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Florestal_262Web

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ENTREVISTA<br />

Renato Moreira: presidente da ACEF, comenta sobre a carreira e o mercado da engenharia<br />

SEGURANÇA NA ESTRADA<br />

FUEIROS E CATRACAS PNEUMÁTICAS<br />

PROTEGEM CARGA E MOTORISTA NO<br />

TRANSPORTE FLORESTAL<br />

SAFETY ON THE ROAD<br />

BUNKS, STANCHIONS, AND PNEUMATIC<br />

RATCHETS PROTECT THE LOAD AND<br />

DRIVER IN FOREST TRANSPORT


ESPECIALISTA EM<br />

TRITURAÇÃO VEGETAL<br />

LINHA PESADA HPH<br />

Bicos de metal duro especial (HPH)<br />

Não requer afiação<br />

Versátil para diferentes tipos de<br />

vegetação


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EM TRITURAÇÃO VEGETAL<br />

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Até 30cm de diâmetro de tronco<br />

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SUMÁRIO<br />

52<br />

TECNOLOGIA,<br />

PRATICIDADE E<br />

SEGURANÇA<br />

MAIO 2024<br />

08 Editorial<br />

10 Cartas<br />

12 Bastidores<br />

14 Notas<br />

32 Coluna CIPEM<br />

34 Frases<br />

36 Entrevista<br />

48 Coluna<br />

52 Principal<br />

58 Celebração<br />

62 Genética<br />

64 Inteligência Artificial<br />

68 Compostagem<br />

72 Incêndio<br />

78 Operação<br />

80 Pesquisa<br />

86 Agenda<br />

88 Espaço Aberto<br />

64<br />

80<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

21 Agroceres<br />

11 BKT<br />

09 Bruno<br />

17 Carrocerias Bachiega<br />

83 D’Antonio Equipamentos<br />

41 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

39 DRV Ferramentas<br />

29 Emex Brasil<br />

31 Engeforest<br />

92 Envimat<br />

19 Envimat/CBI<br />

71 Envimat/Compostagem<br />

07 Envu<br />

50 Fex<br />

49 Francio Soluções Florestais<br />

35 Hennings<br />

04 Himev<br />

15 Ihara<br />

37 J de Souza<br />

67 Lignum<br />

25 Lion Equipamentos<br />

63 Mill Indústrias<br />

43 Potenza<br />

89 Prêmio REFERÊNCIA<br />

47 Raptor <strong>Florestal</strong><br />

77 Recimaq<br />

75 Remsoft<br />

45 Rocha Facas<br />

85 Romiotto<br />

13 Rotary-Ax<br />

33 Rotor Equipamentos<br />

90 Sparta Brasil<br />

23 Tecmater<br />

61 Vale do Tibagi<br />

27 Vantec<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


Floresta<br />

Juntos,<br />

construímos um legado.<br />

Agora,<br />

vamos construir o futuro.<br />

Somos Envu, uma nova empresa<br />

com 50 anos de experiência<br />

Envu é uma nova visão para uma empresa com meio século de história no segmento<br />

de saúde ambiental, que detém um sólido portfólio de produtos comprovados e<br />

reconhecidos.<br />

Em cada uma de suas linhas de negócio, a Envu concentra seu trabalho na química e<br />

além, colaborando com os clientes para criar soluções que funcionarão hoje e no<br />

futuro.<br />

Saiba mais sobre as inovações em Florestas em<br />

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Envu ®


EDITORIAL<br />

Madeira que move<br />

Nos protege e nos aquece. Já foi o principal meio de transporte mundial,<br />

já ganhou guerras e expandiu impérios. A madeira está na essência de<br />

nossa sociedade. A matéria-prima mais sustentável, versátil e que temos<br />

ao nosso alcance. O segmento florestal é um motor da economia nacional,<br />

pois gera empregos, transforma realidades e protege o meio ambiente.<br />

Trabalhar para estabelecer e fortalecer o segmento é um trabalho amplo,<br />

que envolve toda a sociedade. Cada um a sua maneira e de acordo com<br />

sua capacidade. E assim, a madeira não para, não nos deixa parar e nos<br />

leva para um futuro melhor. Nesta edição o leitor irá conhecer um pouco<br />

mais sobre os implementos para transporte florestal da FEX, que dão<br />

mais segurança para os operadores e cargas na estrada, a nova campanha<br />

de combate a incêndios florestais do Mato Grosso do Sul, os 10 anos da<br />

maior associação florestal do país, a IA (inteligência artificial) sendo utilizada<br />

para reconhecimento de espécies nativas nas operações de manejo e<br />

uma entrevista exclusiva com Renato Moreira De Faria, presidente da ACEF<br />

(Associação Catarinense de Engenheiros Florestais), que fala das mudanças<br />

e desafios que a profissão enfrenta. Excelente leitura a todos!<br />

<br />

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2<br />

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<br />

1<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Na capa dessa edição a FEX,<br />

especialista em equipamentos<br />

para transporte florestal<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXVI • Nº262 • Maio 2024<br />

ENTREVISTA<br />

Renato Moreira: presidente da ACEF, comenta sobre a carreira e o mercado da engenharia<br />

SEGURANÇA NA ESTRADA<br />

FUEIROS E CATRACAS PNEUMÁTICAS<br />

PROTEGEM CARGA E MOTORISTA NO<br />

TRANSPORTE FLORESTAL<br />

SAFETY ON THE ROAD<br />

BUNKS, STANCHIONS, AND PNEUMATIC<br />

RATCHETS PROTECT THE LOAD AND<br />

DRIVER IN FOREST TRANSPORT<br />

TIMBER THAT MOVES<br />

It protects and warms us. It was once the world’s primary means of<br />

transportation, winning wars and building empires. Wood is at the heart<br />

of our society. It is the most sustainable and versatile raw material we<br />

have. The forest industry is a driver of the national economy, creating jobs,<br />

transforming lives, and protecting the environment. Working to build and<br />

strengthen the seed industry is a broad task that involves the whole of society.<br />

Everyone in their own way and according to their own abilities. That<br />

is how wood never stops; it never lets us stop, and it takes us to a better future.<br />

In this issue, readers will learn more about the FEX forestry transport<br />

equipment, which provides greater safety for operators and loads on the<br />

road, the new campaign to combat forest fires in Mato Grosso do Sul, the<br />

10th anniversary of the Country’s largest Forestry Association, the use of AI<br />

(Artificial Intelligence) to identify native species in management operations,<br />

and an exclusive interview with Renato Moreira De Faria, president<br />

of the Santa Catarina Association of Forestry Engineers (Acef), who talks<br />

about the changes and challenges facing the profession. Enjoy reading!<br />

Entrevista com<br />

Renato Moreira De<br />

Faria, presidente<br />

da ACEF<br />

Luta contra o fogo<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXVI - EDIÇÃO 262 - MAIO 2024<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Karla Shimene<br />

Julia Harumi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Jhonathan Santana<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


A FORÇA QUE DOMINA A FLORESTA!<br />

Thor, o robusto equipamento florestal da Bruno, está encantando tanto corações<br />

quanto florestas com sua capacidade incomparável e desempenho excepcional.<br />

Produzindo mais de 500m³/h de cavacos de eucalipto e superando os 300m³/h de<br />

cavacos de supressão nativa de alta densidade, Thor é a essência da eficiência. Ele<br />

não apenas entrega resultados impressionantes, mas os domina.<br />

Aposte na força, na excelência e na tradição da Bruno. Aposte no Thor para elevar<br />

sua operação florestal a um patamar superior.<br />

Não é apenas uma escolha, é a escolha certa. Thor - O símbolo definitivo de poder<br />

e confiança em sua operação florestal.<br />

+55 (49) 3541-3100<br />

@brunoindustrial


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA Daniel Chies apresenta seus planos para as florestas plantadas no Rio Grande do Sul<br />

NO CAMINHO CERTO<br />

SERVIÇO FLORESTAL E DE LOGÍSTICA<br />

CELEBRA 25 ANOS DE HISTÓRIA, CONQUISTAS<br />

E VALORIZAÇÃO DE COLABORADORES,<br />

DESDE O PLANTIO, ATÉ A COLHEITA<br />

Capa da Edição 261 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de abril de 2024<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXVI • Nº261 • Abril 2024<br />

ON THE RIGHT TRACK<br />

FOREST SERVICES AND LOGISTICS<br />

COMPANY CELEBRATES 25 YEARS OF<br />

HISTORY, ACHIEVEMENTS, AND<br />

EMPLOYEE APPRECIATION FROM<br />

PLANTING TO HARVESTING<br />

PRINCIPAL<br />

Por Paulo Almeida Carvalho, Betim (MG)<br />

Que história bonita, principalmente pela valorização das pessoas e do cuidado<br />

com o meio ambiente que a empresa demonstra em seu trabalho.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Claudia Soares, Bauru (SP)<br />

Muito sucesso ao novo presidente. Que possa seguir fortalecendo e<br />

defendendo o segmento florestal gaúcho.<br />

Foto: divulgação<br />

COMPOSTAGEM<br />

Por Denilson Almeida, Cascavel (PR)<br />

Informações valiosas para o setor. Aproveitar tudo que a terra produz com<br />

excelência e responsabilidade é de grande valia para todos.<br />

Foto: divulgacão<br />

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CURTA NOSSAS PÁGINAS<br />

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10 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

@revistareferencia9702<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

VISITA<br />

Estivemos presentes na feira Agrishow em<br />

Ribeirão Preto (SP), onde visitamos a empresa<br />

Himev Máquinas. Na foto, o diretor comercial da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio Machado,<br />

os diretores da Himev, Manuel Ribeiro e Rosilda<br />

Ribeiro, e o comercial da Revista, Gerson Penkal.<br />

FEIRA<br />

Durante a Agrishow, a Revista REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL também visitou a empresa Hennings.<br />

Na foto, Christian Matos (coordenador de<br />

marketing da Hennings), Fábio Machado (diretor<br />

comercial da REFERÊNCIA), Lucas Hafemann<br />

(assessor técnico da Hennings) e Gerson Penkal<br />

(comercial da REFERÊNCIA).<br />

ALTA<br />

AMAZÔNIA DÁ EXEMPLO...<br />

Segundo estudo feito pela Global Forest Watch<br />

em parceria com a Universidade de Maryland,<br />

o Brasil diminuiu em 2023 o volume de<br />

desmatamento em 36% em relação ao ano<br />

anterior. O país foi o segundo no mundo na<br />

diminuição do desmatamento, ficando atrás<br />

apenas da Colômbia, que diminuiu em 49% as<br />

perdas florestais no país. Esses dados foram<br />

contabilizados entre o mês de agosto de<br />

2022 e julho de 2023, utilizando o padrão de<br />

medições periódicas e padrão do hemisfério<br />

norte. Única ressalva aos números brasileiros<br />

é um aumento de 6% no desmatamento do<br />

cerrado.<br />

MAIO 2024<br />

MAS NÃO É SEGUIDO<br />

Se Brasil e Colômbia tem feito sua parte, outros países<br />

fizeram com que o desmatamento em nível mundial<br />

seguisse crescendo, principalmente em zonas<br />

tropicais. A República Democrática do Congo perdeu<br />

mais de 500 mil ha (hectares) de floresta tropical<br />

primária em 2023. Países dos trópicos perderam 3,7<br />

milhões de ha de floresta primária, uma área quase<br />

do tamanho do Butão. Uma perda florestal em ritmo<br />

equivalente a dez campos de futebol por minuto. Na<br />

Bolívia, a perda florestal tropical aumentou em 27%,<br />

batendo recorde pelo terceiro ano consecutivo. E<br />

para além dos trópicos, os grandes incêndios na Europa<br />

e América do Norte atrasaram muito os planos<br />

de zerar o desmatamento em nível global até 2030.<br />

BAIXA<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br


Uma obra de arte<br />

em corte florestal<br />

sabres<br />

dentes de corte<br />

ponteiras substituíveis<br />

acessórios<br />

disco de feller<br />

coroas de tração<br />

Facas para picadores<br />

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NOTAS<br />

Podcast REFERÊNCIA<br />

O mais novo produto da Revista REFERÊNCIA é o Podcast REFERÊNCIA. Esse novo programa tem como objetivo apresentar<br />

os cases de sucesso e personagens do setor de base florestal, que são referência no segmento. Para além dos empresários,<br />

diretores, gestores e líderes de suas empresas, o Podcast REFERÊNCIA vai apresentar as histórias dos empresários e das<br />

pessoas, que fizeram suas carreiras se desenvolveram. Neste mês tivemos dois episódios gravados, o primeiro deles com<br />

Enrique Rodriguez. Enrique é chileno, natural de Santiago, tem 56 anos e é formado em desenho industrial pela Pontifícia<br />

Universidade Católica do Chile e fundador da UP (Universidade do Papel), inciativa que surgiu como projeto social e com<br />

caráter profissionalizante na periferia de São Paulo (SP), em 2015.<br />

Enrique relatou em sua participação no podcast que já trabalhava com o papel, através da arquitetura do papel, técnica<br />

desenvolvida por ele há 14 anos, mas que depois de um grande susto decidiu que esse ofício não deveria ser apenas dele,<br />

mas sim um legado pessoal e uma oportunidade para mais pessoas. “Sofri um infarto enquanto escalava uma montanha<br />

no Himalaia e durante a recuperação tive um insight sobre minha atuação e como poderia estender minha atividade para<br />

além de mim e assim surgiu a Universidade do Papel, que ajudou muitas pessoas a mudarem suas histórias”, relata Enrique.<br />

Nesses quase 10 anos de existência, a UP alcançou mais de 45 milhões de pessoas através de redes sociais e 45 mil pessoas<br />

em mostras e exposições presenciais.<br />

O segundo programa contou com a participação<br />

de Paulo Bonet. Presidente da Bonet<br />

Madeiras e Papéis, o empresário curitibano<br />

de 61 anos acredita que a vida foi sua maior<br />

escola e através de suas experiências pode<br />

guiar a empresa depois de um momento de<br />

grande dificuldade. Hoje a Bonet é a primeira<br />

empresa brasileira a verticalizar a fabricação<br />

de copos de papel e tem no BLD (Bonet Low<br />

Density) um produto exclusivo e reconhecido<br />

pela indústria de portas.<br />

Paulo relatou que quando chegou à Bonet<br />

os planos do conselho administrativo eram de<br />

finalizar as atividades da empresa que foi fundada<br />

em 1938, mas que através de uma última<br />

tentativa de continuar ativa brotou a semente<br />

que a mantém essa história sem um ponto<br />

final. “Conversei com meu pai, que liderava<br />

o conselho, e ele me deu uma oportunidade<br />

de tentar continuar e dar mais uma chance<br />

para a Bonet. Hoje, 20 anos depois estamos<br />

aqui, criando produtos e elevando padrões de<br />

qualidade e sustentabilidade continuamente<br />

em nossas atividades”, relatou Paulo.<br />

Os episódios do Podcast REFERÊNCIA<br />

estão disponíveis no nosso canal<br />

do youtube, que você pode acessar<br />

através do QR Code:<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Um novo nível de biomassa<br />

A qualidade do cavaco da Bruno chama atenção do mercado. A empresa situada no coração de Santa Catarina, não mediu<br />

esforços e investimentos para produzir hoje uma das melhores matérias-primas disponíveis no mercado brasileiro. O diretor,<br />

Angelo Henz, enfatiza que essa conduta foi fundamental no posicionamento que a empresa ocupa hoje. “É por isso que a Bruno<br />

se destaca como líder indiscutível no fornecimento do melhor cavaco do Brasil”, orgulha-se Angelo.<br />

Cada pedaço de cavaco produzido pela Bruno é uniforme e consistente, alimentando operações com máxima eficiência.<br />

Essa qualidade certificada permite a extração do máximo de energia de cada grama de biomassa, elevando o desempenho<br />

energético a níveis nunca antes alcançados.<br />

Investir na fabricação de cavacos de alta qualidade é uma reação em cadeia. Entre as vantagens estão menos desperdício de<br />

combustível e menor desgaste do equipamento. Neste ponto, os clientes que apostam na Bruno têm desfrutado de uma economia<br />

substancial a longo prazo, mantendo custos operacionais sob controle e impulsionando a lucratividade de seus negócios.<br />

Wander Hoeger, diretor da Lignum Biomassa, explica que a aquisição de picadores da Bruno em 2020 foi uma decisão transformadora<br />

para a empresa. “O equipamento se destaca pela qualidade superior do cavaco produzido e com o suporte eficiente no<br />

pós-venda e equipamentos adaptados às nossas operações, a Bruno se tornou nossa parceira confiável”, exaltou Wander.<br />

O gerente de vendas do segmento <strong>Florestal</strong> da Bruno, Lucas Antonini, destacou ainda que ao apostar na uniformidade, a<br />

Bruno proporcionou aos clientes segurança na operação. “Os equipamentos dos clientes funcionam de forma mais eficiente,<br />

reduzindo o risco de obstruções e danos. Isso se traduz em menos tempo de inatividade, maior produtividade e custos de manutenção<br />

minimizados”, ressaltou Lucas.<br />

Os clientes têm a garantia de produzir uma biomassa superior, pronta para atender às demandas mais exigentes do mercado<br />

e agregar valor significativo aos seus negócios. A qualidade do cavaco da Bruno reflete diretamente no produto final. “O<br />

aperfeiçoamento para madeira nativa dobrou nossa produção de biomassa para 1500m³/dia”, revela Rogério Rodrigues, Ecovale,<br />

que há mais de 2 anos é cliente Bruno.<br />

Foto: divulgação Bruno<br />

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Unidade 1<br />

Unidade 2<br />

nosso time<br />

carrocerias<br />

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Hoje o time Bachiega conta com excelentes profissionais. É impossível não<br />

reconhecer a energia e o empenho que todos trazem ao nosso dia a dia.<br />

Cada um é uma peça vital, contribuindo com talento e dedicação para<br />

alcançarmos nossos objetivos comuns. Juntos, criamos uma sinergia única<br />

que impulsiona nosso sucesso. Obrigado por tudo que fazem. Vocês são<br />

verdadeiramente excepcionais. vamos pra frente rumo aos 50 anos!<br />

(19) 3496-1555<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Silvicultura no lugar certo<br />

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados aprovou proposta que exclui a<br />

silvicultura da lista de atividades consideradas potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais, prevista<br />

na Lei da Política Nacional do Meio Ambiente. A silvicultura é o cultivo de florestas por meio do manejo agrícola.<br />

A lei contém um anexo que elenca 20 atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais,<br />

como extração mineral e indústrias metalúrgica e química. A presença no anexo torna o licenciamento ambiental da<br />

atividade mais exigente. Além disso, essas atividades são obrigadas a pagar a TCFA (Taxa de Controle e Fiscalização<br />

Ambiental), devida ao Ibama. O Projeto de Lei 1366/22 vem do Senado e foi aprovado com parecer favorável do relator,<br />

deputado Covatti Filho (PP-RS).<br />

A proposta dividiu opiniões na CCJ. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) ressaltou que o eucalipto vem sendo bastante<br />

cultivado como silvicultura, mas é uma floresta exótica plantada. Alencar disse que a plantação de eucaliptos é, muitas<br />

vezes, classificada como reflorestamento. “Mas não poucas vezes provoca um esgotamento enorme do solo, uma sucção<br />

de água que prejudica outras plantações e outras matas nativas”, criticou Chico.<br />

O relator, no entanto, lembrou que o projeto já foi aprovado pela Comissão de Meio Ambiente, que analisou o mérito<br />

da proposta. A CCJ julgou apenas a constitucionalidade do texto. “Naquela ocasião eu mesmo era o relator e esclarecemos<br />

todos os pontos, ouvimos todas as informações necessárias para aquele momento”, afirmou Covatti Filho.<br />

O próximo passo da proposta é ser aprovada pelo plenário da câmara e caso seja novamente aprovada, segue para<br />

sanção presidencial.<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Futuro promissor<br />

Em cerimônia realizada no município de Água Clara na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), MS <strong>Florestal</strong> e<br />

Prefeitura Municipal de Água Clara lançaram o curso de Tecnologia em Silvicultura, que conta com apoio do Governo do Estado,<br />

por meio da SEMADESC (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).<br />

De acordo com o reitor da UEMS, professor doutor Laércio Alves de Carvalho, é motivo de muito orgulho integrar um projeto<br />

tão inovador como esse, que une instituições públicas e privadas e, com isso, amplia-se a atuação de inovação e tecnologia<br />

no Estado de Mato Grosso do Sul em atendimento às demandas do Estado. “Valorizamos assim, em particular as indústrias<br />

situadas na região do chamado Vale da Celulose. Também destacamos que o curso de Engenharia <strong>Florestal</strong>, localizado em Aquidauana,<br />

fornecerá todo o suporte para a formação dessa turma”, apontou Laércio.<br />

De acordo com o reitor, outras ações internas da UEMS também estão em andamento para a região do Vale da Celulose de<br />

modo fomentar e atender a população dessa região. “Cito o projeto de estágio regional do curso de Medicina em Ribas do Rio<br />

Pardo (atendimentos de Telemedicina) e projetos de Medicina, além de iniciativas e projetos da Rota Bioceânica. Isso demonstra<br />

o compromisso da UEMS em levar o Ensino Superior nas regiões que precisam disso em favor do desenvolvimento sustentável”,<br />

conclui Laércio.<br />

O pró-reitor de instituição, professor doutor Walter Guedes, destacou que a implantação do Curso Tecnólogo em Silvicultura<br />

na cidade de Água Clara está alinhada ao papel da universidade em promover o desenvolvimento territorial atrelado às<br />

potencialidades regionais do Estado de Mato Grosso do Sul. “O Tecnólogo em Silvicultura é um profissional que desempenha<br />

um papel fundamental na gestão e preservação das florestas, com conhecimento especializado em técnicas de cultivo, manejo<br />

e conservação de florestas e ecossistemas florestais. A proposta do Curso atende a uma necessidade da sociedade frente à atual<br />

conjuntura socioeconômica e ambiental do estado, incorporando tecnologias e subsidiando o processo produtivo nos atuais<br />

sistemas de produção existente”, destacou Walter.<br />

Foto: divulgação<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


Qualidade<br />

Sistema de Gestão de Qualidade<br />

certificado pela ISO 9001: 2015,<br />

em desenvolvimento, produção,<br />

comercialização e serviços pós-venda.<br />

Eficiência<br />

Resultados de controle comprovado em<br />

campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />

Precisão


NOTAS<br />

Fotos: divulgação<br />

Mantendo o alto<br />

padrão<br />

A BKT, uma empresa multinacional indiana e líder no setor Off-Highway continua a demonstrar o seu compromisso<br />

com a excelência ao garantir a certificação Nível Excelente da Caterpillar Inc. no âmbito do Processo de<br />

Reconhecimento da Excelência do Fornecedor pelo segundo ano consecutivo.<br />

A certificação de Nível Excelente é a mais alta distinção que a Caterpillar Inc., o principal fabricante mundial de<br />

equipamentos para as indústrias de construção e mineração, concede aos fornecedores que cumprem consistentemente<br />

os rigorosos requisitos de produção e qualidade, no âmbito do Processo SER. A obtenção desta estimada<br />

certificação pela BKT, pelo segundo ano consecutivo, destaca o seu desempenho excepcional e a adesão aos<br />

padrões exigentes da Caterpillar.<br />

Este marco significativo é um testemunho importante do foco e do compromisso inabalável da BKT em fornecer<br />

uma qualidade superior, não só nos seus produtos, mas também nos seus meticulosos processos de fabrico e serviços<br />

de apoio ao cliente.<br />

“Ser honrado pela Caterpillar com a “SER Excellence Level Recertification” (Recertificação de Nível de Excelência<br />

SER) é um momento de orgulho, uma vez que reconfirma o excelente trabalho de equipa que a BKT desenvolve ao<br />

longo de todo o processo de fabrico. Além disso, este reconhecimento é mais um estímulo para nós, pois continuamos<br />

a lutar por novos objetivos ambiciosos - sem nunca perder de vista a nossa missão - satisfazer as necessidades<br />

da indústria, oferecendo produtos cada vez mais eficazes e distintos que combinam inovação e segurança”, afirmou<br />

o senhor Arvind Poddar, Presidente e Diretor-Geral da BKT.<br />

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NOTAS<br />

Reconhecimento internacional<br />

A Envimat, especialista no fornecimento de soluções completas em projetos de reciclagem, tratamento de resíduos, movimentação<br />

de materiais, trabalhando com equipamentos móveis ou fixos foi agraciada pela Sennebogen, uma das marcas que a<br />

empresa paulista representa, pelo segundo ano consecutivo, o prêmio de melhor Dealer Sennebogen das Américas.<br />

A Sennebogen é uma empresa alemã que atua no segmento de maquinário florestal desde 1952 e é considerada uma referência<br />

mundial na fabricação para esse segmento. A parceria da Sennebogen com a Envimat tem se fortalecido cada vez mais e<br />

além do segundo prêmio consecutivo, é o terceiro ano em que<br />

a representante brasileira figura no topo dos revendedores nas<br />

américas.<br />

Esse reconhecimento é uma prova do compromisso e<br />

da excelência que a Envimat demonstra em seu trabalho no<br />

Brasil, oferecendo soluções inovadoras e tecnológicas aos seus<br />

clientes, além da qualidade dos produtos, profissionalismo e<br />

dedicação de toda a equipe.<br />

Sem dúvidas, é o esforço coletivo que tem contribuído<br />

para o sucesso e prestígio da Envimat no mercado Brasileiro.<br />

“Agradecemos aos nossos clientes por confiarem na ENVIMAT<br />

e mantemos o compromisso de continuar oferecendo soluções<br />

de alta qualidade e excelência”, diz o relato.<br />

Foto: divulgação Envimat<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Trabalho que fortalece<br />

Santa Catarina tem importante participação no número nacional de empresas florestais. De acordo com o último levantamento<br />

divulgado pela ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais), no ano de 2021 o Estado foi responsável por<br />

13% do total, envolvendo 9,4 mil empresas. O destaque fica por conta das indústrias de móveis de madeira (39% do total) e<br />

do ramo madeireiro (38% do total). Este último grupo inclui serrarias, fabricantes de painéis de madeira e produtos de valor<br />

agregado (portas, artefatos, outros).<br />

As empresas do grupo florestal representam 16% do total e são aquelas que se dedicam a atividades de apoio na silvicultura,<br />

colheita florestal, bem como a comercialização de madeira em bruto (lenha/tora/biomassa). O segmento de celulose &<br />

papel, apesar da menor participação no número de empresas, também é significante (7% do total envolvendo aproximadamente<br />

600 estabelecimentos). Consequentemente, a geração de empregos nos segmentos destacados é um ponto relevante,<br />

econômica e socialmente. Ainda de acordo com o levantamento, o total de empregos do setor de base florestal plantada<br />

no Brasil, em 2021, foi mais de 664 mil vínculos. A contribuição do estado de Santa Catarina foi de 16% (103 mil empregos),<br />

onde a maior participação foi do segmento madeireiro, com 44% do total estadual (45 mil empregos), seguido pelo grupo de<br />

móveis de madeira (28%), celulose & papel (21%) e florestal (7%). Os empregos gerados por estes segmentos cresceram a<br />

uma taxa de 2,3% a.a. no período entre 2015 e 2021.<br />

Apesar de números relevantes, a mão de obra qualificada disponível para o setor representa um desafio às empresas que<br />

atuam com plantio e colheita florestal e processos com madeira de florestas plantadas. Segundo o presidente da ACR, Jose<br />

Mario Ferreira, trata-se de um setor que demanda uma quantidade expressiva de profissionais. “São mais de 1 milhão de ha<br />

(hectares) com área plantada e mais de 9 mil empresas relacionadas que representam mais de 100 mil empregos gerados<br />

no nosso Estado.” Para ele, um dos principais problemas é a falta de interesse pela profissão de engenharia florestal, que<br />

já é percebida pela baixa busca nos cursos de graduação. “Tenho conversado com diversos professores de faculdades de<br />

engenharia e a maioria diz que há algum tempo somente metade das vagas dos cursos estão sendo preenchidas. Depois,<br />

metade desiste até o final do curso. Isso tem causado uma redução dramática, tanto na quantidade quanto na qualidade dos<br />

profissionais formados”, explica Jose Mario.<br />

Outro entrave, segundo o presidente da ACR é a falta de interesse do pessoal formado em trabalhar e viver em cidades<br />

pequenas e regiões remotas, com estradas de terra e menos infraestrutura. “São lugares e condições comuns do nosso trabalho.<br />

Além disso, existe a concorrência pela mão de obra não qualificada. Nosso Estado é relativamente pequeno e com taxa<br />

de desemprego muito baixa. Algo em torno de 3,2% em 2023, segundo o IBGE. Isso é considerado pleno emprego pela OCDE.<br />

Quem vai querer trabalhar no campo se existe emprego de sobra na cidade? Uma das soluções de curto prazo seria facilitar<br />

a importação de mão de obra, tanto de outros Estados, como de outros países, desburocratizando os processos. A indústria<br />

já está fazendo isso. Em médio e longo prazo temos que descobrir uma maneira de atrair novamente o interesse dos jovens<br />

para o nosso setor”, conclui Jose Mario.<br />

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NOTAS<br />

Inspeção criteriosa<br />

A identificação da madeira comercializada em toras ou na forma de madeira serrada é sempre um desafio para as autoridades<br />

que fiscalizam serrarias, rodovias, portos e o comércio. Embora haja meios que permitam a identificação macroscópica<br />

em campo, essas técnicas requerem a presença de profissionais altamente especializados nas atividades de fiscalização, o que<br />

nem sempre é possível e dificulta o trabalho em operações, abrindo margem para fraudes e para o comércio ilegal de espécies<br />

ameaçadas e/ou protegidas pela legislação ambiental.<br />

Com o objetivo de contribuir com o trabalho de agentes de fiscalização ambiental, o UNODC (divisão da União das Nações<br />

Unidas para combate ao crime e tráfico de drogas), com o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento, por<br />

meio do projeto ECOS – Cooperação Regional para Enfrentar Crimes Ambientais –, está apoiando o desenvolvimento de duas<br />

ferramentas portáteis de identificação de madeira, umas delas por imagens e a outra, por espectros no infravermelho próximo.<br />

As iniciativas se dão no âmbito da parceria do UNODC com o Laboratório de Produtos Florestais, do Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro,<br />

com o apoio do CITI (Centro de Inovação Tecnológica de Itapeva), vinculado à UNESP (Universidade Estadual Paulista), e de 6<br />

xilotecas espalhadas pelo Brasil.<br />

Entre os dias 18 e 22 de março, representantes das instituições envolvidas na iniciativa obtiveram resultados promissores<br />

no primeiro teste de campo das ferramentas, realizado na concessão florestal da Madeflona, na Floresta Nacional do Jamari, em<br />

Itapuã do Oeste (RO).<br />

A missão de campo também permitiu a coleta botânica e de amostras de madeira de espécies contempladas nesta primeira<br />

etapa de desenvolvimento das ferramentas, que serão enviadas para a xiloteca do LPF e para o Jardim Botânico do Rio de<br />

Janeiro (RJ). Em breve, essas amostras serão utilizadas como referência para os próximos testes, permitindo o aprimoramento<br />

das técnicas apoiadas, já que será possível confirmar a espécie analisada não apenas a partir da anatomia, mas também pela<br />

identificação botânica e molecular.<br />

Foto: divulgação<br />

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O X da questão em<br />

transporte<br />

florestal!<br />

A EMEX Brasil comercializa produtos de marcas reconhecidas internacionalmente na<br />

colheita e transporte florestal, destacando-se pela qualidade, resistência, segurança e<br />

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NOTAS<br />

Floresta em pé<br />

Foto: divulgação<br />

Iniciado em outubro de 2023, o projeto: Valorização da Floresta; é destinado ao fortalecimento do manejo florestal sustentável<br />

nas RESEX (Reservas Extrativistas) Arióca, Pruanã e Mapuá, na região do Marajó, no Pará. Financiado pelo Fundo Vale, a<br />

iniciativa prevê estruturação da produção madeireira local, a promoção de novas cadeias da sociobiodiversidade e o fortalecimento<br />

de dois planos de manejo florestal comunitários, um em cada reserva atendida pelo IFT (Instituto de Floresta Tropical).<br />

A iniciativa integra o projeto Sustenta Bio – aliança pelo fortalecimento das economias da sociobiodiversidade em áreas<br />

protegidas, realizado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Vale e Fundo Vale em parceria<br />

com outras organizações que atuam na Amazônia. O projeto fortalece comunidades tradicionais na exploração sustentável de<br />

recursos naturais dentro de UCs (Unidades de Conservação) de Uso Sustentável e outras categorias de UCs, contribuindo para a<br />

conservação da floresta. A aliança, que será implantada entre 2023 a 2027, investirá cerca de R$ 24 milhões em 15 áreas protegidas<br />

– que juntas abrangem quase 10 milhões de ha (hectares) – nos Estados do Acre, Amazonas e Pará, e impactará milhares<br />

de pessoas que atuam nesses territórios.<br />

O Valorização da Floresta tem como principal objetivo apoiar a implementação de modelos de manejo florestal comunitário<br />

para uso e comercialização de madeira nas RESEX Arióca, Pruanã e Mapuá. O projeto pretende fortalecer a organização social,<br />

gerar renda e contribuir para a redução do desmatamento em unidades de conservação de uso sustentável.<br />

Com duração prevista de 2 anos e cinco meses, o projeto realizado pelo IFT tem a expectativa de atingir, ao final do prazo<br />

de execução os seguintes resultados: Fortalecimento de dois planos de manejo florestal, um em cada reserva extrativista; Cerca<br />

de 20 mil m3 (metros cúbicos) de madeira em tora explorados anualmente, sendo 500 m3 processados de modo verticalizado na<br />

fábrica de caixilhos de madeira e pequenos objetos em madeira em Mapuá; Entre 200 e 250 famílias/produtores familiares nas<br />

RESEX Arióca, Pruanã e na Resex Mapuá (meta inicial de pelo menos 30% do público-alvo direto; Ao menos dois produtos alternativos<br />

da sociobiodiversidade local, com estrutura de produção e de custos devidamente mapeada, e em contratos experimentais<br />

para seu aproveitamento em execução; Organizações comunitárias fortalecidas, com infraestrutura mínima instalada, com<br />

espaços de decisão participativos operacionais, e capazes de gerenciar as atividades produtivas; Quintais agroflorestais voltados<br />

a segurança alimentar nas RESEX implementadas em, pelo menos, 60 áreas familiares; e Estabelecimento de, ao menos, seis<br />

unidades demonstrativas de quintais familiares para futuras visitas e intercâmbios de produtores rurais, sendo três unidades em<br />

cada reserva extrativista.<br />

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COLUNA<br />

Setor<br />

de Base<br />

<strong>Florestal</strong><br />

Por Ednei Blasius, presidente do CIPEM (Centro<br />

das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />

Madeira do Estado de Mato Grosso)<br />

O sucesso desse<br />

certificado<br />

resultará em maior<br />

competitividade<br />

para as indústrias<br />

madeireiras de<br />

Mato Grosso,<br />

principalmente<br />

para as<br />

exportadoras<br />

Fotos: divulgação<br />

https://cipem.org.br<br />

Mato Grosso trabalha<br />

a implementação<br />

da certificação dos<br />

produtos madeireiros<br />

Além de atestar a origem e<br />

qualidade da matéria-prima,<br />

especialmente para<br />

os exigentes mercados<br />

europeus, a certificação<br />

incentivará a comercialização da produção<br />

florestal mato-grossense.<br />

Áreas de MFS (manejo florestal<br />

sustentável) têm aumentado e ocupam<br />

atualmente 5,025 milhões de hectares<br />

em propriedades particulares em Mato Grosso.<br />

Com a colheita de espécies arbóreas aptas, conforme critérios estabelecidos na legislação<br />

ambiental, são produzidos a partir dos PMFS (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável)<br />

7 milhões de m3 (metros cúbicos) de madeira por ano. Produção com comprovação de<br />

origem, rastreabilidade e garantia de qualidade.<br />

Há potencial para avançar ainda mais e alcançar 7 milhões de hectares de florestas<br />

manejadas no território mato-grossense, segundo levantamento da SEMA (Secretaria<br />

Estadual de Meio Ambiente). Esta é uma solução importante em um contexto de emergência<br />

climática. Ao mesmo tempo em que garante a conservação dos recursos naturais,<br />

promove o desenvolvimento socioeconômico com a geração de emprego e renda. Nas atividades<br />

de base florestal no Estado são ocupados 12.712 mil trabalhadores formais.<br />

Em busca deste objetivo, o setor florestal de Mato Grosso está empenhado na implementação<br />

de um modelo de certificação que estabeleça maior segurança para o mercado<br />

na aquisição de produtos madeireiros, em conformidade com todo o rigoroso processo de<br />

rastreabilidade garantido pelo sistema de cadeia de custódia. Este sistema, utilizado pelo<br />

setor de base florestal do Estado, visa controlar e atestar a origem da madeira nativa desde<br />

a floresta até o consumidor final, utilizando ferramentas como o Sisflora 2.0 (Sistema<br />

de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais) e o Documento de Origem <strong>Florestal</strong><br />

(DOF+ Rastreabilidade), que são, respectivamente, estaduais e federais. Este desafio<br />

está sendo enfrentado pelo CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />

Madeira do Estado de Mato Grosso), FNBF (Fórum Nacional de Base <strong>Florestal</strong>) e FIEMT<br />

(Federação das Indústrias de Mato Grosso), beneficiando não apenas este segmento econômico<br />

do Estado, mas também de todo o país.<br />

O objetivo é criar um mecanismo de certificação que ateste a procedência e qualidade<br />

da matéria-prima mato-grossense, desde a madeira serrada, até o produto acabado,<br />

especialmente para os países europeus, um mercado mais exigente que já demanda essa<br />

certificação. Em abril foi lançado a Prática Recomendada ABNT PR 1020 - Manejo de floresta<br />

tropical nativa, norma que valoriza o manejo florestal sustentável e estabelece os<br />

procedimentos para obter a certificação. Iniciativa que garante a criação de um selo de<br />

certificação de origem dos produtos, endossado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas).<br />

Demonstramos com isso que estamos dedicados em ampliar a comercialização da produção<br />

florestal e acreditamos que o certificado emitido pela ABNT, além de acrescentar<br />

confiabilidade e segurança à madeira mato-grossense, tornará os produtos florestais mais<br />

competitivos, em conformidade com as normas de regulação do comércio e indústria.<br />

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FRASES<br />

Foto: Ari Dias-AEN<br />

Essa é uma solução<br />

de preservação para a<br />

Amazônia, respeitando o<br />

meio ambiente, trazendo<br />

práticas sustentáveis e, ao<br />

mesmo tempo, incentivando<br />

uma nova forma de<br />

economia para a região<br />

José Ricardo Sasseron, vice-presidente de<br />

Governo e Sustentabilidade Empresarial do<br />

Banco do Brasil sobre parceria com o MMA<br />

(Ministério do Meio Ambiente) para fomento da<br />

bioeconomia na região amazônica<br />

“A manutenção dessas áreas<br />

protegidas não apenas garante a<br />

sobrevivência de inúmeras espécies<br />

de fauna e flora, mas também<br />

proporciona benefícios econômicos<br />

e sociais para as comunidades, que<br />

dependem desses ecossistemas”<br />

“Como temos as florestas<br />

públicas plantadas no<br />

Paraná, pensamos no<br />

manejo sustentável delas<br />

e em tecnologias de<br />

descarbonização”<br />

Nilson Pinto, Ideflor-Bio (Instituto de Desenvolvimento <strong>Florestal</strong><br />

e da Biodiversidade) do Pará, sobre as ações do governo que<br />

preservaram 18 milhões de ha (hectares) de florestas<br />

Breno Menezes de Campos, chefe do<br />

Departamento de Florestas Plantadas da<br />

Secretaria de Estado da Agricultura e do<br />

Abastecimento do Paraná<br />

“Conseguimos projetar o que é mais provável que aconteça se a dinâmica<br />

de desmatamento obedecer a mesma lógica do passado recente. Essa<br />

projeção é muito valiosa para podermos construir mecanismos que freiem<br />

o desmatamento com maior efetividade”<br />

Andrea Garcia, pesquisadora do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazôni) que<br />

participou da criação de ferramentas que prevê desmatamento<br />

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ENTREVISTA<br />

Trabalho,<br />

experiência e<br />

APRENDIZADO<br />

Work, experience,<br />

and learning<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

A<br />

forma de se plantar, desbastar e cortar mudou.<br />

E não só mudou, melhorou, acelerou e otimizou.<br />

Por trás de cada mudança e evolução da<br />

silvicultura grande parte dessas mudanças estão<br />

engenheiros florestais, profissionais que dedicam<br />

suas vidas a fazer da silvicultura uma atividade mais produtiva,<br />

eficiente e sustentável. Para falar sobre esse ramo tão importante<br />

convidamos Renato Moreira De Faria, presidente da<br />

ACEF (Associação Catarinense de Engenheiros Florestais) para<br />

relatar suas visões sobre as mudanças na profissão, sua história<br />

e ações da associação. Confira!<br />

T<br />

he way we plant, thin, and fell trees has changed.<br />

For instance, the introduction of precision forestry<br />

techniques has revolutionized the way we manage<br />

forests. Not only has it changed, but it has also<br />

improved, accelerated, and optimized. Behind every change<br />

and evolution in forestry are forest engineers, the professionals<br />

who dedicate their lives to making forestry a more productive,<br />

efficient, and sustainable activity. To talk about this very important<br />

field, we invited Renato Moreira De Faria, President of the<br />

Santa Catarina Association of Forest Engineers (Acef), to share<br />

his views on the changes in the profession, its history, and the<br />

Association’s actions. Check it out!<br />

Renato Moreira<br />

De Faria<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> pela UNB (Universidade de Brasília) e<br />

Engenheiro Agrônomo pela UFSC (Universidade Federal de Santa<br />

Catarina). Tem especializações pela UFPR (Universidade Federal do<br />

Paraná), University of Twente da Holanda e UNB (Universidade de<br />

Brasília). Foi presidente da AEFDF (Associação dos Engenheiros Florestais<br />

do Distrito Federal), Coordenador de Câmara Especializada<br />

e Vice-Presidente do CREA (DF). É Presidente da ACEF (Associação<br />

Catarinense de Engenheiros Florestais) em seu segundo mandato<br />

e é Conselheiro da SBEF (Sociedade Brasileira de Engenheiros<br />

Florestais).<br />

Forestry Engineer from UNB (University of Brasília) and an Agricultural<br />

Engineer from UFSC (Federal University of Santa Catarina).<br />

He has specializations from UFPR (Federal University of Paraná),<br />

University of Twente in the Netherlands and UNB (University of<br />

Brasília). He was president of AEFDF (Association of Forestry Engineers<br />

of the Federal District), Coordinator of a Specialized Chamber<br />

and Vice-President of CREA-DF. He is President of ACEF (Santa Catarina<br />

Association of Forestry Engineers) in his second term and is an<br />

Advisor to SBEF (Brazilian Society of Forestry Engineers).<br />

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extremo<br />

I<br />

I<br />

nova<br />

ROÇADEIRA TRITURADORA<br />

nova<br />

TRITURADORA<br />

IROÇADEIRA<br />

RTDJ 1100<br />

O mesmo equipamento pode ser acoplado em tratores agrícolas<br />

(frontal ou sistema de levante hidráulico), escavadeiras, pás<br />

carregadeiras e retroescavadeiras.<br />

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•Afia correntes de ¼” a ¾”;<br />

•Menor fadiga do braço e redução de problemas ergonômicos;<br />

•Maior padronização na afiação;<br />

•Melhor acabamento na corrente;<br />

•Maior vida útil da corrente e do rebolo;<br />

•Afiação consistente;<br />

•Fácil de operar e ajustar;<br />

•Economia de tempo e dinheiro;<br />

•Fabricado nos EUA.


ENTREVISTA<br />

>> Como nasceu o interesse pela engenharia florestal?<br />

Nasceu pela preferência em trabalhar em uma profissão que<br />

não tivesse rotinas, que pudesse executar as tarefas no campo<br />

e não em um escritório. Era uma opção que me atraia, embora<br />

a família, mesmo com seu histórico rural, pecuarista, mas<br />

também de advogados, preferisse que trilhasse o direito. A<br />

engenharia florestal me foi apresentada no vestibular de 1975.<br />

Era um curso novo, principalmente quando o assunto era relacionado<br />

às questões sobre à ocupação e exploração da Amazônia.<br />

As obras da rodovia Transamazônica estavam em pleno<br />

vapor, os assentamentos de agricultores em Rondônia, Acre,<br />

Amazonas e no sul do Pará eram um mercado muito favorável,<br />

tanto na exploração madeireira, quanto na heveicultura. O centro-sul<br />

também oferecia várias oportunidades com os plantios<br />

de eucalipto e do pinus. Era muito comum o acadêmico da área<br />

fazer estágio nas empresas e ser contratado mesmo antes de<br />

se graduar. Muitos de meus contemporâneos podiam escolher<br />

onde trabalhar. A vontade de trabalhar em uma profissão nova<br />

e promissora foram os fatores principais para meu ingresso no<br />

curso de Engenharia <strong>Florestal</strong> da UNB (Universidade de Brasília)<br />

em 1976.<br />

>> Quais os principais marcos de sua carreira profissional?<br />

Sou privilegiado. Tive a oportunidade de trabalhar com pesquisa<br />

em genética florestal no JBB (Jardim Botânico de Brasília),<br />

onde participei de pesquisas sobre o bioma cerrado, que começava<br />

a se apresentar como a mais promissora fronteira agrícola<br />

do país. Também foi no JBB que tive a oportunidade de conduzir<br />

experimentos de introdução de dezenas de espécies dos gêneros<br />

eucaliptus e pinus para seleção daquelas com melhores<br />

produtividade e adaptação ao cerrado. Também considero ricas<br />

minhas experiências em uma empresa de reflorestamento, a<br />

Proflora S/A, que cultivava mangueiras de alta produtividade<br />

para exportação para a Europa e EUA (Estados Unidos da América).<br />

Esta árvore frutífera adaptou-se muito bem às condições<br />

de alguns microclimas no Distrito Federal e Goiás. Esta empresa<br />

também plantava pinus e eucaliptus. Naquela oportunidade adquiri<br />

muita experiência, pois era responsável desde os viveiros<br />

de produção de mudas, até a colheita das frutas e madeiras.<br />

>> E quando começou na área de consultoria?<br />

Como decorrência da crise do petróleo na década de 1970<br />

e 1980, a partir de 1984 passei a atuar como consultor do<br />

IICA-OEA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura<br />

da Organização dos Estados Americanos). Lá tive sob<br />

minha coordenação um projeto, em parceria com o Ministério<br />

da Agricultura, de transferência de tecnologia de produção de<br />

florestas para uso energético e de produção de energia de biomassa<br />

florestal. Com a elevação dos preços internacionais do<br />

petróleo, o setor rural do país precisou substituir o óleo diesel<br />

e o GLP (Gás Liquefeito do Petróleo) por lenha e carvão de madeira<br />

e resíduos agrícolas para alimentar os fornos de padarias,<br />

olarias, secadoras de grãos e fumo, geração de vapor, entre<br />

várias outras necessidades. Terminado o projeto do IICA-OEA,<br />

ingressei no MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), onde<br />

trabalhei nas áreas de cooperativismo, tecnologia agropecuária<br />

How did you become interested in forestry?<br />

It was born out of a preference to work in a profession that<br />

did not have routines, and that could carry out tasks in the<br />

field rather than in an office. It was an option that appealed<br />

to me, even though my family, despite their rural background<br />

as cattle farmers and lawyers, preferred me to go<br />

into law. I was introduced to Forestry Engineering during the<br />

entrance exam in 1975. It was a new course, especially when<br />

it came to issues related to the occupation and exploitation<br />

of the Amazon. Work on the Transamazon highway was in<br />

full swing, and the riparian settlements in Rondônia, Acre,<br />

Amazonas, and Southern Pará were a very favorable market,<br />

both for logging and heveculture. Also, the Center-South<br />

offered many opportunities with eucalyptus and pine<br />

plantations. It was very common for students in the area to<br />

do internships with companies and be hired before graduation.<br />

Many of my contemporaries could choose where they<br />

wanted to work. The desire to work in a new and promising<br />

profession was the main factor that led me to enroll in the<br />

Forestry Engineering program at the University of Brasilia<br />

(UNB) in 1976.<br />

What are the most important milestones in your career?<br />

I am privileged. I had the opportunity to work in forest genetics<br />

research at the Brasília Botanical Garden (JBB), where<br />

I participated in research on the Cerrado biome, which<br />

was beginning to emerge as the Country’s most promising<br />

agricultural frontier. It was also at the JBB that I had the<br />

opportunity to conduct experiments to introduce dozens of<br />

species of eucalyptus and pine to select those with the best<br />

productivity and adaptation to the Cerrado. I also consider<br />

my experience with a reforestation company, Proflora<br />

S/A, which grew highly productive mango trees for export<br />

to Europe and the United States, to be fulfilling. This fruit<br />

tree adapted very well to the conditions of certain microclimates<br />

of the Federal District and Goiás. This Company<br />

also planted pine and eucalyptus. I gained much experience<br />

there because I was responsible for everything from seedling<br />

nurseries to harvesting fruit and timber.<br />

And when did you start consulting?<br />

In 1984, as a result of the oil crisis of the 1970s and 1980s,<br />

I started working as a consultant for the Inter-American<br />

Institute for Cooperation in Agriculture of the Organization<br />

of American States (Iica-OAS). There, I coordinated a project,<br />

in partnership with the Brazilian Ministry of Agriculture and<br />

Livestock (Mapa), to transfer technology for forest energy<br />

production and energy production from forest biomass.<br />

With the rise in international oil prices, the Country’s rural<br />

sector needed to replace diesel oil and LPG with firewood<br />

and charcoal from wood and agricultural waste to fuel<br />

ovens in bakeries, potteries, and grain and tobacco dryers,<br />

steam generation, and many other needs. After the end of<br />

the Iica-OAS project, I joined Mapa, where I worked in the<br />

areas of cooperatives, agricultural technology, and forestry<br />

development in partnership with the Brazilian Institute<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

Dentes de<br />

corte para<br />

Feller DRV,<br />

o BRAVO da<br />

Floresta!


ENTREVISTA<br />

e fomento florestal, em parceria com o IBDF (Instituto Brasileiro<br />

de Desenvolvimento <strong>Florestal</strong>), que mais tarde veio a se chamar<br />

Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos<br />

Naturais Renováveis), e na fiscalização sanitária das empresas<br />

credenciadas como exportadoras e importadoras de madeira e<br />

seus subprodutos. A atenção maior era dada naquela época às<br />

pragas quarentenárias Vespa da Madeira (Sirex noctilio) que já<br />

tinha sido detectada no país, e Besouro Asiático (Anoplophora<br />

glabripennis), que se esforçava impedir sua entrada, tendo em<br />

vista ser a causadora de prejuízos de milhões de dólares nos<br />

EUA, Europa e Ásia.<br />

>> Nesse período também começou o trabalho associativo?<br />

Sim. Nesse período também iniciei minha participação junto à<br />

AEFDF (Associação dos Engenheiros Florestais do Distrito Federal),<br />

como presidente, e nesta condição, conselheiro da SBEF<br />

(Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais). Foi na presidência<br />

da AEFDF que tive a oportunidade de me relacionar com<br />

vários profissionais e também com a comunidade em ações e<br />

palestras junto às escolas públicas nas comemorações do dia<br />

da árvore, por exemplo, onde apresentava o trabalho da classe<br />

aos jovens do ensino fundamental. Após deixar a presidência,<br />

fui eleito conselheiro pela AEFDF junto ao CREA/DF (Conselho<br />

Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal), como<br />

vice-presidente e posteriormente coordenador da câmara especializada<br />

de agronomia, que englobava as engenharias agrônoma,<br />

agrícola, de agrimensura e florestal.<br />

>> Quando foi seu primeiro trabalho em Santa Catarina?<br />

Em 1995 fui convidado pelo superintendente do Ministério da<br />

Agricultura em Santa Catarina para assumir a área florestal no<br />

programa de sanidade vegetal de importações e exportações<br />

de produtos agropecuários, no caso, de madeira e subprodutos.<br />

Minhas atividades eram o credenciamento e fiscalização de empresas<br />

exportadoras e importadoras de madeira e aquelas prestadoras<br />

de serviços fitossanitários nos portos catarinenses. Fui<br />

responsável por vários treinamentos de fiscais fitossanitários<br />

do MAPA nos portos do Amazonas, Pará, Pernambuco, Espírito<br />

Santo e São Paulo e ministrei vários cursos para empresas que<br />

necessitavam de Certificação Fitossanitária de Origem da Vespa<br />

da Madeira, executados em conjunto com a ACR (Associação<br />

Catarinense de Empresas Florestais), a CIDASC (Companhia<br />

Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) e a<br />

Embrapa Florestas. Em Florianópolis filiei-me à ACEF. Posteriormente<br />

passei a atuar na certificação fitossanitária internacional<br />

de madeira nos portos catarinenses e a participar de operações<br />

de fiscalização de fertilizantes e de agrotóxicos nas fronteiras<br />

e portos. Posteriormente assumi a responsabilidade pelo controle,<br />

certificação e fiscalização de produtores de mudas e sementes<br />

de espécies florestais nativas, onde permaneci até me<br />

aposentar em 2019. Nos idos de 2005 já como membro atuante<br />

da ACEF, ajudei a fundar a AEFSUL (Associação de Engenheiros<br />

Florestais do Vale do Braço do Norte e Sul de Santa Catarina),<br />

tendo sido o primeiro vice-presidente. Posteriormente, a convite<br />

de vários colegas alunos da época dos cursos que ministrei<br />

de certificação, aceitei o desafio de conduzir a ACEF, tendo sido<br />

for Forestry Development (Ibdf), which later became the<br />

Brazilian Institute for the Environment and Renewable<br />

Natural Resources (Ibama), and in the sanitary inspection of<br />

companies accredited as exporters and importers of wood<br />

and its by-products. At that time, most attention was being<br />

paid to the quarantine pests: the wood wasp (Sirex noctilio),<br />

which had already been detected in the Country, and the<br />

Asian longhorned beetle (Anoplophora glabripennis), which<br />

was to be prevented from entering the Country, as it had<br />

already caused millions of dollars of damage in the USA,<br />

Europe, and Asia.<br />

Did you also start working in associations during this<br />

period?<br />

Yes, during this period, I also began my involvement with<br />

the Association of Forest Engineers of the Federal District<br />

(Aefdf) as President and, in that capacity, as a member<br />

of the Board of Directors of the Brazilian Society of Forest<br />

Engineers (Sbef). During my time as President of the Aefdf,<br />

I had the opportunity to interact with various professionals<br />

and with the community through activities and lectures in<br />

public schools during the celebration of the Day of the Tree,<br />

for example, where I presented our work to elementary<br />

school children. After leaving the presidency, I was elected to<br />

the Aefdf Council of the Regional Council of Engineering and<br />

Agronomy of the Federal District (Crea/DF), as Vice President<br />

and later as Coordinator of the Specialized Chamber of<br />

Agronomy, which included agronomy, agriculture, surveying,<br />

and forestry.<br />

When was your first job in Santa Catarina?<br />

In 1995, I was invited by the Superintendent of the Ministry<br />

of Agriculture in Santa Catarina to take over the Forestry<br />

Section of the Phytosanitary Program for the import and<br />

export of agricultural products, in this case, forest products.<br />

My activities included the accreditation and inspection<br />

of companies that export and import wood and those<br />

that provide phytosanitary services in the ports of Santa<br />

Catarina. I was in charge of several training courses for<br />

Mapa phytosanitary inspectors in the ports in the States<br />

of Amazonas, Pará, Pernambuco, Espírito Santo, and São<br />

Paulo. I gave several courses for companies that needed<br />

phytosanitary certificates of origin for the wood wasp in<br />

collaboration with the Santa Catarina Association of Forestry<br />

Companies (ACR), the Santa Catarina Integrated Agricultural<br />

Development Company (Cidasc), and Embrapa Florestas. In<br />

Florianópolis, I joined Acef. Subsequently, I started working<br />

on the international phytosanitary certification of wood in<br />

the ports of Santa Catarina and participated in the control<br />

of fertilizers and pesticides at borders and ports. Later, I took<br />

responsibility for the control, certification, and inspection<br />

of producers of seedlings and seeds of native forest species,<br />

where I remained until my retirement in 2019. In 2005, as an<br />

active member of Acef, I helped to found the Association of<br />

Forest Engineers of the Braço do Norte Valley and Southern<br />

Santa Catarina (Aefsul) and served as its first vice president.<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

eleito seu presidente para o triênio 2021-2023 e reeleito para<br />

mais um mandato de 2024 a 2026.<br />

>> Quais as principais ações da ACEF para os associados?<br />

Em seus 44 anos de existência, a ACEF tem desenvolvido ações<br />

em prol da classe. Sempre atuou na defesa dos direitos, na<br />

reivindicação do espaço nos setores florestal e ambiental junto<br />

aos governos estadual e municipais. A ACEF tem conseguido<br />

reverter várias situações desfavoráveis à classe por meio de<br />

denúncias de situações de atribuições exclusivas da categoria.<br />

Também tem conseguido impugnar concursos públicos onde<br />

cargos com atividades de engenheiros florestais não preveem<br />

vagas. Temos, ainda, representantes em conselhos municipais<br />

de meio ambiente e na comissão de silvicultura da ALESC<br />

(Assembleia Legislativa Estadual), conselheiro eleito junto à<br />

câmara especializada da área junto ao CREA (SC), que juntamente<br />

com os demais membros analisa processos de atribuições<br />

profissional, orienta a fiscalização nas atividades afetas ao<br />

engenheiro florestal e dirime dúvidas sobre sombreamento de<br />

atribuições com outros profissionais dentro e fora do Sistema<br />

CONFEA/CREA. Também promove eventos de capacitação<br />

profissional, cursos, treinamentos, seminários, dias de campo<br />

e realiza os Simpósios Florestais Catarinenses, que teve sua 17°<br />

edição em 2023. Este já tradicional evento serve de fórum de<br />

discussão dos assuntos pertinentes à atividade profissional.<br />

Esta edição já tomou dimensão regional, visto que reuniu palestrantes,<br />

autoridades, parlamentares, profissionais e acadêmicos<br />

dos Estados do sul do Brasil.<br />

>> Como funcionam os cursos que a associação oferece?<br />

Promovemos uma média de quatro cursos anualmente. Importante<br />

salientar, que quando a ACEF consegue arcar com<br />

100% das despesas dos cursos, treinamentos e outros eventos<br />

técnicos, quer seja com recursos próprios ou obtidos através de<br />

patrocínios, a inscrição aos associados em dia com sua anuidade<br />

é gratuita. Também estendemos esse benefício aos alunos<br />

de graduação e pós-graduação, como forma de incentivo e<br />

geração de oportunidade a estes de terem contato com profissionais.<br />

Além desses, a ACEF tem convênios com instituições<br />

de ensino de nível superior para concessão de descontos nos<br />

cursos de pós-graduação e especialização.<br />

>> Quais maiores diferenças que percebe nas demandas de<br />

um engenheiro que sai hoje da faculdade para os da sua época?<br />

Atualmente o profissional é exigido não só nos seus conhecimentos<br />

técnicos, mas também em conhecimentos multidisciplinares.<br />

Ele conclui o curso e então parte para um mercado que<br />

exige dele o domínio de vários outros assuntos. Com a tecnologia<br />

ao alcance da mão, o engenheiro tem que desempenhar várias<br />

funções que não são de engenharia e que no passado eram<br />

desempenhadas por outros profissionais. Na minha época os<br />

assuntos, tarefas, conhecimento e formação eram bem mais específicos<br />

do que hoje. O mercado buscava um especialista para<br />

cada área de atividade. Atualmente o mercado busca um generalista<br />

que tenha conhecimento não só de engenharia, mas<br />

Later, at the invitation of several fellow students of the certification<br />

courses I taught, I accepted the challenge of leading<br />

Acef, having been elected its president for the three-year<br />

term 2021-2023 and was re-elected for another term from<br />

2024 to 2026.<br />

What are the main actions of Acef towards its members?<br />

In its 44 years of existence, Acef has always acted on behalf<br />

of its members. It has always acted in defense of member<br />

rights, claiming space in the Forestry and Environmental<br />

Sectors with the State and Municipal governments. Acef has<br />

managed to reverse several situations unfavorable to the<br />

profession, denouncing situations in which the category has<br />

exclusive attributions. It has also been able to challenge public<br />

tenders where there had been no vacancies for positions<br />

involving forest engineers. We also have representatives in<br />

the Municipal Environmental Councils and in the Forestry<br />

Commission of the State Legislative Assembly (Alesc), and an<br />

elected Councilor in the Specialized Chamber for the Area at<br />

Crea (SC), who, together with the other members, analyzes<br />

the professional attribution processes, guides the inspection<br />

of activities related to forest engineers and resolves doubts<br />

about the overlapping of attributions with other professionals<br />

inside and outside the Confea/Crea system. The Association<br />

also organizes professional training events, courses,<br />

training sessions, seminars, field days, and the Forestry Symposium<br />

of Santa Catarina, which held its 17th event in 2023.<br />

This traditional event serves as a forum for the discussion<br />

of issues relevant to the professional activity. This event has<br />

already taken on a regional dimension, bringing together<br />

speakers, authorities, parliamentarians, professionals, and<br />

academics from the Southern States of Brazil.<br />

How do the courses offered by the Association work?<br />

We run an average of four courses a year. It is important<br />

to note that when Acef is able to cover 100% of the cost of<br />

courses, training, and other technical events, either from its<br />

own resources or through sponsorship, registration is free<br />

for members in good standing. We also extend this benefit<br />

to undergraduate and graduate students to encourage them<br />

and give them the opportunity to interact with professionals.<br />

Acef also has agreements with higher education institutions<br />

to provide discounts on graduate and specialization courses.<br />

What do you see as the main differences between the<br />

requirements of today’s graduates and those of your time?<br />

Today’s professionals are required to have not only technical<br />

knowledge but also multidisciplinary knowledge. They graduate<br />

and then enter a market that requires them to master<br />

several other subjects. With technology at their fingertips,<br />

engineers must perform many non-engineering functions<br />

that in the past were performed by other professionals. In<br />

my day, the subjects, tasks, knowledge, and training were<br />

much more specific than they are today. The market was<br />

looking for a specialist in each area. Today, the market is<br />

looking for a generalist who knows not only engineering<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

também das tecnologias de IA (Inteligência Artificial). Assim,<br />

um engenheiro que sai da faculdade sem essas múltiplas habilidades<br />

tem menores chances de construir uma carreira. A velocidade<br />

em que se desenvolve a IA exige conhecimentos mais<br />

profundos em mais áreas para o engenheiro saber demandá-la<br />

e obter melhores resultados que garantirão sua manutenção no<br />

mercado de trabalho.<br />

>> Quanto a prática da engenharia mudou desde sua formação?<br />

Mudou muito. A Engenharia que comecei desempenhando<br />

dependia muito de conhecimento buscado fora do país. Ainda<br />

era incipiente a tecnologia nacional em genética, silvicultura<br />

e manejo florestal. A pesquisa era pouco produtiva, com raras<br />

exceções. Hoje o Brasil é referência mundial nestas áreas. A<br />

infraestrutura era bem mais deficitária, os equipamentos eram<br />

adaptados a partir de outras áreas, pois a importação de equipamentos<br />

florestais muitas vezes era economicamente inviável<br />

e importava-se e adaptava-se para fazer funcionar aqui no país.<br />

Agora existe uma demanda interna que viabiliza a produção<br />

nacional da maioria do conhecimento, das tecnologias, dos<br />

equipamentos e de vários outros itens de suporte ao desempenho<br />

da profissão. Estes suportes vão desde os softwares nacionais<br />

para as mais variadas aplicações aos equipamentos como<br />

drones, estações totais (que não existiam na época de minha<br />

formação), ou os tratores e implementos que são possíveis importar<br />

por preços muito menores de quando comecei a função.<br />

>> Como a tecnologia facilitou o trabalho do engenheiro florestal?<br />

A tecnologia é um aliado fundamental. Permitiu a evolução dos<br />

métodos de trabalho, otimização dos recursos disponíveis, auxiliou<br />

na tomada de decisões mais rápidas e precisas. Permitiu<br />

a diminuição na margem de erro dos processos e o aumento da<br />

produtividade florestal como um todo. Favoreceu desde a produção<br />

de mudas até a melhor condução das florestas e a maior<br />

produtividade e melhor aproveitamento da produção de madeira<br />

e de produtos não madeireiros como erva mate, pinhão,<br />

resinas, castanhas e outros. Facilitou também a relação do profissional<br />

com o mercado ao permitir identificar oportunidades<br />

em tempo muito menor que na época em que iniciei. Permitiu<br />

projetar o melhor acesso às tendências de mercado.<br />

>> Quais as maiores lutas e conquistas da ACEF?<br />

As lutas da ACEF sempre foram de promover a valorização e<br />

o reconhecimento pela sociedade do papel e do profissional<br />

do Engenheiro <strong>Florestal</strong>. A ACEF busca a inserção da profissão<br />

em carreiras nos governos por meio da abertura de vagas em<br />

concursos e cargos públicos, além dos processos de seleção em<br />

empresas, com o pagamento do salário-mínimo profissional da<br />

classe. Também é uma importante bandeira da ACEF o retorno<br />

do manejo florestal nas florestas nativas catarinenses, que é a<br />

atividade cerne da classe; Dentre as conquistas da entidade, as<br />

mais significativas foram o reconhecimento como representação<br />

dos engenheiros florestais catarinenses, por meio da lei número<br />

6.726, de 16/12/1984. Depois veio o registro e sua homo-<br />

but also AI technologies. An engineer who leaves university<br />

without these multiple skills has less chance of building a career.<br />

The speed at which AI is evolving requires engineers to<br />

have deeper knowledge in more areas to be able to demand<br />

and get better results that will ensure they stay in the job<br />

market.<br />

How much has the practice of engineering changed since<br />

you graduated?<br />

It has changed a lot. Engineering, when I started, depended<br />

a lot on knowledge from abroad. National technology<br />

in genetics, forestry, and forest management was still in<br />

its infancy. Research, with rare exceptions, was not very<br />

productive. Today, Brazil is a world reference in these areas.<br />

Before, the infrastructure was much poorer; the equipment<br />

was adapted from other areas because it was often not economically<br />

viable to import forestry equipment, and when imported,<br />

it was adapted to work here in Brazil. Now, there is<br />

a domestic demand that makes it possible to produce most<br />

of the knowledge, technology, equipment, and various other<br />

items that support the performance of the profession. These<br />

support items range from nationally developed software<br />

for various applications to equipment such as drones, total<br />

stations (which did not exist at the time of my graduation),<br />

or tractors and implements that can be imported at much<br />

lower prices than when I started.<br />

How has technology made the Forest Engineer’s job easier?<br />

Technology is a fundamental ally. It has enabled the evolution<br />

of work methods, optimization of available resources,<br />

and faster and more accurate decision-making. It leads to a<br />

reduced margin of error in processes and increased forestry<br />

productivity as a whole. It has favored everything from<br />

seedling production to better forest management, greater<br />

productivity, and better use of timber production and<br />

non-timber products, such as yerba mate, pine nuts, resins,<br />

chestnuts, and others. It has also facilitated the professional’s<br />

relationship with the market by making it possible to<br />

identify opportunities in a much shorter time than when I<br />

started. It has made it possible to plan the best access to<br />

market trends.<br />

What are Acef’s greatest challenges and achievements?<br />

Acef’s biggest challenge has always been to promote the appreciation<br />

and recognition by society of the role and professionalism<br />

of the Forest Engineer. Acef seeks the inclusion of<br />

the profession in government careers through the opening of<br />

vacancies in public tenders and positions, as well as selection<br />

processes in companies, with the payment of a minimum<br />

professional salary for the class. Acef also works to return<br />

forestry to Santa Catarina’s native forests, which is the core<br />

activity of the profession. Among the achievements of the<br />

organization, the most important was the recognition as the<br />

representative of the Forest Engineers of Santa Catarina by<br />

means of Law No. 6.726, of 16/12/1984. This was followed<br />

by registration and homologation in the Confea/Crea sys-<br />

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ENTREVISTA<br />

logação junto ao sistema CONFEA/CREA com direito a indicar<br />

um representante junto a seu plenário. Após isso, vieram inúmeras<br />

conquistas. Algumas marcantes como nos idos de 2004,<br />

quando a ACEF incentivou a fundação das entidades regionais<br />

afiliadas e surgiram as associações regionais, como a já citada<br />

AEFSUL. Com a fundação e registro da AEFSUL no CREA (SC),<br />

materializou-se no sistema CONFEA/CREA (Conselho Federal<br />

de Engenharia e Agronomia), a terceira CEEF (Câmara Especializada<br />

de Engenharia <strong>Florestal</strong>) do sistema. A Câmara foi o resultado<br />

de um processo que levou vários anos e que sofreu muita<br />

resistência dentro de algumas gestões do CREA (SC), mas que<br />

agora, consolidada, demonstrou a capacidade e combatividade<br />

de uma categoria profissional, que mesmo minoritária em um<br />

conselho multiprofissional como é o CONFEA/CREA, conseguiu<br />

se impor e conquistar seu espaço. Esta terceira CEEF do sistema<br />

trouxe também uma conquista para todas as associações estaduais,<br />

que foi a criação no âmbito do Confea da CCEEF (Coordenadoria<br />

das Câmaras Especializadas de Engenharia <strong>Florestal</strong>),<br />

ou seja, uma conquista nacional. A Câmara catarinense ganhará<br />

novo vigor a partir de 2025, quando passarão a compô-la duas<br />

das associações que a ACEF ajudou a criar e que tiveram seus<br />

registros aprovados na última plenária do CREA (SC), em abril<br />

de 2024, a AEFVALE (Associação de Engenheiros Florestais<br />

do Vale do Itajaí,) e a AEFNORTE (Associação de Engenheiros<br />

Florestais do Norte de Santa Catarina). Outras conquistas importantes<br />

da ACEF foram a filiação à PROSILVA (Confederação<br />

Europeia de Silvicultores Profissionais) - com membros em mais<br />

de 25 países europeus -, em que é a única entidade brasileira<br />

afiliada, e também estar associada à SBEF, à FEBRAE (Federação<br />

Brasileira de Associações de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos),<br />

além da UPADI (União Pan-Americana de Associações de<br />

Engenheiros).<br />

>> Qual o principal objetivo de sua gestão?<br />

Meu objetivo primordial é unir a categoria, apoiando e ajudando<br />

a diretoria a ampliar a força de luta da ACEF em prol de<br />

todos. Dessa união é que será possível a ACEF continuar a obter<br />

mais conquistas em prol de todos seus associados.<br />

tem, with the right to appoint a representative to its plenary.<br />

After that came numerous achievements, some of which<br />

were remarkable. For example, in 2004, Acef encouraged the<br />

creation of regional organizations and regional associations,<br />

such as the Aefsul, as mentioned above, with the foundation<br />

and registration of Aefsul at Crea (SC), the third Specialized<br />

Chamber of Forestry Engineering (Ceef) in the Confea/<br />

Crea system materialized. The Chamber was the result of<br />

a process that lasted several years and that faced much<br />

resistance within some Crea(SC) administrations, but that<br />

has now been consolidated, demonstrating the capacity and<br />

combativeness of a professional category that, although it<br />

is a minority in a multi-professional council such as Confea/<br />

Crea, has managed to assert itself and conquer its space.<br />

This third Ceef of the system also brought an achievement<br />

for all the State associations, which was the creation within<br />

Confea of the Ceef (Coordination of Specialized Chambers of<br />

Forestry Engineering). In other words, a national achievement.<br />

The Santa Catarina Chamber will gain new strength in<br />

2025, when it will be joined by two of the associations that<br />

Acef helped to create and which had their registrations approved<br />

at the last Crea(SC) plenary session in April 2024, the<br />

Association of Forest Engineers of the Itajaí Valley (Aefvale)<br />

and the Association of Forest Engineers of Northern Santa<br />

Catarina (Aefnorte). Acef’s other important achievements<br />

include becoming a member of the European Confederation<br />

of Professional Foresters (Pro Silva) - with members in more<br />

than 25 European countries - where it is the only Brazilian<br />

member and a member of Sbef, the Brazilian Federation<br />

of Associations of Engineers, Architects, and Agronomists<br />

(Febrea), as well as the Pan-American Union of Engineers’<br />

Associations (Upadi).<br />

What is the main objective of your administration?<br />

My main objective is to unite the category and support and<br />

help the Board increase Acef’s fighting power in the name of<br />

all. It is from this unity that Acef will be able to continue to<br />

achieve more for all its members.<br />

Aqueles mais preparados terão mais chances de se<br />

colocarem e seguirem sua carreira e aqueles que seguirem<br />

suas carreiras terão mais chances de nela permanecer<br />

quanto mais se atualizarem e utilizarem dos recursos que a<br />

tecnologia oferece de uma forma geral<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


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Mestre em Manejo <strong>Florestal</strong><br />

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gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Supressão de árvores com valor comercial é um exemplo de situação em que<br />

o uso da motosserra é indispensável na conservação de floresta comercial<br />

Aimplantação e conservação de florestas comerciais<br />

demanda uma série de atividades<br />

complexas e precisas. Entre essas atividades,<br />

o uso da motosserra se destaca em várias<br />

situações-chave, cada uma contribuindo<br />

para o sucesso e eficiência do projeto florestal. Aqui estão<br />

quatro dessas situações:<br />

1. DESOBSTRUÇÃO DE VIAS DE ACESSO:<br />

As estradas no interior das florestas são fundamentais<br />

para o acesso às áreas de plantio e colheita. No entanto,<br />

ao longo do tempo, essas estradas podem ser obstruídas<br />

por árvores caídas e galhos. A motosserra é essencial para<br />

desobstruir essas vias, cortando essas árvores caídas ou<br />

podando galhos que obstruem o caminho. Isso permite<br />

um acesso fácil e seguro às áreas de trabalho, além de facilitar<br />

o transporte de equipamentos e materiais.<br />

2. ÁRVORES COM VALOR COMERCIAL:<br />

Durante o processo de reforma do povoamento, ou<br />

ainda durante a colheita de árvores, muitos locais de<br />

plantios comerciais estão localizados em áreas íngremes,<br />

onde o maquinário pesado em determinadas situações<br />

não acessa por motivo de segurança. E nesses locais podem<br />

restar árvores de valor comercial. Nesse momento<br />

o uso da motosserra se torna viável, pois é uma máquina<br />

compacta, ótima relação peso e eficiência, que auxilia no<br />

corte, minimizando o dano em vegetação nativa remanescente,<br />

bem como uma menor compactação do solo.<br />

3. REFORMA DE PONTILHÕES:<br />

Os pontilhões são estruturas importantes em uma floresta<br />

comercial, permitindo a passagem sobre córregos,<br />

riachos ou áreas alagadas. Com o tempo, essas estruturas<br />

podem precisar de reformas para garantir sua estabilidade<br />

e segurança. A motosserra é usada para remover árvores<br />

que possam comprometer a integridade do pontilhão,<br />

assim como para cortar e preparar a madeira necessária<br />

para as obras de reforma.<br />

4. REBAIXAMENTO DE TOCOS:<br />

Após a derrubada de árvores, muitas vezes é necessário<br />

rebaixar os tocos remanescentes ao nível do solo para<br />

facilitar o plantio de novas mudas ou o trânsito de máquinas<br />

e equipamentos. A motosserra é utilizada para cortar<br />

esses tocos de maneira eficiente e controlada, garantindo<br />

que o terreno fique livre de obstáculos e pronto para as<br />

próximas etapas do processo de implantação florestal.<br />

Em todas essas situações, a motosserra se destaca<br />

como uma máquina indispensável, proporcionando eficiência,<br />

precisão e segurança nas operações florestais.<br />

Seu uso adequado contribui significativamente para o<br />

sucesso e sustentabilidade dos empreendimentos de florestamento<br />

e reflorestamento comerciais.<br />

A motosserra se destaca como<br />

uma máquina indispensável,<br />

proporcionando eficiência,<br />

precisão e segurança nas<br />

operações florestais<br />

Foto: divulgação<br />

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fueirofex.com<br />

O quadro é projetado com design prismático,<br />

que proporciona leveza e resistência, possuindo<br />

poucos pontos de solda o que o torna mais flexível.<br />

A instalação pode ser feita em qualquer modelo<br />

e marca de implemento.


PRINCIPAL<br />

Tecnologia,<br />

praticidade e<br />

SEGURANÇA<br />

Fotos: divulgação<br />

Equipamentos para<br />

transporte florestal<br />

facilitam o trabalho<br />

do motorista e geram<br />

tranquilidade durante<br />

o trajeto<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


Technology,<br />

practicality,<br />

and safety<br />

Forestry transport equipment makes<br />

the driver’s job easier and creates<br />

peace of mind during the journey<br />

Maio 2024<br />

53


PRINCIPAL<br />

O<br />

ciclo do plantio florestal é concluído no corte<br />

das árvores. Mas o ciclo da madeira terminou<br />

apenas seu primeiro passo. Antes de passar<br />

por todos os processos de manufatura, entra<br />

um dos momentos mais importantes e de alta<br />

exigência da indústria: o transporte. Levar a madeira da floresta<br />

para a indústria com eficiência e velocidade garante que toda a<br />

engrenagem do setor de base florestal se mantenha rodando.<br />

Para garantir os melhores resultados no transporte a FEX Ferro e<br />

Aço oferece aos seus clientes os melhores produtos e tecnologias<br />

para o transporte de madeira.<br />

Especialista em ferro e aço, a FEX tem como objetivo sempre<br />

fazer a melhor combinação de matéria-prima embarcada<br />

e desenvolvimento de produto para que seus clientes tenham<br />

sempre o melhor em resistência, segurança, durabilidade e<br />

confiabilidade. Produzindo soluções sob demanda, a empresa<br />

paranaense, situada em Ponta Grossa (PR), se tornou uma referência<br />

nacional em equipamento para o transporte florestal<br />

através de seus fueiros e catracas pneumáticas.<br />

IMPLEMENTOS<br />

Thais Ribas, diretora da FEX, explica que o Fueiro FEX é<br />

reconhecido como o melhor fueiro do Brasil, por serem fueiros<br />

que tem maior resistência do mercado, operando há mais de<br />

14 anos, sem romper, entortar ou necessitar qualquer tipo de<br />

reparo. Para seguir nesse padrão, comenta Thais, os fueiros<br />

estão em constante evolução em sua construção, além é claro<br />

da matéria-prima que é utilizada, hoje sendo reconhecida como<br />

a de maior tenacidade e resistência do mercado. “Utilizamos o<br />

T<br />

he planting cycle ends when the trees are felled.<br />

However, the harvesting cycle has only completed its<br />

first step. Before it goes through all the manufacturing<br />

processes, one of the most important and challenging<br />

moments in the industry comes into play: transportation.<br />

Getting the log efficiently and quickly from the forest to<br />

where it can be used is what keeps all the wheels of the Forestry<br />

Sector turning. To guarantee the best transport results, FEX Ferro<br />

e Aço offers its customers the best products and technologies for<br />

log transport.<br />

Specializing in iron and steel, FEX is always looking for the best<br />

combination of raw materials and product development to offer<br />

its customers the best in terms of resistance, safety, durability,<br />

and reliability. The Company from Paraná, located in Ponta Grossa<br />

(PR), produces custom-made solutions and has become a national<br />

reference in the field of forestry equipment with its stanchions,<br />

bunks, and pneumatic ratchets.<br />

TOOLS<br />

Thais Ribas, Director of FEX, explains that the Fueiros FEX are<br />

recognized as the best bunks and stanchions in Brazil because they<br />

are the most resistant on the Brazilian market, working for more<br />

than 14 years without breaking, bending, or needing any kind<br />

of repair. In order to maintain this standard, Ribas says that the<br />

bunks and stanchions are constantly evolving in their construction,<br />

as well as in the raw material used, which is now recognized as<br />

having the greatest toughness and resistance on the market. “We<br />

use strenx steel from the Swedish steel company SSAB, and seven<br />

years ago, our bunks and stanchions became members of the My<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


aço strenx, da siderúrgica sueca SSAB, e há 7 anos nosso fueiro<br />

se tornou membro do programa My inner strenx, que garante<br />

um selo de qualidade no uso de sua matéria-prima, sendo hoje<br />

o único do mercado com essa certificação”, exalta Thais.<br />

A diretora aponta que toda a fabricação dos fueiros é feita<br />

100% dentro das instalações FEX, por isso tem-se o domínio do<br />

produto e a empresa está sempre em busca da alta tecnologia<br />

para melhorar seus processos, permitindo que a FEX atinja<br />

o equilíbrio entre baixo peso e a alta resistência nos fueiros.<br />

“Atualmente, temos disponíveis oito tipos de fueiro FEX para<br />

atender toda e qualquer tipo de operação dos nossos clientes,<br />

sendo os modelos: Fueiro C, Fueiro M, Fueiro BN, Fueiro 20T,<br />

Fueiro EM, Fueiro R, Fueiro Forwarder e fueiros com haste removível,<br />

que podem ser confeccionados nos modelos: C e M.<br />

Além disso, estão disponíveis três tipos de malhal: Auto impacto,<br />

Duo e Aerodinâmico”, relata Thais sobre a linha oferecida pela<br />

FEX ao mercado. Tudo isso só é possível graças ao constante<br />

investimento em inovação feito pela empresa. Thais relata que a<br />

FEX nunca para de buscar por tecnologia, e isso faz jus ao slogan<br />

da empresa que é: Tecnologia a favor da qualidade; Por isso, a<br />

empresa continuamente implanta novos equipamentos de ponta<br />

para aprimorar o sistema fabril. “Esse ano de 2024 já recebemos<br />

uma máquina de corte a laser de 30 mil W, que corta até 63 mm<br />

de espessura, 2 máquinas de usinagem de alta precisão, robô de<br />

solda para fabricação dos fueiros, entre outros”, valoriza Thais.<br />

O cuidado com os clientes também é perceptível nos serviços<br />

prestados. Um deles, é na possibilidade de personalização dos<br />

fueiros, dando ao implemento um toque mais que especial.<br />

A diretora aponta que esse cuidado no atendimento é uma<br />

inner strenx program, which guarantees a quality seal for the use<br />

of its raw material, and today it is the only one in the Brazilian<br />

market with this certification,” says Ribas.<br />

The Director points out that all the manufacturing of the<br />

bunks and stanchions is done 100% in-house at FEX, so there<br />

is mastery of the product, and the Company is always looking<br />

for high technology to improve its processes, allowing FEX to<br />

achieve a balance between low weight and high resistance in<br />

the bunks and stanchions. “We currently have eight types of FEX<br />

bunks and stanchions available to suit any type of operation for<br />

our customers: C, M, BN, 20T, E, R, and Forwarder bunks and<br />

stanchions, and bunks with removable stanchions, which can be<br />

made in models: C and M. In addition, three types are available:<br />

Self-impact, Duo, and Aerodynamic,” says Ribas about the range<br />

offered by FEX to the market. All this is only possible thanks to<br />

the Company’s constant investment in innovation. Ribas says<br />

that FEX never stops looking for technology, and this lives up to<br />

the Company’s slogan: Technology in favor of quality. Therefore,<br />

the Company is continually implementing new state-of-the-art<br />

equipment to improve the manufacturing system. “This year, in<br />

2024, we have already received a 30 thousand kW laser cutting<br />

machine, which cuts up to 63 mm thick metal, 2 high-precision<br />

machining machines, a welding robot for making the bunks and<br />

stanchions, among others,” says Ribas.<br />

Customer care is also evident in the services provided. One of<br />

them is the possibility of customizing the bunks and stanchions,<br />

giving the implements a very special touch. The Director points out<br />

that this care in service is one of the Company’s main characteristics,<br />

captivating customers and strengthening partnerships. “As<br />

Maio 2024<br />

55


PRINCIPAL<br />

well as receiving the bollard with a differentiated delivery time,<br />

our customers have the option of choosing the model, bunk and<br />

stanchion color, and adhesive color on our website, generating a<br />

real-time example of what the finished implement will look like,”<br />

says Ribas. In addition to the bunks and stanchions, pneumatic<br />

ratchets come into play. The FEX rachet operates just using the<br />

truck’s air system. Its structure is armored to prevent the entry of<br />

moisture, dust, mud, sand, and other agents that could compromise<br />

its operation. Its traction capacity is one thousand kg, and<br />

it self-tensions according to the movement of the truck and the<br />

logs, automatically adjusting the belt tension, always keeping the<br />

load secure and speeding up travel times. “Savings is the word<br />

that makes this equipment stand out because the availability of<br />

the truck increases, avoiding the driver having to stop to retighten<br />

the load and also providing greater safety for the driver, who no<br />

longer has to make dangerous stops on busy highways to do this<br />

tightening,” says Ribas.<br />

The FEX pneumatic ratchet installation system can be installed<br />

on various types of equipment, and the customer can choose<br />

the installation position according to the operation’s strategies.<br />

The development of a FEX product involves engineering design,<br />

laboratory tests, and a field validation operation, resulting in<br />

products of excellent quality with the FEX signature, which customers<br />

recognize.<br />

das principais características da empresa, cativando clientes<br />

e fortalecendo parcerias. “Nossos clientes, além de receber o<br />

fueiro com prazo de entrega diferenciado, têm a possibilidade de<br />

dentro de nosso site escolher o modelo, cor do fueiro e cor do<br />

adesivo, gerando em tempo real um exemplo de como ficará o<br />

implemento pronto”, enaltece Thais. Em complemento ao fueiro<br />

entram em cena as catracas pneumáticas. A catraca FEX utiliza<br />

apenas o sistema de ar do caminhão em seu funcionamento.<br />

Sua estrutura é blindada evitando a entrada de umidade, pó,<br />

barro, areia e outros agentes, que possam comprometer o seu<br />

funcionamento. A capacidade de tração é de 1000 kg e ela se<br />

auto tensiona conforme o movimento do caminhão e das toras,<br />

fazendo o ajuste automaticamente da tensão da cinta, mantendo<br />

sempre a carga segura e agilizando o tempo de viagem. “Economia<br />

é a palavra de auto impacto desse equipamento, porque<br />

a disponibilidade do caminhão aumenta, evitando as paradas<br />

do motorista para reapertar a carga proporcionando também,<br />

maior segurança ao motorista, que não necessita mais fazer<br />

paradas perigosas nas rodovias com muito fluxo para fazer esse<br />

aperto”, ressalta Thais.<br />

O sistema de instalação da catraca pneumática FEX, pode ser<br />

realizada em diversos tipos de equipamentos e o cliente pode<br />

escolher a posição da instalação no seu implemento de acordo<br />

com as estratégicas da operação conforme a sua necessidade.<br />

O desenvolvimento de um produto FEX, passa por um setor de<br />

engenharia, depois por testes em laboratório, segue para uma<br />

operação de validação em campo, resultando em produtos de<br />

excelente qualidade com a assinatura FEX, reconhecida pelos<br />

clientes.<br />

RECOGNITION, GROWTH, AND NEWS<br />

The quality of FEX implements has led to the Company being<br />

present throughout Brazil, with its main markets being the States<br />

of Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito<br />

Santo, Maranhão, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Gros-<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


RECONHECIMENTO, CRESCIMENTO E NOVIDADES<br />

Toda a qualidade dos implementos FEX abriu caminhos para<br />

que a empresa esteja presente em todo o Brasil, tendo como<br />

principais mercados os Estados do Paraná, Santa Catarina, São<br />

Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais,<br />

Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,<br />

Pará. Além disso, a FEX já alçou voos ainda mais altos e atende<br />

também clientes em outros países da América Latina, principalmente,<br />

no Uruguai, Paraguai, Chile e Argentina.<br />

Para a diretora, o maior diferencial da FEX, além da excelência<br />

dos produtos, é a proximidade que os clientes têm com<br />

a alta diretoria, permitindo sempre agilidade no caso de fazer<br />

adequações e melhorias nos sistemas operacionais dos clientes.<br />

”Somos, afinal, uma empresa que desenvolve soluções<br />

sob medida para as necessidades dos nossos clientes em suas<br />

operações”, salienta Thais.<br />

Diante de tudo isso, a FEX, assim como os caminhões onde<br />

seus produtos estão sempre presentes, não param nunca e<br />

a empresa apresenta novidades semanalmente, atendendo<br />

aos clientes com peças de reposição sob medida, conforme a<br />

demanda e necessidade, tendo como principal aposta para o<br />

momento os kits de proteção e adequação para máquinas de<br />

plantio e colheita florestal, barrotes de proteção para chassis<br />

contra gruas de carregamento e descarregamento. “Estamos<br />

com um barrote em fase final de teste com uma das maiores<br />

transportadoras do Brasil. Esse produto, está sendo desenvolvido<br />

para proteção do chassis em operações de descarregamento<br />

com garras do tipo Kalmar que fazem a remoção das toras da<br />

caixa de carga em apenas uma pegada”, conclui Thais.<br />

so, Mato Grosso do Sul, and Pará. In addition, FEX has gone even<br />

further and also serves clients in other Latin American countries,<br />

mainly Uruguay, Paraguay, Chile, and Argentina.<br />

For the Director, FEX’s biggest differentiator, apart from the<br />

excellence of its products, is the proximity that customers have<br />

with senior management, which always allows for agility when it<br />

comes to making adjustments and improvements to customers’<br />

operating systems. “We are, after all, a company that develops<br />

tailor-made solutions for our customers’ operating needs,” says<br />

Ribas.<br />

Given all this, FEX, as well as the trucks where its products are<br />

always present, never stops. The Company presents new products<br />

on a weekly basis, supplying customers with made-to-measure<br />

spare parts according to demand and need, with the main focus<br />

at the moment being on protection and adaptation kits for forest<br />

planting and harvesting machines, protection beams for chassis<br />

against loading and unloading cranes. “We have a beam in the<br />

final testing phase with one of Brazil’s largest haulers. This product<br />

is being developed to protect the chassis in unloading operations<br />

with Kalmar-type grabs that remove the logs from the cargo box<br />

in just one grip,” concludes Ribas.<br />

Somos, afinal, uma empresa<br />

que desenvolve soluções sob<br />

medida para as necessidades<br />

dos nossos clientes em suas<br />

operações<br />

Thais Ribas, diretora da FEX<br />

Maio 2024<br />

57


CELEBRAÇÃO<br />

<strong>Florestal</strong><br />

EM FESTA<br />

Fotos: divulgação<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


Associação celebra 10 anos<br />

de valorização e defesa do<br />

segmento florestal nacional<br />

N<br />

o dia 15 de abril, a IBÁ (Indústria Brasileira de<br />

Árvores) completou 10 anos desde que foi criada<br />

com uma importante missão: representar o<br />

setor de árvores cultivadas para fins industriais.<br />

Em uma década, a entidade ajudou a aproximar<br />

essa indústria da população e de instâncias decisórias, além<br />

de ter dobrado a presença do segmento no mundo. A data foi<br />

celebrada em uma cerimônia no dia 8 de abril, que contou com<br />

a presença de CEOs, executivos e colaboradores que foram fundamentais<br />

nessa trajetória. O objetivo da criação da IBÁ, ainda<br />

em 2014, foi agrupar sob um mesmo guarda-chuva as diversas<br />

entidades que representavam até então as empresas que plantam<br />

árvores para fins industriais. No caso, a ABIPA (Associação<br />

Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira), a ABIPLAR<br />

(Associação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alta<br />

Resistência), a ABRAF (Associação Brasileira dos Produtores de<br />

Florestas Plantadas) e a BRACELPA (Associação Brasileira de<br />

Celulose e Papel).<br />

O projeto não só foi bem sucedido, como superou as expectativas.<br />

Em movimento inovador, a IBÁ ainda trouxe para perto<br />

as associações estaduais representativas do setor, como a ABAF<br />

(Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), a ACR (Associação<br />

Catarinense de Empresas Florestais), a AGEFLOR (Associação<br />

Gaúcha de Empresas Florestais), a AMIF (Associação<br />

Mineira da Indústria <strong>Florestal</strong>), a APRE (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), a AREFLORESTA (Associação<br />

dos Reflorestadores de Mato Grosso), a CEDAGRO (Centro de<br />

Desenvolvimento do Agronegócio), a Florestar (Associação Paulista<br />

de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas<br />

Plantadas) e a Reflore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense<br />

de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas). Mais<br />

recentemente, a entidade passou a compartilhar o mesmo espaço<br />

com a EMPAPEL (Associação Brasileira de Embalagens em<br />

Papel) e com a ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose<br />

e Papel), fortalecendo assim seu ecossistema e unificando a voz<br />

do setor.<br />

Paulo Hartung, presidente da IBÁ, destaca a participação<br />

fundamental de todas as associadas e de todas as pessoas que<br />

participaram desse processo. São colaboradores, executivos,<br />

academia, entidades parceiras, membros de nossos comitês e<br />

conselhos Consultivo. “Em 10 anos, nos tornamos os maiores<br />

exportadores de celulose e os segundos maiores produtores,<br />

atrás apenas dos EUA (Estados Unidos da América). Não satisfeitos,<br />

continuamos nos renovando, investindo em novas<br />

Maio 2024<br />

59


CELEBRAÇÃO<br />

fábricas e em tecnologias que atendam à demanda mundial de<br />

cuidado com o meio ambiente. Unidos, elevamos nossa voz no<br />

mercado”, ressalta Paulo.<br />

A indústria de árvores cultivadas planta, colhe e replanta<br />

árvores para fins industriais em 9,94 milhões de ha (hectares).<br />

São 1,8 milhão de árvores plantadas por dia. Ponto fora da curva<br />

no uso da terra, conserva outros 6,73 milhões de ha de mata<br />

nativa, uma área maior que o Estado do Rio de Janeiro.<br />

As árvores prestam valioso serviço ecossistêmico ao estocarem<br />

gás carbônico, um dos principais causadores do GEE (gases<br />

do efeito estufa). O setor está ainda a caminho da autossuficiência<br />

energética a partir de biomassa florestal, avançando na<br />

descarbonização da cadeia produtiva. Tudo ao mesmo tempo<br />

em que entrega produtos renováveis, biodegradáveis e recicláveis,<br />

que substituem itens de origem fóssil.<br />

A indústria ainda realiza investimentos constantes em sua<br />

expansão e desenvolvimento, abrindo uma fábrica a cada um<br />

ano e meio. Nos últimos 10 anos, adicionou à força de trabalho<br />

mais de 700 mil trabalhadores diretos e indiretos. A carteira de<br />

investimentos atual alcança R$ 67,4 bilhões, recursos que são<br />

destinados a novas plantas, expansão das áreas cultivadas, pesquisa,<br />

desenvolvimento e inovação.<br />

HOMENAGENS<br />

Na cerimônia do dia 8 de abril, foram homenageadas três<br />

personalidades fundamentais para a criação da IBÁ: José Luciano<br />

Duarte Penido, Carlos Aguiar e Salo Davi Seibel. Nomes que<br />

contribuíram significativamente para o estabelecimento e desenvolvimento<br />

da entidade. Cada um deles recebeu um troféu,<br />

uma obra da Ana Paula Castro, feita com madeira proveniente<br />

de árvores cultivadas, em que os bioprodutos da indústria foram<br />

talhados formando o mapa do Brasil.<br />

“O maior trabalho que tivemos nos últimos dias foi definir<br />

algumas homenagens que significassem esses dez anos de<br />

caminhada. Você acaba não sendo justo, porque é uma obra<br />

coletiva, e não individual. Celebrar a participação de vocês três<br />

é celebrar a participação de muita gente”, valorizou Paulo.<br />

Em nome dos três homenageados, José Luciano Duarte Penido<br />

fez um agradecimento emotivo e exaltou as ações da IBÁ<br />

para o setor florestal. “Estou muito emocionado de estar junto<br />

com Carlos e Salo recebendo essa homenagem, como um dos<br />

três representantes de todo um setor que planejou elevar sua<br />

voz, se juntar para ser ouvido e mostrar à sociedade as coisas<br />

boas que faz. O futuro que desejamos para o mundo está na<br />

nossa indústria. Somos parte da solução”, enalteceu José.<br />

Não satisfeitos, continuamos<br />

nos renovando, investindo<br />

em novas fábricas e em<br />

tecnologias que atendam à<br />

demanda mundial de cuidado<br />

com o meio ambiente. Unidos,<br />

elevamos nossa voz no<br />

mercado<br />

Paulo Hartung, presidente da IBÁ<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


GENÉTICA<br />

A importância da genética<br />

na implantação de florestas<br />

MULTIUSOS<br />

Autor: Laurindo Salante,<br />

diretor da Planflora Mudas Florestais<br />

Fotos: divulgação<br />

Afloresta multiusos tem por finalidade produzir<br />

madeira de qualidade para a industrialização de<br />

móveis, esquadrias, portas, molduras, painéis, compensados,<br />

lambris e outros usos. Para obtenção de<br />

bons produtos e um alto índice de aproveitamento<br />

da madeira na industrialização, a escolha da genética melhorada<br />

para esta finalidade de uso é fundamental. Genética melhorada<br />

é genética validada em suas propriedades físico mecânicas, em<br />

conformidade com as normas da ABNT (Associação Brasileira de<br />

Normas Técnicas). Cada uma dessas Propriedades Tecnológicas<br />

tem sua importância na seleção da melhor genética para áreas<br />

de produção. Entre as mais relevantes estão:<br />

1) O baixo coeficiente de Retração Volumétrica que assegura<br />

uma boa estabilidade dimensional às peças de madeira;<br />

2) A resistência ao cisalhamento, importante devido ao baixo<br />

índice de rachaduras de toras, tábuas e lâminas, e à fixação de<br />

peças de madeira com pregos, grampos e parafusos;<br />

3) A de Resistência a flexão e compressão devem atender as<br />

especificações técnicas de cada produto industrializado.<br />

Após certificar-se da credibilidade da genética quanto às propriedades<br />

tecnológicas, é necessário saber se a cultivar se adapta<br />

à região onde será implantada. Deve-se observar a distribuição<br />

pluviométrica, a amplitude térmica, e no Sul, as temperaturas<br />

mínimas e rigor das geadas.<br />

Na implantação de florestas multiusos, espaçamentos mais<br />

amplos garantem melhores resultados. Podem variar de 3m x<br />

3m (metros), 3,5m x 3,5m, 4m x 4m, e até 5m x 5m em projetos<br />

silvipastoris. Mesmo em maiores espaçamentos, haverá a necessidade<br />

de realização de desbastes para maximizar a produtividade<br />

da floresta e obter toras de bom diâmetro para um melhor<br />

rendimento na indústria. É de fundamental importância a realização<br />

das desramas de acordo com o desenvolvimento da floresta,<br />

para agregação de valor em madeira clear.<br />

Uma genética adequada, aliada a uma boa silvicultura e a um<br />

bom manejo, consolidam uma excelente agregação de valor em<br />

uma floresta multiusos. E sim, a boa silvicultura através do manejo<br />

e práticas adequadas são essenciais para extrair os melhores<br />

resultados ao final da cultura. Esses dois fatores caminham juntos<br />

e se bem aplicados dão resultados ainda mais expressivos.<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL<br />

Florestas<br />

DO FUTURO<br />

Metodologia com inteligência artificial<br />

identifica espécies florestais de valor<br />

comercial através do uso de drones<br />

Fotos: divulgação<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


O<br />

Netflora, metodologia desenvolvida pela Embrapa<br />

(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),<br />

reúne um conjunto de algoritmos<br />

treinados com IA (inteligência artificial) para<br />

reconhecer espécies florestais. Realizado com<br />

base em características botânicas, disponíveis em um banco<br />

de dados, esse aprendizado permite identificar árvores de interesse<br />

comercial e indicar a sua localização exata na floresta.<br />

Espécies como castanheira, cumaru-ferro, açaí e cedro são<br />

reconhecidas com índices de acerto de 95%, resultado que reduz<br />

custos de produção e torna mais sustentável o manejo de<br />

florestas na Amazônia.<br />

De acordo com o pesquisador da Embrapa Acre, Evandro<br />

Orfanó, um dos coordenadores desses estudos, o Netflora<br />

confere maior automação ao planejamento da atividade florestal<br />

e aumenta a precisão e eficiência na execução de planos<br />

de manejo. “Uma vez treinado e especializado, o algoritmo<br />

também fornece métricas, como diâmetro e área de copa,<br />

que possibilitam estimar, por meio de equações alométricas<br />

(que relacionam formas e tamanhos), o volume de madeira de<br />

cada árvore. Essas ferramentas tecnológicas contribuem para<br />

o aumento da produção florestal com conservação ambiental”,<br />

garante Evandro.<br />

As pesquisas para viabilizar o uso de inteligência artificial<br />

no setor florestal são desenvolvidas pela Embrapa desde 2015<br />

e contemplam diferentes aspectos da atividade. Na fase atual,<br />

os estudos acontecem por meio do projeto geotecnologias<br />

aplicadas à automação florestal e espacialização dos estoques<br />

de carbono em uso nativo e modificado da terra na Amazônia<br />

Ocidental, executado no Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará<br />

e Amazonas.<br />

A adoção dessas tecnologias implica investimentos em<br />

computadores, drones, baterias e estrutura adequada de escritório.<br />

Segundo Evandro, esse gasto inicial é compensado pela<br />

redução drástica nos custos de produção, especialmente na<br />

etapa do inventário florestal. Para se ter uma ideia, no levantamento<br />

tradicional de espécies, com equipes em campo, um<br />

hectare de floresta mapeado tem custo estimado entre R$ 100<br />

e R$ 140, enquanto com a metodologia Netflora esse valor cai<br />

para R$ 4 a R$ 6. O pesquisador enfatiza que essa redução é<br />

proporcionada pela agilidade na obtenção e processamento de<br />

informações sobre a área a ser manejada. “Uma empresa florestal<br />

que utiliza o manejo tradicional consegue mapear até 10<br />

mil ha (hectares) de floresta por ano. Com o uso de IA, o ganho<br />

em capacidade operacional pode saltar para até 1 milhão de ha<br />

no mesmo período”, acrescenta Evandro.<br />

RESULTADOS VALIDADOS<br />

Para construir o banco de dados de treinamento de algoritmos,<br />

foram mapeados mais de 40 mil ha de floresta, em 37<br />

sítios (áreas) do Acre, Rondônia e sul do Amazonas, com uso<br />

de drones. Em 2 anos de estudo foram realizados cerca de mil<br />

planos de voos e cada um gerou, aproximadamente, 300 imagens<br />

aéreas, que foram tratadas e transformadas em ortofotos<br />

(imagens georreferenciadas e de alta resolução). Com base na<br />

gama de informações contidas nas ortofotos foram treinados<br />

nove algoritmos, com finalidades e performances de acerto<br />

distintas. “Temos algoritmos que reconhecem uma única espécie<br />

florestal, outros têm capacidade para identificar diferentes<br />

grupos ou as principais árvores madeireiras e não madeireiras<br />

do Acre e outras localidades da Amazônia. Alguns algoritmos<br />

já alcançaram alta performance, mas esse aprendizado será<br />

contínuo”, salienta Evandro. O pesquisador estima que a meta<br />

de mapeamento do projeto é 80 mil ha de floresta, com inserção<br />

de novas áreas de interesse comercial na Amazônia, para<br />

ampliar a construção do banco de dados. Ainda de acordo com<br />

o especialista, na medida em que aumentar o conhecimento<br />

sobre a floresta, será possível intensificar o aprendizado dos<br />

algoritmos treinados e habilitar novos algoritmos, por grupo de<br />

espécies, conforme demandas regionais.<br />

APRENDIZAGEM DOS ALGORITMOS<br />

As imagens aéreas coletadas no trabalho de pesquisa são<br />

processadas e transformadas em ortofotos no Laboratório de<br />

Geotecnologias da Embrapa Acre. A partir das informações das<br />

ortofotos, o treinamento dos algoritmos ocorre por meio de<br />

uma rede neural artificial (método de inteligência artificial que<br />

ensina computadores a processar dados de uma forma inspirada<br />

pelo cérebro humano), composta por filtros, que extraem<br />

dessas imagens de alta resolução, informações relevantes do<br />

objeto de interesse e apresenta ao algoritmo.<br />

O engenheiro florestal Mauro Alessandro Karasinski, doutorando<br />

na UFPR (Universidade Federal do Paraná) e membro da<br />

equipe de criação do Netflora, explica que durante o aprendizado<br />

o algoritmo aprende padrões de copa das árvores (formato,<br />

tamanho, borda, textura e intensidade de cores das folhas de<br />

acordo com a época do ano) e organiza essas informações para<br />

reconhecer as características aprendidas, em imagens de novas<br />

áreas mapeadas. Essa prática é conhecida como predição, ou<br />

seja, a capacidade do algoritmo de IA prever e estimar a localização<br />

de um objeto-alvo e determinar o tipo de classe a que<br />

Maio 2024<br />

65


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL<br />

pertence. “Como resultado do aprendizado, é disponibilizado<br />

um shapefile (arquivo vetorial com a identificação e localização<br />

de cada espécie e indicação do grau de certeza), que permite<br />

elaborar o inventário florestal com o número de árvores existentes,<br />

por classe ou gênero e outras informações das espécies<br />

e da área mapeada”, aponta Mauro.<br />

POTENCIAL DE USO<br />

Cada algoritmo do Netflora possibilita incontáveis combinações<br />

de treinamento. Além de conferir maior agilidade à etapa<br />

de inventário florestal, a metodologia pode fornecer informações<br />

para estimar a produção e aperfeiçoar técnicas em planos<br />

de manejo e contribuir para ajustar estratégias de colheita<br />

para espécies não madeireiras. Outra classe de algoritmos será<br />

capaz de reconhecer pilhas de toras, madeira serrada e clareiras<br />

abertas por evento climático ou provocadas pelo homem,<br />

entre outras ações no ambiente florestal. “Também estão em<br />

treinamento algoritmos aptos a estabelecer correlações entre<br />

aspectos da morfologia de copa das árvores com estoques de<br />

carbono na floresta. Esse conhecimento poderá auxiliar nas<br />

avaliações sobre os efeitos das mudanças climáticas na dinâmica<br />

de clareiras naturais”, comenta Evandro.<br />

Para Andreia Azevedo, diretora do Fundo JBS pela Amazônia,<br />

ainda existe pouca orientação na exploração sustentável de<br />

produtos florestais e as tecnologias com IA podem contribuir<br />

para a melhoria da gestão do manejo de florestas e conservação<br />

da Amazônia. “A metodologia Netflora vai possibilitar um<br />

avanço no planejamento e coleta de dados precisos em grandes<br />

áreas manejadas. Um sistema de manejo eficiente torna<br />

a atividade florestal mais produtiva, reduz impactos sobre os<br />

ecossistemas e facilita a vida dos extrativistas e outros atores<br />

envolvidos com o setor”, salienta Evandro.<br />

O uso da metodologia não demanda conhecimentos especializados;<br />

entretanto, a partir do seu lançamento, o passo a<br />

passo para sua adoção poderá ser conferido no curso Netflora<br />

na Prática: Guia para detecção de espécies florestais a partir de<br />

imagens de drones e inteligência artificial, de acesso gratuito,<br />

na plataforma e-campo, ambiente de aprendizagem virtual da<br />

Embrapa. Para mais informações sobre como utilizar os algoritmos<br />

treinados, acesse a página do Netflora.<br />

DIA DE FESTA<br />

As duas primeiras versões dos algoritmos treinados foram<br />

lançadas em 25 de abril de 2024, durante as comemorações do<br />

aniversário de 51 anos da Embrapa. Um algoritmo tem capacidade<br />

para reconhecimento do açaí solteiro (Euterpe precatoria<br />

Mart.) nas fases produtiva (com cachos) e não produtiva, no<br />

Acre. O outro, além do açaí solteiro, é capaz de reconhecer<br />

mais nove espécies de palmeiras da Amazônia (paxiúba, buriti,<br />

jaci, ouricuri, murmuru, tucumã, inajá, patauá e bacaba).<br />

Até fevereiro de 2025, serão disponibilizados outros sete<br />

algoritmos, com capacidade para identificar espécies madeireiras<br />

e não madeireiras, em diferentes localidades amazônicas.<br />

A agenda de lançamentos também inclui algoritmos para o<br />

reconhecimento de espécies em sistemas agroflorestais e para<br />

a atividade de monitoramento ambiental.<br />

COMO UTILIZAR A METODOLOGIA<br />

De livre acesso, o Netflora está disponível no repositório<br />

do GitHub e pode ser facilmente executado por meio de um<br />

notebook colab simplificado (plataforma colaborativa aberta<br />

e gratuita, hospedada na nuvem do google). A metodologia é<br />

dirigida a empresas do setor florestal, profissionais de instituições<br />

de ensino superior, associações agroextrativistas e órgãos<br />

ambientais que demandam informações sobre inventário florestal<br />

e monitoramento pericial de ecossistemas florestais na<br />

Amazônia, entre outros públicos.<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


COMPOSTAGEM<br />

A silvicultura no tratamento<br />

dos resíduos gerados após a<br />

COMPOSTAGEM<br />

Por José Luiz Tomita, consultor ambiental<br />

O uso de adubação orgânica promove o caminho para<br />

o produtor diminuir custos e proteger o meio ambiente<br />

Fotos: divulgação<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


Podemos afirmar que a silvicultura é a ciência<br />

do cultivo de florestas. Atualmente é composta<br />

de florestas plantadas para extração de<br />

matérias-primas. A atividade fornece mais de<br />

5 mil produtos e subprodutos segundo o Relatório<br />

202 da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), entidade<br />

que representa o setor.<br />

Podemos enumerar algumas utilizações do setor como<br />

a extração de resinas, essências e óleos essenciais que<br />

são aplicados em diferentes segmentos industriais desde<br />

o setor de alimentos e as farmacêuticas. As árvores ainda<br />

fornecem fibras para fabricação de tecidos sintéticos, são<br />

fontes de energia renovável por meio de biomassa e do<br />

carvão vegetal.<br />

A silvicultura atualmente trabalha com o manejo de<br />

florestas plantadas para extração, evitando o desmatamento<br />

de árvores nativas. As indústrias florestais são uma<br />

atividade sustentável, na medida em que contribuem na<br />

preservação do solo e das nascentes e reduzindo GEE (gases<br />

do efeito estufa).<br />

Um dos aspectos do manejo florestal representa a<br />

adubação no plantio. A adubação consiste em aumentar<br />

a disponibilidade de nutrientes, principalmente na fase<br />

inicial de desenvolvimento da floresta em geral corrigindo<br />

deficiências minerais do solo ou na planta. Essas correções<br />

minerais são responsáveis pelo crescimento das árvores<br />

e o equilíbrio do desenvolvimento das florestas junto ao<br />

ecossistema e sua sustentabilidade.<br />

O uso da adubação acarreta altos custos direto para o<br />

produtor e significando a compra de insumos e de mão de<br />

obra para aplicação destes insumos, e com isso os produtores<br />

na dúvida não fazem a adubação e correção de solo<br />

necessária no plantio florestal.<br />

Mas estudos apontam melhor crescimento produtivo<br />

em solos de boa qualidade e com as adubações e correções<br />

realizadas adequadamente.<br />

Atualmente a transformação de resíduos vegetais pela<br />

compostagem em ciclos de processos acelerados fornecem<br />

principalmente a condição de condicionadores de<br />

solo, corrigindo as condições físicas do solo com melhor<br />

permeabilidade e retenção de água, otimiza a disponibili-<br />

A prática da compostagem<br />

na silvicultura ainda não<br />

é uma prática comum por<br />

desconhecimento dos benefícios<br />

agronômicos, bem como das<br />

oportunidades econômicas dos<br />

produtos gerados<br />

Maio 2024<br />

69


COMPOSTAGEM<br />

zação dos mineiras existentes no solo disponibilizando os<br />

minerais com melhor assimilação pelas plantas. O uso do<br />

composto pode ser gerado pela oportunidade de fazer a<br />

compostagem com o seu próprio resíduo gerado no processo<br />

produtivo misturando ou não com outros resíduos<br />

bem como com a aquisição de compostos orgânicos disponíveis<br />

no mercado.<br />

Segundo Rocha (2014), a economia realizada na etapa<br />

de formação da floresta, em muitos casos, reflete-se<br />

em seu desenvolvimento, o que diminui a receita obtida,<br />

sendo importante a aquisição de material de qualidade<br />

(sementes, mudas e insumos) e adequado a finalidade e às<br />

condições do local que será implantada a floresta, mesmo<br />

que gere um custo maior de implantação da floresta.<br />

A prática da compostagem na silvicultura ainda não é<br />

uma prática comum por desconhecimento dos benefícios<br />

agronômicos, bem como das oportunidades econômicas<br />

dos produtos gerados. Apesar de existirem em muitas<br />

regiões o consumo dos resíduos vegetais da prática comercial<br />

da silvicultura é crescente a oportunidade econômica<br />

destes mesmos resíduos tratados na compostagem e vem<br />

crescendo de forma acelerada o interesse dos compostos<br />

ricos em carbono, fonte principal na silvicultura. Quando o<br />

produtor é o gerador dos resíduos vegetais é possível optar<br />

por manejos da compostagem laminar quando o solo é<br />

rico biologicamente e tem uma boa retenção de água. Essa<br />

prática com as condições adequadas pode gerar grandes<br />

impactos econômicos, além das vantagens ambientais.<br />

Ainda segundo Rocha (2014) não foram observadas<br />

grande alterações na disponibilidade de nutrientes do<br />

solo em função da decomposição dos resíduos florestais,<br />

pois logo que os nutrientes são disponibilizados, esses são<br />

rapidamente absorvidos pelas árvores, não modificando a<br />

fertilidade do solo.<br />

A oportunidade de utilizar práticas de transformação<br />

dos resíduos através da compostagem deve ser considerada<br />

uma oportunidade de valoração dos resíduos e uma<br />

oportunidade econômica com aspectos da economia circular.<br />

Pergunte ao Tomita<br />

A compostagem é um assunto que deve<br />

ganhar cada vez mais espaço em um mundo<br />

focado em sustentabilidade e voltado<br />

para a economia verde. Ficou com alguma<br />

dúvida sobre o tema? Então manda para o<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br, que o<br />

especialista irá te responder!<br />

Fontes:<br />

https://agro.estadao.com.br/summit-agro/o-que-e-silvicultura-conheca-o-cultivo-de-florestas-no-brasil<br />

https://www.ipef.br/publicacoes/acervohistorico/informacoestecnicas/a_importancia_da_adubacao_no_plantio_florestal.aspx<br />

Fonte: mestrado - José Henrique Tertulino Rocha , 2014, Esalq, Piracicaba<br />

Reflexos do manejo de resíduos florestais na produtividade, nutrição e fertilidade do solo em plantações de Eucalyptus grandis<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


INCÊNDIO<br />

Luta contra<br />

O FOGO<br />

Associação lança campanha de<br />

prevenção e combate a incêndios<br />

florestais no Mato Grosso do Sul<br />

Fotos: divulgação<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


Maio 2024 73


INCÊNDIO<br />

A<br />

Reflore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense<br />

de Produtores e Consumidores de<br />

Florestas Plantadas) e as empresas associadas,<br />

com parceria do Sistema Famasul<br />

(Federação da Agricultura e Pecuária de<br />

Mato Grosso do Sul) e Senar/MS (Serviço Nacional de<br />

Aprendizagem Rural), e apoio do Governo de Mato<br />

Grosso do Sul, Corpo de Bombeiros Militar e Ibama<br />

(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos<br />

Naturais Renováveis), realizam a 12ª Campanha de Prevenção<br />

e Combate a Incêndios.<br />

O setor florestal de Mato Grosso do Sul tem crescido<br />

a passos largos. Hoje, o Estado concentra cerca<br />

de 1,5 milhão de ha (hectares) de florestas plantadas<br />

de eucalipto, três linhas de produção de celulose em<br />

operação em Três Lagoas (e uma em construção em<br />

Ribas do Rio Pardo), além de indústria de ferro gusa, fábrica<br />

de MDF, entre outros. Um setor pujante, que tem<br />

transformado a vida de milhares de pessoas em Mato<br />

Grosso do Sul.<br />

Junior Ramires, presidente da Reflore (MS), comenta<br />

que a associação há 18 anos busca congregar, representar,<br />

promover e defender o setor de base florestal<br />

de MS, para tanto, realiza diversas ações e projetos, entre<br />

eles, a tradicional campanha de prevenção e combate<br />

a incêndios. “Com a campanha buscamos criar uma<br />

cultura permanente de prevenção; educar a sociedade<br />

sobre os malefícios sociais, ambientais e econômicos<br />

que os incêndios podem gerar; capacitar o agronegócio<br />

para o combate e; fomentar a união e cooperação entre<br />

indústrias, pequenos produtores, associações e sindicatos”,<br />

destaca Junior.<br />

Cada vez mais o setor tem se unido e se preparado.<br />

Hoje, muitas empresas deste segmento contam com<br />

brigadas de incêndios, profissionais capacitados para lidarem<br />

de forma rápida e eficaz em situações de risco e<br />

fazem monitoramento de focos por câmeras e sensores<br />

de fumaça, utilizando a tecnologia como uma grande<br />

aliada nesta luta.<br />

Marcelo Bertoni, presidente do Sistema Famasul,<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


explicou que a federação e o Senar (MS) atuam constantemente<br />

na orientação e capacitação do produtor e<br />

trabalhador rural na prevenção e combate aos incêndios.<br />

“Temos contato direto com mais de 9 mil produtores<br />

da assistência técnica e gerencial e só no ano passado<br />

tivemos mais de 50 turmas do curso que instrui<br />

esse combate aos focos. O produtor rural é o primeiro<br />

a chegar no fogo, antes mesmo dos Bombeiros, então<br />

é importante que todos estejam preparados”, ressalta<br />

Marcelo.<br />

SITUAÇÃO ATUAL<br />

Os incêndios têm diversas origens, incluindo fenômenos<br />

naturais, incidentes, expansão das áreas rurais<br />

e aspectos culturais como hábitos e comportamentos.<br />

Entretanto, o fator humano, em especial o analfabetismo<br />

ambiental, desempenha um papel significativo. Estudos<br />

indicam que a maioria dos incêndios é provocada<br />

por atividades humanas. Conforme dados divulgados<br />

pelo Comtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do<br />

Clima de Mato Grosso do Sul) e pelo Ibama, em 2023<br />

foram registrados 4.529 focos de calor no Estado.<br />

O produtor rural é o primeiro<br />

a chegar no fogo, antes<br />

mesmo dos Bombeiros,<br />

então é importante que<br />

todos estejam preparados<br />

Marcelo Bertoni, presidente do<br />

Sistema Famasul<br />

TOP OF MIND EM<br />

PLANEJAMENTO<br />

FLORESTAL<br />

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INCÊNDIO<br />

CONHECIMENTO E CAPACITAÇÃO<br />

O fogo é perigoso e pode gerar diversos malefícios:<br />

empobrece o solo, contamina o ar que respiramos,<br />

prejudica ecossistemas, representa perigo nas estradas<br />

devido à fumaça, pode levar a morte de animais e seres<br />

humanos, e gera prejuízos financeiros aos produtores.<br />

Por isso, a importância de sensibilizar tanto as comunidades<br />

rurais quanto as urbanas sobre medidas preventivas<br />

e de combate.<br />

Ações nas rodovias da costa leste: para orientar<br />

e informar as pessoas que trafegam pelas rodovias da<br />

costa leste de Mato Grosso do Sul foram instaladas diversas<br />

placas informativas (com contatos para casos de<br />

emergência). E, em 05 de junho, Dia Mundial do Meio<br />

Ambiente, a Reflore (MS) e profissionais das empresas<br />

associadas, farão uma blitz educativa, levando informações<br />

aos condutores de veículos em pontos estratégicos<br />

dessas rodovias, distribuindo panfletos e adesivos.<br />

Ações em canais de comunicação: serão realizadas<br />

veiculações informativas em estações de rádio, e um<br />

trabalho contínuo será feito nas redes sociais da Reflore<br />

(MS), das empresas associadas e dos parceiros da<br />

Com a campanha buscamos<br />

criar uma cultura permanente de<br />

prevenção; educar a sociedade<br />

sobre os malefícios sociais,<br />

ambientais e econômicos que os<br />

incêndios podem gerar; capacitar<br />

o agronegócio para o combate e;<br />

fomentar a união e cooperação<br />

entre indústrias, pequenos<br />

produtores, associações e<br />

sindicatos<br />

Junior Ramires, presidente<br />

da Reflore (MS)<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


campanha, com a divulgação de materiais educativos<br />

e vídeos virais com informações relevantes. E, pela<br />

primeira vez, neste ano a campanha contará com a parceria<br />

do influenciador digital Antonio Côrtes, que tem<br />

presença forte nas redes sociais.<br />

Ações nas escolas: um dos principais objetivos da<br />

campanha é levar conhecimento para as crianças, pois<br />

para a Reflore (MS) levar informações para os pequenos<br />

é plantar uma semente da cultura da prevenção nas<br />

gerações futuras. Estão previstas palestras educativas<br />

em escolas rurais e urbanas da costa leste do estado,<br />

que serão conduzidas por profissionais das empresas<br />

associadas.<br />

Treinamentos: junto a prevenção, também é preciso<br />

capacitar para o combate. Anualmente profissionais<br />

do setor são capacitados para agirem em casos de<br />

incêndios florestais. Em parceria com o Senar (MS) e o<br />

Corpo de Bombeiros Militar do Estado, serão realizados<br />

o treinamento de brigadas de incêndios e treinamento<br />

SCI (Sistema de Comando de Incidentes).


OPERAÇÃO<br />

Parceria<br />

FORTE<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

Evento em Santa Catarina<br />

celebra as trinta mil<br />

horas de operação de<br />

triturador florestal<br />

AVale do Tibagi se uniu a Vermeer para celebrar<br />

as trinta mil horas de operação do triturador<br />

hg 6000TX da empresa americana. A<br />

parceria entre as duas empresas já dura mais<br />

de 14 anos e desde o início da atividade da<br />

operação, a máquina continua produzindo em alto nível,<br />

parando apenas para manutenções preventivas e ajustes<br />

que garantem a funcionalidade do equipamento por mais<br />

tempo e com a mesma eficiência de quando começou a<br />

operar.<br />

Lais Malinowski, gerente de marketing da Vale do Tibagi,<br />

explica que a parceria entre as empresas é de longa<br />

data e que nem mesmo ela sabia da importância dessa<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


máquina para os negócios. “Esse triturador foi o primeiro<br />

a ser trazido pela Vermeer para o Brasil e desde então nós<br />

adquirimos novas máquinas e nos aproximamos ainda<br />

mais deles, pois é uma máquina que atende nossas demandas<br />

com excelência e temos um relacionamento muito<br />

bom com a empresa”, destacou Laís.<br />

Além disso, esse primeiro negócio abriu as portas para<br />

que as empresas e que o evento realizado na cidade de<br />

Três Barras (SC), fosse uma verdadeira celebração de bons<br />

amigos. “Temos uma jornada juntos, conhecemos muitos<br />

deles e eles de nós. Esses anos de trabalho juntos nos ajudaram<br />

a perceber que a forma com que eles enxergam o<br />

mercado e as atividades do dia a dia é muito semelhante<br />

à nossa e por isso nós vamos trabalhar cada vez mais para<br />

que as duas empresas continuem muito mais tempo como<br />

parceiras de negócios”, comentou Laís.<br />

O evento de celebração contou com mais de 50 pessoas<br />

que puderam festejar e reconhecer o sucesso do trabalho<br />

iniciado há quase 15 anos.<br />

Esse triturador foi o primeiro a ser<br />

trazido pela Vermeer para o Brasil e<br />

desde então nós adquirimos novas<br />

máquinas e nos aproximamos ainda<br />

mais deles, pois é uma máquina<br />

que atende nossas demandas com<br />

excelência e temos um relacionamento<br />

muito bom com a empresa<br />

Lais Malinowski, gerente de<br />

marketing da Vale do Tibagi<br />

Maio 2024<br />

79


PESQUISA<br />

EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO<br />

DE MADEIRA E A SELEÇÃO<br />

DE ESPÉCIES DE ÁRVORES<br />

BRASILEIRAS<br />

Fotos: divulgação<br />

RICARDO AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS<br />

UFMG (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS)<br />

SIMONE EVANGELISTA FONSECA<br />

UFMG<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


Maio 2024 81


PESQUISA<br />

RESUMO<br />

O<br />

estudo buscou analisar e selecionar<br />

espécies tropicais brasileiras com a<br />

maior eficiência produtiva. Utilizou-se<br />

a metodologia de DEA (Análise Envoltória<br />

de Dados) para mensurar o índice<br />

de eficiência relativa presente na relação produtiva do<br />

plantio e cultivo de espécies tropicais brasileiras usadas<br />

para produção de madeira serrada. Na pesquisa foram<br />

consideradas 18 espécies tropicais nativas do Brasil<br />

como: guanandi, cassia rosea, mogno, pau de ferro<br />

do sul, cedro, vassourão graudo, maria preta, canela<br />

guaicá, ângico gurucaia, barú, cajarana, aribá amarelo,<br />

amendoim, santa rita, ingá ferradura, louro pardo, faveira<br />

benguê e ângico branco. Variáveis técnicas publicadas<br />

pela Embrapa em comunicados, informações de<br />

espaçamento, fuste e DAP (Diâmetro a Altura do Peito)<br />

foram utilizadas para calcular a capacidade de transformação<br />

produtiva dos insumos em produtos de cada<br />

espécie. Guanandi, cassia rosea, mogno, pau de ferro<br />

do sul e cedro foram às espécies que alcançaram índices<br />

máximos de eficiência em relação à média dos anos<br />

analisados. Diante do exposto o trabalho contribui para<br />

a escolha ótima da espécie tropical que possui melhor<br />

produtividade madeireira.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Assegurar o acesso de recursos naturais às gerações<br />

futuras com desenvolvimento econômico requer<br />

constantes desafios. Preservar e conservar o meio<br />

ambiente tem suas ações estendidas às empresas e<br />

principalmente aos cidadãos. Não somente uma característica<br />

econômica, mas social, a qual cerne as autoridades<br />

públicas verificar e zelar pelo bem-estar comum<br />

à sociedade. O desenvolvimento sustentável assegura<br />

as necessidades e acesso aos recursos naturais do presente<br />

sem comprometer as necessidades e demandas<br />

às gerações futuras (Bursztyn et al., 1993; Brundtland e<br />

Comum, 1987).<br />

As barreiras impostas pelo progresso econômico<br />

e proteção ambiental devem deixar de existir como<br />

trade-off, em que seja possível a coexistência mútua<br />

para o desenvolvimento sustentável. Assim, alterações<br />

no consumo consciente individual das gerações atuais<br />

podem reduzir a demanda e postergar a exaustão dos<br />

recursos naturais em face às gerações futuras (Gomes,<br />

2014; Bursztyn et al., 1993; Martini, 1993). O crescimento<br />

econômico brasileiro é pautado pelo setor de<br />

agronegócio, o qual em 2016 cresceu 2,7% e representa<br />

23% dos R$ 6.188 trilhões do PIB (Produto Interno<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


Bruto - CNA, 2016). Dentre os recursos naturais produzidos<br />

e explorados no setor de agronegócios tem-se o<br />

setor florestal, o qual é composto por florestas nativas<br />

e plantadas para cunho de preservação e exploração<br />

comercial.<br />

O Brasil apresenta clima e solos favoráveis à silvicultura<br />

de florestas plantadas e ao manejo florestal. Em<br />

2015, o crescimento da área florestal brasileira plantada<br />

com fins comerciais foi 0,03% inferior à taxa mundial<br />

de 2,1%, ocupando o 9° lugar em relação a outros países,<br />

respondendo por 2,7% do plantio florestal mundial<br />

(Abraf, 2016). O setor florestal possui 7,8 milhões de<br />

hectares de árvores plantadas para a extração de madeira<br />

para fins industriais, correspondendo a 91% de<br />

toda produção nacional.<br />

Além da extração de madeira bruta, os demais<br />

derivados e subprodutos florestais estão presentes em<br />

produtos de beleza, medicamentos, alimentos, vestuários,<br />

construção civil, químicos e bens de capital como:<br />

mobiliário, maquinário, veículos, embarcações e aeronaves.<br />

O plantio de eucalipto e pinus para cunho industrial<br />

lideram com 71% e 20% das árvores plantadas,<br />

distribuídas nos Estados de Minas Gerais, São Paulo,<br />

Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. O segmento<br />

de papel e celulose, produtores independentes e<br />

Preservar e conservar o meio<br />

ambiente tem suas ações<br />

estendidas às empresas<br />

e principalmente aos<br />

cidadãos. Não somente uma<br />

característica econômica,<br />

mas social, a qual cerne as<br />

autoridades públicas verificar<br />

e zelar pelo bem-estar comum<br />

à sociedade<br />

Disco de corte para Feller<br />

Usinagem<br />

• Disco de Corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra,<br />

fabricado em aço de alta<br />

qualidade;<br />

• Discos com encaixe para<br />

utilização de até 20<br />

ferramentas, conforme<br />

diâmetro externo do disco;<br />

Caldeiraria<br />

• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

•Discos especiais;<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Soldagem<br />

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Maio 2024<br />

83


PESQUISA<br />

siderurgia a carvão vegetal representam juntos 77% da<br />

demanda de produtos florestais (IBÁ, 2016).<br />

O setor florestal brasileiro tem sido objeto de estudo<br />

em diversas pesquisas e estudos acadêmicos, o qual<br />

se tem buscado compreender a formação econômica,<br />

financeira e social da indústria. Esses estudos abrangem<br />

da estrutura setorial, ao plantio, a produção de madeira<br />

e derivados, estendendo à comercialização no mercado<br />

nacional e internacional de produtos florestais (Gomes,<br />

2014; Almeida et al., 2010a, 2007; Azevedo Calderon e<br />

Ângelo, 2007; Santos, 1986; Queiroz, 1983; Mercado,<br />

1980).<br />

Na literatura há estudos florestais que visam analisar<br />

a produção de madeira tropical como investimentos<br />

para pequenos e grandes produtores em sistemas<br />

agroflorestais e individuais de espécies meliaceae como<br />

mogno (Swietenia macrophylla), cedro (Cedrella fissilis),<br />

ipê (Tabebuia spp.) entre outros em diferentes Estados<br />

brasileiros (Ribeiro, 2017a, 2017b; Ribeiro et al., 2017a,<br />

2017b; Sanguino et al., 2011; Paula, 2013). O valor financeiro<br />

do metro cúbico bruto de madeiras tropicais<br />

no mercado internacional pode variar de US$ 72 à US$<br />

196 como é o caso do angelim vermelho e do ipê. Têm-<br />

Analisar as espécies do<br />

ponto de vista da eficiência<br />

produtiva, em que as<br />

espécies são comparadas<br />

entre si, suprem os<br />

investidores de informações<br />

para a tomada de decisão<br />

84 www.referenciaflorestal.com.br


-se maior valorização quando serrada e processada, em<br />

que metro cúbico varia de US$ 366 à US$ 877, conforme<br />

a ITTO (International Tropical Timber Organization<br />

- 2016).<br />

Contudo, tem-se a carência de pesquisas que<br />

estudem as espécies sistematicamente, analisando a<br />

eficiência e efetividade das madeiras tropicais. O objetivo<br />

de investimento no setor florestal como fonte<br />

de recursos financeiros compara as espécies em suas<br />

características, de cultivo como custos produtivos, área<br />

plantada, rentabilidade e às técnicas, ao crescimento/<br />

fuste, ao DAP e ao tempo para corte. Diferentes técnicas<br />

que avaliam a produtividade e a rentabilidade do<br />

investimento florestal. Analisar as espécies do ponto<br />

de vista da eficiência produtiva, em que as espécies são<br />

comparadas entre si, suprem os investidores de informações<br />

para a tomada de decisão.<br />

Esta é uma versão parcial deste<br />

artigo, o material completo pode<br />

ser acessado através do QR Code:<br />

https://ojs.revistagesec.org.br/<br />

secretariado/article/view/3523<br />

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AGENDA<br />

AGENDA 2024<br />

Florestas Tchê<br />

Data: 23 e 24<br />

Local: Porto Alegre (RS)<br />

Informações:<br />

https://www.florestastche.com.br/<br />

MAIO<br />

2024<br />

JUNHO<br />

2024<br />

JUN<br />

2024<br />

USO DE DRONES NA<br />

SILVICULTURA - II EDIÇÃO<br />

O workshop: Uso de Drones na Silvicultura; tem como<br />

público-alvo produtores rurais, engenheiros florestais e<br />

agrônomos, técnicos florestais e agrícolas, estudantes e<br />

profissionais das empresas filiadas ao PCMAF (Programa<br />

Cooperativo sobre Mecanização e Automação <strong>Florestal</strong>),<br />

PROTEF (Programa Cooperativo sobre Proteção <strong>Florestal</strong>) ou<br />

PTSM (Programa Cooperativo sobre Silvicultura e Manejo)<br />

do IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais). O objetivo<br />

do curso é apresentar e discutir inovações tecnológicas<br />

sobre o uso de drones na silvicultura, com destaque a eficiência<br />

e qualidade operacional, monitoramento e controle<br />

da sanidade dos plantios e mensuração florestal.<br />

Imagem: reprodução<br />

Uso de Drones na Silvicultura - II Edição<br />

Data: 5 e 6<br />

Local: Botucatu (SP)<br />

Informações: https://www.ipef.br/eventos/<br />

evento.aspx?id=552<br />

Imagem: reprodução<br />

Woodprocessing<br />

Data: 12 a 14<br />

Local: Lviv (Ucrânia)<br />

Informações:https://galexpo.com.ua/<br />

derevo/index_en.html<br />

JUNHO<br />

2024<br />

SET<br />

2024<br />

LIGNUM<br />

A Lignum Latin America é uma feira focada na transformação,<br />

beneficiamento, preservação, energia, biomassa,<br />

uso da madeira e manejo florestal. A cada edição<br />

apresenta soluções, lançamentos e tendências para o<br />

setor industrial madeireiro e florestal de forma estática<br />

e dinâmica. Na quarta edição, realizada em 2022, a<br />

Lignum Latin America reuniu 120 expositores e 8.298<br />

visitantes altamente qualificados, gerando vendas e<br />

prospecções.<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA 2024<br />

JULHO<br />

2024<br />

Demo Forest<br />

Data: 30 e 31<br />

Local: Bertrix (Bélgica)<br />

Informações:<br />

https://www.demoforest.be/en/<br />

AGOSTO<br />

2024<br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

Internationale Holzmesse<br />

Data: 28 a 31<br />

Local: Klagenfurt (Austria)<br />

Informações: https://www.<br />

kaerntnermessen.at/veranstaltungen/<br />

international-wood-fair/?lang=en<br />

INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

FLORESTAL<br />

INDUSTRIAL<br />

PRODUTOS<br />

BIOMAIS<br />

SETEMBRO<br />

2024<br />

CELULOSE<br />

Lignum<br />

Data: 17 a 19<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

Informações:<br />

https://lignumlatinamerica.com/<br />

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A IA e o futuro<br />

da gestão<br />

EMPRESARIAL<br />

Por Thiago Coutinho, formado em<br />

Engenharia de Produção, pósgraduado<br />

em estatística e mestre em<br />

administração pela Universidade Federal<br />

de Juiz de Fora. É fundador da Voitto,<br />

empresa especializada na formação de<br />

profissionais de alta performance.<br />

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Artificial vai impactar<br />

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administração da sua<br />

empresa<br />

N<br />

o cenário empresarial contemporâneo, a inteligência artificial<br />

e o futuro da gestão empresarial estão intrinsecamente<br />

ligados. A IA (Inteligência Artificial) está revolucionando o<br />

gerenciamento de negócios, introduzindo novos métodos e<br />

abordagens para operar. Ela proporciona às empresas uma<br />

capacidade sem precedentes de processar grandes volumes de dados, gerar<br />

insights valiosos e automatizar tarefas rotineiras.<br />

Essa revolução não se limita apenas à eficiência operacional. A IA e o<br />

futuro da gestão empresarial também estão remodelando estratégias de<br />

negócios. Com o auxílio da mesma, empresas estão descobrindo novas<br />

oportunidades de mercado e formas inovadoras de atender às necessidades<br />

dos clientes. O impacto se estende desde a cadeia de suprimentos até<br />

o relacionamento com o cliente, demonstrando o poder transformador da<br />

tecnologia.<br />

A adoção da IA no gerenciamento de negócios traz, ainda, o benefício<br />

de uma maior agilidade nas decisões empresariais. Com a capacidade de<br />

analisar grandes conjuntos de dados rapidamente, ela oferece aos gestores<br />

uma visão clara do panorama de negócios, permitindo reações rápidas e<br />

informadas aos desafios do mercado.<br />

Uso de chatbots e assistentes virtuais - Estas ferramentas proporcionam<br />

um atendimento mais rápido e com a capacidade de personalizar a interação<br />

conforme as necessidades específicas de cada cliente.<br />

Análise de dados e decisões estratégicas - A capacidade de processar<br />

e analisar grandes volumes de dados em tempo real, a IA oferece às empresas<br />

insights valiosos, que podem ser utilizados na tomada de decisões<br />

estratégicas. O resultado é uma vantagem competitiva significativa, pois as<br />

decisões baseadas em dados são, geralmente, mais precisas e eficazes.<br />

Utilização de algoritmos e análise de padrões - Utilizando algoritmos de<br />

aprendizado de máquina, as empresas podem analisar padrões de consumo<br />

e tendências de mercado para antecipar as necessidades dos clientes. Com<br />

a IA, as empresas conseguem ser mais proativas e menos reativas, adaptando-se<br />

rapidamente às mudanças do mercado.<br />

Como a IA promove a melhoria na eficiência empresarial?<br />

A adoção de tecnologias de IA está diretamente relacionada ao aumento<br />

da eficiência empresarial. A inteligência artificial permite que as empresas<br />

otimizem suas operações, reduzam custos e melhorem a qualidade dos<br />

seus produtos e serviços. Com sistemas de IA, processos que eram demorados<br />

e sujeitos a erros humanos podem ser executados de forma rápida e<br />

precisa. Essa eficiência se estende por toda a cadeia de valor, impactando<br />

desde a aquisição de matérias-primas até o atendimento ao cliente. A<br />

inteligência artificial também promove uma melhor alocação de recursos,<br />

garantindo que eles sejam utilizados da maneira mais eficaz possível.<br />

Tendo em vista o futuro empresarial, a inteligência artificial é um<br />

elemento chave para a competitividade no mercado atual. Empresas que<br />

adotam soluções de IA conseguem não apenas melhorar sua eficiência e reduzir<br />

custos, mas também inovar em seus produtos e serviços. Essa capacidade<br />

de inovação é fundamental para se destacar em um mercado globalizado<br />

e em constante mudança. A IA permite que as empresas identifiquem<br />

tendências emergentes, se adaptem rapidamente às mudanças do mercado<br />

e atendam às demandas dos consumidores de maneira mais efetiva. As IA´s<br />

também facilitam a entrada em novos mercados, oferecendo insights valiosos<br />

sobre diferentes segmentos de clientes e culturas empresariais.<br />

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