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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
LIVES DÃO FÔLEGO A
ARTISTAS NA QUARENTENA
Shows transmitidos pela web também cumprem
função social.
O
distanciamento social determinado
pelos governos na tentativa de
evitar o avanço do novo coronavírus
impôs uma nova realidade ao mundo
todo. Indústria, comércio, prestadores de
serviços e muitos outros segmentos foram
duramente afetados pela quarentena,
mas nenhum deles sofreu tanto quanto o
setor cultural. Com a palavra aglomeração
abolida do cotidiano, ficou impossível
produzir discos, shows, recitais, espetáculos,
peças... A classe artística percebeu que era
preciso se reinventar.
Protagonista nessa pandemia – depois da
ciência, é claro – a tecnologia cedeu as
ferramentas que possibilitaram a músicos,
atores, dançarinos, humoristas e tantos
outros continuarem compartilhando experiências,
mesmo que fisicamente distantes.
O cenário mudou de uma hora para outra
e as lives, até então restritas a blogueiros
e youtubers, se tornaram febre e ganharam
função social, já que muitos artistas aproveitaram
esses “shows oline” para arrecadar
doações a famílias de baixa renda e
instituições que estão na linha de frente do
combate à Covid-19.
“As pessoas pensam que é simples, mas
não é. Você tem toda a equipe usando
máscara, distante uns dos outros, todos
muito nervosos porque é ao vivo, tudo o que
acontecer vai ao ar, os aparelhos podem
não funcionar e quem está fazendo a live
fica com muito medo de dar errado. É tudo
muito incerto, apesar dos testes”, afirma o
cantor sertanejo Lucas, que faz dupla com
o irmão Luan. Os dois realizaram uma live
em prol da Santa Casa de Sertãozinho (SP),
onde moram, e de produtores de eventos,
que estão temporariamente sem renda.
Lucas & Luan
Edição 37 – JULHO/2020 41