DEFINIDO UMA NOVA ECONOMIA
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SUMÁRIO EXECUTIVO
O Vitae Civilis, com o apoio da Ford Foundation, convidou organizações-chave da sociedade civil -
como o Fórum Brasileiro ONGs e Movimentos Sociais, a Central Única dos Trabalhadores, a Fundação
Sustainlabour, o Instituto Democracia e Sustentabilidade e o Instituto Ethos - para co-organizarem
uma série de debates sobre quatro temas transversais que permeiam o conceito de economia verde:
governança, finanças, convivência e trabalho e emprego –. O objetivo foi gerar insumos que servissem
de alerta e orientação, permitindo uma atuação mais produtiva e eficiente da sociedade na transição
para a economia verde e, especificamente, nos debates referentes à Rio+20. A presente publicação
traz um retrato dessa rica troca de informações, percepções e propostas apresentadas e debatidas em
reuniões que contaram com a participação de cerca de 60 representantes de mais de 30 organizações
da sociedade civil brasileira.
Independente da área de atuação, da abordagem e das premissas ideológicas, alguns aspectos
sobressaíram nas conclusões dos debates: 1) o atual modelo de produção e consumo é a origem e causa
das atuais crises econômica, ambiental e social, e precisa urgentemente mudar; 2) essa mudança deve
ocorrer no sentido de fazer com que os fatores humano e ambiental sejam devidamente considerados
frente aos parâmetros econômico-financeiros, e portanto reconhecidos como definidores dos seus
limites; 3) tanto o processo de transição para esse novo modelo, como sua própria gestão, devem ser
amparados por uma nova governança, socialmente inclusiva e participativa; 4) a sociedade civil deve ter
papel mais ativo nas decisões e deliberações que tenham impactos coletivos.
SUMÁRIO EXECUTIVO
05
A economia é o principal “instrumento” que a sociedade moderna dispõe para obter rapidamente
a escala e o volume necessários para atingirmos o desenvolvimento sustentável. Mas para isso, não
podemos contar com a economia descontrolada e descolada da base produtiva, que nos trouxe às
bolhas especulativas, à crise global e às exacerbação das desigualdades estruturais atuais.
O que está sendo chamado de economia verde – ainda uma proposta em construção - pode vir a
ser a resposta que precisamos, desde que esteja baseada em uma estrutura que respeite os limites
planetários e garanta os direitos humanos de todos. Apenas desta maneira atingiremos o espaço seguro
e justo para a Humanidade.
Por isso, lhe convidamos a conhecer, nas próximas páginas, os principais pontos debatidos em cada um
dos eixos eleitos para este trabalho, bem como as propostas elencadas no processo de debates que
levou a organização desta obra, onde buscamos alinhavar diretrizes críticas para a economia do futuro
que queremos.
Utilizamos o termo economia verde (EV) - sem qualquer outro adjetivo - para nos referirmos ao conjunto
de propostas voltadas ao desenvolvimento sustentável ou, mais especificamente, à transformação da
economia global para padrões socialmente justos e ambientalmente sustentáveis, num marco ético e
democrático. Para mais informações sobre este posicionamento acesse: www.economiaverde.org.br
e/ou www.greeneconomy.org.br