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24 Jornal da Bairrada DESPORTO | FUTEBOL 30 | janeiro | 2020 VISTO DA BANCADA Anadia e Águeda perdem. Galos em zona de despromoção 1-Foi uma semana de cortar a respiração. No início da semana, André Ribeiro pediu a demissão do cargo de treinador do Águeda, na sextafeira, Nuno Pedro, cansado de tantas promessas, deixou de ser treinador do Anadia. Como soluções de recurso, ambas as direções foram buscar treinadores à formação, mas o efeito chicotada psicológica, não surtiu efeito e ambas as equipas perderam. Em Condeixa e cada vez com menos jogadores disponíveis, o Anadia perdeu 1-Com pergaminhos na Taça Distrito de Aveiro e com o objetivo de chegar o mais longe possível, o Pampilhosa caiu com estrondo na 4.ª eliminatória, ao ser goleado na casa do Canedo por 4-1. O grande destaque vai para o Calvão e Juve Force, que eliminaram duas equipas do principal escalão. O primeiro ganhou em Estarreja, já a equipa de Parada de Cima bateu em casa o Paivense, ambos sem recurso a penalties. Foi desta forma que o Mourisquense segue também em frente, ao vencer nas grandes penalidades em Paços de Brandão, depois de um empate a dois golos no tempo regulamentar. CAMPEONATO SABSEG 1-O Oliveira do Bairro desloca-se a Esmoriz. Os homens da Barrinha estão em posição tranquila na tabela e em casa não têm sido tão fortes como fora. A equipa vareira já não vence há cinco jogos e esse fator poderá ser aproveitado pelos bairradinos, que estão ávidos de pontos e que pretendem fazer uma segunda volta imaculada para garantir a almejada manutenção. O Pampilhosa vem de dois resultados menos positivos para o campeonato e também da inesperada eliminação aos pés do Canedo. Segue-se, em casa, o Cesarense e a equipa de João Pedro Duarte terá que dar outra resposta. I DIVISÃO 1-Domingo é dado o pontapé de saída para a segunda volta com duas equipas praticamente com o caminho aberto para a subida de divisão, Fermentelos e Vista Alegre, pois a diferença para o quinto classificado 13 e 12 pontos, respetivamente, já é considerável. e baixou para a oitava posição. Já o Águeda também perdeu pelo mesmo resultado (2-0) no terreno do Caldas e caiu para a zona de despromoção. Nada é ainda alarmante, pois o campeonato tem sido extremamente equilibrado, mas ninguém gosta de estar em posições incómodas. A semana vai ser crucial para ambos os clubes na procura de um novo treinador, quiçá de mais soluções para os respetivos plantéis. 2-O Anadia mede forças em casa com o Sertanense, adversário que tem feito TRIBUNA DE HONRA Calvão, Juve Force e Mourisquense continuam na Taça de Aveiro Os Leões da Pateira, que perderam pela primeira vez no fecho da primeira volta no terreno do Argoncilhe, jogam de novo fora de portas, na casa da ACRD Mosteirô. A equipa, com esta paragem, teve tempo de dissecar o que possa ter estado menos bem no último jogo, joga contra um adversário que está abaixo da linha de água e o regresso às vitórias é quase uma certeza. A LAAC, que na última jornada deixou os lugares de subida (desceu para o quinto lugar), tem teste de fogo em casa contra o Alvarenga, outro candidato à subida e que tem mais dois pontos. Num jogo entre aflitos, o Paredes do Bairro perdeu no Bom Sucesso (3-2) e é o novo lanterna vermelha. Estes são daqueles jogos que valem mais do que três pontos. Todos estão conscientes da responsabilidade do jogo, mais a LAAC, porque joga em casa e pretende voltar aos lugares de subida. O resultado será uma incógnita. Um pouco distante está o Mourisquense, que não pode perder pontos no terreno do Arrifanense. Num jogo onde o equilíbrio poderá ser a nota dominante, o Antes, em casa, diante do Mansores, era deveras importante ganhar, de molde a estabilizar um pouco na classificação. Os dois últimos voltam a defrontar- -se em pouco mais de uma semana. Para acerto da 1.ª jornada, o CRAC venceu o Calvão por 1-0, agora invertem-se Manuel Zappa zappa@jb.pt a vida negra nas últimas épocas aos Trevos. Com um novo treinador ou não, os bairradinos terão de fazer pela vida, pois da maneira como o campeonato tem decorrido, não estão livres de cair para lugares indesejados. O Águeda também joga em casa com o Benfica e Castelo Branco. Os albicastrenses têm recuperado na tabela, não perdem há seis jogos, e irão contrariar ao máximo as pretensões dos Galos, que não podem descer mais na classificação. A vitória é fundamental. os papéis. A equipa de Parada de Cima, com duas vitórias e um empate nos últimos três jogos, ganhou um balão de oxigénio importante na luta pela manutenção (tem menos três pontos da primeira equipa acima da linha de água) e pode voltar a complicar as contas ao seu vizinho. II DIVISÃO ZONA SUL. 1-Com o jogo Juve Force - Vaguense adiado para 18 de março, o Valonguense, que derrotou pela margem mínima o Aguinense, é cada vez mais líder. Com mais uma vitória, a sétima consecutiva, o Bustos venceu em casa o Beira-Vouga e apanhou a Juve Force no segundo lugar. Em casa, o Mealhada não esteve com cerimónias e goleou o Santo André, enquanto o Águas Boas começa a dar sinais de retoma e foi vencer a Famalicão. Quem se atrasou foi o VN Monsarros, que empatou em casa com o Azenha sem golos, o mesmo resultado verificado no Carqueijo - Sosense. O Paredes do Bairro perdeu na casa do Bom Sucesso e desceu para o último lugar. O Mamarrosa perdeu no terreno do Rocas do Vouga por 2-1. 2-Pela proximidade, o Mamarrosa - Bustos marca a última jornada da primeira volta. Jogo para tripla. O Valonguense em Santo André; a Juve Force na Azenha e o Aguinense na receção ao Carqueijo, e o Mealhada na casa do Vaguense são favoritos. Com mais ou menores dificuldades, o Águas Boas deverá levar a melhor sobre o VN Monsarros. O Famalicão, melhor fora de casa, é bem capaz de complicar a vida ao Paredes do Bairro. No Sosense - Rocas do Vouga inclinamo-nos para o empate. Bola no Pé De rompante Rodrigo Ferreira Colaborador O Sporting Clube de Braga conquistou este sábado a Taça da Liga, naquela que é a segunda vitória dos minhotos na competição e a primeira neste formato de final four. Há muito que António Salvador e a sua estrutura perseguiam este troféu, nomeadamente desde que o SC Braga tem o privilégio de ter o fator casa do seu lado, e à terceira foi de vez. Os bracarenses bateram o FC Porto com um golo aos 95 minutos, num final apoteótico proporcionado por Ricardo Horta, jogador que tem realizado uma grande temporada e que já leva 16 golos em jogos oficiais. Não foi um jogo de superior qualidade, mas foi emotivo, competitivo e marcado por várias oportunidades para os dois lados. A felicidade acabou por cair para os minhotos, sendo que há um mês poucos imaginariam este cenário. Quando Ricardo Sá Pinto foi despedido muitas dúvidas em torno da justiça dessa decisão pairaram no ar, mas a verdade é que o futuro acabou por dar razão a António Salvador. Os Guerreiros do Minho ganharam outra aura, mudaram os posicionamentos em campo e fizeram as pazes com a plateia. Rúben Amorim é, hoje, um treinador ainda inexperiente, mas vencedor. São cinco triunfos em cinco partidas, entre os quais duas vitórias sobre o FC Porto, uma goleada impressionante na estreia à Belenenses SAD (1-7) e um triunfo sobre o Sporting; um troféu no bolso e um saldo de golos de 14-4. Chegou, viu e venceu. Sem discursos inflamados, sem protagonismo, sem alimentar polémicas. Implementou o seu sistema, as suas ideias. Foi ativo no terreno, procurou vencer e foi feliz. Este SC Braga tem esse condão de olhar todos os adversários nos olhos e, apesar do mito de que possui dois jogadores de idêntica qualidade para cada posição, a verdade é que tem um plantel de qualidade e muito versátil. Rúben Amorim é um apologista de uma defesa com três centrais e a aposta tem corrido bem, com vários jogadores a saírem rentabilizados e a apresentarem-se num momento de forma excecional. Palhinha, Fransérgio, Raúl Silva, Ricardo Horta ou Paulinho serão os exemplos mais flagrantes, mas existem outros como Tormena, que agora tem sido indiscutível depois de ter recebido um guia de marcha pouco antes do mercado reabrir. Resta agora perceber até onde poderá chegar esta equipa. O SC Braga ainda está na Liga Europa e tem a ambição legítima de terminar no pódio do campeonato, sendo que o próximo duelo com o Sporting poderá ser decisivo.
Jornal da Bairrada 30 | janeiro | 2020 FUTEBOL | DESPORTO 25 2 0 CONDEIXA ANADIA CP O Condeixa deu a iniciativa ao adversário e, em transições rápidas, criou imensos calafrios. A vitória caseira é mais do que justa. A manta foi sempre demasiado curta para as necessidades João Abrantes A FIGURA Manuel Zappa zappa@jb.pt Estádio Municipal de Condeixa-a-Nova Árbitro:João Pereira (AF Porto), auxiliado por Roberto Santos e David Soares. CONDEIXA: Vítor Nogueira; Miguel Melo, Wilson, Mateus Lima e Bruno Beato; David Teles (Russel Sandio, 84), Tiago Crachat e Ataíde; Leo Teixeira, Didi (Rui Pereira, 68) e Juan Leite (Fernando Santos, 79). Treinador: Flávio das Neves ANADIA: Manuel Gama; Ruben Silvestre, Nelson (Semedo, 81), Dos Santos e Rui Raínho; Diogo Pereira, Kingsley e Manuel Garruço; Tiago Borges (Nadson, 59), Marcelo Santiago (Rafa, 74) e Leandro Vieira. Treinador: João Almeida Ao intervalo:1-0 Marcadores: Didi (12) e Leo Teixeira (85). Disciplina: cartão amarelo a Dos Santos (23) e Tiago Crachat (69). Foi um fim de semana atribulado para o Anadia com a saída de Nuno Pedro, a escolha de emergência de João Almeida, treinador dos juniores, ausência de jogadores, cuja convocatória englobou seis A Wilson, de cabeça, neutraliza uma possível ameaça de Ruben Silvestre à baliza do Condeixa juniores, um a titular e dois que entraram, e uma derrota que não sofre grande contestação, pese embora a excelente reação que a equipa teve no início da segunda parte. João Almeida, que não se sentou no banco, não teve tempo para nada, mas aquilo que mais saltou à vista foi a mudança tática, do 3x5x2 que vinha a ser utilizado, para o 4x3x3. O Anadia entrou algo receoso no jogo e logo aos cinco minutos, Didi, na cara de Manuel Gama, permitiu a defesa. O golo do Condeixa não tardou. Nelson teve todo o tempo do mundo para se desfazer da bola dentro da sua grande área, não aliviou a bola convenientemente e esta foi parar a Didi que, de ângulo difícil, inaugurou o marcador, num lance em que Manuel Gama podia ter feito melhor. Três minutos depois, Rui Raínho, quase empatava de canto direto, e os locais voltaram a ameaçar com um forte remate de David Teles que passou a escassos centímetros da barra. Em vantagem e de forma inteligente, o Condeixa deu a iniciativa ao seu adversário. O Anadia foi circulando a bola na primeira fase de construção e apostou nos passes em profundidade, mas, com grande sentido posicional, o Condeixa, não só esperou do que é que o seu opositor fazia à bola, como teve grande reação à perda, partindo para transições rápidas. Mesmo com mais posse de bola, o Anadia sentiu grandes dificuldades em chegar com critério ao último terço do terreno, pois esteve sempre condicionado pela pressão, sem velocidade e alguém que provocasse desequilíbrios. Aos 30 minutos, com Manuel Gama adiantado na baliza, Tiago Crachat, tentou o chapéu da linha de meio campo e errou o alvo por pouco. Dois minutos depois, de livre, Juan Leite, atirou ligeiramente ao lado do poste direito. Só aos 35 minutos é que o Anadia conseguiu o primeiro remate enquadrado com a baliza de Vítor Nogueira, que foi tão fraco que a defesa foi fácil. Quatro minutos depois, na sequência de um centro de Leandro Vieira, Kingsley apareceu solto na área, mas cabecou ao lado. O Anadia entrou para a segunda parte com outra atitude e raça, mais personalizado e, aos 48 minutos, Leandro Vieira, dentro da área, foi impedido de chegar à bola, mas o árbitro nada assinalou. Respondeu o Condeixa, com Didi, após um passe em profundidade, a isolar-se, mas Manuel KINGSLEY Fez o terceiro jogo a titular e, mais uma vez, mostrou, que não esteve tanto tempo parado devido a lesão. Isso não se nota em campo. Com uma disponibilidade física impressionante bateu-se com enorme galhardia pela posse de bola, ora destruindo, ora tentando servir os companheiros. Apesar do primeiro golo, Manuel Gama evitou males maiores. Gama, com o corpo, evitou o segundo golo. Na resposta, Rui Raínho centrou para a área e, Marcelo Santiago, sozinho, não chegou para fazer a emenda. O jogo ficou partido, o que serviu às mil maravilhas ao Condeixa que, com espaços e felino nas transições, criou uma série de problemas ao último reduto bairradino. Leo Teixeira e já com Rui Pereira em campo, deram água pela barba à defesa anadiense, com os jogadores da casa a aparecerem na área com grande à vontade, quiçá com grande cerimónia em rematar à baliza. Mas depois de tantas tentativas, aos 85 minutos, Leo Teixeira sentenciou o jogo que há muito tinha o destino traçado, pois a manta do Anadia foi sempre demasiado curta. OS TREINADORES Flávio das Neves Treinador do Clube Condeixa ACD Como é do conhecimento público, o Anadia atravessa vários problemas e quero deixar uma palavra aos seus jogadores, que com brio, dedicação e caráter, deram tudo em campo. Sabíamos que o Anadia ia apresentar uma ideia de jogo diferente do habitual, estudámos o adversário, demos a bola e apostámos nas transições e isso resultou na perfeição. Na primeira parte, o jogo já podia estar resolvido e, na segunda, criámos mais de dez oportunidades de golo, por isso a nossa vitória não sofre o mínimo de contestação. Fomos uns justos vencedores.” João Almeida Treinador do Anadia Futebol Clube Apesar dos golos do Condeixa terem nascido de dois erros nossos, o resultado acaba por ser muito cruel para o Anadia. Os jogadores que entraram em campo trabalharam, foram dignos, houve união, tudo foi decidido em cima da hora após a saída de Nuno Pedro, mas o grupo deu a cara e tudo tentou para conseguir um bom resultado. Em grande parte do tempo, o domínio do jogo foi do Anadia, se calhar merecíamos outra sorte, mas a grande verdade é que o Condeixa marcou dois golos e nós nenhum. Pelas oportunidades que tivemos, sobretudo na segunda parte, o empate não ficava mal.” PUB VENDA DE GARRAFAS E EMBALAGENS Bom Preço Telm. 969 348 311 vidropack@gmail.com
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