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*Fevereiro:2021 Referência Florestal 226 OPS

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CERTIFICAÇÃO<br />

Empresa se torna primeira a certificar sua ‘carbono neutralidade’ no mundo<br />

9 772359 465021 0 0 2 2 6<br />

OPERAÇÃO MODERNIZADA<br />

TECNOLOGIA PERMITE TRABALHO<br />

REMOTO EM MÁQUINAS FLORESTAIS<br />

MODERNIZED OPERATION<br />

TECHNOLOGY ALLOWS REMOTE<br />

WORK ON FOREST MACHINES


SUMÁRIO<br />

FEVEREIRO <strong>2021</strong><br />

32<br />

O FUTURO<br />

CHEGOU<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Ivan Tomaselli<br />

14 Notas<br />

24 Coluna Cipem<br />

26 Frases<br />

28 Entrevista<br />

32 Principal<br />

38 Expedição<br />

42 Produtividade<br />

44 Mercado<br />

48 Setor <strong>Florestal</strong><br />

54 Investimento<br />

58 Pesquisa<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

38<br />

48<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

31 ABC Agropecuária<br />

07 Bayer<br />

09 BKT<br />

21 Carrocerias Bachiega<br />

65 D’Antonio Equipamentos<br />

68 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

41 DRV Ferramentas<br />

27 Engeforest<br />

67 Envimat<br />

25 Francio Soluções Florestais<br />

57 Hansa Flex<br />

53 J de Souza<br />

05 Komatsu Forest<br />

15 Liebherr<br />

11 Log Max<br />

61 Mill Indústrias<br />

63 Mill Indústrias<br />

13 Rotary-Ax<br />

23 Rotor Equipamentos<br />

17 Sergomel<br />

47 Show <strong>Florestal</strong><br />

65 TPH Forest<br />

19 Unibrás<br />

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A Komatsu Forest Brasil tem o orgulho de lançar o PC 350F Feller Buncher, uma<br />

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no mercado florestal de processo Full Tree.<br />

Suas principais vantagens:<br />

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giro automático<br />

Baixo custo<br />

de manutenção<br />

A nova Feller Buncher possui uma tecnologia diferenciada e preparada para a ICT - Tecnologia da<br />

Informação e Comunicação, além de contar com o Sistema por telemetria via satélite, o KOMTRAX®<br />

da Komatsu Forest.<br />

A KOMATSU FOREST BUSCA SE SUPERAR CADA VEZ MAIS PARA GARANTIR MAIS<br />

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Nos acompanhe nas redes sociais:<br />

siga @komatsuforest e fique por<br />

dentro de todas as novidades.<br />

Entre em contato: +55 (41) 98845 - 3211<br />

www.komatsuforest.com.br


®<br />

EDITORIAL<br />

Seja bem<br />

vindo, <strong>2021</strong>!<br />

A promessa de um novo ano anima o setor florestal brasileiro.<br />

Mesmo com a pandemia em 2020, o segmento mostrou<br />

sua força e apresentou excelentes resultados, que comprovaram<br />

a estabilidade das empresas florestais. Agora, em <strong>2021</strong>,<br />

o desafio é continuar nesta toada e conquistar ainda mais os<br />

consumidores. Na primeira edição do ano, a REFERÊNCIA FLO-<br />

RESTAL traz uma entrevista com o vice-presidente da República,<br />

Hamilton Mourão, sobre a importância da Amazônia para o<br />

país. Você também poderá conferir uma coluna exclusiva do Cipem<br />

e uma reportagem sobre uma expedição florestal que traz<br />

a prática a estudantes de todo o país. Além disso, você poderá<br />

conferir reportagens nas editorias de Mercado, Setor <strong>Florestal</strong><br />

e Pesquisa, assim como novidades do setor. Ótima leitura!<br />

DENIS CIMAF<br />

Confiabilidade e Produtividade com<br />

Melhores Lucros em Trabalhos Intensivos.<br />

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A capa desta edição traz<br />

reportagem sobre a operação<br />

remota dos equipamentos do<br />

Grupo AIZ<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

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Ano XXIII • N°<strong>226</strong> • Fevereiro <strong>2021</strong><br />

CERTIFICAÇÃO<br />

Empresa se torna primeira a certificar sua ‘carbono neutralidade’ no mundo<br />

OPERAÇÃO MODERNIZADA<br />

TECNOLOGIA PERMITE TRABALHO<br />

REMOTO EM MÁQUINAS FLORESTAIS<br />

MODERNIZED OPERATION<br />

TECHNOLOGY ALLOWS REMOTE<br />

WORK ON FOREST MACHINES<br />

9 772359 465021 0 0 2 2 6<br />

WELCOME TO <strong>2021</strong>!<br />

The promise of a new year animates the Brazilian Forestry<br />

Sector. Even during the crisis caused by the pandemic, in 2020,<br />

the segment demonstrated its strength and showed excellent<br />

results, which proved the stability of forestry companies.<br />

Now, in <strong>2021</strong>, the challenge is to continue along this line and<br />

win even more consumers. In the first issue of the new year,<br />

REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> has an interview with Hamilton Mourão,<br />

Vice President of the Republic, about the importance of the<br />

Amazon for the Country. You can also check out an exclusive<br />

Cipem column and a story on a forest expedition that brings the<br />

practice to students from all over the Country. Also, you will be<br />

able to check out articles in the Market, Forestry, and Research<br />

Sections, as well as Sector News. Pleasant reading!<br />

Entrevista com<br />

Antônio Hamilton<br />

Martins Mourão<br />

Ciência e produtividade<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>226</strong> - FEVEREIRO <strong>2021</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriel Faria<br />

Mateus Paludo<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Redes Sociais/Social Media<br />

Larissa Araujo<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


®<br />

0 0 2 2<br />

CARTAS<br />

CONQUISTA Conheça as 10 empresas contempladas da edição do Prêmio REFERÊNCIA 2020<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

Capa da Edição 225 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

DENIS CIMAF<br />

Confiabilidade e Produtividade com<br />

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mês de dezembro de 2020<br />

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Ano XXII • N°225 • Dezembro 2020<br />

FLORESTA PRODUTIVA<br />

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A PRODUCTIVE FOREST<br />

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EFFICIENT FOREST MANAGEMENT<br />

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MERCADO<br />

Por Manoel Toledo – empresário – Indaiatuba (SP)<br />

Não é novidade para ninguém que o segmento de madeira brasileiro é um<br />

dos mais promissores da nossa indústria. A previsão de expansão do setor até<br />

2023, com investimentos de R$ 35 bilhões, só comprova este fato.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Rodrigo Santos – administrador – Curitiba (PR)<br />

Excelente entrevista com o presidente do CIPEM (Centro das Indústrias<br />

Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso),<br />

Rafael Mason. O setor se fortalece com instituições fortes como o CIPEM.<br />

Foto: divulgação<br />

PRAGAS<br />

Por Beatriz Hassan – engenheira florestal – Caçador (SC)<br />

Parabéns pela reportagem sobre o controle químico para infestação de insetos<br />

Sciaridae em pátio de toras. Este é um problema que é constante no nosso meio.<br />

Foto: divulgacão<br />

ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSA REDES SOCIAIS<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


A LONG WAY<br />

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BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

EVENTO<br />

Em visita à sede do Grupo AIZ, o<br />

diretor comercial da Jota Editora, Fabio<br />

Machado, ao lado do diretor Ivan<br />

Zakidalski, e do gerente, Marco Antônio<br />

CAFÉ DA MANHÃ<br />

Esse é o café da manhã<br />

na JOTA EDITORA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ALTA<br />

FLORESTAS MINEIRAS<br />

A retomada econômica mundial já mostra grandes resultados<br />

e a indústria florestal brasileira tem se beneficiado<br />

do novo momento, passada a pior fase da pandemia<br />

em vários países do mundo. Além disso, a recuperação<br />

da China e a demanda aquecida do mercado interno<br />

trouxeram bons resultados para o segmento de florestas<br />

mineiro no último trimestre de 2020 e a promessa para<br />

este ano é ainda mais positiva. A presidente executiva da<br />

AMIF (Associação Mineira da Indústria <strong>Florestal</strong>), Adriana<br />

Maugeri, explica que apesar da pandemia de Covid-19,<br />

a demanda pelos produtos do setor está em alta, o que<br />

vem favorecendo o desempenho das empresas. Dentre os<br />

produtos demandados, se destacam o carvão vegetal, o<br />

aço, o ferro gusa, algumas ligas metálicas especiais, a celulose<br />

e o papel. “Nossa estimativa é superar o desempenho<br />

de 2019, já que a demanda está bem maior”, projeta.<br />

FEVEREIRO <strong>2021</strong><br />

AUMENTO DO ICMS<br />

Após o aumento da alíquota do ICMS, promulgado pelo<br />

governo do Estado de São Paulo, a ABIMÓVEL (Associação<br />

Brasileira das Indústrias do Mobiliário) divulgou uma<br />

nota de repúdio em que questiona a decisão de João Doria.<br />

“Em que pese os ajustes fiscais serem um dos componentes<br />

para efetiva reforma administrativa tão necessária<br />

e fundamental para o equilíbrio econômico, aumentar os<br />

impostos é o caminho mais rápido para aniquilar a sobrevivência<br />

das empresas, que estão com dificuldades para<br />

gerar e manter os empregos, os parques industriais, o<br />

desenvolvimento econômico e a sua sobrevivência. Esse<br />

é o momento em que empresários e governos devem<br />

estreitar relações pensando na construção de um novo<br />

cenário econômico”, defende o pronunciamento.<br />

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COLUNA<br />

O impacto global<br />

da covid-19 no<br />

setor florestal<br />

As operações de manejo florestal não foram<br />

interrompidas, mas em alguns países o<br />

suprimento de matéria-prima foi afetado<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

No Brasil, o<br />

setor florestal,<br />

foi afetado<br />

nos primeiros<br />

meses da<br />

pandemia,<br />

especialmente<br />

a indústria de<br />

produtos de<br />

madeira sólida<br />

Acrise resultante da pandemia da<br />

covid-19 está afetando todos os<br />

países. São mais de 100 milhões<br />

de pessoas contaminadas, e um<br />

enorme impacto econômico e social.<br />

Esta pandemia tem sido considerada como<br />

a pior crise da humanidade desde a segunda<br />

guerra mundial.<br />

O UNFF (United Nations Forum on Forests)<br />

decidiu estudar, o impacto da covid-19 no setor<br />

florestal global. A STCP foi contratada para<br />

apoiar, avaliando o impacto na América Latina e<br />

Caribe. Os resultados dos estudos foram apresentados<br />

em uma reunião virtual do UNFF, realizada<br />

de 19 a 21 de janeiro passado e indicaram<br />

que na maioria dos países o setor florestal foi<br />

considerado como atividade essencial. Limitações<br />

nas operações ocorreram na fase inicial,<br />

mas a adoção de ajustes permitiu a retomada no<br />

segundo semestre de 2020.<br />

As operações de manejo florestal não foram<br />

interrompidas, mas em alguns países o suprimento<br />

de matéria-prima foi afetado. O distanciamento<br />

social e outros cuidados geraram custos<br />

adicionais, e houve limitações de logística, devido<br />

a restrições de movimentação de pessoas,<br />

adotadas particularmente por governos locais.<br />

Em alguns países as agências reguladoras deixaram<br />

de emitir as licenças de operações, o que<br />

levou a um aumento de ilegalidades.<br />

No início da pandemia ocorreram reduções<br />

na demanda global de produtos florestais. Isto<br />

teve impactos financeiros no setor florestal, afetando<br />

especialmente as pequenas e médias empresas.<br />

Na maioria dos países a indústria reduziu<br />

a produção no primeiro semestre de 2020, mas<br />

o nível de empregos foi mantido o que mitigou<br />

o impacto social. As dificuldades de logística<br />

levou também a limitações ao acesso a peças de<br />

reposição, ferramentas e materiais, contribuindo<br />

para a redução da produção e de receitas.<br />

A pandemia não somente afetou a indústria<br />

florestal. As limitações de acesso à informação,<br />

aos serviços de saúde e à circulação de pessoas<br />

afetaram comunidades indígenas e outros grupos<br />

que vivem em áreas rurais. O ecoturismo,<br />

importante gerador de rendas para comunidades<br />

locais, foi extremamente afetado.<br />

Diversos países criaram programas para mitigar<br />

o impacto econômico e social, envolvendo<br />

linhas de crédito, postergação de pagamento<br />

de impostos, subsídios para manutenção de<br />

empregos e renda. Os programas tiveram um<br />

efeito positivo, mas não foram suficientes para<br />

compensar as perdas impostas pela pandemia.<br />

Na maioria dos casos ocorreu uma postergação<br />

dos investimentos.<br />

No Brasil, o setor florestal, considerado<br />

como essencial, foi afetado nos primeiros meses<br />

da pandemia, especialmente a indústria de<br />

produtos de madeira sólida. Algumas empresas,<br />

em função da queda na demanda interna e postergação<br />

de exportações, interromperam a produção.<br />

No segundo semestre, tanto as exportações<br />

como o mercado local, cresceram e alguns<br />

segmentos, por exemplo, painéis de madeira e<br />

embalagens, tiveram dificuldades de atender a<br />

demanda.<br />

Os mecanismos de mitigação dos impactos<br />

criados pelo governo brasileiro, e implementados<br />

em 2020, foram fundamentais para a recuperação<br />

econômica e mitigação dos impactos<br />

sociais, no entanto a pandemia ainda continua a<br />

impactar. A expectativa é de que o programa de<br />

vacinação corrobore para assegurar uma recuperação<br />

ao longo de <strong>2021</strong>.<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br


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NOTAS<br />

Publicação<br />

especializada<br />

A ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente) e o Programa Setorial da Qualidade de<br />

Portas de Madeira para Edificações (PSQ-PME) acabam de lançar a<br />

quarta edição da Revista Portas de Madeira, publicação especializada<br />

voltada para o mercado da construção civil, Arquitetura e Engenharia.<br />

Além de estar disponível para download no site do Programa,<br />

uma tiragem de 10 mil exemplares foi produzida para ser<br />

distribuída para os principais players do setor. A revista oferece ao<br />

leitor conteúdo especializado e atualizado sobre questões técnicas<br />

e comerciais, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento<br />

de novos negócios e ampliar o diálogo entre fabricantes, fornecedores da cadeia produtiva e clientes. A identidade visual<br />

e linha editorial foram reformuladas e, além de reportagens sobre a certificação de portas de madeira, o trabalho que<br />

vem sendo feito pelas indústrias brasileiras em desenvolvimento de produtos e o que mudou na relação entre fabricantes<br />

de portas e construtoras, a nova edição traz temas como indústria 4.0, as soluções apresentadas por startups do setor da<br />

construção civil e as macrotendências dos espaços para trabalho e convívio social. A entrevista especial desta edição trata<br />

sobre o panorama do setor e os novos desejos imobiliários dos brasileiros.<br />

Foto: divulgação<br />

Conectividade<br />

no campo<br />

Foto: divulgação<br />

A Claro e a John Deere anunciam colaboração para<br />

levar efetivamente a agricultura 5.0 ao campo brasileiro,<br />

a partir de modelo inédito no qual o produtor não<br />

precisa fazer investimentos próprios em infraestrutura<br />

de telecomunicações. Estes investimentos serão feitos<br />

pela Claro, por meio da instalação de novas antenas<br />

em áreas rurais brasileiras. Esta solução, chamada<br />

Campo Conectado, permite a geração, o cruzamento e<br />

o tratamento de dados por meio de análise em tempo<br />

real (analytics), auto aprendizado das máquinas (machine<br />

learning) e da inteligência artificial para a tomada<br />

de decisões em tempo real. Com a cobertura no campo, as operações ficam mais inteligentes, aumentando a eficiência,<br />

melhorando a competitividade e a sustentabilidade da produção, além de abrir portas para outros usos, como telemedicina<br />

e educação à distância. “Para a agricultura brasileira, isso é um divisor de águas. Em tempos complexos como o que<br />

vivemos hoje, destravar o progresso no campo por meio da tecnologia é fundamental para promover a reativação econômica<br />

de que o país precisa”, garante Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil. “A conectividade é um dos principais<br />

desafios no interior do Brasil e nós estamos assumindo o compromisso de impulsionar a cobertura do sinal no campo,<br />

o que significa um aumento de alcance para mais 15 milhões de hectares produtivos em áreas rurais”, compara José Felix,<br />

presidente da Claro. Hoje em dia, a operadora já tem mais de 85 milhões de hectares cobertos no território nacional.<br />

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NOTAS<br />

Extração sustentável<br />

Foto: divulgação<br />

A tão aguardada exploração sustentável<br />

da floresta agora é realidade na<br />

Reserva Extrativista Mapuá, localizada no<br />

município de Breves, na região do Marajó,<br />

no Pará. Com o apoio do IFT (Instituto Floresta<br />

Tropical), os manejadores iniciaram<br />

no último mês de dezembro a primeira<br />

extração sustentável de madeira na localidade.<br />

“O manejo madeireiro comunitário<br />

era um sonho antigo dos moradores<br />

daqui. Há muitos anos a gente aguardava<br />

por esse momento, pois sabemos que ele<br />

pode significar um divisor de águas no<br />

desenvolvimento da nossa comunidade”,<br />

comemora o agroextrativista João Batista<br />

Brandão, uma das principais lideranças da<br />

Resex. A execução do manejo florestal na<br />

localidade atende as recomendações do<br />

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), órgão responsável pela aprovação do PMFS (Plano de<br />

Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) da Resex, em setembro de 2019. O Plano contempla uma área de aproximadamente 6.300<br />

hectares, dividida em dois polos comunitários: “Boa Esperança” e “Santíssima Trindade”.<br />

Carbono<br />

eficiente<br />

A Suzano, referência global<br />

na fabricação de bioprodutos<br />

desenvolvidos a partir do cultivo<br />

de eucalipto, foi selecionada<br />

para compor o ICO2 B3 (Índice<br />

Carbono Eficiente da B3). A lista<br />

de empresas da carteira tem<br />

vigência até 30 de abril de <strong>2021</strong><br />

e reúne 62 ações de 58 companhias listadas na Bolsa brasileira. Todas elas pertencem ao IBrX 100, indicador composto pelos<br />

100 ativos mais negociados do mercado de capitais nacional. Criado pela B3 em 2010, o Índice Carbono Eficiente contribui<br />

para fomentar o desenvolvimento sustentável das empresas na busca por uma sociedade mais consciente e com menos emissão<br />

de GEE (Gases do Efeito Estufa). Isso porque as emissões de GEEs são uma das variáveis analisadas para a composição do<br />

ICO2 B3, que é rebalanceado a cada quatro meses. O ingresso da Suzano no ICO2 B3 reitera o comprometimento da companhia<br />

com as metas de longo prazo que preveem, entre outras ações, a captura de 40 milhões de t (toneladas) adicionais de<br />

carbono da atmosfera até 2030.<br />

Foto: divulgação<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Nova espécie<br />

O projeto de monitoramento integrado de<br />

biodiversidade da Suzano, referência global na<br />

fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir<br />

do cultivo de eucalipto, em parceria com a Veracel<br />

Celulose, identificou uma espécie de árvore<br />

até então desconhecida da ciência na região do<br />

sul da Bahia. A Tocoyena atlantica, que ainda<br />

não possui nome popular, é da mesma família<br />

do jenipapo e do café e teve sua descoberta publicada<br />

em dezembro em um artigo científico na<br />

revista especializada Phytotaxa. A espécie, até então desconhecida, foi localizada na AAVC (Área de Alto Valor de Conservação)<br />

Bloco 34, uma das 69 AAVCs conservadas e protegidas pela Suzano, que totaliza 58 mil ha (hectares). A Tocoyena atlantica pode<br />

medir entre 5m e 8m (metros) de altura, possui flores com um amarelo vívido e tem sua floração entre outubro e dezembro. Ela<br />

foi encontrada na campanha de monitoramento de 2019 e desde então passou por pesquisas para confirmar sua identificação.<br />

Certificado de que se tratava de uma nova espécie para a ciência, tornou-se tema do artigo: A new species of Tocoyena (Rubiaceae,<br />

Gardenieae) from the Brazilian Atlantic Forest.<br />

Foto: ilustrativa<br />

Auxílio na<br />

pandemia<br />

O Boletim Cenários IBÁ, produzido<br />

pela IBÁ (Indústria Brasileira de<br />

Árvores), apontou que a produção<br />

de produtos essenciais demonstrou<br />

alta entre janeiro e setembro de<br />

2020, quando comparado com o ano<br />

anterior. A celulose avançou 5,9%;<br />

embalagens de papel demonstraram<br />

alta de 1,3%; enquanto papel cartão<br />

subiu 5,9%; e papéis para fins sanitários<br />

apresentaram avanço de 3,4%.<br />

As vendas domésticas de painéis de<br />

madeira, por sua vez, cresceram 0,8% no mesmo período. “Este é um setor que vem mostrando sua essencialidade desde<br />

o início da pandemia. Os números do setor de árvores cultivadas entre janeiro e setembro corroboram com isso e revelam<br />

que todo o rígido protocolo adotado pelas companhias para cuidar dos colaboradores e manter a operação rodando está<br />

dando certo. Houve aumento de produção matéria-prima e itens que são fundamentais para proteção e prevenção de todos<br />

neste momento de pandemia, como celulose, que dá origem a EPIs tal qual máscaras cirúrgicas, toucas e aventais hospitalares;<br />

embalagens de papel e papel cartão, fundamentais para logística de e-commerce e delivery; e papéis para higiene,<br />

como lenços, papel higiênico, entre outros. Os painéis de madeira também demonstraram avanço nas vendas domésticas,<br />

uma vez que o home office tem estimulado e as pessoas passaram a remodelar suas casas. Vale lembrar que todos estes<br />

produtos têm origem renovável, a partir de árvores cultivadas. Ou seja, este é um setor que cuida do meio ambiente e das<br />

pessoas, seja colaboradores, comunidades vizinhas ou consumidores”, afirmou Paulo Hartung, presidente da IBÁ.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Compensados de pinus<br />

O volume exportado de compensados de pinus em<br />

2020 foi de 2.465.504 m3 (metros cúbicos), segundo a<br />

ABIMCI. O aumento representa um crescimento de 20<br />

% (aproximadamente 402 mil m3) em relação ao volume<br />

embarcado em 2019. O quadro mostra estabilidade do<br />

mercado, principalmente no segundo semestre do ano, e<br />

a consolidação da demanda nos principais destinos, em<br />

especial o mercado americano. O volume total embarcado<br />

ratifica o movimento anual que vem ocorrendo nos<br />

últimos anos, de crescimento da participação do Brasil no<br />

mercado internacional, que em 2014 era de 1.2 milhão de<br />

m³, em 2020 se aproximou do patamar de 2,5 milhões de<br />

m³. Os cinco principais destinos do produto são os EUA<br />

(Estados Unidos da América), o Reino Unido, o México,<br />

a Alemanha e a Bélgica, que representaram 73,64 % do<br />

total embarcado, repetindo em 2020 forte concentração<br />

nesses mercados. Em relação ao destino por continentes,<br />

América do Norte, com 48,78%, e Europa, com 35,34%,<br />

representaram 84% de todas as negociações com países<br />

estrangeiros.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Boas perspectivas<br />

Foto: divulgação<br />

Mesmo após um ano de desafios, impostos pela<br />

pandemia do novo coronavírus, o setor florestal gaúcho<br />

está otimista com a chegada de <strong>2021</strong>. É o que<br />

afirma o presidente da AGEFLOR (Associação Gaúcha<br />

de Empresas Florestais), Paulo César Nunes Azevedo.<br />

Em entrevista ao Correio do Povo, o empresário disse<br />

que o estado aposta fortemente na exportação, assim<br />

como aconteceu em 2020. “A expectativa é boa porque<br />

há uma tendência de que os mercados voltem à<br />

normalidade. Essa evolução no segundo semestre (do<br />

ano passado) potencializa bastante, <strong>2021</strong> vai ser um<br />

ano melhor que 2020. Viemos com algumas dificuldades<br />

de perda de poder aquisitivo (no mercado interno)<br />

e o mercado da exportação foi o que andou melhor,<br />

provavelmente vai iniciar <strong>2021</strong> com um desempenho<br />

bom”, projeta. O Rio Grande do Sul tem como principal<br />

produto a madeira de eucalipto (responsável<br />

por cerca de 50% da área plantada do estado), mas<br />

também possui plantações de pinus e acácia negra na<br />

região.<br />

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NOTAS<br />

Florestas<br />

plantadas<br />

Foto: divulgação<br />

Em 2019, 3.523 municípios brasileiros registraram 10 milhões<br />

de ha (hectares) de áreas de florestas plantadas, sendo<br />

7,6 milhões de ha de eucaliptos, ou o equivalente a 76,3%<br />

do total; 2 milhões de ha de pinus (19,8%); e 387 mil ha de<br />

outras espécies (3,9%). Os dados são da pesquisa PEVS 2019<br />

(Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura), divulgada<br />

recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

Estatística). No total, 4.867 municípios tiveram produção florestal,<br />

cujo valor atingiu R$ 20 bilhões, com queda de 2,7% em<br />

comparação ao ano anterior, após três anos consecutivos de<br />

crescimento. A silvicultura participou com R$ 15,5 bilhões, retração<br />

de 5% em relação a 2018, enquanto a extração vegetal<br />

(coleta de produtos em matas e florestas nativas) ficou com R$<br />

4,4 bilhões, mostrando elevação de 6,4% em relação ao ano<br />

anterior. Os produtos madeireiros continuam preponderantes<br />

no setor, respondendo por 97,3% do valor de produção da silvicultura,<br />

apesar da retração de 5,3% frente ao ano anterior.<br />

Fretes pelo Brasil<br />

Segundo o IFPR (Índice de Frete e Pedágio Repom),<br />

a demanda por frete rodoviário no Brasil cresceu<br />

7,8% em 2020, na comparação com o ano anterior. A<br />

movimentação no transporte de cargas apresentou<br />

crescimento também quando os dados são analisados<br />

por setores. No agronegócio, houve um acréscimo de<br />

3,7% em relação a 2019. Os números são um reflexo<br />

da retomada das atividades econômicas no País. “Dezembro<br />

manteve o forte ritmo que havia sido verificado<br />

nos meses anteriores. Apesar de ser um período<br />

onde se espera uma redução no volume, tivemos um<br />

aumento significativo quando comparado ao mesmo<br />

de 2019”, pontua Thomas Gautier, Head de Mercado<br />

Rodoviário da Edenred Brasil. Tendo em vista as<br />

atividades das principais cidades portuárias do Brasil,<br />

a demanda por fretes se manteve num patamar alto.<br />

No acumulado do ano, foram 13% mais viagens que no<br />

ano anterior, com destaques positivos para os portos<br />

de Miritituba (19%), em Itaituba, no Pará, e Paranaguá<br />

(31%), no Paraná.<br />

Foto: divulgação<br />

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COLUNA<br />

O Manejo <strong>Florestal</strong><br />

Sustentável do Ipê<br />

no Brasil<br />

O que é fato e o que é mito sobre<br />

o manejo e a exploração florestal<br />

do Ipê no Brasil, bem como, sobre<br />

outras espécies florestais<br />

O Manejo <strong>Florestal</strong><br />

Sustentável<br />

é uma atividade<br />

econômica prevista<br />

em um arcabouço<br />

legal, tanto em nível<br />

federal, quanto<br />

estadual<br />

E<br />

ste é o primeiro artigo do Plano de Contingência<br />

de Comunicação Estratégica para<br />

o Setor de Base <strong>Florestal</strong> Mato-grossense<br />

para <strong>2021</strong>, e contém os principais pontos<br />

que estão em debate na atualidade envolvendo<br />

o Ipê, checando e elucidando o que é fato e o<br />

que é mito, para combater a desinformação.<br />

O CIPEM defende o MFS (Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável),<br />

que é uma atividade econômica prevista em um<br />

arcabouço legal, tanto em nível federal quanto estadual,<br />

que traz consigo todos os parâmetros, indicadores<br />

e procedimentos para que a atividade seja licenciada<br />

e autorizada pelos órgãos ambientais competentes,<br />

e sobre como a área manejada deve ser monitorada no<br />

período pós exploratório, que pode durar de 25 a 35<br />

anos.<br />

Dentre os parâmetros técnicos trazidos pelo PMFS<br />

(Plano de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável), e que norteiam<br />

a execução do MFS, qualquer espécie florestal,<br />

seja de Ipê ou outra espécie, só pode ser colhida pela<br />

comprovação de que seu estoque será recomposto<br />

pela regeneração natural.<br />

O senso crítico e o acesso à informação de qualidade<br />

são uma ferramenta essencial para o combate às<br />

fake news. No artigo elaborado pelo CIPEM é possível<br />

analisar e compreender o que está sendo veiculado<br />

atualmente sobre a comercialização do Ipê e subsidiar<br />

o leitor com o conhecimento necessário para uma formação<br />

de opinião livre de desinformações.<br />

Para conferir o artigo na íntegra, acesse:<br />

www.cipem.org.br<br />

https://cipem.org.br<br />

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FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

No Brasil, temos<br />

aproximadamente nove milhões<br />

de hectares de florestas<br />

plantadas, conforme dado<br />

divulgado pela IBÁ (Indústria<br />

Brasileira de Árvores).<br />

Reconhecer que mais de um<br />

milhão está aqui mostra a<br />

expressividade do Paraná<br />

Álvaro Scheffer Junior, presidente da APRE<br />

(Associação Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>)<br />

O setor está otimista e acreditamos<br />

no crescimento. Fatores como<br />

a estimativa de uma maior<br />

nacionalização dos setores<br />

– depois que percebemos a<br />

grande dependência da China -,<br />

a retomada da construção civil<br />

e da construção pesada (com<br />

projetos de obras de infraestrutura<br />

pelo Brasil) nossa expectativa é<br />

que em <strong>2021</strong> haverá um cenário<br />

sustentável para a retomada dos<br />

investimentos”<br />

Adriana Maugeri, presidente da AMIF (Associação<br />

Mineira da Indústria <strong>Florestal</strong>), sobre as<br />

aspirações do setor em <strong>2021</strong><br />

Tenho consciência do longo<br />

trabalho que temos em<br />

busca do reconhecimento da<br />

classe e da descriminalização<br />

de nossa atividade. Nosso<br />

objetivo é mostrar a todos a<br />

grandeza de nosso trabalho,<br />

nossa importância na geração<br />

de emprego e renda no mais<br />

profundo interior do nosso<br />

país e, acima de tudo, nossa<br />

contribuição para conservação<br />

da floresta”<br />

Frank Rogieri Souza de Almeida, Presidente do<br />

Fórum Nacional das Atividades de Base <strong>Florestal</strong><br />

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ENTREVISTA<br />

“CONVIDAMOS O<br />

MUNDO A CONHECER A<br />

AMAZÔNIA”<br />

“We invite the world to get<br />

to know the Amazon”<br />

E<br />

x-comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva<br />

e vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão,<br />

conhece como poucos a realidade e os desafios da<br />

Amazônia. Não só de uma Amazônia vegetal, reserva<br />

importante da biodiversidade do planeta, mas também<br />

de uma Amazônia humana. Esta, segundo ele, tem necessidades<br />

mais urgentes de desenvolvimento, que deem conta da inclusão<br />

social e da produtividade sustentável de comunidades,<br />

que vêm ficando à margem do progresso econômico. Para o<br />

general da reserva, “o que precisamos agora é de ação.”<br />

H<br />

amilton Mourão, Vice President of Brazil and<br />

former commander of the 2nd Jungle Infantry<br />

Brigade, knows, as few, the reality and challenges<br />

of the Amazon, not only of the vegetation,<br />

an essential reserve of the planet’s biodiversity, but also of the<br />

human residents. According to him, the latter has more urgent<br />

development needs, leading to social inclusion and sustainable<br />

productivity of communities that have been on the sidelines of<br />

economic progress. For the General in Reserve, “what we need<br />

now is action.”<br />

Foto: divulgação/EBC<br />

ENTREVISTA<br />

Antônio Hamilton<br />

Martins Mourão<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Vice-presidente do Brasil e presidente do<br />

Conselho Nacional da Amazônia Legal<br />

Vice-President of Brazil and President of the National<br />

Council of the Legal Amazon<br />

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Fevereiro <strong>2021</strong> 29


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PRINCIPAL<br />

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O FUTURO<br />

CHEGOU<br />

Tecnologia de operação modernizada promete<br />

revolucionar setor florestal brasileiro<br />

Fotos: Marcos Mancinni<br />

R<br />

ealidade em vários países, o trabalho remoto em<br />

máquinas florestais ainda engatinha no Brasil.<br />

Seja por resistência do mercado ou pela falta de<br />

tecnologia, empresas ainda têm pré-conceitos em<br />

investir em soluções que prometem revolucionar<br />

o setor. Esse não é o caso do Grupo AIZ, empresa paranaense<br />

que tem realizado grandes esforços e investimentos nos últimos<br />

anos para trazer ao mercado um moderno sistema que controla<br />

remotamente máquinas que podem atuar nos setores de mineração,<br />

agrícola e florestal. A ferramenta utiliza a internet e o rádio<br />

controle para realizar suas tarefas à distância deixando o operador<br />

em um shelter, van, no escritório ou mesmo home office.<br />

Para disseminar as informações de sua nova solução, o Grupo<br />

AIZ, com sede na cidade de São José dos Pinhais (PR), realizou<br />

entre os dias 26 e 27 de janeiro um evento de lançamento da:<br />

Operação Modernizada; que contou com um cronograma completo<br />

de atividades presenciais e por meio de lives no youtube.<br />

Com cerca de 750 colaboradores, o Grupo AIZ desenvolve, há<br />

quatro anos, equipamentos que vão desde manipuladores, guindastes,<br />

implementos rodoviários e agrícolas, peças, customização<br />

de máquinas, além de fornecer rental para diversos segmento.<br />

Agora, a empresa também tem se destacado por trazer a operação<br />

remota não tripulada, novidade no mercado brasileiro.<br />

The Future has arrived<br />

“Modernized operation” technology promises<br />

to revolutionize the Brazilian Forestry Sector<br />

A<br />

lready a reality in several countries, the idea of<br />

remote-control work on forest machines is still in<br />

its early stages in Brazil. Whether due to market<br />

resistance or lack of technology, companies still<br />

have pre-concepts in investing in solutions that<br />

promise to revolutionize the industry. This is not the case with the<br />

AIZ Group, a company from the State of Paraná, that has made<br />

monumental efforts and investments over recent years to bring<br />

to the market a modern system that remotely controls machines<br />

that can operate both in the Mining, Agricultural, and Forestry<br />

Sectors. The tool uses the Internet and radio-control to remotely<br />

perform its tasks, leaving the operator in a shelter, van, office, or,<br />

even, home office.<br />

Between January 26 and 27, to disseminate the information<br />

of its new solution, the AIZ Group, based in São José dos Pinhais<br />

(PR), held an event to launch “Modernized Operation” with a full<br />

schedule of face-to-face activities and lives on Youtube.<br />

For four years, with about 750 employees, the AIZ Group has<br />

been developing equipment and services ranging from handlers to<br />

Fevereiro <strong>2021</strong><br />

33


PRINCIPAL<br />

“Começamos nosso sistema de máquinas remotamente<br />

controladas no setor de mineração, em Minas Gerais e tivemos<br />

ótimos resultados. Então decidimos ampliar as operações para<br />

outros setores, como o florestal, que conta com máquinas da<br />

AIZ, como a PMH-20 e o Skidder (veículo pesado usado em uma<br />

operação de extração de madeira para retirar árvores cortadas de<br />

uma floresta em um processo chamado derrapagem)”, explica o<br />

gerente de fabricação da AIZ, Hilário Matzenbacher.<br />

De acordo com ele, o sistema proporciona que o operador<br />

possa trabalhar à distância na máquina ou até mesmo de qualquer<br />

lugar do mundo, desde que sua internet possa dar o suporte<br />

necessário às suas atividades. “Além da transmissão por rádio<br />

local (que atinge 1200 metros sem retransmissores), temos a<br />

possibilidade do trabalho via internet. Qualquer um que possua<br />

uma conexão de 15MB, ou superior, pode manusear à distância<br />

essas máquinas, esteja ele em qualquer lugar do mundo”, salienta<br />

Hilário. O mais importante é a fidelidade dos controles à operação<br />

real e a capacidade de trabalhar sem delay, ou seja, a resposta do<br />

equipamento é a mesma, como se o operador estivesse dentro<br />

da cabine. Como vantagem, tem-se inúmeras câmaras/imagens<br />

que aumentam a visão do operador para ângulos que antes não<br />

eram cobertos.<br />

E, além de tecnológico, o programa também reduz custos<br />

para as empresas florestais. “Por se tratar de uma operação mais<br />

segura e eficiente, a empresa reduz custos com deslocamento,<br />

alimentação, dormitório, refeitório e energia. Isso sem contar<br />

cranes, road and agricultural implements, parts, machine customization,<br />

and equipment and tool rental for various segments. The<br />

Company has begun to stand out for bringing remote operation<br />

to the Brazilian market.<br />

“We began with our system of remotely controlled machines in<br />

the Mining Sector in the State of Minas Gerais and had impressive<br />

results. So, we decided to expand operations to other sectors,<br />

such as Forestry, which already used AIZ machines, such as the<br />

PMH-20 and Skidder (a heavy vehicle used in a logging operation<br />

to remove cut trees from a forest in a process called ‘dragging’),”<br />

explains Hilário Matzenbacher, Manager of Manufacturing for AIZ.<br />

According to him, the system allows the operator to remotely<br />

operate a machine from anywhere globally, as long as his<br />

Internet connection can provide the necessary support for the<br />

activities. “In addition to local radio transmission (which reaches<br />

1,200 meters without relays), we have the possibility of working<br />

via the Internet. Anyone with an Internet connection of 15 MB,<br />

or higher, can handle these machines at a distance, anywhere in<br />

the world,” stresses Matzenbacher. The reliance in controlling<br />

the actual operation and the ability to work without any delays<br />

are essential factors, i.e., the equipment response is the same as<br />

if the operator were inside the cab. As an advantage, numerous<br />

cameras increase the operator’s view at angles that were not<br />

previously covered.<br />

And, in addition to technology, the program also reduces costs<br />

for forestry companies. “Because it leads to a safer and more<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


PRINCIPAL<br />

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Fevereiro <strong>2021</strong> 37


EXPEDIÇÃO<br />

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Expedição do<br />

CONHECIMENTO<br />

Fotos: divulgação<br />

Projeto de extensão da<br />

Universidade Federal do<br />

Paraná busca mapear<br />

e explorar os diversos<br />

biomas brasileiros<br />

D<br />

esde 2008, o professor e doutor em engenharia<br />

florestal, Renato Robert, promove<br />

viagens por todo o território brasileiro para<br />

apresentar aos universitários distintas realidades<br />

sociais, econômicas e ambientais<br />

de várias regiões do país. As expedições se constituem em<br />

ferramentas para a transformação pessoal, acadêmica e<br />

profissional dos futuros engenheiros florestais brasileiros.<br />

Com a participação de estudantes de inúmeras universidades<br />

(particulares e públicas) a Expedição Brasil<br />

Norte-Sul surgiu em 2008 e já está em sua 11ª edição. Ao<br />

todo, o evento já contou com mais de 400 participantes e<br />

acumulou mais de 300 dias viajados desde a concepção do<br />

projeto. Este ano, infelizmente, a edição 2020 precisou ser<br />

cancelada, devido ao surto do novo coronavírus.<br />

“Nossa ideia é tirar o aluno da sala de aula e inseri-lo<br />

na realidade do trabalho de campo”, explica Robert. “Os<br />

laboratórios de testes e ensaios também são importantes,<br />

mas aqueles em que realmente se aproxima mais da realidade<br />

da floresta trazem para os estudantes um crescimento,<br />

não só profissional, mas pessoal muito forte”, explica o<br />

professor.<br />

Em sua última edição, em 2019, o grupo de 43 estudantes<br />

percorreu cerca de 4 voltas inteiras no planeta, de<br />

acordo com os registros de viagem do professor-orientador.<br />

130 mil km (quilômetros) acumulados em uma viagem<br />

que iniciou no interior de Santa Catarina, e que teve sua<br />

ponto final na cidade de Cusco, no Peru.<br />

Fevereiro <strong>2021</strong><br />

39


40 www.referenciaflorestal.com.br


A história da DRV Serras e Facas Industriais completa 10 anos de muito<br />

sucesso. Uma data marcante, que expressa a experiência e qualidade dos<br />

profissionais que transformaram um sonho em realidade. O mercado de<br />

facas e serras se transformou após o nascimento da DRV.<br />

Aguardem muitas novidades durante esse ano de <strong>2021</strong>.


PRODUTIVIDADE<br />

Enraizamento de<br />

mini-estacas GPC23<br />

Laminas de 1° desbaste de florestamento<br />

do Clone de Eucalyptus grandis Planflora<br />

Ciência e<br />

Matriz Clone Eucalyptus<br />

grandis Planflora GPC23<br />

PRODUTIVIDADE<br />

Empresa catarinense, referência no<br />

melhoramento genético de mudas florestais, tem<br />

revolucionado o mercado madeireiro no Brasil<br />

Fotos: Planflora<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


D<br />

ono das florestas mais produtivas do mundo, o<br />

Brasil tem aproveitado a tecnologia para continuar<br />

sendo uma potência no ramo madeireiro.<br />

Entre elas, as técnicas biotecnológicas têm auxiliado<br />

o segmento no melhoramento genético<br />

convencional, o que permite a obtenção de genótipos com<br />

maior produtividade e qualidade nas florestas.<br />

Exemplo deste avanço, a Planflora - Mudas Florestais tem<br />

aplicado seus recursos em pesquisas para seleção de clones<br />

para usos específicos e ampliação de novas cultivares, com o<br />

projeto Planflora de Hibridação. Com sede na cidade de Concórdia<br />

(SC), a empresa atende florestadores das áreas madeireira,<br />

moveleira, laminadora, fábricas de portas e molduras,<br />

usinas de preservação de madeira e biomassa de Estados-chave<br />

no ramo, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São<br />

Paulo, Rio de Janeiro, sul do Mato Grosso e no sul de Minas<br />

Gerais.<br />

Diretor da Planflora, Laurindo Salante, explica que a companhia<br />

surgiu com o intuito de oferecer genética diferenciada<br />

para um mercado que estava carente neste setor. “Nosso foco<br />

é na genética florestal para industrialização de madeira sólida<br />

para serrarias, laminadoras e demais setores moveleiros. Por<br />

exemplo, temos o clone de Eucalyptus grandis Planflora GPC23,<br />

já avaliado de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira<br />

de Normas Técnicas), que tem muita saída para a indústria<br />

moveleira”, afirma o empresário.<br />

Toras de desbaste do Clone GPC23<br />

com 6 anos e 6 meses de idade<br />

Fevereiro <strong>2021</strong><br />

43


MERCADO<br />

Certificação de<br />

CARBONO<br />

Fotos: divulgação<br />

Empresa referência no setor madeireiro se<br />

transforma em primeira companhia florestal do<br />

mundo a certificar sua ‘carbono neutralidade’<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


Após um longo percurso, a Arauco, companhia<br />

florestal há 45 anos no mercado, anunciou que<br />

é a primeira companhia florestal a certificar sua<br />

‘carbono neutralidade’ em todo o mundo. A<br />

empresa se posiciona como um ator mundial relevante<br />

em matéria de contribuição à mudança climática com<br />

miras à COP 26. Fundada no sul do Chile, a Arauco produz e<br />

gerencia recursos florestais renováveis, e está presente no<br />

negócio de madeira, painéis, celulose e energia limpa e renovável,<br />

usando de forma integral os recursos florestais.<br />

Além disso, como parte do seu Plano de Ação Climática,<br />

durante 2020 a empresa passou a integrar duas iniciativas<br />

mundiais que buscam diminuir significativamente as emissões<br />

de gases de efeito estufa. “Estamos concretizando um compromisso<br />

climático com o Chile e o mundo, um trabalho de<br />

longo prazo com objetivos claros e significativos que marcam<br />

nossa visão do futuro.” Com estas palavras, Charles Kimber,<br />

gerente corporativo de Pessoas e Sustentabilidade da Arauco,<br />

anunciou que neste ano a empresa florestal concretizou a<br />

meta de ser certificada como carbono neutro.<br />

A consecução desta meta está sustentada em dois caminhos<br />

complementares: eficiências de caráter operacional que<br />

permitiram reduzir as emissões de gases de efeito estufa e,<br />

ao mesmo tempo, o aumento das capturas de CO2 através das<br />

florestas nativas, das plantações e do carbono que permanece<br />

retido nos produtos florestais. “Nos anos 90 a companhia<br />

começou de forma pioneira um caminho muito importante<br />

em matéria de redução de emissões: incorporar energia limpa<br />

e renovável nos processos produtivos a partir de biomassa”,<br />

analisa Flavio Verardi, diretor comercial.<br />

A metodologia utilizada pela Arauco para demonstrar sua<br />

neutralidade de carbono foi realizada de acordo com as diretrizes<br />

do Protocolo de Neutralidade elaborado pela Deloitte e<br />

foi aplicada para todos os negócios da companhia como base<br />

em 2018. Nesse contexto, a Arauco atingiu a neutralidade<br />

gerando um excedente líquido de 2.599.753 ton CO2e. “Certificar<br />

o carbono neutralidade significa que o dióxido de carbono<br />

capturado supera suas emissões globais, o que reforça o<br />

compromisso com a nossa missão e se mostra como um passo<br />

concreto para enfrentar a crise climática, nos posicionando<br />

como a primeira empresa florestal do mundo a conquistar<br />

este importante objetivo”, comemora Carlos Altimiras, presidente<br />

Arauco Brasil.<br />

Cabe destacar que, além deste importante compromisso,<br />

há um ano – no marco da Cúpula das Nações Unidas pelo<br />

Clima, realizada em Nova York – a companhia anunciou que<br />

ia aderir os Science Based Targets, iniciativa global que busca<br />

que as empresas adotem uma trajetória de diminuição das<br />

suas emissões com base científica, com o objetivo de limitar o<br />

aumento da temperatura do planeta, alinhada com o Acordo<br />

de Paris.<br />

Fevereiro <strong>2021</strong><br />

45


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do mercado industrial de florestas plantadas,<br />

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Perfil de Operadores de<br />

Máquinas Florestais de<br />

ALTA PERFORMANCE<br />

Fotos: divulgação<br />

Conhecer características individuais dos futuros<br />

operadores de máquinas anteriormente ao processo<br />

de capacitação é de fundamental importância para a<br />

obtenção de um profissional de sucesso<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Fevereiro <strong>2021</strong> 49


SETOR FLORESTAL<br />

Acolheita da madeira tem evoluído de forma<br />

significativa no Brasil, principalmente em<br />

função dos avanços em termos de inovação<br />

tecnológica apresentados pelas indústrias de<br />

máquinas, que tem disponibilizado ao mercado<br />

florestal produtos cada vez mais modernos e de elevada<br />

capacidade produtiva. Tal fato tem possibilitado às empresas<br />

a obtenção de ganhos significativos de produtividade, maior<br />

ergonomia e segurança das operações, melhores resultados<br />

ambientais e redução dos custos de produção.<br />

Entretanto, o uso de máquinas modernas de elevada<br />

capacidade produtiva aliada aos avanços nos modelos de<br />

planejamento e manutenção não garantem o sucesso pleno<br />

da colheita de madeira, sendo fundamental ser considerado<br />

também o fator humano, que pode responder por diferenças<br />

de até 60% no desempenho entre os operadores de máquinas<br />

florestais. Por isso, a capacitação eficiente dos operadores<br />

de máquinas florestais é a base de uma operação de<br />

sucesso. Porém, mesmo recebendo o mesmo treinamento,<br />

os operadores poderão apresentar variações de desempenho<br />

em termos de produtividade, qualidade e cuidados com<br />

a máquina, sendo, portanto, necessário considerar o perfil<br />

no processo de seleção.<br />

A seleção eficiente dos futuros operadores de máquinas<br />

com perfil adequado ao cargo reduz tais variações de<br />

desempenho, pois as pessoas possuem diferentes características,<br />

comportamentos e habilidades pessoais que afetam<br />

a execução do trabalho. “Se as pessoas fossem iguais e<br />

respondessem da mesma forma durante o período de formação<br />

e na execução do trabalho, seriam dispensados os<br />

processos de seleção.”<br />

Portanto, conhecer as características e talentos individuais<br />

dos futuros operadores de máquinas anteriormente<br />

ao processo de capacitação é de fundamental importância<br />

para a obtenção de um profissional de sucesso. Neste sentido,<br />

também surgem os seguintes questionamentos: Se as<br />

pessoas ainda não foram treinadas, como poderemos saber<br />

qual será o seu desempenho futuro em determinada tarefa?<br />

Como determinar quando as características de um indivíduo<br />

serão compatíveis com a função a ser desempenhada? A<br />

que se dá a facilidade no aprendizado ou no desempenho<br />

eficaz de operadores em longos períodos de tempo? E para<br />

responder tais questionamentos, pesquisadores americanos<br />

afirmaram que um indivíduo poderá aprender qualquer tarefa<br />

e desempenhá-la, porém a indagação está na repetição.<br />

A falta de motivação e habilidades naturais geram dificuldades<br />

em manter a concentração, assim como, manter-se<br />

produtivo por longos períodos. Portanto, para a obtenção<br />

de um elevado desempenho, o indivíduo precisa apresentar<br />

fontes motivadoras e características individuais compatíveis<br />

com as exigências do cargo. Importante mencionar<br />

que, a seleção de operadores de máquinas florestais tem<br />

sido realizada por meio de processos abrangentes, muitas<br />

vezes, não levando em consideração as especificidades das<br />

operações florestais, além de serem realizadas por meio de<br />

comparações, decisões e escolhas, sem um embasamento<br />

técnico-científico.<br />

E neste aspecto, elevados recursos financeiros têm sido<br />

aplicados pelas empresas florestais na seleção e na capacitação<br />

dos operadores de máquinas, que muitas vezes,<br />

por não possuírem o perfil adequado ao cargo, acabam<br />

abandonando a função em pouco tempo, trazendo grandes<br />

transtornos às empresas. Além disso, a permanência destes<br />

operadores produzindo abaixo da capacidade produtiva da<br />

máquina e da meta estabelecida pela empresa compromete<br />

todo o planejamento, perdas de produção e elevados custos.<br />

Estudos recentes realizados no exterior afirmam que<br />

muitas empresas florestais atuam com apenas 20% de sua<br />

potencialidade pelo fato dos indivíduos não ocuparem a<br />

função adequada ao seu perfil na qual possam empregar os<br />

seus mais fortes talentos. Portanto, o conhecimento das capacidades<br />

ou talentos individuais dos futuros operadores de<br />

máquinas florestais, por meio das características cognitivas,<br />

memória, habilidades motoras, comportamentais e atenção<br />

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Fevereiro <strong>2021</strong> 51


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Fevereiro <strong>2021</strong><br />

53


INVESTIMENTO<br />

A madeira como<br />

PILAR DO<br />

CRESCIMENTO<br />

Fotos: divulgação<br />

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Grandes consumidores do setor madeireiro<br />

preveem um <strong>2021</strong> com investimentos em<br />

infraestrutura e recorde de exportações<br />

Fevereiro <strong>2021</strong><br />

55


INVESTIMENTO<br />

Assim como em qualquer crise, situações difíceis<br />

trazem desafios e oportunidades para<br />

os setores produtivos no Brasil. Durante a<br />

pandemia do novo coronavírus não foi diferente.<br />

Após meses de retração da economia<br />

e do consumo, <strong>2021</strong> promete bons resultados em segmentos<br />

de infraestrutura e serviços no país. Muitos deles,<br />

inclusive, consumidores do mercado de madeira tratada,<br />

um dos mais crescentes ramos produtivos florestais.<br />

No caso do transporte ferroviário, o novo ano trará<br />

investimentos na distribuição de insumos e mercadorias<br />

dentro do modelo logístico nacional. Segundo Marcello<br />

Costa, secretário de Transportes Terrestres do Ministério<br />

da Infraestrutura, haverá nos próximos anos uma ampliação<br />

e renovação da malha ferroviária brasileira, que utiliza,<br />

em sua grande maioria, dormentes de madeira tratada<br />

para as vias férreas.<br />

Costa também ressaltou que o governo pretende<br />

criar estratégias de financiamento e impulsionamento<br />

da economia por meio de melhorias logísticas no setor<br />

ferroviário. “Esse tipo de transporte é perfeito para vencer<br />

grandes distâncias – característica marcante do nosso<br />

país. Pelo tipo de carga, pelo tipo de distância, podemos<br />

considerar as ferrovias o futuro da logística no nosso<br />

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PESQUISA<br />

Dinâmica espaço-temporal da<br />

extração seletiva de madeiras no Estado de<br />

MATO GROSSO<br />

ENTRE 1992 E 2016<br />

Fotos: divulgação<br />

EDER PEREIRA MIGUEL<br />

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA<br />

OLÍVIA BUENO DA COSTA<br />

ENGENHEIRA FLORESTAL<br />

MARCOS ANTONIO PEDLOWSKI<br />

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO<br />

NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO<br />

MARIANA SOARES MORETTI<br />

ANALISTA DE MEIO AMBIENTE DA SECRETARIA DE<br />

ESTADO DE MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE MATO GROSSO<br />

NILSON CLEMENTINO FERREIRA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS<br />

ERALDO APARECIDO TRONDOLI MATRICARDI<br />

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


ARESUMO<br />

extração seletiva de madeiras é uma atividade<br />

florestal que inclui a exploração de um grupo de<br />

espécies florestais em florestas nativas, normalmente<br />

as de maior valor ou interesse comercial.<br />

A extração seletiva de madeiras pode ser executada<br />

legalmente, em áreas de manejo e de exploração florestal<br />

para desmatamentos autorizados ou, ilegalmente, em<br />

situações não autorizadas, que ocorrem de forma predatória.<br />

No presente estudo, a dinâmica espaço-temporal da<br />

extração seletiva de madeiras no estado de Mato Grosso foi<br />

avaliada a partir de uma série temporal (de 1992 a 2016)<br />

de dados de florestas exploradas seletivamente detectadas,<br />

usando dados de sensoriamento remoto. A interpretação visual<br />

e a classificação semiautomática de imagens Landsat foram<br />

utilizadas para detectar as florestas alteradas por atividades<br />

de extração seletiva de madeiras na área de estudo. Com<br />

base nos presentes resultados, estimou-se que 41.926 km 2 de<br />

florestas nativas foram exploradas ao menos uma vez entre<br />

1992 e 2016 em Mato Grosso, com área média anual de 1.747<br />

km 2 . As florestas exploradas seletivamente e detectadas com<br />

distúrbios persistentes ou recorrentes foram mais frequentes<br />

nos anos mais recentes desta análise.<br />

A maioria das florestas exploradas seletivamente na área<br />

e no período de estudo não foram desmatadas até 2016. Esse<br />

fato indica que a extração seletiva de madeiras consiste em<br />

um fenômeno desagregado do desmatamento no estado de<br />

Mato Grosso. Observou-se que uma média de 18 km 2 .ano -1 e<br />

268,18 km 2 .ano -1 de florestas foram exploradas seletivamente<br />

dentro de Unidades de Conservação e Terras Indígenas,<br />

respectivamente, entre 1992 e 2016. As atividades de extração<br />

seletiva não apresentaram tendências significativas de<br />

aumento ou redução dentro de áreas protegidas no período<br />

analisado. As áreas de exploração seletiva de madeira foram<br />

persistentemente detectadas nos antigos polos madeireiros<br />

localizados na região centro-norte do Estado com, possivelmente,<br />

novos ciclos de corte nas áreas manejadas. Mais recentemente,<br />

a extração seletiva se expandiu à última fronteira<br />

florestal nativa no noroeste do estado de Mato Grosso.<br />

Finalmente, concluiu-se que a exploração madeireira<br />

impacta grande extensão de florestas nativas anualmente no<br />

estado de Mato Grosso e, por isso, precisa ser devidamente<br />

considerada e monitorada pelos órgãos ambientais devido<br />

aos seus potenciais impactos nas florestas e para apoiar a<br />

definição de políticas públicas para garantir a sustentabilidade<br />

da produção florestal futura naquele Estado.<br />

INTRODUÇÃO<br />

As atividades de extração seletiva de madeiras em florestas<br />

tropicais são caracterizadas essencialmente pela extração<br />

de uma ou mais espécies florestais de maior valor comercial<br />

(Uhl et al., 1997; Ding et al., 2017). Essas atividades incluem<br />

a construção de estradas de acesso nas florestas, pátios para<br />

estocagem de toras, trilhas ou ramais de arrastes e a abertura<br />

de clareiras como consequência do corte e queda das árvores<br />

no interior da floresta (Pinheiro et al., 2016; Ding et al., 2017).<br />

De forma geral, a extração seletiva de madeiras resulta na<br />

abertura do dossel e danos às árvores e arbustos no interior<br />

da floresta, aumentando com isso a entrada de luz solar, a<br />

temperatura no interior da floresta e o risco de ocorrência<br />

de incêndios florestais (Uhl; Buschbacher, 1985; Uhl; Vieira,<br />

1989; Monteiro et al., 2004; Matricardi et al., 2013).<br />

A extração de árvores de forma seletiva pode resultar em<br />

Fevereiro <strong>2021</strong><br />

59


60 www.referenciaflorestal.com.br


Fevereiro <strong>2021</strong> 61


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Fevereiro <strong>2021</strong> 63


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2021</strong><br />

XVII Ebramem<br />

8 a 10<br />

Florianópolis (SC)<br />

www.ebramem2020.com.br<br />

MARÇO<br />

<strong>2021</strong><br />

ABRIL<br />

<strong>2021</strong><br />

MAR<br />

<strong>2021</strong><br />

XVII EBRAMEM (ENCONTRO<br />

BRASILEIRO EM MADEIRAS E<br />

EM ESTRUTURAS DE MADEIRA)<br />

Voltado para a comunidade de pesquisadores, estudantes,<br />

profissionais e empresários, o objetivo é discutir as<br />

principais necessidades do setor e os avanços da área<br />

da madeira no Brasil e no mundo. Além disso, espera-se<br />

que o intercâmbio de conhecimentos frutifique, trazendo<br />

novas parcerias entre grupos de pesquisas, profissionais e<br />

empresários.<br />

Imagem: reprodução<br />

Maderexpo<br />

21 a 24<br />

Lima (Peru)<br />

www.expoperuindustrial.com/<br />

maderexpo/<br />

I Congresso Mundial sobre Sistemas<br />

de Integração Lavoura-Pecuária-<br />

Floresta<br />

03 a 06<br />

Campo Grande (MS)<br />

http://wcclf2020.com.br<br />

MAIO<br />

<strong>2021</strong><br />

SET<br />

<strong>2021</strong><br />

LIGNA HANNOVER <strong>2021</strong><br />

A cidade de Hannover, na Alemanha, se transforma<br />

no foco de atenção para o mundo da madeira e a<br />

indústria madeireira. Considerada a maior ou a mais<br />

importante feira do mundo no setor, a Ligna expõe<br />

toda a cadeia de produção madeireira: desde a captação<br />

e o processamento da madeira, até a produção<br />

industrial de produtos da madeira e tecnologias inovadoras<br />

de tratamento da madeira, entre outros.<br />

Imagem: reprodução<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


Disco de corte para Feller<br />

AGENDA<strong>2021</strong><br />

• Discos de corte com encaixe para<br />

utilização de até 18 ferramentas<br />

• Diâmetro externo e encaixe central<br />

de acordo com o padrão da máquina<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Simpos <strong>2021</strong><br />

22 a 24<br />

Curitiba (PR)<br />

https://simpos2020.galoa.com.br/<br />

• Discos de corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra<br />

• Discos especiais<br />

• Pistões hidráulicos<br />

(fabricação e reforma)<br />

• Usinagem de médio e grande porte<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

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Ligna Hannover <strong>2021</strong><br />

27 de setembro a 01 de outubro<br />

Hannover (Alemanha)<br />

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E MAIOR PRODUÇÃO NO<br />

SETOR MADEIREIRO<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

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Fevereiro <strong>2021</strong><br />

65


ESPAÇO ABERTO<br />

J<br />

á passamos daquela fase em que as organizações solicitaram o<br />

retorno dos seus colaboradores ao local de trabalho. A saída do<br />

isolamento social e regresso às atividades presenciais foi feito de<br />

forma gradual em muitas indústrias e agora estamos presenciando<br />

um número cada vez maior de funcionários regressando aos postos<br />

de trabalho. E à medida que mais trabalhadores retornam, maior é a procura<br />

das empresas do setor por tecnologias que possam apoiá-las na construção de<br />

protocolos seguros de retorno ao ambiente de trabalho para garantir a saúde e<br />

segurança de seus funcionários. A indústria de manufatura já está familiarizada<br />

com as inúmeras crises de mercado e com uma série de regulamentações. Por<br />

isso, protocolos rígidos de segurança não chegam a ser uma novidade para<br />

esse segmento. O que podemos considerar novo agora é a corrida para uma<br />

regulamentação baseada em tecnologia de ponta, que oferece o rastreamento<br />

das melhores práticas do setor e a implementação dessas na rotina das companhias.<br />

São ferramentas que podem abrigar novas funcionalidades para aumentar<br />

a segurança de funcionários, parceiros e até mesmo de consumidores.<br />

Foto: divulgação<br />

Inovação a favor de<br />

um ambiente seguro<br />

na indústria de<br />

MANUFATURA<br />

Por Waldir Bertolino,<br />

Country Manager da<br />

Infor no Brasil<br />

À medida que mais<br />

trabalhadores retornam,<br />

maior é a procura das<br />

empresas do setor de<br />

manufatura por tecnologias<br />

de protocolos seguros<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br<br />

CRIANDO UMA CULTURA SEM CONTATO<br />

Há pouco ou nenhum espaço para erro enquanto os fabricantes trabalham<br />

para sair da crise. As organizações devem começar com o básico, ou seja, distribuir<br />

os funcionários e reconfigurar os locais de trabalho respeitando um distanciamento<br />

adequado. Entradas e saídas de edifícios podem ser posicionadas<br />

em locais separados. As temperaturas dos funcionários podem ser medidas ao<br />

entrar nas instalações. Tudo isso é importante, no entanto, é apenas o começo.<br />

A criação de um local seguro e confiável para exercer suas atividades precisa<br />

passar por uma transformação que vai muito além.<br />

As indústrias que enfrentarão o maior desafio serão aquelas com dependência<br />

de práticas tradicionais de distribuição e produção e com alto índice de<br />

contato entre colaboradores. Quer um exemplo? A indústria de alimentos e<br />

bebidas. Para eliminar os riscos de contaminação no chão da fábrica, o segmento<br />

tem experimentado, com sucesso, o uso de protocolos de manutenção de<br />

equipamentos digitalizados. Com base nisso, o rastreamento em tempo real dos<br />

pontos de contato da equipe pode fornecer identificação imediata de possível<br />

não conformidade. Embora as decisões sobre padrões mais rígidos possam<br />

começar pelas lideranças, esta não é apenas uma questão de gerenciamento.<br />

Garantir um ambiente limpo e confiável é uma responsabilidade compartilhada<br />

por todos os colaboradores. Isso significa que as soluções devem ser intuitivas,<br />

fáceis de usar e para todos, do diretor, passando pelo analista de negócio, e até<br />

os trabalhadores da linha de produção.<br />

DADOS É A CHAVE MESTRA<br />

A digitalização dos principais dados operacionais permite ter uma visão global<br />

e em tempo real dos dados críticos da empresa, bem como, facilita a criação<br />

de estratégias de saúde e segurança para os funcionários no longo prazo. Listo<br />

abaixo o que podemos extrair desses dados:<br />

• Registros atualizados sobre as certificações individuais para os membros<br />

da equipe que trabalham com equipamentos específicos;<br />

• Listas de verificação de manutenção automatizada e fluxos de trabalho<br />

que fornecem visibilidade sobre quem está realizando a manutenção do equipamento<br />

e com que frequência eles estão fazendo o reparo;<br />

• Relatórios de manutenção em tempo real;<br />

• Cronogramas de treinamentos;<br />

• Organização de tarefas de inspeção, manutenção e reparo específicos<br />

para procedimentos de limpeza dos locais de trabalho.


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