Folha Jacaranda N27-2019
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ideias<br />
gostava era comer fruta no pé<br />
e do balanço. E suspira: “ah, era<br />
maravilhoso”! Com certeza era,<br />
Lamartine Babo, e também pode<br />
ser ouvida na voz de João Gilberto.<br />
Foi assim...<br />
Cleo!<br />
O Marion, da portaria, disse<br />
que gostava de andar descalço,<br />
brincar na chuva e tomar banho de<br />
bica. E conta uma história muito<br />
engraçada: sua família morava<br />
numa cidade muito pequena. E<br />
ele e seus irmãos se “escondiam”<br />
Estávamos em uma estrada, a<br />
caminho de Minas Gerais, quando<br />
meu filho mais velho, Kaue, disse<br />
que gostaria de me mostrar uma<br />
música que ele havia conhecido<br />
recentemente. Sem que ele dissesse<br />
qual era a música, colocou “Rancho<br />
Fundo”, cantada por João Gilberto.<br />
dos pais no cemitério, mas todo No mesmo instante comecei a<br />
mundo sabia onde eles estavam...! chorar... depois de esgotarem<br />
E lembra de adorar quando o circo as lágrimas, pedi para ouvi-la<br />
chegava!<br />
A Tati, professora, relembrou<br />
que morar num apartamento em São<br />
Paulo não limitou sua imaginação.<br />
Ela assistia a uma série japonesa<br />
chamada Esquadrão Relâmpago<br />
Changeman e se tornou uma das<br />
novamente e o que era melancolia,<br />
nas minhas recordações, se vestiu<br />
de uma outra lembrança, não mais<br />
da tristeza que a letra carrega, mas<br />
sim do momento gostoso de nós três<br />
juntos (eu e meus filhos), nas nossas<br />
férias, em uma noite enluarada,<br />
heroínas da série para salvar perto de outros ranchos...<br />
o planeta. Ela era a Change<br />
Que essa edição do jornal<br />
Mermaid, descia escorregando possa levar e trazer memórias,<br />
pelo corrimão do prédio, fugindo<br />
do monstro Gyodai, usava caixas<br />
para fazer o grande robô dos<br />
Changeman e no final enfrentava<br />
os terríveis monstros e salvava o<br />
planeta.<br />
O Benja, do G3, contou uma<br />
memória linda sobre o avô:<br />
Era uma vez uma casa. A casa da<br />
vó Bete. Lá tinha uma pessoa morta,<br />
desembrulhar passados remotos,<br />
fazer-nos olhar o presente, brincar<br />
mais, ouvir o que as crianças têm<br />
a nos dizer sobre assuntos “sérios”,<br />
ouvir mais música, valorizar o<br />
tempo, o tempo das coisas boas, o<br />
tempo das coisas infindas.<br />
E fechamos com uma música,<br />
“Oração ao tempo”, de Caetano<br />
Veloso, que diz:<br />
o vovô Zé. Peguei umas madeiras,<br />
com um guindaste, e acendi. O vovô<br />
Zé reviveu.<br />
E a Tatiana, mãe dele, explicou<br />
És um senhor tão bonito<br />
Quanto a cara do meu filho<br />
Tempo tempo tempo tempo<br />
que o fogo, simbolicamente,<br />
Vou te fazer um pedido<br />
seria capaz de trazer a presença<br />
Tempo tempo tempo tempo<br />
do avô que partiu e que agora<br />
estava preso na memória. “Benja<br />
Compositor de destinos<br />
articulou tão perfeitamente o<br />
Tambor de todos os ritmos<br />
tempo e a memória”.<br />
As memórias vão chegando,<br />
vão voltando...<br />
Tempo tempo tempo tempo<br />
Entro num acordo contigo<br />
Tempo tempo tempo tempo<br />
A Alessandra, durante a<br />
(...)<br />
reunião, contou uma história linda<br />
que teve com seus filhos. E ela, nos<br />
minutos finais do fechamento do<br />
jornal, nos presenteou com o seu<br />
Para alegrar esta edição do jornal<br />
montamos uma playlist especial, no<br />
relato, que tem uma música de<br />
Spotify (escolajacaranda), chamada<br />
trilha sonora que foi eternizada<br />
Tempo de Alegria. Ouçam!<br />
por Chitãozinho & Xororó, mas é<br />
uma parceria do Ary Barroso e do<br />
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