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Revista Mercado Imobiliário e Construção - Rondonópolis MT - Parte integrante da Edição 10.323 do jornal A Tribuna MT (Ano 50) - Setembro/2019
Revista Mercado Imobiliário e Construção - Rondonópolis MT - Parte integrante da Edição 10.323 do jornal A Tribuna MT (Ano 50) - Setembro/2019
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“É PRECISO SABER QUAL É A NOSSA VOCAÇÃO<br />
FOTO – A TRIBUNA<br />
PRINCIPAL!”<br />
O primeiro passo a ser dado para o desenvolvimento<br />
mais efetivo é descobrir qual é a principal<br />
vocação, de fato, de Rondonópolis. É agrícola,<br />
industrial, comercial, pólo de serviços ou pólo<br />
estudantil? O apontamento e o questionamento<br />
são feitos pelo presidente da Associação Comercial,<br />
Industrial e Empresarial de Rondonópolis<br />
(ACIR), Ernando Cabral Machado, destacando<br />
que não há um projeto para Rondonópolis focado<br />
a longo prazo, como para os próximos 50<br />
anos. A partir desse diagnóstico, é que os rumos<br />
precisam ser tomados em âmbito local.<br />
Ernando fala que não adianta ficar atraindo de<br />
forma isolada uma ou outra empresa sem grande<br />
FOTO – ARQUIVO<br />
Falta de infraestrutura nos distritos industriais é considerado um<br />
péssimo cartão de visitas para atração de novas empresas<br />
Presidente da ACIR, Ernando Cabral: “O<br />
rumo é fazer uma pesquisa para saber para<br />
onde nossa cidade quer chegar”<br />
impacto na economia. Ele destaca que, independente<br />
de incentivos, as indústrias e empresas querem<br />
infraestrutura adequada para se instalarem<br />
em um local. Contudo, lamenta a realidade atual<br />
dos distritos industriais de Rondonópolis, que geram<br />
emprego e renda, mas estão em total abandono.<br />
“O rumo é fazer uma pesquisa para saber para<br />
onde nossa cidade quer chegar. Eu acho que o ideal<br />
não é atirar para todos os lados”, analisa.<br />
Nesse sentido, o presidente da ACIR diz que,<br />
caso se verifique que a vocação principal ainda<br />
seja a agropecuária, é necessário ter ações públicas<br />
e de incentivo com esse foco. No geral,<br />
acrescenta que faltam políticas e ações voltadas<br />
para a geração de emprego na cidade. Se tem<br />
emprego, ele atesta que vem novos profissionais,<br />
circula mais dinheiro, uma série de benefícios.<br />
“Estamos tentando fazer uma pesquisa na ACIR<br />
sobre o que a população de Rondonópolis espera<br />
em termos de desenvolvimento das próximas administrações.<br />
Cremos que isso vai ser importante<br />
na escolha do próximo gestor”, adianta.<br />
Apesar dessa situação, Ernando reconhece<br />
que Rondonópolis, devido ao seu potencial,<br />
cresce sozinha por si só, mas cresce de forma<br />
desordenada, sem infraestrutura de apoio, vindo<br />
depois as cobranças de estruturação. “Falta<br />
uma política para 30, 40, 50 anos para a cidade.<br />
Rondonópolis sofre com isso há muito<br />
tempo”, arremata.<br />
“MAIORES PROBLEMAS ESTÃO LIGADOS À<br />
MOBILIDADE URBANA”<br />
FOTO – A TRIBUNA<br />
Diversos problemas no trânsito complicam o dia a dia dos motoristas rondonopolitanos e visitantes<br />
O geólogo João Carlos Casarin, inspetor do Conselho<br />
Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA)<br />
em Rondonópolis, avalia que os maiores problemas<br />
locais estão ligados à mobilidade urbana.<br />
Um primeiro aspecto citado por ele é a dificuldade<br />
de deslocamento na cidade por vários motivos.<br />
João relata que os motoristas não conseguem<br />
atravessar a cidade toda com a facilidade e fluidez,<br />
devido aos muitos tipos de obstáculos, a exemplo<br />
de vias que esbarram em bairros e outros problemas.<br />
Aponta que o acesso aos bairros é complicado<br />
e que os novos bairros deveriam ser ligados por<br />
grandes avenidas – o que não ocorre. Na verdade,<br />
entende que faltam melhores critérios para instalação<br />
de novos loteamentos em Rondonópolis.<br />
Contudo, discorre que não vê um interesse muito<br />
grande em melhorar essa questão de mobilidade<br />
em Rondonópolis, por parte da administração municipal.<br />
Ele lembra que projetou, ainda na década<br />
de 1980, a Avenida Brasil, uma via periférica importante<br />
na atualidade, ainda no primeiro mandato do<br />
ex-prefeito, e ex-governador, Carlos Bezerra.<br />
MERCADO IMOBILIÁRIO<br />
14 setembro 2019<br />
CONSTRUÇÃO&