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Fhox Edição 204

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2020 · | 65

Já éramos sócias e amigas e tínhamos uma inquietação

devido à circunstância que temos

hoje de vermos as pessoas com acervos fotográficos

vulneráveis a perda, desorganizados,

pouco acessíveis e sem consciência do que a

fotografia digital vai exigir de nós para poder

ser transmitida às próximas gerações; pondo

em risco a permanência desses objetos. São

muito poucas as pessoas que já estão atentas

quanto a facilidade de fotografar e dificuldade

de manter essas fotos a longo prazo.

As fotografias digitais estão totalmente estabelecidas

no mundo atual, mas se tornaram

um amontoado de arquivos espalhados em diferentes

dispositivos e suportes: estão no notebook,

no celular, na nuvem, num chip antigo,

etc. Pensando que era preciso fazer algo para

mudar essa situação, começamos a estudar e

pesquisar soluções e aplicações práticas que

pudessem contribuir para reverter esse quadro.

Encontramos materiais, principalmente

dos Estados Unidos e Canadá, sobre organização

de fotos digitais pessoais. Eles nos ajudaram

muito, mas víamos que o que se oferecia

na prática para pessoas comuns, tinha

a ver com serviços exclusivos de organização

– onde alguém tinha acesso e organizava as

imagens.

Não era esse nosso foco. Não queríamos levar

a solução para poucas pessoas. Além da exclusividade,

nos incomodava o fato de que os

donos das imagens praticamente não participavam

desse processo o que leva a uma série

de problemas a nosso ver, por exemplo:

Uma das etapas mais

importantes para o sucesso

dessa organização

pessoal é o descarte de

imagens, isto é, excluir

fotos. Como outra pessoa

faz isso por você?

Não faz. Ou faz superficialmente

de forma que

não tem resultado a longo

prazo;

“São muito poucas as

pessoas que já estão

atentas quanto a

facilidade de fotografar

e dificuldade de manter

essas fotos a longo prazo”

É preciso pensar sobre

o número de fotos que se tem e o número

que se quer ter. Para que seu acervo seja funcional

e possa ser transmitido para as futuras

gerações, não pode ter um tamanho excessivo.

É preciso trabalhar com um número funcional.

Caso contrário, as fotos estarão todas

organizadas, mas serão inúteis.

É preciso formar uma consciência sobre

essa nova circunstância que a fotografia digital

nos proporciona. Ao mesmo tempo que é

ótimo, é acessível; ela vai exigir cuidados muito

diferentes de antigamente, com as fotos

analógicas, quando bastava uma caixa para

guardar os álbuns.

Esse cuidado precisa começar na hora do

clique.

O custo não está no fotografar, mas em

manter esse acervo.

Hoje, temos a impressão

que fotografar é de

graça; só que o custo está

em preservar. E quanto mais

imagens, maior será esse

gasto. Transmitir memórias

para as futuras gerações

será um privilégio de determinados

grupos sociais. Vimos

que era preciso iniciar

um movimento que incluísse

reflexão e ação e foi daí que

nasceu a Academia da Foto:

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