse das empresas associadas<br />

à entidade e definindo-se o<br />

número de participantes, o sindicato<br />

e o SENAR investem na organização<br />

de cursos, pois o objetivo é levar conhecimento<br />

ao produtor rural e cumprir<br />

um dos seus principais objetivos<br />

que é a ação social, completou.<br />

A parte teórica do curso baseouse<br />

exclusivamente em explicações<br />

sobre as razões do animal precisar<br />

de ferraduras. O instrutor Altemar Venâncio<br />

disse que isso ocorre porque<br />

os cascos crescem constantemente,<br />

por isso eles precisam de atenção<br />

regularmente, mas, muitas vezes, o<br />

proprietário não realiza o casqueamento<br />

com a regularidade necessária.<br />

Sem o casqueamento os cavalos<br />

ficam mais sensíveis, correndo o risco<br />

de sangramento, laminite<br />

e até o stresse do animal.<br />

Outro detalhe abordado<br />

por Venâncio está<br />

diretamente ligado ao<br />

número de propriedades<br />

rurais existentes no<br />

município e nas quais o<br />

produtor ainda dispõe<br />

da utilização de animais<br />

para diversos afazeres.<br />

“Embora seja cada vez<br />

maior a mecanização<br />

nas propriedades rurais, o trabalho<br />

desses tipos de animais nos serviços<br />

do campo ainda é muito grande”.<br />

RESPEITO AO ANIMAL<br />

Para João Henrique de Souza<br />

Freitas, a criação dos equinos é de<br />

grande importância, pois eles desempenham<br />

um grande papel da vida<br />

agropecuária do Brasil e contribuem<br />

muito para o crescimento do agronegócio.<br />

O uso dos equinos, disse<br />

Instruções passadas sobre o casqueamento aos<br />

participantes do curso<br />

O objetivo<br />

do curso<br />

é de levar<br />

conhecimento<br />

aos produtores<br />

rurais e<br />

conscientizá-los<br />

sobre a<br />

importância<br />

dos animais<br />

em nossos<br />

meios<br />

ele, se dá em diversas atividades,<br />

sejam elas destinadas ao trabalho<br />

e produção ou ao esporte e diversão.<br />

Possuem um grande valor não<br />

só para os trabalhos em campo mas<br />

também para a venda e comercialização.<br />

O cavalo, por exemplo, ocupa<br />

um papel importante no transporte,<br />

nos trabalhos agrícolas, nos esportes<br />

e também no tratamento (terapia) de<br />

crianças e adultos com necessidades<br />

especiais, mais conhecido como<br />

equoterapia.<br />

Fundamentado nestas explicações<br />

é que baseia-se a carta de<br />

orientações e ações do SENAR, dando<br />

importância aos cuidados que<br />

todos devem dispensar aos animais,<br />

mantendo-os com saúde e condições<br />

de uma vida saudável.<br />

|54<br />

Finalização do<br />

curso no Rancho<br />

São José


O MUNDO DAS PLANTAS<br />

Curso de<br />

Jardinagem<br />

A Prefeitura de Américo<br />

Brasiliense solicitou ao SENAR<br />

SP e ao Sindicato Rural de<br />

Araraquara a realização de<br />

curso de jardinagem para os<br />

servidores que atuam junto<br />

ao meio ambiente na cidade.<br />

Investir no ensino e na qualificação<br />

profissional é ferramenta vital<br />

para capacitar o trabalhador, ampliar<br />

sua inserção no mercado de trabalho<br />

e aumentar a competitividade<br />

das empresas. No caso da Prefeitura<br />

Municipal de Américo Brasiliense a<br />

situação é outra.<br />

O prefeito Dirceu Pano, sabendo<br />

das novas técnicas praticadas<br />

na jardinagem,<br />

solicitou ao SENAR SP e<br />

Sindicato Rural de Araraquara,<br />

a realização<br />

de um curso para aprimorar<br />

o conhecimento<br />

dos servidores que trabalham<br />

no setor. Para<br />

ele, o aperfeiçoamento<br />

é fundamental, não apenas<br />

para conscientizá-los<br />

sobre a importância do meio ambiente,<br />

mas principalmente no respeito<br />

que devemos ter com as podas e por<br />

extensão, aos jardins situados em espaços<br />

públicos.<br />

No conteúdo programático constam a<br />

preparação do solo, além de outros itens<br />

de grande importância como a prevenção<br />

dos acidentes no trabalho e a proteção<br />

ambiental<br />

Assim, durante três dias, a instrutora<br />

do SENAR, Viviane Laguna, orientou<br />

os servidores sobre o treinamento<br />

de jardinagem. Ela mostrou aos trabalhadores<br />

envolvidos com sistemas<br />

Aula teórica realizada na Prefeitura Municipal<br />

produtivos e manejos culturais na floricultura,<br />

a forma correta de trabalhar,<br />

além de oferecer a oportunidade de<br />

ver como se produz e se faz o manejo<br />

de flores e plantas ornamentais.<br />

Participantes no<br />

acesso à Prefeitura<br />

aprenderam a<br />

preparar substratos,<br />

utilizando misturas<br />

químicas e orgânicas.<br />

O conteúdo inclui<br />

técnicas de plantio,<br />

formação de covas,<br />

observando melhor o<br />

desenvolvimento das<br />

plantas.<br />

CURSOS<br />

ANO / <strong>2018</strong><br />

CURSOS EM <strong>MAIO</strong><br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />

COM PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />

10/05 até 12/05 - Grupo Fechado<br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />

COM PULVERIZADOR DE BARRAS<br />

02/05 até 04/05 - Grupo Fechado<br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />

TURBO PULVERIZADOR<br />

07/05 até 09/05 - Grupo Fechado<br />

• FEIRA DO PRODUTOR RURAL - BOAS<br />

PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE<br />

ALIMENTOS (MÓDULO II)<br />

08/05 até 09/05 (Grupo Fechado)<br />

• FEIRA DO PRODUTOR RURAL<br />

- PRODUTOS RURAIS PARA<br />

COME<strong>RCIA</strong>LIZAÇÃO (Módulo III)<br />

23/05 até 24/05 - 05/06 até 06/06<br />

Grupo Fechado<br />

• FRUTICULTURA BÁSICA - INSTALAÇÃO<br />

DA LAVOURA<br />

07/05 até 09/05 - Aberto<br />

• INCÊNDIO - PREVENÇÃO E COMBATE<br />

NO CAMPO - TÉCNICAS<br />

14/05 até 15/05 - Grupo Fechado)<br />

• INCÊNDIO - PREVENÇÃO E COMBATE<br />

NO CAMPO - TÉCNICAS<br />

16/05 até 17/05 - Grupo Fechado<br />

• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO<br />

(MÓDULO II)<br />

02/05 até 30/05 - Grupo Fechado<br />

• MANUTENÇÃO DE<br />

RETROESCAVADEIRA)<br />

17/05 até 19/05 - Grupo Fechado<br />

• OPERAÇÃO DE RETROESCAVADEIRA<br />

14/05 até 16/05 - Grupo Fechado<br />

• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />

TRATORES AGRÍCOLAS<br />

07/05 até 11/05 - Grupo Fechado<br />

• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />

TRATORES AGRÍCOLAS<br />

21/05 até 25/05 - Grupo Fechado<br />

• PROGRAMA PROMOVENDO A SAÚDE<br />

NO CAMPO - ANIMAIS PEÇONHENTOS,<br />

ESPÉCIES, PREVENÇÃO DE ACIDENTES E<br />

PRIMEIROS SOCORROS<br />

09/05 até 10/05 - Grupo Fechado<br />

• REQUISITOS LEGAIS PARA O<br />

PROCESSAMENTO DO LEITE E SEUS<br />

DERIVADOS<br />

14/05 até 15/05 - Grupo Fechado<br />

• TOMATE ORGÂNICO - CONDUÇÃO<br />

DA PLANTA (MÓDULO III)<br />

07/05 até 28/05 - Grupo Fechado<br />

• ESTRUTURAÇÃO / DESENVOLVIMENTO<br />

DE CONTEÚDO - PROGRAMA DE<br />

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL RURAL<br />

07/05 até 10/05 - Grupo Fechado<br />

Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />

João Henrique de Souza Freitas<br />

55|


Participantes do curso com as apostilas do SENAR SP nas mãos<br />

MOTOSSERRA<br />

Importância do saber<br />

e do lidar com ela<br />

Cuidados, habilidade, conhecimento e segurança no desempenho<br />

da função são exigidos para se trabalhar com motoserra<br />

O curso denominado Operação e<br />

Manutenção de Motosserra foi realizado<br />

em duas oportunidades no mês<br />

de abril, ambos com as instruções<br />

dadas por Valmir Felix Pinto, do SE-<br />

NAR SP. A realização dos programas<br />

só é possível quando uma empresa<br />

associada ao Sindicato Rural de Araraquara,<br />

faz o pedido dizendo estar<br />

interessada na capacitação dos seus<br />

funcionários.<br />

Em abril uma das solicitações foi<br />

feita pela Fazenda Entre Rios, que faz<br />

parte do Grupo Fischer, localizada no<br />

município de Ibitinga.<br />

OS CUIDADOS<br />

O instrutor Valmir Felix Pinto, no<br />

seu contato com os funcionários da<br />

Afiação da corrente, uma das etapas do curso de motosserra<br />

|56


AÇÃO SOCIAL<br />

O instrutor Valmir Felix Pinto na abertura do curso ao lado do presidente Nicolau de<br />

Souza Freitas, na sede do Sindicato Rural<br />

fazenda, falou que a motosserra é<br />

um instrumento que está em muitas<br />

operações profissionais. Inicialmente<br />

ele mencionou a construção civil, pois<br />

a motossera ajuda a retirar árvores<br />

e alguns tocos da região em que se<br />

vai construir, sendo claro que é indispensável<br />

a autorização dos órgãos<br />

competentes.<br />

Atualmente, além de empresas<br />

especializadas que cuidam do corte<br />

e da retirada, há também equipes<br />

dentro das prefeituras que realizam<br />

o serviço, daí a importância do preparo<br />

deste profissional, destacou o<br />

instrutor. Outras empresas nas quais<br />

esses operadores de motosserras são<br />

admitidos, são as que tratam de reflorestamento,<br />

contando-se ainda com<br />

aquelas que comercializam madeira.<br />

Uma das exigências do profissional é<br />

saber que a empresa que o contratou<br />

está regularizada para executar<br />

o serviço, pois não estando, poderá<br />

também sofrer sanções.<br />

Por essa razão é que os conteúdos<br />

disponibilizados pelo SENAR SP<br />

em suas apostilas, alertam os participantes<br />

dos cursos para todos os<br />

cuidados.<br />

Segundo curso dado em<br />

abril pelo instrutor Valmir<br />

Felix Pinto, acontecendo a<br />

parte teórica na sede do<br />

Sindicato Rural.<br />

O presidente Nicolau de Souza<br />

Freitas, presente na abertura do<br />

curso, argumentou que o objetivo<br />

também é de atender à legislação<br />

vigente do Ministério do Trabalho e<br />

Emprego, referente às Normas Regulamentadoras<br />

NR-31 e NR 12. De<br />

acordo com o dirigente, o conteúdo<br />

programático tratou de temas relacionados<br />

à segurança no trabalho no<br />

uso de motosserra, ao uso obrigatório<br />

de EPIs (Equipamentos de Proteção<br />

Individual) e EPC’s (Equipamentos<br />

de Proteção Coletiva), ergonomia,<br />

doenças ocupacionais relacionadas<br />

à atividade florestal, isolamento da<br />

área, técnicas corretas de abate e direcionamento<br />

de queda de árvores,<br />

desgalhamento, técnicas de poda de<br />

árvores urbanas, traçamento, empilhamento,<br />

manutenção da motosserra,<br />

técnica de afiação de corrente,<br />

dentre outros.<br />

“Os alunos tiveram uma participação<br />

proativa e mostraram grande interesse<br />

pelos temas ministrados durante<br />

as aulas. É bastante compensador<br />

ver o entusiasmo dos trabalhadores”,<br />

disse o presidente.<br />

Na verdade, o Sindicato<br />

Rural de Araraquara<br />

tem beneficiado centenas<br />

de trabalhadores e suas<br />

famílias com o apoio ao<br />

homem do campo e à iniciativa<br />

das parcerias para<br />

a realização dos cursos de<br />

capacitação.<br />

De acordo com o presidente,<br />

o SENAR tem<br />

como missão a formação<br />

profissional rural, oferecendo ao<br />

trabalhador cursos gratuitos de capacitação,<br />

treinamento e aperfeiçoamento<br />

de suas atividades, buscando<br />

um trabalho mais seguro, saudável,<br />

eficiente e produtivo. “Este tem sido<br />

o nosso papel e para que isso aconteça,<br />

é preciso que encontremos no<br />

caminho parceiros interessados em<br />

colaborar na formação destes trabalhadores”,<br />

concluiu.<br />

57|


O engenheiro<br />

agrônomo<br />

Luís Henrique<br />

Vasconcelos,<br />

proprietário da<br />

granja<br />

AVÍCOLA SANTA ELISA<br />

Investimento em tecnologia<br />

garante frango com qualidade<br />

Em um sítio de 7 alqueires,<br />

o engenheiro agrônomo Luís<br />

Henrique Vasconcelos<br />

tornou-se com o uso<br />

da tecnologia, um forte<br />

empresário do setor avícola,<br />

criando a cada 45 dias, cerca<br />

de 30 mil frangos.<br />

Ainda é o começo, mas a avícola<br />

que a Família Vasconcelos construiu<br />

em um bairro rural de Araraquara chamado<br />

Cabeceira do Boi, é uma das<br />

mais sofisticadas da região. Nela,<br />

Luís Henrique Vasconcelos formado<br />

em agronomia, passa o dia todo e<br />

às vezes até a noite, pois é preciso<br />

acompanhar a temperatura do forno a<br />

lenha, que esquenta os primeiros 16<br />

dias de vida dos 30 mil pintinhos que<br />

chegam a cada 45 dias, encaminhados<br />

pelo Frigorífico Ad’Oro, instalado<br />

em São Carlos.<br />

De olho em um mercado que tem<br />

sofrido variações, o empresário sabe<br />

que o setor avícola brasileiro teve<br />

grandes transformações a partir dos<br />

anos 50 e 60 com a chegada de novas<br />

tecnologias e a organização da<br />

produção em moldes industriais. A<br />

automação e a adoção de novos equipamentos,<br />

assim como o desenvolvimento<br />

da tecnologia, vêm contribuindo<br />

para o aumento dos coeficientes<br />

de produção da atividade avícola, melhorando<br />

sua competitividade frente<br />

aos concorrentes mundiais.<br />

A TRANSFORMAÇÃO<br />

No Sítio Santa Elisa já havia no<br />

início dos anos 90, uma granja manual<br />

que acabou sendo desativada<br />

em 2008. Há dois anos, o professor<br />

À direita, a chegada de mais um plantel<br />

de pintinhos que serão criados na Granja<br />

Santa Elisa para o abate 45 dias depois<br />

no Frigorífico Ad’Oro, em São Carlos. A<br />

criação será controlada por um painel<br />

(esquerda) que envolve equipamentos de<br />

alta tecnologia.<br />

|58


Em 2016, o consumo per capita de carne de frango, foi de 41,1kg<br />

de acordo com a ABPA - Associação Brasileira de Proteína Animal<br />

Durante o período de criação, em comedouros automáticos, as<br />

aves consomem cinco diferentes tipos de ração<br />

A granja<br />

com seus 2<br />

mil metros<br />

quadrados de<br />

área construída<br />

e avançada<br />

tecnologia<br />

Aparelho<br />

controlador<br />

do interior<br />

da granja<br />

detectando<br />

irregularidades<br />

aposentado Jaime Alberto de Vasconcelos<br />

decidiu comprar e investir na<br />

retomada da granja, convocando o<br />

filho Luís Henrique para a sociedade<br />

e implantar um arrojado projeto. Audaciosos,<br />

investiram em um negócio<br />

dotado de moderna estrutura.<br />

A tecnologia, assegura Luís Henrique,<br />

proporciona benefícios ao setor<br />

avícola, com equipamentos a custos<br />

compatíveis com a realidade do mercado<br />

e que garantem maior rendimento,<br />

produtividade e qualidade à<br />

produção.<br />

Uma das preocupações na implantação<br />

do projeto, conta o produtor,<br />

foi a instalação dos equipamentos<br />

de monitoramento da qualidade da<br />

água e de controle da climatização<br />

para melhor produtividade, evitando<br />

contaminações, reduzindo o descarte<br />

e garantindo maior uniformidade dos<br />

Gerador para<br />

garantir energia<br />

elétrica<br />

lotes. Os sistemas de climatização<br />

permitem em um painel, o controle<br />

da ventilação, da umidade e da temperatura<br />

das granjas, beneficiando o<br />

sistema imunológico das aves e contribuindo<br />

para seu desenvolvimento.<br />

Durante os primeiros 16 dias de vida<br />

dos pintinhos é que o forno mantido<br />

por lenha é acionado, atingindo<br />

uma temperatura de 32 graus para<br />

sobrevivência das aves. Apesar dos<br />

cuidados, ainda assim, há uma perda<br />

em torno de 5% do lote de 30 mil<br />

pintinhos.<br />

Em sendo uma criação destinada<br />

ao corte, a produtividade só é alcançada<br />

com o monitoramento dos dados<br />

relativos ao consumo de ração,<br />

peso das aves e taxas de mortalidade,<br />

além de apresentar sistemas de<br />

alerta ao produtor no caso de algum<br />

problema.<br />

Diante de uma rentabilidade mediana<br />

comparando-se com o alto investimento,<br />

o sistema torna menos<br />

onerosos os gastos com a mão de<br />

obra. O programa implantado por Luís<br />

Henrique com equipamentos e sistemas<br />

monitoradores, permitem que as<br />

aves sejam classificadas, vacinadas,<br />

alimentadas e alojadas com menor<br />

uso de mão de obra. Assim, por meio<br />

de equipamentos como comedores<br />

automáticos, que auxiliam e dinamizam<br />

o processo de nutrição das aves,<br />

é possível que ele controle e realize<br />

de forma automatizada, a distribuição<br />

de ração, tornando o processo<br />

menos influenciável à qualidade da<br />

mão de obra e minimizando a atuação<br />

humana.<br />

Passados 45 dias, desde a chegada,<br />

os agora frangos estão com peso<br />

que varia de 2.900g a 3.000g. É hora<br />

do frigorífico que trouxe os 30 mil pintinhos<br />

em um caminhão, vir buscar<br />

os frangos. Só que para o transporte<br />

de volta serão necessários sete caminhões.<br />

É importante dizer que cada<br />

pintinho veio com peso de 42/45g e<br />

em nenhum momento correram risco<br />

de terem um desconforto térmico,<br />

pois a granja também possui geradores<br />

que substituem automaticamente<br />

a queda de energia elétrica.<br />

Para o produtor, o aumento da<br />

qualidade está ligado ao controle sanitário,<br />

havendo rigoroso acompanhamento<br />

das doenças de risco para a<br />

saúde pública, o que causaria grande<br />

impacto econômico. “Cumprindo essas<br />

exigências, vamos ter uma produção<br />

mais eficiente e com mais segurança<br />

para os plantéis”, arremata<br />

Luís Henrique, empreendedor em um<br />

país que teve um consumo per capta<br />

de 41,1 (carne de frango), em 2017.<br />

59|


Aprendizado até dezembro vai mostrar o que é a vida no campo<br />

O BEABÁ DA LAVOURA<br />

Eis o jovem agricultor<br />

do futuro neste País<br />

Amor à terra, é assim que se<br />

define a ação do SENAR SP,<br />

Sindicato Rural e Fundação<br />

Itesp, visando preparar as<br />

crianças para a vida no<br />

campo e conscientizá-las<br />

sobre a importância do<br />

meio ambiente.<br />

Através da parceria entre SE-<br />

NAR, Sindicato Rural de Araraquara,<br />

Fundação Itesp - GTC Araraquara e<br />

Prefeitura de Motuca, foi iniciado o<br />

Programa Jovem Agricultor do Futuro,<br />

reunindo jovens de 14 a 17 anos<br />

residentes nos assentamentos Monte<br />

Alegre e cidade de Motuca.<br />

O programa, segundo Maria Clara<br />

Piaí da Silva, da Fundação Itesp,<br />

possibilita que o jovem adquira uma<br />

série de habilidades e competências<br />

relacionadas ao desenvolvimento da<br />

autonomia, escolhas profissionais,<br />

Atividades que desenvolvem<br />

habilidades relacionadas ao<br />

planejamento e organização<br />

Atividades práticas: preparo do solo,<br />

formação de canteiros e compostagem<br />

ética, coletividade e cidadania, além<br />

de sensibilizar sobre a importância<br />

da agricultura, produção de alimentos,<br />

preservação e recuperação ambiental,<br />

ou seja, sensibiliza e trabalha<br />

em contexto amplo a formação cidadã<br />

com foco no meio rural.<br />

O projeto está estruturado em atividades<br />

que partem de eixos específicos:<br />

Ser pessoa, Ser profissional,<br />

Ser cidadão, Ser um profissional da<br />

agricultura e pecuária e Ser um empreendedor<br />

rural, assegura Maria Clara.<br />

Inerentes a estes eixos, existem os<br />

projetos articuladores que relacionam<br />

diversas ações com foco nas habilidades<br />

e competências mencionadas.<br />

Para o coordenador regional do<br />

SENAR, João Henrique de Souza<br />

Freitas, a solicitação do projeto parte<br />

da relevância destas atividades com<br />

jovens desta faixa etária visto que, a<br />

longo prazo, pode gerar resultados<br />

positivos ao público, desenvolvendo<br />

a visão empreendedora e de<br />

geração de renda em relação<br />

ao campo, alguns dos<br />

elementos que contribuem<br />

para a permanência dos<br />

jovens no campo e envolvimento<br />

com as atividades agropecuárias<br />

exercidas por suas famílias. “E no<br />

caso dos jovens da cidade, contribui<br />

para a formação cidadã com foco no<br />

meio ambiente, cidadania e produção<br />

de alimentos”, disse o coordenador.<br />

As atividades deste programa são<br />

desenvolvidas pelas instrutoras Mariana<br />

Crespo Mello e Juliana Petrazzo,<br />

que orientam nas áreas técnica e pedagógica,<br />

respectivamente.<br />

O projeto também envolve atividades<br />

no campo, visitas técnicas<br />

realizadas nos assentamentos, dinâmicas<br />

e diversas outras ações que<br />

serão desenvolvidas até o mês de<br />

dezembro. “Ao longo do cronograma<br />

planejaremos atividades que envolvam<br />

servidores da Fundação Itesp -<br />

GTC Araraquara a fim de contribuírem<br />

com os conteúdos do programa que<br />

estejam relacionados às práticas de<br />

assistência técnica que exercem nos<br />

assentamentos”, argumenta Mariana.<br />

Já o presidente do Sindicato Rural<br />

de Araraquara, Nicolau de Souza Freitas,<br />

diz que a tarefa de ensinar pode<br />

ser interpretada como ação que visa<br />

dar à criança a estruturação necessária<br />

para a vida e principalmente,<br />

caminhos para sua permanência no<br />

campo, em função do que representa<br />

na atualidade a agricultura para<br />

a economia brasileira. “Estamos no<br />

rumo certo”, aponta o presidente.<br />

|60


61|


NOTÍCIAS<br />

CANAS L<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO<br />

<strong>MAIO</strong> | <strong>2018</strong><br />

Canasol defende pulverização aérea<br />

e diz que prática é segura e necessária<br />

A Canasol e o Sindicato Rural de<br />

Araraquara divulgaram recentemente,<br />

nota conjunta em apoio à aplicação<br />

aérea de defensivos agrícolas em canaviais.<br />

No documento encaminhado<br />

à imprensa, as entidades se mostram<br />

contrárias à implantação de projeto<br />

de lei municipal que proíbe tal prática,<br />

afirmando que essa iniciativa é<br />

inoportuna, demagógica, desprovida<br />

de fundamentação técnica e fática,<br />

que fere a hierarquia das leis e, ao<br />

invés de lançar luz, espalha o obscurantismo<br />

à população sob um alegado<br />

“princípio de precaução”, baseado em<br />

frágeis argumentações e fatos.<br />

“A cana-de-açúcar é uma das principais<br />

atividades agrícolas para o município<br />

de Araraquara, movimentando<br />

a economia e o comércio regional, gerando<br />

empregos de qualidade e renda”,<br />

destaca Luís Henrique Scabello<br />

de Oliveira – presidente da Canasol. A<br />

cultura canavieira se configura como<br />

um importante meio de subsistência<br />

para inúmeros produtores e trabalhadores<br />

rurais, produzindo energia<br />

limpa, como o etanol biocombustível<br />

e energia gerada da biomassa do bagaço<br />

da cana, conservando o meio<br />

ambiente, respeitando o Protocolo<br />

Ambiental instituído há cerca de uma<br />

década entre as Secretarias de Meio<br />

Ambiente e de Agricultura do Estado<br />

de São Paulo.<br />

AVIAÇÃO AGRÍCOLA É<br />

SEGURA, DIZ O DIRIGENTE<br />

Desde o início das discussões<br />

sobre o projeto de lei de autoria do<br />

Vereador Edio Lopes, a Canasol e o<br />

Sindicato Rural de Araraquara vêm<br />

se manifestando contrários à proibição<br />

da aplicação aérea no município<br />

de Araraquara. Para Luís Henrique, a<br />

utilização de aviação agrícola é uma<br />

prática necessária, muitas vezes insubstituível<br />

para algumas culturas<br />

agrícolas como a cana, citros e grãos,<br />

seja por sua rapidez e economicidade,<br />

seja pela precisão e segurança<br />

oferecidas durante a aplicação de defensivos<br />

agrícolas. Ainda de acordo<br />

com o presidente da Canasol, essa<br />

prática agrícola é autorizada e regulamentada<br />

por legislação federal e<br />

fiscalizada pelos órgãos competentes.<br />

“Nossa legislação é uma das mais rigorosas<br />

do Mundo no tocante ao registro<br />

e uso de defensivos agrícolas,<br />

tornando o emprego dessa atividade,<br />

respeitada a legislação e as normas<br />

competentes, numa prática segura<br />

para os humanos, para a fauna e flora<br />

silvestre” – afirmou Luís Henrique.<br />

NÃO HÁ COMPROVAÇÃO<br />

CIENTÍFICA COM MORTE<br />

DE ABELHAS<br />

Até o momento não existe comprovação<br />

cientifica definitiva de que<br />

a aplicação aérea nos canaviais se<br />

utilizada corretamente, esteja ligada<br />

à redução de populações de abelhas<br />

e de outras espécies animais ou vegetais,<br />

bem como ao ser humano.<br />

|62


O que ocorre é que muitas vezes,<br />

a instalação de apiários sem o conhecimento<br />

e a autorização do proprietário<br />

do imóvel, além da falta de<br />

mapeamento com a localização dos<br />

apiários, dificultam o planejamento<br />

da atividade coordenada entre as culturas<br />

agrícolas e a apicultura. Portanto,<br />

a proibição da aplicação aérea de<br />

defensivos é uma iniciativa açodada<br />

que não irá resolver o problema e<br />

ainda trará grandes prejuízos a todo<br />

setor agrícola.<br />

A CANA É UMA DAS<br />

CULTURAS QUE MAIS<br />

UTILIZAM PRODUTOS<br />

BIOLÓGICOS<br />

Segundo o engenheiro agrônomo<br />

da Canasol, Gregório Serafini, a<br />

Cotesia depositando ovos na broca da cana. As larvas<br />

se alimentam da broca<br />

cana-de-açúcar é uma das culturas<br />

que mais empregam o controle biológico<br />

de pragas. A broca da cana<br />

é controlada através da dispersão<br />

de uma vespinha chamada Cotesia,<br />

enquanto a cigarrinha pode ser controlada<br />

através da aplicação aérea<br />

de um fungo, o Metarhizium, ambos<br />

inofensivos aos seres humanos, à<br />

fauna e à flora silvestres. “Muitas vezes,<br />

as pessoas leigas, ao verem um<br />

Cigarrinha da cana morta,<br />

infectada pelo fungo Metarhizium<br />

avião pulverizando uma lavoura de<br />

cana, supõem que ele esteja aplicando<br />

agrotóxico, quando na realidade<br />

trata-se de um inseticida biológico”,<br />

afirma Gregório. “A cada ano, surgem<br />

mais métodos biológicos, como o uso<br />

do fungo Beauveria para o controle<br />

de um besouro, bem como o uso de<br />

probióticos para o controle de nematoides,<br />

que são vermes que atacam<br />

as plantas”, completa o agrônomo.<br />

SÓ FALTAVA ESSA<br />

Superprodução de cana na Índia<br />

derruba o mercado do açúcar<br />

A Índia deve atingir 31 milhões<br />

de toneladas de açúcar nesta safra,<br />

gerando excedente de 6,5 milhões de<br />

ton. Isso pode levar à exportação de<br />

1,5 a 3,0 milhões de toneladas, pressionando<br />

os preços do açúcar no mercado<br />

internacional que romperam a<br />

barreira abaixo dos US¢12 (centavos<br />

por libra-peso).<br />

Por ser uma cultura de grande<br />

importância social para a Índia, são<br />

cerca de 50 milhões de produtores<br />

de cana cultivando em pequenas propriedades<br />

em regime de economia familiar,<br />

o preço da cana é estabelecido<br />

pelo governo. Muitas vezes, o preço<br />

torna-se muito vantajoso em relação<br />

as demais culturas, o que pode levar<br />

à superprodução. É o que está acontecendo<br />

neste momento.<br />

A consequência disso é que as<br />

usinas no Brasil estão “virando” sua<br />

produção para o etanol, no momento<br />

muito mais vantajoso que o açúcar.<br />

Esse excesso de oferta do etanol já<br />

produziu uma redução de quase 20%<br />

no preço recebido pelas usinas, contudo<br />

essa redução ainda não chegou<br />

aos consumidores.<br />

Mulher amarrando feixe de cana<br />

Produtor entregando cana na usina<br />

Caminhão de<br />

cana sendo<br />

descarregado<br />

DISCUSSÃO EM BRASÍLIA<br />

Projeto para barrar<br />

a intermediação<br />

João Henrique Holanda Caldas,<br />

o JHC, do PSB, apresentou em 23<br />

de abril, o Projeto de Decreto Legislativo,<br />

que susta o critério de<br />

comercialização de etanol combustível<br />

por distribuidora, ou seja,<br />

venda direta de etanol pela usina<br />

para os postos de combustíveis.<br />

Atualmente, a usina passa o<br />

etanol para a distribuidora, daí vai<br />

para os postos de combustíveis.<br />

O parlamentar do nordeste quer<br />

acabar com o intermediário e com<br />

isso, a venda direta proporcionaria<br />

preços menores porque retiraria a<br />

intermediação da cadeia de suprimentos.<br />

A lei que protege o contrato<br />

em vigor no Brasil tem quase<br />

60 anos.<br />

Deputado Federal<br />

JHC do Nordeste<br />

63|


ANTROPOLOGIA<br />

Professora da Unesp de Araraquara<br />

lança livro sobre a cultura juruna<br />

Grupo que vive no Xingu,<br />

no Mato Grosso, tem suas<br />

peculiaridades expostas<br />

através de traduções de<br />

cantigas de ninar.<br />

Com base em cantigas de ninar do<br />

grupo que vive no Parque Indígena do<br />

Xingu, no estado brasileiro do Mato<br />

Grosso, a professora Cristina Martins<br />

Fargetti, da Faculdade de Ciências e<br />

Letras da Unesp/Araraquara, deu<br />

vida ao livro “Fala de bicho, fala de<br />

gente”, via Edições Sesc São Paulo,<br />

que apresenta detalhes da cultura<br />

juruna.<br />

Desde a década de 1980, a etnolinguista<br />

estuda a língua e a cultura<br />

do povo yudjá, mais conhecido entre<br />

Capa da obra<br />

os não-indígenas, por juruna. Ao longo<br />

desses anos, ela adquiriu profundo<br />

conhecimento e proximidade com os<br />

membros da etnia, identificou particularidades<br />

culturais, como seu senso<br />

de humor característico e a presença<br />

de uma categoria de animais<br />

nomeada bichos-gente.<br />

Além de todo o trabalho de pesquisa<br />

acadêmica, foram reunidas e<br />

gravadas num CD, 49 cantigas de<br />

A professora Cristina Martins Fargetti<br />

ninar, entoadas por mães e avós ao<br />

embalar suas crianças, resistindo,<br />

desse modo, ao processo de aculturação<br />

que ameaça os povos originários<br />

desde o contato com os brancos.<br />

“A obra traz um cancioneiro, com<br />

a letra transcrita e a tradução. Ela é<br />

seguida de um capítulo escrito pela<br />

musicista Marlui Miranda, também<br />

responsável pela transcrição das partituras”,<br />

revela a autora.<br />

|64


Apresentação realizada na antiga casa noturna O Barril, em 1967: Luiz Pavan, Totó, Bebeto, Paulinho e Beto Placco<br />

The Hippies: o puro creme do rock ´n´roll<br />

Influenciado diretamente por The Beatles e The Rolling Stones, grupo de Araraquara foi<br />

destaque na cidade entre 1966 e 1970, época em que casas noturnas como o Porão e Barril<br />

começavam a figurar como ponto de encontro de jovens. O fundador da banda, Beto Placco,<br />

e o também baterista, Didinho Haddad, nos contam esta história.<br />

Entre 1962 e 1966, uma onda de<br />

histeria tomou conta do mundo.<br />

John Lennon, Paul Mccartney,<br />

George Harrison e Ringo Starr,<br />

(Beatles), lotavam clubes e estádios<br />

da Europa, do Japão e dos Estados<br />

Unidos.<br />

Essa paixão de milhões de<br />

jovens pela banda tornou-se uma<br />

verdadeira febre por todo mundo,<br />

apelidada posteriormente por<br />

beatlemania.<br />

À frente pela idealização de uma<br />

nova linguagem musical, os ingleses<br />

também foram responsáveis pela<br />

criação de um novo universo para<br />

a cultura pop, mudando o estilo e<br />

comportamento para sempre.<br />

Em Araraquara, na década de 60,<br />

o assunto entre os adolescentes<br />

não poderia ser outro e a loucura<br />

pelos Beatles se espalhava nas<br />

escolas, quermesses e brincadeiras<br />

dançantes.<br />

Na casa do araraquarense Beto<br />

Placco, 68, os vinis dos Beatles<br />

eram uma constante na vitrola<br />

da família. Mas no caso de Beto,<br />

a paixão foi muito além de uma<br />

simples audição.<br />

Todo esse glamour o incentivou a<br />

montar uma banda. Identificado<br />

com a bateria de Ringo Starr, o<br />

também canhoto Placco fundou<br />

a The Hippies, grupo que se<br />

apresentou na cidade e região entre<br />

os anos de 1966 e 1970.<br />

CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />

65|


A trajetória dos Hippies segue<br />

uma linha de evolução que apresentamos<br />

nas edições anteriores deste<br />

especial. Enquanto The Jungles e<br />

Condor Boys carregavam repertórios<br />

essencialmente dançantes e instrumentais,<br />

a Spectro 4 passou a dar<br />

destaque para linhas vocais.<br />

Pois bem, no caso dos Hippies, a<br />

proposta segue esse perfil de crescimento.<br />

Ou melhor, essa adaptação<br />

às tendências da época. No caso<br />

dos meninos, a ideia era tocar apenas<br />

rock´n´roll, 100% com músicas<br />

internacionais e cantadas em performances<br />

mais despojadas e um pouco<br />

mais agressivas, digamos.<br />

Para compor a primeira formação<br />

da banda, o baterista (e também vocalista)<br />

Beto Placco chamou Bebeto<br />

De Lorenzo (guitarra e voz), Paulinho<br />

Lima (baixo) e Carlinhos Nigro (guitarra<br />

vocal). Todos tinham entre 16<br />

e 17 anos.<br />

Beto Placco deixou a banda em<br />

1969, dando lugar a Didinho Haddad.<br />

Naquela ocasião, os Hippies estavam<br />

em sua segunda formação, que também<br />

conta com os vocalistas Marcos<br />

Totó e Marcos Placco, irmão de Beto<br />

e o guitarrista Luiz Pavan.<br />

De todos os músicos que passaram<br />

pelos Hippies, faleceram Bebeto<br />

De Lorenzo e Marcos Totó. Carlinhos<br />

Nigro mora em São Paulo, capital;<br />

Paulinho Lima em São Luiz, no Maranhão;<br />

Marcos Placco em São Pedro/SP.<br />

Luiz Pavan, Didinho Haddad e<br />

Beto Placco continuam em Araraquara<br />

e ainda flertam com música. Placco<br />

é o principal deles, apresentando-se<br />

em banda com a Beatles Again após<br />

passar por Som Beat e Onix.<br />

A primeira formação dos Hippies: Bebeto, Paulinho, Beto Placco e Carlinhos Nigro<br />

VIVENDO<br />

Os ensaios dos Hippies ocorriam<br />

na casa de Beto Placco, à época<br />

localizada na esquina da Alameda<br />

Rogério Pinto Ferraz com a Avenida<br />

Circular Mário Hyroio Arita. “Tocávamos<br />

no fundo da minha residência e<br />

o repertório tinha muita música internacional,<br />

com destaque para canções<br />

dos Beatles e Rolling Stones”, conta<br />

Placco.<br />

O público da banda era diferente<br />

daqueles que frequentavam os bailes<br />

nos tradicionais clubes de Araraquara.<br />

Mesmo com shows no Araraquarense,<br />

por exemplo, a Hippies passou a<br />

se apresentar em outras casas locais.<br />

|66


A principal formação do grupo: Bebeto De Lorenzo, Luiz Pavani, Marcos Placco, Beto<br />

Placco, Carlinhos Nigro, Paulinho Lima e Totó<br />

“Nossos shows não davam para dançar.<br />

Era um rock´n´roll diferente,<br />

que seguia as tendências mundiais.<br />

Não tínhamos uniformes, tocávamos<br />

todos com roupas próprias”, conta<br />

o baterista. Entre os espaços, aparecem<br />

pelo O Barril (Raimundo) e O<br />

Porão (José Airton Cury), ambos na<br />

São Bento . O primeiro ficava na Avenida<br />

São Bento, na altura do Banco<br />

Bradesco. O outro na mesma avenida,<br />

só que embaixo do Hotel Municipal<br />

(Acessoriun hoje).<br />

“Todo final de semana a gente<br />

tinha show. Fazíamos algumas apresentações<br />

no salão de festas do Asilo,<br />

por exemplo, mas o nosso forte eram<br />

as casas noturnas que começavam a<br />

chamar a moçada naquela época”,<br />

conta Placco.<br />

Felizes com o nome que os Hippies<br />

tinham em Araraquara, os meninos<br />

sentiram que a inclusão de músicas<br />

de artistas nacionais, da Jovem<br />

Guarda, principalmente, começava a<br />

fazer falta. “O pessoal sempre pedia<br />

algo e não tínhamos nada ensaiado”,<br />

lembra Beto Placco.<br />

Para tal, foi encontrada a solução:<br />

a soma de dois vocalistas na formação<br />

da banda: Marcos Totó e Marcos<br />

Placco. O guitarrista Luiz Pavan também<br />

foi convocado. Com um repertório<br />

mais recheado, shows pela região<br />

também começaram a pipocar, principalmente<br />

Barra Bonita, ‘onde não<br />

sei porque tínhamos tanto público’,<br />

afirma Beto Placco.<br />

Inclusive, nessas viagens, em Jaú,<br />

a banda passou por apuros por conta<br />

de Carlinhos Nigro, dito o galã dos<br />

Hippies. Corriqueiro em todas as apresentações,<br />

diversos flertes ocorriam<br />

entre palco e público, mas, certa vez,<br />

em público da cidade, a paquera deu<br />

errado. “Acho que o Carlinhos mexeu<br />

com alguém que não podia e daí já<br />

viu, todos queriam bater na gente”,<br />

conta Beto em tom de brincadeira.<br />

Com um LP compacto gravado ao<br />

vivo na Rádio Cultura, tudo caminhava<br />

bem com os Hippies porém, em dezembro<br />

de 1969, seu fundador, Beto<br />

Placco deixava o posto rumo a outra<br />

vida, agora casado e no mundo dos<br />

Seguros. Porém, ele voltou à música<br />

uma década depois.<br />

Logo, Didinho Haddad assumiria<br />

as baquetas. Com essa formação, a<br />

banda duraria apenas mais um ano.<br />

“Desse tempo, carrego comigo muita<br />

saudade, principalmente da amizade<br />

e parceria que nós tínhamos”, reflete<br />

Placco.<br />

NOME VIROU PROBLEMA<br />

Didinho Haddad, 64, entrou para<br />

67|


Show no Restaurante Internacional (atual Estrela do Sul) em 1970. Didinho Haddad, Paulinho, Bebeto, Totó, Carlinhos e Luiz<br />

o grupo por um consenso geral. Com<br />

bagagem de shows ao lado da Balanço<br />

3, com Beto Neves (Beatles Again)<br />

e Beto Haddad, sua participação nos<br />

Hippies foi rápida, porém ele guarda<br />

com carinho os shows no Clube dos<br />

Alfaiates, em São Carlos, entre outros.<br />

À RCI, ele ressalta a qualidade musical<br />

do baixista Paulinho Lima que,<br />

ao seu lado, fizeram parte do TUC,<br />

Teatro Universitário de Araraquara,<br />

comandado por Luis Antônio Martinez<br />

Corrêa. “Foram tempos maravilhosos”,<br />

lembra.<br />

Segundo Haddad, o fim dos Hippies<br />

foi triste ou trágico, em teor de<br />

brincadeira. A banda encerrou suas<br />

atividades após ser vetada pelo promotor<br />

Geraldo de Arruda Campos em<br />

um festival no Colégio Progresso no<br />

fim dos anos 70. O motivo? Didinho<br />

Haddad e Paulinho Lima eram menores<br />

de idade. “Na verdade, enfrentávamos<br />

alguns problemas com<br />

o nome do grupo por conta do movimento<br />

de contestação que ganhava<br />

o mundo. Mas, muita gente, relacionava<br />

os hippies com consumo de<br />

drogas. Isso nos atingiu, de alguma<br />

maneira. Chegamos até mudar nossa<br />

grafia para Derips, mas tudo em vão.<br />

Foi triste, mas acabamos desistindo<br />

do grupo após esse incidente e cada<br />

um seguiu sua vida”, finaliza Didinho<br />

Haddad que, por logística, acabou migrando<br />

para o teclado, tocando hoje<br />

apenas em seu estúdio particular e<br />

eventos fechados.<br />

Didinho Haddad<br />

Beto Placco Paulinho Lima Luiz Pavan<br />

|68


INFORME<br />

Um lindo sorriso a seu alcance<br />

Já ouviu falar do método CEREC? Técnica está disponível em Araraquara<br />

Você sonha em ter um sorriso<br />

de artista de Hollywood? Este<br />

desejo é possível por meio da<br />

mais nova tecnologia quando se<br />

trata de “lentes de contato”. Essa<br />

metodologia, inventada na Alemanha<br />

é encontrada em Araraquara na<br />

clínica Ortovita, que utiliza o método<br />

CEREC, da marca Sirona.<br />

Dr. Klaus Fernando<br />

de Carvalho Bernardo<br />

CRO 54.250<br />

Entre as vantagens estão o tempo<br />

de entrega do material, que são<br />

incrivelmente rápidos e custos<br />

similares às técnicas tradicionais.<br />

O dentista responsável pelo<br />

procedimento na Ortovita, Dr. Klaus<br />

Fernando de Carvalho Bernardo<br />

garante que a tecnologia é indolor,<br />

rápida e de altíssima qualidade.<br />

“O sistema é apropriado para coroas,<br />

próteses sobre implantes, “lentes<br />

de contato”, além de ser possível<br />

substituir restaurações antigas por<br />

restaurações cerâmicas e facetas<br />

laminadas e o mais interessante,<br />

é que se antes todo o processo de<br />

preparo e entrega ficava pronto<br />

em várias consultas, hoje nós<br />

conseguimos fazer todo o trabalho<br />

em apenas uma consulta. Um<br />

exemplo disso é que hoje, um único<br />

dente, com esse método, fica pronto<br />

em sete minutos. É surpreendente!”,<br />

relata.<br />

Com a tecnologia CEREC é possível<br />

fazer o preparo e impressão em<br />

3D de um novo dente. Primeiro é<br />

digitalizada a dentição do paciente<br />

com uma câmera que vem acoplada<br />

à máquina e após o processo de<br />

estudo totalmente personalizado,<br />

feito pelo Dr. Klaus - que passou<br />

por curso específico para utilizar o<br />

aparelho, um novo dente é impresso<br />

na máquina.<br />

A Ortovita está em Araraquara<br />

desde 1995 e realiza uma série de<br />

trabalhos na área da odontologia.<br />

Aliando tradição, qualidade e<br />

modernidade, a nova tecnologia<br />

empregada pelo Dr. Klaus está a<br />

seu alcance. Agende seu horário na<br />

Ortovita. Você vai ficar surpreso com<br />

os resultados.<br />

Equipe Ortovita<br />

Localização<br />

privilegiada<br />

(16) 3331.2615<br />

Rua Napoleão Selmi Dei, 279<br />

Vila Harmonia - Araraquara/SP<br />

Ortovita Carvalho Bernardo<br />

69|


VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS<br />

500 milhas de Interlagos em 1973: um ano<br />

na vida de um jovem é uma eternidade<br />

Pinho (José Manoel do Amaral Sampaio), Zezzo Ponticelli e Celso (Baiano Faito) Martinez na Yamaha TR3<br />

,<br />

Tudo muda, tudo se<br />

transforma; tudo começa<br />

a se realizar rapidamente.<br />

De maio de 1972 quando<br />

através de Paulo<br />

,<br />

Pecin<br />

cheguei a Interlagos, para<br />

maio de 1973, meu mundo<br />

já era outro.<br />

Benê<br />

De motociclista principiante no<br />

guidão da italiana Ital Jet 1964, para<br />

uma Zundapp alemã, nova, cilindro<br />

e cabeçote de alumínio, 5 marchas,<br />

foi um segundo. Com ela, mais veloz,<br />

com aerodinâmica moderna, mudei<br />

de patamar. Minhas companhias já<br />

ficaram outras e assim fui aproximando<br />

cada vez mais do Moto Clube<br />

Araraquara e seu estafe. Fim de semana<br />

direto para a Fonte Luminosa<br />

e a convivência com Baiano, Diogo<br />

e Zé, da família Faito, Evaldo Salerno,<br />

Penha, Adolpho Tedeschi, Neto,<br />

Manolo, Adolpho Segnini, Dario Pires,<br />

Pinho, Zé Antonio Pecin, Jair Galeane,<br />

Roldão Junior, Negão, Silvinho Nigro<br />

e Antonio Carlos Selvino, foram me<br />

dando experiência e cada vez mais<br />

a busca de limites da velocidade a<br />

serem ultrapassados. Essa convivência<br />

me proporcionou chegar para<br />

a corrida de 1973, já diferente. Em<br />

seu carro, um JK verde que chamávamos<br />

de Alfa Romeo, Penha levou,<br />

no banco da frente, Salerno e Dinho<br />

Dall’Acqua. No banco traseiro fomos<br />

eu, Pinho e Baiano Faito. Os três da<br />

frente, experimentadíssimos, Penha<br />

e Salerno pilotos consagrados, Dinho<br />

DallAcqua na chefia<br />

da logística, já se tornara<br />

fiel escudeiro. No banco<br />

de trás, Baiano mesclava<br />

lapsos de grande piloto<br />

e preparador, eu e Pinho<br />

em busca das descobertas<br />

de nossos sonhos.<br />

Equipe de<br />

Araraquara:<br />

Penha, Rogério,<br />

Edivilmo, Benê,<br />

Salerno e Pinho<br />

Texto: Benedito<br />

Salvador Carlos,<br />

o Benê, com a<br />

colaboração de<br />

Pedro Scabello<br />

Para pilotar a Yamaha TD 2B 250cc,<br />

de fábrica, Salerno e Edivilmo, então<br />

radicado em Capivari. Nossa missão<br />

era de compor a equipe técnica. Para<br />

mim, Baiano Faito e Pinho, isso só,<br />

era impossível.<br />

Estar ali nos boxes e ficar perto de<br />

tudo que mais ambicionávamos era<br />

o máximo. Aquele ambiente, o cheiro<br />

místico da gasolina azul com o óleo<br />

|70


Valvoline Racing, aquele impagável<br />

run run runnn run ruuuuuuuuunn...<br />

run run....<br />

A VIAGEM<br />

Ceccotto (1) e Adu (4)<br />

em duelo sensacional<br />

nas curvas de Interlagos<br />

deroso chefe da equipe venezuelana,<br />

o melhor traçado para se pilotar em<br />

Interlagos. Suas mãos, uma sobre a<br />

outra, levemente distantes, movimentos<br />

contorcidos, mostrando o comportamento<br />

da Yamaha número 1 nas<br />

saídas de curva, a sua observação<br />

do desgaste dos pneus que ele carinhosamente<br />

acariciava, gesto que eu<br />

tietando, na sua companhia, repeti<br />

agachado no lado oposto da motocicleta.<br />

A EXPECTATIVA<br />

Neste fim de semana, três pilotos<br />

em especial chamavam minha atenção:<br />

Adu Celso, que poucos dias antes<br />

sagrou-se vencedor do Grand Prix<br />

da Espanha, tornando-se o primeiro<br />

piloto brasileiro a vencer uma prova,<br />

numa categoria Especial do Campeonato<br />

Mundial, deixando pra trás nada<br />

mais nada menos que Billie Nelson e<br />

Patrick Pons, ambos oficiais Yamaha.<br />

Johnny Ceccotto, que mesmo muito<br />

jovem já dava prenúncio da lenda que<br />

mais tarde se tornaria e Evaldo Salerno,<br />

o melhor piloto de Araraquara<br />

e um dos melhores do país na categoria<br />

50cc. Salerno, parceiro nesta<br />

prova de Edivilmo Queiroz, tinha uma<br />

“tocada” extremamente técnica, estilosa,<br />

trazia a motocicleta na mão,<br />

fundida no seu próprio corpo, muito<br />

bonito de se contemplar. Se eu e Pinho<br />

modestamente nos inspirávamos<br />

Evaldo Salerno<br />

brilhante na<br />

reta oposta,<br />

antecedendo<br />

a tomada da<br />

Curva do Sol<br />

Chegamos em São Paulo na sexta<br />

feira à noite, a corrida foi no domingo<br />

e o sábado, por mais incrível que<br />

pareça, foi o dia mais festejado, foi o<br />

dia mais especial, foi uma verdadeira<br />

festa. Circulávamos por todos os boxes,<br />

observando, admirando e ficando<br />

encantados. Tudo ali era mágico. Imagine<br />

Adu e Tognochi discutindo sobre<br />

como acertar a sua motocicleta ou<br />

o melhor, andando ali do nosso lado<br />

juntamente com Walter Barchi, Denísio<br />

Casarini, Zezzo Ponticelli e Paulé<br />

Salvalágio. Ali também naquele momento,<br />

no ostracismo, nascia outra<br />

lenda do motociclismo nacional: o<br />

genial Carlos Alberto Pavan, consagrado<br />

posteriormente como “Jacaré”,<br />

piloto humilde, exacerbado e amigo<br />

de Araraquara.<br />

Nem em sonho pensaria na possibilidade<br />

de estar ao lado de Ceccotto,<br />

explicando para Dom Hipólito, o poem<br />

Ceccotto, Nezinho como chamamos<br />

até hoje, tinha o estilo limpo de<br />

Giácomo Agostini, igualmente imitado<br />

por Baiano Faito.<br />

No domingo, dada a largada estilo<br />

Le Mans, uma corrida inesquecível.<br />

Walter Barchi (Tucano) e Adu largaram<br />

muito bem e alternaram a liderança<br />

em bonito duelo. Tucano, o melhor<br />

piloto que atuava no Brasil, mostrava<br />

para Adu que tinha muito talento e<br />

que venderia caro a liderança. Ceccotto<br />

não conseguiu largar bem, sua<br />

moto não pegou na largada, deixando<br />

sua corrida na parceria de Ferruccio<br />

Della Fusine, totalmente prejudicada.<br />

Tentando descontar a diferença para<br />

os líderes Adu e Tucano, Johnny acelerava<br />

tão forte que acabou caindo na<br />

entrada da ferradura, levantando-se<br />

rapidamente e indo direto para o posto<br />

médico, enquanto os seus mecânicos<br />

consertavam o equipamento, que<br />

lhe rendeu um atraso de oito voltas<br />

completas. Se para ele foi difícil, pura<br />

sorte para nós amantes de uma boa<br />

corrida. Daquele instante até o finzinho<br />

da prova (100 voltas no traçado<br />

antigo, 8 km) descontou quatro voltas<br />

até encontrar Adu. Travaram ali<br />

um dos mais belos espetáculos que<br />

Interlagos já assistiu. O autódromo<br />

inteiro ficou de pé, Adu não permitia<br />

Ceccotto tirar mais uma volta de atraso,<br />

Ceccoto por sua vez, obstinado<br />

não aliviou seu acelerador, até ultrapassar.<br />

Roda com roda, carenagens<br />

grudadas como irmãs siamesas, o<br />

locutor da prova ensandecido e para<br />

nós uma aula do impossível.<br />

A prova foi vencida então por Adu<br />

e Paolo Tognochi, seguidos pela dupla<br />

venezuelana Pedro Betancourt e<br />

Domingos Cortez. Ceccotto e Ferrucio,<br />

vencendo as adversidades, chegaram<br />

brilhantemente em terceiro. Salerno<br />

e Edivilmo em décimo segundo, na<br />

classificação geral, realizando ambos,<br />

um corridaço.<br />

71|


VIP<br />

VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />

Homenagem merecida<br />

Olá, querido leitor! E o mês de maio chegou e com ele toda a doçura<br />

e carinho que nos envolve por conta do Dia das Mães. Penso que não<br />

existe palavra mais pronunciada por todos nós. O que seríamos sem<br />

elas? O colo, o aconchego, o olhar, a cumplicidade, o amor inigualável.<br />

E que falta nos faz quando não estão mais ao nosso lado! Recorro<br />

a Vinicius de Moraes para homenageá-las. “Aninha-me em teu colo<br />

como outrora. Dize-me bem baixo assim: – Filho, não temas dorme<br />

em sossego, que tua mãe não dorme. Dorme. Os que de há muito<br />

te esperavam cansados já se foram para longe. Perto de ti está tua<br />

mãezinha. Teu irmão que o estudo adormeceu, tuas irmãs pisando de<br />

levinho para não despertar o sono teu. Dorme meu filho, dorme no meu<br />

peito. Sonha a felicidade. Velo eu”.<br />

Maria Prada e Paulo Sérgio Chediek<br />

Fotos: Marcela Campos<br />

Clube Araraquarense<br />

Cynthia<br />

Lacorte Borelli,<br />

Valéria Cação,<br />

Luciana<br />

Martinelli<br />

Coelho e<br />

Elaine Tolino<br />

Fátima de Passos Lima e<br />

Pipo Rodrigues de Lima<br />

Nice Cardoso<br />

e Dany Larocca<br />

Haddad<br />

Rosicler Pinotti Spreafico e<br />

Camilo Spreafico<br />

|72


VIPS<br />

EM DESTAQUE<br />

Marcelo Nigro, Patrícia Nigro, Marcela Nigro,<br />

Ana Lúcia dos Santos Martins Fernandes e Luiz<br />

Henrique Martins Fernandes<br />

Vagner Costa<br />

Ana Marina Lia,<br />

Ana Maria Coan<br />

e Ana Paula Coan Pierri<br />

O sommelier Eliton<br />

Bertoli com Ítalo Fucci<br />

Carlos Alberto Melluso Neto<br />

com a mamãe Luciana<br />

Padovani Melluso<br />

Anapaula Bueno<br />

Brambilla, Maria<br />

de Lourdes Peiro,<br />

Valéria Bueno<br />

Faustino, Tânia<br />

De Oliveira<br />

Bueno Polis e José<br />

Benedito Polis<br />

73|


VIPS<br />

EM DESTAQUE<br />

Fernando Lobo e<br />

Laís Marina Caroni<br />

Ana Morais, Darci Leoni e Sônia Nogueira Ervas<br />

Luciane<br />

Lapena<br />

Barreto<br />

e Egydio<br />

Cambiaghi<br />

Argente<br />

Luciane<br />

Viveiros<br />

Paulo Treviso<br />

e Cristiane Treviso<br />

Luciano Abelhaneda<br />

e Marcelo Caramuru<br />

|74


75|


Vinho & Ponto Araraquara por Patrícia Nigro<br />

A sommelière Patrícia Nigro<br />

inaugurou no dia 12 de abril, a<br />

importadora e distribuidora de<br />

vinhos “Vinho & Ponto”, franquia<br />

que conta com mais de 400<br />

rótulos nacionais e internacionais.<br />

O local aconchegante oferece aos<br />

apreciadores da bebida um wine<br />

bar. Em nossa edição de maio, a<br />

profissional nos traz a diferença<br />

entre o champagne<br />

e o espumante.<br />

Você sabe qual a<br />

diferença entre<br />

champagne e<br />

espumante?<br />

Dúvida fácil de ser respondida! A grande diferença é a região de produção<br />

e a forma de produção. Champagne é um vinho branco ou rosé espumante,<br />

só que produzido na região de Champagne, no norte da França. Para a<br />

produção, devem ser observadas, obrigatoriamente, a presença das uvas<br />

chardonnay, pinot noir e pinot meunier. Os vinhedos são plantados em uma<br />

região delimitada pelo governo francês e o método de produção é controlado<br />

minuciosamente, por um órgão específico e regulador chamado Comité<br />

Interprofessionnel du Vin de Champagne (CIVC). Caso a bebida não respeite<br />

as regras do comitê, não pode ser chamada de champanhe.<br />

A forma de produção é outro fator fundamental para caracterizar a bebida,<br />

ou seja, somente será elaborada pelo método champenoise, onde a primeira<br />

fermentação do líquido é feita em tanque de aço inoxidável e a segunda<br />

ocorre dentro da própria garrafa. Portanto, existem espumantes que são feitos<br />

pelo método champenoise, mas não podem ser chamados de champanhe<br />

porque não foram feitos naquela região da França. O espumante também<br />

é um vinho branco (ou rosé) e efervescente, com gás carbônico e não existe<br />

nenhuma uva/casta “obrigatória” para a produção. Eles podem ser feitos pelo<br />

método champenoise descrito acima ou pelo método charmat, onde a bebida<br />

é fermentada duas vezes em tonéis de aço inoxidável. No Brasil, notamos a<br />

crescente produção de vinhos espumantes, principalmente no Rio Grande do<br />

Sul. As condições climáticas, as características das uvas, as tecnologias para<br />

a produção e a interferência altamente profissional dos enólogos são alguns<br />

dos principais componentes que caracterizam o potencial que tem destacado<br />

o país como um grande produtor de espumantes de alta qualidade. Prova<br />

disso, são os vários prêmios obtidos por nossos espumantes nos mais variados<br />

concursos de nível nacional e internacional. Curiosamente, existe uma exceção<br />

para a denominação champagne. A Peterlongo, localizada em Garibaldi/RS foi<br />

a primeira vinícola e produtora brasileira a elaborar espumantes seguindo as<br />

mesmas características dos produtos da França e atualmente é a única no país<br />

que pode utilizar a nomenclatura “champagne” em seus produtos. Portanto,<br />

podemos fazer um brinde com um maravilhoso champagne brasileiro.<br />

Fique atento com a dica: todo champagne é um espumante, mas nem todo<br />

espumante é um champagne!<br />

Saúde!<br />

|76


PERSONALIDADE<br />

VIP<br />

GERALDO MARTELLI<br />

*Maribel Santos<br />

Araraquara conta com professor formado<br />

em escola da Alemanha em Constelações<br />

Familiares Hellinger Sciencia Schule<br />

Geraldo Martelli, 55 anos é natural<br />

de Araraquara. Dedicou trinta e cinco<br />

anos da sua vida trabalhando na área<br />

da saúde, como representante de indústrias<br />

farmacêuticas da Itália, Alemanha<br />

e do Brasil. No ano de 2017 se<br />

forma na escola da “fonte” como dizem<br />

os consteladores. A Hellinger Sciencia<br />

criada pela Sra. Marie Sophie Hellinger<br />

e pelo criador das Constelações Sistêmicas<br />

Familiares Sr. Anton Suitbert<br />

Hellinger, mais conhecido como Bert<br />

Hellinger. Para o alemão Hellinger as<br />

constelações estão ligadas ao conceito<br />

dos sistemas, constituído pela família<br />

e relacionamentos importantes que<br />

temos (como casamentos, atual ou<br />

anteriores). E foi todo esse universo de<br />

informações que Geraldo se apaixonou.<br />

Após avançada formação em Constelações<br />

Sistêmicas Familiares, Martelli<br />

se dedicou às Constelações Sistêmicas<br />

Estruturais com modelos terapêuticos<br />

para empresas e organizações, além<br />

de ter possibilidade de atender famílias,<br />

casais, em relacionamentos problemáticos<br />

que também necessitam de olhares<br />

sistêmicos. Com dedicação intensa no<br />

assunto, vislumbrou a possibilidade de<br />

colaborar efetivamente com a vida das<br />

pessoas, inclusive objetivando conhecer<br />

as doenças pelo olhar sistêmico<br />

em formação com o médico Dr. Renato<br />

Shaan Bertate. E foi assim que nasceu o<br />

Espaço Terapêutico GA.Connect, localizado<br />

na Avenida Orestes Pieroni Gobbo,<br />

562 na Vila Harmonia. Sua dedicação<br />

diária é estendida ao longo do dia, e<br />

por vezes seus atendimentos ocorrem<br />

à noite para facilitar a agenda de seus<br />

clientes particulares. Dedicado e generoso,<br />

Martelli faz muitos atendimentos<br />

filantrópicos, visando em primeiro lugar<br />

o bem-estar da pessoa que o procurou.<br />

Durante nossa conversa, percebi além<br />

da sua sensibilidade e humanidade, a<br />

responsabilidade que ele traz para si<br />

como uma missão. É nítido em seu olhar<br />

Geraldo Martelli,<br />

Terapeuta Holístico da GA.Connect<br />

e em sua fala mansa, o orgulho que sente<br />

em poder ajudar o próximo. Sobre os<br />

trabalhos filantrópicos Geraldo Martelli<br />

está à frente da criação do 3I do Ismael<br />

e ISAAC (IIInstituto de Sabedoria e Amor<br />

de Araraquara Constelações) onde aceita<br />

a inclusão de pessoas que estejam<br />

dispostas a ceder horas de sua vida ao<br />

próximo com trabalho voluntário. Finaliza<br />

dizendo que acredita que o equilíbrio<br />

dos sistemas familiares é a saída para<br />

um mundo mais humano e de amplitude<br />

de consciência, levando todos os seres<br />

humanos a terem uma vida mais plena<br />

e digna.<br />

Para mais informações, o próprio<br />

Terapeuta Holístico está à sua disposição<br />

via WhatsApp no número: (16)<br />

9.8262.1000 ou (16) 3357. 5388. Se<br />

preferir, encaminhe suas dúvidas para<br />

o e-mail: gaconnect25@gmail.com o<br />

atendimento poderá ser feito online.<br />

Para os interessados no assunto, Martelli<br />

ministra cursos de formação em<br />

Constelações Sistêmicas Familiares.<br />

77|


Novo Conselho de Administração que aguarda homologação pelo Banco Central: Elias Aparecido Peichin, Romualdo Mascagna<br />

Cavicchioli e Hélio Soares (Conselho Fiscal); Dorival Bérgamo, Francisco Malta Cardozo e Lucas de Arruda Serra (Vogais); Herbert<br />

Müller Junior (Diretor Administrativo), Jaime Alberto de Vasconcelos (Diretor Operacional) e Mario Elcio Danieli (Diretor Presidente)<br />

NOVOS CAMINHOS<br />

CR<strong>ED</strong>ICENTRO<br />

Eleita em abril<br />

nova diretoria<br />

Presidente Mario<br />

Elcio Danieli ao<br />

ser eleito disse que<br />

vai buscar maiores<br />

benefícios para os<br />

cooperados.<br />

Em abril foram eleitos<br />

os novos diretores da Credicentro<br />

em Araraquara,<br />

cooperativa que atende os<br />

produtores rurais da nossa<br />

região. O futuro presidente,<br />

Mario Elcio Danieli enalteceu<br />

o trabalho de Jaime<br />

Alberto de Vasconcelos<br />

que por 10 anos esteve<br />

à frente da entidade e do<br />

companheiro Herbert Müller<br />

Junior, que seguem na<br />

diretoria.<br />

Após a assembleia,<br />

foi realizado o tradicional<br />

sorteio de brindes, homenageando<br />

os cooperados.<br />

Jaime Vasconcelos e Olavo<br />

Cavalcanti Pereira de Cordis<br />

Renato Delort e Mario Elcio<br />

Danieli<br />

Rodrigo Donizeti de Almeida e<br />

João Batista Zolio Junior<br />

Mariana Mendes Borges e<br />

Agnes Vicente<br />

Jaime Alberto de Vasconcelos com a associada Odette Sorbo<br />

Gonçalves e sua neta Rafaela Gonçalves Smirne<br />

|78


Daniele Correa Rodrigues e<br />

Juliana Falasco<br />

Altemar Brunetti (Jéca Tatu) e<br />

Luciane Marianno Sônego<br />

Maria Ignez Ferro Marianno e<br />

Rodrigo Donizeti de Almeida<br />

Francisco Malta Cardozo e<br />

Milena Cristina Mascarini<br />

Isabel Cristina Ferreira e<br />

Jaime Tadao Mariuyama<br />

Aparecido Donizetti Rabatini e<br />

Herbert Müller Junior<br />

Mario Elcio Danieli e Antonio<br />

José Redondo<br />

Nicolau de Souza Freitas e<br />

Rodrigo Donizeti de Almeida<br />

João Otávio Mariani Siqueira e<br />

Jaime Alberto de Vasconcelos<br />

Mário Lúcio Citta e Herbert<br />

Müller Junior<br />

Heleneide de Fátima Conde<br />

Scotton e Herbert Müller Junior<br />

Mario Elcio Danieli e Mariana<br />

Danieli Lopes<br />

Altemar Brunetti e Diego<br />

Danieli<br />

Herbert Müller Junior e<br />

Marcelo Tadeu Costa<br />

Rui Fernando Pinotti e Herbert<br />

Müller Junior<br />

Kanji Noguchi e Jaime Alberto<br />

de Vasconcelos<br />

79|


VITRINE<br />

VITRINE<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

JOÃO CARLOS<br />

INAUGURAÇÃO EM ALTO ESTILO<br />

Uma das mais tradicionais famílias<br />

de Araraquara - Zana - decide<br />

investir na implantação de serviço<br />

que visa atender através de um<br />

maravilhoso espaço interativo,<br />

a melhor idade, promovendo a<br />

saúde e melhor qualidade de vida.<br />

Parabéns. É um orgulho para a<br />

cidade uma casa tão maravilhosa.<br />

Família Zana e integrantes da Equipe Bem Viver<br />

Família Zana reunida: Maria Amélia, Tárcia Maria,<br />

Carolina e João<br />

As irmãs Carolina e Maria Amélia, proprietárias e<br />

diretoras da casa<br />

ANIVERSÁRIOS<br />

Maio|<strong>2018</strong><br />

A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA NOME<br />

EMPRESA<br />

DATA NOME<br />

EMPRESA<br />

01/05<br />

02/05<br />

03/05<br />

05/05<br />

06/05<br />

06/05<br />

06/05<br />

07/05<br />

07/05<br />

07/05<br />

08/05<br />

08/05<br />

08/05<br />

09/05<br />

10/05<br />

10/05<br />

12/05<br />

12/05<br />

12/05<br />

Juliano Fernandes de Freitas<br />

Arcangelo Nigro Neto<br />

José Roberto Anzuin<br />

Edison Barreto<br />

Andrelino Alves Pinto Filho<br />

Nelson Luis Felicio<br />

Reinaldo de Freitas B. Neto<br />

Helga M. Rodrigues<br />

Jorgino Francisco Antunes<br />

Junior de Souza Marques<br />

Elisabete Barbosa Berci<br />

Giuseppe Morvillo<br />

Osmar Aparecido Justino<br />

Sérgio João Mahfuz<br />

Antonio Carlos Jeremias<br />

Jurandi José da Silva<br />

Diomar Benedicta B. Silva<br />

Mario Roberto Mendonça<br />

Wilton Lupo Neto<br />

Ótica Thiago<br />

Nigro Alumínio<br />

Só Peças<br />

Polo Play Araraquara<br />

Vilacopos<br />

Movbase Infraestrutura<br />

Jacke Shoes Calçados e Bolsas<br />

Papel Arte<br />

Casa das Ervas São Francisco<br />

Lava Jato Pantera<br />

Drogaria Nova Vida<br />

Hidromor<br />

Valmag<br />

J Mahfuz<br />

Imobiliária Jeremias Borsari<br />

DJ Cesta Básica<br />

Infinity<br />

Mendonça Rádio Comunicação<br />

HAW Empreendimentos<br />

13/05<br />

13/05<br />

14/05<br />

15/05<br />

18/05<br />

18/05<br />

19/05<br />

19/05<br />

21/05<br />

23/05<br />

23/05<br />

23/05<br />

24/05<br />

25/05<br />

27/05<br />

27/05<br />

27/05<br />

28/05<br />

29/05<br />

Keila Parra Alves Pinto<br />

Rita C. Passetto Souza<br />

Jorge Anysio Haddad<br />

Roberto Rangel Rabello<br />

Bruno Ribeiro Martins<br />

Edes Dalmo de Oliveira<br />

Daniel José Barros<br />

Maria E. Popolim Barreto<br />

Janete Tito Coimbra<br />

Claudemir dos Santos<br />

Nelson Brito de Lucca<br />

Rodrigo Luiz Abuchaim<br />

Sandra R. Antoniolli Vicente<br />

Carlos Alberto Mori Rodrigues<br />

Domingos Bianchi Cavaleti<br />

Mario Ito<br />

Renata Bueno Govatto<br />

Marcella Jacon<br />

Vera Lúcia Belini Navarro<br />

Tutti Frutti<br />

Grafite Papelaria<br />

Lajes Treliçadas Duraleve<br />

Cavian Kids<br />

Mark’s Tintas<br />

A Boa Compra<br />

Liceu Monteiro Lobato<br />

Polo Play Araraquara<br />

Grupo Sinergia<br />

Claudemir dos Santos<br />

Esc. Prudente de Contabilidade<br />

Porkão Ind. Com. de Carnes<br />

S.R. Comercial<br />

Vierge Confecções<br />

Auto Eletro São Domingos<br />

Relojoaria Cruzeiro<br />

Edu Imóveis<br />

AJ Citrus<br />

Mercearia Real<br />

|80


Título de Cidadã<br />

Araraquarense<br />

para a querida<br />

escritora Darcy<br />

Dantas: Elton<br />

Negrini, Darcy,<br />

Jéferson Yashuda<br />

e Coca Ferraz,<br />

presidente<br />

da Academia<br />

Araraquarense<br />

de Letras<br />

Empresário Nelvio de Vito,<br />

aproveitou abril para<br />

comemorar mais um aniversário.<br />

Empreendedor com a Nelvio<br />

Tintas ele merece toda a<br />

felicidade do mundo.<br />

Leide Shirley Boschiero tem<br />

nos empolgado com suas<br />

apresentações<br />

Marcos Stéfani (diretor), Cintia<br />

Mendes (RA) e Henrique Passos<br />

(Gerente de Vendas). Cintia, é a<br />

Responsável Ambiental Stéfani<br />

Motors<br />

Seo José Marino e Beto Neves<br />

durante as comemorações<br />

dos 98 anos do pracinha<br />

araraquarense<br />

Cidinho<br />

Junquetti que<br />

mantém a<br />

tradição do seu<br />

restaurante na<br />

Vila, também é<br />

um ativo diretor<br />

do SinHoRes<br />

Dorival Delbon que assina Style<br />

Calçados, aniversariou no mês<br />

passado, recebendo os parabéns<br />

dos familiares e amigos<br />

Rosane D’Andréa esbanjando<br />

elegância em manhã de sol<br />

81|


Luís Carlos<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e cronista da Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio de Araraquara<br />

Finalidades da pena<br />

Pena é consequência de um crime<br />

praticado por um ser humano que<br />

teve condições de saber que, o que<br />

praticara, era contra a lei adotada pelo<br />

Estado. O Estado, por sua vez, é formado<br />

por um contrato ou um pacto feito<br />

pela maioria os cidadãos para que haja<br />

um convívio pacífico entre eles, pois<br />

eles se privaram de um direito pessoal<br />

e natural de se protegerem contra as<br />

violações à ordem praticadas pelos<br />

seus semelhantes.<br />

Esse contrato modernamente é<br />

estabelecido numa lei maior, a Constituição,<br />

a qual, por meio de outras leis<br />

infraconstitucionais, traça normas que<br />

devem ser seguidas pelas pessoas e<br />

também pelos órgãos do Estado para<br />

que não se cometam injustiças contra<br />

aqueles que praticam crimes. Por<br />

isso lhes assegura ampla defesa e, só<br />

então depois, após condenação, têm<br />

de cumprir a pena determinada pela<br />

justiça, com o principal objetivo de<br />

poderem retornar ao convívio social.<br />

No entanto nem sempre foi assim.<br />

Num passado distante, nem Estado<br />

havia, menos ainda um extenso rol<br />

de ações ou omissões consideradas<br />

crimes: era a antiga Lei de Talião, “olho<br />

por olho, dente por dente”. Mas ainda<br />

remanescem, hoje previstas em lei, algumas<br />

ações que as pessoas podem,<br />

embora limitadamente, agir sem serem<br />

consideradas crimes, como, principalmente,<br />

a legítima defesa.<br />

A questão que se coloca — e que<br />

ainda é objeto de controvérsias pelos<br />

operadores do Direito — é saber se é<br />

considerada suficiente a tentativa de<br />

reinserção na sociedade, pelo cumprimento<br />

da pena, por quem cometeu<br />

um crime. Alguns dizem que não,<br />

porque entendem ser também uma<br />

das finalidades da pena prevenir que<br />

não se cometam mais crimes pelas<br />

pessoas (menos ainda pelo condenado),<br />

pelo exemplo dado por seu encarceramento<br />

(ou por algumas outras<br />

formas de cumprimento da pena). Por<br />

medo mesmo.<br />

Outros, que a pena é um castigo<br />

pelo mal praticado, mas determinado<br />

pelo Estado; ou ainda que é uma<br />

forma de vingança, não pessoal, mas<br />

que serve de consolo à vítima, seus<br />

familiares ou à própria sociedade.<br />

Prevenção, recuperação, vingança ou<br />

castigo? Qual das teorias devem ser<br />

adotadas pelo Estado moderno?<br />

Certamente deveria ser a recuperação,<br />

a ressocialização do apenado à<br />

vida em sociedade. Isso porque, pelo<br />

menos a nossa civilização ocidental,<br />

oriunda principalmente das ideias<br />

cristãs, há de existir uma segunda<br />

chance, o seu arrependimento. Além<br />

do que nem sempre o crime praticado<br />

foi fruto da vontade exclusiva do criminoso<br />

e sim devido ao ambiente em<br />

que ele foi criado o que, inevitavelmente<br />

o levou a praticar o ato antissocial.<br />

No entanto, sabe-se que é pequena<br />

a tentativa de ressocialização do<br />

criminoso devido a uma série de circunstâncias,<br />

entre as quais, no caso<br />

do encarceramento, pois geralmente<br />

ele retorna à sociedade mais ainda revoltado<br />

do que quando entrou. Tudo<br />

pelo estado precário em que se encontram<br />

as cadeias e penitenciárias,<br />

consideradas como uma escola ou<br />

universidade de crimes. Pelo menos<br />

em nosso país e talvez no mundo<br />

todo, mesmo naqueles considerados<br />

de Primeiro Mundo.<br />

Assim é que ele se considera um<br />

injustiçado, nem tanto pelo crime que<br />

praticou — pois dele muitas vezes tem<br />

consciência plena de que cometera<br />

um ato antissocial — mas, sobretudo,<br />

pelo próprio Estado que talvez não lhe<br />

tenha dado condições mínimas para<br />

ser recuperado. Apesar de tudo, a<br />

própria Lei de Execução Penal dá subsídios<br />

para que a pena seja mitigada,<br />

desde que estabelecidos alguns parâmetros<br />

que têm de ser cumpridos pelo<br />

apenado e até mesmo pelo próprio<br />

Estado como seu executor.<br />

Tudo isso vem à tona ante a condenação<br />

do ex-presidente da República<br />

e pelo cumprimento de sua pena. Ela<br />

servirá de exemplo à sociedade para<br />

que não mais se cometam tais crimes<br />

por ele praticados? A sociedade (ou<br />

melhor, seus adversários) vingou-se<br />

dele? O ‘castigo’ foi suficiente?<br />

Será que ele, que se considera<br />

um injustiçado, após o cumprimento<br />

da pena, estará subjetivamente arrependido<br />

e não cometerá mais os<br />

tipos de crime pelo quais foi condenado?<br />

E a pergunta final: será que ele<br />

voltará ao convívio social, depois de<br />

receber do Estado algum trabalho na<br />

prisão e toda assistência psicológica,<br />

completamente ‘reeducado’ ou ressocializado?<br />

P.S.: Quando este artigo for publicado,<br />

pode ser que tudo o que se disse<br />

ao final de nada valerá e ele até mesmo<br />

poderá ser entendido como uma<br />

mera peça de ficção literária. Um ‘fazde-conta’,<br />

tal como inventou o grande<br />

Monteiro Lobato. Porque impossível terse<br />

alguma previsão razoável, em curto<br />

prazo, sobre o entendimento dos ínclitos<br />

ministros do Supremo Tribunal Federal<br />

sobre tantos recursos legais, tamanha a<br />

divergência entre eles na interpretação<br />

da Constituição e das leis infraconstitucionais.<br />

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