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N.º<strong>56</strong><br />
MAIO 2020 - 2€<br />
A Pós-Venda<br />
acredita e apoia<br />
o mercado.<br />
Comunique<br />
em parceria<br />
connosco!<br />
PERIODICIDADE MENSAL<br />
www.posvenda.pt<br />
f revistaposvenda<br />
i company/revista-pos-venda<br />
l RevistaPOS<strong>VENDA</strong><br />
320<br />
A REAÇÃO DO SETOR <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong> AO CORONAVÍRUS EM NÚMEROS<br />
PUBLICIDADE<br />
OFICINAS RESPONDEM ATRAVÉS DE UM INQUÉRITO SOBRE<br />
AS MEDIDAS QUE TOMARAM DURANTE ESTE PERÍODO DE<br />
PANDEMIA, MAS TAMBÉM O QUE ESPERAM DA SUA ATIVIDADE<br />
A CURTO E MÉDIO PRAZO<br />
PUBLICIDADE<br />
OPINIÃO<br />
Hélder Pedro ACAP<br />
Roberto Saavedra ANECRA<br />
Neli Valkanova ARAN<br />
Paulo Areal ANCIA<br />
Vitor Gouveia APDCA<br />
António Menezes Rodrigues ASFAC<br />
Joaquim Robalo de Almeida ARAC<br />
Guillermo de Llera IF4<br />
Tiago Firmino Ribeiro Audatex<br />
Pedro Pessoa LeasePlan<br />
Paulo David Ferreira Liberty Seguros<br />
GESTÃO<br />
Em momentos como o que vivemos<br />
trazemos-lhe a melhor forma<br />
de gerir a sua oficina em tempos<br />
de crise<br />
DOSSIER<br />
A limpeza e higienização de<br />
superfícies e de objetos são agora<br />
medidas decisivas para que as<br />
oficinas mantenham a sua atividade<br />
de forma segura, prevenindo a<br />
transmissão do Covid-19
O próximo pano<br />
limpo está à distância<br />
de uma manobra.<br />
NÓS TRATAMOS DISSO<br />
mewa.pt/e-de-confianca
3<br />
PROPRIETÁRIA E EDITORA<br />
ORMP Pós-Venda Media, Lda<br />
Estrada de Polima<br />
Centro Industrial da Abóboda nº 1007<br />
2º andar, Escritório I<br />
2785-543 São Domingos de Rana<br />
Nº Contribuinte: 513 634 398<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
Paulo Homem<br />
Anabela Machado<br />
CAPITAL SOCIAL DA ORMP<br />
Bettencourt & Mendes, Lda - 50%<br />
Paulofimedia Unipessoal, Lda - 50%<br />
CONTACTOS<br />
Telefone: +351 218 068 949<br />
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E.mail: geral@posvenda.pt<br />
www.posvenda.pt<br />
f facebook.com/revistaposvenda<br />
i linkedin.com/company/<br />
revista-pós-venda<br />
DIRETOR<br />
Paulo Homem<br />
paulo.homem@posvenda.pt<br />
REDAÇÃO<br />
Nádia Conceição<br />
nadia.conceicao@posvenda.pt<br />
COLABORADOR TÉCNICO<br />
Jorge Pereira<br />
DIRETORA COMERCIAL<br />
Anabela Machado<br />
anabela.machado@posvenda.pt<br />
COMERCIAL<br />
José Ferreira<br />
jose.ferreira@posvenda.pt<br />
ADMINISTRATIVA<br />
Anabela Rodrigues<br />
anabela.rodrigues@posvenda.pt<br />
FOTOGRAFIA<br />
Micaela Neto<br />
PAGINAÇÃO<br />
Ricardo Santos<br />
SEDE DE REDAÇÃO<br />
Estrada de Polima<br />
Centro Industrial da Abóboda nº 1007<br />
2º andar, Escritório I<br />
2785-543 São Domingos de Rana<br />
TIRAGEM<br />
10.000 Exemplares<br />
ISSN<br />
2183-6647<br />
Nº REGISTO ERC<br />
126724<br />
DE<strong>PÓS</strong>ITO LEGAL<br />
399246/15<br />
PERIODICIDADE<br />
Mensal<br />
IMPRESSÃO<br />
DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta<br />
do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva<br />
Cacém – Tel: 214337000<br />
ESTATUTO EDITORIAL<br />
Disponível em www.posvenda.pt<br />
Sumário<br />
S<br />
N.º<strong>56</strong><br />
MAIO 2020<br />
www.posvenda.pt<br />
6<br />
INQUÉRITO<br />
Inquérito às oficinas...........................................................................................................................................P.06<br />
14<br />
OPINIÃO<br />
Hélder Pedro, ACAP..........................................................................................................................................P.14<br />
Roberto Saavedra, ANECRA........................................................................................................................P.15<br />
Neli Valkanova, ARAN.....................................................................................................................................P.16<br />
Paulo Areal, ANCIA...........................................................................................................................................P.17<br />
Vitor Gouveia, APDCA.....................................................................................................................................P.18<br />
António Menezes Rodrigues, ASFAC.....................................................................................................P.19<br />
Joaquim Robalo de Almeida, ARAC........................................................................................................P.20<br />
Guillermo de Llera, IF4....................................................................................................................................P.21<br />
Tiago Firmino Ribeiro, Audatex..................................................................................................................P.22<br />
Pedro Pessoa, LeasePlan...............................................................................................................................P.23<br />
Paulo David Ferreira, Liberty Seguros...................................................................................................P.24<br />
26<br />
GESTÃO<br />
Gestão oficinal em tempos de crise........................................................................................................P.26<br />
29<br />
NOTÍCIAS.................................................................................................................................................................P.29<br />
34<br />
OFICINA<br />
Auto Norte...............................................................................................................................................................P.34<br />
36<br />
DOSSIER<br />
Produtos de Higienização, Limpeza e Proteção..............................................................................P.36<br />
46<br />
TÉCNICA<br />
LDauto – Sistemas de injeção a Gasolina...........................................................................................P.46<br />
50<br />
FORMAÇÃO<br />
Car Academy – Sensores (Cap.09)...........................................................................................................P.50<br />
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4<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
Editorial<br />
E<br />
PAULO HOMEM<br />
DIRETOR<br />
paulo.homem@posvenda.pt<br />
E se de repente...<br />
Não vou aqui fazer a caracterização<br />
do momento que todos<br />
nós atravessamos. Como já tinha<br />
dito, todos sabem muito<br />
bem o que se está a passar e<br />
mais do que ouvir as análises dos outros<br />
certamente que, cada um de nós, sabe<br />
as consequências que esta pandemia vai<br />
trazer para o setor pós-venda.<br />
Nós, aqui na revista <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong>, decidimos<br />
quantificar o momento atual do<br />
setor e trazer-lhe uma série de dados de<br />
análise que clarificam o ponto onde estamos<br />
e aquele onde todos queremos estar<br />
num futuro mais ou menos próximo.<br />
Muitas oficinas, mais de 300, responderam<br />
ao nosso repto e deram também (os<br />
seus responsáveis) uma opinião sobre o<br />
que acham que vai ser o seu negócio nos<br />
próximos longos meses.<br />
Mas não ficamos por aqui. Fomos ainda<br />
mais longe e, por isso, descaracterizamos<br />
aquilo que era uma edição “normal” da<br />
Se me permitem um<br />
conselho, estejam aptos<br />
para a retoma que aí<br />
vem. Houve até alguém<br />
que lhe chamou de<br />
“Tsunami”, isto é, as<br />
oficinas vão ter, a partir<br />
de um determinado<br />
momento, um enorme<br />
pico de trabalho<br />
revista e trazemos-lhe a opinião, na primeira<br />
pessoa, de diversos responsáveis associativos<br />
ou de outras entidades que, de<br />
uma forma direta ou indireta, acabam por<br />
influenciar muito o setor do pós-venda.<br />
O dossier nunca foi tão oportuno como<br />
este. Fizemos um levantamento das empresas<br />
e dos produtos que estão na “moda”<br />
e que há dois meses poucas oficinas pensariam<br />
adquirir em massa. Estamos a falar<br />
dos equipamentos e produtos para limpeza,<br />
higienização e proteção (individual,<br />
das instalações e dos veículos), que agora<br />
vão ser obrigatórios em qualquer oficina.<br />
Alertamos que pode parecer uma edição<br />
mais maçuda, mas a verdade é que nunca<br />
houve um número da revista pós-venda<br />
como esta em que o seu conteúdo é<br />
de extrema atualidade e de uma imensa<br />
mais valia para todos os operadores que<br />
estão relacionados com o negócio oficinal.<br />
Se me permitem um conselho, estejam<br />
aptos para a retoma que aí vem. Houve<br />
até alguém que lhe chamou de “Tsunami”,<br />
isto é, as oficinas vão ter, a partir de um<br />
determinado momento, um enorme pico<br />
de trabalho (que depois reduzirá), motivado<br />
pelos problemas inerentes à paragem<br />
prolongada dos veículos automóveis.<br />
Baterias em fim de vida, muitos problemas<br />
eletrónicos, pneus “ovalizados”, filtros<br />
de partículas a entupir, para além<br />
das manutenções e revisões que ficaram<br />
por fazer, são pois oportunidades a não<br />
desperdiçar nesta fase. E se de repente...<br />
se algum cliente lhe oferece um serviço,<br />
por certo que não o quererá desperdiçar.<br />
Por último, queria agradecer às empresas<br />
que nos continuam a apoiar (não iremos<br />
esquecer) e a acreditar que os meios de comunicação,<br />
como a revista <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong>,<br />
são em quaisquer circunstâncias, a melhor<br />
forma e mais direta de chegar ao público<br />
alvo. A prova disso, é que nunca houve<br />
tanta informação para passar ao setor,<br />
como a que temos verificado nas últimas<br />
semanas e que, por certo, tem acompanhado<br />
em www.posvenda.pt.<br />
Muita saúde para todos!
6<br />
COM O APOIO<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
Inquérito<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
Uma nova realidade<br />
um novo desafio<br />
Através de um inquérito, a Pós-Venda foi saber as medidas que as<br />
oficinas tomaram durante este período de Pandemia, mas também<br />
o que esperam da sua atividade a curto e médio prazo<br />
TEXTO PAULO HOMEM E NÁDIA CONCEIÇÃO<br />
O<br />
Covid-19 e os seus efeitos vão<br />
andar pelo mercado pós-venda,<br />
pelo menos durante os<br />
próximos longos meses. Não<br />
há volta a dar, temos mesmo<br />
que viver nos próximos tempos com esta<br />
nova realidade que tivemos de aceitar à<br />
força, pois não havia opção nem plano B.<br />
Como é que as oficinas reagiram a tudo<br />
isto nos últimos dois meses? Diríamos que<br />
reagiram bem... em função das circunstâncias,<br />
até porque o Governo, tomou a<br />
decisão acertada de manter este setor em<br />
funcionamento.<br />
De acordo com o estudo que a revista<br />
<strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong> fez às oficinas, tendo<br />
validado 320 respostas, a verdade é que<br />
apenas 8,9% decidiram fechar as suas<br />
portas devido ao Coronavírus. Pela análise<br />
dos dados, tratavam-se de pequenas<br />
oficinas, que dessa forma analisaram que<br />
não tinham condições de manter a porta<br />
aberta, seguindo dessa forma as regras<br />
impostas para o distanciamento social.<br />
Aliás, a grande maioria das oficinas considerou<br />
que o Governo fez bem em manter<br />
a atividade aberta para todo o tipo de<br />
clientes e não apenas para os veículos afetos<br />
às atividades de emergência e combate ao<br />
Covid-19.<br />
REDUÇÃO DA ATIVIDADE<br />
A partir do momento em que as restrições<br />
à circulação de pessoas foi imposta, já<br />
se sabia, passariam a circular nas estradas<br />
muito menos automóveis. Deixou<br />
de haver filas de trânsito nos acessos às<br />
grandes cidades em horas de ponta e nas<br />
auto-estradas portuguesas estima-se que<br />
a redução do volume de tráfego foi de<br />
75%. Muito menos carros na estrada quer<br />
dizer que temos muito menos carros nas<br />
oficinas e, por consequência, uma redução<br />
do número de serviços. Apenas 4,4% das<br />
oficinas disseram que a redução na atividade<br />
foi até 25%, mas a maior fatia das
7<br />
oficinas (120 neste inquérito) afirmam que<br />
a redução na atividade foi acima dos 75%.<br />
Mais significativo é juntar todos os dados<br />
das oficinas que tiveram uma redução<br />
superior a 50% no serviço, estando neste<br />
caso a falar-se de mais de 70%.<br />
Sensivelmente metade das oficinas reduziram<br />
o seu horário de funcionamento,<br />
ajustando-o a esta nova realidade e, após<br />
ser decretado o estado de emergência por<br />
parte do Governo, pouco mais de 40%<br />
das oficinas tiveram que reduzir o número<br />
de empregados.<br />
Apenas 21,8% das oficinas disseram que<br />
não vão aderir ao lay-off simplificado,<br />
enquanto 43% já o fizeram ou irão fazer,<br />
existindo contudo uma percentagem que<br />
ainda não decidiu o que fazer sobre esta<br />
matéria.<br />
PEÇAS<br />
Tal como dissemos no número passado<br />
da revista <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong>, um dos bons<br />
barómetros da atividade da distribuição<br />
de peças no nosso país é a atividade da<br />
CARF (única empresa especializada que<br />
faz a distribuição de peças de automóveis<br />
e pneus a nível nacional). Durante parte<br />
do mês de abril a atividade da CARF<br />
reduziu-se a metade, sendo que uma parte<br />
do serviço bi-diário até foi retomado a<br />
meio do mês. Por isso, é natural que mais<br />
de 63,1% das oficinas tenham notado<br />
algumas dificuldades no abastecimento<br />
de peças, quase 31% revelaram que o<br />
abastecimento de peças esteve normal e<br />
apenas 6% disseram que sentiram muitas<br />
dificuldades.<br />
Nas páginas que se seguem pode ver, ler<br />
e analisar estes e muitos outros dados<br />
que recolhemos neste inquérito junto<br />
das oficinas, mas também um conjunto<br />
muito vasto de opiniões dos responsáveis<br />
das oficinas (não divulgando o nome<br />
da oficina nem o nome do responsável<br />
que deu a opinião) que abordam o tema<br />
do futuro da sua atividade. Trata-se de<br />
um trabalho exclusivo da revista <strong>PÓS</strong>-<br />
<strong>VENDA</strong>, que agradece a todos os que<br />
nele participaram.<br />
A opinião<br />
das oficinas<br />
Oficina de pneus<br />
BRAGA<br />
“Muitas empresas irão fechar. Os apoios<br />
bancários/estado só ajudarão as mais viáveis.<br />
E sabemos como o sector se encontrava<br />
antes da pandemia. Sobrevivência<br />
e muita ginástica financeira”.<br />
Oficina de mecânica<br />
AVEIRO<br />
“Ao contrário do que muitos imaginam,<br />
as oficinas hoje em dia não usufruem de<br />
avultados lucros, fruto de extrema carga<br />
fiscal, questões ambientais e concorrência<br />
desleal, de forma que as oficinas que conseguirem<br />
sobreviver a esta fase irão levar<br />
muito anos a recuperar. Importante será<br />
adaptarmo-nos aos novos tempos e traçar<br />
novas estratégias de negócio”.<br />
Tipo de Oficinas<br />
PNEUS<br />
16,7%<br />
COLISÃO<br />
7,6%<br />
VIDRO<br />
2,5%<br />
MECANICA<br />
73,2%<br />
Foram 317 as oficinas que responderam a este<br />
questionário. A maioria (73,2%) são oficinas em<br />
que o serviço principal é de mecânica, seguindo-se<br />
pneus (16,7%), colisão (7,6%) e por último<br />
as oficinas de vidro automóvel (2,5%), com a<br />
curiosidade de duas das redes que operam em<br />
Portugal terem dado uma resposta unificada<br />
(representando uma centena de centros de vidro).<br />
Obtivemos respostas de oficinas de todos<br />
os distritos de Portugal Continental e Ilhas,<br />
existindo uma relação direta entre o número de<br />
oficinas que responderam e o parque automóvel<br />
circulante nesses distritos.<br />
Manteve a oficina em<br />
funcionamento após ser<br />
conhecida a decisão do estado<br />
de emergência?<br />
NÃO<br />
8,9%<br />
SIM<br />
91,1%<br />
Durante o tempo em que o inquérito esteve<br />
online, no mês de abril, a grande maioria<br />
das oficinas manteve o funcionamento, mesmo<br />
depois de conhecida a decisão do Governo<br />
de avançar com o Estado de Emergência. 10%<br />
das oficinas de mecânica decidiram fechar as<br />
portas, maioritariamente na região da grande<br />
Lisboa e algumas no interior do país. Das 52<br />
casas de pneus, apenas 3 afirmaram ter fechado<br />
as portas durante o Estado de Emergência.<br />
Oficina de colisão<br />
PORTO<br />
“Esta pandemia está a dizimar muitos<br />
dos setores da nossa economia e, por esse<br />
facto, no pós-venda automóvel, irá com<br />
certeza ser evidente”.<br />
Oficina de mecânica<br />
SANTARÉM<br />
“A minha opinião sobre o impacto da pandemia<br />
no nosso setor é muito negativa,<br />
pois com esta crise vão aumentar as ditas<br />
oficinas de vão de escada, a concorrência<br />
desleal vai acentuar e, como tem sido hábito,<br />
as autoridades nada vão fazer quanto<br />
a isto para nos defender. O estado, até<br />
ao momento, não deu nada às empresas,<br />
facilitou algumas coisas, mas não está a<br />
ajudar o nosso setor. Nos próximos anos,<br />
o mesmo vai aumentar a nossa carga fiscal<br />
mais que nos últimos anos para mais<br />
uma vez nós pagarmos esta fatura que vai<br />
ser bastante alta”.<br />
Oficina de pneus<br />
BRAGANÇA<br />
“A queda de faturação vai continuar, porque<br />
muitas pessoas vão ficar sem trabalho<br />
e, consequentemente, sem rendimento,
8<br />
COM O APOIO<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
e a despesa com o carro é a que mais se<br />
adia. O carro só vai à oficina quando vai<br />
à vistoria ou quando as autoridades chamam<br />
à atenção. E quando vão à oficina<br />
adiam o mais possível o pagamento das<br />
faturas. E as oficinas, fragilizadas financeiramente<br />
como estão, não podem continuar<br />
a facilitar, e vão perder clientes”.<br />
Após ser decretado o estado<br />
de emergência, acha que as<br />
oficinas deviam manter-se<br />
abertas apenas para serviços<br />
aos veículos de emergência?<br />
SIM<br />
36,8%<br />
Qual foi a redução de serviço<br />
(estimada) após ser decretado<br />
o estado de emergência, face<br />
a um mês normal?<br />
ENTRE<br />
25% E 50%<br />
20,9%<br />
ATÉ 25%<br />
4,4%<br />
ATÉ 75%<br />
38%<br />
Oficina de mecânica<br />
PORTO<br />
“A degradação expectável das capacidades<br />
económicas será a maior dificuldade.<br />
Por outro lado, as dificuldades/crises, tem<br />
sempre o condão de obrigar a repensar a<br />
forma de estar no mercado, iremos sair<br />
reforçados, se até lá conseguirmos manter<br />
a atividade. Como estamos integrados<br />
numa rede de oficinas, o apoio e dinamismo<br />
desta, será fundamental”.<br />
Oficina de mecânica<br />
AVEIRO<br />
“Terá um grande impacto naquilo que<br />
é o mercado atual e na forma como está<br />
montada toda a logística à volta do mesmo.<br />
A crise que se avizinha não vai deixar<br />
ninguém indiferente. O mercado vai<br />
ser exigente e vai seleccionar as oficinas<br />
que estão preparadas em termos de solidez<br />
financeira”.<br />
Oficina de pneus<br />
LISBOA<br />
“O setor vai passar por muitas dificuldades,<br />
onde muitas oficinas poderão ter<br />
de reduzir custos para manterem a sua<br />
atividade. Vai recuperar a médio prazo,<br />
dependendo das ajudas que forem decretadas<br />
futuramente”.<br />
De uma forma geral a grande maioria das oficinas<br />
considerou que o Governo fez bem em<br />
manter o funcionamento para todo o tipo de<br />
clientes. De qualquer maneira ficou evidente,<br />
pelas respostas das oficinas que a prioridade<br />
foi sempre dada ás viaturas de emergência, especialmente<br />
aquelas que “combatem” contra a<br />
pandemia Covid 19.<br />
Após ser decretado o estado de<br />
emergência, reduziu o horário<br />
de funcionamento?<br />
SIM<br />
46,8%<br />
NÃO<br />
63,2%<br />
NÃO<br />
53,2%<br />
ENTRE<br />
50% E 75%<br />
36,7%<br />
Mais de 70% das oficinas teve uma redução na<br />
sua atividade superior a 50%, sendo que sensivelmente<br />
em metade destas, a redução foi<br />
superior a 75%. Apenas 4,4% das oficinas tiveram<br />
uma redução inferior a 25%. Refira-se que<br />
nas oficinas de colisão a redução da atividade<br />
foi mais equilibrada, tendo-se registado o menor<br />
número de oficinas com uma redução superior<br />
a 75%, mas em quase todas foi superior<br />
a 25%. Apenas em duas oficinas de mecânica<br />
e de pneus houve redução de serviço abaixo<br />
dos 25%.<br />
Após ser decretado o estado<br />
de emergência, reduziu<br />
o número de empregados?<br />
SIM<br />
41,6%<br />
NÃO<br />
58,4%<br />
Oficina de mecânica<br />
LEIRIA<br />
“Vai ter um impacto enorme. Mais uma<br />
vez o paradigma mudou, vão vencer os que<br />
tiverem mais capacidade de adaptação”.<br />
Oficina de mecânica<br />
SETÚBAL<br />
“O impacto claramente é negativo, sen-<br />
Com a redução de serviço as oficinas adotaram<br />
na sua maioria um novo horário de funcionamento,<br />
mas mesmo assim 46,8% afirmaram<br />
trabalhar nos mesmo horários que tinham até<br />
fevereiro de 2020. As casas de pneus foram as<br />
oficinas que mais reduziram os seus horários<br />
de funcionamento.<br />
Sem especificar se ficaram no desemprego<br />
ou não, a verdade é que 41,6% das oficinas foi<br />
obrigada a reduzir o seu número de empregados.<br />
Se for tirado um paralelo aos dados<br />
do desemprego gerais em Portugal, é provável<br />
que alguns possam mesmo ter ficado no<br />
desemprego. Contudo, é de louvar que quase<br />
60% das oficinas decidiram para já manter a<br />
sua equipa.
9<br />
Pensa aderir ao regime<br />
de lay-off simplificado?<br />
AINDA<br />
NÃO DECIDI<br />
21,8<br />
NÃO<br />
35,1%<br />
Como mais de 41% das oficinas reduziram a<br />
sua equipa, poderá tirar-se um paralelo à adesão<br />
verificada ao regime de Lay-Off simplificado,<br />
já que 43% das oficinas aderiram a esta<br />
medida do Governo. Porém, a maior percentagem,<br />
ou não vai aderir ou ainda não decidiu se<br />
quer aderir (dados de abril de 2020).<br />
Após ser decretado o estado de<br />
emergência, teve dificuldades<br />
no abastecimento de peças?<br />
NORMAL<br />
30,8%<br />
MUITAS<br />
DIFICULDADES<br />
6,1%<br />
Com stocks de peças dimensionados para a<br />
realidade que existia até março, não houve<br />
roturas de stock no mercado, mas muitos retalhistas<br />
de peças passaram a comprar apenas o<br />
que as oficinas queriam no momento. A bi-diária<br />
deixou de fazer sentido, mas a distribuição<br />
de peças manteve bons níveis de serviço. Por<br />
isso, apenas 6,1% das oficinas (foram apenas 15<br />
oficinas de mecânica e duas de pneus em 284<br />
oficinais) disseram sentir muitas dificuldades<br />
no abastecimento de peças.<br />
Após ser decretado o estado<br />
de emergência, qual o tipo de<br />
cliente que mais se dirigiu à<br />
oficina?<br />
SIM<br />
41,6% CLIENTE<br />
PARTICULAR<br />
46,8%<br />
ALGUMAS<br />
DIFICULDADES<br />
63,1%<br />
CLIENTE FROTAS<br />
10,3%<br />
CLIENTE<br />
EMPRESA<br />
39%<br />
Se as oficinas tivessem ficada abertas apenas<br />
para dar assistência às viaturas de emergência,<br />
a situação atual das oficinas (ao nível da redução<br />
do serviço) teria sido bem pior, pois apenas<br />
12% dos serviços que efetuaram (durante<br />
o mês de abril) foram a veículos de emergência<br />
(ambulâncias, carros de bombeiros, etc).<br />
Em termos de análise, mais de 57% do serviço<br />
realizado nas oficinais, teve a ver com clientes<br />
empresariais, o que também está em linha com<br />
os veículos que circulam no mercado.<br />
Considera que a atividade<br />
oficinal regressará ao seu<br />
normal?<br />
SIM,<br />
MAS EM 2021<br />
22,2%<br />
SIM,<br />
MAS NÃO<br />
ESTE ANO<br />
26%<br />
VIATURA<br />
EMERGÊNCIA<br />
NUNCA MAIS<br />
VOLTA A SER<br />
NORMAL<br />
3,5%<br />
4,1%<br />
SIM,<br />
MAS A MÉDIO<br />
PRAZO<br />
48,3%<br />
Para além das opiniões que poderá ler neste<br />
artigo por parte das oficinas sobre este assunto,<br />
fica evidente que a esperança de uma<br />
retoma do setor pós-venda este ano é nula.<br />
Mesmo assim, a médio prazo (1 a 3 anos) o<br />
otimismo para uma retoma é grande, sendo<br />
que 22% das oficinas acreditam mesmo que ela<br />
acontecerá já em 2021.<br />
do que os clientes irão perder poder de<br />
compra e num futuro a curto/médio prazo<br />
irão repensar melhor se querem efectuar<br />
determinadas reparações necessárias<br />
mas dispendiosas, podendo a segurança<br />
rodoviária estar em risco”.<br />
Oficina de pneus<br />
PORTO<br />
“A curto prazo, a diminuição da atividade,<br />
que poderá ser menor do que é expectável,<br />
pelo facto de os consumidores<br />
necessitarem de mobilidade. A médio<br />
prazo, poderá haver um crescimento para<br />
os operadores que conseguirem ultrapassar<br />
esta fase”.<br />
Oficina de mecânica<br />
SANTARÉM<br />
“Haverá menos dinheiro por parte dos<br />
clientes. As reparações serão só as necessárias<br />
e inevitáveis. Os clientes irão descuidar<br />
as revisões e mesmo o não haver<br />
inspeções periódicas irá baixar a produtividade<br />
das oficinas”.<br />
Oficina de mecânica<br />
BRAGA<br />
“Além da pandemia, outras situações existem,<br />
em simultâneo, que fragilizam o<br />
nosso setor, como sejam as seguradoras<br />
estarem a aproveitar-se e a fragilizar as<br />
oficinas com as peritagens caseiras, onde<br />
celebram com os próprios clientes acordos<br />
de reparação (sem os clientes terem<br />
conhecimentos técnicos, pondo em causa<br />
a segurança rodoviária)”.<br />
Oficina de mecânica<br />
SANTARÉM<br />
“Vai gerar desemprego no setor e uma<br />
redução dos clientes na abordagem à oficina,<br />
pois as pessoas podem trabalhar a<br />
partir de casa e assim reduzir custos no<br />
automóvel, poupando nas deslocações”.<br />
Oficina de mecânica<br />
MADEIRA<br />
“As empresas que já estavam mal vão fechar<br />
e sobretudo as microempresas vão
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
10<br />
COM COM O APOIO O APOIO<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
ter muita dificuldade em sobreviver. Os<br />
meios remotos de comunicação com cliente<br />
terão novo fôlego”.<br />
Após ser decretado o estado<br />
de emergência, passou a<br />
fazer serviços adicionais na<br />
oficina que antes não fazia<br />
(por exemplo, higienizar o<br />
automóvel, levar o carro a casa<br />
do cliente, etc)?<br />
Está a pensar recorrer às linhas<br />
de crédito disponibilizadas, no<br />
âmbito do covid-19?<br />
Oficina de pneus<br />
VISEU<br />
“Ao nível de venda de pneus novos, já<br />
estava mal, mas vai ficar pior, está melhor<br />
para quem vende pneus usados, em<br />
que muito deles não oferecem segurança<br />
na estrada”.<br />
Oficina de colisão<br />
AVEIRO<br />
“O prolongamento das inspeções periódicas<br />
foi excessivo em relação a outras<br />
medidas decretadas. Põem em causa<br />
questões de segurança. O consumidor<br />
final/empresas irá ter poder de compra<br />
muitíssimo reduzido. Prevê-se um reajustamento<br />
do mercado auto/oficinas.<br />
Redução de número de oficinas como<br />
nova redução de margens”.<br />
NÃO<br />
25%<br />
SIM<br />
76%<br />
Com as restrições e o distanciamento social<br />
imposto, as oficinas rapidamente encontraram<br />
novos serviços. 75% das oficinas revelaram<br />
precisamente isso, nomeadamente a higienização<br />
automóvel (quase obrigatório), o serviço de<br />
recolha e entrega do carro, etc.<br />
SIM<br />
25,4%<br />
NÃO<br />
31,1%<br />
AINDA<br />
NÃO DECIDI<br />
43,5%<br />
Atendendo a que muitas das oficinas que existem<br />
em Portugal são PME´s ou mesmo micro-empresas,<br />
que normalmente não estão tão<br />
aptas para o recurso ao crédito, cerca de 75%<br />
não vai recorrer às linhas de crédito ou não<br />
sabe se o vai fazer no futuro.<br />
Oficina de mecânica<br />
LEIRIA<br />
“Muito provavelmente, os clientes só irão<br />
deslocar-se para reparar as viaturas em caso<br />
de necessidade extrema. As revisões serão<br />
adiadas devido a dificuldades económicas<br />
e muito provavelmente muita dificuldade<br />
em pagar as mesmas”.<br />
A informação prestada pelas<br />
associações do setor (ACAP,<br />
ANECRA e ARAN) tem sido útil?<br />
NÃO<br />
RECORRI<br />
A NENHUMA<br />
ASSOCIAÇÃO<br />
4,1%<br />
Considera que após<br />
esta pandemia, a relação<br />
cliente/oficina: manter-se-á<br />
presencial/passará a ser mais<br />
digital<br />
DIGITAL<br />
27,5%<br />
Oficina de mecânica<br />
CASTELO BRANCO<br />
“Trará sérios problemas ao setor. Um número<br />
elevado de viaturas apenas se desloca<br />
à oficina na altura da inspecção periódica.<br />
Assim, o volume de reparações<br />
baixará significativamente. O limite das<br />
manutenções também se prolongará, pois<br />
as viaturas não circulam e, com a redução<br />
do tráfego automóvel, também se reduzem<br />
as colisões”.<br />
Oficina de pneus<br />
BRAGANÇA<br />
“Alteração de hábitos por parte dos clientes<br />
e necessidade de aplicar mais meios digitais”.<br />
NÃO<br />
36,5%<br />
SIM<br />
59,4%<br />
Quase 60% das oficinas, face às dificuldades<br />
para ter acesso à informação, acabaram por<br />
recorrer às associações do setor para obterem<br />
algum apoio e orientação. Poucas foram as<br />
oficinas que não o fizeram, o que demonstra a<br />
importância que as associações têm no apoio<br />
ao mercado do pós-venda.<br />
PRESENCIAL<br />
72,5%<br />
A importância das ferramentas digitais na dinamização<br />
do negócio pós-venda é evidente,<br />
mas nem a crise gerada pela pandemia fez<br />
mudar rapidamente o cenário que existia anteriormente,<br />
pois 72,5% das oficinas continuam a<br />
considerar que o pós-venda se irá manter presencial.
11<br />
Oficina de mecânica<br />
LISBOA<br />
“Os clientes só aquando de emergência/<br />
avaria é que se vão deslocar à oficina, ninguém<br />
quererá fazer as manutenções regulares,<br />
tanto pela quebra de rendimentos<br />
como pelo medo do contacto social.<br />
Logo, traduz-se na quebra de serviços e<br />
de facturação”.<br />
Oficina de mecânica<br />
PORTO<br />
“A grande dificuldade será a adaptação<br />
dos níveis dos valores orçamentados antes<br />
da pandemia, uma vez que os clientes, de<br />
forma geral, não estarão tão dispostos a<br />
investir na manutenção das suas viaturas,<br />
o que vai levar à recessão dos valores praticados.<br />
Terá que haver uma adaptação no<br />
valor de mercados de peças, desde a produção,<br />
importação, e setor intermediário,<br />
e mão de obra final para que o setor não<br />
pare de vez. Claro que para isto acontecer<br />
tem de haver também ajustes nos encargos<br />
que são impostos às oficinas, pois se<br />
os encargos se mantiverem ou subirem aí<br />
torna-se preocupante”.<br />
Oficina de mecânica<br />
FARO<br />
“Quem conseguir lá chegar irá enfrentar<br />
o desafio da eletrificação”.<br />
Oficina de mecânica<br />
COIMBRA<br />
“Terá algum impacto, depende da duração<br />
das medidas e na situação económica<br />
em que o país ficar. Terá sem duvida<br />
mais impacto nas vendas de automóveis<br />
do que na reparação”.<br />
Oficina de mecânica<br />
SANTARÉM<br />
“Vamos ter um período de readaptação,<br />
e todos os outros mercados também vão<br />
influenciar o nosso sucesso”.<br />
Oficina de mecânica<br />
LISBOA<br />
“O impacto será e está já a ser grande, no<br />
futuro teremos de nos adaptar, inovar e<br />
criar condições para retomar a actividade,<br />
dependendo sempre da evolução da economia,<br />
de uma forma menos presencial<br />
por parte do cliente, o que passará por<br />
meios de comunicação digital”.<br />
Oficina de mecânica<br />
LISBOA<br />
“Certamente nada voltará ao mesmo do<br />
que era antigamente. O retrair da confiança<br />
dos clientes na aquisição das viaturas<br />
novas vai propocionar uma oportunidade<br />
de negócio”.<br />
Oficina de pneus<br />
LISBOA<br />
“O ramo de pneus e jantes irá sofrer, porque<br />
as pessoas terão menos dinheiro para<br />
comprar pneus, mas a principal queda irá<br />
ser a da venda de jantes de substituição<br />
ou a alteração da estética, quer a nível de<br />
stands, quer a nível particular. A nível<br />
da mecânica, poderá aumentar, devido<br />
à procura maior de serviços fora do concessionário,<br />
e, pelo atrasar das revisões,<br />
haverá avarias mais recorrentes”.<br />
Oficina de mecânica<br />
PORTO<br />
“Devemos aproveitar todas as medidas<br />
que o Governo coloca à nossa disposição,<br />
para garantir a viabilidade, a longo<br />
prazo, das nossas empresas”.<br />
Oficina de mecânica<br />
SANTARÉM<br />
“Terá impacto, principalmente em pequenas<br />
oficinas ou as que não estão ligadas<br />
a uma rede oficinal, essas dificilmente<br />
conseguiram aguentar todos os encargos,<br />
possivelmente 30% a 40% irão encerrar<br />
a atividade”.<br />
Oficina de colisão<br />
PORTO<br />
“O mercado oficinal vai cair 45%”.<br />
Oficina de mecânica<br />
LISBOA<br />
“Na generalidade, o modo de funcionamento<br />
das oficinas irá ser igual ao que<br />
sempre foi. Vão existir clientes que depois<br />
desta pandemia vão preferir um atendimento<br />
mais digital”.<br />
Oficina de pneus<br />
AVEIRO<br />
“Será muito difícil pois irá dar potencial<br />
aos chamados biscateiros”.<br />
Oficina de mecânica<br />
MADEIRA<br />
“Dificilmente voltamos ao que éramos<br />
antes desta pandemia”.<br />
Oficina de mecânica<br />
LISBOA<br />
“O mercado vai entrar em recessão, tanto<br />
particulares como empresas vão estar descapitalizados,<br />
o que fará com que a frota<br />
automóvel envelheça e traga dificuldades<br />
de recebimento às empresas do setor”.<br />
Oficina de pneus<br />
AÇORES<br />
“Haverá uma quebra generalizada do poder<br />
de compra. Logo, o volume de negócios<br />
será inferior, e a pressão sobre as<br />
margens será ainda maior”.<br />
Oficina de mecânica<br />
FARO<br />
“Terão de encerrar pelo menos 80% das<br />
empresas para que seja rentável para quem<br />
se aguentar aberto”.<br />
Oficina de mecânica<br />
PORTO<br />
“Regredimos 15 a 20 anos”
12<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
320<br />
Nº de oficinas que responderam ao inquérito<br />
22,2%<br />
Das oficinas que consideram que o setor pósvenda<br />
voltará ao normal em 2021<br />
63,1%<br />
Das oficinas sentiram dificuldades no<br />
abastecimento de peças durante o Estado de<br />
emergência<br />
58,4%<br />
Das oficinas não reduziram o nº de<br />
empregados por causa do Covid 19<br />
Oficina de mecânica<br />
BEJA<br />
“Nos meses seguintes haverá uma redução<br />
de cerca de 40%”.<br />
Oficina de mecânica<br />
CASTELO BRANCO<br />
“O cliente vai alongar mais a manutenção<br />
e exigir sempre uma melhor higienização<br />
da viatura”.<br />
Oficina de pneus<br />
PORTO<br />
“Haverá maior cuidado na higienização<br />
dos veículos, as oficinas irão estar dotadas<br />
de mais produtos de limpeza e desinfeção<br />
e a relação cliente-oficina irá mudar com<br />
novos conceitos e estratégias”.<br />
Oficina de mecânica<br />
COIMBRA<br />
“É positiva pois permite-nos desenvolver<br />
novas soluções e maior organização”.<br />
na reparação independente vai, seguramente,<br />
ser mais procurada novamente”.<br />
Oficina de mecânica<br />
AÇORES<br />
“A curto e médio prazo vai levar à falência<br />
muitas oficinas, a longo prazo tudo<br />
voltará ao normal mas só dentro de uns<br />
4 a 5 anos”.<br />
Oficina de mecânica<br />
LEIRIA<br />
“A curto prazo haverá mais marcações não<br />
presenciais e o cuidado redobrado na higiene.<br />
A médio prazo, alguns hábitos irão<br />
mudar, mas o funcionamento deste setor,<br />
para pequenas empresas, manter-se-á”.<br />
Oficina de pneus<br />
LISBOA<br />
“O lado positivo é que vem limpar muitas<br />
oficinas de “vão de escada” e outras boas<br />
mas mal geridas, que sobrevivem no fio<br />
da navalha. O lado negativo é que reduz<br />
muito o poder de compra, sobretudo nos<br />
particulares”.<br />
59,5%<br />
Das oficinas recorreram ao serviços das<br />
associações do setor durante o Estado de<br />
emergência<br />
38%<br />
Das oficinas tiveram uma redução da<br />
atividade superior a 75% durante o Estado de<br />
emergência<br />
Oficina de mecânica<br />
LEIRIA<br />
“Este setor vai ter um impacto reduzido,<br />
uma vez que o automóvel vai continuar<br />
a ser um bem de primeira necessidade”.<br />
Oficina de colisão<br />
PORTO<br />
“O impacto no imediato e a curto prazo<br />
na nossa área é gigante, sendo que é<br />
difícil ter noções a médio prazo, porque<br />
existem vários fatores a ter em consideração,<br />
sendo já um deles o aumento do<br />
desemprego, o que faz com que a reparação<br />
e manutenção da viatura passe para<br />
2.º ou 3.º plano”.<br />
Oficina de mecânica<br />
LISBOA<br />
“As consequências são evidentes, a ajuda<br />
do Estado em tudo isso é que irá posicionar<br />
o futuro do país. É provável que,<br />
devido à nossa cultura, o impacto seja<br />
grande nos primeiros meses, mas depois<br />
de estarmos tranquilos, voltará tudo ao<br />
quase normal. Mas irá sempre ficar a<br />
marca na economia e nos nossos bolsos”<br />
72,5%<br />
Das oficinas consideram que o negócio pósvenda<br />
se manterá presencial<br />
Oficina de mecânica<br />
LISBOA<br />
“No imediato vai haver um decréscimo<br />
da atividade. A médio prazo vamos ter<br />
uma retoma gradual e acreditamos, que
13<br />
O INQUÉRITO ÀS OFICINAS<br />
TEVE O APOIO DE<br />
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14<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
Em defesa do setor<br />
Hélder Pedro<br />
SECRETÁRIO-GERAL DA ACAP<br />
A<br />
grave crise do Covid 19 é, desde<br />
logo, diferente de todas as<br />
outras, porque afecta de igual<br />
modo os países ricos e os países<br />
pobres. Não é uma crise com<br />
origem na economia, como têm sido todas<br />
as crises anteriores, mas infelizmente irá ter<br />
efeitos mais negativos para todo o tecido<br />
empresarial dos vários países. A imprevisibilidade<br />
da sua duração é outro factor de<br />
incerteza muito significativo.<br />
O sector automóvel, na sua globalidade<br />
incluindo o pós-venda, sendo um dos principais<br />
sectores económicos em Portugal e na<br />
União Europeia, foi desde logo um dos mais<br />
afectados, com o imediato encerramento<br />
de fábricas e empresas comerciais.<br />
Em Portugal, este sector é responsável<br />
por 25% do total das exportações de bens<br />
transacionáveis, representa 19% do PIB e<br />
emprega 200.000 pessoas.<br />
Por outro lado, é um sector composto por<br />
algumas grandes empresas mas, sobretudo,<br />
por PME, microempresas e, mesmo, empresários<br />
em nome individual, distribuídas<br />
por todo o país.<br />
A ACAP (Associação Automóvel de<br />
Portugal) é a Associação que representa,<br />
ininterruptamente, a globalidade do comércio<br />
automóvel, desde a sua fundação<br />
há já cento e dezanove anos. Assim, logo no<br />
início desta crise apresentámos ao Governo<br />
um conjunto de propostas que se consubstanciam<br />
no que podemos designar como<br />
Plano de Apoio ao Sector Automóvel (ou<br />
PASA), tal como aconteceu em 2009.<br />
No imediato, o principal objetivo foi a<br />
manutenção dos postos de trabalho, para<br />
que não se destrua o importante capital<br />
humano das nossas empresas.<br />
Fundamentalmente, propusemos medidas<br />
de apoio ao emprego, como vieram a ficar<br />
definidas no designado lay-off simplificado,<br />
e que se encontra em vigor, assim como<br />
uma linha de crédito específica para o nosso<br />
sector. No caso do regime de lay-off, conseguiu-se<br />
que fossem feitas duas alterações no<br />
sentido de facilitar a sua aplicação. Todavia,<br />
a questão de se considerar a média de comissões<br />
dos vendedores não foi resolvida<br />
pelo Governo e continuamos a lutar para<br />
que tal aconteça. Também a situação dos<br />
sócios-gerentes, que a ACAP tentou acautelar,<br />
desde o início, foi objecto de uma<br />
regulamentação claramente insuficiente,<br />
deixando de fora uma parte significativa<br />
dos sócios-gerentes das empresas. Neste<br />
sector, existem muitas micro e pequenas<br />
empresas em que trabalha o sócio-gerente<br />
e um ou dois empregados. Ora, não é justo<br />
que aqueles (que não têm outra fonte de<br />
subsistência) não possam recorrer aos apoios<br />
do lay-off.<br />
Quanto às linhas de crédito, o Governo<br />
veio, posteriormente, reforçar a linha já<br />
existente e alargou, significativamente, os<br />
CAE a que se aplica. Todavia, e para as<br />
empresas do nosso sector, será necessário<br />
que existam apoios a fundo perdido, pois só<br />
assim, estas poderão sobreviver. Uma parte<br />
dos fundos que o Governo irá receber de<br />
Bruxelas, deveria ser aplicado nesses apoios.<br />
Mas, naturalmente, a ACAP apresentou<br />
Fundamentalmente,<br />
propusemos medidas de<br />
apoio ao emprego, como<br />
vieram a ficar definidas<br />
no designado lay-off<br />
simplificado, e que se<br />
encontra em vigor, assim<br />
como uma linha de<br />
crédito específica para o<br />
nosso sector<br />
também propostas de dinamização da procura,<br />
para que o sector possa sair desta crise<br />
o mais rapidamente possível.<br />
E aqui, retomámos o nosso plano de incentivos<br />
ao abate de veículos em fim de vida,<br />
que também tinha sido implementado em<br />
2009. Recorde-se que, em 2013, a ACAP<br />
recolheu 4500 assinaturas e apresentou uma<br />
petição na Assembleia da República para a<br />
implementação daquele incentivo. Dado<br />
o número de assinaturas que conseguimos<br />
recolher, a petição foi levada e discutida<br />
no Plenário da Assembleia (embora com<br />
o normal atraso de seis meses no seu agendamento).<br />
Na Assembleia da República,<br />
todos os partidos se manifestaram a favor<br />
da implementação deste incentivo, tendo<br />
havido uma declaração unânime.<br />
Foi esta deliberação que a ACAP agora<br />
invocou junto do Governo.<br />
Na proposta, que agora voltámos a apresentar,<br />
exigimos que a mesma se aplique<br />
também para a compra de veículos usados,<br />
devendo o Governo criar uma linha específica<br />
para tal.<br />
Este plano, terá a dupla vantagem de alavancar<br />
a procura e renovar o parque automóvel.<br />
Propusemos, ainda, e dado que se verificou<br />
uma paragem abrupta da actividade, a<br />
suspensão do pagamento de IUC (Imposto<br />
Único de Circulação), para os veículos em<br />
stock, permitindo assim aliviar a tesouraria<br />
das empresas. Nesta suspensão, poderia ser<br />
usada sempre a figura do registo profissional,<br />
criada há vários anos por proposta da<br />
ACAP, para maior segurança do sector,<br />
mas que veio a perder importância, dado<br />
o facto de os vários Governos terem vindo<br />
a aumentar, de forma inusitada, as taxas<br />
deste registo!<br />
Estamos certos, que o Governo irá dar a<br />
maior atenção às propostas da ACAP, e<br />
de outras Associações do sector, pois só<br />
assim se conseguirá que o sector automóvel<br />
continue a ser um sector fundamental na<br />
nossa Economia, sendo o maior gerador<br />
de receitas fiscais, um dos maiores exportadores<br />
e um dos principais responsáveis<br />
pela criação de emprego no nosso País.
15<br />
Resiliência<br />
e confiança.<br />
Duas palavras chave<br />
para ultrapassarmos<br />
esta tempestade<br />
Roberto Saavedra Gaspar<br />
SECRETÁRIO GERAL DA ANECRA<br />
Começo por mencionar e reforçar,<br />
que há semelhança do que<br />
já havia referido numa outra<br />
oportunidade (aqui neste mesmo<br />
espaço) que a nossa primeira<br />
prioridade, sempre foi e será, dar o nosso<br />
contributo para tentar garantir por todos<br />
os meios possíveis, que esta Pandemia seja<br />
rapidamente controlada e com as menores<br />
consequências possíveis do ponto de vista<br />
da Saúde Pública.<br />
Não devemos perder este foco, até porque<br />
sem que este objectivo esteja atingido, muito<br />
dificilmente nos poderemos concentrar<br />
em exclusivo naquilo que nos preocupa, a<br />
todos, e que é a nossa economia, as nossa<br />
empresas e o nosso modo de vida.<br />
Face à conjuntura que a nossa Economia e<br />
em particular o Sector Automóvel, estão a<br />
enfrentar, em alguns casos de verdadeiro<br />
e absoluto bloqueio económico, ao longo<br />
destas ultimas semanas, a ANECRA e em<br />
particular, a sua equipa, não obstante ter<br />
estado maioritariamente a trabalhar em regime<br />
de Home Office, esteve, provavelmente<br />
como nunca, totalmente dedicada e focada,<br />
no sentido de cumprir as duas principais<br />
vertentes nas qual assenta o propósito e a<br />
razão de existir, a defesa do setor e o apoio<br />
especializado aos associados.<br />
Das inúmeras tarefas realizadas nestas últimas<br />
semanas, gostaria apenas de destacar<br />
três acções muito específicas que julgo de<br />
grande relevância e efectivo valor para o<br />
sector e que continuam, apesar de tudo, a<br />
ter absoluta actualidade:<br />
- No plano da comunicação e na defesa<br />
dos interesses do sector e dos seus agentes,<br />
desde a primeira hora que tivemos diversas<br />
intervenções, em particular através de vários<br />
comunicados de imprensa em que procurámos<br />
reivindicar ou sugerir o aperfeiçoamento,<br />
o incremento e em termos finais o<br />
melhoramento das medidas extraordinárias<br />
lançadas pelo Governo com vista à mitigação<br />
da crise empresarial, como é o caso da nossa<br />
posição (através de diferentes canais) pela<br />
suspensão imediata do pagamento do IUC<br />
por parte dos operadores do sector que têm<br />
viaturas usadas em stock, e que não obstante<br />
estarem impedidos de exercer a sua normal<br />
actividade, ainda assim terão que suportar<br />
um imposto que supostamente deveria estar<br />
direcionado para viaturas em circulação.<br />
- Destaque também para a tónica bastante<br />
acentuada que colocámos, numa primeira<br />
fase, na necessidade de se alargar o âmbito<br />
do Regime Simplificado de Lay-off para<br />
os sócios gerentes das empresas e numa<br />
segunda fase para que, a medida entretanto<br />
lançada, não fosse tão restritiva como a que<br />
temos atualmente (limite de facturação nos<br />
60.000€ e restrição à existência de mais<br />
colaboradores na empresa). O actual modelo<br />
deixa de fora a generalidade dos nossos<br />
empresários, uma parte significativa destes,<br />
ligados às milhares de micro e pequenas<br />
empresas que constituem uma esmagadora<br />
percentagem do nosso tecido empresarial.<br />
- Por último uma referência para a posição<br />
pública que tomámos na questão referente<br />
à Suspensão total do Serviço das Inspecções<br />
Periódicas (através de uma Portaria de 25 de<br />
Março) e que felizmente foi alterada a 9 de<br />
Abril, permitindo desta forma a realização<br />
da inspeção aos veículos que se deveriam<br />
ter apresentado à inspeção antes de 13 de<br />
Março. Eram o caso de Veículos que pudessem<br />
eventualmente estar imobilizados por<br />
estarem avariados ou se encontrarem nas<br />
oficinas, a aguardar reparação. Contudo,<br />
achamos de uma importância decisiva para<br />
a retoma do Pós Venda que as Inspecções<br />
Periódicas Obrigatórias, regressem, de<br />
imediato, à sua normalidade. Dito isto, e<br />
chegados a este momento, e tendo em vista<br />
a preparação gradual do retomar da actividade<br />
económica e o regresso à normalidade<br />
das empresas, que esperamos todos, seja<br />
uma linha recta e tão curta quanto possível,<br />
gostaria de deixar uma ideia e que se<br />
baseia naquilo que acredito serem dois dos<br />
principais factores para ultrapassarmos esta<br />
fase. O primeiro é o espírito de resiliência<br />
e o segundo, mas não menos importante,<br />
é a confiança.<br />
Julgo que ao longo dos anos demos provas<br />
inequívocas enquanto Povo e Nação, que<br />
gostamos, ou pelo menos funcionamos melhor,<br />
quando temos desafios duros e difíceis<br />
pela frente. A história tem-nos mostrado<br />
isso mesmo. Somos um Povo e uma Nação<br />
de grande Resiliência, para trás ficam 900<br />
anos a provar isso mesmo.<br />
E, portanto, nesta altura em que estamos<br />
todos a percorrer um longo e dificílimo<br />
caminho e em que outra margem do rio<br />
está ainda distante que acredito que temos<br />
novamente de mostrar esta nossa característica.Mas<br />
se para chegarmos ao outro lado<br />
da margem, precisamos de ser resilientes,<br />
não haja dúvidas, precisaremos também, e<br />
muito, do sentimento de Confiança sem o<br />
qual, não será possível pensar na retoma. Por<br />
isso é fundamental que todos os diferentes<br />
agentes económicos, estabeleçam o seu<br />
plano de retoma, tendo como preocupação<br />
primordial, a existência de um ambiente<br />
de grande Confiança, nos diferentes intervenientes<br />
neste cenário. Desde logo as<br />
empresas no seu processo de reabertura e<br />
relançamento, terão que colocar em uso<br />
aquilo que são as melhores praticas sanitárias,<br />
tendo em vista a geração do sentimento<br />
de segurança e confiança junto de todos os<br />
que lhe estão relacionados: colaboradores,<br />
clientes e fornecedores.<br />
Da mesma forma os vários organismos, em<br />
particular os que têm responsabilidades a nível<br />
dirigente, nos seus diferentes planos, desde<br />
o Governo Português à União Europeia,<br />
passando por todos os organismos que nos<br />
regem e regulam, de criarem as medidas<br />
suficientes e necessárias para que, em cada<br />
momento, os agentes económicos tenham<br />
segurança e confiança nas suas decisões.<br />
O plano de relançamento da economia terá<br />
que gerar a confiança nos consumidores,<br />
nas empresas, nos investidores, no sistema<br />
financeiro, entre os demais.<br />
Do nosso lado, ANECRA, cá estaremos<br />
com o espírito de grande resiliência e de<br />
quem já atravessou 110 anos de vida e de<br />
quem tem uma Confiança enorme na sua<br />
capacidade para apoiar e ajudar os seus<br />
Associados a ultrapassarem mais esta etapa.
16<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
Resiliência<br />
à prova de futuro<br />
Neli Valkanova<br />
SECRETÁRIA-GERAL DA ARAN<br />
Os efeitos económicos da pandemia<br />
de Covid-19 são algo<br />
sem precedentes e parece-me<br />
ser consensual que se por um<br />
lado ainda não se sabe qual<br />
o verdadeiro impacto desta crise na vida<br />
económica, por outro, nada vai ficar como<br />
dantes.<br />
Existe sério risco de colapso de economia<br />
devido à situação que iremos enfrentar,<br />
sem qualquer comparação com as crises<br />
anteriores, com consequências nos nossos<br />
comportamentos, na redefinição do sistema<br />
de valores, no relacionamento com os<br />
outros e na nossa perspetiva para o futuro.<br />
O impacto até agora foi, sem surpresa, diferente<br />
nos vários subsetores do automóvel<br />
representados pela ARAN. É nas vendas que<br />
está o grande impacto, com muitas empresas<br />
retalhistas a terem a necessidade recorrer<br />
ao lay-off parcial. O estudo realizado pela<br />
ARAN demonstra que no universo de 950<br />
empresas contactadas, 50 % recorreram<br />
ao lay-off. Neste momento, o contacto<br />
presencial praticamente desapareceu e estão<br />
a ser utilizadas plataformas de venda<br />
digitais. Alguns destes processos poderão,<br />
depois da pandemia, passar de provisórios<br />
a definitivos, com ganhos de produtividade<br />
para as empresas de retalho automóvel.<br />
Desenganemo-nos, porém! As vendas de<br />
automóveis novos vão ser a área que mais<br />
vai sofrer no pós-crise sanitária, dado que as<br />
“cicatrizes” económicas dos consumidores<br />
vão ser profundas. O incentivo à compra<br />
terá de ser uma realidade.<br />
Ainda nas vendas, permito-me fazer especial<br />
referência ao comércio de usados. Embora<br />
este já tenha uma componente digital há<br />
vários anos, é um negócio com especificidades<br />
que tornam a intervenção humana<br />
mais premente. Nas atuais circunstâncias,<br />
após o levantamento de estado de emergência<br />
e com alguns setores a retomarem<br />
atividade, poderá existir uma procura de<br />
compra de carros usados para assegurar um<br />
transporte em segurança. Esse fenómeno<br />
está, de resto, a ocorrer na China, onde<br />
estudos de intenção de compra automóvel<br />
apontam para essa realidade, que se poderá<br />
manter pelo menos enquanto não houver<br />
vacina ou imunidade de grupo para o novo<br />
coronavírus.<br />
No setor oficinal, que pôde continuar a<br />
laborar no estado de emergência, mas que,<br />
naturalmente, sentiu quebra, a resiliência<br />
impera com os empresários a recusarem-se<br />
a baixar os braços. Algumas empresas optaram<br />
pelo lay-off parcial e foram realizando<br />
trabalhos por marcação e outros já planeados,<br />
mantendo, sempre, o contacto com os<br />
clientes. Exemplo de planeamento é o caso<br />
de um associado que reforçou o stock de<br />
baterias, dado que quando os automóveis<br />
circulam menos aquele componente “sofre”.<br />
Resiliência é isto e é por isso que não<br />
tenho dúvidas que nas oficinas a queda será<br />
inferior à de outros subsetores automóvel.<br />
Quanto aos pronto-socorro, sendo uma<br />
atividade essencial, as empresas continuam<br />
a trabalhar. No entanto, dado que há menos<br />
veículos nas estradas, também têm menos<br />
trabalho. O regresso será gradual.<br />
APOIOS NO IMEDIATO E DE LONGO<br />
PRAZO<br />
O setor automóvel, tal como a generalidade<br />
das atividades económicas, precisa de fortes<br />
apoios, no futuro imediato e no médio e<br />
longo prazo. Os cortes nas receitas foram<br />
brutais e abruptos, pelo que toda a ajuda é<br />
pouca. Para já, a injeção de capital é urgente<br />
e, no futuro, o incentivo à compra de todo<br />
o tipo de viaturas parece-me a forma de<br />
permitir alguma recuperação a um setor<br />
que é essencial para o país em termos de<br />
receita fiscal e de criação de emprego.<br />
No imediato, a ARAN, cumprindo o seu<br />
papel de sempre de estar ao lado dos associados,<br />
presta um apoio muito prático.<br />
Falamos diariamente com todos os associados<br />
para perceber as suas necessidades,<br />
dado que todos os departamentos da ARAN<br />
estão em plena laboração, mesmo que em<br />
teletrabalho. A cada dois dias, o departamento<br />
jurídico envia aos associados uma<br />
súmula a esclarecer as medidas do Governo.<br />
Somos, de igual modo, contactados pelos<br />
associados para dar indicações concretas.<br />
Em suma, estamos sempre atentos a todo<br />
o tipo de apoios que existem e publicamos<br />
informação sobre os mesmos no site e nas<br />
newsletter que enviamos aos associados.<br />
Além disso fizemos, logo nos primeiros dias<br />
de crise pandémica, uma parceria com uma<br />
empresa de tintas que começou a produzir<br />
gel desinfetante e assumimos os custos do<br />
primeiro envio. Outro de vários exemplos<br />
concretos foi o termos encontrado um<br />
fornecedor de máscaras FPP2.<br />
Como referi no início deste artigo, o setor<br />
está ainda a perceber o que pode acontecer<br />
no pós-Covid-19. Cerca de 30% das empresas<br />
ainda não recuperou da crise anterior<br />
e quem não tiver uma almofada financeira<br />
vai passar por dificuldades sérias. No meio<br />
de tanta imprevisibilidade, os empresários<br />
do setor sabem que há sempre algo com<br />
que podem contar: o apoio da ARAN.<br />
Continuamos e continuaremos a estudar<br />
soluções muito práticas para ajudar os associados<br />
e articular com as autoridades para<br />
o reconhecimento do esforço e resiliência<br />
do setor.<br />
No setor oficinal,<br />
que pôde continuar<br />
a laborar no estado de<br />
emergência, mas que,<br />
naturalmente, sentiu<br />
quebra, a resiliência<br />
impera com<br />
os empresários<br />
a recusarem-se<br />
a baixar os braços
17<br />
O setor encontra-se<br />
preparado para retomar<br />
de forma gradual<br />
e progressiva a sua<br />
atividade<br />
O<br />
atual estado de pandemia derivado<br />
do novo coronavírus<br />
(COVID-19) e a situação de<br />
crise que vivemos com uma<br />
dimensão humana e de saúde<br />
pública muito significativa, preocupou,<br />
naturalmente, a ANCIA que, sequência<br />
deste surto, defendeu desde o início a implementação<br />
de um conjunto de medidas de<br />
contingência de modo a minimizar o risco<br />
de transmissão e propagação deste vírus.<br />
Na verdade, desde o primeiro momento,<br />
e num contexto em que se verificou uma<br />
evolução da propagação da infeção por<br />
este vírus, a ANCIA esteve em permanente<br />
diálogo com Governo e a Tutela no sentido<br />
de implementar um quadro legal, e as<br />
condições necessárias, para a suspensão da<br />
atividade dos Centros de Inspeção.<br />
A suspensão parcial da atividade dos<br />
Centros de Inspeção veio a concretizar-se<br />
através da publicação do Decreto-Lei n.º<br />
10-C/2020, de 23 de março, que estabeleceu<br />
medidas excecionais e temporárias<br />
de resposta a esta doença, mantendo-se,<br />
contudo, o atendimento, apenas por marcação,<br />
para a prestação de serviços essenciais<br />
de inspeção, definidos pela Portaria 80-<br />
A/2020, de 25 de março, com a alteração<br />
dada pela Portaria 90/2020 de 9 de abril.<br />
A implementação destas medidas, de caráter<br />
excecional e temporário e o consequente<br />
encerramento dos Centros de Inspeção,<br />
assumiram-se como necessárias para dar<br />
resposta a esta crise, assim como contribuíram<br />
para impedir a propagação deste vírus.<br />
No entanto, a execução destas medidas<br />
estão a causar um enorme impacto neste<br />
setor na medida em que estamos perante<br />
uma atividade que apresenta um significativo<br />
grau de exigência, a diversos níveis, e<br />
que se refletem em custos elevados para as<br />
entidades gestoras.<br />
Paralelamente, e desde o primeiro momento<br />
da situação de emergência de saúde pública,<br />
os Centros de Inspeção implementaram<br />
com sucesso as medidas de contingência<br />
de acordo com a Orientação n.º 006/2020<br />
da Direção Geral da Saúde (DGS) no que<br />
se refere, designadamente, à definição de<br />
áreas de isolamento em caso de possível<br />
contágio, assim como de procedimentos básicos<br />
para higienização das mãos e etiqueta<br />
respiratória, bem como de conduta social.<br />
No âmbito da implementação dos respetivos<br />
planos de contingência, os Centros de<br />
Inspeção procederam, ainda, à definição de<br />
regras exigentes e reforçadas de higienização<br />
e limpeza das suas instalações, bem como<br />
à disponibilização de material de proteção<br />
junto dos seus colaboradores, assim como<br />
definiram procedimentos e metodologias<br />
de circulação nas suas instalações de modo<br />
a reduzir o contacto e a proximidade com<br />
os Utentes.<br />
Considerando, contudo, a evolução positiva<br />
do quadro epidemiológico, assim como o<br />
esforço e as medidas de contingência implementadas<br />
pelos Centros de Inspeção, o<br />
setor encontra-se, nesta fase, preparado para<br />
retomar de forma gradual e progressiva a<br />
sua atividade, tendo sido desenvolvido pela<br />
ANCIA um Manual de Boas Práticas para<br />
o setor sobre a COVID-19, documento<br />
este que, estamos certos, irá contribuir<br />
para reforçar a confiança dos profissionais<br />
do setor e dos utentes no sentido de que os<br />
Centros de Inspeção são espaços seguros e<br />
que oferecem as necessárias condições de<br />
segurança.<br />
Paulo Areal<br />
PRESIDENTE DA ANCIA<br />
O setor encontra-se,<br />
nesta fase, preparado<br />
para retomar de forma<br />
gradual e progressiva<br />
a sua atividade, tendo<br />
sido desenvolvido pela<br />
ANCIA um Manual de<br />
Boas Práticas para o<br />
setor sobre a COVID-19,<br />
documento este que,<br />
estamos certos, irá<br />
contribuir para reforçar<br />
a confiança dos<br />
profissionais do setor e<br />
dos utentes no sentido<br />
de que os Centros de<br />
Inspeção são espaços<br />
seguros e que oferecem<br />
as necessárias condições<br />
de segurança
18<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
Viver o presente<br />
de olhos postos<br />
no futuro<br />
Vitor Gouveia<br />
PRESIDENTE DA APDCA<br />
Os empresários do setor do<br />
comércio de automóveis usados<br />
devem voltar à atividade<br />
com energia e confiança redobradas,<br />
mas conscientes de<br />
que uma nova paragem seria catastrófica.<br />
Felizmente, a união e resiliência que este<br />
setor já demonstrou deixa-nos confiantes<br />
em relação ao futuro.<br />
Tendo em conta a pandemia e o difícil<br />
momento que o setor e o país atravessam, a<br />
APDCA definiu desde o primeiro minuto<br />
uma estratégia de apoio aos associados (e<br />
não só) assente em três pilares: informação<br />
atualizada e permanente sobre o evoluir<br />
da situação e comunicados regulares sobre<br />
a mesma, sensibilização do Governo, em<br />
especial do Ministério da Economia, sobre<br />
as dificuldades que o setor do comércio<br />
de automóveis usados atravessa, bem as<br />
medidas necessárias para as minimizar, e<br />
mecanismos de ação direta.<br />
Em relação à primeira, temos utilizado<br />
todos os canais de comunicação (redes<br />
sociais, newsletter e e-mail) para manter<br />
os associados e restantes interessados<br />
informados sobre a evolução da crise,<br />
as medidas de resposta, os apoios cedidos,<br />
as restrições e os direitos e deveres<br />
de cada um. Fizemo-lo de uma forma<br />
regular, sempre atenta e privilegiando a<br />
proximidade e a atualidade, com envios<br />
de newsletter sempre que alguma medida<br />
ou alteração de cenário o impunha.<br />
A colaboração com diversos parceiros,<br />
incluindo a COVIDATA, permitiu ainda<br />
a divulgação de estudos e análises sobre<br />
o evoluir da situação bem como delinear<br />
alguns cenários possíveis que permitissem,<br />
de alguma forma, preparar o período<br />
de maior abertura às restrições vigentes.<br />
No âmbito da sensibilização ao Governo,<br />
a APDCA elaborou um documento completo<br />
extenso e minucioso onde sugere<br />
uma série alargada de medidas de apoio ao<br />
setor e que visam a diminuição do impacto<br />
económico provocado pelo encerramento<br />
das instalações e consequente diminuição<br />
drástica dos volumes de faturação.<br />
Sempre atenta às necessidades dos seus<br />
associados, a APDCA em parceria com<br />
a Dekra, intervieram ainda no sentido<br />
de serem permitidas as inspeções aos<br />
usados importados para atribuição de<br />
matrículas bem como na possibilidade<br />
de os comerciantes efetuarem as IPO aos<br />
automóveis em stock cuja mesma tivesse<br />
caducado no momento anterior à declaração<br />
do Estado de Emergência. Ambas<br />
as intervenções forma plenas de sucesso,<br />
tendo o Ministério da Economia atendido<br />
prontamente às nossas solicitações.<br />
Em relação à ação direta, efetuámos uma<br />
angariação de fundos entre os nossos<br />
associados que, pela sua abrangência e clareza,<br />
contou ainda com a participação de<br />
particulares, uma situação que nos enche<br />
a todos na APDCA de grande orgulho.<br />
A verba reunida, em tempo recorde como<br />
a situação o exigia, foi utilizada na aquisição<br />
de 2000 viseiras de proteção individual,<br />
devidamente homologadas pelo<br />
Ministério da Saúde, que foram entregues<br />
pelas Forças Armadas ao Serviço Nacional<br />
de Saúde (SNS).<br />
Uma forma de auxiliarmos diretamente<br />
quem luta na linha da frente contra a pandemia,<br />
salvando vidas e colocando-nos,<br />
diariamente, um passo mais próximo da<br />
tão ansiada “normalidade”, pelo menos<br />
a possível nos tempos que se avizinham.<br />
Um dos problemas que enfrentam os empresários<br />
do setor é mesmo tentar perceber<br />
que normalidade será essa sem recorrer<br />
a dotes de adivinhação já que, como em<br />
quase tudo durante esta pandemia, é<br />
muito difícil, para não dizer impossível,<br />
avançar com previsões realistas, valores<br />
corretos ou cenários acertados. Uma paragem<br />
mais prolongada no tempo pode<br />
corresponder a que o presente ano esteja<br />
“perdido” para as empresas do sector. Vai<br />
ser uma verdadeira corrida contra o relógio<br />
para se tentar salvar o maior número<br />
possível de empresas, postos de trabalho<br />
e, em última análise, a economia nacional.<br />
O foco atual continuará a ser a mitigação<br />
da pandemia e conseguir que as nossas<br />
empresas consigam abrir com as medidas<br />
de segurança previstas pela DGS, para que<br />
as empresas e clientes continuem num<br />
ambiente seguro. E esta é uma estratégia<br />
que deverá ser mantida no nosso horizonte<br />
de curto e médio prazo.<br />
Quanto às vendas, naturalmente que<br />
não terão no curto prazo a dinâmica que<br />
tinham no início deste ano, antes do cenário<br />
de emergência. O setor prevê-se que<br />
arranque a um ritmo baixo, acelerando à<br />
medida que se dê a abertura de todos os<br />
restantes sectores e que estes recomecem<br />
a sua atividade de forma gradual, o que<br />
consequentemente irá trazer a confiança<br />
ao publico em geral para que este possa<br />
voltar a consumir e, assim, levar a economia<br />
a funcionar de uma forma o mais<br />
parecida possível com o que era antes desta<br />
crise sanitária e de saúde. Não podemos<br />
por isso deixar de garantir que as medidas<br />
de segurança sejam perpetuadas, pelo<br />
menos até que exista uma vacina para a<br />
Covid19 ou um tratamento comprovadamente<br />
eficaz, sob pena de uma nova<br />
paragem de emergência que seria ainda<br />
mais catastrófica.<br />
O setor prevê-se que<br />
arranque a um ritmo<br />
baixo, acelerando à<br />
medida que se dê a<br />
abertura de todos os<br />
restantes sectores e<br />
que estes recomecem a<br />
sua atividade de forma<br />
gradual
19<br />
COVID-19: Soluções<br />
e medidas de apoio<br />
ao crédito especializado<br />
António Menezes Rodrigues<br />
PRESIDENTE DA ASFAC – ASSOCIAÇÃO<br />
DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO ESPECIALIZADO<br />
Numa perspetiva de minimização<br />
dos impactos negativos<br />
causados pela pandemia<br />
da COVID-19 na atividade<br />
económica e, consequentemente,<br />
nos nossos clientes, desenvolvemos<br />
uma moratória privada para o<br />
crédito especializado. Uma solução de<br />
apoio que consideramos ser benéfica aos<br />
consumidores durante a dificuldade dos<br />
tempos excecionais que atravessamos e<br />
que complementam as moratórias já estabelecidas<br />
pelo Governo para o crédito<br />
à habitação, em específico.<br />
O regime da moratória privada da ASFAC<br />
sobre o crédito ao consumo prevê a isenção<br />
do pagamento das prestações de juro e de<br />
capital para os contratos de crédito pessoal,<br />
crédito automóvel, cartão de crédito,<br />
linhas de crédito e outros contratos que<br />
não estejam abrangidos pela moratória<br />
pública do Governo. A nossa solução<br />
assenta em duas opções: um modelo de<br />
suspensão total de capitais e juros ou um<br />
modelo parcial com a suspensão apenas de<br />
capital das prestações dos créditos, pelo<br />
prazo máximo estabelecido.<br />
A moratória privada que criámos é destinada<br />
a particulares que tenham solicitado<br />
o crédito ao consumo fora da sua atividade<br />
profissional e, para isso, necessitam de<br />
estar abrangidos por diversos requisitos.<br />
Falamos, por exemplo, de terem celebrado<br />
um contrato antes de dia 18 de março<br />
de 2020, sem registo de situação de incumprimento<br />
há mais de 90 dias, assim<br />
como a aplicação também a trabalhadores<br />
de entidades cujo estabelecimento ou<br />
atividade tenha sido encerrado durante o<br />
estado de emergência e em termos definidos<br />
pelo Governo, entre outras condições,<br />
ou de pessoas que viram a sua economia<br />
financeira familiar ser significativamente<br />
impactada pela pandemia COVID-19.<br />
Queremos ser céleres nos pedidos de moratória<br />
privada que nos cheguem porque<br />
sabemos a necessidade de dar resposta aos<br />
nossos clientes nesta fase difícil e, por<br />
isso, prevê-se que as medidas de proteção<br />
previstas produzam efeitos imediatos<br />
no prazo de oito dias úteis após nos ter<br />
chegado o pedido de adesão.<br />
O crédito especializado tem assumido um<br />
papel essencial no desenvolvimento social,<br />
no investimento pessoal produtivo dos<br />
consumidores e na melhoria da qualidade<br />
de vida e bem-estar das famílias. Sabemos<br />
que este papel se torna ainda mais importante<br />
na fase atual que vivenciamos, ao<br />
Esta procura pelo<br />
crédito automóvel tem<br />
uma maior incidência<br />
na compra de carros<br />
usados, mostrando que<br />
não se trata de um bem<br />
de luxo, mas essencial<br />
à vida quotidiana das<br />
famílias<br />
verificar o peso que o consumo tem tido<br />
no crescimento da economia portuguesa<br />
ao longo dos últimos anos. Neste sentido,<br />
é essencial que continue a existir uma<br />
estabilização no poder de compra das<br />
famílias, sobretudo em períodos de queda<br />
de rendimentos.<br />
As instituições de crédito associadas da<br />
ASFAC representam cerca de 50% de todo<br />
o setor português de crédito ao consumo<br />
e mais de 70% do crédito concedido é<br />
direcionado ao crédito automóvel. A partir<br />
de 2015, foi neste segmento de crédito que<br />
verificamos o maior crescimento. Não é<br />
difícil entender o porquê. A aquisição de<br />
um automóvel, sendo um bem duradouro,<br />
é considerado um investimento num bem,<br />
muitas vezes, essencial para o dia-a-dia<br />
das famílias, além de proporcionar um<br />
bem-estar presente e futuro. Esta procura<br />
pelo crédito automóvel tem uma maior<br />
incidência na compra de carros usados,<br />
mostrando que não se trata de um bem<br />
de luxo, mas essencial à vida quotidiana<br />
das famílias.<br />
As associadas ASFAC estão sensíveis aos<br />
problemas atuais que alguns dos seus<br />
clientes estão a sofrer por consequência<br />
do novo coronavírus, bem como com o<br />
período de crise económica que se seguirá<br />
um pouco por todo o mundo. Tendo isto<br />
em mente, a nossa primazia é assegurar<br />
condições para que cada cliente continue<br />
a garantir o pagamento dos seus<br />
compromissos financeiros e não entre<br />
numa situação de endividamento ou incumprimento.<br />
O nosso setor é hoje altamente regulado<br />
e está sujeito a um exigente processo de<br />
supervisão. É fundamental apoiarmos o<br />
setor, a atividade económica e os nossos<br />
clientes através da criação de soluções e<br />
de medidas de proteção, da divulgação<br />
de informação clara e objetiva, assim<br />
como do acompanhamento eficaz dos<br />
processos dos nossos clientes, que permita<br />
uma resolução favorável quando a crise<br />
pandémica terminar.
20<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
O impacto<br />
na atividade<br />
de Rent-a-car<br />
do Covid 19<br />
Joaquim Robalo de Almeida<br />
SECRETÁRIO-GERAL DA ARAC<br />
Esta é a primeira recessão para<br />
muitas das empresas de rent-a-<br />
-car a operar no nosso país, especialmente<br />
para aquelas que se<br />
haviam instalado recentemente em<br />
Portugal devido ao advento da atividade<br />
turística no nosso país.<br />
O número de veículos disponível para<br />
aluguer num futuro próximo irá depender<br />
da extensão e profundidade da crise<br />
económica e da pandemia que atualmente<br />
estamos a viver. Se o COVID 19 persistir<br />
ou reaparecer no próximo outono, ou na<br />
primavera de 2021, os impactos a longo<br />
prazo na locação automóvel poderão eventualmente<br />
ser mais notáveis.<br />
Mudanças comportamentais de longo prazo<br />
na mobilidade podem ocorrer se a crise<br />
económica e de saúde durar mais do que<br />
os países atualmente preveem.<br />
Da mesma forma como as pessoas se<br />
adaptaram às mudanças operadas após os<br />
atentados de 11 de setembro nas viagens<br />
aéreas como, por exemplo, a remoção dos<br />
sapatos, cintos, bolsas, etc. para verificação<br />
(com uma verificação de cada passageiro<br />
mais rigorosa e que entrou nas rotinas de<br />
todos os aeroportos), a situação que agora<br />
estamos a viver poderá provocar mudanças<br />
semelhantes na verificação dos passageiros<br />
(como por exemplo verificação da temperatura,<br />
eventuais análises, etc.).<br />
No que respeita aos automóveis, já antes<br />
da pandemia, registavam-se por parte das<br />
empresas de rent-a-car sérias preocupações<br />
com os clientes no sentido da higienização<br />
dos veículos entregues, situação essa que<br />
agora foi ainda mais reforçada de modo<br />
a estreitar uma relação de confiança dos<br />
clientes com as empresas alugadoras.<br />
Embora existam muitas incógnitas sobre o<br />
futuro, as empresas de rent-a-car procuram<br />
alguns sinais no caminho da recuperação,<br />
sendo o primeiro desses sinais – Qual o<br />
comportamento das companhias aéreas?<br />
Atualmente o número de voos operados nos<br />
aeroportos portugueses é residual, quer os<br />
voos de e para países da União Europeia,<br />
quer os do resto do mundo (só possíveis<br />
em situações muito especiais).<br />
No caso do rent-a-car, onde a atividade<br />
turística pesa 60% no total do seu negócio,<br />
o transporte aéreo é determinante.<br />
Mesmo quando não existem restrições<br />
de permanência das pessoas nas suas residências<br />
e a procura aumenta, o aumento<br />
do número de voos não acontece de um<br />
momento para outro.<br />
Não constitui nenhuma novidade que a<br />
compra de novas viaturas pelas empresas de<br />
rent-a-car em todo o mundo, com especial<br />
destaque na europa estão desde março<br />
passado reduzidas a números residuais,<br />
procurando estas pelo contrário adaptarem<br />
o melhor possível a sua frota à pouca<br />
procura que existe e tendo em atenção os<br />
elementos disponíveis (que variam de dia<br />
para dia), a frota existente será certamente<br />
a mesma que teremos nas empresas de<br />
rent-a-car até 2021, independentemente<br />
do eventual retorno à semi-normalidade.<br />
Também a oferta de frota para venda no<br />
final do Verão não será a mesma que habitualmente,<br />
pois devido aos atuais níveis<br />
de frota, o ciclo de renovação das frotas de<br />
rent-a-car não apresentará a rotatividade habitual,<br />
mantendo os operadores os veículos<br />
em frota por necessidade e imperativos de<br />
uma gestão rigorosa.<br />
O desconforto das empresas de rent-a-car é<br />
motivado por muitas incógnitas provocadas<br />
por uma crise de saúde global diferente das<br />
recessões que vivemos mais recentemente,<br />
as quais se ficaram a dever a problemas de<br />
índole financeira.<br />
Ao comparar a crise atual com a verificada<br />
há uma década atrás e ao contrário do<br />
que nessa época já se vinha anunciado, a<br />
crise atual acontece num tempo em que a<br />
dinâmica do mercado era muito boa antes<br />
da pandemia.<br />
Janeiro e fevereiro de 2020 terão sido dos<br />
melhores meses de janeiro e fevereiro que<br />
o setor já havia experimentado.<br />
Para quando o fim da crise que atravessamos<br />
e quais as dinâmicas que teremos no fim<br />
dessa crise, tal constitui uma incógnita,<br />
mas podemos certamente dizer o seguinte:<br />
O rent-a-car atravessou ao longo da sua<br />
existência, (a qual é contemporânea com o<br />
aparecimento do automóvel) várias crises,<br />
incluindo duas guerras mundiais, continuando<br />
a existir muitas das principais<br />
empresas que existiam à época.<br />
Estamos convictos de que viajar continuará<br />
a ser uma necessidade e que o rent-a-car<br />
estará sempre presente para atender essa<br />
necessidade.<br />
Ao comparar a crise atual com a verificada<br />
há uma década atrás e ao contrário do que<br />
nessa época já se vinha anunciado, a crise atual<br />
acontece num tempo em que a dinâmica<br />
do mercado era muito boa antes da pandemia
21<br />
Pós-Venda em tempos<br />
de COVID-19:<br />
o copo meio cheio<br />
Guillermo de Llera<br />
DIRETO-GERAL DA IF4<br />
Ponto de partida. O sector de<br />
pós-venda de reparação e manutenção<br />
de veículos, é um sector<br />
que reage lentamente às mudanças<br />
externas. Depende fundamentalmente<br />
do parque automóvel, que é<br />
uma variável que muda muito lentamente,<br />
sendo difícil evoluções com mais de 1%<br />
de diferença. E tem em Portugal algumas<br />
especificidades:<br />
- Excesso de Oferta: o nº de Oficinas tem<br />
tido uma diminuição continuada;<br />
- IAM com a quota de mercado mais elevada<br />
de Europa (90% em nº de Reparadores<br />
e 80% em valor);<br />
- Especialistas em Pneus com a maior penetração<br />
de mercado na Europa (substituem<br />
7 de cada 10 Pneus).<br />
COVID-19<br />
Esta crise tem uma caraterística inédita<br />
no sector auto: muito elevada intensidade<br />
e curta duração (ou assim o esperamos!).<br />
A circulação rodoviária deve estar em valores<br />
da ordem de 30% do normal nos meses<br />
de março, abril e maio, mas será “quase<br />
normal” nos outros 9 meses do ano. Em<br />
termos de quilometragem calculamos uma<br />
diminuição de 20% em 2020.<br />
O consumo de gasolina caiu 60% em<br />
março.<br />
E a disponibilidade dos orçamentos familiares<br />
também sofrerão as consequências<br />
da pandemia, com o que a disponibilidade<br />
financeira para os cuidados dos carros<br />
também se verá afetada.<br />
EVOLUÇÃO DO MERCADO<br />
A CURTO PRAZO<br />
A queda da atividade entre março e maio,<br />
reduzida a quase a quarta parte do total,<br />
implica um golpe muito complicado para<br />
dois tipos de oficinas:<br />
- Segundo as estatísticas das nossas bases de<br />
dados, uma de cada 4 oficinas multimarcas<br />
independentes tem capitais negativos<br />
(falência técnica). E uma de cada 3 tem<br />
Resultados Líquidos Negativos. Estas empresas<br />
não reúnem requisitos para solicitar<br />
apoios financeiros, nem tem “reservas” para<br />
enfrentar esta situação.<br />
-A queda das Vendas de Novos sim vai ser<br />
brutal: antes da pandemia, já estavam a<br />
cair pela indefinição de que automóvel e<br />
que mobilidade, pelo que se em 2020 se<br />
venderem 50% dos carros de 2019 já seria<br />
ótimo. E nada indica que em 2021 esteja<br />
clarificado o mercado. Em conclusão: as<br />
Oficinas Autorizadas tem um ano muito<br />
complicado (tem uma solução, mas já mostraram<br />
que não é do seu gosto: mudarem<br />
a mentalidade de vendedor de carro, para<br />
a de reparador de carro).<br />
Em situação contrária estão os Reparadores<br />
de Pesados, já que o Transporte de<br />
Mercadorias é sector prioritário e tem<br />
mantido a atividade.<br />
EVOLUÇÃO A MÉDIO PRAZO<br />
O parque não vai diminuir, a quilometragem<br />
a partir de 2021 vai voltar aos valores<br />
anteriores e as despesas das famílias poderão<br />
também não ter uma queda permanente e<br />
recuperar o nível de 2019 em 2022.<br />
Se for assim, este mercado confirmará a sua<br />
resiliência e manterá os valores absolutos,<br />
com uma vantagem acrescentada: estará<br />
resolvido o problema de excesso de oferta.<br />
O setor da distribuição verá reforçadas as<br />
estruturas locais, em detrimento das grandes<br />
cadeias Internacionais. Mas isto não é<br />
novidade em Portugal, onde os distribuidores<br />
tem níveis tecnológicos e financeiros<br />
excelentes.<br />
O COPO MEIO CHEIO<br />
As oficinas IAM (em rede ou independentes)<br />
com estruturas técnicas e financeiras<br />
deverão sair reforçadas desta crise, aumentando<br />
a sua penetração no mercado. Metade<br />
das oficinas atualmente em funcionamento<br />
preenchem estes requisitos.<br />
E se realizarem inovações tecnológicas, em<br />
particular em B2C (fidelização de clientes),<br />
o futuro melhorará o passado. A conetividade<br />
com o cliente não se deve limitar a<br />
automática com a viatura, mas também<br />
com a “pessoa” cliente (que não quer ficar<br />
sem mobilidade, que quer saber que é o<br />
que paga, que aprecia um atendimento<br />
de excelência,….).<br />
O aumento da idade do Parque, em consequência<br />
da queda das vendas, será favorável<br />
ao IAM.<br />
Já antes da situação atual o dono do carro<br />
(particular ou empresa), estava a passar de<br />
ator secundário a protagonista deste filme.<br />
Com a diminuição da oferta e as novas<br />
tecnologias, a forma como o reparador<br />
convence aos condutores (Informação,<br />
Transparência, Serviços) será definitiva.<br />
As oficinas IAM (em<br />
rede ou independentes)<br />
com estruturas técnicas<br />
e financeiras deverão<br />
sair reforçadas desta<br />
crise, aumentando a<br />
sua penetração no<br />
mercado. Metade das<br />
oficinas atualmente<br />
em funcionamento<br />
preenchem estes<br />
requisitos
22<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
A mobilidade num<br />
mundo suspenso<br />
Tiago Firmino Ribeiro<br />
BUSINESS DEVELOPMENT MANAGER<br />
SOLERA PORTUGAL<br />
Todos fomos obrigados a mudar!<br />
Sabemos que esta é uma mudança<br />
que nos vai deixar marcas<br />
profundas, na maneira de encarar<br />
a vida, a família, a amizade,<br />
o trabalho. A forma como interagimos,<br />
comunicamos, como nos deslocamos.<br />
Ficamos em casa e connosco os nossos<br />
meios de mobilidade. É sobre a mobilidade,<br />
ou melhor, sobre a quebra de mobilidade,<br />
que gostaria de partilhar convosco algumas<br />
das evidências que fomos reunindo nestes<br />
tempos de emergência nacional.<br />
MOBILIDADE, POR ONDE ANDAS<br />
Ao resguardarmo-nos em casa, também os<br />
veículos ficam em suspenso esperando um<br />
dia regressar ao agitado quotidiano a que<br />
estamos todos habituados. A redução da<br />
circulação de pessoas e veículos é latente<br />
no relatório da Google sobre a mobilidade<br />
- última atualização a 11 de Abril - onde é<br />
clara a quebra da atividade de deslocações.<br />
A frequência de espaços públicos e de trabalho<br />
caiu entre 78% e 58%, enquanto que<br />
em sentido oposto as deslocações para locais<br />
de residência aumentaram 26%.<br />
Sabemos que esta redução é necessária,<br />
sabemos que este é o reflexo de uma sociedade<br />
responsável e solidária. Contudo,<br />
há um preço a pagar e ele é cobrado pelo<br />
abrandamento da economia e da atividade<br />
empresarial, que depende das deslocações<br />
para manter o negócio em atividade.<br />
VEÍCULOS AUTOMÓVEIS,<br />
COMPRA ADIADA<br />
A incerteza relativa ao futuro leva a que<br />
a tomada de decisão, no que à aquisição<br />
de veículos diz respeito, seja adiada. Os<br />
dados de março mostram que em termos<br />
homólogos se venderam menos 14.300<br />
ligeiros de passageiros face a março de 2019,<br />
correspondendo a uma redução de <strong>56</strong>,7%<br />
do número de veículos ligeiros matriculados<br />
no primeiro trimestre de 2020.<br />
Analisando a variação mensal, março regista<br />
uma quebra de 47,7% nos ligeiros de<br />
passageiros face a Fevereiro. É uma descida<br />
de 20.263 carros vendidos no segundo<br />
mês deste ano para os 10.595 comprados<br />
em março. De notar que em fevereiro o<br />
mercado tinha crescido 5% em termos<br />
homólogos.<br />
MENOS SINISTROS,<br />
MAIS PREOCUPAÇÕES<br />
Também no negócio segurador a redução da<br />
exposição ao risco de circulação diminuiu,<br />
existindo um decréscimo significativo do<br />
número de veículos a circular e, em consequência,<br />
no decréscimo do número de<br />
acidentes, conforme podemos comprovar<br />
com os dados do número de peritagens<br />
efetuadas nos primeiros 4 meses deste ano.<br />
Distribuição do número de peritagens<br />
Não deixa de ser uma boa noticia para<br />
esta atividade. Contudo, a exigência do<br />
momento leva a que outros desafios se<br />
imponham.<br />
Uma atividade habituada ao contacto direto<br />
com os seus clientes, quer por intermédio<br />
dos seus agentes, quer pelos seus peritos,<br />
teve, num curto espaço de tempo, de se<br />
reinventar e procurar alternativas de contacto,<br />
que não o presencial, mantendo a<br />
relação com o seu maior activo - a sua<br />
carteira de clientes.<br />
Trabalho remoto, call center descentralizado,<br />
video-peritagem, muitas video-conferências,<br />
novos produtos, atualização da<br />
oferta, esta foi a resposta dada à pandemia<br />
de uma das atividades mais impactantes da<br />
nossa economia e do nosso tecido social,<br />
e que é neste momento um dos maiores<br />
sectores em plena transformação digital,<br />
agora acelerada.<br />
REPARADORES EM SUSPENSO<br />
No sector dos reparadores a decisão do<br />
Governo de manter as oficinas e o comércio<br />
de peças abertas ao público durante o estado<br />
de emergência, justifica-se pelo facto de<br />
estas serem consideradas como essenciais<br />
ao regular funcionamento económico e<br />
social do país.<br />
Contudo, é inevitável a quebra da procura e,<br />
mesmo sendo essencial, esta é uma atividade<br />
não imune à drástica redução do tráfego<br />
rodoviário, em especial para as oficinas<br />
exclusivamente dedicadas à colisão.<br />
O volume de transações efetuadas no último<br />
mês pelos maiores distribuidores de peças<br />
do mercado caiu 67%, revelando aqui,<br />
também, o impacto no sector da reparação<br />
e manutenção automóvel.<br />
Em Portugal, este sector, onde se enquadram<br />
fabricantes, reparadores e distribuidores:<br />
- representa 19% do produto interno bruto;<br />
- 25% das exportações de bens transacionáveis;<br />
- e emprega, diretamente, cerca de 200<br />
mil pessoas.<br />
Este é, no entanto, um sector robusto, tecnologicamente<br />
bem preparado, construído<br />
sobre bases sólidas de competências e recursos<br />
diferenciadores que serão as principais<br />
alavancas na retoma da atividade.<br />
A NOSSA RESPOSTA<br />
Na Solera, procurámos adaptar-nos a esta<br />
nova realidade, identificando e adaptando<br />
no nosso portfolio, soluções e serviços que<br />
se adaptassem à realidade atual, ajudando<br />
a manter a estabilidade nas operações dos<br />
nossos parceiros, bem como nas nossas<br />
próprias operações através de “trabalho<br />
remoto”, “video peritagem”, “peritagem<br />
remota” e “partilha da rede de parceiros<br />
e auditores”.<br />
O REGRESSO AO NOVO NORMAL<br />
A certeza que fica para todos nós é a de um<br />
mundo diferente, mais conectado, mais<br />
digital, marcado pela responsabilidade, pela<br />
solidariedade e, acima de tudo, por uma<br />
forma de estar na vida e nos negócios mais<br />
tolerante e elevada.<br />
É para este novo normal que nos preparamos,<br />
seguindo na certeza que os nossos<br />
parceiros podem contar com todo o nosso<br />
conhecimento, experiência e dedicação na<br />
entrega de soluções resilientes, capazes de<br />
fazer face a qualquer crise que nos possa<br />
assombrar.
23<br />
COVID-19, quando<br />
um vírus vira o mundo<br />
ao contrário!<br />
O<br />
atual momento de pandemia<br />
do coronavírus que vivemos,<br />
tem sido um período muito<br />
desafiante para todos. A rápida<br />
propagação do COVID-19<br />
está a ter um impacto profundo em todo<br />
o mundo e, por isso, Governos, cidadãos<br />
e empresas estão a fazer a sua parte para<br />
reduzir os riscos de saúde, sociais e económicos.<br />
O setor das gestoras de frotas não é<br />
exceção. Com o mundo virado ao contrário,<br />
a LeasePlan encontrou novas estratégias<br />
para manter o foco no serviço ao cliente.<br />
A LeasePlan Portugal tomou as medidas<br />
preventivas recomendadas pela DGS e<br />
implementou o seu Plano de Continuidade<br />
de Negócio. Embora estejamos a trabalhar<br />
remotamente, estamos em pleno funcionamento<br />
procurando garantir a segurança<br />
de colaboradores, clientes, condutores e<br />
parceiros. Paralelamente, estamos a trabalhar<br />
com os nossos fornecedores, a monitorizar<br />
regularmente a situação do surto<br />
de COVID-19 para garantir um serviço<br />
contínuo e a encontrar alternativas sempre<br />
que for necessário e se justifique. Até porque<br />
a vida tem de continuar e garantir a sustentabilidade<br />
dos negócios é premente, não<br />
apenas para garantir os postos de trabalho,<br />
mas também para apoiar a economia.<br />
Com o cenário de redução dos serviços<br />
da rede de concessionários e o fecho temporário<br />
de muitas fábricas na Europa e no<br />
resto do mundo, há mais dificuldade em<br />
disponibilizar prazos de entrega precisos aos<br />
nossos clientes. Para além disso, dado o atual<br />
contexto nacional de Estado de Emergência,<br />
perspetivamos algumas dificuldades em<br />
conseguir assegurar, convenientemente, os<br />
meios logísticos para a receção dos veículos<br />
em final de contrato, por isso a solução<br />
encontrada pela LeasePlan para continuar<br />
a garantir a mobilidade dos seus clientes,<br />
tem sido proceder à extensão dos contratos.<br />
À luz da incerteza atual, fará mais sentido,<br />
na nossa prespectiva, estender os contratos<br />
por 12 meses, tendo assim espaço para<br />
reavaliação de decisões no futuro próximo.<br />
Por outro lado, embora conscientes que<br />
se devem evitar as viagens não essenciais,<br />
mesmo que o cliente tenha de viajar durante<br />
estas medidas excecionais, a nossa assistência<br />
em viagem continua em funcionamento.<br />
Na manutenção estamos a privilegiar a<br />
mobilidade da frota, dando prioridade às<br />
intervenções que imobilizem os veículos<br />
por motivo de sinistro ou de avaria, em<br />
detrimento da reparação de danos estéticos<br />
e intervenções de pneus (que pedimos que<br />
a troca seja solicitada apenas por questões<br />
de segurança e se os pneus apresentarem<br />
desgaste até um nível que, legalmente, não<br />
é permitido) e manutenção não urgentes. A<br />
segurança é sempre a principal prioridade.<br />
O superior interesse de clientes, parceiros<br />
e colaboradores será sempre a principal<br />
preocupação da LeasePlan e acreditamos<br />
que desta forma conseguiremos minimizar<br />
os impactos decorrentes da atual situação.<br />
Acreditamos que, juntos, conseguiremos<br />
ultrapassar o período de incerteza que estamos<br />
a viver.<br />
Pedro Pessoa<br />
DIRETOR COMERCIAL DA LEASEPLAN<br />
Com o cenário de<br />
redução dos serviços da<br />
rede de concessionários<br />
e o fecho temporário<br />
de muitas fábricas<br />
na Europa e no<br />
resto do mundo, há<br />
mais dificuldade em<br />
disponibilizar prazos de<br />
entrega precisos aos<br />
nossos clientes<br />
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24<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
Manter a confiança<br />
em tempo excecionais:<br />
a resposta do pós-venda<br />
Paulo David Ferreira<br />
RESPONSÁVEL DA REDE DE OFICINAS<br />
RECOMENDADAS DA LIBERTY SEGUROS<br />
e “confiança”<br />
foram sempre palavras importantes<br />
para quem lida,<br />
na sua atividade, com clientes.<br />
No cenário atual e no “Estabilidade”<br />
que virá depois, os serviços que tenham tido<br />
em conta estas prioridades estarão melhor<br />
preparados para reagir.<br />
A rede de oficinas recomendada pela Liberty<br />
estabeleceu-se no ano de entrada da seguradora<br />
em Portugal, em 2003. Uma rede<br />
estável, que tem vindo progressivamente<br />
a crescer e a diversificar-se, em função do<br />
crescimento da própria Liberty e das características<br />
e necessidades dos nossos Clientes.<br />
Esta rede de oficinas tem sabido responder<br />
aos exigentes desafios que ao longo dos anos<br />
tem vindo a enfrentar – a adaptação às novas<br />
tecnologias, a introdução das diferentes<br />
ferramentas de orçamentação, a adoção<br />
de métodos de trabalho mais eficientes,<br />
a resposta às necessidades de mobilidade<br />
dos Clientes e a capacidade de fazer face às<br />
diversas crises por que o setor automóvel<br />
atravessou.<br />
A crise gerada pela atual pandemia decorrente<br />
do novo coronavírus, não será<br />
seguramente exceção. As oficinas foram<br />
consideradas uma atividade essencial e a<br />
grande maioria das recomendadas pela<br />
Liberty manteve-se em funcionamento.<br />
Um funcionamento adaptado às circunstâncias:<br />
algumas a laborar à porta fechada,<br />
com marcação prévia, outras em horário<br />
reduzido, dando prioridade de reparação às<br />
ambulâncias e a outros veículos dos profissionais<br />
afetos à primeira linha do combate<br />
à pandemia e realizando a orçamentação<br />
por recurso a peritagem remota. O objetivo<br />
foi sempre respeitar as orientações<br />
das autoridades e garantir a segurança dos<br />
funcionários e dos Clientes, evitando, na<br />
medida do possível, o contacto direto e<br />
aglomeração de pessoas.<br />
A limitação da mobilidade ditada pelo confinamento<br />
trouxe, inevitavelmente, menos<br />
acidentes e uma redução importante da<br />
procura de oficinas de colisão. As reparações<br />
decorrentes de pequenos sinistros que não<br />
implicam a imobilização dos veículos foi<br />
relegada para o regresso da normalidade;<br />
tal como as manutenções. Acreditamos que<br />
a retoma será progressiva, acompanhando<br />
o regresso, também gradual, das diversas<br />
atividades económicas à nova normalidade.<br />
A Liberty irá oferecer às mais de 800 oficinas<br />
da sua rede, espalhadas nos três países<br />
onde marca presença na Europa (Portugal,<br />
Espanha e Irlanda), uma máquina de desinfeção<br />
de ozono, que permitirá desinfetar<br />
os veículos dos respetivos Clientes e os de<br />
cortesia, de forma totalmente gratuita, independentemente<br />
de serem encaminhados<br />
e seguros pela Liberty. Com esta medida,<br />
não só cumprimos a promessa de proteger<br />
os Clientes contra o inesperado, garantindo<br />
a sua saúde e segurança, como ajudamos a<br />
assegurar a continuidade da atividade das<br />
PMEs da nossa rede de oficinas.<br />
O objetivo desta iniciativa é que os clientes<br />
Liberty se sintam seguros e confiantes, pois<br />
poderão levar os seus veículos com total<br />
tranquilidade a qualquer oficina da rede,<br />
sabendo que serão completamente desinfetados<br />
antes da entrega. Aliás, os benefícios<br />
desta iniciativa são extensíveis a todos os outros<br />
clientes das oficinas. Simultaneamente,<br />
ao disporem de uma solução tão relevante<br />
nestes novos tempos em que a higiene e a<br />
prevenção são protagonistas, contribuímos<br />
para o retomar dos negócios das oficinas da<br />
rede, dando-lhes um suporte que esperamos<br />
seja diferenciador nesta fase tão delicada.<br />
A estabilidade implica também flexibilidade.<br />
Apesar da maioria dos seguros não apresentar<br />
cláusulas de exclusão ou limitação<br />
das coberturas relacionadas com pandemias<br />
afetas à saúde pública, a Liberty apostou na<br />
flexibilidade tanto com clientes segurados<br />
como com os agentes mediadores. Nesta<br />
situação excecional e sempre que possível a<br />
Liberty facilitará, a nível global, a mudança<br />
dos contratos anuais para os parcelados<br />
sem qualquer sanção financeira. Em todo<br />
o caso, todas as situações serão avaliadas<br />
individualmente de forma a oferecer flexibilidade<br />
sobre as melhores opções e períodos<br />
de pagamento, eliminar cobranças<br />
ou quaisquer outros termos de apólices.<br />
No mais, cumprir com o compromisso<br />
que temos estabelecido com as oficinas<br />
recomendadas – alavancar o volume de<br />
encaminhamento e pagar pontualmente<br />
os serviços de reparação.<br />
A limitação da<br />
mobilidade ditada pelo<br />
confinamento trouxe,<br />
inevitavelmente, menos<br />
acidentes e uma redução<br />
importante da procura<br />
de oficinas de colisão. As<br />
reparações decorrentes<br />
de pequenos sinistros<br />
que não implicam<br />
a imobilização dos<br />
veículos foi relegada<br />
para o regresso da<br />
normalidade; tal como as<br />
manutenções
26<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
GESTÃO OFICINAL EM TEMPOS DE CRISE<br />
O caos chegou!<br />
E agora?<br />
Tudo corre bem até nos apercebermos que, ao encontro daquilo que todas as expetativas<br />
faziam prever, o caos se instala na sociedade e nas organizações. É neste momento que temos<br />
o primeiro impacto, ao ouvirmos a voz interior que nos questiona “e agora?”. Mas é também<br />
este o momento capaz de nos definir enquanto líderes, e que pode mudar o rumo do nosso<br />
negócio (e das nossas vidas).<br />
TEXTO JOSÉ PEDRO CAR ACADEMY<br />
O<br />
nosso cérebro tem a capacidade<br />
de captar expressões<br />
ou palavras, e de as reter<br />
por tempo indeterminado,<br />
levando-nos a relembrá-las<br />
até em contextos que nada têm a ver<br />
com o qual foram proferidas. Quando<br />
o leitor utiliza a palavra “crise” perante<br />
um cliente, este irá fazer questão de lhe<br />
relembrar que o serviço adicional que<br />
lhe está a tentar vender, ficará sem efeito,<br />
por causa… da crise! Acredite. Durante<br />
a minha carreira já assisti a este episódio<br />
inúmeras vezes. Quando esta palavra<br />
saltar no seu pensamento, lembre-se<br />
que os pensamentos negativos são uma<br />
espécie de suicídio espiritual.<br />
Voltemos ao momento em que a nossa<br />
voz interior nos questiona “e agora?”,<br />
como se nós tivéssemos resposta para lhe<br />
dar. Quantos de nós, em várias situações<br />
nas nossas vidas pessoais e profissionais,<br />
não nos sentimos já confrontados com a<br />
mesma questão? Nestas alturas, só temos<br />
duas opções: ou baixamos os braços;<br />
ou arregaçamos as mangas e colocamos<br />
mãos à obra naquela que se avizinha<br />
uma árdua tarefa.<br />
Vou deixar-lhe desde já o plano para<br />
enfrentar a adversidade: parar, pensar e<br />
planear! Lembre-se que quem só trabalha,<br />
acaba por trabalhar pior. É necessário<br />
parar para pensar, refletir, redesenhar,<br />
desenvolver a inovação. Isto à primeira<br />
vista pode chocar, porque parece uma<br />
perda de tempo. Como disse Henry<br />
Ford “Pensar é a função mais difícil que<br />
existe. Talvez seja esta a razão pela qual<br />
existem tão poucas pessoas que o façam”.<br />
Na minha ronda diária pelas redes sociais,<br />
constato que a maioria das pessoas desperdiça<br />
mais tempo e energia a falar dos<br />
problemas do que a tentar resolvê-los. É<br />
importante não perder tempo a procurar<br />
culpados, mas investi-lo a encontrar
27<br />
soluções. Este é um dos traços que distingue<br />
os perdedores dos vencedores.<br />
Os primeiros procuram problemas, os<br />
segundos soluções. Gestores de sucesso<br />
não dedicam sequer um minuto a lamentações<br />
infantis, preferindo concentrar<br />
toda a sua atenção e energia a criar<br />
alternativas e contornar os obstáculos<br />
que lhes surgem. Lembre-se que, por<br />
muito dinheiro que tenha, o seu dia<br />
tem apenas 24h. Por isso aproveite-as<br />
da melhor forma!<br />
Para aqueles que pensam que o seu negócio<br />
se vai desmoronar à passagem do<br />
Covid-19, lembre-se que a indústria<br />
automóvel já conta mais de um século de<br />
existência, que passou por duas Guerras<br />
Mundiais e um sem número de crises<br />
sócio-económicas internacionais, sem<br />
contar com as catástrofes provocadas pela<br />
Mãe Natureza. Como dizem os líderes<br />
políticos a nível mundial, vai custar, sem<br />
dúvida. Mas devemos inspirar-nos pela<br />
iniciativa com que os nossos filhos têm<br />
decorado varandas e janelas nas últimas<br />
semanas: #vamostodosficarbem<br />
Prioritário: Gerir a equipa!<br />
Muitas obras existem onde o leitor pode<br />
encontrar diversos conceitos sobre chefia<br />
e liderança. Na minha opinião, um chefe<br />
tem de ser um líder, e um líder deve<br />
saber chefiar. Não é possível dissociar<br />
estes dois conceitos. A primeira obrigação<br />
de qualquer pessoa à frente de<br />
uma organização é dar o exemplo, o que<br />
significa ser o primeiro em tudo. Não se<br />
pode exigir aos outros se antes não for<br />
capaz de exigir o mesmo a si mesmo. A<br />
isto chamo liderença. A chefia vem por<br />
acréscimo.<br />
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28<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
i<br />
AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />
Quer navegue em águas calmas, ou no<br />
meio da maior tempestade, o gestor deve<br />
ser o primeiro a manter a calma e o rumo<br />
da navegação na sua empresa. Deve ter a<br />
capacidade (e autoridade) para reajustar<br />
as equipas à necessidade dos tempos que<br />
se impõem, fazendo cumprir os novos<br />
objetivos traçados: manter empregos,<br />
mantendo a organização a funcionar.<br />
Muitos são os empresários que necessitam<br />
trabalhar um fator vital na sua<br />
função enquanto líderes: a comunicação.<br />
A má comunicação causa dificuldade<br />
nas relações humanas. Caso pretenda<br />
obter bons resultados, um líder deve<br />
dominar muito bem a comunicação. E<br />
este pressuposto é válido, não só para o<br />
exterior, mas também para o interior da<br />
sua organização.<br />
O mais importante do que possa estar<br />
a fazer para garantir a continuidade do<br />
seu negócio, e dos postos de trabalho dos<br />
seus colaboradores, é mostrar-lhes esse<br />
trabalho. Ao verem e perceberem que o<br />
seu líder está comprometido a cem por<br />
cento com a manutenção da atividade, a<br />
equipa terá uma resposta de total apoio<br />
e solidariedade.<br />
Haverão sempre os que não compreenderão<br />
o benefício global dos seus atos,<br />
e remarão contra si gerando conflitos<br />
internos. Enfrentar os conflitos define<br />
um líder. Os conflitos não são agradáveis<br />
para ninguém, mas fazer vista grossa<br />
quando estes surgem engrandece-os.<br />
Bem geridos, os conflitos ajudam-no a<br />
crescer enquanto líder.<br />
Ao longo da História da Humanidade,<br />
muitas foram as batalhas vencidas por<br />
pequenos exércitos organizados, contra<br />
batalhões bem mais numerosos e equipados.<br />
Manter o seu exército é a chave<br />
primária para enfrentar mais uma batalha<br />
na história da sua empresa.<br />
Lembre-se que um sonho fantástico precisa<br />
de uma equipa brilhante, ou não se<br />
realizará.<br />
Produção em curso<br />
Manter a produção significa continuar<br />
a escoar os seus serviços mesmo em<br />
tempos de maior indefinição sócioeconómica,<br />
o que poderá trazer-lhe<br />
algumas vantagens face aos concorrentes:<br />
Continuidade do negócio: Irá assegurar o<br />
fornecimento de serviços aos seus clientes<br />
que o continuam a procurar, apesar do<br />
decréscimo generalizado na procura. Os<br />
seus clientes perceberão que, mesmo em<br />
tempos de grande dificuldade, não deixou<br />
de estar disponível para o servir;<br />
Conquista de novos clientes: Lembrese<br />
que o seus concorrentes podem não<br />
estar a ler este artigo, e terem optado<br />
por “baixar os braços” quando o leitor<br />
arregaçou as mangas e colocou mãos<br />
à obra. Os clientes do seu concorrente<br />
continuarão a ter necessidade deste tipo<br />
de serviços, pelo que irão procurar por<br />
quem os possa fornecer.<br />
Inovação: Em alturas de menor procura,<br />
as empresas que mantém a sua atividade<br />
produtiva devem procurar inovar. Inovar<br />
na aplicação de novos métodos e técnicas<br />
que possam melhorar os seus fluxos<br />
de trabalho. Inovar na aquisição de<br />
formação e informação para todos os seus<br />
Reinventar o Marketing<br />
A sua empresa precisa ser ágil e readaptarse<br />
à demanda do mercado. Definir (ou<br />
redefinir) o plano de Marketing irá trazerlhe<br />
uma vantagem competitiva perante os<br />
seus concorrentes.<br />
Com os recentes estudos de<br />
comportamento do consumidor, percebeuse<br />
que os 4 P’s do Marketing (Product,<br />
Price, Place e Promotion) precisavam ser<br />
redefinidos para uma perspetiva mais<br />
focada no consumidor. Começaram a ser<br />
desenvolvidas estratégias fundamentadas<br />
naquilo que é chamado hoje de 4 C’s do<br />
Marketing:<br />
Cliente: É agora o centro de todo o<br />
processo. O Produto deixa assim de ser<br />
o principal ponto a ter em consideração,<br />
como acontecia no Marketing Mix e passa<br />
a ser o consumidor.<br />
Custo: O custo vem substituir o Preço.<br />
O preço no Marketing Mix referia-se<br />
basicamente ao produto em si e aos custos<br />
da empresa para o comercializar. O custo,<br />
para além do preço necessário para a<br />
fabricação e comercialização do produto,<br />
contempla também o consumidor e o<br />
custo que o consumidor terá para ceder ao<br />
produto, bem como o tempo para efetuar a<br />
compra ou para usufruir do produto, e ainda<br />
todas as suas emoções, durante a venda e<br />
essencialmente no pós-venda.<br />
colaboradores técnicos e não técnicos.<br />
Implementar ferramentas que possam<br />
facilitar as suas tarefas do dia-a-dia. Seja<br />
diferente da sua concorrência e inove!<br />
Não tenha medo de errar! Lembre-se que<br />
Thomas Edison se enganou 10.000 vezes<br />
antes de inventar a lâmpada…<br />
Manutenção de equipamentos e<br />
instalações: Aquela manutenção ao<br />
elevador que está pendente há um bom<br />
par de anos, a revisão ao compressor que<br />
vai sendo adiada semana após semana,<br />
ou a falta de limpeza das luminárias que<br />
lhe aumenta a despesa de eletricidade<br />
em 50%. Não será este o momento<br />
para estas atividades? Uma boa forma<br />
de aumentar o seu rácio de utilização<br />
oficinal é aproveitar momentos em que os<br />
seus técnicos estão parados por falta de<br />
trabalho que possa ser vendido, para fazer<br />
a manutenção aos seus equipamentos.<br />
Esqueça as intervenções no seu carro<br />
de corrida, na moto quatro ou no jipe.<br />
Para além de aumentar as despesas não<br />
essenciais, está a criar desmotivação nos<br />
seus colaboradores. Lembre-se que lhes<br />
paga para venderem horas e não para<br />
garantirem o seu hobby.<br />
Conveniência: A Distribuição era<br />
basicamente a estratégia de distribuição do<br />
produto. Este processo dependia muito de<br />
terceiros, fossem empresas de logística ou<br />
espaços de venda. Hoje, e de acordo com a<br />
análise das preferências e/ou necessidades<br />
do cliente, é ele quem decide onde pretende<br />
ir buscar os produtos, ou mesmo, se lhe<br />
serão entregues em casa.<br />
Comunicação: As campanhas tradicionais,<br />
designadas de Promoção no Marketing<br />
Mix, dão agora lugar à comunicação.<br />
As campanhas tradicionais dependiam<br />
dos meios utilizados para trabalhar a<br />
sua efetividade e perceção, focavam-se<br />
também, essencialmente, em comunicar<br />
os benefícios do produto. A comunicação<br />
focada no consumidor contempla, além<br />
de todos os meios utilizados, a opinião de<br />
influenciadores, o marketing relacional,<br />
a satisfação do cliente no pós-venda e a<br />
comunicação bidirecional, muito facilitada<br />
pela tecnologia.<br />
Podemos concluir que a mudança de<br />
paradigmas nos permite hoje, trabalhar<br />
essencialmente na experiência do<br />
consumidor substituindo as estratégias<br />
de marketing tradicional por estratégias<br />
de marketing relacional. A compra deixa<br />
de ser uma transação e passa a ser uma<br />
experiência.
29<br />
Notícias<br />
N<br />
MGM mantém serviços de assistência<br />
às oficinas<br />
A<br />
MGM – Manuel Guedes Martins,<br />
Unipessoal, Lda é uma Empresa<br />
Certificada de Serviços de<br />
Assistência Técnica a equipamentos de<br />
oficinas do ramo automóvel. Nesta época<br />
de pandemia, a empresa manteve os seus<br />
Mesmo durante o período de confinamento<br />
devido à pandemia,<br />
a Kroon Oil não parou a sua<br />
atividade e, respeitando todas as regras<br />
e regulamentos, lançou várias atualizações<br />
de produto.<br />
Estes novos produtos, que poderão ser<br />
encontrados na “Ferramenta de aconselhamento”<br />
no site da Kroon-Oil, são<br />
os eguintes:<br />
- Avanza MSP+ 5W-30 substitui o Avanza<br />
MSP 5W-30 – Este óleo de motor foi<br />
desenvolvido especialmente para motores<br />
que exigem a especificação de óleo<br />
PSA B71 2290.<br />
- Upgrade Asyntho 5W-30 – foi atualizado<br />
com a versão mais recente da API,<br />
adicionando algumas especificações OE;<br />
- Novo Meganza MSP 5W-30 – Este óleo<br />
serviços, essenciais para que as oficinas se<br />
mantenham a laborar.<br />
Com 20 anos de existência no mercado,<br />
e prestando um serviço de qualidade e<br />
utilidade reconhecida pelo mercado oficinal,<br />
a MGM, comercializa também todo<br />
o tipo de acessórios para esses mesmos<br />
equipamentos.<br />
“A nossa empresa continua a apoiar os<br />
seus clientes, neste período de pandemia,<br />
mantendo os seus serviços de manutenção<br />
preventiva/curativa, com especial atenção<br />
às medidas de proteção individual”,<br />
refere Manuel Guedes Martins, dizendo<br />
que “a MGM não pode deixar de estar<br />
presente neste momento difícil para este<br />
sector de atividade”.<br />
Kroon Oil apresenta novidades de produto<br />
de motor atende ao novo padrão RN17<br />
da Renault;<br />
- Novo Enersynth FE 0W-16;<br />
- Novo SP Gear 5015;<br />
- Disponível brevemente: Meganza MSP<br />
FE 0W-20 – Este óleo de motor atende<br />
ao novo padrão RN17 FE da Renault.<br />
Garagem Estação adere à CGA Car Service<br />
Localizada em Vila Nova de Gaia, a<br />
Garagem Estação acaba de aderir à<br />
rede CGA Car Service.<br />
Esta oficina não quis que os tempos de<br />
pandemia que vivemos paralisassem a<br />
sua atividade do dia-a-dia e por isso<br />
faz agora parte da rede oficinal CGA<br />
Car Service. Pela mão da parceria entre<br />
a Auto Delta e Rui & Sousa, o seu<br />
grande parceiro local, esta adesão tem<br />
um significado muito forte, devido ao<br />
crescimento da rede num momento em<br />
que a actividade económica se encontra<br />
bastante condicionada.<br />
Localizada numa das zonas do país mais<br />
fustigadas pelo Covid-19, a Garagem<br />
Estação acredita que melhores tempos<br />
virão e quer estar 100% preparada para<br />
os enfrentar aderindo à rede CGA Car<br />
Service.
30<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
N<br />
NOTÍCIAS<br />
ISQ desenvolve serviço de análise de<br />
superfícies e instalações<br />
Como entidade privada e independente<br />
que desenvolve soluções integradas<br />
e inovadoras de serviços<br />
de engenharia, inspeção, ensaios, testes<br />
e capacitação, o ISQ acaba de lançar um<br />
serviço de limpeza e higienização de superfícies,<br />
objetos e instalações, que pode<br />
ser muito útil para todas as empresas do<br />
pós-venda, designado por Covid Out.<br />
Todo o tipo de superfícies estão abrangidos<br />
pelo Covid Out, desde “interruptores,<br />
máquinas, mesas, volantes de carros,<br />
bancadas, maçanetas das portas, puxadores<br />
de armários, corrimão de escadas,<br />
torneiras de lavatórios, botões de elevador,<br />
monitores, teclados de computador, tablets,<br />
telemóveis,” lembra Maria Manuel<br />
Liqui Moly Iberia cria linha<br />
de apoio técnico online<br />
Durante o período de confinamento e<br />
emergência vivida no país, a equipa<br />
Liqui Moly reforçou o seu apoio aos<br />
profissionais do setor, com uma linha técnica<br />
de apoio exclusiva para este período.<br />
O setor da reparação e manutenção automóvel<br />
é fundamental<br />
para que<br />
o país continue<br />
a funcionar e,<br />
apesar de todas<br />
as restrições impostas<br />
pelo estado<br />
de emergência<br />
decretado (agora<br />
terminado), a<br />
Liqui Moly preparou<br />
medidas adicionais de apoio aos<br />
seus clientes profissionais.<br />
“Temos uma linha de apoio técnico Liqui<br />
Moly disponível em exclusivo para responder<br />
a dúvidas técnicas ou de aplicação<br />
de produto. Tudo online, em videochamada<br />
através do Skype ou por áudio e/<br />
Num minuto...<br />
Desde o passado dia 1 de abril que está<br />
oficialmente aberta a Diagvolt, uma<br />
empresa especializada em serviços,<br />
equipamentos e produtos na área<br />
automóvel, nomeadamente no setor do<br />
diagnóstico.<br />
Farinha, Responsável de Ambiente e<br />
Segurança do ISQ.<br />
Os técnicos do ISQ procedem à identificação<br />
de fatores de risco e pontos críticos,<br />
definem um plano de amostragem<br />
para recolha e análise de amostras, com<br />
resultados em 48 horas. Definem ainda<br />
um plano integrado de ações bem como<br />
a monitorização da eficácia das medidas<br />
de controlo implementadas.<br />
A segurança dos locais será atestada pela<br />
emissão de um “Selo de Confiança”, que<br />
garante que foi efetuada a avaliação da<br />
eficácia das medidas implementadas que<br />
permitem controlar a transmissão do<br />
Coronavírus e assegurar que os locais<br />
estão seguros.<br />
ou vídeo através do WhatsApp. Podem<br />
inclusivamente ser agendadas pequenas<br />
formações para os colaboradores de pontos<br />
de venda ou oficinas, em que cada<br />
um se pode ligar a partir de localizações<br />
diferentes. Qualquer dúvida tem uma<br />
resposta na hora<br />
e é reforçada a<br />
argumentação<br />
comercial dos<br />
produtos Liqui<br />
Moly”, explica<br />
José Pereira,<br />
commercial manager<br />
da Liqui<br />
Moly Iberia.<br />
Em Portugal,<br />
para facilitar o processo, todos os pedidos<br />
de apoio serão centralizados numa única<br />
conta. Através do Skype basta adicionar o<br />
email cristiano.fumega@liqui-moly.com<br />
e, através do WhatsApp, o apoio técnico<br />
está disponível através do número 911<br />
994 330.<br />
A Administração da Soulima anunciou a<br />
entrada de Hugo Tavares para o cargo de<br />
diretor geral deste operador de peças.<br />
Mais segurança e<br />
higiene com os panos<br />
da Mewa<br />
Numa altura em que muito se fala de<br />
higiene e de prevenção, os panos de<br />
limpeza Mewa, usados pelas oficinas,<br />
são posteriormente lavados a 90°C,<br />
eliminando todos os organismos<br />
prejudiciais à saúde.<br />
Há mais de 100 anos que oferece um<br />
sistema completo de panos de limpeza<br />
para fábricas e oficinas. Os panos da<br />
MEWA são entregues nas instalações<br />
dos clientes em contentores de<br />
segurança hermeticamente fechados,<br />
os MEWA SaCons. Isto continua<br />
válido nos tempos do coronavírus,<br />
já que a MEWA é parceira de<br />
muitas entidades e empresas<br />
essenciais. À hora combinada, os<br />
panos são recolhidos pela MEWA<br />
nos contentores de segurança e são<br />
lavados em lavandarias do grupo<br />
antes de serem devolvidos aos<br />
clientes.<br />
Outra vantagem deste sistema<br />
circular, ao contrário de soluções<br />
de utilização única, é a sua<br />
sustentabilidade. Os panos continuam<br />
a ser produzidos na Alemanha e<br />
podem ser utilizados várias vezes –<br />
sem ruturas de fornecimento.<br />
Bombóleo abre pólo<br />
logístico em Braga<br />
A Bombóleo acaba de abrir o terceiro<br />
pólo de distribuição de peças, desta<br />
feita na cidade de Braga, reforçando<br />
assim a sua posição a norte.<br />
“Em plena crise decidimos avançar<br />
com a abertura do polo logístico<br />
em Braga para podermos estar<br />
mais próximo dos clientes daquele<br />
distrito e região”; refere Juan Santos,<br />
responsável da Bombóleo.<br />
Pensado com base numa estratégia<br />
de proximidade, esta abertura é o<br />
terceiro ponto de distribuicão do grupo<br />
Bombóleo a nível nacional. Este novo<br />
armazém está situado no Parque<br />
Industrial de Celeirós, em Braga.
O<br />
OPINIÃO<br />
A identificação do veículo (I)<br />
Na aquisição de um veículo usado é<br />
fundamental um controlo de conformidade<br />
técnica pois, por desgaste normal da sua<br />
utilização, por má utilização ou ainda por<br />
qualquer outro motivo, as anomalias visíveis<br />
e as invisíveis são fundamentais para que<br />
aquilo que consideramos um bom negócio<br />
não se transforme num desastre.<br />
Todos os veículos, a nível mundial, são<br />
identificados individualmente, isto é,<br />
não existem 2 veículos com a mesma<br />
identificação. Essa identificação tem a<br />
designação de VIN – Vehicle Identification<br />
Number, também designado em Portugal<br />
por número de quadro. Este número<br />
de identificação é composto por 17<br />
caracteres e com facilidade se encontram<br />
descodificadores do mesmo na internet.<br />
Este número está no veículo sob a forma<br />
de gravação a frio, na placa construtor ou<br />
numa pequena janela no pára-brisas. A<br />
gravação a frio e a placa do construtor são<br />
os elementos que devem existir no veículo,<br />
ser legíveis e originais. Os problemas podem<br />
aparecer caso um destes elementos não<br />
exista, esteja errado ou viciado, e que seja<br />
detectado aquando da IPO o que pode até<br />
originar processos crime. Nas placas de<br />
construtor por ausência ou deterioração,<br />
na gravação a frio por substituição de peça<br />
onde está gravada, por gravação errada ou<br />
por viciação com dolo. A sua regravação<br />
está regulamentada e deverá ser autorizada,<br />
exclusivamente, pelo IMT.<br />
No caso de veículos furtados e depois<br />
reintroduzidos no mercado de usados a<br />
viciação é frequente umas vezes de forma<br />
grosseira (p.e. soldaduras e desalinhamento<br />
dos caracteres), outras de forma muito<br />
“profissional” onde a simples análise visual<br />
torna impossível a detecção da viciação.<br />
Sempre que um profissional do sector<br />
ou particular adquira um veículo usado é<br />
fundamental que seja verificada a existência<br />
e conformidade:<br />
Da gravação a frio do VIN, da placa<br />
do construtor, da correspondência, no<br />
Certificado de Matrícula, entre VIN (número<br />
de quadro) e matrícula.<br />
O mais seguro é pedir uma verificação do<br />
veículo por uma empresa especialista na<br />
análise de usados.<br />
PAULO QUARESMA<br />
GTAVA.PT
PROBLEMA<br />
Com os veículos parados durante um período de tempo<br />
elevado, o combustível deteriora-se e começam a formarse<br />
bactérias, sedimentos e oxidação que provocam danos<br />
graves na injeção e motor.<br />
SOLUÇÃO<br />
A LIQUI MOLY tem dois aditivos para prevenir e evitar estes<br />
problemas, tanto para Diesel como para gasolina.<br />
É fundamental usá-los nesta fase para evitar contaminar<br />
todo o sistema de combustível que vai criar danos<br />
elevados, podendo chegar ao motor. Independentemente<br />
da quantidade de combustível que está no depósito, há<br />
uma dose certa para cada situação.<br />
O Aditivo Anti-Bactérias Diesel<br />
(Ref. 21317) atua contra bactérias,<br />
leveduras e fungos. Trata-se de um biocida<br />
para a aplicação preventiva (e corretiva,<br />
quando necessário) em todo o tipo de<br />
veículos diesel parados ou utilizados com<br />
pouca frequência. Os gasóleos modernos<br />
são compostos por misturas complexas<br />
de diferentes substâncias inflamáveis e<br />
líquidas, com uma proporção considerável<br />
de biodiesel. O teor de água no depósito, a<br />
temperatura predominante, assim como a fonte de alimentação<br />
são a base para se multiplicarem microrganismos no<br />
combustível. Adicione o aditivo e mantenha o motor a funcionar<br />
10 minutos. Disponível em 1, 5 e 20 litros.<br />
Vantagens<br />
>> Atua preventivamente contra o ataque de bactérias<br />
>> Esteriliza sistemas de depósitos infestados<br />
>> Mantém os injetores limpos<br />
>> Reduz a emissão de gases poluentes<br />
>> Melhora as propriedades lubrificantes<br />
>> Evita reparações caras<br />
N<br />
NOTÍCIAS<br />
Dica Ambiental by<br />
Eco -Partner<br />
Os pneus usados<br />
e a sua gestão adequada<br />
Se no passado a manutenção de pneus<br />
era uma actividade reservada a oficinas<br />
dedicadas, hoje os serviços de pneus<br />
fazem parte de um amplo leque de<br />
serviços prestados pelas oficinas de<br />
mecânica ou de serviços rápidos.<br />
Desta forma, a gestão dos pneus usados<br />
generalizou-se e a maioria das oficinas<br />
deve cumprir também um conjunto de<br />
requisitos legais aplicáveis a este fluxo<br />
específico de resíduos.<br />
A minha empresa importa pneus novos<br />
que posteriormente instalo nos veículos<br />
dos clientes. O que deverei fazer?<br />
Caso a sua empresa importe pneus<br />
novos, fica enquadrado como importador<br />
e deverá aderir a uma entidade<br />
gestora (Valorpneu) para nela delegar<br />
a responsabilidade pelo destino final<br />
adequado dos pneus usados.<br />
A minha empresa compra pneus a<br />
distribuidores no mercado nacional e<br />
efetua apenas serviços de troca de<br />
pneus. Tenho de me registar numa<br />
entidade gestora?<br />
As empresas que vendem pneus a<br />
clientes finais (ex. dono do veículo<br />
que necessita de trocar os pneus<br />
gastos) são obrigadas por lei a registarse<br />
na entidade gestora Valorpneu.<br />
Deverão também criar condições de<br />
acondicionamento dos mesmos e garantir<br />
o encaminhamento destes resíduos para<br />
um ponto de recolha Valorpneu (ver<br />
pontos de recolha em www.valorpneu.<br />
pt). Os pneus poderão ser entregues<br />
sem custos nestes pontos ou poderá<br />
contratar este serviço de recolha e<br />
encaminhamento a um transportador<br />
devidamente licenciado para o efeito.<br />
Estas oficinas são obrigadas por lei<br />
a aceitar os pneus usados dos seus<br />
clientes, armazenar e entregar nos<br />
pontos de recolha da Valorpneu, de<br />
acordo com os requisitos definidos pela<br />
Valorpneu no referido contrato.<br />
A entrega dos pneus num dos pontos<br />
de recolha da rede Valorpneu é a<br />
garantia de que os pneus podem ter<br />
uma “2ª vida”, quer seja através da<br />
sua reutilização, da recauchutagem, da<br />
reciclagem ou da valorização energética.<br />
Este sistema integrado, criado há mais<br />
de 15 anos e financiado por todos os<br />
importadores ou fabricante de pneus,<br />
tem contribuído de forma muito<br />
significativa para a salvaguarda do nosso<br />
património natural.<br />
Conte com a Eco-Partner para o ajudar<br />
a tornar a sua oficina mais verde e<br />
amiga do ambiente.<br />
O Estabilizador de Gasolina (Ref. 5107) conserva e<br />
protege o combustível contra o envelhecimento e contra<br />
a oxidação. Impede a corrosão em todo o sistema de<br />
combustível. Deverá adicionar e deixar o motor a trabalhar<br />
durante cerca de 10 minutos<br />
para garantir uma mistura<br />
perfeita no combustível. Impede<br />
a corrosão em todo o sistema<br />
de combustível é um excelente<br />
aliado nesta quarentena para<br />
que quando voltar à ação, não<br />
tenha mais preocupações.<br />
Um enchimento do depósito<br />
doseador (25 ml) é suficiente<br />
para 5 l de combustível.<br />
Eduardo Martí é o novo gerente<br />
de ITG do Grupo UFI Filters<br />
Na sequência da recente reorganização na<br />
Unidade de Negócios de Pós-venda do<br />
Grupo UFI Filters, a gestão dos Grupos<br />
Internacionais de Compras (ITG –<br />
International Trading Group) foi atribuída<br />
globalmente a Eduardo Martí.<br />
Desde 1º de abril, Eduardo Martí tem a<br />
função de orientar o desenvolvimento e<br />
potenciar a relação comercial entre o Grupo<br />
de Filtros UFI e os Grupos Internacionais de<br />
Compras (ITG) a nível global, coordenando<br />
e promovendo a atividade econômica entre<br />
os diversos escritórios comerciais Pós-venda<br />
do Grupo UFI Filters na Europa, APAC,<br />
LATAM e MEA.<br />
Eduardo Martí, continuará a exercer as<br />
funções de Diretor Geral da UFI Filters<br />
Iberica, sl.<br />
Vantagens<br />
>> Aplicação fácil<br />
>> Económico graças ao doseador incorporado<br />
>> Com efeito de longa duração<br />
>> Protege o combustível contra oxidação e<br />
envelhecimento<br />
>> Testado para turbos e catalisadores<br />
FICHAS TÉCNICAS E MODO DE UTILIZAÇÃO EM<br />
www.liqui-moly.pt<br />
INFORMAÇÕES<br />
comercial.iberia@liqui-moly.com<br />
Num minuto...<br />
O teste de desempenho da auditoria das<br />
instalações em Wuppertal, Alemanha,<br />
concedeu à Axalta o estatuto de<br />
Fornecedor de Repintura com classificação<br />
A para a Mercedes-Benz.<br />
A Linextras acaba de anunciar o<br />
lançamento do seu novo website, que<br />
poderá ver em www.linextras.com
33<br />
Magneti Marelli<br />
lança novos radiadores<br />
e eletro-ventiladores<br />
A Magneti Marelli Aftermarket<br />
apresentou as suas mais<br />
recentes inovações nas gamas de<br />
radiadores e eletro-ventiladores.<br />
O lançamento consiste em 360<br />
novas referências de radiadores<br />
e 117 novas referências de<br />
eletro-ventiladores. Com esses<br />
lançamentos, a Magneti Marelli<br />
aumenta a cobertura da sua<br />
gama de sistemas térmicos e<br />
atinge 60% de cobertura do<br />
parque.<br />
Entre as novidades mais<br />
sonantes, tanto na gama de<br />
radiadores como na gama de<br />
eletro-ventiladores, destaca-se<br />
o radiador do motor e o eletroventilador<br />
para veículos do grupo<br />
PSA com grande presença no<br />
parque europeu.<br />
Filourém reforça<br />
parceria com a<br />
Original Birth<br />
A<br />
Filourém e a Original Birth reforçaram<br />
a sua parceria, numa ligação<br />
que já dura há mais de 10 anos,<br />
sendo uma das marcas de referência do<br />
operador de peças de Ourém.<br />
Como consequência disso, a Filourém,<br />
MF Pinto passa a distribuir<br />
em Portugal a DTS Clima<br />
A<br />
MF Pinto iniciou no passado mês<br />
de março a distribuição, exclusiva,<br />
da marca de compressores de ar<br />
condicionado DTS Clima.<br />
“É uma aposta clara da nossa empresa num<br />
produto de qualidade, com dois anos de<br />
garantia e que, acreditamos, venha a ser<br />
uma marca de referência no aftermarket<br />
nacional”, afirma Jorge Costa Pinto, diretor<br />
da MF Pinto.<br />
enquanto distribuidor exclusivo da marca<br />
italiana para Portugal, aumentou significativamente<br />
o seu stock e realizou ainda<br />
uma revisão das condições que possibilitou<br />
melhorar os preços de centenas de<br />
referências.<br />
Braços e rótulas de suspensão, axiais e<br />
terminais de direção, apoios de motor e<br />
silent blocos, são alguns dos produtos em<br />
especial destaque.<br />
A empresa de Sintra tem já disponível em<br />
Lisboa e no Porto um stock importante<br />
de mais de 280 referencias, que “nos permitirá<br />
cobrir cerca de 80% do mercado<br />
português de ligeiros de passageiros”,<br />
refere o mesmo responsável, acrescentando<br />
que “esta nova área de negócio insere-se<br />
na estratégia da empresa de diversificação<br />
de oferta de produtos de qualidade no<br />
mercado português”.<br />
PUBLICIDADE
34<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
Oficina<br />
O<br />
AUTO NORTE<br />
Tudo pela qualidade<br />
Primar pela qualidade do serviço está ao alcance de todas<br />
as oficinas, mas só algumas na realidade o conseguem atingir.<br />
A estratégia seguida pela Auto Norte é sinónimo de que a qualidade<br />
tem um preço que o cliente reconhece e está disposto a pagar<br />
TEXTO PAULO HOMEM<br />
Na zona industrial de Mirandela<br />
encontra-se a Auto Norte. A<br />
dimensão das suas instalações<br />
são a primeira evidência de<br />
uma certa diferenciação. A<br />
segunda é que a gestão operacional que<br />
está a cargo de Gisela Santos, diretora de<br />
serviços, engenheira de formação e profissional<br />
com muita experiência no ramo.<br />
A empresa existe desde 1980, ocupando<br />
as atuais instalações de 2.400 m2 desde<br />
o início do século, fazendo desde sempre<br />
os serviços de colisão (chapa e pintura) e<br />
de mecânica, tendo sido nos últimos 16<br />
anos introduzidos sucessivamente outros<br />
serviços, como o vidro automóvel (foi<br />
dos primeiros aderentes à Glassdrive),<br />
eletricidade, entre outros. Por ser a oficina<br />
inicial do pai, desde criança que Gisela<br />
Santos acompanha o dia-a-dia da empresa<br />
o que juntamente com as suas formações e<br />
gosto pela área automóvel, levou-a estar na<br />
oficina a 100% desde 2005, partilhando a<br />
gestão da oficina com o seu irmão e com o<br />
seu pai, Carlos José (73 anos), usufruindo<br />
também da experiência deste no setor.<br />
“Não houve qualquer obrigação de dar<br />
continuidade a este negócio, foi mesmo<br />
o gosto pessoal”, comenta Gisela Santos,<br />
dizendo que “somos uma oficina que<br />
trabalha de forma totalmente legal, com<br />
a máxima transparência e rigor em todas
35<br />
as áreas, mesmo na questão ambiental”.<br />
O atendimento, nomeadamente aos novos<br />
clientes, é sempre feito por Gisela Santos,<br />
que diz que “este é um momento crucial<br />
na relação que queremos manter com o<br />
cliente. Cada cliente é diferente e único.<br />
Existe sempre a necessidade de identificar<br />
bem o tipo de cliente de modo a propor-<br />
-lhe o serviço adequado e conforme as<br />
expetativas deste”.<br />
Muito rigor existe também nos orçamentos.<br />
A Auto Norte opta preferencialmente<br />
por trabalhar com material de origem ou<br />
marcas de peças que estão presentes no<br />
primeiro equipamento. “Com as linhas<br />
brancas o cliente não fica satisfeito e normalmente<br />
é uma situação que nos traz prejuízo.<br />
Recebemos aqui veículos de outras<br />
oficinas para pintar uma segunda vez ou<br />
para reparar de novo e sabemos muita vez<br />
que o problema foi a má qualidade dos<br />
materiais usados”, revela Gisela Santos.<br />
Tendo a secção de colisão certificada pelo<br />
Centro Zaragoza, a responsável da Auto<br />
Norte revela que o próximo caminho<br />
passará pela certificação da secção de<br />
mecânica, até porque no seu entender,<br />
Auto Norte<br />
Gisela Santos<br />
278 262 724<br />
geral@autonorte.com.pt<br />
facebook.com/autonorte.mirandela<br />
faz todo o sentido que o cliente, seja ele<br />
de colisão ou de mecânica, tenha sempre<br />
a certeza que a sua oficina presta um<br />
serviço certificado, com qualidade e com<br />
garantia. “É certo que o cliente tem um<br />
custo acrescido, mas aqui tem a certeza<br />
que tem uma garantia do serviço. Por<br />
exemplo, aqui utilizamos o lubrificante<br />
correto para cada tipo de motor e não,<br />
como outras oficinas fazem, de ter um<br />
óleo que dá para quase todos os motores.<br />
São estes pormenores que levam a que o<br />
cliente se fidelize à Auto Norte e tenha<br />
confiança nos serviços que fazemos”, afirma<br />
a mesma responsável.<br />
Privilegiando a comunicação direta com<br />
o cliente (até fora dos períodos em que<br />
a oficina está aberta), Gisela Santos diz<br />
que todos os momentos são importantes,<br />
mesmo durante a revisão, em que “lhes<br />
explicamos porque razão o veículo precisa<br />
de levar mais uma peça ou de fazer uma<br />
determinada operação que não estava<br />
orçamentada” e no momento da entrega<br />
do carro onde “lhe falamos de tudo o que<br />
foi feito e os cuidados até para que o carro<br />
se mantenha em correto funcionamento”.<br />
Se os serviços de colisão sempre foram<br />
mais representativos na atividade da Auto<br />
Norte, atualmente isso já não se verifica,<br />
existindo um equilíbrio entre esses e<br />
os serviços de mecânica. A oficina tem<br />
acordos com quase todas as seguradoras,<br />
utilizando já a foto e vídeo peritagem,<br />
considerando Gisela Santos que “é muito<br />
importante ter estes acordos e saber falar<br />
com a seguradora, explicando-lhes que<br />
queremos ter o justo valor pelos nossos<br />
serviços, mas sempre numa perspetiva de<br />
serviço ao cliente”.<br />
O vidro automóvel é outras das componentes<br />
do serviço global que a Auto<br />
Norte oferece aos seus clientes. “Também<br />
nesta área tentamos estar um pouco à<br />
frente da nossa concorrência. Por exemplo,<br />
já temos o equipamento para fazer<br />
a calibração das câmaras e dos radares”,<br />
comenta Gisela Santos, referindo-se ainda<br />
a outros serviços que embora ainda não<br />
tenha muita expressão a Auto Norte já<br />
oferece, como é o caso da manutenção<br />
de veículos elétricos e híbridos.<br />
Transversalmente a tudo isto está logicamente<br />
a formação técnica de toda a equipa<br />
de mecânicos, uma área importante que<br />
a Auto Norte não descura em nenhum<br />
momento. A própria responsável, Gisela<br />
Santos, tem o curso de formadora e também<br />
por isso pretende que a sua equipa<br />
esteja sempre o mais atualizada possível.<br />
Para breve a Auto Norte poderá também<br />
vir a apostar no serviço de pneus, como<br />
também já teve formação na recuperação<br />
de estofos e volantes em pele. “A manutenção<br />
do automóvel passará no futuro<br />
por pneus, vidros, reparações rápidas<br />
de chapa e outras pequenas coisas. Por<br />
isso temos que estar preparados para no<br />
futuro, termos dentro de portas todos os<br />
serviços que o cliente procura”, conclui<br />
Gisela Santos.
36<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
Dossier<br />
D<br />
PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO<br />
Uma nova realidade<br />
A limpeza e higienização de<br />
superfícies e de objetos são<br />
agora medidas decisivas para<br />
que as oficinas mantenham a<br />
sua atividade de forma segura,<br />
prevenindo a transmissão do<br />
Covid-19<br />
TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO<br />
A<br />
limpeza de superfícies e objetos,<br />
seguidas da sua desinfeção,<br />
são ações que, nas últimas semanas,<br />
passaram a ter uma especial<br />
relevância na prevenção<br />
da transmissão da Covid-19 e, por isso, na<br />
garantia de um serviço seguro por parte das<br />
oficinas, tanto para os funcionários como<br />
para o cliente final. Segundo a DGS, o vírus<br />
permanece em superfícies durante um período<br />
que pode até aos 6 dias. As empresas
37<br />
JMCS<br />
243 702 981<br />
http://jmcs.pt<br />
A JMCS disponibiliza produtos para:<br />
Viaturas:<br />
- Pure Air - Higienizante em versão spray<br />
ou líquido para equipamentos de climatização<br />
auto.<br />
- Lavaggio Cassonetti - Fórmula específica<br />
de elevado poder detergente, amplo<br />
espectro de acção desinfectante e elevado<br />
efeito desodorizante.<br />
Instalações:<br />
- Sandik - Desinfectante para superfícies<br />
duras, pronto a usar.<br />
- JP Ready - Detergente desinfetante<br />
inodoro que permite realizar numa única<br />
operação a limpeza e a redução da carga<br />
bactérica residual.<br />
- Jaminal Plus - Detergente desinfectante<br />
concentrado sem odor, à base de sais de<br />
amónio quaternário, para qualquer tipo<br />
de superfície e materiais.<br />
- Gemini e Gemini pronto - Detergente<br />
clorado, de acção desinfectante, para<br />
superfícies duras.<br />
-Clorofoam - Detergente alcalino com<br />
cloro activo para limpeza completa e<br />
higienização e desinfecção.<br />
Higiene Pessoal:<br />
- Ecomax - Sabonete líquido, perfumado.<br />
Fórmula equilibrada em tensioativos e<br />
emolientes.<br />
- Maniguard Gel - Gel detergente para as<br />
mãos com microesferas e elevado poder<br />
desengordurante e emulsionante.<br />
PUBLICIDADE<br />
têm apostado, por isso, em disponibilizar<br />
produtos e equipamentos para que sejam<br />
tomadas todas as medidas de cuidados na<br />
limpeza e desinfeção de todas as superfícies<br />
nas oficinas, nos veículos e também a<br />
frequente desinfeção por parte dos seus colaboradores.<br />
A <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong> foi conhecer<br />
a oferta do mercado no âmbito dos produtos<br />
que garantem todas as condições para a<br />
continuidade de atividade das oficinas e da<br />
saúde de todos os intervenientes.
38<br />
OZONE MAKER 1000<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
D<br />
PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO, LIMPEZA E PROTEÇÃO<br />
Ozone is a molecule that consists of three oxygen atoms (O<br />
3). The ozone molecule is very unstable and has a short half-life. Therefore, it will<br />
decay after some time into its original form: oxygen (O<br />
2), according reaction presented below: 2 O<br />
3<br />
1 3 O<br />
2.<br />
In essence ozone is nothing more than oxygen (O 2), with an extra oxygen atom, formed by an high electric charge and an extra oxygen atom. In<br />
nature ozone is produced at thunderstorms and in the ozone layer from the sun's ultra-violet (UV) rays. The extreme high voltages found in<br />
thunderstorms produce ozone from oxygen.<br />
For the production of ozone, "corona discharge" is more used due to the greater advantages of this method.<br />
Ozone operates according the principle of oxidation. When the ozone molecule (O 3) contacts with something “oxidizable”, the charge of the<br />
ozone molecule will directly ow over. This is because ozone is very unstable and likes to turn back in its original form (O<br />
2). Ozone can oxidize<br />
many kinds of materials, and especially smell molecules and microorganisms like viruses, molds and bacteria. The extra oxygen atom released<br />
from the ozone molecule binds with the other material. What eventually remains is only the pure and stable oxygen molecule.<br />
Because ozone has a strong recognizable smell, very low concentrations of it will soon be<br />
- Primagel Plus - Gel transparente desinfectante<br />
para higiene das mãos. oferece o “ Sonax Xtreme Limpeza de<br />
na boa higiene dos veículos. A Sonax<br />
perceived. This makes it generally<br />
Interiores”,<br />
safe to work<br />
com<br />
with ozone.<br />
uma<br />
For<br />
fórmula<br />
the purication<br />
especialmente<br />
desenvolvida para uma limpeza<br />
of air, the<br />
ozone reacts with many materials, higiénica the concentration do veículo. of ozone Enquanto will be reduced limpa quickly. o At<br />
higher concentrations ozone interior is harmful for do human veículo, health after também inhalation, vale but these a pena<br />
trazer alguma frescura ao sistema de ventilação.<br />
O “Sonax Car A/C Cleaner Air<br />
ozone concentrations the symptoms can vary from dryness in the mouth and throat,<br />
coughing, headache and chest Aid” restriction. não é um desinfectante, mas utiliza<br />
After the treatment it's necessary uma fórmula to ventilate the probiótica treated room. para assegurar<br />
rápida e facilmente a limpeza do ar e a<br />
USE IN THE AUTOMOTIVE remoção FIELD de odores.<br />
ozone must be produced on-site. Because of its short half-life, ozone will decay soon after<br />
production and a lot of factors can inuence its half-life such as the temperature. Because<br />
concentrations are much higher than the smell threshold at which ozone can be smelt (garlic<br />
smell), so harmful concentrations will be noticed quickly. When people are exposed to high<br />
Solutions<br />
In vehicle air conditioning systems and in passenger cabins, where cleaning and hygiene are important, the manual use of chemical products<br />
are quite often insufcient to ensure the total elimination of contaminants, that are, in addition to infecting the environment, the main cause of<br />
Berner<br />
unpleasant smell.<br />
- Como distribuidor oficial da Errecom, Intermaco<br />
In fact in some zones it is a impossible Krautli or very apresenta difcult the removal um nebulizador of these contaminants. ultra-sónico<br />
234 520 110<br />
Atom Machine, desenvolvido www.intermaco.pt<br />
214 489 082<br />
www.berner.pt The OZONE GENERATOR para ensures pulverizar a total um decontamination, líquido onde because os vapo-ires destroys:<br />
Bacteria, viruses, spores, mould,<br />
resultantes<br />
fungi and any<br />
(menos<br />
other organic<br />
de<br />
organism<br />
5 micron) são A Intermaco disponibiliza o Purificador<br />
Chemical contaminants (deriving from emissions of panels, carpets, paints, plastic materials, etc.)<br />
Na oferta da Berner destaca-se a gama de distribuídos pelo veículo para higienizar e de ar por Ozono, modelo Ozone Maker<br />
Therefore it eliminates any odour both organic and inorganic, without covering it.<br />
produtos para proteção do habitáculo dos desodorizar o cockpit e o sistema de A/C, 1000 da marca Solutions (100% made in<br />
veículos, a serem utilizados The OZONE no decorrer GENERATOR proporcionando includes: uma solução de higienização<br />
of air and e diffusion desodorização. of ozone Características<br />
do serviço efetuado pelos A profissionais.<br />
system for the aspiration<br />
Italy). O Ozono é um potente germicida<br />
ecológico. Graças à sua potente capacidade<br />
de oxidação, destrói, de forma rápida<br />
A special device that produces Técnicas: ozone by taxa “Corona de discharge”. nebulização: 390 ml/h,<br />
A supply cable.<br />
A Berner disponibiliza:<br />
líquido de higienização e desodorização e eficaz, os microrganismos (bactérias,<br />
A timer on/off push-button panel to select the ozone production time.<br />
- Rolo de 500 Plásticos para cobertura disponível em 6 fragrâncias.<br />
vírus, bolores, fungos e esporos) em todos<br />
de bancos, descartáveis, para FEATURES: que os profissionais<br />
não estejam em contacto Dimensions: 350 com x 195 x 190 mm.<br />
os tipos de superfícies. Esta máquina é<br />
profissional. A produção é controlada<br />
o banco que mais tarde será Electrical utilizado specications: 230 Vac – max 20W<br />
por uma placa eletrónica, produzida em<br />
Ozone production: 1000 mg/h<br />
pelos seus clientes. Neste âmbito destaque<br />
Itália, de modo a dosear o Ozono de<br />
ainda para o Rolo Filme Plástico,<br />
que assegura a proteção de zonas como<br />
a manete das mudanças ou o volante,<br />
MADE IN ITALY<br />
sendo mais maleável.<br />
- Para aplicação depois de realizado o<br />
serviço, destaque para a gama de produtos<br />
de limpeza de superficies, nomedamente<br />
forma correta. Apesar da Ozone Maker<br />
SOLUTIONS - TD<br />
1000 produzir só 1000 mg/h, o Ozono<br />
Ofce: Via Monsignor produzido Alai 2, é 42027 mais Montecchio puro e mais Emilia - eficaz. ITALY A<br />
E-mail: info@solutions-td.com Tel: +39 345 036 6230<br />
desinfeção e desodorização de superfícies<br />
e tapeçarias em veículos é feita de forma<br />
rápida e eficaz com o Ozono. O gerador<br />
de Ozono é alimentado apenas por eletricidade<br />
e ar ambiente. O estado gasoso<br />
a Espuma Limpeza Multi X, ideal para<br />
todo o tipo de superficies e que confere Nettuno<br />
do Ozono permite chegar aos pontos<br />
uma adequada limpeza das mesmas.<br />
- No âmbito da higienização, destaque<br />
para o Kit Aircleaner A/C e do<br />
Ambientador Fresh.<br />
Leirilis<br />
244 850 080<br />
www.leirilis.com<br />
www.dpautomotive.pt<br />
mais escondidos e de difícil acesso, sem<br />
necessidade de desmontar.<br />
A Leirilis lançou, no mês de abril, dois<br />
produtos da Nettuno para higienização<br />
e proteção das mãos. Ambos os produtos<br />
contêm aditivo antibacteriano e hidratante,<br />
não contêm álcool, o que além de<br />
proteger trata também a pele:<br />
Sonax, Errecom<br />
Krautli Portugal<br />
219 535 600<br />
www.krautli.pt<br />
- A Sonax, representada pela Krautli<br />
Portugal, tem vários produtos que ajudam<br />
- Sendygien - Sabão líquido com ação<br />
higienizante, em embalagens de 1 litro;<br />
- Kill Plus - Spray desinfetante rápido<br />
sem enxaguamento para as mãos, em<br />
embalagens de 100ml.<br />
- Para a proteção dos veículos, a Leirilis<br />
disponibiliza produtos como proteção<br />
de volante, estofos e chão, no entanto,<br />
estes estão disponíveis apenas para a<br />
Rede Oficinal RedService, devido à sua<br />
personalização.<br />
Autobrillante<br />
918 862 010<br />
www.autobrillante.com<br />
Disponibiliza um protocolo de limpeza<br />
e desinfecção para veículos e pessoal da<br />
oficina, numa solução de cinco etapas:<br />
- Etapa 1 - equipamento de proteção –<br />
máscaras e luvas – da equipa de recepção
39<br />
e consultores de serviço.<br />
- Etapa 2 - limpeza profunda com o desinfetante<br />
G3 nas superfícies de contato<br />
do veículo. Para estofos, tecido e couro,<br />
a Autobrillante recomenda o Autoglym<br />
Interior Cleaner.<br />
- Etapa 3 - proteger o veículo durante a<br />
estadia na oficina, com capas de assento<br />
descartáveis ECO, feitas com 50% de<br />
material reciclado. A oferta é complementada<br />
por tapetes de proteção de piso feitos<br />
de papel reciclado, rodas de cobertura<br />
de borracha ou película de rolo, além<br />
de sacos de bloco.<br />
- Etapa 4 - proteção de mecânicos, pintores<br />
e outros profissionais, com luvas de<br />
nitrila, látex, vinil, neoprene ou couro.<br />
- Etapa 5 - antes de entregar o veículo<br />
ao cliente - estabelece a desinfecção das<br />
áreas de reparação com G3, bem como<br />
a lavagem do corpo. O Autoglym TF3<br />
Extra é indicado para esta última operação,enquanto<br />
para a lavagem do carro a<br />
empresa recomenda produtos da Kanor.<br />
Kenotek<br />
+800/24 35 46 37<br />
www.kenotek.eu<br />
A Kenotek disponibiliza o Kenolox 10<br />
PRO, para interiores de viaturas e superfícies<br />
delicadas (chaves, teclados, ambiente<br />
de escritório e oficinal, ferramentas, etc.).<br />
O composto de ácido láctico e peróxido de<br />
hidrogénio é a fórmula exclusiva sem álcool<br />
para desinfetar superfícies por pulverização<br />
ou nebulização, sendo eficaz aplicar com<br />
o equipamento pistola “Tornador” ou<br />
similar. Características: pronto a usar,<br />
não há erros na dosagem devido ao fator<br />
humano. Também disponível em aerossóis;<br />
tempo de contato limitado e sem<br />
necessidade de enxaguamento depois<br />
da aplicação; a sua formulação torna-o<br />
aplicável a todos os tipos de materiais e<br />
superfícies; não contém álcool vaporizado;<br />
o Kenolox 10 está aprovado para<br />
desinfecção de espaços por nebulização. O<br />
procedimento específico está em conformidade<br />
com os mais recentes e rigorosos<br />
regulamentos EN para atividades bactericidas,<br />
virucidas e levuricidas; respeito com<br />
os materiais e superfícies: sem corrosão<br />
causada por resíduos, como produtos à<br />
base de ácido peracético.<br />
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Lusilectra<br />
Salvador Caetano<br />
Soluções de Desinfecção e Higienização automóvel<br />
Geradores de Ozono<br />
○ Características principais:<br />
- Desinfetante de bactérias, vírus e odores<br />
- Eliminação automática do ozono<br />
Saiba mais em...<br />
www.lusilectra.com<br />
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Website: www.lusilectra.com<br />
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40<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
D<br />
PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO, LIMPEZA E PROTEÇÃO<br />
Launch<br />
Gonçalteam<br />
212 251 578<br />
www.goncalteam.pt<br />
A Gonçalteam disponibiliza equipamentos<br />
para medir a temperatura do corpo<br />
e também a maquina de higienização<br />
através do ozono, da Launch. Este produto<br />
está equipado com um filtro dianteiro<br />
e um display táctil para facilitar a<br />
sua utilização. É portátil e adapta-se a<br />
qualquer habitação/habitáculo e pela<br />
sua potência pode ser regulado em tempo,<br />
já que purifica rapidamente o ar.<br />
Capacidade de débito de 10.000 mg/h<br />
de ozono. Características: dimensões<br />
18,5x25,5x19 cm, ajuste de tempo 10-<br />
120 min, alimentação 220V±10%/50<br />
Hz, Peso 2,9 kg, controlo teclado táctil.<br />
Também comercializa máscaras faciais<br />
reutilizável em cortiça “Face Cork”, viseiras<br />
em acrílico (personalizadas ou não),<br />
máscaras cirúrgicas, luvas descartáveis,<br />
álcool gel em 500 ml e 5 lts, desinfectante<br />
não alcoólico e creme protetor para as<br />
mãos. A Gonçalteam disponibiliza ainda<br />
divisórias de escritório e de viaturas de<br />
transporte passageiros.<br />
Nexzett<br />
PMA<br />
+49 2261 6095 433<br />
http://nextzett.de<br />
A PMA Unipessoal está a comercializar<br />
desinfetante de largo espectro: Sanit Clean<br />
pronto a usar, um desinfetante virucida,<br />
bactericida e fungicida. É um detergente<br />
desinfetante e espumogéneo, especialmente<br />
indicado para ser utilizado na limpeza de<br />
superfícies duras. Contém tensoactivos<br />
que coneferem ao produto propriedades<br />
de limpeza que permitem utilizá-lo com<br />
limpador e desinfetante. Pode aplicar-se<br />
em todo o tipo de superficies: chão, paredes,<br />
maquinaria, utensílios, veiculos de<br />
transporte de alimentos e outros. Para uma<br />
atividade bactericida, aplicar o produto e<br />
deixar atuar sobre a superficie durante 5<br />
minutos. Para uma atividade virucida, de<br />
acordo coma normativaen 14476:2013 e<br />
fungicida, aplicar o produto e deixar atuar<br />
pelo menos 15 minutos. Este produto pode<br />
ser aplicado de diferentes maneiras: com<br />
acção mecânica, usando uma esfregona<br />
ou limpando as superficies com um pano<br />
impregnado de produto, pulverizando<br />
sobre as superfícies a tratar, emergindo<br />
alguns equipamentos ou ferramentas diretamente<br />
no produto.<br />
Liqui Moly Iberia<br />
21 925 07 32<br />
www.liqui-moly.pt<br />
- Para os mecânicos - a Liqui Moly disponibiliza<br />
uma gama de produtos de
cuidado com a pele: a pasta lava-mãos,<br />
que deve depois ser complementada com<br />
um creme de cuidado.<br />
- Para as instalações - a Liqui Moly tem<br />
um produto específico para limpeza<br />
profunda das instalações: o Universal<br />
Reiniger, um produto desengordurante e<br />
para limpeza industrial concentrado e solúvel<br />
em água. Isento de fosfatos, silicatos<br />
e solventes, é um produto biodegradável<br />
e amigo do ambiente. Adequado para a<br />
limpeza de paredes e pisos de oficinas e<br />
pode ser utilizado com aparelhos de alta<br />
pressão e de pulverização.<br />
- Para os carros dos clientes - a Liqui Moly<br />
tem, para vidros e espelhos, a Espuma<br />
Detergente Limpa-vidros. Para o tablier,<br />
o produto de Cuidado do Cockpit está<br />
disponível em aroma de baunilha e limão.<br />
A Espuma Detergente para Estofos garante<br />
a eliminação da sujidade de todo<br />
o tipo de estofos e têxteis. Para as zonas<br />
de plástico, volante ou comando da caixa<br />
de velocidade e travão de mão pode ser<br />
usado o produto de Limpeza do Interior<br />
do Veículo. Para desinfeção das condutas<br />
e do sistema do ar condicionado disponibiliza<br />
o Klima Refresh.<br />
Create Business<br />
214 821 550<br />
www.createbusiness.pt<br />
- Para os veículos, a Create Business disponibiliza<br />
o purificador de ar gerador de<br />
ozono Purifier O3, com Produção real<br />
de ozono 5000 mg / h, tecnologia de<br />
geração de O3: luz ultravioleta de ondas<br />
curtas. Configuração do temporizador<br />
de 10 minutos a 10 horas: no final do<br />
tempo estabelecido, a geração de ozono é<br />
interrompida; 10 minutos depois, o ventilador<br />
desliga. A empresa disponibiliza<br />
ainda o Spray “Cabin Sanitary Agent”,<br />
que desinfeta o habitáculo.<br />
- Para os mecânicos, comercializa máscaras<br />
de proteção FFP2, com eficácia da<br />
filtração: 99-100%, filtro de 4 camadas,
42<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
D<br />
PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO, LIMPEZA E PROTEÇÃO<br />
e as máscaras de Uso único, com eficácia<br />
de filtração superior a 90% e filtro<br />
de 3 camadas. Disponibiliza também o<br />
Dermex HM, um higienizante para a<br />
pele, líquido, de fácil aplicação e sem<br />
necessidade de ser aclarado com água.<br />
Disponível em embalagens de 1lt e 5lts.<br />
- Para as instalações, oferece o Lubacin<br />
DSC, um higienizante formulado para<br />
ser usado em todo o tipo de objectos<br />
e superfícies e em espaços com grande<br />
afluência de pessoas. Disponível em embalagens<br />
de 1lt e 10lts.<br />
Uma nova solução hidroalcoólica capaz<br />
de manter os ambientes de trabalho limpos<br />
e com a máxima higiene: Limpeza<br />
máxima, Adequado para qualquer tipo<br />
de superfície, Fácil de usar, Produto versátil<br />
com múltiplos usos, disponível em<br />
embalagens de 400 ml.<br />
2Q Portugal<br />
219 246 548<br />
www.greenpower.cleaning<br />
pida e 100% ecológica. Este gerador de<br />
ozono, com tecnologia de quartzo, gera<br />
artificialmente ozono transformando o<br />
oxigênio no ar de O2 para O3 por meio<br />
de efeito de coroa que, comparado com<br />
os geradores de placas comuns, não produz<br />
outros gases nocivos à saúde. Uma<br />
vida útil do aparelho de 20 mil horas.<br />
A estrutura portátil permite higienizar o<br />
carro em 4 etapas: posicione o gerador no<br />
habitáculo do veiculo; defina os tempos<br />
de higienização desejados; feche o carro<br />
e aguarde o tratamento; retire o aparelho<br />
e ventile o habitáculo. O gerador não requer<br />
manutenção. O gerador é adequado<br />
para a higienização de veículos de várias<br />
dimensões e salas até 70m². A bomba de<br />
pressão incluída permite uma difusão completa<br />
e uniforme do ozono. Possibilidade<br />
de higienização com o gerador dentro ou<br />
fora da viatura.<br />
Cetrus<br />
252 308 600<br />
www.cetrus.pt<br />
A Cetrus apresenta, através das suas representadas,<br />
dois modelos de geradores<br />
de ozono. Os geradores de ozono representam<br />
um enorme aliado no combate<br />
a transmissão de vírus, pois permitem<br />
uma higienização e desinfeção de espaços.<br />
Genericamente, o modelo básico deve<br />
ser utilizado dentro da viatura e produz<br />
o ozono através de placa cerâmica. O<br />
modelo Plus, permite ser utilizado do<br />
lado de fora das viaturas, através de tubos<br />
que são ligados à mesma. Neste modelo,<br />
o ozono é produzido através de um reator<br />
de quartzo.<br />
Roberlo<br />
+34 972 478 060<br />
http://pt.roberlo.com<br />
A Roberlo disponibiliza o Sanius, Surface<br />
Hygienizing, higienizante de superfícies.<br />
A 2Q Portugal disponibiliza soluções<br />
de higienização de oficinas utilizando<br />
fórmulas próprias com base em etanol,<br />
cloreto de benzalcónio e hipoclorídrico<br />
de sódio como biocidas. Disponibiliza:<br />
- Desinfetantes de Mãos - O Gderm,<br />
um gel desinfetante de mãos de elevada<br />
eficiência, para funcionários e clientes.<br />
- Desinfetantes de Superfícies - O desinfetante<br />
hidroalcoólico de superfícies<br />
Grapid direta vital para desinfetar zonas de<br />
contacto direto como cockpit, fechaduras,<br />
etc. O desinfetante Industrial Gclosan é<br />
uma solução económica para a desinfeção<br />
de superfícies não metálicas.<br />
- Desinfetantes e Detergentes de<br />
Superfícies - Para uma detergência e desinfeção<br />
das superfícies a Greenpower<br />
possui uma gama de produtos de múltiplas<br />
aplicações, em superfícies verticais ou<br />
horizontais, com ou sem espuma. Todos<br />
os produtos desta linha possuem uma ação<br />
de higienização das superfícies, uma ação<br />
de desinfeção e bactericida e de limpeza<br />
profunda. Podemos encontrar nesta gama<br />
o GKiller, o GKiller F e o Gclosan F para<br />
pavimentos e paredes verticais.<br />
Open Parts<br />
AleCarPeças<br />
218 150 044<br />
www. alecarpeças.pt<br />
A AleCarPeças comercializa o gerador de<br />
ozono X-PRO da Open Parts, projetado<br />
para a higienização de veículos. Desinfeta<br />
qualquer tipo de superfície. De ação rá-<br />
NorComb<br />
Norbat<br />
229 064 814<br />
http://norbat.pt<br />
O Grupo Norbat, através da NorComb,<br />
disponibiliza vários produtos de limpeza,<br />
lavagem, higienização e proteção,<br />
individual e de superfícies. A gama de<br />
produtos inclui: multiusos, higienizantes,<br />
desinfetantes clorados perfumados, limpa<br />
vidros, desengordurantes, gel de mãos,<br />
gel sanitário, ambientadores, lixívias,<br />
abrilhantadores e protectores de tabliers,<br />
abrilhantadores de pneus e jantes, massa<br />
para mãos, papel auto corte, papel industrial,<br />
rolo marquesa, consumíveis e descartáveis<br />
(sacos do lixo, luvas, mascáras,<br />
sapato protector, avental), entre outros.
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Magneti Marelli<br />
www.magnetimarelli-aftermarket.pt<br />
A Magneti Marelli disponibiliza o equipamento<br />
de desinfecção por ozono MX<br />
4000 da Ozone Generation para as oficinas.<br />
Com este equipamento, a oficina<br />
poderá desinfetar os veículos. É capaz de<br />
produzir 4000 mg / hora, com o qual é<br />
capaz de desinfetar um veículo médio em<br />
15 minutos. O equipamento é produzido<br />
na Europa e está em conformidade<br />
com os regulamentos mais rigorosos da<br />
Comunidade Europeia. Dados técnicos:<br />
tensão de alimentação: 220/240V – 50Hz<br />
Absorção: < 21W capacidade de geração<br />
de Ozono: 4000 mg/h , programador<br />
eletrónico digital. Este dispositivo é capaz<br />
de produzir Ozono através da ionização do<br />
ar. Não deixa nenhum tipo de vestígio ou<br />
resíduo químico, odores ou manchas em<br />
tecidos. É adequado para a desinfeção na<br />
indústria automóvel (automóveis, camiões,<br />
autocarros, ambulâncias, caravanas) mas<br />
também noutras aplicações como em escritórios,<br />
lojas, etc. Com descarga de alta<br />
voltagem, eimina vírus por oxidação.<br />
Recomendações para<br />
a limpeza de um veículo<br />
1 –Tenha-o mesmo limpo Garantir<br />
a limpeza dentro do carro é mais<br />
importante do que nunca.<br />
Segundo o site do Centro Federal<br />
de Educação em Saúde (BZgA), os<br />
produtos de limpeza disponíveis no<br />
mercado podem remover mais de 90%<br />
dos germes de superfície.<br />
2 – Produtos para limpeza e cuidado<br />
Utilize produtos recomendados para<br />
o seu carro. Limpa completamente<br />
e é suave em materiais, não corroe<br />
superfícies sensíveis e torna o carro<br />
higienicamente limpo. No entanto, não<br />
desinfecta, por isso é importante manter<br />
uma boa higiene das mãos.<br />
3 – O acessório correto Remova muito<br />
bem a sujidade e qualquer resíduo do<br />
produto de limpeza com um pano limpo<br />
e absorvente.<br />
4 – Use somente desinfetante nas suas<br />
mãos Os desinfetantes são altamente<br />
recomendados para manter uma boa<br />
higiene das mãos; no entanto, eles não<br />
são adequados para limpar o interior de<br />
um carro. Podem danificar superfícies<br />
sensíveis e causar bacicidade, manchas<br />
ou fragilidade.<br />
equipamento utiliza a tecnologia luz ultravioleta<br />
de onda corta para a conversão<br />
de oxigénio em ozono. O Purifier O3 da<br />
Brain Bee foi concebido para a desinfeção<br />
de viaturas, frotas ou pequenos espaços.<br />
Tem um tamanho reduzido, é portátil e<br />
também permite ligação 12V, na tomada<br />
do veículo e pode ser automatizado. Cada<br />
desinfeção, em veículos, demora entre<br />
20 a 30 minutos. Depois da desinfeção<br />
a viatura ou espaço devem ser ventilados<br />
completamente. Características: produção<br />
de ozono: 5000 mg/h, alimentação: 12V<br />
/ 230V 50 Hz, temporizador: 10 minutos<br />
a 10 horas, fim de ciclo: 2 tempos de<br />
função: 1. No final do tempo estabelecido,<br />
a geração de ozono termina; 2. Após 10<br />
minutos, o ventilador desliga-se.<br />
Spanjaard<br />
www.spanjaard-portugal.com<br />
www.kroon-oil.com<br />
www.vatoil.com<br />
A Spaanjard disponibiliza para o mercado<br />
os seguintes produtos:<br />
- Spanjaard Air Conditioner Cleaner -<br />
Espuma de limpeza e esterilização injectada<br />
no A/C, elimina micro-organismos<br />
e deixa um aroma fresco, disponíl para<br />
para viaturas.<br />
Brain Bee<br />
Hélder Máquinas<br />
facebook.com/heldermaquinas<br />
A Brain Bee, representada pela Hélder<br />
Máquinas, lançou um modelo gerador<br />
de ozono automático. O Purifier O3<br />
aproveita o poder do ozono para destruir<br />
vírus, bactérias, germes e microrganismos,<br />
odores de todo o tipo e alergénios. Este<br />
5 – Não falhe nenhuma superfície Limpe<br />
todas as superfícies que as mãos tocam:<br />
bancos, apoios, volante e todo o painel,<br />
a manete da caixa de velocidades, todos<br />
os puxadores, o espelho retrovisor, o<br />
abridor da mala, a alavanca para abrir o<br />
capô, bem como a tampa do tanque de<br />
combustível e a tampa do bocal.<br />
6 – Não tenha pressa Dê tempo para<br />
os produtos de limpeza actuarem. Os<br />
detergentes não devem ser deixados<br />
permanentemente em superfícies, pois<br />
podem corroer.<br />
Fonte: Sonax<br />
- Spanjaard Extreme Kleen - Produto<br />
Bio, não tóxico, sem lixívia, amoníaco<br />
e abrasivos. Limpa e desinfecta. Interior<br />
automóvel: todas as superfícies. Exterior<br />
automóvel: lavagem de motores e jantes.<br />
Oficina: chão, paredes, lavagem em máquina<br />
ou manual de fatos de trabalho,<br />
equipamentos e sanitários.<br />
- Kroon Oil Gel Sanitizer – Novo produto<br />
com dispensador ou em versão spray<br />
para desinfecção. Para viaturas, oficinas<br />
e pessoal.<br />
- Kroon Oil Helmet Sanitizer - Espuma<br />
para limpeza higiénica, neutraliza odores.<br />
Para viaturas, oficinas e pessoal.
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- Kroon Oil Hansop Yelow - Massa de<br />
limpeza manual, sem solventes, com pH<br />
neutro, para a remoção das sujidades das<br />
mãos. Remove óleo, gordura, alcatrão,<br />
tinta de impressão, resina, tinta e cola em<br />
excesso e outras sujidades. Para pessoal<br />
e oficina.<br />
- Kroon Oil Hansop Yellow & White -<br />
Agente de limpeza manual, sem solventes<br />
para a remoção das sujidades das mãos.<br />
Não possui solventes e tem pH neutro.<br />
Remove óleo, gordura, alcatrão, tinta de<br />
impressão, resina, tinta e cola. Para pessoal<br />
e oficina.<br />
Wurth<br />
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Para a proteção e desinfeção do interior<br />
da viatura, a Wurth disponibiliza:<br />
- Conjunto de limpeza de A/C - Conjunto<br />
de limpeza de ar condicionado pronto a<br />
usar. Difusão rápida, remove depósitos<br />
e contaminações de sistemas de ar condicionado.<br />
- Spray desinfetante para A/C Coolius<br />
- Produto para limpar e desinfetar sistemas<br />
de ar condicionado de viaturas.<br />
Desinfeta, limpa e protege, remove germes,<br />
bactérias e fungos, neutraliza odores,<br />
inibe reações alérgicas. Com mangueira<br />
com bocal especial para aplicação direta<br />
no permutador de calor da unidade de<br />
A/C, a limpeza por pulverização penetra<br />
em camadas de sujidade mais espessas e<br />
gordurosas, eliminação de germes, 100%<br />
de redução no número de micróbios.<br />
- Cobertura para bancos PE em rolo -<br />
Adequada para utilização com airbags.<br />
Película PE branca e resistente a óleo e<br />
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LD AUTO<br />
Sistemas<br />
de injeção<br />
gasolina<br />
Os construtores de automóveis<br />
estão a apostar cada vez mais,<br />
em motores que utilizam<br />
sistemas de injeção direta a<br />
gasolina. Este artigo vai ser<br />
focado nestes sistemas, que começamos<br />
a abordar na edição nº53 da Pós-Venda.<br />
Nas primeiras versões do sistema de injeção<br />
direta (1950 a 1980), a injeção<br />
ocorria muito cedo, ainda durante o ciclo<br />
de admissão de forma a conseguir-se<br />
uma boa atomização da mistura, o que<br />
impossibilitava a economia de combustível<br />
pretendida. Os motores funcionavam com<br />
carga homogenia.<br />
De forma a ser possível economizar combustível,<br />
o funcionamento base do sistema<br />
foi alterado. Passando a funcionar com<br />
mistura pobre e carga estratificada. A vela<br />
de ignição foi deslocada para junto do bico<br />
de injeção e foi removida do sistema, a<br />
borboleta de admissão.<br />
Os primeiros sistemas de injeção direta<br />
utilizados, apresentavam várias limitações,<br />
pelo que era difícil justificar a sua<br />
utilização em detrimento do carburador<br />
ou de sistemas de injeção indireta. As<br />
principais desvantagens do sistema, eram<br />
as seguintes:<br />
> Elevadas emissões de hidrocarbonetos;<br />
> Regime de funcionamento ótimo reduzido,<br />
a boa atomização do combustível<br />
estava dependente do regime de rotação<br />
do motor e só era possível uma boa atomização<br />
a médios e altos regimes;<br />
> Baixo rendimento, devido a vários<br />
fatores como ponto de injeção precoce<br />
(ainda durante a fase de admissão) e<br />
funcionamento em carga estratificada<br />
permanentemente e com mistura pobre<br />
de forma a limitar o número de partículas<br />
emitidas. Não eram utilizadas misturas<br />
estequiométricas ou ricas.<br />
Após 1990, o desenvolvimento de sistemas<br />
controlados eletronicamente e a grande<br />
necessidade de reduzir o consumo de<br />
combustível e emissões de poluentes, em<br />
particular o CO2, potenciou um grande<br />
desenvolvimento nos sistemas de injeção<br />
direta, passando a ser produzidos em<br />
grande escala. Os sistemas continuam a<br />
funcionar sem que exista borboleta no<br />
coletor de admissão e maioritariamente<br />
com misturas A/F pobres, no entanto<br />
em condições de carga elevada, passam a<br />
funcionar com mistura estequiométrica,<br />
traduzindo-se num grande incremento<br />
de potência. A atomização deixa de estar<br />
exclusivamente relacionada com a velocidade<br />
de rotação do motor, os orifícios de<br />
injeção e cabeça dos pistões são otimizados<br />
para promover a mesma e a relação de<br />
compressão aumenta.<br />
Os sistemas de injeção direta a gasolina,<br />
podem ter três classificações principais.<br />
> Spray-guided, a distribuição do combustível<br />
pela camara de combustão depende<br />
principalmente da geometria do jato;<br />
> Wall-guided, a geometria do pistão<br />
promove a distribuição do combustível<br />
pelo cilindro;<br />
> Air-guided, é uma conjugação das duas<br />
classificações anteriores – Através da geometria<br />
do pistão e posição e geometria do<br />
jato do injector é distribuído o combus-
47<br />
Figura 1- Posição relativa Injetor/Vela<br />
Figura 2- Sistema de injeção real<br />
tível pelo cilindro.<br />
O injector foi afastado da vela e o spray já<br />
não é dirigido diretamente para a mesma<br />
(Spray-guided), mas sim para uma concavidade<br />
presente no pistão (Wall-guided),<br />
que ajuda a distribuir a mistura pelo cilindro.<br />
Esta alteração está esquematizada<br />
na Figura 1.<br />
Através da análise da Figura 1, verifica-se<br />
que nos primeiros sistemas “A”, o injector<br />
estava próximo da vela e o jato era direcionado<br />
para a mesma. Esta configuração<br />
possibilitava o funcionamento em carga<br />
estratificada, no entanto na vela a mistura<br />
era muito rica e o combustível não tinha<br />
tempo para evaporar, provocando uma<br />
maior quantidade de emissão de partículas<br />
sólidas de fuligem, que para além<br />
de poluentes, se depositavam na vela e<br />
promoviam a falha do sistema de ignição.<br />
A configuração “B” permite uma melhor<br />
vaporização do combustível, eliminando<br />
o problema dos sistemas anteriores.<br />
Atualmente o modo de distribuição<br />
principal da mistura, é o Spray-guided<br />
e Air-guided, tem como objetivo tentar<br />
diminuir ao máximo o contacto do<br />
combustível ainda na fase líquida com<br />
as paredes do cilindro e pistão, para que<br />
não se formem zonas de mistura rica<br />
indesejáveis.<br />
A complexidade dos sistemas é cada vez<br />
maior para cumprir com as normas ambientais<br />
e cada construtor pode optar por<br />
uma abordagem diferente, pelo que não é<br />
possível abordarmos todos os parâmetros<br />
que influenciam o desempenho e funcionamento<br />
dos sistemas de injeção direta<br />
a gasolina neste artigo. Será de seguida<br />
apresentado um sistema que representa<br />
bem o nível de complexidade que podemos<br />
encontrar nas viaturas atuais para<br />
que se consiga reduzir cada vez mais a<br />
emissão de poluentes.<br />
Na Figura 2, é apresentado um esquema<br />
real de um sistema de injeção direta atual.<br />
Como é possível verificar pela análise da<br />
Figura 2, estes sistemas podem ser bastante<br />
complexos. A bomba de alimentação de<br />
combustível possui um módulo de controlo<br />
dedicado, e a bomba de alta pressão tem<br />
que alimentar dois conjuntos de injeção<br />
que funcionam a pressões distintas, neste<br />
sistema a pressão máxima de 200 bar.<br />
Apesar do sistema possuir 8 injetores,<br />
este é um sistema de uma viatura com<br />
4 cilindros.<br />
Conforme apresentado na Figura 3, este<br />
sistema utiliza um conjunto de injetores<br />
para realizar injeção indireta e outro conjunto<br />
que realiza injeção direta. Cada um<br />
dos conjuntos pode funcionar individualmente<br />
ou em simultâneo, dependendo da<br />
condição de funcionamento da viatura.<br />
O principal motivo pelo qual este sistema<br />
foi desenvolvido, foi para se conseguir<br />
reduzir a emissão de partículas sólidas.<br />
Mesmo em sistemas atuais, a injeção<br />
direta a gasolina devido à sua inferior<br />
atomização relativamente aos sistemas<br />
de injeção indireta gasolina produzia até<br />
10x mais partículas do que os veículos<br />
atuais diesel. Para além desta vantagem,<br />
este é um sistema mais silencioso, pois<br />
a injeção indireta produz menor ruído<br />
que a injeção direta. A utilização dos<br />
dois tipos de injeção permite cumprir a<br />
normal EURO 6 sem que seja aplicado<br />
um filtro de partículas, reduz a emissão<br />
de CO2 e aumenta e eficiência energética<br />
do motor em condições de carga parcial<br />
e regimes transientes.<br />
INJEÇÃO INDIRETA – BAIXA PRESSÃO<br />
É conseguido através da mesma bomba<br />
de alta pressão, dois níveis de pressão distintos<br />
através de uma derivação na bomba<br />
de alta pressão. Esta derivação possui um<br />
restritor e envia combustível para a régua<br />
de baixa pressão, sendo monitorizado por<br />
um sensor de pressão dedicado e controlada<br />
a quantidade de combustível que vai<br />
para os injetores de injeção indireta por<br />
uma válvula de pressão.<br />
INJEÇÃO DIRETA – ALTA PRESSÃO<br />
O circuito de alta pressão é utilizado<br />
para realizar injeção direta. Tal como o<br />
circuito de baixa pressão, também possui<br />
um sensor de pressão que monitoriza a<br />
pressão do sistema. No entanto, a pressão<br />
que se encontra na régua de alta pressão<br />
é a mesma que a bomba de alta pressão<br />
produz e pode neste sistema alcançar os
48<br />
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T<br />
LD AUTO<br />
Figura 3- Sistema de injeção direta e indireta<br />
200 bar. Conforme referido na primeira<br />
parte do artigo, já existem sistemas de<br />
injeção direta a gasolina capazes de alcançar<br />
os 350 bar.<br />
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA<br />
O mapa da injeção do motor é dinâmico,<br />
o tipo de injeção utilizado depende da<br />
condição de funcionamento da viatura.<br />
O mapa de injeção é otimizado de forma<br />
a reduzir as emissões de poluentes,<br />
conservar a qualidade do óleo e reduzir a<br />
detonação. Como tal, a mistura A/F, ponto<br />
e duração de injeção são constantemente<br />
adaptados. O sistema tenta funcionar com<br />
mistura estequiométrica (λ=1), sempre<br />
que possível.<br />
O mapa de injeção, é apresentado na<br />
Figura 4 e é possível concluir o seguinte:<br />
•Carga de motor reduzida, o motor trabalha<br />
com injeção indireta;<br />
•Carga de motor média e elevada, motor<br />
funciona com mistura homogenia e<br />
carga estratificada com injeção direta – É<br />
realizada uma injeção na fase de admissão<br />
do motor e outra injeção na fase de<br />
compressão;<br />
• Carga média e rotação de motor elevada,<br />
motor funciona com mistura homogenia<br />
– É realizada apenas uma injeção na fase<br />
de admissão do motor.<br />
De forma resumida, este é o funcionamento<br />
normal do motor no que toca ao tipo<br />
de injeção utilizado. Existem adicionalmente<br />
alguns modos de funcionamento<br />
específicos, como:<br />
Figura 4- Mapa de injeção<br />
• Funcionamento a frio: Quando o líquido<br />
de refrigeração se encontra a temperatura<br />
inferior a 45ºC, o motor funciona sempre<br />
com injeção direta.<br />
• Arranque do motor: São realizadas três<br />
injeções, em injeção direta, durante a fase<br />
de compressão.<br />
• Aquecimento/Aquecimento catalisador:<br />
É realizada injeção direta durante a fase<br />
de admissão e compressão. O avanço do<br />
ponto de ignição diminui.<br />
• Modo de segurança (sobreaquecimento<br />
combustível): Em períodos de funcionamento<br />
prolongado com injeção indireta,<br />
o combustível pode sofrer sobreaquecimento.<br />
Para evitar esta situação, pode ser<br />
utilizada a injeção direta alternadamente<br />
durante curtos períodos de tempo.<br />
• Redundância: Caso um dos sistemas de<br />
injeção falhe ou entre em avaria, o outro<br />
sistema entra em funcionamento.<br />
Este é apenas uma exemplo dos vários<br />
sistemas que podem existir dentro dos<br />
sistemas de injeção direta a gasolina, como<br />
já foi referido, a complexidade e funcionamento<br />
do sistema irá variar dependendo<br />
da abordagem do construtor.<br />
A LD Auto gostaria de reforçar a necessidade<br />
das intervenções neste tipo de<br />
viaturas serem realizadas por técnicos<br />
competentes e com formação na área, só<br />
com estas valências é possível perceber o<br />
funcionamento destes sistemas e neles<br />
intervir com eficácia.<br />
*Se pretender saber mais sobre os sistemas<br />
de alimentação de combustível precedentes,<br />
consulte a primeira parte de “Sistemas de injeção<br />
gasolina” na edição de Fevereiro (nº53)<br />
em www.ldauto.net/pt/injecaogasolina.
50<br />
WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />
Formação<br />
F<br />
N.º 9<br />
NOVO CURSO - SENSORES<br />
Solenóides<br />
As válvulas solenóide são hoje<br />
um dos principais métodos<br />
construtivos de atuadores que<br />
encontramos nos automóveis.<br />
Dispositivos como uma válvula<br />
de regulação de pressão do turbo,<br />
um regulador de débito do common rail<br />
ou uma válvula EGR podem utilizar este<br />
princípio de funcionamento. Como são<br />
então construídas as válvulas solenóide, e<br />
como funcionam as mesmas?<br />
Uma válvula solenóide nada mais é do<br />
que uma bobina com as características<br />
mostradas na imagem abaixo.<br />
do solenóide fora do núcleo da bobina,<br />
fazendo com que a válvula permaneça na<br />
sua posição de repouso.<br />
Quando fechamos o circuito e a bobina<br />
é percorrida por uma corrente, o campo<br />
magnético criado puxa o núcleo para o<br />
interior produzindo desta forma, força<br />
mecânica.<br />
A imagem abaixo mostra o princípio de<br />
uma válvula solenóide aplicada a um regulador<br />
de débito de combustível, do sistema<br />
de alimentação diesel common rail. Note<br />
que, conforme a construção e aplicação da<br />
válvula, podemos estar perante um dispositivo<br />
normalmente aberto NO – normally<br />
opened (quando não está alimentada, a<br />
válvula permite a passagem de um fluído),<br />
ou normalmente fechado NC – normally<br />
closed (quando não está alimentada, a<br />
válvula não permite a passagem do fluído<br />
pelo seu interior).<br />
Ao ser atravessada por uma corrente elétrica,<br />
a bobina cria um campo magnético que<br />
é mais intenso no seu interior. A intensidade<br />
deste campo depende de diversos fatores<br />
como o número de espiras da bobina, a<br />
intensidade de corrente, ou a existência ou<br />
não de um núcleo no seu interior.<br />
Ao colocarmos nas proximidades do solenóide<br />
um núcleo de material ferroso, que<br />
concentre as linhas do campo magnético,<br />
uma força aparece no sentido de puxar este<br />
núcleo para o interior da bobina. A partir<br />
deste princípio, podemos elaborar dispositivos<br />
capazes de produzir força mecânica<br />
ao puxar um núcleo, como por exemplo,<br />
uma válvula.<br />
Quando a bobina está desligada, uma<br />
mola mantém o núcleo de material ferroso<br />
O diagnóstico de uma válvula solenóide<br />
passa por três controlos simples:<br />
Verificação da resistência do enrolamento<br />
da bobina – A bobina deve apresentar um<br />
valor óhmico, que será função da potência<br />
e sua aplicação;<br />
Verificação da alimentação e consumo<br />
de corrente – Um solenóide necessita ser<br />
alimentado para criar o campo magnético<br />
necessário ao deslocamento do núcleo de<br />
ferrite. Deve o técnico comprovar a sua<br />
alimentação e comando negativo, que é<br />
quase sempre efetuado com recurso a um<br />
sinal PWM. Note que o facto do solenóide<br />
ser alimentado não é sinal de que esteja a<br />
funcionar, devendo o mesmo apresentar<br />
um consumo de corrente, que poderá<br />
aferir através de uma pinça amperimétrica;<br />
Verificação da integridade física – Muitas<br />
das vezes, as avarias em eletroválvulas não<br />
são elétricas mas sim mecânicas. Deve o<br />
técnico comprovar a sua integridade e funcionamento<br />
mecânico, de modo a perceber<br />
fisicamente se estão ou não funcionais.