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Revista Mercado Imobiliário e Construção - Rondonópolis MT - Parte integrante da Edição 10.323 do jornal A Tribuna MT (Ano 50) - Setembro/2019

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Energia limpa<br />

A ENERGIA SOLAR É A BOLA DA VEZ<br />

FOTO – A TRIBUNA<br />

As placas solares estão se multiplicando pelos telhados de casas e empresas em Rondonópolis<br />

O <strong>mercado</strong> de energia solar fotovoltaica tem<br />

apresentado um crescimento vertiginoso no Brasil<br />

nos últimos anos. Cada vez mais acessível, esse<br />

tipo de energia vem se expandindo em todos os<br />

setores. Prova disso é que as placas solares, para<br />

produção dessa energia, estão se multiplicando<br />

pelos telhados de casas e empresas de variados<br />

tamanhos, inclusive de pequeno porte, aqui em<br />

Rondonópolis.<br />

Mato Grosso atualmente é um destaque na<br />

produção desse tipo de energia. Um estudo da Associação<br />

Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica<br />

(Absolar), por exemplo, mostra que Mato Grosso estava<br />

em fevereiro deste ano em 5º lugar no ranking<br />

dos estados com maior produção de energia solar<br />

no Brasil. O levantamento aponta agora que Mato<br />

Grosso avançou para o 4º lugar nesse ranking.<br />

O arquiteto Carlos Logrado e o engenheiro eletricista<br />

Salles Douglas da Silva Barbosa, que estão<br />

atuando nesse <strong>mercado</strong> de produção de energia<br />

solar fotovoltaica em Rondonópolis, explicam que<br />

esse segmento vem sendo mais promissor até<br />

que o de alimentos, considerando que, junto com<br />

a energia eólica, é a solução para os problemas<br />

energéticos no Brasil, com a escassez e os elevados<br />

custos dos recursos hídricos.<br />

A ALAVANCAGEM<br />

Até 2012, a energia solar fotovoltaica podia ser<br />

usada nas casas e empresas, mas tinha de ser armazenada<br />

através de baterias, o que fazia com que<br />

o sistema tivesse um custo relativamente alto. Até<br />

então, era preciso gastar com as placas solares, o<br />

inversor e também para estocar a energia produzida<br />

através de baterias.<br />

Foi a partir da Resolução 482 da Agência Nacional<br />

de Energia Elétrica (Aneel), em 2012, que<br />

possibilitou que o micro gerador e o mini produtor<br />

de energia solar jogassem essa produção própria<br />

na rede da concessionária, dispensando a armazenagem<br />

em bateria, e dessem entrada no sistema<br />

de compensação, a chamada geração distribuída.<br />

Essa mudança fomentou o aumento significativo<br />

na produção de energia solar nos últimos<br />

anos no Brasil. Conforme Carlos Logrado e Salles<br />

Barbosa, com a geração distribuída, a diferença<br />

que houver entre o consumo e a produção no mês,<br />

fica de saldo na concessionária de energia elétrica,<br />

podendo ser usada em até 60 meses. “Isso barateou<br />

o custo de produção, gerando retorno financeiro<br />

aos clientes”, atestam.<br />

Para se ter uma ideia dessa evolução a partir<br />

de 2012, o sistema de geração distribuída de energia<br />

elétrica injetou R$ 5,2 bilhões no Brasil, com<br />

perspectivas de futuro animador.<br />

UMA TENDÊNCIA MUNDIAL E EM EXPANSÃO<br />

O engenheiro eletricista Salles Douglas da Silva Barbosa e o arquiteto Carlos Logrado:<br />

“O Brasil tem as melhores condições do mundo para produção de energia solar”<br />

A energia solar fotovoltaica vem se expandindo<br />

por diversos fatores. Um deles é a dificuldade e<br />

o custo da produção da energia elétrica através de<br />

termoelétricas e hidrelétricas, as mais tradicionais no<br />

Brasil. Além dos custos, essas formas de produção<br />

de energia tem fortes impactos ambientais e sociais.<br />

FOTO – A TRIBUNA<br />

Outro ponto favorável é que o Brasil tem<br />

condições ideais de produção de energia solar,<br />

junto com países da África e regiões de deserto.<br />

“A nossa energia solar é de fácil acesso. No<br />

nosso caso, podemos trabalhar a produção de<br />

energia elétrica através da energia fotovoltaica<br />

e eólica. Muito em breve teremos nossos campos<br />

cheios de torres eólicas”, projeta o arquiteto e<br />

empresário Carlos Logrado.<br />

A Alemanha é hoje o maior produtor de energia<br />

fotovoltaica do mundo. Esse país supre cerca<br />

de 40% do seu consumo de energia elétrica por<br />

meio de energia solar fotovoltaica e eólica. “E a<br />

Alemanha só tem três meses por ano de sol a pino.<br />

Os países desenvolvidos da Europa estão investindo<br />

nesses novos meios de produção de energia,<br />

porque não trazem nenhum tipo de prejuízo ao<br />

meio ambiente. É uma energia limpa, que não precisa<br />

ser armazenada”, atestam.<br />

No entanto, enquanto a energia eólica ainda<br />

é muito cara no Brasil, a energia solar fotovoltaica<br />

já está relativamente barata e ao alcance do<br />

consumidor comum. O consumidor, passando a<br />

produzir a sua energia elétrica, vai entregar sua<br />

produção na rede de energia e vai recebê-la de<br />

volta, descontado o seu gasto.<br />

Mais um atrativo vem sendo a redução do<br />

custo de produção. O engenheiro eletricista Salles<br />

Barbosa informa que, do ano 2000 para cá, o custo<br />

de produção desse tipo de produção caiu em média<br />

75%, estando hoje em cerca de R$ 2,30 por kWh.<br />

Tem bastante financiamento para esse negócio<br />

e até estados como São Paulo e Goiás, segundo<br />

MERCADO IMOBILIÁRIO<br />

48 setembro 2019<br />

CONSTRUÇÃO&

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