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2 Jornal da Bairrada<br />
praçapública<br />
30 | janeiro | 2020<br />
Editorial<br />
Estamos na luta<br />
Oriana Pataco<br />
Diretora<br />
Numa altura em<br />
que se fala tanto<br />
na necessidade<br />
dos órgãos de<br />
comunicação,<br />
em particular os<br />
jornais regionais,<br />
se reinventarem,<br />
nós damos prova<br />
de que somos<br />
capazes.<br />
Pode um jornal ter na<br />
sua matriz a proximidade<br />
com as terras e as gentes<br />
que assumiu servir e, simultaneamente,<br />
chegar a<br />
todo o mundo, permitindo<br />
(também) que quem<br />
está longe se sinta afinal<br />
tão perto?<br />
A experiência dos últimos<br />
tempos diz-nos que<br />
sim. Quando há 68 anos,<br />
um grupo de dez homens<br />
se comprometeu a fundar<br />
um jornal que fosse a voz<br />
de toda a Bairrada, sabia<br />
que, ao fazê-lo, teria necessariamente<br />
de ostentar<br />
como bandeira, ser a<br />
voz de todos e de cada um,<br />
arauto das boas e das más<br />
notícias.<br />
Desde que começámos,<br />
como um jornal de quatro<br />
folhas e duas cores, até aos<br />
dias de hoje, o mundo mudou<br />
e nós com ele.<br />
Hoje, há novas formas<br />
de comunicar, que tentamos<br />
acompanhar. A internet<br />
é uma ferramenta fundamental,<br />
que nos permite<br />
comunicar de forma rápida<br />
e direta. Através do site,<br />
das redes sociais, da televisão<br />
nacional e, mais recentemente,<br />
de um canal de<br />
televisão regional de que<br />
somos parceiros, levamos<br />
as notícias da Bairrada a<br />
qualquer canto do mundo.<br />
Temos números e dados<br />
estatísticos suficientes<br />
para perceber que estamos<br />
a chegar cada vez<br />
mais longe. O feedback do<br />
mais recente projeto é positivo<br />
e o impacto das notícias<br />
que partilhamos já é<br />
visível, com órgãos de comunicação<br />
social nacionais<br />
interessados nos nossos<br />
conteúdos.<br />
Já era assim com as notícias<br />
em papel mas sabemos<br />
que a imagem tem um<br />
poder de difusão incomparavelmente<br />
superior.<br />
Não temos dúvidas de<br />
que o projeto “Jornal da<br />
Bairrada” e os seus profissionais<br />
têm muito valor,<br />
mas quando esse reconhecimento<br />
vem de fora e<br />
chega de tão longe, faz-nos<br />
acreditar com mais confiança<br />
no futuro, mesmo<br />
com as dificuldades que<br />
são do conhecimento de<br />
todos.<br />
A imprensa, e em particular<br />
a imprensa regional,<br />
vive dias difíceis. Estamos<br />
a perder assinantes, as pessoas<br />
cada vez compram e<br />
leem menos jornais e revistas.<br />
Mas isso não nos<br />
faz desistir. Pelo contrário.<br />
Numa altura em que se<br />
fala tanto na necessidade<br />
dos órgãos de comunicação,<br />
em particular os jornais<br />
regionais, se reinventarem,<br />
nós damos prova<br />
de que somos capazes. Temos<br />
uma edição em papel<br />
e digital, temos um site em<br />
permanente atualização,<br />
estamos nas principais<br />
redes sociais, enviamos<br />
newsletters com os destaques<br />
da semana (para<br />
subscrever, basta ir ao nosso<br />
site, em www.jb.pt), somos<br />
parceiros de um projeto<br />
de televisão regional,<br />
mostramos as nossas notícias<br />
ao mundo através da<br />
RTP1 (programa Portugal<br />
em Direto)... Sim, estamos<br />
vivos e atentos. Queremos<br />
que os anunciantes<br />
continuem a olhar para o<br />
nosso jornal como um órgão<br />
credível, de confiança,<br />
como um parceiro que<br />
chega a vários públicos e<br />
onde vale a pena investir.<br />
Estamos a conseguir.<br />
Mais uma vez, obrigada<br />
aos que acreditam em nós.<br />
É a vossa confiança que<br />
nos faz manter na luta,<br />
por uma imprensa forte,<br />
em nome da democracia.<br />
Para cá da Ria<br />
António Granjeia<br />
Colunista<br />
Angola e as paletes de dinheiro<br />
Estas últimas semanas o espaço<br />
mediático virou uma histeria coletiva<br />
por causa dos negócios da filha do antigo<br />
Presidente de Angola, José Eduardo<br />
dos Santos. Uns destratam-na e crucificam-na,<br />
outros assobiam para o lado<br />
para ver se passam sem se comprometerem<br />
e há ainda quem a defenda e<br />
ache que tudo é uma cabala.<br />
Que tanto dinheiro cheira a esturro<br />
não é difícil de ver ou cheirar. De onde<br />
vem o dinheiro para tantos e tão grandes<br />
investimentos? Isso quer saber o Estado<br />
Angolano e isso deveriam querer<br />
saber os Estados recetores onde esse dinheiro<br />
foi investido. Claro que o dinheiro<br />
dá jeito a quem recebe o investimento<br />
desde que ele seja produtivo acreditando<br />
até que a origem do mesmo esteja<br />
bem justificada formalmente. Mas há<br />
um ditado bem português que ilustra<br />
estes casos da erupção de dinheiro rápido:<br />
“quem cabritos vende e cabras não<br />
tem, de algum lado lhe vêm”.<br />
É necessário fazer uma investigação<br />
séria antes de acusar alguém. Também<br />
é fundamental não ver tudo a preto e<br />
branco e pensar que há muita gente a<br />
comer pelo caminho deste dito dinheiro<br />
fácil. A cadeia de valor acrescentado<br />
para os bolsos de gente graúda e miúda<br />
deve ser enorme e de tal monta que já<br />
começaram, aparentemente, a aparecer<br />
mortos. Estou convencido que não<br />
se ganha tanto dinheiro em 20 anos de<br />
negócios sendo, por isso, imperioso investigar<br />
quem o trouxe, quem o ajudou<br />
a passar e quem com ele beneficiou<br />
em Portugal. Esta é uma investigação<br />
fundamental para a democracia portuguesa<br />
e que não se pode eternizar<br />
como o processo Sócrates, que é em<br />
tudo idêntico, mas diferente na escala.<br />
Infelizmente esta gente tem recursos<br />
para fazer eternizar estes processos<br />
na justiça.<br />
Uma outra constatação é que o poder<br />
em Angola (África, duma forma geral)<br />
não é limpo. Quem manda é uma gente<br />
que rapidamente vai substituir estes a<br />
quem agora chama de ladrões. Já existem<br />
sinais disso e espero que a justiça<br />
de Angola possa lograr ser isenta.<br />
O grande problema da maioria dos<br />
regimes africanos é conseguirem ultrapassar<br />
o ciclo de vinganças e de<br />
conquista de poder que, muitas vezes,<br />
são tipicamente tribais. Essa é uma batalha<br />
que eu gostaria de ver ultrapassada<br />
para bem da miséria em África.<br />
Fundadores<br />
Manuel Granjeia, Aulácio de<br />
Almeida, Manuel O. Silvestre,<br />
Manuel Caetano da Rosa, Manuel<br />
F.B. Sousa, Manuel Santos<br />
Vieira, Manuel dos Santos<br />
Pereira, António Grangeia Novo,<br />
Modesto Santos Pereira e Joaquim<br />
Grangeia Seabra<br />
Diretora<br />
Oriana Pataco (CP 4517 A)<br />
oriana.b.pataco@jb.pt<br />
Redação<br />
Catarina Isabel Cerca (CP 2140 A)<br />
catarina.i.cerca@jb.pt<br />
Manuel Zappa (CP 2595 A)<br />
zappa@jb.pt<br />
João Paulo Teles (CP 1463 A)<br />
joao.p.teles@jb.pt<br />
Departamento Comercial<br />
234 740 390<br />
Lúcia Marques<br />
lucia.m.marques@jb.pt<br />
Nancy Margarido<br />
nancy.n.margarido@jb.pt<br />
Departamento<br />
Administrativo<br />
Adelaide Tomás<br />
(Coordenadora Administrativa,<br />
Comercial e Financeira)<br />
adelaide.tomas.f@jb.pt<br />
Maria Abreu<br />
maria.abreu.m@jb.pt<br />
Departamento Gráfico<br />
Carla Coelho<br />
(carla.m.coelho@jb.pt)<br />
Ana Luísa Nunes<br />
(a.luisa.nunes@jb.pt)<br />
Projeto Gráfico<br />
defrank@netcabo.pt<br />
Propriedade<br />
Editorial Jornal da Bairrada, Lda.<br />
Tiragem mensal<br />
DEZEMBRO: 32.000 exemplares<br />
N.C. 502428082<br />
Inscrição na ERC nº101875<br />
Gerência<br />
Francisco Manuel Gameiro<br />
Rebelo dos Santos; Joaquim Paulo<br />
Cordeiro da Conceição e Paulo<br />
Miguel Gonçalves da Silva Reis.<br />
Sócios com mais de 10%<br />
de capital social: Nov<br />
Comunicação, SGPS, S.A. com<br />
69,94% e a Empresa Jornalística<br />
Região de Leiria, Lda. 12,56%<br />
Artigo nº16 da Lei de<br />
Imprensa Transparência da<br />
propriedade<br />
A NOV Comunicação SGPS,<br />
S.A. é ainda detentora de uma<br />
participação social de 75% na<br />
Empresa Jornalística Região<br />
de Leiria, Lda. proprietária do<br />
semanário Região de Leiria.<br />
Redação, edição,<br />
administração e sede:<br />
Rua Dr. Alberto Tavares de<br />
Castro Urb. O Adro, bloco<br />
5 - n.º 25<br />
3770-205 Oliveira do Bairro<br />
Telefone: 234740390<br />
Fax: 234740399<br />
E-mail: jb@jb.pt | Site: www.<br />
jb.pt<br />
Impressão:<br />
LUSOIBÉRIA –<br />
Av. da República, n.º 6, 1.º Esq.<br />
1050-191 Lisboa<br />
Telf.: +351 914 605 117|<br />
e-mail: comercial@lusoiberia.com<br />
Contactos:<br />
Email geral: pre.impressao@lusoiberia.eu<br />
Expedição: expedicao@lusoiberia.eu<br />
Assinaturas: assinaturas@lusoiberia.eu<br />
Assinatura anual impressa:<br />
Portugal - 30€<br />
Europa - 50,50€<br />
Extra Europa - 71€<br />
Assinatura anual digital:<br />
15€<br />
Estatuto Editorial publicado em:<br />
www.jb.pt<br />
Diretora Geral<br />
Ângela Gil<br />
Todos os direitos reservados.<br />
Interdita a reprodução, mesmo que<br />
parcial, de textos, fotografias ou<br />
ilustrações sob quaisquer meios, e para<br />
quaisquer fins, mesmo que comerciais.