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AGRONEGÓCIO
dutor realmente sentiu mais. Não sentimos porque
produzimos e entregamos, e as pessoas continuam
tendo a necessidade de comer”, diz.
A família atende a redes de supermercados em 30
municípios nas regiões de Barretos e São José do
Rio Preto. Pimenta conta que no início vendiam os
produtos in natura. Mas, com o tempo, percebendo as
mudanças do mercado, se adequaram às necessidades
dos consumidores. Hoje, os irmãos comercializam
bandejas com itens selecionados, sempre prezando
por qualidade e preço justo.
O produtor rural diz ainda que ele e os irmãos sempre
aprenderam com os pais os ensinamentos da boa
administração. Por isso, apesar de a pandemia da
Covid-19 estar sendo uma das piores crises dos
últimos tempos, os impactos nos negócios da
família foram minimizados pelas medidas adotadas
em relação à governança, ao equilíbrio das contas
e aos investimentos em eficiência e tecnologia.
“Sempre nos preocupamos em manter um fluxo
de caixa que suporte qualquer imprevisto. Isso
é um aprendizado. Graças a Deus, passamos,
superamos, tínhamos caixa. Mais do que nunca,
isso a gente sempre prezou: ter fluxo de caixa,
pagar à vista ou em curto prazo. Isso ajudou
muito nessa fase. Não usamos nenhum benefício
do governo para pagar os funcionários. A empresa
está saudável e isso é motivo de orgulho para
nós”, destaca.
Tecnologia como aliada
A tomada de decisão na gestão do agronegócio
envolve inúmeras variáveis e, em tempos de
pandemia, deve ser ainda mais estratégica. O
produtor rural deve considerar todas as influências
internas e externas, e quanto mais complexo for
esse último ambiente, mais difícil é a adoção de
medidas corretas, que beneficiem o negócio.
Para auxiliar esse processo, a Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária Territorial (Embrapa) lançou
uma ferramenta que permite aos produtores rurais
acompanharem de forma online a evolução das
notificações e dos óbitos decorrentes da Covid-19 em
todo o território nacional, com atualizações diárias e
embasadas em dados do Ministério da Saúde.
Gustavo afirma que a iniciativa partiu da dificuldade
de entendimento das planilhas divulgadas
pelo Ministério da Saúde diariamente, principalmente
por pessoas que não têm familiaridade
com processamento de dados. A plataforma traduz
os números, colocando os casos nos mapas
territoriais. O próximo passo, que ainda depende
de divulgação por parte do governo federal, é
apresentar os dados em nível municipal.
“O cerne da discussão é entender como levar a
geotecnologia, utilizar essa inteligência territorial
para vencer essa batalha que está sendo travada
contra a Covid-19. São tecnologias que buscam
especializar o problema, de modo a ter um rol
de ações de gestão que possam ser utilizadas
em cada um desses territórios, ainda mais em
períodos de isolamento social e lockdown”, diz.
Os painéis estratégicos apresentam a evolução
do novo coronavírus no Brasil considerando o
tempo e o espaço, ou seja, o território. Em outras
palavras, isso significa visualizar em mapas e
gráficos interativos onde e de que forma a doença
está se manifestando. A plataforma é gratuita e
está disponível em www.embrapa.br/evolucaotemporal-da-covid-19-no-brasil
“Esses gráficos mostram a famigerada curva de progressão
da doença. É possível visualizar onde está
ocorrendo incremento, se os estados conseguem fazer
algum tipo de controle, verificar a situação atual
e traçar algumas perspectivas, gerando novas estatísticas.
Isso tudo oferece subsídios para a tomada
de decisão”, explica o engenheiro agrônomo Gustavo
Spadotti, supervisor do Grupo de Gestão Territorial
Estratégica (GGTE) da Embrapa Territorial.
Gustavo Spadotti, supervisor do Grupo de Gestão
Territorial Estratégica (GGTE) da Embrapa Territorial
Edição 37 – JULHO/2020 7