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COOPERATIVISMO

a participação dele, a presença física mesmo, nas

regiões norte e nordeste, e ampliar os negócios com

operações de crédito com associados de mais baixa

renda”, detalha.

Além de tudo isso, as cooperativas de crédito têm um

compromisso com o desenvolvimento e o bem-estar

social das comunidades onde estão inseridas. Por isso,

mais do que proporcionar inclusão, essas instituições

se preocupam com a educação financeira, já que os

cooperados também são “donos do negócio” e por

esse motivo devem saber administrar seus recursos.

O maior desafio é retomar a atividade econômica

em um nível elevado. Não existe bancarização sem

renda. A renda pode vir por meio de programas de

governo, como bolsas e auxílios, mas para impactar

a economia deve vir de uma renda de trabalho.

Em uma economia capitalista, como a nossa, deve

haver ambiente seguro para que o empreendedor

desenvolva sua empresa e leve junto uma cadeia

de benefícios decorrentes dessa geração de

emprego e renda, o que permitirá a bancarização

de mais pessoas.

Lúcio César de Faria, ex-assessor do BC e

ex-diretor executivo do FGCoop

É fato que o acesso e o uso adequado dos serviços financeiros,

como crédito e poupança, podem reduzir o

número de famílias e empresas em dificuldade neste

momento de pandemia. Mas, para o chefe do Departamento

de Promoção da Cidadania Financeira do Banco

Central, Luis Mansur, é imprescindível que esses serviços

tenham custo justo, ou seja, taxas menores, e sejam

adequados às necessidades das pessoas.

Lúcio César de Faria, ex-assessor do BC e ex-diretor

executivo do FGCoop

“A crise pela qual estamos passando é complexa, com

múltiplos fatores envolvidos. O que se pode dizer é que

o acesso a serviços financeiros e o uso deles de forma

adequada às necessidades das pessoas contribui não

só para a qualidade de vida delas, como também para

o desenvolvimento econômico, uma vez que permite,

por exemplo, aos empreendedores um acesso mais

amplo ao crédito e a produtos financeiros”, finaliza.

“Uma instituição consciente oferece programas de

Em 1966, Laurindo Aranão

educação comprou financeira o primeiro veículo para que essas pessoas possam

gerir melhor os seus recursos. Não é só abrir

uma conta ou ter um financiamento, é ter acesso a

programas de educação financeira para aprender

a poupar, por menor que seja o grau de poupança,

aprender a separar os recursos da atividade produtiva

dos recursos pessoais, entre outras questões”,

explica Faria.

Ainda segundo o ex-diretor executivo do FGCoop,

mesmo que a bancarização seja importante nesse

momento de crise econômica, não se trata de uma

solução única. Na opinião dele, a recuperação depende

de ambientes político, jurídico e econômico

seguros, e principalmente da geração de emprego e

renda. Em outras palavras, as políticas governamentais

têm um papel relevante na superação da crise

ocasionada pela pandemia.

Luis Mansur, chefe do Departamento de Promoção

da Cidadania Financeira do Banco Central

54 Edição 37 – JULHO/2020

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