RCIA - ED. 154 - MAIO 2018

Vinho & Ponto Araraquara por Patrícia Nigro
A sommelière Patrícia Nigro
inaugurou no dia 12 de abril, a
importadora e distribuidora de
vinhos “Vinho & Ponto”, franquia
que conta com mais de 400
rótulos nacionais e internacionais.
O local aconchegante oferece aos
apreciadores da bebida um wine
bar. Em nossa edição de maio, a
profissional nos traz a diferença
entre o champagne
e o espumante.
Você sabe qual a
diferença entre
champagne e
espumante?
Dúvida fácil de ser respondida! A grande diferença é a região de produção
e a forma de produção. Champagne é um vinho branco ou rosé espumante,
só que produzido na região de Champagne, no norte da França. Para a
produção, devem ser observadas, obrigatoriamente, a presença das uvas
chardonnay, pinot noir e pinot meunier. Os vinhedos são plantados em uma
região delimitada pelo governo francês e o método de produção é controlado
minuciosamente, por um órgão específico e regulador chamado Comité
Interprofessionnel du Vin de Champagne (CIVC). Caso a bebida não respeite
as regras do comitê, não pode ser chamada de champanhe.
A forma de produção é outro fator fundamental para caracterizar a bebida,
ou seja, somente será elaborada pelo método champenoise, onde a primeira
fermentação do líquido é feita em tanque de aço inoxidável e a segunda
ocorre dentro da própria garrafa. Portanto, existem espumantes que são feitos
pelo método champenoise, mas não podem ser chamados de champanhe
porque não foram feitos naquela região da França. O espumante também
é um vinho branco (ou rosé) e efervescente, com gás carbônico e não existe
nenhuma uva/casta “obrigatória” para a produção. Eles podem ser feitos pelo
método champenoise descrito acima ou pelo método charmat, onde a bebida
é fermentada duas vezes em tonéis de aço inoxidável. No Brasil, notamos a
crescente produção de vinhos espumantes, principalmente no Rio Grande do
Sul. As condições climáticas, as características das uvas, as tecnologias para
a produção e a interferência altamente profissional dos enólogos são alguns
dos principais componentes que caracterizam o potencial que tem destacado
o país como um grande produtor de espumantes de alta qualidade. Prova
disso, são os vários prêmios obtidos por nossos espumantes nos mais variados
concursos de nível nacional e internacional. Curiosamente, existe uma exceção
para a denominação champagne. A Peterlongo, localizada em Garibaldi/RS foi
a primeira vinícola e produtora brasileira a elaborar espumantes seguindo as
mesmas características dos produtos da França e atualmente é a única no país
que pode utilizar a nomenclatura “champagne” em seus produtos. Portanto,
podemos fazer um brinde com um maravilhoso champagne brasileiro.
Fique atento com a dica: todo champagne é um espumante, mas nem todo
espumante é um champagne!
Saúde!
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