DEFINIDO UMA NOVA ECONOMIA
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Agenda de mudanças para
instituições financeiras
• Incluir a mensuração das emissões dos gases
de efeito estufa nos parâmetros de avaliação
de financiamentos.
• Incorporar a prática de valoração econômica
de riscos e impactos sociais e ambientais dos
empreendimentos e clientes financiados.
• Estabelecer processos contínuos de
relacionamento com stakeholders para
discussão das estratégias dos bancos e
demais agentes financeiros para a nova
economia.
• Desenvolver, em parceria com governo e
organizações da sociedade civil, centros
de inteligência e pesquisa sobre riscos e
oportunidades de negócios relacionados às
mudanças climáticas.
Agenda de mudanças para o governo
• Criar processos mais inteligentes, eficientes e efetivos
de avaliação e monitoramento dos impactos sociais
e ambientais de investimentos em infraestrutura,
extração mineral, petróleo e gás, energia, transporte,
construções e agricultura
• Ampliar espaços de diálogo e consulta pública para
a discussão sobre grandes investimentos e seus
impactos na sociedade e no meio ambiente
• Estabelecer padrões mínimos para gestão de risco e
governança e divulgação dessas informações sobre
sustentabilidade para instituições financeiras
• Criar grupo de trabalho para definir as bases da
responsabilidade fiduciária dos investidores sobre
impactos sociais e ambientais
• Desenvolver incentivos públicos para o fortalecimento
de pequenos bancos, cooperativas de crédito e
instituições de microfinanças
• Aplicar os principais padrões internacionais de
sustentabilidade em finanças e investimentos em
bancos públicos, fundos de pensão e de investimentos
com participação governamental
• A criação do Imposto de Transação Financeira
(também conhecida como Imposto de Tobin) tem que
ser considerado seriamente como um instrumento
para a transição para a economia verde
• Criar um fórum aberto e contínuo de debates
entre instituições financeiras, órgãos reguladores e
organizações da sociedade civil para avaliação e revisão
da agenda de sustentabilidade do setor financeiro
• Defender um padrão mínimo de regulação dos sistemas
financeiros em todos os países e o fortalecimento da
governança do sistema financeiro global
CAPÍTULOS TEMÁTICOS
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Avanços reconhecidos
A agenda de iniciativas que ainda precisam ser desenvolvidas e implementadas não exclui a continuidade
de ações já em curso:
• Quase todas as instituições financeiras estão desenvolvendo padrões e serviços para o financiamento
de projetos mais alinhados com princípios de sustentabilidade. O que falta é estas iniciativas ganhem
escala e sejam incorporadas nas estratégias de negócios de todos os serviços financeiros.
• No setor de microfinanças, temos uma cobertura de 60% da demanda brasileira, segundo dados do
Banco Central. O que falta é atender 14 milhões de pessoas e 16 milhões de empreendimentos de
pequeno porte que permanecem à margem do sistema financeiro.
• No campo das mudanças climáticas, os bancos brasileiros tem um compromisso institucional
formalizado com políticas para o clima, mas ainda não calcula as emissões de CO2 em sua cadeia
de valor.
• Já há a oferta de alguns produtos financeiros relacionados às mudanças de clima, mas são ainda
ações pontuais com baixa representatividade nas carteiras.