DEFINIDO UMA NOVA ECONOMIA
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• A dos atores que debatem como a economia – verde ou de qualquer cor - deveria se desenvolver
dentro de uma perspectiva da sustentabilidade e garantia de direitos.
• A dos atores que tem uma visão acrítica e focam apenas em questões práticas ligadas às suas
oportunidades de negócio e vantagens/desvantagens competitivas.
• E a dos atores que recusam o tema em si, considerando que ao aceitar o mercado e as empresas
como parte da solução a economia verde seria ilegítima e incongruente, propondo um fim oposto
à sua própria lógica.
Reconhecendo esta situação de perspectivas diferentes e algumas vezes opostas, nossa abordagem foi
desenvolver uma iniciativa que buscasse aproximar diferentes segmentos da sociedade dentro de uma
perspectiva crítica com relação à economia verde, mas reconhecendo este assunto como um importante
campo para a sociedade civil ocupar.
Nossa iniciativa foi composta por uma série de debates com importantes organizações da sociedade
brasileira, que tiveram um foco objetivo em torno de pontos cruciais de intersecção entre o econômico,
o ambiental e o social. Buscou-se fugir de um debate teórico e entrar em questões concretas para uso
da lógica econômica como uma ferramenta para a transição em prol do desenvolvimento sustentável 2
e da garantia de direitos.
Atualmente, nossa visão está pautada pela grande relevância que a criação de metas para o desenvolvimento
sustentável terá na transição para outro modelo. Temos compartilhado a visão dos que buscam combinar
a noção de limites planetários com uma noção de limites sociais, onde teríamos um “teto” ambiental para
o uso de recursos naturais, e um “piso” social para a garantia de direitos e bem estar.
CONTEXTO
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Numa abordagem inicial, proposta com base em respeitáveis estudos mas totalmente aberta a
ajustes, aprimoramento e adequação a diferentes realidades, o “teto” ambiental seria composto por:
poluição química, acumulo de gases aerossóis na atmosfera, esgotamento da camada de ozônio, perda
de biodiversidade, mudanças no uso da terra, mudanças climáticas, água doce, ciclo do fósforo e do
nitrogênio, acidificação dos oceanos. Já o “piso” social seria composto por: energia elétrica, água,
comida, renda, educação, resiliência, participação, empregos, equidade social e igualdade de gênero.
Acreditamos que este é o momento de criar mecanismos efetivos e capazes de, rapidamente, ganhar
proeminência na sociedade, mudando enquanto é tempo o perigoso caminho em que nos encontramos.
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Para maiores informações acesse: www.vitaecivilis.org/rosquinha