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REVISTA PÓS-VENDA 56

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N.º<strong>56</strong><br />

MAIO 2020 - 2€<br />

A Pós-Venda<br />

acredita e apoia<br />

o mercado.<br />

Comunique<br />

em parceria<br />

connosco!<br />

PERIODICIDADE MENSAL<br />

www.posvenda.pt<br />

f revistaposvenda<br />

i company/revista-pos-venda<br />

l RevistaPOS<strong>VENDA</strong><br />

320<br />

A REAÇÃO DO SETOR <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong> AO CORONAVÍRUS EM NÚMEROS<br />

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OFICINAS RESPONDEM ATRAVÉS DE UM INQUÉRITO SOBRE<br />

AS MEDIDAS QUE TOMARAM DURANTE ESTE PERÍODO DE<br />

PANDEMIA, MAS TAMBÉM O QUE ESPERAM DA SUA ATIVIDADE<br />

A CURTO E MÉDIO PRAZO<br />

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OPINIÃO<br />

Hélder Pedro ACAP<br />

Roberto Saavedra ANECRA<br />

Neli Valkanova ARAN<br />

Paulo Areal ANCIA<br />

Vitor Gouveia APDCA<br />

António Menezes Rodrigues ASFAC<br />

Joaquim Robalo de Almeida ARAC<br />

Guillermo de Llera IF4<br />

Tiago Firmino Ribeiro Audatex<br />

Pedro Pessoa LeasePlan<br />

Paulo David Ferreira Liberty Seguros<br />

GESTÃO<br />

Em momentos como o que vivemos<br />

trazemos-lhe a melhor forma<br />

de gerir a sua oficina em tempos<br />

de crise<br />

DOSSIER<br />

A limpeza e higienização de<br />

superfícies e de objetos são agora<br />

medidas decisivas para que as<br />

oficinas mantenham a sua atividade<br />

de forma segura, prevenindo a<br />

transmissão do Covid-19


O próximo pano<br />

limpo está à distância<br />

de uma manobra.<br />

NÓS TRATAMOS DISSO<br />

mewa.pt/e-de-confianca


3<br />

PROPRIETÁRIA E EDITORA<br />

ORMP Pós-Venda Media, Lda<br />

Estrada de Polima<br />

Centro Industrial da Abóboda nº 1007<br />

2º andar, Escritório I<br />

2785-543 São Domingos de Rana<br />

Nº Contribuinte: 513 634 398<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

Paulo Homem<br />

Anabela Machado<br />

CAPITAL SOCIAL DA ORMP<br />

Bettencourt & Mendes, Lda - 50%<br />

Paulofimedia Unipessoal, Lda - 50%<br />

CONTACTOS<br />

Telefone: +351 218 068 949<br />

Telemóvel: +351 939 995 128<br />

E.mail: geral@posvenda.pt<br />

www.posvenda.pt<br />

f facebook.com/revistaposvenda<br />

i linkedin.com/company/<br />

revista-pós-venda<br />

DIRETOR<br />

Paulo Homem<br />

paulo.homem@posvenda.pt<br />

REDAÇÃO<br />

Nádia Conceição<br />

nadia.conceicao@posvenda.pt<br />

COLABORADOR TÉCNICO<br />

Jorge Pereira<br />

DIRETORA COMERCIAL<br />

Anabela Machado<br />

anabela.machado@posvenda.pt<br />

COMERCIAL<br />

José Ferreira<br />

jose.ferreira@posvenda.pt<br />

ADMINISTRATIVA<br />

Anabela Rodrigues<br />

anabela.rodrigues@posvenda.pt<br />

FOTOGRAFIA<br />

Micaela Neto<br />

PAGINAÇÃO<br />

Ricardo Santos<br />

SEDE DE REDAÇÃO<br />

Estrada de Polima<br />

Centro Industrial da Abóboda nº 1007<br />

2º andar, Escritório I<br />

2785-543 São Domingos de Rana<br />

TIRAGEM<br />

10.000 Exemplares<br />

ISSN<br />

2183-6647<br />

Nº REGISTO ERC<br />

126724<br />

DE<strong>PÓS</strong>ITO LEGAL<br />

399246/15<br />

PERIODICIDADE<br />

Mensal<br />

IMPRESSÃO<br />

DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta<br />

do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva<br />

Cacém – Tel: 214337000<br />

ESTATUTO EDITORIAL<br />

Disponível em www.posvenda.pt<br />

Sumário<br />

S<br />

N.º<strong>56</strong><br />

MAIO 2020<br />

www.posvenda.pt<br />

6<br />

INQUÉRITO<br />

Inquérito às oficinas...........................................................................................................................................P.06<br />

14<br />

OPINIÃO<br />

Hélder Pedro, ACAP..........................................................................................................................................P.14<br />

Roberto Saavedra, ANECRA........................................................................................................................P.15<br />

Neli Valkanova, ARAN.....................................................................................................................................P.16<br />

Paulo Areal, ANCIA...........................................................................................................................................P.17<br />

Vitor Gouveia, APDCA.....................................................................................................................................P.18<br />

António Menezes Rodrigues, ASFAC.....................................................................................................P.19<br />

Joaquim Robalo de Almeida, ARAC........................................................................................................P.20<br />

Guillermo de Llera, IF4....................................................................................................................................P.21<br />

Tiago Firmino Ribeiro, Audatex..................................................................................................................P.22<br />

Pedro Pessoa, LeasePlan...............................................................................................................................P.23<br />

Paulo David Ferreira, Liberty Seguros...................................................................................................P.24<br />

26<br />

GESTÃO<br />

Gestão oficinal em tempos de crise........................................................................................................P.26<br />

29<br />

NOTÍCIAS.................................................................................................................................................................P.29<br />

34<br />

OFICINA<br />

Auto Norte...............................................................................................................................................................P.34<br />

36<br />

DOSSIER<br />

Produtos de Higienização, Limpeza e Proteção..............................................................................P.36<br />

46<br />

TÉCNICA<br />

LDauto – Sistemas de injeção a Gasolina...........................................................................................P.46<br />

50<br />

FORMAÇÃO<br />

Car Academy – Sensores (Cap.09)...........................................................................................................P.50<br />

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4<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

Editorial<br />

E<br />

PAULO HOMEM<br />

DIRETOR<br />

paulo.homem@posvenda.pt<br />

E se de repente...<br />

Não vou aqui fazer a caracterização<br />

do momento que todos<br />

nós atravessamos. Como já tinha<br />

dito, todos sabem muito<br />

bem o que se está a passar e<br />

mais do que ouvir as análises dos outros<br />

certamente que, cada um de nós, sabe<br />

as consequências que esta pandemia vai<br />

trazer para o setor pós-venda.<br />

Nós, aqui na revista <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong>, decidimos<br />

quantificar o momento atual do<br />

setor e trazer-lhe uma série de dados de<br />

análise que clarificam o ponto onde estamos<br />

e aquele onde todos queremos estar<br />

num futuro mais ou menos próximo.<br />

Muitas oficinas, mais de 300, responderam<br />

ao nosso repto e deram também (os<br />

seus responsáveis) uma opinião sobre o<br />

que acham que vai ser o seu negócio nos<br />

próximos longos meses.<br />

Mas não ficamos por aqui. Fomos ainda<br />

mais longe e, por isso, descaracterizamos<br />

aquilo que era uma edição “normal” da<br />

Se me permitem um<br />

conselho, estejam aptos<br />

para a retoma que aí<br />

vem. Houve até alguém<br />

que lhe chamou de<br />

“Tsunami”, isto é, as<br />

oficinas vão ter, a partir<br />

de um determinado<br />

momento, um enorme<br />

pico de trabalho<br />

revista e trazemos-lhe a opinião, na primeira<br />

pessoa, de diversos responsáveis associativos<br />

ou de outras entidades que, de<br />

uma forma direta ou indireta, acabam por<br />

influenciar muito o setor do pós-venda.<br />

O dossier nunca foi tão oportuno como<br />

este. Fizemos um levantamento das empresas<br />

e dos produtos que estão na “moda”<br />

e que há dois meses poucas oficinas pensariam<br />

adquirir em massa. Estamos a falar<br />

dos equipamentos e produtos para limpeza,<br />

higienização e proteção (individual,<br />

das instalações e dos veículos), que agora<br />

vão ser obrigatórios em qualquer oficina.<br />

Alertamos que pode parecer uma edição<br />

mais maçuda, mas a verdade é que nunca<br />

houve um número da revista pós-venda<br />

como esta em que o seu conteúdo é<br />

de extrema atualidade e de uma imensa<br />

mais valia para todos os operadores que<br />

estão relacionados com o negócio oficinal.<br />

Se me permitem um conselho, estejam<br />

aptos para a retoma que aí vem. Houve<br />

até alguém que lhe chamou de “Tsunami”,<br />

isto é, as oficinas vão ter, a partir de um<br />

determinado momento, um enorme pico<br />

de trabalho (que depois reduzirá), motivado<br />

pelos problemas inerentes à paragem<br />

prolongada dos veículos automóveis.<br />

Baterias em fim de vida, muitos problemas<br />

eletrónicos, pneus “ovalizados”, filtros<br />

de partículas a entupir, para além<br />

das manutenções e revisões que ficaram<br />

por fazer, são pois oportunidades a não<br />

desperdiçar nesta fase. E se de repente...<br />

se algum cliente lhe oferece um serviço,<br />

por certo que não o quererá desperdiçar.<br />

Por último, queria agradecer às empresas<br />

que nos continuam a apoiar (não iremos<br />

esquecer) e a acreditar que os meios de comunicação,<br />

como a revista <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong>,<br />

são em quaisquer circunstâncias, a melhor<br />

forma e mais direta de chegar ao público<br />

alvo. A prova disso, é que nunca houve<br />

tanta informação para passar ao setor,<br />

como a que temos verificado nas últimas<br />

semanas e que, por certo, tem acompanhado<br />

em www.posvenda.pt.<br />

Muita saúde para todos!


6<br />

COM O APOIO<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

Inquérito<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

Uma nova realidade<br />

um novo desafio<br />

Através de um inquérito, a Pós-Venda foi saber as medidas que as<br />

oficinas tomaram durante este período de Pandemia, mas também<br />

o que esperam da sua atividade a curto e médio prazo<br />

TEXTO PAULO HOMEM E NÁDIA CONCEIÇÃO<br />

O<br />

Covid-19 e os seus efeitos vão<br />

andar pelo mercado pós-venda,<br />

pelo menos durante os<br />

próximos longos meses. Não<br />

há volta a dar, temos mesmo<br />

que viver nos próximos tempos com esta<br />

nova realidade que tivemos de aceitar à<br />

força, pois não havia opção nem plano B.<br />

Como é que as oficinas reagiram a tudo<br />

isto nos últimos dois meses? Diríamos que<br />

reagiram bem... em função das circunstâncias,<br />

até porque o Governo, tomou a<br />

decisão acertada de manter este setor em<br />

funcionamento.<br />

De acordo com o estudo que a revista<br />

<strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong> fez às oficinas, tendo<br />

validado 320 respostas, a verdade é que<br />

apenas 8,9% decidiram fechar as suas<br />

portas devido ao Coronavírus. Pela análise<br />

dos dados, tratavam-se de pequenas<br />

oficinas, que dessa forma analisaram que<br />

não tinham condições de manter a porta<br />

aberta, seguindo dessa forma as regras<br />

impostas para o distanciamento social.<br />

Aliás, a grande maioria das oficinas considerou<br />

que o Governo fez bem em manter<br />

a atividade aberta para todo o tipo de<br />

clientes e não apenas para os veículos afetos<br />

às atividades de emergência e combate ao<br />

Covid-19.<br />

REDUÇÃO DA ATIVIDADE<br />

A partir do momento em que as restrições<br />

à circulação de pessoas foi imposta, já<br />

se sabia, passariam a circular nas estradas<br />

muito menos automóveis. Deixou<br />

de haver filas de trânsito nos acessos às<br />

grandes cidades em horas de ponta e nas<br />

auto-estradas portuguesas estima-se que<br />

a redução do volume de tráfego foi de<br />

75%. Muito menos carros na estrada quer<br />

dizer que temos muito menos carros nas<br />

oficinas e, por consequência, uma redução<br />

do número de serviços. Apenas 4,4% das<br />

oficinas disseram que a redução na atividade<br />

foi até 25%, mas a maior fatia das


7<br />

oficinas (120 neste inquérito) afirmam que<br />

a redução na atividade foi acima dos 75%.<br />

Mais significativo é juntar todos os dados<br />

das oficinas que tiveram uma redução<br />

superior a 50% no serviço, estando neste<br />

caso a falar-se de mais de 70%.<br />

Sensivelmente metade das oficinas reduziram<br />

o seu horário de funcionamento,<br />

ajustando-o a esta nova realidade e, após<br />

ser decretado o estado de emergência por<br />

parte do Governo, pouco mais de 40%<br />

das oficinas tiveram que reduzir o número<br />

de empregados.<br />

Apenas 21,8% das oficinas disseram que<br />

não vão aderir ao lay-off simplificado,<br />

enquanto 43% já o fizeram ou irão fazer,<br />

existindo contudo uma percentagem que<br />

ainda não decidiu o que fazer sobre esta<br />

matéria.<br />

PEÇAS<br />

Tal como dissemos no número passado<br />

da revista <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong>, um dos bons<br />

barómetros da atividade da distribuição<br />

de peças no nosso país é a atividade da<br />

CARF (única empresa especializada que<br />

faz a distribuição de peças de automóveis<br />

e pneus a nível nacional). Durante parte<br />

do mês de abril a atividade da CARF<br />

reduziu-se a metade, sendo que uma parte<br />

do serviço bi-diário até foi retomado a<br />

meio do mês. Por isso, é natural que mais<br />

de 63,1% das oficinas tenham notado<br />

algumas dificuldades no abastecimento<br />

de peças, quase 31% revelaram que o<br />

abastecimento de peças esteve normal e<br />

apenas 6% disseram que sentiram muitas<br />

dificuldades.<br />

Nas páginas que se seguem pode ver, ler<br />

e analisar estes e muitos outros dados<br />

que recolhemos neste inquérito junto<br />

das oficinas, mas também um conjunto<br />

muito vasto de opiniões dos responsáveis<br />

das oficinas (não divulgando o nome<br />

da oficina nem o nome do responsável<br />

que deu a opinião) que abordam o tema<br />

do futuro da sua atividade. Trata-se de<br />

um trabalho exclusivo da revista <strong>PÓS</strong>-<br />

<strong>VENDA</strong>, que agradece a todos os que<br />

nele participaram.<br />

A opinião<br />

das oficinas<br />

Oficina de pneus<br />

BRAGA<br />

“Muitas empresas irão fechar. Os apoios<br />

bancários/estado só ajudarão as mais viáveis.<br />

E sabemos como o sector se encontrava<br />

antes da pandemia. Sobrevivência<br />

e muita ginástica financeira”.<br />

Oficina de mecânica<br />

AVEIRO<br />

“Ao contrário do que muitos imaginam,<br />

as oficinas hoje em dia não usufruem de<br />

avultados lucros, fruto de extrema carga<br />

fiscal, questões ambientais e concorrência<br />

desleal, de forma que as oficinas que conseguirem<br />

sobreviver a esta fase irão levar<br />

muito anos a recuperar. Importante será<br />

adaptarmo-nos aos novos tempos e traçar<br />

novas estratégias de negócio”.<br />

Tipo de Oficinas<br />

PNEUS<br />

16,7%<br />

COLISÃO<br />

7,6%<br />

VIDRO<br />

2,5%<br />

MECANICA<br />

73,2%<br />

Foram 317 as oficinas que responderam a este<br />

questionário. A maioria (73,2%) são oficinas em<br />

que o serviço principal é de mecânica, seguindo-se<br />

pneus (16,7%), colisão (7,6%) e por último<br />

as oficinas de vidro automóvel (2,5%), com a<br />

curiosidade de duas das redes que operam em<br />

Portugal terem dado uma resposta unificada<br />

(representando uma centena de centros de vidro).<br />

Obtivemos respostas de oficinas de todos<br />

os distritos de Portugal Continental e Ilhas,<br />

existindo uma relação direta entre o número de<br />

oficinas que responderam e o parque automóvel<br />

circulante nesses distritos.<br />

Manteve a oficina em<br />

funcionamento após ser<br />

conhecida a decisão do estado<br />

de emergência?<br />

NÃO<br />

8,9%<br />

SIM<br />

91,1%<br />

Durante o tempo em que o inquérito esteve<br />

online, no mês de abril, a grande maioria<br />

das oficinas manteve o funcionamento, mesmo<br />

depois de conhecida a decisão do Governo<br />

de avançar com o Estado de Emergência. 10%<br />

das oficinas de mecânica decidiram fechar as<br />

portas, maioritariamente na região da grande<br />

Lisboa e algumas no interior do país. Das 52<br />

casas de pneus, apenas 3 afirmaram ter fechado<br />

as portas durante o Estado de Emergência.<br />

Oficina de colisão<br />

PORTO<br />

“Esta pandemia está a dizimar muitos<br />

dos setores da nossa economia e, por esse<br />

facto, no pós-venda automóvel, irá com<br />

certeza ser evidente”.<br />

Oficina de mecânica<br />

SANTARÉM<br />

“A minha opinião sobre o impacto da pandemia<br />

no nosso setor é muito negativa,<br />

pois com esta crise vão aumentar as ditas<br />

oficinas de vão de escada, a concorrência<br />

desleal vai acentuar e, como tem sido hábito,<br />

as autoridades nada vão fazer quanto<br />

a isto para nos defender. O estado, até<br />

ao momento, não deu nada às empresas,<br />

facilitou algumas coisas, mas não está a<br />

ajudar o nosso setor. Nos próximos anos,<br />

o mesmo vai aumentar a nossa carga fiscal<br />

mais que nos últimos anos para mais<br />

uma vez nós pagarmos esta fatura que vai<br />

ser bastante alta”.<br />

Oficina de pneus<br />

BRAGANÇA<br />

“A queda de faturação vai continuar, porque<br />

muitas pessoas vão ficar sem trabalho<br />

e, consequentemente, sem rendimento,


8<br />

COM O APOIO<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

e a despesa com o carro é a que mais se<br />

adia. O carro só vai à oficina quando vai<br />

à vistoria ou quando as autoridades chamam<br />

à atenção. E quando vão à oficina<br />

adiam o mais possível o pagamento das<br />

faturas. E as oficinas, fragilizadas financeiramente<br />

como estão, não podem continuar<br />

a facilitar, e vão perder clientes”.<br />

Após ser decretado o estado<br />

de emergência, acha que as<br />

oficinas deviam manter-se<br />

abertas apenas para serviços<br />

aos veículos de emergência?<br />

SIM<br />

36,8%<br />

Qual foi a redução de serviço<br />

(estimada) após ser decretado<br />

o estado de emergência, face<br />

a um mês normal?<br />

ENTRE<br />

25% E 50%<br />

20,9%<br />

ATÉ 25%<br />

4,4%<br />

ATÉ 75%<br />

38%<br />

Oficina de mecânica<br />

PORTO<br />

“A degradação expectável das capacidades<br />

económicas será a maior dificuldade.<br />

Por outro lado, as dificuldades/crises, tem<br />

sempre o condão de obrigar a repensar a<br />

forma de estar no mercado, iremos sair<br />

reforçados, se até lá conseguirmos manter<br />

a atividade. Como estamos integrados<br />

numa rede de oficinas, o apoio e dinamismo<br />

desta, será fundamental”.<br />

Oficina de mecânica<br />

AVEIRO<br />

“Terá um grande impacto naquilo que<br />

é o mercado atual e na forma como está<br />

montada toda a logística à volta do mesmo.<br />

A crise que se avizinha não vai deixar<br />

ninguém indiferente. O mercado vai<br />

ser exigente e vai seleccionar as oficinas<br />

que estão preparadas em termos de solidez<br />

financeira”.<br />

Oficina de pneus<br />

LISBOA<br />

“O setor vai passar por muitas dificuldades,<br />

onde muitas oficinas poderão ter<br />

de reduzir custos para manterem a sua<br />

atividade. Vai recuperar a médio prazo,<br />

dependendo das ajudas que forem decretadas<br />

futuramente”.<br />

De uma forma geral a grande maioria das oficinas<br />

considerou que o Governo fez bem em<br />

manter o funcionamento para todo o tipo de<br />

clientes. De qualquer maneira ficou evidente,<br />

pelas respostas das oficinas que a prioridade<br />

foi sempre dada ás viaturas de emergência, especialmente<br />

aquelas que “combatem” contra a<br />

pandemia Covid 19.<br />

Após ser decretado o estado de<br />

emergência, reduziu o horário<br />

de funcionamento?<br />

SIM<br />

46,8%<br />

NÃO<br />

63,2%<br />

NÃO<br />

53,2%<br />

ENTRE<br />

50% E 75%<br />

36,7%<br />

Mais de 70% das oficinas teve uma redução na<br />

sua atividade superior a 50%, sendo que sensivelmente<br />

em metade destas, a redução foi<br />

superior a 75%. Apenas 4,4% das oficinas tiveram<br />

uma redução inferior a 25%. Refira-se que<br />

nas oficinas de colisão a redução da atividade<br />

foi mais equilibrada, tendo-se registado o menor<br />

número de oficinas com uma redução superior<br />

a 75%, mas em quase todas foi superior<br />

a 25%. Apenas em duas oficinas de mecânica<br />

e de pneus houve redução de serviço abaixo<br />

dos 25%.<br />

Após ser decretado o estado<br />

de emergência, reduziu<br />

o número de empregados?<br />

SIM<br />

41,6%<br />

NÃO<br />

58,4%<br />

Oficina de mecânica<br />

LEIRIA<br />

“Vai ter um impacto enorme. Mais uma<br />

vez o paradigma mudou, vão vencer os que<br />

tiverem mais capacidade de adaptação”.<br />

Oficina de mecânica<br />

SETÚBAL<br />

“O impacto claramente é negativo, sen-<br />

Com a redução de serviço as oficinas adotaram<br />

na sua maioria um novo horário de funcionamento,<br />

mas mesmo assim 46,8% afirmaram<br />

trabalhar nos mesmo horários que tinham até<br />

fevereiro de 2020. As casas de pneus foram as<br />

oficinas que mais reduziram os seus horários<br />

de funcionamento.<br />

Sem especificar se ficaram no desemprego<br />

ou não, a verdade é que 41,6% das oficinas foi<br />

obrigada a reduzir o seu número de empregados.<br />

Se for tirado um paralelo aos dados<br />

do desemprego gerais em Portugal, é provável<br />

que alguns possam mesmo ter ficado no<br />

desemprego. Contudo, é de louvar que quase<br />

60% das oficinas decidiram para já manter a<br />

sua equipa.


9<br />

Pensa aderir ao regime<br />

de lay-off simplificado?<br />

AINDA<br />

NÃO DECIDI<br />

21,8<br />

NÃO<br />

35,1%<br />

Como mais de 41% das oficinas reduziram a<br />

sua equipa, poderá tirar-se um paralelo à adesão<br />

verificada ao regime de Lay-Off simplificado,<br />

já que 43% das oficinas aderiram a esta<br />

medida do Governo. Porém, a maior percentagem,<br />

ou não vai aderir ou ainda não decidiu se<br />

quer aderir (dados de abril de 2020).<br />

Após ser decretado o estado de<br />

emergência, teve dificuldades<br />

no abastecimento de peças?<br />

NORMAL<br />

30,8%<br />

MUITAS<br />

DIFICULDADES<br />

6,1%<br />

Com stocks de peças dimensionados para a<br />

realidade que existia até março, não houve<br />

roturas de stock no mercado, mas muitos retalhistas<br />

de peças passaram a comprar apenas o<br />

que as oficinas queriam no momento. A bi-diária<br />

deixou de fazer sentido, mas a distribuição<br />

de peças manteve bons níveis de serviço. Por<br />

isso, apenas 6,1% das oficinas (foram apenas 15<br />

oficinas de mecânica e duas de pneus em 284<br />

oficinais) disseram sentir muitas dificuldades<br />

no abastecimento de peças.<br />

Após ser decretado o estado<br />

de emergência, qual o tipo de<br />

cliente que mais se dirigiu à<br />

oficina?<br />

SIM<br />

41,6% CLIENTE<br />

PARTICULAR<br />

46,8%<br />

ALGUMAS<br />

DIFICULDADES<br />

63,1%<br />

CLIENTE FROTAS<br />

10,3%<br />

CLIENTE<br />

EMPRESA<br />

39%<br />

Se as oficinas tivessem ficada abertas apenas<br />

para dar assistência às viaturas de emergência,<br />

a situação atual das oficinas (ao nível da redução<br />

do serviço) teria sido bem pior, pois apenas<br />

12% dos serviços que efetuaram (durante<br />

o mês de abril) foram a veículos de emergência<br />

(ambulâncias, carros de bombeiros, etc).<br />

Em termos de análise, mais de 57% do serviço<br />

realizado nas oficinais, teve a ver com clientes<br />

empresariais, o que também está em linha com<br />

os veículos que circulam no mercado.<br />

Considera que a atividade<br />

oficinal regressará ao seu<br />

normal?<br />

SIM,<br />

MAS EM 2021<br />

22,2%<br />

SIM,<br />

MAS NÃO<br />

ESTE ANO<br />

26%<br />

VIATURA<br />

EMERGÊNCIA<br />

NUNCA MAIS<br />

VOLTA A SER<br />

NORMAL<br />

3,5%<br />

4,1%<br />

SIM,<br />

MAS A MÉDIO<br />

PRAZO<br />

48,3%<br />

Para além das opiniões que poderá ler neste<br />

artigo por parte das oficinas sobre este assunto,<br />

fica evidente que a esperança de uma<br />

retoma do setor pós-venda este ano é nula.<br />

Mesmo assim, a médio prazo (1 a 3 anos) o<br />

otimismo para uma retoma é grande, sendo<br />

que 22% das oficinas acreditam mesmo que ela<br />

acontecerá já em 2021.<br />

do que os clientes irão perder poder de<br />

compra e num futuro a curto/médio prazo<br />

irão repensar melhor se querem efectuar<br />

determinadas reparações necessárias<br />

mas dispendiosas, podendo a segurança<br />

rodoviária estar em risco”.<br />

Oficina de pneus<br />

PORTO<br />

“A curto prazo, a diminuição da atividade,<br />

que poderá ser menor do que é expectável,<br />

pelo facto de os consumidores<br />

necessitarem de mobilidade. A médio<br />

prazo, poderá haver um crescimento para<br />

os operadores que conseguirem ultrapassar<br />

esta fase”.<br />

Oficina de mecânica<br />

SANTARÉM<br />

“Haverá menos dinheiro por parte dos<br />

clientes. As reparações serão só as necessárias<br />

e inevitáveis. Os clientes irão descuidar<br />

as revisões e mesmo o não haver<br />

inspeções periódicas irá baixar a produtividade<br />

das oficinas”.<br />

Oficina de mecânica<br />

BRAGA<br />

“Além da pandemia, outras situações existem,<br />

em simultâneo, que fragilizam o<br />

nosso setor, como sejam as seguradoras<br />

estarem a aproveitar-se e a fragilizar as<br />

oficinas com as peritagens caseiras, onde<br />

celebram com os próprios clientes acordos<br />

de reparação (sem os clientes terem<br />

conhecimentos técnicos, pondo em causa<br />

a segurança rodoviária)”.<br />

Oficina de mecânica<br />

SANTARÉM<br />

“Vai gerar desemprego no setor e uma<br />

redução dos clientes na abordagem à oficina,<br />

pois as pessoas podem trabalhar a<br />

partir de casa e assim reduzir custos no<br />

automóvel, poupando nas deslocações”.<br />

Oficina de mecânica<br />

MADEIRA<br />

“As empresas que já estavam mal vão fechar<br />

e sobretudo as microempresas vão


i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

10<br />

COM COM O APOIO O APOIO<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

ter muita dificuldade em sobreviver. Os<br />

meios remotos de comunicação com cliente<br />

terão novo fôlego”.<br />

Após ser decretado o estado<br />

de emergência, passou a<br />

fazer serviços adicionais na<br />

oficina que antes não fazia<br />

(por exemplo, higienizar o<br />

automóvel, levar o carro a casa<br />

do cliente, etc)?<br />

Está a pensar recorrer às linhas<br />

de crédito disponibilizadas, no<br />

âmbito do covid-19?<br />

Oficina de pneus<br />

VISEU<br />

“Ao nível de venda de pneus novos, já<br />

estava mal, mas vai ficar pior, está melhor<br />

para quem vende pneus usados, em<br />

que muito deles não oferecem segurança<br />

na estrada”.<br />

Oficina de colisão<br />

AVEIRO<br />

“O prolongamento das inspeções periódicas<br />

foi excessivo em relação a outras<br />

medidas decretadas. Põem em causa<br />

questões de segurança. O consumidor<br />

final/empresas irá ter poder de compra<br />

muitíssimo reduzido. Prevê-se um reajustamento<br />

do mercado auto/oficinas.<br />

Redução de número de oficinas como<br />

nova redução de margens”.<br />

NÃO<br />

25%<br />

SIM<br />

76%<br />

Com as restrições e o distanciamento social<br />

imposto, as oficinas rapidamente encontraram<br />

novos serviços. 75% das oficinas revelaram<br />

precisamente isso, nomeadamente a higienização<br />

automóvel (quase obrigatório), o serviço de<br />

recolha e entrega do carro, etc.<br />

SIM<br />

25,4%<br />

NÃO<br />

31,1%<br />

AINDA<br />

NÃO DECIDI<br />

43,5%<br />

Atendendo a que muitas das oficinas que existem<br />

em Portugal são PME´s ou mesmo micro-empresas,<br />

que normalmente não estão tão<br />

aptas para o recurso ao crédito, cerca de 75%<br />

não vai recorrer às linhas de crédito ou não<br />

sabe se o vai fazer no futuro.<br />

Oficina de mecânica<br />

LEIRIA<br />

“Muito provavelmente, os clientes só irão<br />

deslocar-se para reparar as viaturas em caso<br />

de necessidade extrema. As revisões serão<br />

adiadas devido a dificuldades económicas<br />

e muito provavelmente muita dificuldade<br />

em pagar as mesmas”.<br />

A informação prestada pelas<br />

associações do setor (ACAP,<br />

ANECRA e ARAN) tem sido útil?<br />

NÃO<br />

RECORRI<br />

A NENHUMA<br />

ASSOCIAÇÃO<br />

4,1%<br />

Considera que após<br />

esta pandemia, a relação<br />

cliente/oficina: manter-se-á<br />

presencial/passará a ser mais<br />

digital<br />

DIGITAL<br />

27,5%<br />

Oficina de mecânica<br />

CASTELO BRANCO<br />

“Trará sérios problemas ao setor. Um número<br />

elevado de viaturas apenas se desloca<br />

à oficina na altura da inspecção periódica.<br />

Assim, o volume de reparações<br />

baixará significativamente. O limite das<br />

manutenções também se prolongará, pois<br />

as viaturas não circulam e, com a redução<br />

do tráfego automóvel, também se reduzem<br />

as colisões”.<br />

Oficina de pneus<br />

BRAGANÇA<br />

“Alteração de hábitos por parte dos clientes<br />

e necessidade de aplicar mais meios digitais”.<br />

NÃO<br />

36,5%<br />

SIM<br />

59,4%<br />

Quase 60% das oficinas, face às dificuldades<br />

para ter acesso à informação, acabaram por<br />

recorrer às associações do setor para obterem<br />

algum apoio e orientação. Poucas foram as<br />

oficinas que não o fizeram, o que demonstra a<br />

importância que as associações têm no apoio<br />

ao mercado do pós-venda.<br />

PRESENCIAL<br />

72,5%<br />

A importância das ferramentas digitais na dinamização<br />

do negócio pós-venda é evidente,<br />

mas nem a crise gerada pela pandemia fez<br />

mudar rapidamente o cenário que existia anteriormente,<br />

pois 72,5% das oficinas continuam a<br />

considerar que o pós-venda se irá manter presencial.


11<br />

Oficina de mecânica<br />

LISBOA<br />

“Os clientes só aquando de emergência/<br />

avaria é que se vão deslocar à oficina, ninguém<br />

quererá fazer as manutenções regulares,<br />

tanto pela quebra de rendimentos<br />

como pelo medo do contacto social.<br />

Logo, traduz-se na quebra de serviços e<br />

de facturação”.<br />

Oficina de mecânica<br />

PORTO<br />

“A grande dificuldade será a adaptação<br />

dos níveis dos valores orçamentados antes<br />

da pandemia, uma vez que os clientes, de<br />

forma geral, não estarão tão dispostos a<br />

investir na manutenção das suas viaturas,<br />

o que vai levar à recessão dos valores praticados.<br />

Terá que haver uma adaptação no<br />

valor de mercados de peças, desde a produção,<br />

importação, e setor intermediário,<br />

e mão de obra final para que o setor não<br />

pare de vez. Claro que para isto acontecer<br />

tem de haver também ajustes nos encargos<br />

que são impostos às oficinas, pois se<br />

os encargos se mantiverem ou subirem aí<br />

torna-se preocupante”.<br />

Oficina de mecânica<br />

FARO<br />

“Quem conseguir lá chegar irá enfrentar<br />

o desafio da eletrificação”.<br />

Oficina de mecânica<br />

COIMBRA<br />

“Terá algum impacto, depende da duração<br />

das medidas e na situação económica<br />

em que o país ficar. Terá sem duvida<br />

mais impacto nas vendas de automóveis<br />

do que na reparação”.<br />

Oficina de mecânica<br />

SANTARÉM<br />

“Vamos ter um período de readaptação,<br />

e todos os outros mercados também vão<br />

influenciar o nosso sucesso”.<br />

Oficina de mecânica<br />

LISBOA<br />

“O impacto será e está já a ser grande, no<br />

futuro teremos de nos adaptar, inovar e<br />

criar condições para retomar a actividade,<br />

dependendo sempre da evolução da economia,<br />

de uma forma menos presencial<br />

por parte do cliente, o que passará por<br />

meios de comunicação digital”.<br />

Oficina de mecânica<br />

LISBOA<br />

“Certamente nada voltará ao mesmo do<br />

que era antigamente. O retrair da confiança<br />

dos clientes na aquisição das viaturas<br />

novas vai propocionar uma oportunidade<br />

de negócio”.<br />

Oficina de pneus<br />

LISBOA<br />

“O ramo de pneus e jantes irá sofrer, porque<br />

as pessoas terão menos dinheiro para<br />

comprar pneus, mas a principal queda irá<br />

ser a da venda de jantes de substituição<br />

ou a alteração da estética, quer a nível de<br />

stands, quer a nível particular. A nível<br />

da mecânica, poderá aumentar, devido<br />

à procura maior de serviços fora do concessionário,<br />

e, pelo atrasar das revisões,<br />

haverá avarias mais recorrentes”.<br />

Oficina de mecânica<br />

PORTO<br />

“Devemos aproveitar todas as medidas<br />

que o Governo coloca à nossa disposição,<br />

para garantir a viabilidade, a longo<br />

prazo, das nossas empresas”.<br />

Oficina de mecânica<br />

SANTARÉM<br />

“Terá impacto, principalmente em pequenas<br />

oficinas ou as que não estão ligadas<br />

a uma rede oficinal, essas dificilmente<br />

conseguiram aguentar todos os encargos,<br />

possivelmente 30% a 40% irão encerrar<br />

a atividade”.<br />

Oficina de colisão<br />

PORTO<br />

“O mercado oficinal vai cair 45%”.<br />

Oficina de mecânica<br />

LISBOA<br />

“Na generalidade, o modo de funcionamento<br />

das oficinas irá ser igual ao que<br />

sempre foi. Vão existir clientes que depois<br />

desta pandemia vão preferir um atendimento<br />

mais digital”.<br />

Oficina de pneus<br />

AVEIRO<br />

“Será muito difícil pois irá dar potencial<br />

aos chamados biscateiros”.<br />

Oficina de mecânica<br />

MADEIRA<br />

“Dificilmente voltamos ao que éramos<br />

antes desta pandemia”.<br />

Oficina de mecânica<br />

LISBOA<br />

“O mercado vai entrar em recessão, tanto<br />

particulares como empresas vão estar descapitalizados,<br />

o que fará com que a frota<br />

automóvel envelheça e traga dificuldades<br />

de recebimento às empresas do setor”.<br />

Oficina de pneus<br />

AÇORES<br />

“Haverá uma quebra generalizada do poder<br />

de compra. Logo, o volume de negócios<br />

será inferior, e a pressão sobre as<br />

margens será ainda maior”.<br />

Oficina de mecânica<br />

FARO<br />

“Terão de encerrar pelo menos 80% das<br />

empresas para que seja rentável para quem<br />

se aguentar aberto”.<br />

Oficina de mecânica<br />

PORTO<br />

“Regredimos 15 a 20 anos”


12<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

320<br />

Nº de oficinas que responderam ao inquérito<br />

22,2%<br />

Das oficinas que consideram que o setor pósvenda<br />

voltará ao normal em 2021<br />

63,1%<br />

Das oficinas sentiram dificuldades no<br />

abastecimento de peças durante o Estado de<br />

emergência<br />

58,4%<br />

Das oficinas não reduziram o nº de<br />

empregados por causa do Covid 19<br />

Oficina de mecânica<br />

BEJA<br />

“Nos meses seguintes haverá uma redução<br />

de cerca de 40%”.<br />

Oficina de mecânica<br />

CASTELO BRANCO<br />

“O cliente vai alongar mais a manutenção<br />

e exigir sempre uma melhor higienização<br />

da viatura”.<br />

Oficina de pneus<br />

PORTO<br />

“Haverá maior cuidado na higienização<br />

dos veículos, as oficinas irão estar dotadas<br />

de mais produtos de limpeza e desinfeção<br />

e a relação cliente-oficina irá mudar com<br />

novos conceitos e estratégias”.<br />

Oficina de mecânica<br />

COIMBRA<br />

“É positiva pois permite-nos desenvolver<br />

novas soluções e maior organização”.<br />

na reparação independente vai, seguramente,<br />

ser mais procurada novamente”.<br />

Oficina de mecânica<br />

AÇORES<br />

“A curto e médio prazo vai levar à falência<br />

muitas oficinas, a longo prazo tudo<br />

voltará ao normal mas só dentro de uns<br />

4 a 5 anos”.<br />

Oficina de mecânica<br />

LEIRIA<br />

“A curto prazo haverá mais marcações não<br />

presenciais e o cuidado redobrado na higiene.<br />

A médio prazo, alguns hábitos irão<br />

mudar, mas o funcionamento deste setor,<br />

para pequenas empresas, manter-se-á”.<br />

Oficina de pneus<br />

LISBOA<br />

“O lado positivo é que vem limpar muitas<br />

oficinas de “vão de escada” e outras boas<br />

mas mal geridas, que sobrevivem no fio<br />

da navalha. O lado negativo é que reduz<br />

muito o poder de compra, sobretudo nos<br />

particulares”.<br />

59,5%<br />

Das oficinas recorreram ao serviços das<br />

associações do setor durante o Estado de<br />

emergência<br />

38%<br />

Das oficinas tiveram uma redução da<br />

atividade superior a 75% durante o Estado de<br />

emergência<br />

Oficina de mecânica<br />

LEIRIA<br />

“Este setor vai ter um impacto reduzido,<br />

uma vez que o automóvel vai continuar<br />

a ser um bem de primeira necessidade”.<br />

Oficina de colisão<br />

PORTO<br />

“O impacto no imediato e a curto prazo<br />

na nossa área é gigante, sendo que é<br />

difícil ter noções a médio prazo, porque<br />

existem vários fatores a ter em consideração,<br />

sendo já um deles o aumento do<br />

desemprego, o que faz com que a reparação<br />

e manutenção da viatura passe para<br />

2.º ou 3.º plano”.<br />

Oficina de mecânica<br />

LISBOA<br />

“As consequências são evidentes, a ajuda<br />

do Estado em tudo isso é que irá posicionar<br />

o futuro do país. É provável que,<br />

devido à nossa cultura, o impacto seja<br />

grande nos primeiros meses, mas depois<br />

de estarmos tranquilos, voltará tudo ao<br />

quase normal. Mas irá sempre ficar a<br />

marca na economia e nos nossos bolsos”<br />

72,5%<br />

Das oficinas consideram que o negócio pósvenda<br />

se manterá presencial<br />

Oficina de mecânica<br />

LISBOA<br />

“No imediato vai haver um decréscimo<br />

da atividade. A médio prazo vamos ter<br />

uma retoma gradual e acreditamos, que


13<br />

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14<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

Em defesa do setor<br />

Hélder Pedro<br />

SECRETÁRIO-GERAL DA ACAP<br />

A<br />

grave crise do Covid 19 é, desde<br />

logo, diferente de todas as<br />

outras, porque afecta de igual<br />

modo os países ricos e os países<br />

pobres. Não é uma crise com<br />

origem na economia, como têm sido todas<br />

as crises anteriores, mas infelizmente irá ter<br />

efeitos mais negativos para todo o tecido<br />

empresarial dos vários países. A imprevisibilidade<br />

da sua duração é outro factor de<br />

incerteza muito significativo.<br />

O sector automóvel, na sua globalidade<br />

incluindo o pós-venda, sendo um dos principais<br />

sectores económicos em Portugal e na<br />

União Europeia, foi desde logo um dos mais<br />

afectados, com o imediato encerramento<br />

de fábricas e empresas comerciais.<br />

Em Portugal, este sector é responsável<br />

por 25% do total das exportações de bens<br />

transacionáveis, representa 19% do PIB e<br />

emprega 200.000 pessoas.<br />

Por outro lado, é um sector composto por<br />

algumas grandes empresas mas, sobretudo,<br />

por PME, microempresas e, mesmo, empresários<br />

em nome individual, distribuídas<br />

por todo o país.<br />

A ACAP (Associação Automóvel de<br />

Portugal) é a Associação que representa,<br />

ininterruptamente, a globalidade do comércio<br />

automóvel, desde a sua fundação<br />

há já cento e dezanove anos. Assim, logo no<br />

início desta crise apresentámos ao Governo<br />

um conjunto de propostas que se consubstanciam<br />

no que podemos designar como<br />

Plano de Apoio ao Sector Automóvel (ou<br />

PASA), tal como aconteceu em 2009.<br />

No imediato, o principal objetivo foi a<br />

manutenção dos postos de trabalho, para<br />

que não se destrua o importante capital<br />

humano das nossas empresas.<br />

Fundamentalmente, propusemos medidas<br />

de apoio ao emprego, como vieram a ficar<br />

definidas no designado lay-off simplificado,<br />

e que se encontra em vigor, assim como<br />

uma linha de crédito específica para o nosso<br />

sector. No caso do regime de lay-off, conseguiu-se<br />

que fossem feitas duas alterações no<br />

sentido de facilitar a sua aplicação. Todavia,<br />

a questão de se considerar a média de comissões<br />

dos vendedores não foi resolvida<br />

pelo Governo e continuamos a lutar para<br />

que tal aconteça. Também a situação dos<br />

sócios-gerentes, que a ACAP tentou acautelar,<br />

desde o início, foi objecto de uma<br />

regulamentação claramente insuficiente,<br />

deixando de fora uma parte significativa<br />

dos sócios-gerentes das empresas. Neste<br />

sector, existem muitas micro e pequenas<br />

empresas em que trabalha o sócio-gerente<br />

e um ou dois empregados. Ora, não é justo<br />

que aqueles (que não têm outra fonte de<br />

subsistência) não possam recorrer aos apoios<br />

do lay-off.<br />

Quanto às linhas de crédito, o Governo<br />

veio, posteriormente, reforçar a linha já<br />

existente e alargou, significativamente, os<br />

CAE a que se aplica. Todavia, e para as<br />

empresas do nosso sector, será necessário<br />

que existam apoios a fundo perdido, pois só<br />

assim, estas poderão sobreviver. Uma parte<br />

dos fundos que o Governo irá receber de<br />

Bruxelas, deveria ser aplicado nesses apoios.<br />

Mas, naturalmente, a ACAP apresentou<br />

Fundamentalmente,<br />

propusemos medidas de<br />

apoio ao emprego, como<br />

vieram a ficar definidas<br />

no designado lay-off<br />

simplificado, e que se<br />

encontra em vigor, assim<br />

como uma linha de<br />

crédito específica para o<br />

nosso sector<br />

também propostas de dinamização da procura,<br />

para que o sector possa sair desta crise<br />

o mais rapidamente possível.<br />

E aqui, retomámos o nosso plano de incentivos<br />

ao abate de veículos em fim de vida,<br />

que também tinha sido implementado em<br />

2009. Recorde-se que, em 2013, a ACAP<br />

recolheu 4500 assinaturas e apresentou uma<br />

petição na Assembleia da República para a<br />

implementação daquele incentivo. Dado<br />

o número de assinaturas que conseguimos<br />

recolher, a petição foi levada e discutida<br />

no Plenário da Assembleia (embora com<br />

o normal atraso de seis meses no seu agendamento).<br />

Na Assembleia da República,<br />

todos os partidos se manifestaram a favor<br />

da implementação deste incentivo, tendo<br />

havido uma declaração unânime.<br />

Foi esta deliberação que a ACAP agora<br />

invocou junto do Governo.<br />

Na proposta, que agora voltámos a apresentar,<br />

exigimos que a mesma se aplique<br />

também para a compra de veículos usados,<br />

devendo o Governo criar uma linha específica<br />

para tal.<br />

Este plano, terá a dupla vantagem de alavancar<br />

a procura e renovar o parque automóvel.<br />

Propusemos, ainda, e dado que se verificou<br />

uma paragem abrupta da actividade, a<br />

suspensão do pagamento de IUC (Imposto<br />

Único de Circulação), para os veículos em<br />

stock, permitindo assim aliviar a tesouraria<br />

das empresas. Nesta suspensão, poderia ser<br />

usada sempre a figura do registo profissional,<br />

criada há vários anos por proposta da<br />

ACAP, para maior segurança do sector,<br />

mas que veio a perder importância, dado<br />

o facto de os vários Governos terem vindo<br />

a aumentar, de forma inusitada, as taxas<br />

deste registo!<br />

Estamos certos, que o Governo irá dar a<br />

maior atenção às propostas da ACAP, e<br />

de outras Associações do sector, pois só<br />

assim se conseguirá que o sector automóvel<br />

continue a ser um sector fundamental na<br />

nossa Economia, sendo o maior gerador<br />

de receitas fiscais, um dos maiores exportadores<br />

e um dos principais responsáveis<br />

pela criação de emprego no nosso País.


15<br />

Resiliência<br />

e confiança.<br />

Duas palavras chave<br />

para ultrapassarmos<br />

esta tempestade<br />

Roberto Saavedra Gaspar<br />

SECRETÁRIO GERAL DA ANECRA<br />

Começo por mencionar e reforçar,<br />

que há semelhança do que<br />

já havia referido numa outra<br />

oportunidade (aqui neste mesmo<br />

espaço) que a nossa primeira<br />

prioridade, sempre foi e será, dar o nosso<br />

contributo para tentar garantir por todos<br />

os meios possíveis, que esta Pandemia seja<br />

rapidamente controlada e com as menores<br />

consequências possíveis do ponto de vista<br />

da Saúde Pública.<br />

Não devemos perder este foco, até porque<br />

sem que este objectivo esteja atingido, muito<br />

dificilmente nos poderemos concentrar<br />

em exclusivo naquilo que nos preocupa, a<br />

todos, e que é a nossa economia, as nossa<br />

empresas e o nosso modo de vida.<br />

Face à conjuntura que a nossa Economia e<br />

em particular o Sector Automóvel, estão a<br />

enfrentar, em alguns casos de verdadeiro<br />

e absoluto bloqueio económico, ao longo<br />

destas ultimas semanas, a ANECRA e em<br />

particular, a sua equipa, não obstante ter<br />

estado maioritariamente a trabalhar em regime<br />

de Home Office, esteve, provavelmente<br />

como nunca, totalmente dedicada e focada,<br />

no sentido de cumprir as duas principais<br />

vertentes nas qual assenta o propósito e a<br />

razão de existir, a defesa do setor e o apoio<br />

especializado aos associados.<br />

Das inúmeras tarefas realizadas nestas últimas<br />

semanas, gostaria apenas de destacar<br />

três acções muito específicas que julgo de<br />

grande relevância e efectivo valor para o<br />

sector e que continuam, apesar de tudo, a<br />

ter absoluta actualidade:<br />

- No plano da comunicação e na defesa<br />

dos interesses do sector e dos seus agentes,<br />

desde a primeira hora que tivemos diversas<br />

intervenções, em particular através de vários<br />

comunicados de imprensa em que procurámos<br />

reivindicar ou sugerir o aperfeiçoamento,<br />

o incremento e em termos finais o<br />

melhoramento das medidas extraordinárias<br />

lançadas pelo Governo com vista à mitigação<br />

da crise empresarial, como é o caso da nossa<br />

posição (através de diferentes canais) pela<br />

suspensão imediata do pagamento do IUC<br />

por parte dos operadores do sector que têm<br />

viaturas usadas em stock, e que não obstante<br />

estarem impedidos de exercer a sua normal<br />

actividade, ainda assim terão que suportar<br />

um imposto que supostamente deveria estar<br />

direcionado para viaturas em circulação.<br />

- Destaque também para a tónica bastante<br />

acentuada que colocámos, numa primeira<br />

fase, na necessidade de se alargar o âmbito<br />

do Regime Simplificado de Lay-off para<br />

os sócios gerentes das empresas e numa<br />

segunda fase para que, a medida entretanto<br />

lançada, não fosse tão restritiva como a que<br />

temos atualmente (limite de facturação nos<br />

60.000€ e restrição à existência de mais<br />

colaboradores na empresa). O actual modelo<br />

deixa de fora a generalidade dos nossos<br />

empresários, uma parte significativa destes,<br />

ligados às milhares de micro e pequenas<br />

empresas que constituem uma esmagadora<br />

percentagem do nosso tecido empresarial.<br />

- Por último uma referência para a posição<br />

pública que tomámos na questão referente<br />

à Suspensão total do Serviço das Inspecções<br />

Periódicas (através de uma Portaria de 25 de<br />

Março) e que felizmente foi alterada a 9 de<br />

Abril, permitindo desta forma a realização<br />

da inspeção aos veículos que se deveriam<br />

ter apresentado à inspeção antes de 13 de<br />

Março. Eram o caso de Veículos que pudessem<br />

eventualmente estar imobilizados por<br />

estarem avariados ou se encontrarem nas<br />

oficinas, a aguardar reparação. Contudo,<br />

achamos de uma importância decisiva para<br />

a retoma do Pós Venda que as Inspecções<br />

Periódicas Obrigatórias, regressem, de<br />

imediato, à sua normalidade. Dito isto, e<br />

chegados a este momento, e tendo em vista<br />

a preparação gradual do retomar da actividade<br />

económica e o regresso à normalidade<br />

das empresas, que esperamos todos, seja<br />

uma linha recta e tão curta quanto possível,<br />

gostaria de deixar uma ideia e que se<br />

baseia naquilo que acredito serem dois dos<br />

principais factores para ultrapassarmos esta<br />

fase. O primeiro é o espírito de resiliência<br />

e o segundo, mas não menos importante,<br />

é a confiança.<br />

Julgo que ao longo dos anos demos provas<br />

inequívocas enquanto Povo e Nação, que<br />

gostamos, ou pelo menos funcionamos melhor,<br />

quando temos desafios duros e difíceis<br />

pela frente. A história tem-nos mostrado<br />

isso mesmo. Somos um Povo e uma Nação<br />

de grande Resiliência, para trás ficam 900<br />

anos a provar isso mesmo.<br />

E, portanto, nesta altura em que estamos<br />

todos a percorrer um longo e dificílimo<br />

caminho e em que outra margem do rio<br />

está ainda distante que acredito que temos<br />

novamente de mostrar esta nossa característica.Mas<br />

se para chegarmos ao outro lado<br />

da margem, precisamos de ser resilientes,<br />

não haja dúvidas, precisaremos também, e<br />

muito, do sentimento de Confiança sem o<br />

qual, não será possível pensar na retoma. Por<br />

isso é fundamental que todos os diferentes<br />

agentes económicos, estabeleçam o seu<br />

plano de retoma, tendo como preocupação<br />

primordial, a existência de um ambiente<br />

de grande Confiança, nos diferentes intervenientes<br />

neste cenário. Desde logo as<br />

empresas no seu processo de reabertura e<br />

relançamento, terão que colocar em uso<br />

aquilo que são as melhores praticas sanitárias,<br />

tendo em vista a geração do sentimento<br />

de segurança e confiança junto de todos os<br />

que lhe estão relacionados: colaboradores,<br />

clientes e fornecedores.<br />

Da mesma forma os vários organismos, em<br />

particular os que têm responsabilidades a nível<br />

dirigente, nos seus diferentes planos, desde<br />

o Governo Português à União Europeia,<br />

passando por todos os organismos que nos<br />

regem e regulam, de criarem as medidas<br />

suficientes e necessárias para que, em cada<br />

momento, os agentes económicos tenham<br />

segurança e confiança nas suas decisões.<br />

O plano de relançamento da economia terá<br />

que gerar a confiança nos consumidores,<br />

nas empresas, nos investidores, no sistema<br />

financeiro, entre os demais.<br />

Do nosso lado, ANECRA, cá estaremos<br />

com o espírito de grande resiliência e de<br />

quem já atravessou 110 anos de vida e de<br />

quem tem uma Confiança enorme na sua<br />

capacidade para apoiar e ajudar os seus<br />

Associados a ultrapassarem mais esta etapa.


16<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

Resiliência<br />

à prova de futuro<br />

Neli Valkanova<br />

SECRETÁRIA-GERAL DA ARAN<br />

Os efeitos económicos da pandemia<br />

de Covid-19 são algo<br />

sem precedentes e parece-me<br />

ser consensual que se por um<br />

lado ainda não se sabe qual<br />

o verdadeiro impacto desta crise na vida<br />

económica, por outro, nada vai ficar como<br />

dantes.<br />

Existe sério risco de colapso de economia<br />

devido à situação que iremos enfrentar,<br />

sem qualquer comparação com as crises<br />

anteriores, com consequências nos nossos<br />

comportamentos, na redefinição do sistema<br />

de valores, no relacionamento com os<br />

outros e na nossa perspetiva para o futuro.<br />

O impacto até agora foi, sem surpresa, diferente<br />

nos vários subsetores do automóvel<br />

representados pela ARAN. É nas vendas que<br />

está o grande impacto, com muitas empresas<br />

retalhistas a terem a necessidade recorrer<br />

ao lay-off parcial. O estudo realizado pela<br />

ARAN demonstra que no universo de 950<br />

empresas contactadas, 50 % recorreram<br />

ao lay-off. Neste momento, o contacto<br />

presencial praticamente desapareceu e estão<br />

a ser utilizadas plataformas de venda<br />

digitais. Alguns destes processos poderão,<br />

depois da pandemia, passar de provisórios<br />

a definitivos, com ganhos de produtividade<br />

para as empresas de retalho automóvel.<br />

Desenganemo-nos, porém! As vendas de<br />

automóveis novos vão ser a área que mais<br />

vai sofrer no pós-crise sanitária, dado que as<br />

“cicatrizes” económicas dos consumidores<br />

vão ser profundas. O incentivo à compra<br />

terá de ser uma realidade.<br />

Ainda nas vendas, permito-me fazer especial<br />

referência ao comércio de usados. Embora<br />

este já tenha uma componente digital há<br />

vários anos, é um negócio com especificidades<br />

que tornam a intervenção humana<br />

mais premente. Nas atuais circunstâncias,<br />

após o levantamento de estado de emergência<br />

e com alguns setores a retomarem<br />

atividade, poderá existir uma procura de<br />

compra de carros usados para assegurar um<br />

transporte em segurança. Esse fenómeno<br />

está, de resto, a ocorrer na China, onde<br />

estudos de intenção de compra automóvel<br />

apontam para essa realidade, que se poderá<br />

manter pelo menos enquanto não houver<br />

vacina ou imunidade de grupo para o novo<br />

coronavírus.<br />

No setor oficinal, que pôde continuar a<br />

laborar no estado de emergência, mas que,<br />

naturalmente, sentiu quebra, a resiliência<br />

impera com os empresários a recusarem-se<br />

a baixar os braços. Algumas empresas optaram<br />

pelo lay-off parcial e foram realizando<br />

trabalhos por marcação e outros já planeados,<br />

mantendo, sempre, o contacto com os<br />

clientes. Exemplo de planeamento é o caso<br />

de um associado que reforçou o stock de<br />

baterias, dado que quando os automóveis<br />

circulam menos aquele componente “sofre”.<br />

Resiliência é isto e é por isso que não<br />

tenho dúvidas que nas oficinas a queda será<br />

inferior à de outros subsetores automóvel.<br />

Quanto aos pronto-socorro, sendo uma<br />

atividade essencial, as empresas continuam<br />

a trabalhar. No entanto, dado que há menos<br />

veículos nas estradas, também têm menos<br />

trabalho. O regresso será gradual.<br />

APOIOS NO IMEDIATO E DE LONGO<br />

PRAZO<br />

O setor automóvel, tal como a generalidade<br />

das atividades económicas, precisa de fortes<br />

apoios, no futuro imediato e no médio e<br />

longo prazo. Os cortes nas receitas foram<br />

brutais e abruptos, pelo que toda a ajuda é<br />

pouca. Para já, a injeção de capital é urgente<br />

e, no futuro, o incentivo à compra de todo<br />

o tipo de viaturas parece-me a forma de<br />

permitir alguma recuperação a um setor<br />

que é essencial para o país em termos de<br />

receita fiscal e de criação de emprego.<br />

No imediato, a ARAN, cumprindo o seu<br />

papel de sempre de estar ao lado dos associados,<br />

presta um apoio muito prático.<br />

Falamos diariamente com todos os associados<br />

para perceber as suas necessidades,<br />

dado que todos os departamentos da ARAN<br />

estão em plena laboração, mesmo que em<br />

teletrabalho. A cada dois dias, o departamento<br />

jurídico envia aos associados uma<br />

súmula a esclarecer as medidas do Governo.<br />

Somos, de igual modo, contactados pelos<br />

associados para dar indicações concretas.<br />

Em suma, estamos sempre atentos a todo<br />

o tipo de apoios que existem e publicamos<br />

informação sobre os mesmos no site e nas<br />

newsletter que enviamos aos associados.<br />

Além disso fizemos, logo nos primeiros dias<br />

de crise pandémica, uma parceria com uma<br />

empresa de tintas que começou a produzir<br />

gel desinfetante e assumimos os custos do<br />

primeiro envio. Outro de vários exemplos<br />

concretos foi o termos encontrado um<br />

fornecedor de máscaras FPP2.<br />

Como referi no início deste artigo, o setor<br />

está ainda a perceber o que pode acontecer<br />

no pós-Covid-19. Cerca de 30% das empresas<br />

ainda não recuperou da crise anterior<br />

e quem não tiver uma almofada financeira<br />

vai passar por dificuldades sérias. No meio<br />

de tanta imprevisibilidade, os empresários<br />

do setor sabem que há sempre algo com<br />

que podem contar: o apoio da ARAN.<br />

Continuamos e continuaremos a estudar<br />

soluções muito práticas para ajudar os associados<br />

e articular com as autoridades para<br />

o reconhecimento do esforço e resiliência<br />

do setor.<br />

No setor oficinal,<br />

que pôde continuar<br />

a laborar no estado de<br />

emergência, mas que,<br />

naturalmente, sentiu<br />

quebra, a resiliência<br />

impera com<br />

os empresários<br />

a recusarem-se<br />

a baixar os braços


17<br />

O setor encontra-se<br />

preparado para retomar<br />

de forma gradual<br />

e progressiva a sua<br />

atividade<br />

O<br />

atual estado de pandemia derivado<br />

do novo coronavírus<br />

(COVID-19) e a situação de<br />

crise que vivemos com uma<br />

dimensão humana e de saúde<br />

pública muito significativa, preocupou,<br />

naturalmente, a ANCIA que, sequência<br />

deste surto, defendeu desde o início a implementação<br />

de um conjunto de medidas de<br />

contingência de modo a minimizar o risco<br />

de transmissão e propagação deste vírus.<br />

Na verdade, desde o primeiro momento,<br />

e num contexto em que se verificou uma<br />

evolução da propagação da infeção por<br />

este vírus, a ANCIA esteve em permanente<br />

diálogo com Governo e a Tutela no sentido<br />

de implementar um quadro legal, e as<br />

condições necessárias, para a suspensão da<br />

atividade dos Centros de Inspeção.<br />

A suspensão parcial da atividade dos<br />

Centros de Inspeção veio a concretizar-se<br />

através da publicação do Decreto-Lei n.º<br />

10-C/2020, de 23 de março, que estabeleceu<br />

medidas excecionais e temporárias<br />

de resposta a esta doença, mantendo-se,<br />

contudo, o atendimento, apenas por marcação,<br />

para a prestação de serviços essenciais<br />

de inspeção, definidos pela Portaria 80-<br />

A/2020, de 25 de março, com a alteração<br />

dada pela Portaria 90/2020 de 9 de abril.<br />

A implementação destas medidas, de caráter<br />

excecional e temporário e o consequente<br />

encerramento dos Centros de Inspeção,<br />

assumiram-se como necessárias para dar<br />

resposta a esta crise, assim como contribuíram<br />

para impedir a propagação deste vírus.<br />

No entanto, a execução destas medidas<br />

estão a causar um enorme impacto neste<br />

setor na medida em que estamos perante<br />

uma atividade que apresenta um significativo<br />

grau de exigência, a diversos níveis, e<br />

que se refletem em custos elevados para as<br />

entidades gestoras.<br />

Paralelamente, e desde o primeiro momento<br />

da situação de emergência de saúde pública,<br />

os Centros de Inspeção implementaram<br />

com sucesso as medidas de contingência<br />

de acordo com a Orientação n.º 006/2020<br />

da Direção Geral da Saúde (DGS) no que<br />

se refere, designadamente, à definição de<br />

áreas de isolamento em caso de possível<br />

contágio, assim como de procedimentos básicos<br />

para higienização das mãos e etiqueta<br />

respiratória, bem como de conduta social.<br />

No âmbito da implementação dos respetivos<br />

planos de contingência, os Centros de<br />

Inspeção procederam, ainda, à definição de<br />

regras exigentes e reforçadas de higienização<br />

e limpeza das suas instalações, bem como<br />

à disponibilização de material de proteção<br />

junto dos seus colaboradores, assim como<br />

definiram procedimentos e metodologias<br />

de circulação nas suas instalações de modo<br />

a reduzir o contacto e a proximidade com<br />

os Utentes.<br />

Considerando, contudo, a evolução positiva<br />

do quadro epidemiológico, assim como o<br />

esforço e as medidas de contingência implementadas<br />

pelos Centros de Inspeção, o<br />

setor encontra-se, nesta fase, preparado para<br />

retomar de forma gradual e progressiva a<br />

sua atividade, tendo sido desenvolvido pela<br />

ANCIA um Manual de Boas Práticas para<br />

o setor sobre a COVID-19, documento<br />

este que, estamos certos, irá contribuir<br />

para reforçar a confiança dos profissionais<br />

do setor e dos utentes no sentido de que os<br />

Centros de Inspeção são espaços seguros e<br />

que oferecem as necessárias condições de<br />

segurança.<br />

Paulo Areal<br />

PRESIDENTE DA ANCIA<br />

O setor encontra-se,<br />

nesta fase, preparado<br />

para retomar de forma<br />

gradual e progressiva<br />

a sua atividade, tendo<br />

sido desenvolvido pela<br />

ANCIA um Manual de<br />

Boas Práticas para o<br />

setor sobre a COVID-19,<br />

documento este que,<br />

estamos certos, irá<br />

contribuir para reforçar<br />

a confiança dos<br />

profissionais do setor e<br />

dos utentes no sentido<br />

de que os Centros de<br />

Inspeção são espaços<br />

seguros e que oferecem<br />

as necessárias condições<br />

de segurança


18<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

Viver o presente<br />

de olhos postos<br />

no futuro<br />

Vitor Gouveia<br />

PRESIDENTE DA APDCA<br />

Os empresários do setor do<br />

comércio de automóveis usados<br />

devem voltar à atividade<br />

com energia e confiança redobradas,<br />

mas conscientes de<br />

que uma nova paragem seria catastrófica.<br />

Felizmente, a união e resiliência que este<br />

setor já demonstrou deixa-nos confiantes<br />

em relação ao futuro.<br />

Tendo em conta a pandemia e o difícil<br />

momento que o setor e o país atravessam, a<br />

APDCA definiu desde o primeiro minuto<br />

uma estratégia de apoio aos associados (e<br />

não só) assente em três pilares: informação<br />

atualizada e permanente sobre o evoluir<br />

da situação e comunicados regulares sobre<br />

a mesma, sensibilização do Governo, em<br />

especial do Ministério da Economia, sobre<br />

as dificuldades que o setor do comércio<br />

de automóveis usados atravessa, bem as<br />

medidas necessárias para as minimizar, e<br />

mecanismos de ação direta.<br />

Em relação à primeira, temos utilizado<br />

todos os canais de comunicação (redes<br />

sociais, newsletter e e-mail) para manter<br />

os associados e restantes interessados<br />

informados sobre a evolução da crise,<br />

as medidas de resposta, os apoios cedidos,<br />

as restrições e os direitos e deveres<br />

de cada um. Fizemo-lo de uma forma<br />

regular, sempre atenta e privilegiando a<br />

proximidade e a atualidade, com envios<br />

de newsletter sempre que alguma medida<br />

ou alteração de cenário o impunha.<br />

A colaboração com diversos parceiros,<br />

incluindo a COVIDATA, permitiu ainda<br />

a divulgação de estudos e análises sobre<br />

o evoluir da situação bem como delinear<br />

alguns cenários possíveis que permitissem,<br />

de alguma forma, preparar o período<br />

de maior abertura às restrições vigentes.<br />

No âmbito da sensibilização ao Governo,<br />

a APDCA elaborou um documento completo<br />

extenso e minucioso onde sugere<br />

uma série alargada de medidas de apoio ao<br />

setor e que visam a diminuição do impacto<br />

económico provocado pelo encerramento<br />

das instalações e consequente diminuição<br />

drástica dos volumes de faturação.<br />

Sempre atenta às necessidades dos seus<br />

associados, a APDCA em parceria com<br />

a Dekra, intervieram ainda no sentido<br />

de serem permitidas as inspeções aos<br />

usados importados para atribuição de<br />

matrículas bem como na possibilidade<br />

de os comerciantes efetuarem as IPO aos<br />

automóveis em stock cuja mesma tivesse<br />

caducado no momento anterior à declaração<br />

do Estado de Emergência. Ambas<br />

as intervenções forma plenas de sucesso,<br />

tendo o Ministério da Economia atendido<br />

prontamente às nossas solicitações.<br />

Em relação à ação direta, efetuámos uma<br />

angariação de fundos entre os nossos<br />

associados que, pela sua abrangência e clareza,<br />

contou ainda com a participação de<br />

particulares, uma situação que nos enche<br />

a todos na APDCA de grande orgulho.<br />

A verba reunida, em tempo recorde como<br />

a situação o exigia, foi utilizada na aquisição<br />

de 2000 viseiras de proteção individual,<br />

devidamente homologadas pelo<br />

Ministério da Saúde, que foram entregues<br />

pelas Forças Armadas ao Serviço Nacional<br />

de Saúde (SNS).<br />

Uma forma de auxiliarmos diretamente<br />

quem luta na linha da frente contra a pandemia,<br />

salvando vidas e colocando-nos,<br />

diariamente, um passo mais próximo da<br />

tão ansiada “normalidade”, pelo menos<br />

a possível nos tempos que se avizinham.<br />

Um dos problemas que enfrentam os empresários<br />

do setor é mesmo tentar perceber<br />

que normalidade será essa sem recorrer<br />

a dotes de adivinhação já que, como em<br />

quase tudo durante esta pandemia, é<br />

muito difícil, para não dizer impossível,<br />

avançar com previsões realistas, valores<br />

corretos ou cenários acertados. Uma paragem<br />

mais prolongada no tempo pode<br />

corresponder a que o presente ano esteja<br />

“perdido” para as empresas do sector. Vai<br />

ser uma verdadeira corrida contra o relógio<br />

para se tentar salvar o maior número<br />

possível de empresas, postos de trabalho<br />

e, em última análise, a economia nacional.<br />

O foco atual continuará a ser a mitigação<br />

da pandemia e conseguir que as nossas<br />

empresas consigam abrir com as medidas<br />

de segurança previstas pela DGS, para que<br />

as empresas e clientes continuem num<br />

ambiente seguro. E esta é uma estratégia<br />

que deverá ser mantida no nosso horizonte<br />

de curto e médio prazo.<br />

Quanto às vendas, naturalmente que<br />

não terão no curto prazo a dinâmica que<br />

tinham no início deste ano, antes do cenário<br />

de emergência. O setor prevê-se que<br />

arranque a um ritmo baixo, acelerando à<br />

medida que se dê a abertura de todos os<br />

restantes sectores e que estes recomecem<br />

a sua atividade de forma gradual, o que<br />

consequentemente irá trazer a confiança<br />

ao publico em geral para que este possa<br />

voltar a consumir e, assim, levar a economia<br />

a funcionar de uma forma o mais<br />

parecida possível com o que era antes desta<br />

crise sanitária e de saúde. Não podemos<br />

por isso deixar de garantir que as medidas<br />

de segurança sejam perpetuadas, pelo<br />

menos até que exista uma vacina para a<br />

Covid19 ou um tratamento comprovadamente<br />

eficaz, sob pena de uma nova<br />

paragem de emergência que seria ainda<br />

mais catastrófica.<br />

O setor prevê-se que<br />

arranque a um ritmo<br />

baixo, acelerando à<br />

medida que se dê a<br />

abertura de todos os<br />

restantes sectores e<br />

que estes recomecem a<br />

sua atividade de forma<br />

gradual


19<br />

COVID-19: Soluções<br />

e medidas de apoio<br />

ao crédito especializado<br />

António Menezes Rodrigues<br />

PRESIDENTE DA ASFAC – ASSOCIAÇÃO<br />

DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO ESPECIALIZADO<br />

Numa perspetiva de minimização<br />

dos impactos negativos<br />

causados pela pandemia<br />

da COVID-19 na atividade<br />

económica e, consequentemente,<br />

nos nossos clientes, desenvolvemos<br />

uma moratória privada para o<br />

crédito especializado. Uma solução de<br />

apoio que consideramos ser benéfica aos<br />

consumidores durante a dificuldade dos<br />

tempos excecionais que atravessamos e<br />

que complementam as moratórias já estabelecidas<br />

pelo Governo para o crédito<br />

à habitação, em específico.<br />

O regime da moratória privada da ASFAC<br />

sobre o crédito ao consumo prevê a isenção<br />

do pagamento das prestações de juro e de<br />

capital para os contratos de crédito pessoal,<br />

crédito automóvel, cartão de crédito,<br />

linhas de crédito e outros contratos que<br />

não estejam abrangidos pela moratória<br />

pública do Governo. A nossa solução<br />

assenta em duas opções: um modelo de<br />

suspensão total de capitais e juros ou um<br />

modelo parcial com a suspensão apenas de<br />

capital das prestações dos créditos, pelo<br />

prazo máximo estabelecido.<br />

A moratória privada que criámos é destinada<br />

a particulares que tenham solicitado<br />

o crédito ao consumo fora da sua atividade<br />

profissional e, para isso, necessitam de<br />

estar abrangidos por diversos requisitos.<br />

Falamos, por exemplo, de terem celebrado<br />

um contrato antes de dia 18 de março<br />

de 2020, sem registo de situação de incumprimento<br />

há mais de 90 dias, assim<br />

como a aplicação também a trabalhadores<br />

de entidades cujo estabelecimento ou<br />

atividade tenha sido encerrado durante o<br />

estado de emergência e em termos definidos<br />

pelo Governo, entre outras condições,<br />

ou de pessoas que viram a sua economia<br />

financeira familiar ser significativamente<br />

impactada pela pandemia COVID-19.<br />

Queremos ser céleres nos pedidos de moratória<br />

privada que nos cheguem porque<br />

sabemos a necessidade de dar resposta aos<br />

nossos clientes nesta fase difícil e, por<br />

isso, prevê-se que as medidas de proteção<br />

previstas produzam efeitos imediatos<br />

no prazo de oito dias úteis após nos ter<br />

chegado o pedido de adesão.<br />

O crédito especializado tem assumido um<br />

papel essencial no desenvolvimento social,<br />

no investimento pessoal produtivo dos<br />

consumidores e na melhoria da qualidade<br />

de vida e bem-estar das famílias. Sabemos<br />

que este papel se torna ainda mais importante<br />

na fase atual que vivenciamos, ao<br />

Esta procura pelo<br />

crédito automóvel tem<br />

uma maior incidência<br />

na compra de carros<br />

usados, mostrando que<br />

não se trata de um bem<br />

de luxo, mas essencial<br />

à vida quotidiana das<br />

famílias<br />

verificar o peso que o consumo tem tido<br />

no crescimento da economia portuguesa<br />

ao longo dos últimos anos. Neste sentido,<br />

é essencial que continue a existir uma<br />

estabilização no poder de compra das<br />

famílias, sobretudo em períodos de queda<br />

de rendimentos.<br />

As instituições de crédito associadas da<br />

ASFAC representam cerca de 50% de todo<br />

o setor português de crédito ao consumo<br />

e mais de 70% do crédito concedido é<br />

direcionado ao crédito automóvel. A partir<br />

de 2015, foi neste segmento de crédito que<br />

verificamos o maior crescimento. Não é<br />

difícil entender o porquê. A aquisição de<br />

um automóvel, sendo um bem duradouro,<br />

é considerado um investimento num bem,<br />

muitas vezes, essencial para o dia-a-dia<br />

das famílias, além de proporcionar um<br />

bem-estar presente e futuro. Esta procura<br />

pelo crédito automóvel tem uma maior<br />

incidência na compra de carros usados,<br />

mostrando que não se trata de um bem<br />

de luxo, mas essencial à vida quotidiana<br />

das famílias.<br />

As associadas ASFAC estão sensíveis aos<br />

problemas atuais que alguns dos seus<br />

clientes estão a sofrer por consequência<br />

do novo coronavírus, bem como com o<br />

período de crise económica que se seguirá<br />

um pouco por todo o mundo. Tendo isto<br />

em mente, a nossa primazia é assegurar<br />

condições para que cada cliente continue<br />

a garantir o pagamento dos seus<br />

compromissos financeiros e não entre<br />

numa situação de endividamento ou incumprimento.<br />

O nosso setor é hoje altamente regulado<br />

e está sujeito a um exigente processo de<br />

supervisão. É fundamental apoiarmos o<br />

setor, a atividade económica e os nossos<br />

clientes através da criação de soluções e<br />

de medidas de proteção, da divulgação<br />

de informação clara e objetiva, assim<br />

como do acompanhamento eficaz dos<br />

processos dos nossos clientes, que permita<br />

uma resolução favorável quando a crise<br />

pandémica terminar.


20<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

O impacto<br />

na atividade<br />

de Rent-a-car<br />

do Covid 19<br />

Joaquim Robalo de Almeida<br />

SECRETÁRIO-GERAL DA ARAC<br />

Esta é a primeira recessão para<br />

muitas das empresas de rent-a-<br />

-car a operar no nosso país, especialmente<br />

para aquelas que se<br />

haviam instalado recentemente em<br />

Portugal devido ao advento da atividade<br />

turística no nosso país.<br />

O número de veículos disponível para<br />

aluguer num futuro próximo irá depender<br />

da extensão e profundidade da crise<br />

económica e da pandemia que atualmente<br />

estamos a viver. Se o COVID 19 persistir<br />

ou reaparecer no próximo outono, ou na<br />

primavera de 2021, os impactos a longo<br />

prazo na locação automóvel poderão eventualmente<br />

ser mais notáveis.<br />

Mudanças comportamentais de longo prazo<br />

na mobilidade podem ocorrer se a crise<br />

económica e de saúde durar mais do que<br />

os países atualmente preveem.<br />

Da mesma forma como as pessoas se<br />

adaptaram às mudanças operadas após os<br />

atentados de 11 de setembro nas viagens<br />

aéreas como, por exemplo, a remoção dos<br />

sapatos, cintos, bolsas, etc. para verificação<br />

(com uma verificação de cada passageiro<br />

mais rigorosa e que entrou nas rotinas de<br />

todos os aeroportos), a situação que agora<br />

estamos a viver poderá provocar mudanças<br />

semelhantes na verificação dos passageiros<br />

(como por exemplo verificação da temperatura,<br />

eventuais análises, etc.).<br />

No que respeita aos automóveis, já antes<br />

da pandemia, registavam-se por parte das<br />

empresas de rent-a-car sérias preocupações<br />

com os clientes no sentido da higienização<br />

dos veículos entregues, situação essa que<br />

agora foi ainda mais reforçada de modo<br />

a estreitar uma relação de confiança dos<br />

clientes com as empresas alugadoras.<br />

Embora existam muitas incógnitas sobre o<br />

futuro, as empresas de rent-a-car procuram<br />

alguns sinais no caminho da recuperação,<br />

sendo o primeiro desses sinais – Qual o<br />

comportamento das companhias aéreas?<br />

Atualmente o número de voos operados nos<br />

aeroportos portugueses é residual, quer os<br />

voos de e para países da União Europeia,<br />

quer os do resto do mundo (só possíveis<br />

em situações muito especiais).<br />

No caso do rent-a-car, onde a atividade<br />

turística pesa 60% no total do seu negócio,<br />

o transporte aéreo é determinante.<br />

Mesmo quando não existem restrições<br />

de permanência das pessoas nas suas residências<br />

e a procura aumenta, o aumento<br />

do número de voos não acontece de um<br />

momento para outro.<br />

Não constitui nenhuma novidade que a<br />

compra de novas viaturas pelas empresas de<br />

rent-a-car em todo o mundo, com especial<br />

destaque na europa estão desde março<br />

passado reduzidas a números residuais,<br />

procurando estas pelo contrário adaptarem<br />

o melhor possível a sua frota à pouca<br />

procura que existe e tendo em atenção os<br />

elementos disponíveis (que variam de dia<br />

para dia), a frota existente será certamente<br />

a mesma que teremos nas empresas de<br />

rent-a-car até 2021, independentemente<br />

do eventual retorno à semi-normalidade.<br />

Também a oferta de frota para venda no<br />

final do Verão não será a mesma que habitualmente,<br />

pois devido aos atuais níveis<br />

de frota, o ciclo de renovação das frotas de<br />

rent-a-car não apresentará a rotatividade habitual,<br />

mantendo os operadores os veículos<br />

em frota por necessidade e imperativos de<br />

uma gestão rigorosa.<br />

O desconforto das empresas de rent-a-car é<br />

motivado por muitas incógnitas provocadas<br />

por uma crise de saúde global diferente das<br />

recessões que vivemos mais recentemente,<br />

as quais se ficaram a dever a problemas de<br />

índole financeira.<br />

Ao comparar a crise atual com a verificada<br />

há uma década atrás e ao contrário do<br />

que nessa época já se vinha anunciado, a<br />

crise atual acontece num tempo em que a<br />

dinâmica do mercado era muito boa antes<br />

da pandemia.<br />

Janeiro e fevereiro de 2020 terão sido dos<br />

melhores meses de janeiro e fevereiro que<br />

o setor já havia experimentado.<br />

Para quando o fim da crise que atravessamos<br />

e quais as dinâmicas que teremos no fim<br />

dessa crise, tal constitui uma incógnita,<br />

mas podemos certamente dizer o seguinte:<br />

O rent-a-car atravessou ao longo da sua<br />

existência, (a qual é contemporânea com o<br />

aparecimento do automóvel) várias crises,<br />

incluindo duas guerras mundiais, continuando<br />

a existir muitas das principais<br />

empresas que existiam à época.<br />

Estamos convictos de que viajar continuará<br />

a ser uma necessidade e que o rent-a-car<br />

estará sempre presente para atender essa<br />

necessidade.<br />

Ao comparar a crise atual com a verificada<br />

há uma década atrás e ao contrário do que<br />

nessa época já se vinha anunciado, a crise atual<br />

acontece num tempo em que a dinâmica<br />

do mercado era muito boa antes da pandemia


21<br />

Pós-Venda em tempos<br />

de COVID-19:<br />

o copo meio cheio<br />

Guillermo de Llera<br />

DIRETO-GERAL DA IF4<br />

Ponto de partida. O sector de<br />

pós-venda de reparação e manutenção<br />

de veículos, é um sector<br />

que reage lentamente às mudanças<br />

externas. Depende fundamentalmente<br />

do parque automóvel, que é<br />

uma variável que muda muito lentamente,<br />

sendo difícil evoluções com mais de 1%<br />

de diferença. E tem em Portugal algumas<br />

especificidades:<br />

- Excesso de Oferta: o nº de Oficinas tem<br />

tido uma diminuição continuada;<br />

- IAM com a quota de mercado mais elevada<br />

de Europa (90% em nº de Reparadores<br />

e 80% em valor);<br />

- Especialistas em Pneus com a maior penetração<br />

de mercado na Europa (substituem<br />

7 de cada 10 Pneus).<br />

COVID-19<br />

Esta crise tem uma caraterística inédita<br />

no sector auto: muito elevada intensidade<br />

e curta duração (ou assim o esperamos!).<br />

A circulação rodoviária deve estar em valores<br />

da ordem de 30% do normal nos meses<br />

de março, abril e maio, mas será “quase<br />

normal” nos outros 9 meses do ano. Em<br />

termos de quilometragem calculamos uma<br />

diminuição de 20% em 2020.<br />

O consumo de gasolina caiu 60% em<br />

março.<br />

E a disponibilidade dos orçamentos familiares<br />

também sofrerão as consequências<br />

da pandemia, com o que a disponibilidade<br />

financeira para os cuidados dos carros<br />

também se verá afetada.<br />

EVOLUÇÃO DO MERCADO<br />

A CURTO PRAZO<br />

A queda da atividade entre março e maio,<br />

reduzida a quase a quarta parte do total,<br />

implica um golpe muito complicado para<br />

dois tipos de oficinas:<br />

- Segundo as estatísticas das nossas bases de<br />

dados, uma de cada 4 oficinas multimarcas<br />

independentes tem capitais negativos<br />

(falência técnica). E uma de cada 3 tem<br />

Resultados Líquidos Negativos. Estas empresas<br />

não reúnem requisitos para solicitar<br />

apoios financeiros, nem tem “reservas” para<br />

enfrentar esta situação.<br />

-A queda das Vendas de Novos sim vai ser<br />

brutal: antes da pandemia, já estavam a<br />

cair pela indefinição de que automóvel e<br />

que mobilidade, pelo que se em 2020 se<br />

venderem 50% dos carros de 2019 já seria<br />

ótimo. E nada indica que em 2021 esteja<br />

clarificado o mercado. Em conclusão: as<br />

Oficinas Autorizadas tem um ano muito<br />

complicado (tem uma solução, mas já mostraram<br />

que não é do seu gosto: mudarem<br />

a mentalidade de vendedor de carro, para<br />

a de reparador de carro).<br />

Em situação contrária estão os Reparadores<br />

de Pesados, já que o Transporte de<br />

Mercadorias é sector prioritário e tem<br />

mantido a atividade.<br />

EVOLUÇÃO A MÉDIO PRAZO<br />

O parque não vai diminuir, a quilometragem<br />

a partir de 2021 vai voltar aos valores<br />

anteriores e as despesas das famílias poderão<br />

também não ter uma queda permanente e<br />

recuperar o nível de 2019 em 2022.<br />

Se for assim, este mercado confirmará a sua<br />

resiliência e manterá os valores absolutos,<br />

com uma vantagem acrescentada: estará<br />

resolvido o problema de excesso de oferta.<br />

O setor da distribuição verá reforçadas as<br />

estruturas locais, em detrimento das grandes<br />

cadeias Internacionais. Mas isto não é<br />

novidade em Portugal, onde os distribuidores<br />

tem níveis tecnológicos e financeiros<br />

excelentes.<br />

O COPO MEIO CHEIO<br />

As oficinas IAM (em rede ou independentes)<br />

com estruturas técnicas e financeiras<br />

deverão sair reforçadas desta crise, aumentando<br />

a sua penetração no mercado. Metade<br />

das oficinas atualmente em funcionamento<br />

preenchem estes requisitos.<br />

E se realizarem inovações tecnológicas, em<br />

particular em B2C (fidelização de clientes),<br />

o futuro melhorará o passado. A conetividade<br />

com o cliente não se deve limitar a<br />

automática com a viatura, mas também<br />

com a “pessoa” cliente (que não quer ficar<br />

sem mobilidade, que quer saber que é o<br />

que paga, que aprecia um atendimento<br />

de excelência,….).<br />

O aumento da idade do Parque, em consequência<br />

da queda das vendas, será favorável<br />

ao IAM.<br />

Já antes da situação atual o dono do carro<br />

(particular ou empresa), estava a passar de<br />

ator secundário a protagonista deste filme.<br />

Com a diminuição da oferta e as novas<br />

tecnologias, a forma como o reparador<br />

convence aos condutores (Informação,<br />

Transparência, Serviços) será definitiva.<br />

As oficinas IAM (em<br />

rede ou independentes)<br />

com estruturas técnicas<br />

e financeiras deverão<br />

sair reforçadas desta<br />

crise, aumentando a<br />

sua penetração no<br />

mercado. Metade das<br />

oficinas atualmente<br />

em funcionamento<br />

preenchem estes<br />

requisitos


22<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

A mobilidade num<br />

mundo suspenso<br />

Tiago Firmino Ribeiro<br />

BUSINESS DEVELOPMENT MANAGER<br />

SOLERA PORTUGAL<br />

Todos fomos obrigados a mudar!<br />

Sabemos que esta é uma mudança<br />

que nos vai deixar marcas<br />

profundas, na maneira de encarar<br />

a vida, a família, a amizade,<br />

o trabalho. A forma como interagimos,<br />

comunicamos, como nos deslocamos.<br />

Ficamos em casa e connosco os nossos<br />

meios de mobilidade. É sobre a mobilidade,<br />

ou melhor, sobre a quebra de mobilidade,<br />

que gostaria de partilhar convosco algumas<br />

das evidências que fomos reunindo nestes<br />

tempos de emergência nacional.<br />

MOBILIDADE, POR ONDE ANDAS<br />

Ao resguardarmo-nos em casa, também os<br />

veículos ficam em suspenso esperando um<br />

dia regressar ao agitado quotidiano a que<br />

estamos todos habituados. A redução da<br />

circulação de pessoas e veículos é latente<br />

no relatório da Google sobre a mobilidade<br />

- última atualização a 11 de Abril - onde é<br />

clara a quebra da atividade de deslocações.<br />

A frequência de espaços públicos e de trabalho<br />

caiu entre 78% e 58%, enquanto que<br />

em sentido oposto as deslocações para locais<br />

de residência aumentaram 26%.<br />

Sabemos que esta redução é necessária,<br />

sabemos que este é o reflexo de uma sociedade<br />

responsável e solidária. Contudo,<br />

há um preço a pagar e ele é cobrado pelo<br />

abrandamento da economia e da atividade<br />

empresarial, que depende das deslocações<br />

para manter o negócio em atividade.<br />

VEÍCULOS AUTOMÓVEIS,<br />

COMPRA ADIADA<br />

A incerteza relativa ao futuro leva a que<br />

a tomada de decisão, no que à aquisição<br />

de veículos diz respeito, seja adiada. Os<br />

dados de março mostram que em termos<br />

homólogos se venderam menos 14.300<br />

ligeiros de passageiros face a março de 2019,<br />

correspondendo a uma redução de <strong>56</strong>,7%<br />

do número de veículos ligeiros matriculados<br />

no primeiro trimestre de 2020.<br />

Analisando a variação mensal, março regista<br />

uma quebra de 47,7% nos ligeiros de<br />

passageiros face a Fevereiro. É uma descida<br />

de 20.263 carros vendidos no segundo<br />

mês deste ano para os 10.595 comprados<br />

em março. De notar que em fevereiro o<br />

mercado tinha crescido 5% em termos<br />

homólogos.<br />

MENOS SINISTROS,<br />

MAIS PREOCUPAÇÕES<br />

Também no negócio segurador a redução da<br />

exposição ao risco de circulação diminuiu,<br />

existindo um decréscimo significativo do<br />

número de veículos a circular e, em consequência,<br />

no decréscimo do número de<br />

acidentes, conforme podemos comprovar<br />

com os dados do número de peritagens<br />

efetuadas nos primeiros 4 meses deste ano.<br />

Distribuição do número de peritagens<br />

Não deixa de ser uma boa noticia para<br />

esta atividade. Contudo, a exigência do<br />

momento leva a que outros desafios se<br />

imponham.<br />

Uma atividade habituada ao contacto direto<br />

com os seus clientes, quer por intermédio<br />

dos seus agentes, quer pelos seus peritos,<br />

teve, num curto espaço de tempo, de se<br />

reinventar e procurar alternativas de contacto,<br />

que não o presencial, mantendo a<br />

relação com o seu maior activo - a sua<br />

carteira de clientes.<br />

Trabalho remoto, call center descentralizado,<br />

video-peritagem, muitas video-conferências,<br />

novos produtos, atualização da<br />

oferta, esta foi a resposta dada à pandemia<br />

de uma das atividades mais impactantes da<br />

nossa economia e do nosso tecido social,<br />

e que é neste momento um dos maiores<br />

sectores em plena transformação digital,<br />

agora acelerada.<br />

REPARADORES EM SUSPENSO<br />

No sector dos reparadores a decisão do<br />

Governo de manter as oficinas e o comércio<br />

de peças abertas ao público durante o estado<br />

de emergência, justifica-se pelo facto de<br />

estas serem consideradas como essenciais<br />

ao regular funcionamento económico e<br />

social do país.<br />

Contudo, é inevitável a quebra da procura e,<br />

mesmo sendo essencial, esta é uma atividade<br />

não imune à drástica redução do tráfego<br />

rodoviário, em especial para as oficinas<br />

exclusivamente dedicadas à colisão.<br />

O volume de transações efetuadas no último<br />

mês pelos maiores distribuidores de peças<br />

do mercado caiu 67%, revelando aqui,<br />

também, o impacto no sector da reparação<br />

e manutenção automóvel.<br />

Em Portugal, este sector, onde se enquadram<br />

fabricantes, reparadores e distribuidores:<br />

- representa 19% do produto interno bruto;<br />

- 25% das exportações de bens transacionáveis;<br />

- e emprega, diretamente, cerca de 200<br />

mil pessoas.<br />

Este é, no entanto, um sector robusto, tecnologicamente<br />

bem preparado, construído<br />

sobre bases sólidas de competências e recursos<br />

diferenciadores que serão as principais<br />

alavancas na retoma da atividade.<br />

A NOSSA RESPOSTA<br />

Na Solera, procurámos adaptar-nos a esta<br />

nova realidade, identificando e adaptando<br />

no nosso portfolio, soluções e serviços que<br />

se adaptassem à realidade atual, ajudando<br />

a manter a estabilidade nas operações dos<br />

nossos parceiros, bem como nas nossas<br />

próprias operações através de “trabalho<br />

remoto”, “video peritagem”, “peritagem<br />

remota” e “partilha da rede de parceiros<br />

e auditores”.<br />

O REGRESSO AO NOVO NORMAL<br />

A certeza que fica para todos nós é a de um<br />

mundo diferente, mais conectado, mais<br />

digital, marcado pela responsabilidade, pela<br />

solidariedade e, acima de tudo, por uma<br />

forma de estar na vida e nos negócios mais<br />

tolerante e elevada.<br />

É para este novo normal que nos preparamos,<br />

seguindo na certeza que os nossos<br />

parceiros podem contar com todo o nosso<br />

conhecimento, experiência e dedicação na<br />

entrega de soluções resilientes, capazes de<br />

fazer face a qualquer crise que nos possa<br />

assombrar.


23<br />

COVID-19, quando<br />

um vírus vira o mundo<br />

ao contrário!<br />

O<br />

atual momento de pandemia<br />

do coronavírus que vivemos,<br />

tem sido um período muito<br />

desafiante para todos. A rápida<br />

propagação do COVID-19<br />

está a ter um impacto profundo em todo<br />

o mundo e, por isso, Governos, cidadãos<br />

e empresas estão a fazer a sua parte para<br />

reduzir os riscos de saúde, sociais e económicos.<br />

O setor das gestoras de frotas não é<br />

exceção. Com o mundo virado ao contrário,<br />

a LeasePlan encontrou novas estratégias<br />

para manter o foco no serviço ao cliente.<br />

A LeasePlan Portugal tomou as medidas<br />

preventivas recomendadas pela DGS e<br />

implementou o seu Plano de Continuidade<br />

de Negócio. Embora estejamos a trabalhar<br />

remotamente, estamos em pleno funcionamento<br />

procurando garantir a segurança<br />

de colaboradores, clientes, condutores e<br />

parceiros. Paralelamente, estamos a trabalhar<br />

com os nossos fornecedores, a monitorizar<br />

regularmente a situação do surto<br />

de COVID-19 para garantir um serviço<br />

contínuo e a encontrar alternativas sempre<br />

que for necessário e se justifique. Até porque<br />

a vida tem de continuar e garantir a sustentabilidade<br />

dos negócios é premente, não<br />

apenas para garantir os postos de trabalho,<br />

mas também para apoiar a economia.<br />

Com o cenário de redução dos serviços<br />

da rede de concessionários e o fecho temporário<br />

de muitas fábricas na Europa e no<br />

resto do mundo, há mais dificuldade em<br />

disponibilizar prazos de entrega precisos aos<br />

nossos clientes. Para além disso, dado o atual<br />

contexto nacional de Estado de Emergência,<br />

perspetivamos algumas dificuldades em<br />

conseguir assegurar, convenientemente, os<br />

meios logísticos para a receção dos veículos<br />

em final de contrato, por isso a solução<br />

encontrada pela LeasePlan para continuar<br />

a garantir a mobilidade dos seus clientes,<br />

tem sido proceder à extensão dos contratos.<br />

À luz da incerteza atual, fará mais sentido,<br />

na nossa prespectiva, estender os contratos<br />

por 12 meses, tendo assim espaço para<br />

reavaliação de decisões no futuro próximo.<br />

Por outro lado, embora conscientes que<br />

se devem evitar as viagens não essenciais,<br />

mesmo que o cliente tenha de viajar durante<br />

estas medidas excecionais, a nossa assistência<br />

em viagem continua em funcionamento.<br />

Na manutenção estamos a privilegiar a<br />

mobilidade da frota, dando prioridade às<br />

intervenções que imobilizem os veículos<br />

por motivo de sinistro ou de avaria, em<br />

detrimento da reparação de danos estéticos<br />

e intervenções de pneus (que pedimos que<br />

a troca seja solicitada apenas por questões<br />

de segurança e se os pneus apresentarem<br />

desgaste até um nível que, legalmente, não<br />

é permitido) e manutenção não urgentes. A<br />

segurança é sempre a principal prioridade.<br />

O superior interesse de clientes, parceiros<br />

e colaboradores será sempre a principal<br />

preocupação da LeasePlan e acreditamos<br />

que desta forma conseguiremos minimizar<br />

os impactos decorrentes da atual situação.<br />

Acreditamos que, juntos, conseguiremos<br />

ultrapassar o período de incerteza que estamos<br />

a viver.<br />

Pedro Pessoa<br />

DIRETOR COMERCIAL DA LEASEPLAN<br />

Com o cenário de<br />

redução dos serviços da<br />

rede de concessionários<br />

e o fecho temporário<br />

de muitas fábricas<br />

na Europa e no<br />

resto do mundo, há<br />

mais dificuldade em<br />

disponibilizar prazos de<br />

entrega precisos aos<br />

nossos clientes<br />

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24<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

Manter a confiança<br />

em tempo excecionais:<br />

a resposta do pós-venda<br />

Paulo David Ferreira<br />

RESPONSÁVEL DA REDE DE OFICINAS<br />

RECOMENDADAS DA LIBERTY SEGUROS<br />

e “confiança”<br />

foram sempre palavras importantes<br />

para quem lida,<br />

na sua atividade, com clientes.<br />

No cenário atual e no “Estabilidade”<br />

que virá depois, os serviços que tenham tido<br />

em conta estas prioridades estarão melhor<br />

preparados para reagir.<br />

A rede de oficinas recomendada pela Liberty<br />

estabeleceu-se no ano de entrada da seguradora<br />

em Portugal, em 2003. Uma rede<br />

estável, que tem vindo progressivamente<br />

a crescer e a diversificar-se, em função do<br />

crescimento da própria Liberty e das características<br />

e necessidades dos nossos Clientes.<br />

Esta rede de oficinas tem sabido responder<br />

aos exigentes desafios que ao longo dos anos<br />

tem vindo a enfrentar – a adaptação às novas<br />

tecnologias, a introdução das diferentes<br />

ferramentas de orçamentação, a adoção<br />

de métodos de trabalho mais eficientes,<br />

a resposta às necessidades de mobilidade<br />

dos Clientes e a capacidade de fazer face às<br />

diversas crises por que o setor automóvel<br />

atravessou.<br />

A crise gerada pela atual pandemia decorrente<br />

do novo coronavírus, não será<br />

seguramente exceção. As oficinas foram<br />

consideradas uma atividade essencial e a<br />

grande maioria das recomendadas pela<br />

Liberty manteve-se em funcionamento.<br />

Um funcionamento adaptado às circunstâncias:<br />

algumas a laborar à porta fechada,<br />

com marcação prévia, outras em horário<br />

reduzido, dando prioridade de reparação às<br />

ambulâncias e a outros veículos dos profissionais<br />

afetos à primeira linha do combate<br />

à pandemia e realizando a orçamentação<br />

por recurso a peritagem remota. O objetivo<br />

foi sempre respeitar as orientações<br />

das autoridades e garantir a segurança dos<br />

funcionários e dos Clientes, evitando, na<br />

medida do possível, o contacto direto e<br />

aglomeração de pessoas.<br />

A limitação da mobilidade ditada pelo confinamento<br />

trouxe, inevitavelmente, menos<br />

acidentes e uma redução importante da<br />

procura de oficinas de colisão. As reparações<br />

decorrentes de pequenos sinistros que não<br />

implicam a imobilização dos veículos foi<br />

relegada para o regresso da normalidade;<br />

tal como as manutenções. Acreditamos que<br />

a retoma será progressiva, acompanhando<br />

o regresso, também gradual, das diversas<br />

atividades económicas à nova normalidade.<br />

A Liberty irá oferecer às mais de 800 oficinas<br />

da sua rede, espalhadas nos três países<br />

onde marca presença na Europa (Portugal,<br />

Espanha e Irlanda), uma máquina de desinfeção<br />

de ozono, que permitirá desinfetar<br />

os veículos dos respetivos Clientes e os de<br />

cortesia, de forma totalmente gratuita, independentemente<br />

de serem encaminhados<br />

e seguros pela Liberty. Com esta medida,<br />

não só cumprimos a promessa de proteger<br />

os Clientes contra o inesperado, garantindo<br />

a sua saúde e segurança, como ajudamos a<br />

assegurar a continuidade da atividade das<br />

PMEs da nossa rede de oficinas.<br />

O objetivo desta iniciativa é que os clientes<br />

Liberty se sintam seguros e confiantes, pois<br />

poderão levar os seus veículos com total<br />

tranquilidade a qualquer oficina da rede,<br />

sabendo que serão completamente desinfetados<br />

antes da entrega. Aliás, os benefícios<br />

desta iniciativa são extensíveis a todos os outros<br />

clientes das oficinas. Simultaneamente,<br />

ao disporem de uma solução tão relevante<br />

nestes novos tempos em que a higiene e a<br />

prevenção são protagonistas, contribuímos<br />

para o retomar dos negócios das oficinas da<br />

rede, dando-lhes um suporte que esperamos<br />

seja diferenciador nesta fase tão delicada.<br />

A estabilidade implica também flexibilidade.<br />

Apesar da maioria dos seguros não apresentar<br />

cláusulas de exclusão ou limitação<br />

das coberturas relacionadas com pandemias<br />

afetas à saúde pública, a Liberty apostou na<br />

flexibilidade tanto com clientes segurados<br />

como com os agentes mediadores. Nesta<br />

situação excecional e sempre que possível a<br />

Liberty facilitará, a nível global, a mudança<br />

dos contratos anuais para os parcelados<br />

sem qualquer sanção financeira. Em todo<br />

o caso, todas as situações serão avaliadas<br />

individualmente de forma a oferecer flexibilidade<br />

sobre as melhores opções e períodos<br />

de pagamento, eliminar cobranças<br />

ou quaisquer outros termos de apólices.<br />

No mais, cumprir com o compromisso<br />

que temos estabelecido com as oficinas<br />

recomendadas – alavancar o volume de<br />

encaminhamento e pagar pontualmente<br />

os serviços de reparação.<br />

A limitação da<br />

mobilidade ditada pelo<br />

confinamento trouxe,<br />

inevitavelmente, menos<br />

acidentes e uma redução<br />

importante da procura<br />

de oficinas de colisão. As<br />

reparações decorrentes<br />

de pequenos sinistros<br />

que não implicam<br />

a imobilização dos<br />

veículos foi relegada<br />

para o regresso da<br />

normalidade; tal como as<br />

manutenções


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WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

GESTÃO OFICINAL EM TEMPOS DE CRISE<br />

O caos chegou!<br />

E agora?<br />

Tudo corre bem até nos apercebermos que, ao encontro daquilo que todas as expetativas<br />

faziam prever, o caos se instala na sociedade e nas organizações. É neste momento que temos<br />

o primeiro impacto, ao ouvirmos a voz interior que nos questiona “e agora?”. Mas é também<br />

este o momento capaz de nos definir enquanto líderes, e que pode mudar o rumo do nosso<br />

negócio (e das nossas vidas).<br />

TEXTO JOSÉ PEDRO CAR ACADEMY<br />

O<br />

nosso cérebro tem a capacidade<br />

de captar expressões<br />

ou palavras, e de as reter<br />

por tempo indeterminado,<br />

levando-nos a relembrá-las<br />

até em contextos que nada têm a ver<br />

com o qual foram proferidas. Quando<br />

o leitor utiliza a palavra “crise” perante<br />

um cliente, este irá fazer questão de lhe<br />

relembrar que o serviço adicional que<br />

lhe está a tentar vender, ficará sem efeito,<br />

por causa… da crise! Acredite. Durante<br />

a minha carreira já assisti a este episódio<br />

inúmeras vezes. Quando esta palavra<br />

saltar no seu pensamento, lembre-se<br />

que os pensamentos negativos são uma<br />

espécie de suicídio espiritual.<br />

Voltemos ao momento em que a nossa<br />

voz interior nos questiona “e agora?”,<br />

como se nós tivéssemos resposta para lhe<br />

dar. Quantos de nós, em várias situações<br />

nas nossas vidas pessoais e profissionais,<br />

não nos sentimos já confrontados com a<br />

mesma questão? Nestas alturas, só temos<br />

duas opções: ou baixamos os braços;<br />

ou arregaçamos as mangas e colocamos<br />

mãos à obra naquela que se avizinha<br />

uma árdua tarefa.<br />

Vou deixar-lhe desde já o plano para<br />

enfrentar a adversidade: parar, pensar e<br />

planear! Lembre-se que quem só trabalha,<br />

acaba por trabalhar pior. É necessário<br />

parar para pensar, refletir, redesenhar,<br />

desenvolver a inovação. Isto à primeira<br />

vista pode chocar, porque parece uma<br />

perda de tempo. Como disse Henry<br />

Ford “Pensar é a função mais difícil que<br />

existe. Talvez seja esta a razão pela qual<br />

existem tão poucas pessoas que o façam”.<br />

Na minha ronda diária pelas redes sociais,<br />

constato que a maioria das pessoas desperdiça<br />

mais tempo e energia a falar dos<br />

problemas do que a tentar resolvê-los. É<br />

importante não perder tempo a procurar<br />

culpados, mas investi-lo a encontrar


27<br />

soluções. Este é um dos traços que distingue<br />

os perdedores dos vencedores.<br />

Os primeiros procuram problemas, os<br />

segundos soluções. Gestores de sucesso<br />

não dedicam sequer um minuto a lamentações<br />

infantis, preferindo concentrar<br />

toda a sua atenção e energia a criar<br />

alternativas e contornar os obstáculos<br />

que lhes surgem. Lembre-se que, por<br />

muito dinheiro que tenha, o seu dia<br />

tem apenas 24h. Por isso aproveite-as<br />

da melhor forma!<br />

Para aqueles que pensam que o seu negócio<br />

se vai desmoronar à passagem do<br />

Covid-19, lembre-se que a indústria<br />

automóvel já conta mais de um século de<br />

existência, que passou por duas Guerras<br />

Mundiais e um sem número de crises<br />

sócio-económicas internacionais, sem<br />

contar com as catástrofes provocadas pela<br />

Mãe Natureza. Como dizem os líderes<br />

políticos a nível mundial, vai custar, sem<br />

dúvida. Mas devemos inspirar-nos pela<br />

iniciativa com que os nossos filhos têm<br />

decorado varandas e janelas nas últimas<br />

semanas: #vamostodosficarbem<br />

Prioritário: Gerir a equipa!<br />

Muitas obras existem onde o leitor pode<br />

encontrar diversos conceitos sobre chefia<br />

e liderança. Na minha opinião, um chefe<br />

tem de ser um líder, e um líder deve<br />

saber chefiar. Não é possível dissociar<br />

estes dois conceitos. A primeira obrigação<br />

de qualquer pessoa à frente de<br />

uma organização é dar o exemplo, o que<br />

significa ser o primeiro em tudo. Não se<br />

pode exigir aos outros se antes não for<br />

capaz de exigir o mesmo a si mesmo. A<br />

isto chamo liderença. A chefia vem por<br />

acréscimo.<br />

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28<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

i<br />

AS OFICINAS E O CORONAVÍRUS<br />

Quer navegue em águas calmas, ou no<br />

meio da maior tempestade, o gestor deve<br />

ser o primeiro a manter a calma e o rumo<br />

da navegação na sua empresa. Deve ter a<br />

capacidade (e autoridade) para reajustar<br />

as equipas à necessidade dos tempos que<br />

se impõem, fazendo cumprir os novos<br />

objetivos traçados: manter empregos,<br />

mantendo a organização a funcionar.<br />

Muitos são os empresários que necessitam<br />

trabalhar um fator vital na sua<br />

função enquanto líderes: a comunicação.<br />

A má comunicação causa dificuldade<br />

nas relações humanas. Caso pretenda<br />

obter bons resultados, um líder deve<br />

dominar muito bem a comunicação. E<br />

este pressuposto é válido, não só para o<br />

exterior, mas também para o interior da<br />

sua organização.<br />

O mais importante do que possa estar<br />

a fazer para garantir a continuidade do<br />

seu negócio, e dos postos de trabalho dos<br />

seus colaboradores, é mostrar-lhes esse<br />

trabalho. Ao verem e perceberem que o<br />

seu líder está comprometido a cem por<br />

cento com a manutenção da atividade, a<br />

equipa terá uma resposta de total apoio<br />

e solidariedade.<br />

Haverão sempre os que não compreenderão<br />

o benefício global dos seus atos,<br />

e remarão contra si gerando conflitos<br />

internos. Enfrentar os conflitos define<br />

um líder. Os conflitos não são agradáveis<br />

para ninguém, mas fazer vista grossa<br />

quando estes surgem engrandece-os.<br />

Bem geridos, os conflitos ajudam-no a<br />

crescer enquanto líder.<br />

Ao longo da História da Humanidade,<br />

muitas foram as batalhas vencidas por<br />

pequenos exércitos organizados, contra<br />

batalhões bem mais numerosos e equipados.<br />

Manter o seu exército é a chave<br />

primária para enfrentar mais uma batalha<br />

na história da sua empresa.<br />

Lembre-se que um sonho fantástico precisa<br />

de uma equipa brilhante, ou não se<br />

realizará.<br />

Produção em curso<br />

Manter a produção significa continuar<br />

a escoar os seus serviços mesmo em<br />

tempos de maior indefinição sócioeconómica,<br />

o que poderá trazer-lhe<br />

algumas vantagens face aos concorrentes:<br />

Continuidade do negócio: Irá assegurar o<br />

fornecimento de serviços aos seus clientes<br />

que o continuam a procurar, apesar do<br />

decréscimo generalizado na procura. Os<br />

seus clientes perceberão que, mesmo em<br />

tempos de grande dificuldade, não deixou<br />

de estar disponível para o servir;<br />

Conquista de novos clientes: Lembrese<br />

que o seus concorrentes podem não<br />

estar a ler este artigo, e terem optado<br />

por “baixar os braços” quando o leitor<br />

arregaçou as mangas e colocou mãos<br />

à obra. Os clientes do seu concorrente<br />

continuarão a ter necessidade deste tipo<br />

de serviços, pelo que irão procurar por<br />

quem os possa fornecer.<br />

Inovação: Em alturas de menor procura,<br />

as empresas que mantém a sua atividade<br />

produtiva devem procurar inovar. Inovar<br />

na aplicação de novos métodos e técnicas<br />

que possam melhorar os seus fluxos<br />

de trabalho. Inovar na aquisição de<br />

formação e informação para todos os seus<br />

Reinventar o Marketing<br />

A sua empresa precisa ser ágil e readaptarse<br />

à demanda do mercado. Definir (ou<br />

redefinir) o plano de Marketing irá trazerlhe<br />

uma vantagem competitiva perante os<br />

seus concorrentes.<br />

Com os recentes estudos de<br />

comportamento do consumidor, percebeuse<br />

que os 4 P’s do Marketing (Product,<br />

Price, Place e Promotion) precisavam ser<br />

redefinidos para uma perspetiva mais<br />

focada no consumidor. Começaram a ser<br />

desenvolvidas estratégias fundamentadas<br />

naquilo que é chamado hoje de 4 C’s do<br />

Marketing:<br />

Cliente: É agora o centro de todo o<br />

processo. O Produto deixa assim de ser<br />

o principal ponto a ter em consideração,<br />

como acontecia no Marketing Mix e passa<br />

a ser o consumidor.<br />

Custo: O custo vem substituir o Preço.<br />

O preço no Marketing Mix referia-se<br />

basicamente ao produto em si e aos custos<br />

da empresa para o comercializar. O custo,<br />

para além do preço necessário para a<br />

fabricação e comercialização do produto,<br />

contempla também o consumidor e o<br />

custo que o consumidor terá para ceder ao<br />

produto, bem como o tempo para efetuar a<br />

compra ou para usufruir do produto, e ainda<br />

todas as suas emoções, durante a venda e<br />

essencialmente no pós-venda.<br />

colaboradores técnicos e não técnicos.<br />

Implementar ferramentas que possam<br />

facilitar as suas tarefas do dia-a-dia. Seja<br />

diferente da sua concorrência e inove!<br />

Não tenha medo de errar! Lembre-se que<br />

Thomas Edison se enganou 10.000 vezes<br />

antes de inventar a lâmpada…<br />

Manutenção de equipamentos e<br />

instalações: Aquela manutenção ao<br />

elevador que está pendente há um bom<br />

par de anos, a revisão ao compressor que<br />

vai sendo adiada semana após semana,<br />

ou a falta de limpeza das luminárias que<br />

lhe aumenta a despesa de eletricidade<br />

em 50%. Não será este o momento<br />

para estas atividades? Uma boa forma<br />

de aumentar o seu rácio de utilização<br />

oficinal é aproveitar momentos em que os<br />

seus técnicos estão parados por falta de<br />

trabalho que possa ser vendido, para fazer<br />

a manutenção aos seus equipamentos.<br />

Esqueça as intervenções no seu carro<br />

de corrida, na moto quatro ou no jipe.<br />

Para além de aumentar as despesas não<br />

essenciais, está a criar desmotivação nos<br />

seus colaboradores. Lembre-se que lhes<br />

paga para venderem horas e não para<br />

garantirem o seu hobby.<br />

Conveniência: A Distribuição era<br />

basicamente a estratégia de distribuição do<br />

produto. Este processo dependia muito de<br />

terceiros, fossem empresas de logística ou<br />

espaços de venda. Hoje, e de acordo com a<br />

análise das preferências e/ou necessidades<br />

do cliente, é ele quem decide onde pretende<br />

ir buscar os produtos, ou mesmo, se lhe<br />

serão entregues em casa.<br />

Comunicação: As campanhas tradicionais,<br />

designadas de Promoção no Marketing<br />

Mix, dão agora lugar à comunicação.<br />

As campanhas tradicionais dependiam<br />

dos meios utilizados para trabalhar a<br />

sua efetividade e perceção, focavam-se<br />

também, essencialmente, em comunicar<br />

os benefícios do produto. A comunicação<br />

focada no consumidor contempla, além<br />

de todos os meios utilizados, a opinião de<br />

influenciadores, o marketing relacional,<br />

a satisfação do cliente no pós-venda e a<br />

comunicação bidirecional, muito facilitada<br />

pela tecnologia.<br />

Podemos concluir que a mudança de<br />

paradigmas nos permite hoje, trabalhar<br />

essencialmente na experiência do<br />

consumidor substituindo as estratégias<br />

de marketing tradicional por estratégias<br />

de marketing relacional. A compra deixa<br />

de ser uma transação e passa a ser uma<br />

experiência.


29<br />

Notícias<br />

N<br />

MGM mantém serviços de assistência<br />

às oficinas<br />

A<br />

MGM – Manuel Guedes Martins,<br />

Unipessoal, Lda é uma Empresa<br />

Certificada de Serviços de<br />

Assistência Técnica a equipamentos de<br />

oficinas do ramo automóvel. Nesta época<br />

de pandemia, a empresa manteve os seus<br />

Mesmo durante o período de confinamento<br />

devido à pandemia,<br />

a Kroon Oil não parou a sua<br />

atividade e, respeitando todas as regras<br />

e regulamentos, lançou várias atualizações<br />

de produto.<br />

Estes novos produtos, que poderão ser<br />

encontrados na “Ferramenta de aconselhamento”<br />

no site da Kroon-Oil, são<br />

os eguintes:<br />

- Avanza MSP+ 5W-30 substitui o Avanza<br />

MSP 5W-30 – Este óleo de motor foi<br />

desenvolvido especialmente para motores<br />

que exigem a especificação de óleo<br />

PSA B71 2290.<br />

- Upgrade Asyntho 5W-30 – foi atualizado<br />

com a versão mais recente da API,<br />

adicionando algumas especificações OE;<br />

- Novo Meganza MSP 5W-30 – Este óleo<br />

serviços, essenciais para que as oficinas se<br />

mantenham a laborar.<br />

Com 20 anos de existência no mercado,<br />

e prestando um serviço de qualidade e<br />

utilidade reconhecida pelo mercado oficinal,<br />

a MGM, comercializa também todo<br />

o tipo de acessórios para esses mesmos<br />

equipamentos.<br />

“A nossa empresa continua a apoiar os<br />

seus clientes, neste período de pandemia,<br />

mantendo os seus serviços de manutenção<br />

preventiva/curativa, com especial atenção<br />

às medidas de proteção individual”,<br />

refere Manuel Guedes Martins, dizendo<br />

que “a MGM não pode deixar de estar<br />

presente neste momento difícil para este<br />

sector de atividade”.<br />

Kroon Oil apresenta novidades de produto<br />

de motor atende ao novo padrão RN17<br />

da Renault;<br />

- Novo Enersynth FE 0W-16;<br />

- Novo SP Gear 5015;<br />

- Disponível brevemente: Meganza MSP<br />

FE 0W-20 – Este óleo de motor atende<br />

ao novo padrão RN17 FE da Renault.<br />

Garagem Estação adere à CGA Car Service<br />

Localizada em Vila Nova de Gaia, a<br />

Garagem Estação acaba de aderir à<br />

rede CGA Car Service.<br />

Esta oficina não quis que os tempos de<br />

pandemia que vivemos paralisassem a<br />

sua atividade do dia-a-dia e por isso<br />

faz agora parte da rede oficinal CGA<br />

Car Service. Pela mão da parceria entre<br />

a Auto Delta e Rui & Sousa, o seu<br />

grande parceiro local, esta adesão tem<br />

um significado muito forte, devido ao<br />

crescimento da rede num momento em<br />

que a actividade económica se encontra<br />

bastante condicionada.<br />

Localizada numa das zonas do país mais<br />

fustigadas pelo Covid-19, a Garagem<br />

Estação acredita que melhores tempos<br />

virão e quer estar 100% preparada para<br />

os enfrentar aderindo à rede CGA Car<br />

Service.


30<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

N<br />

NOTÍCIAS<br />

ISQ desenvolve serviço de análise de<br />

superfícies e instalações<br />

Como entidade privada e independente<br />

que desenvolve soluções integradas<br />

e inovadoras de serviços<br />

de engenharia, inspeção, ensaios, testes<br />

e capacitação, o ISQ acaba de lançar um<br />

serviço de limpeza e higienização de superfícies,<br />

objetos e instalações, que pode<br />

ser muito útil para todas as empresas do<br />

pós-venda, designado por Covid Out.<br />

Todo o tipo de superfícies estão abrangidos<br />

pelo Covid Out, desde “interruptores,<br />

máquinas, mesas, volantes de carros,<br />

bancadas, maçanetas das portas, puxadores<br />

de armários, corrimão de escadas,<br />

torneiras de lavatórios, botões de elevador,<br />

monitores, teclados de computador, tablets,<br />

telemóveis,” lembra Maria Manuel<br />

Liqui Moly Iberia cria linha<br />

de apoio técnico online<br />

Durante o período de confinamento e<br />

emergência vivida no país, a equipa<br />

Liqui Moly reforçou o seu apoio aos<br />

profissionais do setor, com uma linha técnica<br />

de apoio exclusiva para este período.<br />

O setor da reparação e manutenção automóvel<br />

é fundamental<br />

para que<br />

o país continue<br />

a funcionar e,<br />

apesar de todas<br />

as restrições impostas<br />

pelo estado<br />

de emergência<br />

decretado (agora<br />

terminado), a<br />

Liqui Moly preparou<br />

medidas adicionais de apoio aos<br />

seus clientes profissionais.<br />

“Temos uma linha de apoio técnico Liqui<br />

Moly disponível em exclusivo para responder<br />

a dúvidas técnicas ou de aplicação<br />

de produto. Tudo online, em videochamada<br />

através do Skype ou por áudio e/<br />

Num minuto...<br />

Desde o passado dia 1 de abril que está<br />

oficialmente aberta a Diagvolt, uma<br />

empresa especializada em serviços,<br />

equipamentos e produtos na área<br />

automóvel, nomeadamente no setor do<br />

diagnóstico.<br />

Farinha, Responsável de Ambiente e<br />

Segurança do ISQ.<br />

Os técnicos do ISQ procedem à identificação<br />

de fatores de risco e pontos críticos,<br />

definem um plano de amostragem<br />

para recolha e análise de amostras, com<br />

resultados em 48 horas. Definem ainda<br />

um plano integrado de ações bem como<br />

a monitorização da eficácia das medidas<br />

de controlo implementadas.<br />

A segurança dos locais será atestada pela<br />

emissão de um “Selo de Confiança”, que<br />

garante que foi efetuada a avaliação da<br />

eficácia das medidas implementadas que<br />

permitem controlar a transmissão do<br />

Coronavírus e assegurar que os locais<br />

estão seguros.<br />

ou vídeo através do WhatsApp. Podem<br />

inclusivamente ser agendadas pequenas<br />

formações para os colaboradores de pontos<br />

de venda ou oficinas, em que cada<br />

um se pode ligar a partir de localizações<br />

diferentes. Qualquer dúvida tem uma<br />

resposta na hora<br />

e é reforçada a<br />

argumentação<br />

comercial dos<br />

produtos Liqui<br />

Moly”, explica<br />

José Pereira,<br />

commercial manager<br />

da Liqui<br />

Moly Iberia.<br />

Em Portugal,<br />

para facilitar o processo, todos os pedidos<br />

de apoio serão centralizados numa única<br />

conta. Através do Skype basta adicionar o<br />

email cristiano.fumega@liqui-moly.com<br />

e, através do WhatsApp, o apoio técnico<br />

está disponível através do número 911<br />

994 330.<br />

A Administração da Soulima anunciou a<br />

entrada de Hugo Tavares para o cargo de<br />

diretor geral deste operador de peças.<br />

Mais segurança e<br />

higiene com os panos<br />

da Mewa<br />

Numa altura em que muito se fala de<br />

higiene e de prevenção, os panos de<br />

limpeza Mewa, usados pelas oficinas,<br />

são posteriormente lavados a 90°C,<br />

eliminando todos os organismos<br />

prejudiciais à saúde.<br />

Há mais de 100 anos que oferece um<br />

sistema completo de panos de limpeza<br />

para fábricas e oficinas. Os panos da<br />

MEWA são entregues nas instalações<br />

dos clientes em contentores de<br />

segurança hermeticamente fechados,<br />

os MEWA SaCons. Isto continua<br />

válido nos tempos do coronavírus,<br />

já que a MEWA é parceira de<br />

muitas entidades e empresas<br />

essenciais. À hora combinada, os<br />

panos são recolhidos pela MEWA<br />

nos contentores de segurança e são<br />

lavados em lavandarias do grupo<br />

antes de serem devolvidos aos<br />

clientes.<br />

Outra vantagem deste sistema<br />

circular, ao contrário de soluções<br />

de utilização única, é a sua<br />

sustentabilidade. Os panos continuam<br />

a ser produzidos na Alemanha e<br />

podem ser utilizados várias vezes –<br />

sem ruturas de fornecimento.<br />

Bombóleo abre pólo<br />

logístico em Braga<br />

A Bombóleo acaba de abrir o terceiro<br />

pólo de distribuição de peças, desta<br />

feita na cidade de Braga, reforçando<br />

assim a sua posição a norte.<br />

“Em plena crise decidimos avançar<br />

com a abertura do polo logístico<br />

em Braga para podermos estar<br />

mais próximo dos clientes daquele<br />

distrito e região”; refere Juan Santos,<br />

responsável da Bombóleo.<br />

Pensado com base numa estratégia<br />

de proximidade, esta abertura é o<br />

terceiro ponto de distribuicão do grupo<br />

Bombóleo a nível nacional. Este novo<br />

armazém está situado no Parque<br />

Industrial de Celeirós, em Braga.


O<br />

OPINIÃO<br />

A identificação do veículo (I)<br />

Na aquisição de um veículo usado é<br />

fundamental um controlo de conformidade<br />

técnica pois, por desgaste normal da sua<br />

utilização, por má utilização ou ainda por<br />

qualquer outro motivo, as anomalias visíveis<br />

e as invisíveis são fundamentais para que<br />

aquilo que consideramos um bom negócio<br />

não se transforme num desastre.<br />

Todos os veículos, a nível mundial, são<br />

identificados individualmente, isto é,<br />

não existem 2 veículos com a mesma<br />

identificação. Essa identificação tem a<br />

designação de VIN – Vehicle Identification<br />

Number, também designado em Portugal<br />

por número de quadro. Este número<br />

de identificação é composto por 17<br />

caracteres e com facilidade se encontram<br />

descodificadores do mesmo na internet.<br />

Este número está no veículo sob a forma<br />

de gravação a frio, na placa construtor ou<br />

numa pequena janela no pára-brisas. A<br />

gravação a frio e a placa do construtor são<br />

os elementos que devem existir no veículo,<br />

ser legíveis e originais. Os problemas podem<br />

aparecer caso um destes elementos não<br />

exista, esteja errado ou viciado, e que seja<br />

detectado aquando da IPO o que pode até<br />

originar processos crime. Nas placas de<br />

construtor por ausência ou deterioração,<br />

na gravação a frio por substituição de peça<br />

onde está gravada, por gravação errada ou<br />

por viciação com dolo. A sua regravação<br />

está regulamentada e deverá ser autorizada,<br />

exclusivamente, pelo IMT.<br />

No caso de veículos furtados e depois<br />

reintroduzidos no mercado de usados a<br />

viciação é frequente umas vezes de forma<br />

grosseira (p.e. soldaduras e desalinhamento<br />

dos caracteres), outras de forma muito<br />

“profissional” onde a simples análise visual<br />

torna impossível a detecção da viciação.<br />

Sempre que um profissional do sector<br />

ou particular adquira um veículo usado é<br />

fundamental que seja verificada a existência<br />

e conformidade:<br />

Da gravação a frio do VIN, da placa<br />

do construtor, da correspondência, no<br />

Certificado de Matrícula, entre VIN (número<br />

de quadro) e matrícula.<br />

O mais seguro é pedir uma verificação do<br />

veículo por uma empresa especialista na<br />

análise de usados.<br />

PAULO QUARESMA<br />

GTAVA.PT


PROBLEMA<br />

Com os veículos parados durante um período de tempo<br />

elevado, o combustível deteriora-se e começam a formarse<br />

bactérias, sedimentos e oxidação que provocam danos<br />

graves na injeção e motor.<br />

SOLUÇÃO<br />

A LIQUI MOLY tem dois aditivos para prevenir e evitar estes<br />

problemas, tanto para Diesel como para gasolina.<br />

É fundamental usá-los nesta fase para evitar contaminar<br />

todo o sistema de combustível que vai criar danos<br />

elevados, podendo chegar ao motor. Independentemente<br />

da quantidade de combustível que está no depósito, há<br />

uma dose certa para cada situação.<br />

O Aditivo Anti-Bactérias Diesel<br />

(Ref. 21317) atua contra bactérias,<br />

leveduras e fungos. Trata-se de um biocida<br />

para a aplicação preventiva (e corretiva,<br />

quando necessário) em todo o tipo de<br />

veículos diesel parados ou utilizados com<br />

pouca frequência. Os gasóleos modernos<br />

são compostos por misturas complexas<br />

de diferentes substâncias inflamáveis e<br />

líquidas, com uma proporção considerável<br />

de biodiesel. O teor de água no depósito, a<br />

temperatura predominante, assim como a fonte de alimentação<br />

são a base para se multiplicarem microrganismos no<br />

combustível. Adicione o aditivo e mantenha o motor a funcionar<br />

10 minutos. Disponível em 1, 5 e 20 litros.<br />

Vantagens<br />

>> Atua preventivamente contra o ataque de bactérias<br />

>> Esteriliza sistemas de depósitos infestados<br />

>> Mantém os injetores limpos<br />

>> Reduz a emissão de gases poluentes<br />

>> Melhora as propriedades lubrificantes<br />

>> Evita reparações caras<br />

N<br />

NOTÍCIAS<br />

Dica Ambiental by<br />

Eco -Partner<br />

Os pneus usados<br />

e a sua gestão adequada<br />

Se no passado a manutenção de pneus<br />

era uma actividade reservada a oficinas<br />

dedicadas, hoje os serviços de pneus<br />

fazem parte de um amplo leque de<br />

serviços prestados pelas oficinas de<br />

mecânica ou de serviços rápidos.<br />

Desta forma, a gestão dos pneus usados<br />

generalizou-se e a maioria das oficinas<br />

deve cumprir também um conjunto de<br />

requisitos legais aplicáveis a este fluxo<br />

específico de resíduos.<br />

A minha empresa importa pneus novos<br />

que posteriormente instalo nos veículos<br />

dos clientes. O que deverei fazer?<br />

Caso a sua empresa importe pneus<br />

novos, fica enquadrado como importador<br />

e deverá aderir a uma entidade<br />

gestora (Valorpneu) para nela delegar<br />

a responsabilidade pelo destino final<br />

adequado dos pneus usados.<br />

A minha empresa compra pneus a<br />

distribuidores no mercado nacional e<br />

efetua apenas serviços de troca de<br />

pneus. Tenho de me registar numa<br />

entidade gestora?<br />

As empresas que vendem pneus a<br />

clientes finais (ex. dono do veículo<br />

que necessita de trocar os pneus<br />

gastos) são obrigadas por lei a registarse<br />

na entidade gestora Valorpneu.<br />

Deverão também criar condições de<br />

acondicionamento dos mesmos e garantir<br />

o encaminhamento destes resíduos para<br />

um ponto de recolha Valorpneu (ver<br />

pontos de recolha em www.valorpneu.<br />

pt). Os pneus poderão ser entregues<br />

sem custos nestes pontos ou poderá<br />

contratar este serviço de recolha e<br />

encaminhamento a um transportador<br />

devidamente licenciado para o efeito.<br />

Estas oficinas são obrigadas por lei<br />

a aceitar os pneus usados dos seus<br />

clientes, armazenar e entregar nos<br />

pontos de recolha da Valorpneu, de<br />

acordo com os requisitos definidos pela<br />

Valorpneu no referido contrato.<br />

A entrega dos pneus num dos pontos<br />

de recolha da rede Valorpneu é a<br />

garantia de que os pneus podem ter<br />

uma “2ª vida”, quer seja através da<br />

sua reutilização, da recauchutagem, da<br />

reciclagem ou da valorização energética.<br />

Este sistema integrado, criado há mais<br />

de 15 anos e financiado por todos os<br />

importadores ou fabricante de pneus,<br />

tem contribuído de forma muito<br />

significativa para a salvaguarda do nosso<br />

património natural.<br />

Conte com a Eco-Partner para o ajudar<br />

a tornar a sua oficina mais verde e<br />

amiga do ambiente.<br />

O Estabilizador de Gasolina (Ref. 5107) conserva e<br />

protege o combustível contra o envelhecimento e contra<br />

a oxidação. Impede a corrosão em todo o sistema de<br />

combustível. Deverá adicionar e deixar o motor a trabalhar<br />

durante cerca de 10 minutos<br />

para garantir uma mistura<br />

perfeita no combustível. Impede<br />

a corrosão em todo o sistema<br />

de combustível é um excelente<br />

aliado nesta quarentena para<br />

que quando voltar à ação, não<br />

tenha mais preocupações.<br />

Um enchimento do depósito<br />

doseador (25 ml) é suficiente<br />

para 5 l de combustível.<br />

Eduardo Martí é o novo gerente<br />

de ITG do Grupo UFI Filters<br />

Na sequência da recente reorganização na<br />

Unidade de Negócios de Pós-venda do<br />

Grupo UFI Filters, a gestão dos Grupos<br />

Internacionais de Compras (ITG –<br />

International Trading Group) foi atribuída<br />

globalmente a Eduardo Martí.<br />

Desde 1º de abril, Eduardo Martí tem a<br />

função de orientar o desenvolvimento e<br />

potenciar a relação comercial entre o Grupo<br />

de Filtros UFI e os Grupos Internacionais de<br />

Compras (ITG) a nível global, coordenando<br />

e promovendo a atividade econômica entre<br />

os diversos escritórios comerciais Pós-venda<br />

do Grupo UFI Filters na Europa, APAC,<br />

LATAM e MEA.<br />

Eduardo Martí, continuará a exercer as<br />

funções de Diretor Geral da UFI Filters<br />

Iberica, sl.<br />

Vantagens<br />

>> Aplicação fácil<br />

>> Económico graças ao doseador incorporado<br />

>> Com efeito de longa duração<br />

>> Protege o combustível contra oxidação e<br />

envelhecimento<br />

>> Testado para turbos e catalisadores<br />

FICHAS TÉCNICAS E MODO DE UTILIZAÇÃO EM<br />

www.liqui-moly.pt<br />

INFORMAÇÕES<br />

comercial.iberia@liqui-moly.com<br />

Num minuto...<br />

O teste de desempenho da auditoria das<br />

instalações em Wuppertal, Alemanha,<br />

concedeu à Axalta o estatuto de<br />

Fornecedor de Repintura com classificação<br />

A para a Mercedes-Benz.<br />

A Linextras acaba de anunciar o<br />

lançamento do seu novo website, que<br />

poderá ver em www.linextras.com


33<br />

Magneti Marelli<br />

lança novos radiadores<br />

e eletro-ventiladores<br />

A Magneti Marelli Aftermarket<br />

apresentou as suas mais<br />

recentes inovações nas gamas de<br />

radiadores e eletro-ventiladores.<br />

O lançamento consiste em 360<br />

novas referências de radiadores<br />

e 117 novas referências de<br />

eletro-ventiladores. Com esses<br />

lançamentos, a Magneti Marelli<br />

aumenta a cobertura da sua<br />

gama de sistemas térmicos e<br />

atinge 60% de cobertura do<br />

parque.<br />

Entre as novidades mais<br />

sonantes, tanto na gama de<br />

radiadores como na gama de<br />

eletro-ventiladores, destaca-se<br />

o radiador do motor e o eletroventilador<br />

para veículos do grupo<br />

PSA com grande presença no<br />

parque europeu.<br />

Filourém reforça<br />

parceria com a<br />

Original Birth<br />

A<br />

Filourém e a Original Birth reforçaram<br />

a sua parceria, numa ligação<br />

que já dura há mais de 10 anos,<br />

sendo uma das marcas de referência do<br />

operador de peças de Ourém.<br />

Como consequência disso, a Filourém,<br />

MF Pinto passa a distribuir<br />

em Portugal a DTS Clima<br />

A<br />

MF Pinto iniciou no passado mês<br />

de março a distribuição, exclusiva,<br />

da marca de compressores de ar<br />

condicionado DTS Clima.<br />

“É uma aposta clara da nossa empresa num<br />

produto de qualidade, com dois anos de<br />

garantia e que, acreditamos, venha a ser<br />

uma marca de referência no aftermarket<br />

nacional”, afirma Jorge Costa Pinto, diretor<br />

da MF Pinto.<br />

enquanto distribuidor exclusivo da marca<br />

italiana para Portugal, aumentou significativamente<br />

o seu stock e realizou ainda<br />

uma revisão das condições que possibilitou<br />

melhorar os preços de centenas de<br />

referências.<br />

Braços e rótulas de suspensão, axiais e<br />

terminais de direção, apoios de motor e<br />

silent blocos, são alguns dos produtos em<br />

especial destaque.<br />

A empresa de Sintra tem já disponível em<br />

Lisboa e no Porto um stock importante<br />

de mais de 280 referencias, que “nos permitirá<br />

cobrir cerca de 80% do mercado<br />

português de ligeiros de passageiros”,<br />

refere o mesmo responsável, acrescentando<br />

que “esta nova área de negócio insere-se<br />

na estratégia da empresa de diversificação<br />

de oferta de produtos de qualidade no<br />

mercado português”.<br />

PUBLICIDADE


34<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

Oficina<br />

O<br />

AUTO NORTE<br />

Tudo pela qualidade<br />

Primar pela qualidade do serviço está ao alcance de todas<br />

as oficinas, mas só algumas na realidade o conseguem atingir.<br />

A estratégia seguida pela Auto Norte é sinónimo de que a qualidade<br />

tem um preço que o cliente reconhece e está disposto a pagar<br />

TEXTO PAULO HOMEM<br />

Na zona industrial de Mirandela<br />

encontra-se a Auto Norte. A<br />

dimensão das suas instalações<br />

são a primeira evidência de<br />

uma certa diferenciação. A<br />

segunda é que a gestão operacional que<br />

está a cargo de Gisela Santos, diretora de<br />

serviços, engenheira de formação e profissional<br />

com muita experiência no ramo.<br />

A empresa existe desde 1980, ocupando<br />

as atuais instalações de 2.400 m2 desde<br />

o início do século, fazendo desde sempre<br />

os serviços de colisão (chapa e pintura) e<br />

de mecânica, tendo sido nos últimos 16<br />

anos introduzidos sucessivamente outros<br />

serviços, como o vidro automóvel (foi<br />

dos primeiros aderentes à Glassdrive),<br />

eletricidade, entre outros. Por ser a oficina<br />

inicial do pai, desde criança que Gisela<br />

Santos acompanha o dia-a-dia da empresa<br />

o que juntamente com as suas formações e<br />

gosto pela área automóvel, levou-a estar na<br />

oficina a 100% desde 2005, partilhando a<br />

gestão da oficina com o seu irmão e com o<br />

seu pai, Carlos José (73 anos), usufruindo<br />

também da experiência deste no setor.<br />

“Não houve qualquer obrigação de dar<br />

continuidade a este negócio, foi mesmo<br />

o gosto pessoal”, comenta Gisela Santos,<br />

dizendo que “somos uma oficina que<br />

trabalha de forma totalmente legal, com<br />

a máxima transparência e rigor em todas


35<br />

as áreas, mesmo na questão ambiental”.<br />

O atendimento, nomeadamente aos novos<br />

clientes, é sempre feito por Gisela Santos,<br />

que diz que “este é um momento crucial<br />

na relação que queremos manter com o<br />

cliente. Cada cliente é diferente e único.<br />

Existe sempre a necessidade de identificar<br />

bem o tipo de cliente de modo a propor-<br />

-lhe o serviço adequado e conforme as<br />

expetativas deste”.<br />

Muito rigor existe também nos orçamentos.<br />

A Auto Norte opta preferencialmente<br />

por trabalhar com material de origem ou<br />

marcas de peças que estão presentes no<br />

primeiro equipamento. “Com as linhas<br />

brancas o cliente não fica satisfeito e normalmente<br />

é uma situação que nos traz prejuízo.<br />

Recebemos aqui veículos de outras<br />

oficinas para pintar uma segunda vez ou<br />

para reparar de novo e sabemos muita vez<br />

que o problema foi a má qualidade dos<br />

materiais usados”, revela Gisela Santos.<br />

Tendo a secção de colisão certificada pelo<br />

Centro Zaragoza, a responsável da Auto<br />

Norte revela que o próximo caminho<br />

passará pela certificação da secção de<br />

mecânica, até porque no seu entender,<br />

Auto Norte<br />

Gisela Santos<br />

278 262 724<br />

geral@autonorte.com.pt<br />

facebook.com/autonorte.mirandela<br />

faz todo o sentido que o cliente, seja ele<br />

de colisão ou de mecânica, tenha sempre<br />

a certeza que a sua oficina presta um<br />

serviço certificado, com qualidade e com<br />

garantia. “É certo que o cliente tem um<br />

custo acrescido, mas aqui tem a certeza<br />

que tem uma garantia do serviço. Por<br />

exemplo, aqui utilizamos o lubrificante<br />

correto para cada tipo de motor e não,<br />

como outras oficinas fazem, de ter um<br />

óleo que dá para quase todos os motores.<br />

São estes pormenores que levam a que o<br />

cliente se fidelize à Auto Norte e tenha<br />

confiança nos serviços que fazemos”, afirma<br />

a mesma responsável.<br />

Privilegiando a comunicação direta com<br />

o cliente (até fora dos períodos em que<br />

a oficina está aberta), Gisela Santos diz<br />

que todos os momentos são importantes,<br />

mesmo durante a revisão, em que “lhes<br />

explicamos porque razão o veículo precisa<br />

de levar mais uma peça ou de fazer uma<br />

determinada operação que não estava<br />

orçamentada” e no momento da entrega<br />

do carro onde “lhe falamos de tudo o que<br />

foi feito e os cuidados até para que o carro<br />

se mantenha em correto funcionamento”.<br />

Se os serviços de colisão sempre foram<br />

mais representativos na atividade da Auto<br />

Norte, atualmente isso já não se verifica,<br />

existindo um equilíbrio entre esses e<br />

os serviços de mecânica. A oficina tem<br />

acordos com quase todas as seguradoras,<br />

utilizando já a foto e vídeo peritagem,<br />

considerando Gisela Santos que “é muito<br />

importante ter estes acordos e saber falar<br />

com a seguradora, explicando-lhes que<br />

queremos ter o justo valor pelos nossos<br />

serviços, mas sempre numa perspetiva de<br />

serviço ao cliente”.<br />

O vidro automóvel é outras das componentes<br />

do serviço global que a Auto<br />

Norte oferece aos seus clientes. “Também<br />

nesta área tentamos estar um pouco à<br />

frente da nossa concorrência. Por exemplo,<br />

já temos o equipamento para fazer<br />

a calibração das câmaras e dos radares”,<br />

comenta Gisela Santos, referindo-se ainda<br />

a outros serviços que embora ainda não<br />

tenha muita expressão a Auto Norte já<br />

oferece, como é o caso da manutenção<br />

de veículos elétricos e híbridos.<br />

Transversalmente a tudo isto está logicamente<br />

a formação técnica de toda a equipa<br />

de mecânicos, uma área importante que<br />

a Auto Norte não descura em nenhum<br />

momento. A própria responsável, Gisela<br />

Santos, tem o curso de formadora e também<br />

por isso pretende que a sua equipa<br />

esteja sempre o mais atualizada possível.<br />

Para breve a Auto Norte poderá também<br />

vir a apostar no serviço de pneus, como<br />

também já teve formação na recuperação<br />

de estofos e volantes em pele. “A manutenção<br />

do automóvel passará no futuro<br />

por pneus, vidros, reparações rápidas<br />

de chapa e outras pequenas coisas. Por<br />

isso temos que estar preparados para no<br />

futuro, termos dentro de portas todos os<br />

serviços que o cliente procura”, conclui<br />

Gisela Santos.


36<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

Dossier<br />

D<br />

PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO<br />

Uma nova realidade<br />

A limpeza e higienização de<br />

superfícies e de objetos são<br />

agora medidas decisivas para<br />

que as oficinas mantenham a<br />

sua atividade de forma segura,<br />

prevenindo a transmissão do<br />

Covid-19<br />

TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO<br />

A<br />

limpeza de superfícies e objetos,<br />

seguidas da sua desinfeção,<br />

são ações que, nas últimas semanas,<br />

passaram a ter uma especial<br />

relevância na prevenção<br />

da transmissão da Covid-19 e, por isso, na<br />

garantia de um serviço seguro por parte das<br />

oficinas, tanto para os funcionários como<br />

para o cliente final. Segundo a DGS, o vírus<br />

permanece em superfícies durante um período<br />

que pode até aos 6 dias. As empresas


37<br />

JMCS<br />

243 702 981<br />

http://jmcs.pt<br />

A JMCS disponibiliza produtos para:<br />

Viaturas:<br />

- Pure Air - Higienizante em versão spray<br />

ou líquido para equipamentos de climatização<br />

auto.<br />

- Lavaggio Cassonetti - Fórmula específica<br />

de elevado poder detergente, amplo<br />

espectro de acção desinfectante e elevado<br />

efeito desodorizante.<br />

Instalações:<br />

- Sandik - Desinfectante para superfícies<br />

duras, pronto a usar.<br />

- JP Ready - Detergente desinfetante<br />

inodoro que permite realizar numa única<br />

operação a limpeza e a redução da carga<br />

bactérica residual.<br />

- Jaminal Plus - Detergente desinfectante<br />

concentrado sem odor, à base de sais de<br />

amónio quaternário, para qualquer tipo<br />

de superfície e materiais.<br />

- Gemini e Gemini pronto - Detergente<br />

clorado, de acção desinfectante, para<br />

superfícies duras.<br />

-Clorofoam - Detergente alcalino com<br />

cloro activo para limpeza completa e<br />

higienização e desinfecção.<br />

Higiene Pessoal:<br />

- Ecomax - Sabonete líquido, perfumado.<br />

Fórmula equilibrada em tensioativos e<br />

emolientes.<br />

- Maniguard Gel - Gel detergente para as<br />

mãos com microesferas e elevado poder<br />

desengordurante e emulsionante.<br />

PUBLICIDADE<br />

têm apostado, por isso, em disponibilizar<br />

produtos e equipamentos para que sejam<br />

tomadas todas as medidas de cuidados na<br />

limpeza e desinfeção de todas as superfícies<br />

nas oficinas, nos veículos e também a<br />

frequente desinfeção por parte dos seus colaboradores.<br />

A <strong>PÓS</strong>-<strong>VENDA</strong> foi conhecer<br />

a oferta do mercado no âmbito dos produtos<br />

que garantem todas as condições para a<br />

continuidade de atividade das oficinas e da<br />

saúde de todos os intervenientes.


38<br />

OZONE MAKER 1000<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

D<br />

PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO, LIMPEZA E PROTEÇÃO<br />

Ozone is a molecule that consists of three oxygen atoms (O<br />

3). The ozone molecule is very unstable and has a short half-life. Therefore, it will<br />

decay after some time into its original form: oxygen (O<br />

2), according reaction presented below: 2 O<br />

3<br />

1 3 O<br />

2.<br />

In essence ozone is nothing more than oxygen (O 2), with an extra oxygen atom, formed by an high electric charge and an extra oxygen atom. In<br />

nature ozone is produced at thunderstorms and in the ozone layer from the sun's ultra-violet (UV) rays. The extreme high voltages found in<br />

thunderstorms produce ozone from oxygen.<br />

For the production of ozone, "corona discharge" is more used due to the greater advantages of this method.<br />

Ozone operates according the principle of oxidation. When the ozone molecule (O 3) contacts with something “oxidizable”, the charge of the<br />

ozone molecule will directly ow over. This is because ozone is very unstable and likes to turn back in its original form (O<br />

2). Ozone can oxidize<br />

many kinds of materials, and especially smell molecules and microorganisms like viruses, molds and bacteria. The extra oxygen atom released<br />

from the ozone molecule binds with the other material. What eventually remains is only the pure and stable oxygen molecule.<br />

Because ozone has a strong recognizable smell, very low concentrations of it will soon be<br />

- Primagel Plus - Gel transparente desinfectante<br />

para higiene das mãos. oferece o “ Sonax Xtreme Limpeza de<br />

na boa higiene dos veículos. A Sonax<br />

perceived. This makes it generally<br />

Interiores”,<br />

safe to work<br />

com<br />

with ozone.<br />

uma<br />

For<br />

fórmula<br />

the purication<br />

especialmente<br />

desenvolvida para uma limpeza<br />

of air, the<br />

ozone reacts with many materials, higiénica the concentration do veículo. of ozone Enquanto will be reduced limpa quickly. o At<br />

higher concentrations ozone interior is harmful for do human veículo, health after também inhalation, vale but these a pena<br />

trazer alguma frescura ao sistema de ventilação.<br />

O “Sonax Car A/C Cleaner Air<br />

ozone concentrations the symptoms can vary from dryness in the mouth and throat,<br />

coughing, headache and chest Aid” restriction. não é um desinfectante, mas utiliza<br />

After the treatment it's necessary uma fórmula to ventilate the probiótica treated room. para assegurar<br />

rápida e facilmente a limpeza do ar e a<br />

USE IN THE AUTOMOTIVE remoção FIELD de odores.<br />

ozone must be produced on-site. Because of its short half-life, ozone will decay soon after<br />

production and a lot of factors can inuence its half-life such as the temperature. Because<br />

concentrations are much higher than the smell threshold at which ozone can be smelt (garlic<br />

smell), so harmful concentrations will be noticed quickly. When people are exposed to high<br />

Solutions<br />

In vehicle air conditioning systems and in passenger cabins, where cleaning and hygiene are important, the manual use of chemical products<br />

are quite often insufcient to ensure the total elimination of contaminants, that are, in addition to infecting the environment, the main cause of<br />

Berner<br />

unpleasant smell.<br />

- Como distribuidor oficial da Errecom, Intermaco<br />

In fact in some zones it is a impossible Krautli or very apresenta difcult the removal um nebulizador of these contaminants. ultra-sónico<br />

234 520 110<br />

Atom Machine, desenvolvido www.intermaco.pt<br />

214 489 082<br />

www.berner.pt The OZONE GENERATOR para ensures pulverizar a total um decontamination, líquido onde because os vapo-ires destroys:<br />

Bacteria, viruses, spores, mould,<br />

resultantes<br />

fungi and any<br />

(menos<br />

other organic<br />

de<br />

organism<br />

5 micron) são A Intermaco disponibiliza o Purificador<br />

Chemical contaminants (deriving from emissions of panels, carpets, paints, plastic materials, etc.)<br />

Na oferta da Berner destaca-se a gama de distribuídos pelo veículo para higienizar e de ar por Ozono, modelo Ozone Maker<br />

Therefore it eliminates any odour both organic and inorganic, without covering it.<br />

produtos para proteção do habitáculo dos desodorizar o cockpit e o sistema de A/C, 1000 da marca Solutions (100% made in<br />

veículos, a serem utilizados The OZONE no decorrer GENERATOR proporcionando includes: uma solução de higienização<br />

of air and e diffusion desodorização. of ozone Características<br />

do serviço efetuado pelos A profissionais.<br />

system for the aspiration<br />

Italy). O Ozono é um potente germicida<br />

ecológico. Graças à sua potente capacidade<br />

de oxidação, destrói, de forma rápida<br />

A special device that produces Técnicas: ozone by taxa “Corona de discharge”. nebulização: 390 ml/h,<br />

A supply cable.<br />

A Berner disponibiliza:<br />

líquido de higienização e desodorização e eficaz, os microrganismos (bactérias,<br />

A timer on/off push-button panel to select the ozone production time.<br />

- Rolo de 500 Plásticos para cobertura disponível em 6 fragrâncias.<br />

vírus, bolores, fungos e esporos) em todos<br />

de bancos, descartáveis, para FEATURES: que os profissionais<br />

não estejam em contacto Dimensions: 350 com x 195 x 190 mm.<br />

os tipos de superfícies. Esta máquina é<br />

profissional. A produção é controlada<br />

o banco que mais tarde será Electrical utilizado specications: 230 Vac – max 20W<br />

por uma placa eletrónica, produzida em<br />

Ozone production: 1000 mg/h<br />

pelos seus clientes. Neste âmbito destaque<br />

Itália, de modo a dosear o Ozono de<br />

ainda para o Rolo Filme Plástico,<br />

que assegura a proteção de zonas como<br />

a manete das mudanças ou o volante,<br />

MADE IN ITALY<br />

sendo mais maleável.<br />

- Para aplicação depois de realizado o<br />

serviço, destaque para a gama de produtos<br />

de limpeza de superficies, nomedamente<br />

forma correta. Apesar da Ozone Maker<br />

SOLUTIONS - TD<br />

1000 produzir só 1000 mg/h, o Ozono<br />

Ofce: Via Monsignor produzido Alai 2, é 42027 mais Montecchio puro e mais Emilia - eficaz. ITALY A<br />

E-mail: info@solutions-td.com Tel: +39 345 036 6230<br />

desinfeção e desodorização de superfícies<br />

e tapeçarias em veículos é feita de forma<br />

rápida e eficaz com o Ozono. O gerador<br />

de Ozono é alimentado apenas por eletricidade<br />

e ar ambiente. O estado gasoso<br />

a Espuma Limpeza Multi X, ideal para<br />

todo o tipo de superficies e que confere Nettuno<br />

do Ozono permite chegar aos pontos<br />

uma adequada limpeza das mesmas.<br />

- No âmbito da higienização, destaque<br />

para o Kit Aircleaner A/C e do<br />

Ambientador Fresh.<br />

Leirilis<br />

244 850 080<br />

www.leirilis.com<br />

www.dpautomotive.pt<br />

mais escondidos e de difícil acesso, sem<br />

necessidade de desmontar.<br />

A Leirilis lançou, no mês de abril, dois<br />

produtos da Nettuno para higienização<br />

e proteção das mãos. Ambos os produtos<br />

contêm aditivo antibacteriano e hidratante,<br />

não contêm álcool, o que além de<br />

proteger trata também a pele:<br />

Sonax, Errecom<br />

Krautli Portugal<br />

219 535 600<br />

www.krautli.pt<br />

- A Sonax, representada pela Krautli<br />

Portugal, tem vários produtos que ajudam<br />

- Sendygien - Sabão líquido com ação<br />

higienizante, em embalagens de 1 litro;<br />

- Kill Plus - Spray desinfetante rápido<br />

sem enxaguamento para as mãos, em<br />

embalagens de 100ml.<br />

- Para a proteção dos veículos, a Leirilis<br />

disponibiliza produtos como proteção<br />

de volante, estofos e chão, no entanto,<br />

estes estão disponíveis apenas para a<br />

Rede Oficinal RedService, devido à sua<br />

personalização.<br />

Autobrillante<br />

918 862 010<br />

www.autobrillante.com<br />

Disponibiliza um protocolo de limpeza<br />

e desinfecção para veículos e pessoal da<br />

oficina, numa solução de cinco etapas:<br />

- Etapa 1 - equipamento de proteção –<br />

máscaras e luvas – da equipa de recepção


39<br />

e consultores de serviço.<br />

- Etapa 2 - limpeza profunda com o desinfetante<br />

G3 nas superfícies de contato<br />

do veículo. Para estofos, tecido e couro,<br />

a Autobrillante recomenda o Autoglym<br />

Interior Cleaner.<br />

- Etapa 3 - proteger o veículo durante a<br />

estadia na oficina, com capas de assento<br />

descartáveis ECO, feitas com 50% de<br />

material reciclado. A oferta é complementada<br />

por tapetes de proteção de piso feitos<br />

de papel reciclado, rodas de cobertura<br />

de borracha ou película de rolo, além<br />

de sacos de bloco.<br />

- Etapa 4 - proteção de mecânicos, pintores<br />

e outros profissionais, com luvas de<br />

nitrila, látex, vinil, neoprene ou couro.<br />

- Etapa 5 - antes de entregar o veículo<br />

ao cliente - estabelece a desinfecção das<br />

áreas de reparação com G3, bem como<br />

a lavagem do corpo. O Autoglym TF3<br />

Extra é indicado para esta última operação,enquanto<br />

para a lavagem do carro a<br />

empresa recomenda produtos da Kanor.<br />

Kenotek<br />

+800/24 35 46 37<br />

www.kenotek.eu<br />

A Kenotek disponibiliza o Kenolox 10<br />

PRO, para interiores de viaturas e superfícies<br />

delicadas (chaves, teclados, ambiente<br />

de escritório e oficinal, ferramentas, etc.).<br />

O composto de ácido láctico e peróxido de<br />

hidrogénio é a fórmula exclusiva sem álcool<br />

para desinfetar superfícies por pulverização<br />

ou nebulização, sendo eficaz aplicar com<br />

o equipamento pistola “Tornador” ou<br />

similar. Características: pronto a usar,<br />

não há erros na dosagem devido ao fator<br />

humano. Também disponível em aerossóis;<br />

tempo de contato limitado e sem<br />

necessidade de enxaguamento depois<br />

da aplicação; a sua formulação torna-o<br />

aplicável a todos os tipos de materiais e<br />

superfícies; não contém álcool vaporizado;<br />

o Kenolox 10 está aprovado para<br />

desinfecção de espaços por nebulização. O<br />

procedimento específico está em conformidade<br />

com os mais recentes e rigorosos<br />

regulamentos EN para atividades bactericidas,<br />

virucidas e levuricidas; respeito com<br />

os materiais e superfícies: sem corrosão<br />

causada por resíduos, como produtos à<br />

base de ácido peracético.<br />

PUBLICIDADE<br />

Lusilectra<br />

Salvador Caetano<br />

Soluções de Desinfecção e Higienização automóvel<br />

Geradores de Ozono<br />

○ Características principais:<br />

- Desinfetante de bactérias, vírus e odores<br />

- Eliminação automática do ozono<br />

Saiba mais em...<br />

www.lusilectra.com<br />

Lusilectra<br />

Salvador Caetano<br />

Website: www.lusilectra.com<br />

LinkedIn: www.linkedin.com/company/lusilectra<br />

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40<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

D<br />

PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO, LIMPEZA E PROTEÇÃO<br />

Launch<br />

Gonçalteam<br />

212 251 578<br />

www.goncalteam.pt<br />

A Gonçalteam disponibiliza equipamentos<br />

para medir a temperatura do corpo<br />

e também a maquina de higienização<br />

através do ozono, da Launch. Este produto<br />

está equipado com um filtro dianteiro<br />

e um display táctil para facilitar a<br />

sua utilização. É portátil e adapta-se a<br />

qualquer habitação/habitáculo e pela<br />

sua potência pode ser regulado em tempo,<br />

já que purifica rapidamente o ar.<br />

Capacidade de débito de 10.000 mg/h<br />

de ozono. Características: dimensões<br />

18,5x25,5x19 cm, ajuste de tempo 10-<br />

120 min, alimentação 220V±10%/50<br />

Hz, Peso 2,9 kg, controlo teclado táctil.<br />

Também comercializa máscaras faciais<br />

reutilizável em cortiça “Face Cork”, viseiras<br />

em acrílico (personalizadas ou não),<br />

máscaras cirúrgicas, luvas descartáveis,<br />

álcool gel em 500 ml e 5 lts, desinfectante<br />

não alcoólico e creme protetor para as<br />

mãos. A Gonçalteam disponibiliza ainda<br />

divisórias de escritório e de viaturas de<br />

transporte passageiros.<br />

Nexzett<br />

PMA<br />

+49 2261 6095 433<br />

http://nextzett.de<br />

A PMA Unipessoal está a comercializar<br />

desinfetante de largo espectro: Sanit Clean<br />

pronto a usar, um desinfetante virucida,<br />

bactericida e fungicida. É um detergente<br />

desinfetante e espumogéneo, especialmente<br />

indicado para ser utilizado na limpeza de<br />

superfícies duras. Contém tensoactivos<br />

que coneferem ao produto propriedades<br />

de limpeza que permitem utilizá-lo com<br />

limpador e desinfetante. Pode aplicar-se<br />

em todo o tipo de superficies: chão, paredes,<br />

maquinaria, utensílios, veiculos de<br />

transporte de alimentos e outros. Para uma<br />

atividade bactericida, aplicar o produto e<br />

deixar atuar sobre a superficie durante 5<br />

minutos. Para uma atividade virucida, de<br />

acordo coma normativaen 14476:2013 e<br />

fungicida, aplicar o produto e deixar atuar<br />

pelo menos 15 minutos. Este produto pode<br />

ser aplicado de diferentes maneiras: com<br />

acção mecânica, usando uma esfregona<br />

ou limpando as superficies com um pano<br />

impregnado de produto, pulverizando<br />

sobre as superfícies a tratar, emergindo<br />

alguns equipamentos ou ferramentas diretamente<br />

no produto.<br />

Liqui Moly Iberia<br />

21 925 07 32<br />

www.liqui-moly.pt<br />

- Para os mecânicos - a Liqui Moly disponibiliza<br />

uma gama de produtos de


cuidado com a pele: a pasta lava-mãos,<br />

que deve depois ser complementada com<br />

um creme de cuidado.<br />

- Para as instalações - a Liqui Moly tem<br />

um produto específico para limpeza<br />

profunda das instalações: o Universal<br />

Reiniger, um produto desengordurante e<br />

para limpeza industrial concentrado e solúvel<br />

em água. Isento de fosfatos, silicatos<br />

e solventes, é um produto biodegradável<br />

e amigo do ambiente. Adequado para a<br />

limpeza de paredes e pisos de oficinas e<br />

pode ser utilizado com aparelhos de alta<br />

pressão e de pulverização.<br />

- Para os carros dos clientes - a Liqui Moly<br />

tem, para vidros e espelhos, a Espuma<br />

Detergente Limpa-vidros. Para o tablier,<br />

o produto de Cuidado do Cockpit está<br />

disponível em aroma de baunilha e limão.<br />

A Espuma Detergente para Estofos garante<br />

a eliminação da sujidade de todo<br />

o tipo de estofos e têxteis. Para as zonas<br />

de plástico, volante ou comando da caixa<br />

de velocidade e travão de mão pode ser<br />

usado o produto de Limpeza do Interior<br />

do Veículo. Para desinfeção das condutas<br />

e do sistema do ar condicionado disponibiliza<br />

o Klima Refresh.<br />

Create Business<br />

214 821 550<br />

www.createbusiness.pt<br />

- Para os veículos, a Create Business disponibiliza<br />

o purificador de ar gerador de<br />

ozono Purifier O3, com Produção real<br />

de ozono 5000 mg / h, tecnologia de<br />

geração de O3: luz ultravioleta de ondas<br />

curtas. Configuração do temporizador<br />

de 10 minutos a 10 horas: no final do<br />

tempo estabelecido, a geração de ozono é<br />

interrompida; 10 minutos depois, o ventilador<br />

desliga. A empresa disponibiliza<br />

ainda o Spray “Cabin Sanitary Agent”,<br />

que desinfeta o habitáculo.<br />

- Para os mecânicos, comercializa máscaras<br />

de proteção FFP2, com eficácia da<br />

filtração: 99-100%, filtro de 4 camadas,


42<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

D<br />

PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO, LIMPEZA E PROTEÇÃO<br />

e as máscaras de Uso único, com eficácia<br />

de filtração superior a 90% e filtro<br />

de 3 camadas. Disponibiliza também o<br />

Dermex HM, um higienizante para a<br />

pele, líquido, de fácil aplicação e sem<br />

necessidade de ser aclarado com água.<br />

Disponível em embalagens de 1lt e 5lts.<br />

- Para as instalações, oferece o Lubacin<br />

DSC, um higienizante formulado para<br />

ser usado em todo o tipo de objectos<br />

e superfícies e em espaços com grande<br />

afluência de pessoas. Disponível em embalagens<br />

de 1lt e 10lts.<br />

Uma nova solução hidroalcoólica capaz<br />

de manter os ambientes de trabalho limpos<br />

e com a máxima higiene: Limpeza<br />

máxima, Adequado para qualquer tipo<br />

de superfície, Fácil de usar, Produto versátil<br />

com múltiplos usos, disponível em<br />

embalagens de 400 ml.<br />

2Q Portugal<br />

219 246 548<br />

www.greenpower.cleaning<br />

pida e 100% ecológica. Este gerador de<br />

ozono, com tecnologia de quartzo, gera<br />

artificialmente ozono transformando o<br />

oxigênio no ar de O2 para O3 por meio<br />

de efeito de coroa que, comparado com<br />

os geradores de placas comuns, não produz<br />

outros gases nocivos à saúde. Uma<br />

vida útil do aparelho de 20 mil horas.<br />

A estrutura portátil permite higienizar o<br />

carro em 4 etapas: posicione o gerador no<br />

habitáculo do veiculo; defina os tempos<br />

de higienização desejados; feche o carro<br />

e aguarde o tratamento; retire o aparelho<br />

e ventile o habitáculo. O gerador não requer<br />

manutenção. O gerador é adequado<br />

para a higienização de veículos de várias<br />

dimensões e salas até 70m². A bomba de<br />

pressão incluída permite uma difusão completa<br />

e uniforme do ozono. Possibilidade<br />

de higienização com o gerador dentro ou<br />

fora da viatura.<br />

Cetrus<br />

252 308 600<br />

www.cetrus.pt<br />

A Cetrus apresenta, através das suas representadas,<br />

dois modelos de geradores<br />

de ozono. Os geradores de ozono representam<br />

um enorme aliado no combate<br />

a transmissão de vírus, pois permitem<br />

uma higienização e desinfeção de espaços.<br />

Genericamente, o modelo básico deve<br />

ser utilizado dentro da viatura e produz<br />

o ozono através de placa cerâmica. O<br />

modelo Plus, permite ser utilizado do<br />

lado de fora das viaturas, através de tubos<br />

que são ligados à mesma. Neste modelo,<br />

o ozono é produzido através de um reator<br />

de quartzo.<br />

Roberlo<br />

+34 972 478 060<br />

http://pt.roberlo.com<br />

A Roberlo disponibiliza o Sanius, Surface<br />

Hygienizing, higienizante de superfícies.<br />

A 2Q Portugal disponibiliza soluções<br />

de higienização de oficinas utilizando<br />

fórmulas próprias com base em etanol,<br />

cloreto de benzalcónio e hipoclorídrico<br />

de sódio como biocidas. Disponibiliza:<br />

- Desinfetantes de Mãos - O Gderm,<br />

um gel desinfetante de mãos de elevada<br />

eficiência, para funcionários e clientes.<br />

- Desinfetantes de Superfícies - O desinfetante<br />

hidroalcoólico de superfícies<br />

Grapid direta vital para desinfetar zonas de<br />

contacto direto como cockpit, fechaduras,<br />

etc. O desinfetante Industrial Gclosan é<br />

uma solução económica para a desinfeção<br />

de superfícies não metálicas.<br />

- Desinfetantes e Detergentes de<br />

Superfícies - Para uma detergência e desinfeção<br />

das superfícies a Greenpower<br />

possui uma gama de produtos de múltiplas<br />

aplicações, em superfícies verticais ou<br />

horizontais, com ou sem espuma. Todos<br />

os produtos desta linha possuem uma ação<br />

de higienização das superfícies, uma ação<br />

de desinfeção e bactericida e de limpeza<br />

profunda. Podemos encontrar nesta gama<br />

o GKiller, o GKiller F e o Gclosan F para<br />

pavimentos e paredes verticais.<br />

Open Parts<br />

AleCarPeças<br />

218 150 044<br />

www. alecarpeças.pt<br />

A AleCarPeças comercializa o gerador de<br />

ozono X-PRO da Open Parts, projetado<br />

para a higienização de veículos. Desinfeta<br />

qualquer tipo de superfície. De ação rá-<br />

NorComb<br />

Norbat<br />

229 064 814<br />

http://norbat.pt<br />

O Grupo Norbat, através da NorComb,<br />

disponibiliza vários produtos de limpeza,<br />

lavagem, higienização e proteção,<br />

individual e de superfícies. A gama de<br />

produtos inclui: multiusos, higienizantes,<br />

desinfetantes clorados perfumados, limpa<br />

vidros, desengordurantes, gel de mãos,<br />

gel sanitário, ambientadores, lixívias,<br />

abrilhantadores e protectores de tabliers,<br />

abrilhantadores de pneus e jantes, massa<br />

para mãos, papel auto corte, papel industrial,<br />

rolo marquesa, consumíveis e descartáveis<br />

(sacos do lixo, luvas, mascáras,<br />

sapato protector, avental), entre outros.


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PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO, LIMPEZA E PROTEÇÃO<br />

Magneti Marelli<br />

www.magnetimarelli-aftermarket.pt<br />

A Magneti Marelli disponibiliza o equipamento<br />

de desinfecção por ozono MX<br />

4000 da Ozone Generation para as oficinas.<br />

Com este equipamento, a oficina<br />

poderá desinfetar os veículos. É capaz de<br />

produzir 4000 mg / hora, com o qual é<br />

capaz de desinfetar um veículo médio em<br />

15 minutos. O equipamento é produzido<br />

na Europa e está em conformidade<br />

com os regulamentos mais rigorosos da<br />

Comunidade Europeia. Dados técnicos:<br />

tensão de alimentação: 220/240V – 50Hz<br />

Absorção: < 21W capacidade de geração<br />

de Ozono: 4000 mg/h , programador<br />

eletrónico digital. Este dispositivo é capaz<br />

de produzir Ozono através da ionização do<br />

ar. Não deixa nenhum tipo de vestígio ou<br />

resíduo químico, odores ou manchas em<br />

tecidos. É adequado para a desinfeção na<br />

indústria automóvel (automóveis, camiões,<br />

autocarros, ambulâncias, caravanas) mas<br />

também noutras aplicações como em escritórios,<br />

lojas, etc. Com descarga de alta<br />

voltagem, eimina vírus por oxidação.<br />

Recomendações para<br />

a limpeza de um veículo<br />

1 –Tenha-o mesmo limpo Garantir<br />

a limpeza dentro do carro é mais<br />

importante do que nunca.<br />

Segundo o site do Centro Federal<br />

de Educação em Saúde (BZgA), os<br />

produtos de limpeza disponíveis no<br />

mercado podem remover mais de 90%<br />

dos germes de superfície.<br />

2 – Produtos para limpeza e cuidado<br />

Utilize produtos recomendados para<br />

o seu carro. Limpa completamente<br />

e é suave em materiais, não corroe<br />

superfícies sensíveis e torna o carro<br />

higienicamente limpo. No entanto, não<br />

desinfecta, por isso é importante manter<br />

uma boa higiene das mãos.<br />

3 – O acessório correto Remova muito<br />

bem a sujidade e qualquer resíduo do<br />

produto de limpeza com um pano limpo<br />

e absorvente.<br />

4 – Use somente desinfetante nas suas<br />

mãos Os desinfetantes são altamente<br />

recomendados para manter uma boa<br />

higiene das mãos; no entanto, eles não<br />

são adequados para limpar o interior de<br />

um carro. Podem danificar superfícies<br />

sensíveis e causar bacicidade, manchas<br />

ou fragilidade.<br />

equipamento utiliza a tecnologia luz ultravioleta<br />

de onda corta para a conversão<br />

de oxigénio em ozono. O Purifier O3 da<br />

Brain Bee foi concebido para a desinfeção<br />

de viaturas, frotas ou pequenos espaços.<br />

Tem um tamanho reduzido, é portátil e<br />

também permite ligação 12V, na tomada<br />

do veículo e pode ser automatizado. Cada<br />

desinfeção, em veículos, demora entre<br />

20 a 30 minutos. Depois da desinfeção<br />

a viatura ou espaço devem ser ventilados<br />

completamente. Características: produção<br />

de ozono: 5000 mg/h, alimentação: 12V<br />

/ 230V 50 Hz, temporizador: 10 minutos<br />

a 10 horas, fim de ciclo: 2 tempos de<br />

função: 1. No final do tempo estabelecido,<br />

a geração de ozono termina; 2. Após 10<br />

minutos, o ventilador desliga-se.<br />

Spanjaard<br />

www.spanjaard-portugal.com<br />

www.kroon-oil.com<br />

www.vatoil.com<br />

A Spaanjard disponibiliza para o mercado<br />

os seguintes produtos:<br />

- Spanjaard Air Conditioner Cleaner -<br />

Espuma de limpeza e esterilização injectada<br />

no A/C, elimina micro-organismos<br />

e deixa um aroma fresco, disponíl para<br />

para viaturas.<br />

Brain Bee<br />

Hélder Máquinas<br />

facebook.com/heldermaquinas<br />

A Brain Bee, representada pela Hélder<br />

Máquinas, lançou um modelo gerador<br />

de ozono automático. O Purifier O3<br />

aproveita o poder do ozono para destruir<br />

vírus, bactérias, germes e microrganismos,<br />

odores de todo o tipo e alergénios. Este<br />

5 – Não falhe nenhuma superfície Limpe<br />

todas as superfícies que as mãos tocam:<br />

bancos, apoios, volante e todo o painel,<br />

a manete da caixa de velocidades, todos<br />

os puxadores, o espelho retrovisor, o<br />

abridor da mala, a alavanca para abrir o<br />

capô, bem como a tampa do tanque de<br />

combustível e a tampa do bocal.<br />

6 – Não tenha pressa Dê tempo para<br />

os produtos de limpeza actuarem. Os<br />

detergentes não devem ser deixados<br />

permanentemente em superfícies, pois<br />

podem corroer.<br />

Fonte: Sonax<br />

- Spanjaard Extreme Kleen - Produto<br />

Bio, não tóxico, sem lixívia, amoníaco<br />

e abrasivos. Limpa e desinfecta. Interior<br />

automóvel: todas as superfícies. Exterior<br />

automóvel: lavagem de motores e jantes.<br />

Oficina: chão, paredes, lavagem em máquina<br />

ou manual de fatos de trabalho,<br />

equipamentos e sanitários.<br />

- Kroon Oil Gel Sanitizer – Novo produto<br />

com dispensador ou em versão spray<br />

para desinfecção. Para viaturas, oficinas<br />

e pessoal.<br />

- Kroon Oil Helmet Sanitizer - Espuma<br />

para limpeza higiénica, neutraliza odores.<br />

Para viaturas, oficinas e pessoal.


45<br />

- Kroon Oil Hansop Yelow - Massa de<br />

limpeza manual, sem solventes, com pH<br />

neutro, para a remoção das sujidades das<br />

mãos. Remove óleo, gordura, alcatrão,<br />

tinta de impressão, resina, tinta e cola em<br />

excesso e outras sujidades. Para pessoal<br />

e oficina.<br />

- Kroon Oil Hansop Yellow & White -<br />

Agente de limpeza manual, sem solventes<br />

para a remoção das sujidades das mãos.<br />

Não possui solventes e tem pH neutro.<br />

Remove óleo, gordura, alcatrão, tinta de<br />

impressão, resina, tinta e cola. Para pessoal<br />

e oficina.<br />

Wurth<br />

211 989 840<br />

eshop.wurth.pt<br />

Para a proteção e desinfeção do interior<br />

da viatura, a Wurth disponibiliza:<br />

- Conjunto de limpeza de A/C - Conjunto<br />

de limpeza de ar condicionado pronto a<br />

usar. Difusão rápida, remove depósitos<br />

e contaminações de sistemas de ar condicionado.<br />

- Spray desinfetante para A/C Coolius<br />

- Produto para limpar e desinfetar sistemas<br />

de ar condicionado de viaturas.<br />

Desinfeta, limpa e protege, remove germes,<br />

bactérias e fungos, neutraliza odores,<br />

inibe reações alérgicas. Com mangueira<br />

com bocal especial para aplicação direta<br />

no permutador de calor da unidade de<br />

A/C, a limpeza por pulverização penetra<br />

em camadas de sujidade mais espessas e<br />

gordurosas, eliminação de germes, 100%<br />

de redução no número de micróbios.<br />

- Cobertura para bancos PE em rolo -<br />

Adequada para utilização com airbags.<br />

Película PE branca e resistente a óleo e<br />

água, espessura da película de 0,013 mm.<br />

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Trabalhamos<br />

para o servir 24h<br />

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46<br />

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T<br />

LD AUTO<br />

Sistemas<br />

de injeção<br />

gasolina<br />

Os construtores de automóveis<br />

estão a apostar cada vez mais,<br />

em motores que utilizam<br />

sistemas de injeção direta a<br />

gasolina. Este artigo vai ser<br />

focado nestes sistemas, que começamos<br />

a abordar na edição nº53 da Pós-Venda.<br />

Nas primeiras versões do sistema de injeção<br />

direta (1950 a 1980), a injeção<br />

ocorria muito cedo, ainda durante o ciclo<br />

de admissão de forma a conseguir-se<br />

uma boa atomização da mistura, o que<br />

impossibilitava a economia de combustível<br />

pretendida. Os motores funcionavam com<br />

carga homogenia.<br />

De forma a ser possível economizar combustível,<br />

o funcionamento base do sistema<br />

foi alterado. Passando a funcionar com<br />

mistura pobre e carga estratificada. A vela<br />

de ignição foi deslocada para junto do bico<br />

de injeção e foi removida do sistema, a<br />

borboleta de admissão.<br />

Os primeiros sistemas de injeção direta<br />

utilizados, apresentavam várias limitações,<br />

pelo que era difícil justificar a sua<br />

utilização em detrimento do carburador<br />

ou de sistemas de injeção indireta. As<br />

principais desvantagens do sistema, eram<br />

as seguintes:<br />

> Elevadas emissões de hidrocarbonetos;<br />

> Regime de funcionamento ótimo reduzido,<br />

a boa atomização do combustível<br />

estava dependente do regime de rotação<br />

do motor e só era possível uma boa atomização<br />

a médios e altos regimes;<br />

> Baixo rendimento, devido a vários<br />

fatores como ponto de injeção precoce<br />

(ainda durante a fase de admissão) e<br />

funcionamento em carga estratificada<br />

permanentemente e com mistura pobre<br />

de forma a limitar o número de partículas<br />

emitidas. Não eram utilizadas misturas<br />

estequiométricas ou ricas.<br />

Após 1990, o desenvolvimento de sistemas<br />

controlados eletronicamente e a grande<br />

necessidade de reduzir o consumo de<br />

combustível e emissões de poluentes, em<br />

particular o CO2, potenciou um grande<br />

desenvolvimento nos sistemas de injeção<br />

direta, passando a ser produzidos em<br />

grande escala. Os sistemas continuam a<br />

funcionar sem que exista borboleta no<br />

coletor de admissão e maioritariamente<br />

com misturas A/F pobres, no entanto<br />

em condições de carga elevada, passam a<br />

funcionar com mistura estequiométrica,<br />

traduzindo-se num grande incremento<br />

de potência. A atomização deixa de estar<br />

exclusivamente relacionada com a velocidade<br />

de rotação do motor, os orifícios de<br />

injeção e cabeça dos pistões são otimizados<br />

para promover a mesma e a relação de<br />

compressão aumenta.<br />

Os sistemas de injeção direta a gasolina,<br />

podem ter três classificações principais.<br />

> Spray-guided, a distribuição do combustível<br />

pela camara de combustão depende<br />

principalmente da geometria do jato;<br />

> Wall-guided, a geometria do pistão<br />

promove a distribuição do combustível<br />

pelo cilindro;<br />

> Air-guided, é uma conjugação das duas<br />

classificações anteriores – Através da geometria<br />

do pistão e posição e geometria do<br />

jato do injector é distribuído o combus-


47<br />

Figura 1- Posição relativa Injetor/Vela<br />

Figura 2- Sistema de injeção real<br />

tível pelo cilindro.<br />

O injector foi afastado da vela e o spray já<br />

não é dirigido diretamente para a mesma<br />

(Spray-guided), mas sim para uma concavidade<br />

presente no pistão (Wall-guided),<br />

que ajuda a distribuir a mistura pelo cilindro.<br />

Esta alteração está esquematizada<br />

na Figura 1.<br />

Através da análise da Figura 1, verifica-se<br />

que nos primeiros sistemas “A”, o injector<br />

estava próximo da vela e o jato era direcionado<br />

para a mesma. Esta configuração<br />

possibilitava o funcionamento em carga<br />

estratificada, no entanto na vela a mistura<br />

era muito rica e o combustível não tinha<br />

tempo para evaporar, provocando uma<br />

maior quantidade de emissão de partículas<br />

sólidas de fuligem, que para além<br />

de poluentes, se depositavam na vela e<br />

promoviam a falha do sistema de ignição.<br />

A configuração “B” permite uma melhor<br />

vaporização do combustível, eliminando<br />

o problema dos sistemas anteriores.<br />

Atualmente o modo de distribuição<br />

principal da mistura, é o Spray-guided<br />

e Air-guided, tem como objetivo tentar<br />

diminuir ao máximo o contacto do<br />

combustível ainda na fase líquida com<br />

as paredes do cilindro e pistão, para que<br />

não se formem zonas de mistura rica<br />

indesejáveis.<br />

A complexidade dos sistemas é cada vez<br />

maior para cumprir com as normas ambientais<br />

e cada construtor pode optar por<br />

uma abordagem diferente, pelo que não é<br />

possível abordarmos todos os parâmetros<br />

que influenciam o desempenho e funcionamento<br />

dos sistemas de injeção direta<br />

a gasolina neste artigo. Será de seguida<br />

apresentado um sistema que representa<br />

bem o nível de complexidade que podemos<br />

encontrar nas viaturas atuais para<br />

que se consiga reduzir cada vez mais a<br />

emissão de poluentes.<br />

Na Figura 2, é apresentado um esquema<br />

real de um sistema de injeção direta atual.<br />

Como é possível verificar pela análise da<br />

Figura 2, estes sistemas podem ser bastante<br />

complexos. A bomba de alimentação de<br />

combustível possui um módulo de controlo<br />

dedicado, e a bomba de alta pressão tem<br />

que alimentar dois conjuntos de injeção<br />

que funcionam a pressões distintas, neste<br />

sistema a pressão máxima de 200 bar.<br />

Apesar do sistema possuir 8 injetores,<br />

este é um sistema de uma viatura com<br />

4 cilindros.<br />

Conforme apresentado na Figura 3, este<br />

sistema utiliza um conjunto de injetores<br />

para realizar injeção indireta e outro conjunto<br />

que realiza injeção direta. Cada um<br />

dos conjuntos pode funcionar individualmente<br />

ou em simultâneo, dependendo da<br />

condição de funcionamento da viatura.<br />

O principal motivo pelo qual este sistema<br />

foi desenvolvido, foi para se conseguir<br />

reduzir a emissão de partículas sólidas.<br />

Mesmo em sistemas atuais, a injeção<br />

direta a gasolina devido à sua inferior<br />

atomização relativamente aos sistemas<br />

de injeção indireta gasolina produzia até<br />

10x mais partículas do que os veículos<br />

atuais diesel. Para além desta vantagem,<br />

este é um sistema mais silencioso, pois<br />

a injeção indireta produz menor ruído<br />

que a injeção direta. A utilização dos<br />

dois tipos de injeção permite cumprir a<br />

normal EURO 6 sem que seja aplicado<br />

um filtro de partículas, reduz a emissão<br />

de CO2 e aumenta e eficiência energética<br />

do motor em condições de carga parcial<br />

e regimes transientes.<br />

INJEÇÃO INDIRETA – BAIXA PRESSÃO<br />

É conseguido através da mesma bomba<br />

de alta pressão, dois níveis de pressão distintos<br />

através de uma derivação na bomba<br />

de alta pressão. Esta derivação possui um<br />

restritor e envia combustível para a régua<br />

de baixa pressão, sendo monitorizado por<br />

um sensor de pressão dedicado e controlada<br />

a quantidade de combustível que vai<br />

para os injetores de injeção indireta por<br />

uma válvula de pressão.<br />

INJEÇÃO DIRETA – ALTA PRESSÃO<br />

O circuito de alta pressão é utilizado<br />

para realizar injeção direta. Tal como o<br />

circuito de baixa pressão, também possui<br />

um sensor de pressão que monitoriza a<br />

pressão do sistema. No entanto, a pressão<br />

que se encontra na régua de alta pressão<br />

é a mesma que a bomba de alta pressão<br />

produz e pode neste sistema alcançar os


48<br />

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T<br />

LD AUTO<br />

Figura 3- Sistema de injeção direta e indireta<br />

200 bar. Conforme referido na primeira<br />

parte do artigo, já existem sistemas de<br />

injeção direta a gasolina capazes de alcançar<br />

os 350 bar.<br />

FUNCIONAMENTO DO SISTEMA<br />

O mapa da injeção do motor é dinâmico,<br />

o tipo de injeção utilizado depende da<br />

condição de funcionamento da viatura.<br />

O mapa de injeção é otimizado de forma<br />

a reduzir as emissões de poluentes,<br />

conservar a qualidade do óleo e reduzir a<br />

detonação. Como tal, a mistura A/F, ponto<br />

e duração de injeção são constantemente<br />

adaptados. O sistema tenta funcionar com<br />

mistura estequiométrica (λ=1), sempre<br />

que possível.<br />

O mapa de injeção, é apresentado na<br />

Figura 4 e é possível concluir o seguinte:<br />

•Carga de motor reduzida, o motor trabalha<br />

com injeção indireta;<br />

•Carga de motor média e elevada, motor<br />

funciona com mistura homogenia e<br />

carga estratificada com injeção direta – É<br />

realizada uma injeção na fase de admissão<br />

do motor e outra injeção na fase de<br />

compressão;<br />

• Carga média e rotação de motor elevada,<br />

motor funciona com mistura homogenia<br />

– É realizada apenas uma injeção na fase<br />

de admissão do motor.<br />

De forma resumida, este é o funcionamento<br />

normal do motor no que toca ao tipo<br />

de injeção utilizado. Existem adicionalmente<br />

alguns modos de funcionamento<br />

específicos, como:<br />

Figura 4- Mapa de injeção<br />

• Funcionamento a frio: Quando o líquido<br />

de refrigeração se encontra a temperatura<br />

inferior a 45ºC, o motor funciona sempre<br />

com injeção direta.<br />

• Arranque do motor: São realizadas três<br />

injeções, em injeção direta, durante a fase<br />

de compressão.<br />

• Aquecimento/Aquecimento catalisador:<br />

É realizada injeção direta durante a fase<br />

de admissão e compressão. O avanço do<br />

ponto de ignição diminui.<br />

• Modo de segurança (sobreaquecimento<br />

combustível): Em períodos de funcionamento<br />

prolongado com injeção indireta,<br />

o combustível pode sofrer sobreaquecimento.<br />

Para evitar esta situação, pode ser<br />

utilizada a injeção direta alternadamente<br />

durante curtos períodos de tempo.<br />

• Redundância: Caso um dos sistemas de<br />

injeção falhe ou entre em avaria, o outro<br />

sistema entra em funcionamento.<br />

Este é apenas uma exemplo dos vários<br />

sistemas que podem existir dentro dos<br />

sistemas de injeção direta a gasolina, como<br />

já foi referido, a complexidade e funcionamento<br />

do sistema irá variar dependendo<br />

da abordagem do construtor.<br />

A LD Auto gostaria de reforçar a necessidade<br />

das intervenções neste tipo de<br />

viaturas serem realizadas por técnicos<br />

competentes e com formação na área, só<br />

com estas valências é possível perceber o<br />

funcionamento destes sistemas e neles<br />

intervir com eficácia.<br />

*Se pretender saber mais sobre os sistemas<br />

de alimentação de combustível precedentes,<br />

consulte a primeira parte de “Sistemas de injeção<br />

gasolina” na edição de Fevereiro (nº53)<br />

em www.ldauto.net/pt/injecaogasolina.


50<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT MAIO 2020<br />

Formação<br />

F<br />

N.º 9<br />

NOVO CURSO - SENSORES<br />

Solenóides<br />

As válvulas solenóide são hoje<br />

um dos principais métodos<br />

construtivos de atuadores que<br />

encontramos nos automóveis.<br />

Dispositivos como uma válvula<br />

de regulação de pressão do turbo,<br />

um regulador de débito do common rail<br />

ou uma válvula EGR podem utilizar este<br />

princípio de funcionamento. Como são<br />

então construídas as válvulas solenóide, e<br />

como funcionam as mesmas?<br />

Uma válvula solenóide nada mais é do<br />

que uma bobina com as características<br />

mostradas na imagem abaixo.<br />

do solenóide fora do núcleo da bobina,<br />

fazendo com que a válvula permaneça na<br />

sua posição de repouso.<br />

Quando fechamos o circuito e a bobina<br />

é percorrida por uma corrente, o campo<br />

magnético criado puxa o núcleo para o<br />

interior produzindo desta forma, força<br />

mecânica.<br />

A imagem abaixo mostra o princípio de<br />

uma válvula solenóide aplicada a um regulador<br />

de débito de combustível, do sistema<br />

de alimentação diesel common rail. Note<br />

que, conforme a construção e aplicação da<br />

válvula, podemos estar perante um dispositivo<br />

normalmente aberto NO – normally<br />

opened (quando não está alimentada, a<br />

válvula permite a passagem de um fluído),<br />

ou normalmente fechado NC – normally<br />

closed (quando não está alimentada, a<br />

válvula não permite a passagem do fluído<br />

pelo seu interior).<br />

Ao ser atravessada por uma corrente elétrica,<br />

a bobina cria um campo magnético que<br />

é mais intenso no seu interior. A intensidade<br />

deste campo depende de diversos fatores<br />

como o número de espiras da bobina, a<br />

intensidade de corrente, ou a existência ou<br />

não de um núcleo no seu interior.<br />

Ao colocarmos nas proximidades do solenóide<br />

um núcleo de material ferroso, que<br />

concentre as linhas do campo magnético,<br />

uma força aparece no sentido de puxar este<br />

núcleo para o interior da bobina. A partir<br />

deste princípio, podemos elaborar dispositivos<br />

capazes de produzir força mecânica<br />

ao puxar um núcleo, como por exemplo,<br />

uma válvula.<br />

Quando a bobina está desligada, uma<br />

mola mantém o núcleo de material ferroso<br />

O diagnóstico de uma válvula solenóide<br />

passa por três controlos simples:<br />

Verificação da resistência do enrolamento<br />

da bobina – A bobina deve apresentar um<br />

valor óhmico, que será função da potência<br />

e sua aplicação;<br />

Verificação da alimentação e consumo<br />

de corrente – Um solenóide necessita ser<br />

alimentado para criar o campo magnético<br />

necessário ao deslocamento do núcleo de<br />

ferrite. Deve o técnico comprovar a sua<br />

alimentação e comando negativo, que é<br />

quase sempre efetuado com recurso a um<br />

sinal PWM. Note que o facto do solenóide<br />

ser alimentado não é sinal de que esteja a<br />

funcionar, devendo o mesmo apresentar<br />

um consumo de corrente, que poderá<br />

aferir através de uma pinça amperimétrica;<br />

Verificação da integridade física – Muitas<br />

das vezes, as avarias em eletroválvulas não<br />

são elétricas mas sim mecânicas. Deve o<br />

técnico comprovar a sua integridade e funcionamento<br />

mecânico, de modo a perceber<br />

fisicamente se estão ou não funcionais.

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