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palco ou numa das suas sessões, a ajudar dezenas sobre dezenas de pessoas?<br />

MJ: Orgulho. Tenho muito orgulho nele porque sei o quanto ele se dedica<br />

e os desafios que teve que enfrentar para chegar onde está. Ele adora<br />

aprender, é um “learner” nato, dedica-se de corpo e alma ao que faz e esses<br />

momentos dele em cima de um palco ou liderar uma sessão ‘online’ são o<br />

resultado de anos de dedicação e entrega. Mas vai mais fundo do que isso,<br />

porque ele está lá e é único naquele trabalho. Não consigo imaginar outra<br />

pessoa a fazer o que ele faz. Ele fá-lo de uma forma natural e a maneira como<br />

transmite o conhecimento, com alma e com paixão, torna-o único – e isso,<br />

para mim, é uma fonte de inspiração.<br />

FG: Como é o Leonardo-pai?<br />

MJ: É um pai super-dedicado! Tanto se dá a fazer o que os filhos lhe pedem,<br />

mas, por outro lado, é um pai que sabe impor a disciplina e orientar. Se for<br />

preciso dar um raspanete, também o faz, mas consegue equilibrar tudo isso<br />

muito bem. É um pai autêntico e transmite isso aos filhos. É a paixão da vida<br />

dos filhos e uma referência para eles.<br />

FG: Se não fossem casados, seriam amigos?<br />

MJ: Não consigo imaginar isso…<br />

FG: Tudo isto que existe entre vós, acontece porque tem por detrás uma<br />

grande amizade?<br />

L: Sim, tanto é que fomos amigos antes de sermos namorados. Aliás, fomos<br />

amigos durante dois anos antes de começarmos a namorar. Recordo que,<br />

certo dia, quando nós ainda não estávamos juntos como casal, eu estava no<br />

Porto Santo e uma rapariga assediou-me. Estava louca por mim e eu não<br />

respondia porque o meu pensamento estava na Maria João. Era da Maria<br />

João de quem eu gostava e não me via a ter uma relação com outra pessoa<br />

que não ela. Tem sido assim e ela é, sem dúvida, a mulher que me completa.<br />

FG: A Maria João faz do Leonardo uma pessoa melhor?<br />

L: Sim, sempre.<br />

FG: Em que sentido?<br />

L.: No bom e no mau sentido, ou seja, expandindo o meu melhor e atirando-<br />

-me à cara os meus erros. É maravilhosa nisso. É a minha maior fã e a minha<br />

maior crítica. Diz o que pensa em relação a uma atitude que achou que foi<br />

menos positiva e isso é bom porque obriga-me a melhorar. Sou obrigado a<br />

melhorar constantemente. Quando as pessoas estão numa relação e gostam<br />

uma da outra, o facto de uma espicaçar a outra é positivo para a relação.<br />

Então, não há momentos de pausa, mas há momentos de constante<br />

evolução. Não consigo imaginar-me numa outra relação que não seja com<br />

a Maria João.<br />

FG: Em casa, são três rapazes. Falta a ‘princesa’?<br />

MJ: Neste momento, não, mas já senti isso. Ainda me perguntam quando<br />

é que vem a ‘menina’, mas já temos três filhos rapazes. No início, quando<br />

namorávamos, falávamos em ter três filhos e o curioso é que os dois primeiros<br />

nomes que tínhamos pensado eram de meninas e o terceiro de rapaz. A<br />

menina ficou lá à espera de ser nomeada. Aprendemos a aceitar essa aprendizagem<br />

e lição de vida.<br />

L:Sim, foi uma grande lição. ‘Aceita o que vem porque é o que precisas e não<br />

porque tu queres. O que tu queres não é o que tu precisas.’<br />

FG: Na hora de tomar as decisões, quem é que toma a dianteira?<br />

MJ: Normalmente, as decisões são tomadas em contexto de casal, entre os<br />

dois, mas já houve situações em que ele avançou sem me consultar...<br />

L: Quando são decisões do âmbito profissional, decido por mim. Mas, decisões<br />

de outra índole, normalmente peço a opinião dela. Dito isto, não avanço<br />

para uma decisão quando sinto que essa decisão vai causar algum dano.<br />

Avanço na decisão quando estou certo da decisão e sei que a mesma não irá<br />

ser prejudicial. Mas, de uma forma geral, as decisões são tomadas em casal.<br />

FG: Achas que a tua área profissional – ‘coaching’ – é suficientemente reconhecida<br />

e valorizada?<br />

L: Sinceramente, não me interessa se é valorizada ou não… O que me impor-<br />

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saber SETEMBRO 2019<br />

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