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RCIA - ED. 154 - MAIO 2018

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COMÉRCIO<br />

Álbum e figurinhas da Copa do Mundo<br />

triplicam vendas em banca de jornal<br />

Intenso movimento impulsionou Claudomiro Pedroso a criar, em 2002, um espacinho<br />

especial para troca de figurinhas ao lado de seu estabelecimento, no Parque Infantil.<br />

O mercado do futebol mundial movimenta<br />

a economia global. Os gritos<br />

de gol geram milhões de dólares nos<br />

quatros canto do mundo. E quando<br />

chega a hora da maior competição do<br />

esporte começar, a Copa do Mundo,<br />

as cifras ganham valores ainda mais<br />

altos.<br />

Segundo recente pesquisa publicada<br />

pela Confederação Nacional do<br />

Comércio Bens, Serviços e Turismo<br />

(CNC), a Copa deste ano da Rússia<br />

deve movimentar mais R$ 1,5 bilhão<br />

no varejo brasileiro. E um dos setores<br />

que mais giram dinheiro junto aos<br />

amantes das quatro linhas aparece,<br />

justamente, de quatro em quatro<br />

anos: o famoso álbum de figurinhas.<br />

Neste ano, a Panini, empresa responsável<br />

pelo produto, colocou 681<br />

figurinhas à disposição dos torcedores<br />

que pretendem completá-lo, entre<br />

jogadores, seleções, estádios e escudos<br />

licenciados.<br />

Mas para o colecionador, é preciso<br />

separar uma boa grana para isso. O<br />

valor do pacotinho com cinco cromos<br />

aumentou de R$ 1 para R$ 2 em relação<br />

ao último Mundial, no Brasil,<br />

em 2014. Segundo a Panini, o preço<br />

subiu 100% por conta dos valores<br />

de licenciamento das federações e<br />

jogadores, além da desvalorização do<br />

dólar, o que forçou o reajuste.<br />

Mesmo assim, isso não afastou<br />

os fanáticos pelo colecionismo. A<br />

reportagem da Revista Comércio, Indústria<br />

e Agronegócio esteve no mais<br />

tradicional ponto de venda e troca de<br />

figurinhas da cidade, a banca localizada<br />

dentro do Parque Infantil, para conversar<br />

com o proprietário Claudomiro<br />

Pedroso, que dos seus 66 anos de<br />

vida, coleciona 26 deles trabalhando<br />

no local. Segundo ele, seu fluxo de<br />

Claudomiro, dono da Banca do Parque Infantil há 26 anos<br />

vendas simplesmente triplicou desde<br />

o início da comercialização dos álbuns<br />

e figurinhas, no mês de março.<br />

“Engana-se quem pensa que esta crise<br />

afastaria os fanáticos colecionadores.<br />

Ela em nada afetou. O movimento<br />

por aqui está bem legal, com intenso<br />

fluxo diário”, diz o comerciante que<br />

preferiu não revelar valores.<br />

Além das vendas dos pacotinhos,<br />

uma demanda que ganhou vida neste<br />

Mundial da Rússia é a compra do<br />

álbum completo. “Eu mesmo vou<br />

montando, o deixando completinho.<br />

Já tive algumas encomendas do tipo.<br />

Também vendo bastante o álbum de<br />

capa dura, que é mais caro, além da<br />

grande quantidade de pacotinhos. Já<br />

teve gente que fez encomenda de R$<br />

1 mil”, conta.<br />

O fisioterapeuta Felipe Masiero,<br />

30, é um desses amantes do colecionismo.<br />

Seu primeiro álbum foi da NBA<br />

temporada 1995-1996. “Meu pai chegou<br />

em casa e me deu de presente.<br />

Lembro como se fosse ontem colando<br />

as figurinhas e ficando impressionado<br />

com as cromadas, que tinham os símbolos<br />

das equipes”, recorda.<br />

O fisioterapeuta<br />

Felipe Masiero<br />

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