RCIA - ED. 108 - JULHO 2014

Final dos anos 70.
Arcângelo Nigro
mostra orgulhoso a
panela produzida em
1943 e a moderna
Eterna, primeira
panela de pressão
fabricada pela
indústria na cidade.
Do sonho à realidade dos nossos tempos
A história da Nigro começa em tempos difíceis,
na segunda guerra mundial, onde Arcângelo
Nigro, casado com Maria Cavicchioli Nigro
e os filhos Francisco, Hugo, Beatriz e Pedro
resolveram sair da cidade de Itápolis onde residiam,
e escolheram Londrina, no Paraná. Lá,
já morava seu irmão Antônio com a família. Porém,
em uma breve passagem por Araraquara,
quis o destino que aqui ele se estabelecesse e
começasse um novo negócio, o de reutilização
de latas (óleo, massa de tomate e outras embalagens).
Pai e filhos foram pioneiros nesse
trabalho de reciclagem, hoje uma preocupaarcângelo
nigro
Nigro Alumínio
A qualidade assina presença
em todas as partes do mundo
Desde 1943 a Nigro mescla a
sua poderosa marca ao nome da
nossa cidade e ambas parecem
se definir como sendo um
único nome. A construção deste
conceito se alicerça na ousadia,
coragem e qualidade dos seus
produtos, motivo de orgulho
para Araraquara.
Nos anos 40, a
Nigro já tinha
seu papel social:
as pessoas
recolhiam e
vendiam para
a empresa
instalada em
frente ao Extra,
as latas que
depois seriam
canecas e
outros
utensílios
domésticos
ção mundial, já que o desenvolvimento das
empresas também deve estar baseado em
responsabilidade ambiental.
Os vizinhos acolheram os Nigro’s dando
as boas vindas e as amizades se fortaleceram
com as famílias Rossi, Magnani, Stemberg
(Antônio, primeiro funcionário da empresa),
Luiz Manelli, Professor Machadinho, Dr. Mazzi,
Tarallo e outras pessoas que aqui moravam.
Toda família contribuía para o progresso.
Os filhos contavam as latinhas e as peças cortadas
enquanto Arcângelo ficava até
altas horas da noite na garagem martelando
as canecas e soldando as alças.
As chapinhas das vassouras eram
entregues para a fábrica do Mário e
João Dosualdo em Américo Brasiliense.
Assim, surgiam novas parcerias.
A nona Beatriz com seus filhos
Roque, Pascoal, Antônio, Arcângelo
e Vicente, pouco tempo antes da
fábrica ser fundada pela família
em nossa cidade
O casal Maria Cavicchioli e Arcângelo Nigro
com os filhos Francisco, Hugo, Pedro e Beatriz
Mais tarde vieram os regadores e os baldes.
A primeira panela artesanal, fundida no quintal
com alumínio derretido, ficou na memória.
Cada produto feito era uma comemoração. A
fábrica foi crescendo e se tornando conhecida
na cidade e região. Foram tempos de muita
luta e trabalho.
A primeira grande conquista foi a abertura
da loja na cidade, na Rua São Bento, em frente
ao antigo Seminário dos Padres Redentoristas,
hoje local do Extra. Os regadores eram pendurados
na frente e nos fundos ficava a pequena
fábrica. Novos produtos tais como: chuveiros,
forninhos, tachos de cobre e panelas já eram
produzidos. O crescimento da empresa levou
Arcângelo a construir a sede da Nigro em
1958, na Avenida Arcângelo Nigro, 166.
Anos mais tarde seu filho Francisco Nigro
assumiu a fábrica e hoje a indústria possui
mais de 20 mil metros quadrados, fabrica
mais de 300 itens, sendo 500 mil peças mês,
desenvolvidos com alta tecnologia, atendendo
normas de segurança nacionais e internacionais.
Entre seus produtos estão panelas, caçarolas,
frigideiras, formas e a sofisticada e segura
Panela de Pressão Eterna, exportada para
vários países da América, Europa e Oriente.
Este ano a Nigro comemora 71 anos de
existência e de muito trabalho, levando a marca
de Araraquara para todo o País e para o
Mundo.
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