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Urbanismo e mobilidade
DESAFIOS E GARGALOS PARA FORTALECER
O DESENVOLVIMENTO
Costuma-se dizer que o município
de Rondonópolis é naturalmente
vocacionado para o progresso.
Com localização privilegiada em
um dos principais entroncamentos
rodoviários do País, a cidade cresce
de forma espontânea. Mesmo sem
planejamento adequado e políticas
públicas eficazes, continua se reinventando,
atraindo investimentos e
surpreendendo o Brasil quando se
trata de crescimento urbano. É nesse
cenário que a Revista Mercado
Imobiliário & Construção, do A TRI-
BUNA, foi atrás de análises e respostas
sobre como fortalecer ainda
mais o desenvolvimento da pujante
Rondonópolis. Confira a seguir.
FOTO – A TRIBUNA
Apesar do vigoroso desempenho no mercado imobiliário, Rondonópolis enfrenta
desafios de planejamento e geração de empregos
O DESAFIO DE DIVERSIFICAR MAIS A ECONOMIA
FOTO – DIVULGAÇÃO
passa por um período de transição, em direção
à práticas sustentáveis e de uma economia
smart, ou seja, inteligente, que se baseia em novas
tecnologias e novas formas de organização
produtiva”, defende.
Neste aspecto, o economista ressalta quais
as opções existentes de se dinamizar a economia
local. Em primeiro lugar, como um polo de
serviços de logística, Rondonópolis pode, segundo
ele, atrair e criar novos negócios a partir da
disponibilidade dessas estruturas de distribuição.
Por exemplo, ao invés de exportar o algodão em
pluma, o município deveria retomar a atividade
da indústria têxtil local. Hoje em dia, a infraestrutura
da ferrovia e ótima rodovia com ligação
Como polo de serviços de logística, Rondonópolis pode atrair e criar novos negócios a partir
da disponibilidade dessas estruturas de distribuição
Rondonópolis enfrenta o desafio de diversificar
a sua economia. A avaliação é do economista
Luís Otávio Bau Macedo, professor da
Universidade Federal de Rondonópolis (UFR),
que alerta que a dependência da produção primária
do agronegócio é perigosa, pois mais de
37% das exportações de Mato Grosso são destinadas
à China. Para piorar a situação, as exportações
são extremamente concentradas na
soja em grão (48%) e seus derivados (14%). Ou
seja, entende que a economia do município se
encontra numa posição muitíssimo dependente
das compras chinesas e da cultura da soja.
O professor Luís Otávio aproveita para ressaltar
que o “boom” imobiliário que Rondonópolis
está passando é bem-vindo, contudo, pondera
que, por si só, não é capaz de gerar um
processo contínuo de desenvolvimento próprio.
Acrescenta que o setor de construção civil gera
empregos de remuneração baixa e possui uma
janela de crescimento definido. “Portanto, é o
momento de se empreenderem esforços redobrados
para se diversificar e transformar a produção
de Rondonópolis. A economia mundial
Economista Luís Otávio Bau Macedo,
professor da UFR: “é o momento de se
empreenderem esforços redobrados
para se diversificar e transformar a
produção de Rondonópolis”
FOTO – ARQUIVO
MERCADO IMOBILIÁRIO
12 setembro 2019
CONSTRUÇÃO&