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ANTENA SICOOB COCRED

cooperativas nasceu e está atrelada ao agronegócio,

que até agora foi pouco impactado pela crise, e ainda

pelo fato de a maioria delas estar localizada no interior

do país, onde a concentração demográfica e a chance

de infecção pelo novo coronavírus são menores.

As cooperativas crescem exatamente porque

nos momentos de crise, em primeiro lugar, o

setor privado tende a encolher e abrir um espaço

maior para elas. Em segundo lugar, porque o

governo encontra os limites para sua atuação.

Mesmo o dinheiro do governo tem limite e como

as cooperativas estão muito mais próximas de

quem usa ou de quem presta o serviço têm um

impacto social muito importante.

Ricardo Amorim, economista

Especificamente em relação ao agronegócio, Amorim

disse que nem todos os subsetores serão afetados

da mesma forma. Primeiro, porque a alimentação

se destaca entre os itens essenciais. Depois, porque

mesmo os resultados negativos de grupos como o têxtil,

por exemplo, não devem impactar no saldo geral, em

razão do bom desempenho das culturas exportadoras,

que estão se beneficiando com a alta do dólar.

Amorim também elencou três grandes grupos econômicos,

conforme o impacto da pandemia. Entre os

setores mais afetados estão o imobiliário, o turismo,

o varejo, o têxtil e o automotivo. Em nível intermediário

na escala estão empresas relacionadas à alimentação

e supermercados, que ainda conseguem

se manter. Por fim, apresentam crescimento significativo,

apesar da crise, a indústria farmacêutica e o

setor de tecnologia.

“Transformação digital não substitui a loja física ou

o evento físico. É algo a mais, é um e outro. A loja

tem que ter os dois por uma razão simples: oferecer

comodidade ao cliente. A loja que tem e-commerce

pode fazer testes e descobrir que determinado produto

vende melhor, sem ter que encher a loja daquilo. Ela

pode testar precificação e ver o que funciona melhor.

O digital oferece uma série de informação e é preciso

estar em todos os canais”, detalhou.

Ainda segundo Amorim, a superação da crise e a sobrevivência

dos negócios devem depender basicamente

de dois fatores: postergação de encargos e

antecipação de receita. Esse deve ser o foco dos empreendedores

neste momento. O economista também

sugeriu uma reflexão sobre o propósito de cada

empresa, independe do setor de atuação: “Afinal de

contas, eu faço isso por que e para quem?”

“Nunca desperdice uma crise. Elas acontecem e são

duras, mas se a gente conseguir aproveitá-las, pode sair

melhor e mais forte. A pergunta que gostaria de deixar

para todo mundo é: o mundo vai mudar, vai existir um

novo normal, mas, quem vai ser o novo você? O que

você vai fazer diferente? O que o coronavírus ensinou?

O que aprendeu para que você seja a mudança que,

somada a outras, vai fazer com que o mundo não só

mude, mas mude para melhor?”, disse.

Edição 37 – JULHO/2020 17

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