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n o <strong>170</strong><br />
ANO XV | DEZ / 2020<br />
4 ESPECIALISTAS<br />
APONTAM PERSPECTIVAS PARA<br />
A REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA<br />
PÁG. 18<br />
52 42 46<br />
SEMANA BALCONISTA<br />
AUTOMOTIVO<br />
Foram cinco lives, com a participação de 10<br />
profissionais de vendas, das regiões brasileiras,<br />
que mostraram a sua visão de mercado<br />
FAMÍLIA AUMARK S<br />
Lançamento: Os caminhões trazem<br />
atributos premium de conforto,<br />
desempenho e segurança e atenderão no<br />
Brasil os segmentos de leves e médios<br />
VAREJO EM EXPANSÃO<br />
Lojistas de autopeças mantêm planos<br />
de aberturas de novas filiais, ainda<br />
que o ano de 2020 tenha sido um<br />
tanto conturbado
4<br />
| EDITORIAL<br />
JORNAL BALCÃO AUTOMOTIVO Nº <strong>170</strong> | ANO XV | DEZEMBRO DE 2020<br />
REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA: ESPECIALISTAS FALAM<br />
DE SUAS EXPECTATIVAS PARA 2021<br />
Para este nosso último encontro de 2020, trazemos<br />
uma reportagem especial sobre as muitas incertezas e<br />
mudanças para o mercado, a começar pela forma de<br />
fazer negócios, já que a pandemia impôs o isolamento<br />
social. Fábricas foram fechadas ou passaram a operar em<br />
turnos reduzidos e a retomada já se mostra presente. O<br />
que esperar e como se preparar para as oportunidades<br />
que o próximo ano reserva ao setor?<br />
Para tanto, nossa equipe conversou com alguns<br />
especialistas do segmento automotivo, como: Ricardo<br />
Bacellar, sócio-líder do setor de Industrial Markets e<br />
Automotivo da KPMG no Brasil, Laurent Guerinaud,<br />
diretor Geral da GiPA do Brasil, Danilo Fraga, diretor<br />
de Inteligência de Mercado da Fraga Inteligência<br />
Automotiva, e do fundador da 2D Consultores<br />
Associados, Marco Flores, e traz o que eles pensam.<br />
Nesta edição uma matéria sobre o varejo em<br />
expansão. Mesmo que 2020 tenha sido um ano tão<br />
atípico e de muitas incertezas, muitos empresários<br />
do varejo de autopeças não engavetaram projetos e<br />
mantiveram seus planos de expansão. Também: Como<br />
os lojistas podem aproveitar desafios e oportunidades<br />
da pandemia de Covid-19? A sabedoria popular afirma<br />
que depois da tempestade sempre vem a bonança.<br />
Transformação digital no setor automotivo trouxe<br />
melhorias, em que o foco passou a ser no consumidor<br />
4.0 e se tornou um dos fatores prioritários para garantir a<br />
sobrevivência em tempos tão incertos. As perspectivas do<br />
varejo tradicional e o futuro do omnichannel, segundo o<br />
relatório da Manhattan Associates, desconstrói a recente<br />
mudança de paradigma trazida pela Covid-19.<br />
Para comemorar o Dia do Balconista de Autopeças,<br />
fizemos de 23 a 27/11 a 1ª Semana Balconista<br />
Automotivo. Foram cinco lives, cada uma delas contou<br />
com a participação de dois profissionais de vendas, que<br />
estão atrás do balcão, no telemarketing, no comércio<br />
eletrônico ou na consultoria comercial externa. E não<br />
deixe de ler também o artigo de Valtermário Rodrigues<br />
sobre “Estradas da vida.<br />
Ainda: Números da indústria automobilística têm em<br />
novembro seu melhor mês do ano; o artigo do colunista<br />
Fauzi Timaco Jorge, de título “O câmbio”; em Pesados<br />
& Comerciais, Foton lança no Brasil a Família Aumark S.<br />
Recentemente lançados na China, os caminhões<br />
trazem atributos premium de conforto, desempenho e<br />
segurança e atenderão no Brasil os segmentos de leves<br />
e médios.<br />
A todos, um feliz Natal e Ano Novo com muita saúde<br />
e prosperidade.<br />
Até o ano que vem!<br />
O EDITOR<br />
Jornal Balcão Automotivo é uma<br />
publicação mensal, dirigida aos<br />
profissionais automotivos e tem o<br />
objetivo de trazer referências ao<br />
mercado, para melhor conhecimento de<br />
seus profissionais e representantes.<br />
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6 |<br />
MERCADO<br />
| POR: KARIN FUCHS E SILVIO ROCHA | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
Josecar Itupeva (SP)<br />
Varejo em expansão<br />
Empresários mantêm planos de aberturas de novas lojas,<br />
ainda que o ano tenha sido um tanto conturbado<br />
Mesmo que 2020 tenha sido um ano tão atípico<br />
e de muitas incertezas, muitos empresários<br />
do varejo de autopeças não engavetaram<br />
projetos e mantiveram seus planos de expansão. Neste<br />
ano, o MercadoCar inaugurou mais uma loja e em 2021<br />
abrirá mais duas unidades, conforme conta o CEO da<br />
empresa, Rodrigo Carneiro.<br />
“Esta da loja Tito é a oitava. Além dela, na zona leste,<br />
o MercadoCar possui unidades no Tucuruvi, onde<br />
também fica a matriz, duas lojas na Barra Funda, sendo<br />
uma 24 horas e outra exclusiva para linha de veículos<br />
pesados, além de Aricanduva, Guarulhos, Santo Amaro<br />
e Santo André”, especifica.<br />
Sobre os fatores que têm levado à expansão, diz<br />
ele: “nós temos crescimento consistente e abertura de<br />
novas unidades é um processo de expansão planejado<br />
e bem estruturado de uma empresa que vai completar<br />
50 anos em 2021 e tem um modelo de negócio único”.
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
7 |<br />
MERCADO<br />
Para a abertura da loja Tito, Carneiro comenta que o<br />
mercado local e a frota circulante expressiva na região,<br />
chegando a 450 mil veículos, foram fatores decisivos.<br />
“E a possibilidade de ampliar o atendimento na zona<br />
leste da capital paulista, que já contava com a unidade<br />
Aricanduva. Buscamos oferecer sempre conforto,<br />
segurança, produtos de qualidade a um preço acessível<br />
e diversidade de itens, sejam peças ou acessórios. São<br />
mais de 130 mil itens”.<br />
Consolidação da marca<br />
Rodrigo Carneiro,<br />
CEO do MercadoCar<br />
O Grupo Josecar é composto por nove unidades,<br />
sendo cinco na cidade de São Paulo e as outras quatro<br />
Ricardo Carnevale,<br />
diretor Comercial da<br />
Josecar<br />
A loja do MercadoCar na Avenida Marechal Tito,<br />
zona leste paulistana, é a oitava do Grupo<br />
distribuídas estrategicamente nas cidades de Osasco,<br />
Jundiaí e Atibaia. Recentemente, inaugurou uma loja<br />
em Itupeva. Para abastecer essas unidades, o grupo tem<br />
um centro de distribuição próprio.<br />
Ricardo Carnevale, diretor Comercial, diz que os<br />
próximos passos são desenvolver e implementar<br />
processos de logística de abastecimento via centro<br />
de distribuição. “Para sanar e/ou melhorar a falta de<br />
mercadorias e até mesmo a perda de vendas. Com<br />
esses processos implementados, os resultados positivos<br />
poderão contribuir com as possibilidades de aberturas<br />
de novas unidades futuramente”.<br />
Ele conta que apesar de 2020 ter sido um ano difícil<br />
para todos, o Grupo Josecar conseguiu manter o plano<br />
de consolidação da marca, que foi desenvolvido há<br />
mais de 5 anos, com a abertura da loja de Itupeva. “Um<br />
dos fatores que vale mencionar foi o trabalho crucial<br />
de estoque saudável, como também adequação dos<br />
custos fixos da empresa”.<br />
Para finalizar, Carnevale coloca que o mercado de<br />
autopeças requer constante atuação em diversos<br />
aspectos. “Precisamos estar atentos ao posicionamento<br />
dos preços, qualidade dos produtos e prazos de entrega<br />
das nossas mercadorias, afinal, nossos clientes estão<br />
cada dia mais exigentes. Além disso, um dos pilares<br />
da Josecar é ser reconhecida como “Excelência em<br />
Atendimento”, pelos nossos clientes e fornecedores.<br />
Para isso, temos trabalhado fortemente e investido em<br />
tecnologia, treinamento e análise de mercado”.<br />
Conceito AutoZone<br />
Em oito anos no Brasil, a AutoZone já soma 44 lojas<br />
em 41 cidades no Estado de São Paulo. A primeira delas<br />
foi a de Sorocaba, em 2012, que se destacou por ser a<br />
loja de número 5.000 em nível mundial. E foi exatamente<br />
em Sorocaba que a AutoZone abriu mais uma unidade,<br />
no mês de novembro.<br />
Fundada em 1979 nos Estados Unidos, ela é a maior<br />
varejista de peças automotivas e acessórios do mercado<br />
norte-americano. Com o conceito faça você mesmo<br />
no segmento de peças e acessórios, o seu portfólio<br />
contempla mais de 20 mil itens. Os clientes também<br />
contam com especialistas no balcão, os chamados<br />
AutoZoners, na hora da compra.<br />
Além de peças originais, a AutoZone oferece uma<br />
série de serviços gratuitos, como teste e recarga de<br />
bateria, troca de lâmpadas e palhetas, dicas para revisão<br />
de férias, entre outros.<br />
Josecar abre sua nona loja: agora na cidade de Itupeva (SP)
8 |<br />
8<br />
MERCADO<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
“No geral, o pessoal está reclamando de falta de<br />
peças e de uma escalada no preço. Vamos ver se<br />
aos poucos conseguiremos abrir mais em volta para<br />
atender as solicitações. Fazer um caracol e aumentar a<br />
nossa atuação nas cidades vizinhas, atendendo-as pelas<br />
nossas lojas e pelo motoboy. É o delivery eletrônico no<br />
meio físico”.<br />
Loja da Rocha Auto Peças aberta neste ano na cidade de Araraquara (SP). No detalhe, o empresário do<br />
varejo, Roberto Rocha<br />
Cobrindo a região<br />
Em Cuiabá (MT), Silvano Ramalho, da <strong>Ed</strong>son<br />
Autopeças, tem como meta cobrir a região em que ele<br />
atua, a capital, com a abertura de mais três lojas nos<br />
AutoZone abre sua segunda loja na cidade de<br />
Sorocaba (SP) no mês de novembro. Em oito<br />
anos no Brasil, a AutoZone já soma 44 lojas em<br />
41 cidades no Estado<br />
próximos dois anos. Hoje, são quatro unidades. “Uma<br />
delas está prevista para o próximo ano. O mercado está<br />
crescendo muito, eu converso com vários empresários<br />
do ramo e ninguém está entendendo o que está<br />
acontecendo. Não sei se este será um ano de parâmetro<br />
para nós para os próximos anos, mas pelo tamanho da<br />
nossa frota, apostamos que o mercado crescerá muito”.<br />
Para ele, o que impulsiona o plano de expansão é<br />
estar próximo ao cliente. “Às vezes, a gente acha que<br />
está vendendo muito em uma determinada região, mas<br />
só depois que abrimos uma loja lá é que vemos o que é<br />
vender muito e o quanto o mercado é grande. O próprio<br />
cliente que está distante de nós e fazemos as entregas<br />
para eles, nos cobram uma loja próxima a ele”.<br />
Rocha também fala sobre a importância de estar<br />
próximo ao cliente. “O conserto do carro dos brasileiros<br />
é retroativo, ele só faz o serviço quando o carro para<br />
e ele quer a peça de imediato”. E compara o mercado<br />
de autopeças com o de eletrônicos. “Quem compra<br />
uma TV pelo comércio eletrônico não se importa em<br />
esperar pelo prazo de entrega, diferentemente do nosso<br />
mercado. No nosso segmento, a compra de itens pela<br />
internet não é emergencial, como por exemplo, do óleo<br />
que pode ser uma compra programada”.<br />
Ele acrescenta que mesmo assim nem sempre<br />
comprar pela internet é mais barato, pelo setor trabalhar<br />
com uma margem pequena. E aqui ele também compara<br />
com o setor de eletroeletrônicos. “Ele tem uma margem<br />
maior e paga uma comissão maior para o vendedor. Mas<br />
quando a venda é pela internet, por exemplo de uma<br />
televisão, não é necessário o vendedor, o próprio cliente<br />
busca o produto que deseja e a comissão que seria do<br />
vendedor pode ser repassada na forma de desconto<br />
para o cliente”.<br />
Também na sua região, Ramalho diz que muitos<br />
varejistas de autopeças estão crescendo. “Muitos estão<br />
crescendo aqui no Mato Grosso e nós temos uma grande<br />
vantagem por sermos Rede Âncora. Trabalhamos com<br />
estoque compartilhado entre as lojas e as indústrias dão<br />
mais preferência para a Rede Âncora pelo volume que<br />
ela tem, diferentemente de quem tem uma ou duas<br />
lojas pequenas”.<br />
Silvano Ramalho,<br />
da <strong>Ed</strong>son Autopeças<br />
Com seis lojas na região de Campinas (SP), Roberto<br />
Rocha, da Rocha Autopeças, informa que a meta é abrir<br />
pelo menos uma loja por ano. Para 2021, o objetivo é<br />
construir o prédio que abrigará a matriz, projeto que foi<br />
adiado neste ano pela falta de insumos e mão de obra. Já<br />
de imediato, a ideia é expandir a atuação considerando<br />
até as cidades vizinhas às suas unidades para atender<br />
uma carência de mercado.<br />
Loja <strong>Ed</strong>son Autopeças, de Coxipó, Cuiabá (MT)
10<br />
FIQUEPORDENTRO<br />
POR: REDAÇÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
YPF Brasil firma parceria<br />
com o projeto CBF Origens<br />
Apoiar o esporte brasileiro se tornou uma das marcas da YPF Brasil,<br />
empresa de energia e lubrificantes automotivos. Em parceria com o<br />
projeto CBF Origens (Confederação Brasileira de Futebol), a companhia<br />
passa a patrocinar as categorias sub 17 e sub 20 de campeonatos<br />
nacionais. O projeto CBF Origens desenvolve o futebol de base, algo que<br />
impulsiona a modalidade no Brasil. “Somos uma empresa de energia<br />
em expansão, o que nos possibilita apoiar atletas de base na trilha pelo<br />
sucesso no futebol”, reforça a gerente de Marketing e Comunicações da<br />
companhia, Giovanna Grassi.<br />
ZF AFTERMARKET apresenta<br />
Oficinas ZF [pro]Tech, a<br />
plataforma on-line para oficinas<br />
mecânicas<br />
A ZF Aftermarket apresenta ao mercado reparador uma nova solução em<br />
serviços por meio da Oficinas ZF [pro]Tech. Trata-se de uma nova plataforma<br />
on-line que oferece aos mecânicos informações sobre o portfólio de<br />
produtos da ZF Aftermarket, com embreagens, freios, direção, suspensão,<br />
transmissões, eixos e rolamentos. Além disso, oferece serviços e suporte<br />
aos negócios das oficinas, incluindo informações técnicas, administrativas,<br />
digitais, de marketing, mercado e networking. O Programa nasce com mais<br />
de duas mil oficinas e se estabelece como pioneiro e com o maior número de<br />
estabelecimentos deste tipo no Brasil.<br />
Revolução da lâmpada<br />
automotiva: OSRAM lança o<br />
primeiro LED retrofit para faróis<br />
COBREQ apresenta pastilha<br />
de freio cerâmica para linha<br />
leve que proporciona conforto,<br />
cuidado e estabilidade<br />
A Cobreq, marca da TMD Friction, uma empresa do grupo Nisshinbo,<br />
apresenta ao mercado a nova pastilha de freio Cobreq Cerâmica que<br />
atende veículos da linha leve, com foco em SUV’s, sedans médios e pickups,<br />
e chega trazendo inovação para o segmento automotivo. Elaborada com<br />
matérias-primas de alta qualidade para componentes cerâmicos, a peça<br />
garante a redução de ruído, menos pó nas rodas e uma frenagem livre<br />
de vibrações. Desenvolvida através de tecnologia avançada pela Cobreq,<br />
as pastilhas são ecológicas e apresentam diferenciais fundamentais e<br />
favoráveis para o dia a dia.<br />
Com o novo produto, a OSRAM, indústria número um em iluminação<br />
automotiva, é também a primeira a cumprir com os regulamentos de<br />
aprovação pela Autoridade Federal Alemã de Transporte Motor para<br />
oferecer uma substituição legal de lâmpadas LED em aplicações de<br />
faróis até o momento. Apesar de o produto ainda não estar disponível<br />
em território brasileiro, vale dizer que as lâmpadas são uma novidade<br />
absoluta em todo o mundo. Com as NIGHT BREAKER® LED, os motoristas<br />
se beneficiam de uma visão mais eficiente, com muito mais visibilidade<br />
nas estradas e nova experiência de condução dia e noite.
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
CLIQUE AQUI E LEIA ESTAS NOTAS NA ÍNTEGRA<br />
NO PORTAL JORNAL BALCÃO AUTOMOTIVO<br />
Linha de produtos MOBIL<br />
Super conta com a tecnologia<br />
API SP e ILSAC GF-6<br />
A MobilTM, marca líder em<br />
tecnologia para lubrificantes<br />
sintéticos no mundo, traz uma<br />
nova tecnologia em sua linha<br />
de produtos Mobil Super. Ao<br />
todo, três lubrificantes do<br />
portfólio contarão com a nova<br />
tecnologia ILSAC GF-6 e API SP:<br />
o Mobil Super Semissintético<br />
10W-40 passará a ter a norma<br />
API SP e os produtos Mobil<br />
Super Sintético 5W-30 D1 e<br />
Mobil Super Sintético 0W-20 D1<br />
contarão com as normas API SP<br />
e ILSAC GF-6. As novas normas<br />
estabelecem um novo padrão<br />
de qualidade, que apresenta<br />
diversos benefícios em relação às<br />
tecnologias anteriores.<br />
AUTOMEC 2021 tem nova da<br />
data e locação para acontecer<br />
A Automec será realizada em novembro de 2021 e não mais em<br />
abril, como era previsto anteriormente, segundo nova decisão da<br />
organizadora do evento, a Reed Exhibitions. Em comunicado divulgado<br />
na terça-feira, 8/12, a empresa informa que a alteração ocorre após uma<br />
reavaliação da situação atual da pandemia e o avanço da contaminação<br />
no Brasil e em São Paulo. Inicialmente, a 15ª edição seria realizada entre<br />
6 e 10 abril no São Paulo Expo. Com a transferência do evento para o<br />
período de 9 à 13 de novembro, o local também teve que ser alterado<br />
para o Expo Center Norte, que fica na zona norte da cidade.<br />
DRiV lançará pastilhas de<br />
freio Wagner® no mercado<br />
brasileiro<br />
A DRiV, detentora das marcas Monroe Amortecedores e Monroe<br />
Axios, ampliará sua presença no mercado brasileiro com o<br />
lançamento da marca Wagner® no mercado de reposição em<br />
2021. A empresa comercializará pastilhas de freio para diversas<br />
aplicações, com a qualidade e tradição de uma marca com 129<br />
anos de história. A Wagner® é líder nos Estados Unidos e tem<br />
presença no Canadá, China e México. Seu portfólio de produtos<br />
no mundo inclui demais componentes do sistema de freios, além<br />
de produtos para o sistema de iluminação de veículos.<br />
NSK celebra 50 anos de Brasil<br />
com ações para clientes e<br />
colaboradores<br />
A NSK, uma das líderes mundiais na fabricação de rolamentos, tecnologia linear<br />
e sistemas de direção, comemorou em novembro cinco décadas no Brasil,<br />
promovendo uma série de ações com colaboradores e clientes, marcando a<br />
nova fase com a campanha "NSK Brasil 50 anos. Uma bela história escrita em<br />
verde e amarelo". O tema é uma referência à abertura da fábrica de Suzano,<br />
em São Paulo, a primeira da empresa fora do Japão, mas também engloba<br />
toda a dedicação ao Brasil ao longo de meio século com peças e prestação de<br />
serviços que atendem aos mais diferentes mercados, do agro ao automotivo.
12<br />
FIQUEPORDENTRO<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
Comercial Automotiva realiza<br />
DP 4.0+ - Conexões que<br />
transformam<br />
Diretor da GiPA Laurent<br />
Guerinaud, com apoio da Rokim,<br />
conquista o título de CAMPEÃO<br />
DA FÓRMULA VEE 2020<br />
O piloto Laurent Guerinaud, diretor da GiPA do Brasil, se tornou<br />
campeão da Fórmula Vee no domingo 29/11, em Interlagos, em<br />
sua primeira temporada ao volante de um monoposto. Com isso,<br />
Guerinaud está agora ao lado de grandes nomes que triunfaram na<br />
categoria, como Emerson Fittipaldi (primeiro vencedor, em 1967),<br />
Nelson Piquet (pela Super V, em 1975) e o austríaco Niki Lauda, todos<br />
campeões também na Fórmula 1. “É uma grande honra para mim<br />
estar nesta galeria de grandes campeões, não apenas da Fórmula<br />
Vee, mas do automobilismo mundial”, afirma o francês, radicado no<br />
Brasil há mais de 10 anos.<br />
No dia 2 de dezembro, das 8h<br />
às 18h, a Comercial Automotiva<br />
–DPaschoal, DPK, AutoZ e KDP,<br />
promoveu um evento digital<br />
voltado para profissionais do<br />
setor automotivo, jornalistas e<br />
interessados na área. O DP 4.0+<br />
contou com uma programação<br />
completa de palestras com temas<br />
sobre tecnologia, inovação,<br />
tendências de consumo, mercado<br />
automotivo do futuro, entre outros.<br />
Além disso, o técnico de Voleibol<br />
Bernardinho palestrou no evento.<br />
Das 17h às 18h, Luis Norberto<br />
Pascoal, presidente da Companhia<br />
DPaschoal de Participações, e<br />
equipe concederam entrevista<br />
coletiva à imprensa.<br />
GATES CORPORATION<br />
torna-se novo Fornecedor<br />
de Dados da TecAlliance<br />
no Brasil<br />
A TecAlliance, uma das principais especialistas em dados que conectam<br />
o mercado de reposição digital, agora oferece aos seus clientes dados<br />
abrangentes e de alta qualidade da Gates Corporation. A fabricante<br />
global de peças automotivas deu um passo importante para<br />
impulsionar os dados digitais em formato estruturado, integrando<br />
seus dados de produtos no banco de dados mais importante, para<br />
identificação de veículos e peças de reposição, o TecDoc Catalogue.<br />
A implementação da solução PIM da TecAlliance “Carsource Catalog<br />
Utility” (CCU) também ajudará a Gates a otimizar seus processos de<br />
gerenciamento de catálogos.<br />
COFAP amplia catálogo de<br />
pastilhas de freios<br />
A Marelli Cofap Aftermarket, dona do maior portfólio de peças para<br />
a reposição, anuncia o lançamento de mais 19 códigos de pastilhas<br />
de freios com a marca Cofap. As novidades atendem veículos de<br />
marcas premium como Audi, BMW e Mercedes-Benz, entre outras.<br />
Componente indispensável para garantir a segurança dos ocupantes<br />
do carro, as pastilhas de freio nem sempre recebem a devida atenção<br />
do motorista. O desgaste da peça varia muito, dependendo da<br />
forma de como se dirige. Utilizar o recurso da “banguela” em veículos<br />
com câmbio manual, segurando o carro somente no freio, acelera o<br />
desgaste das pastilhas.
14 FIQUEPORDENTRO<br />
Nakata cria playlists no Spotify<br />
com vários gêneros musicais para<br />
harmonizar ambientes em lojas e<br />
oficinas<br />
VALVOLINE destaca dicas para<br />
a troca do óleo do veículo<br />
Evoluindo a atuação nos canais digitais, após lançar série com podcasts Feras<br />
da Venda para profissionais de vendas no Spotify e no SoundCloud, agora<br />
a Nakata, fabricante de autopeças líder em componentes de sistema para<br />
suspensão, abre o seu perfil de músicas no Spotify e oferece playlists para<br />
vários estilos musicais, garantindo um ambiente agradável aos clientes, seja<br />
na loja ou oficina, assim como em momentos de descontração e lazer. Para<br />
cada situação, há uma playlist, entre elas, músicas clássicas da MPB, pop<br />
nacional e internacional, clássicos do rock, blues, sertanejo, entre outras.<br />
O link para acessar a Nakata no Spotify Tudo Azul, Tudo Nakata é https://open.<br />
spotify.com/user/componentesnakata<br />
Mesmo que o veículo não tenha rodado a quilometragem indicada<br />
para troca, o óleo lubrificante tem validade e postergar a substituição<br />
pode ser prejudicial ao motor. A Valvoline, líder mundial na produção<br />
e venda de lubrificantes automotivos, comerciais e industriais, explica<br />
que, em condições normais, o ideal é seguir os intervalos de troca de<br />
óleo de acordo com as orientações do manual do fabricante do veículo,<br />
utilizar marca reconhecida e de qualidade e produto com as mesmas<br />
características e especificações indicadas para o tipo do motor.<br />
Amortecedores COFAP são<br />
referência para motos de média<br />
e alta cilindradas<br />
Líder absoluta no mercado de<br />
reposição de amortecedores, a<br />
marca Cofap também é referência<br />
nesse tipo de componente para<br />
motocicletas de média e alta<br />
cilindradas. São 18 códigos de<br />
amortecedores monoshock<br />
para veículos desse segmento<br />
que contemplam modelos das<br />
marcas Honda, Yamaha e Dafra.<br />
Os amortecedores monoshock<br />
são designados dessa maneira<br />
pelo fato de as motos utilizarem<br />
apenas uma peça, normalmente<br />
instalada inclinada, abaixo do banco,<br />
maior e mais resistente do que os<br />
amortecedores utilizados em motos<br />
de baixa cilindrada, na grande<br />
maioria dos casos, aos pares.<br />
IQA certifica Hyundai com Selo<br />
AutoRetorno<br />
O IQA – Instituto da Qualidade<br />
Automotiva – acaba de certificar<br />
a Hyundai Motor Brasil, instalada<br />
em Piracicaba (SP), com o Selo<br />
AutoRetorno IQA, que assegura<br />
a retomada da produção e<br />
demais atividades administrativas<br />
da montadora, com eficácia e<br />
garantia das operações, ao evitar a<br />
propagação do vírus da Covid-19, o<br />
absenteísmo e a perda da força de<br />
trabalho. A planta de Piracicaba da<br />
Hyundai Motor Brasil conquistou<br />
o Certificado AutoRetorno IQA,<br />
e demonstrou atendimento aos<br />
requisitos de certificação durante<br />
a auditoria realizada nas áreas<br />
administrativas e produtivas da<br />
montadora.
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
CLIQUE AQUI E LEIA ESTAS NOTAS NA ÍNTEGRA<br />
NO PORTAL JORNAL BALCÃO AUTOMOTIVO<br />
Kolbenschmidt (KS) recebe<br />
Ouro no Prêmio Sindirepa-RJ na<br />
categoria componentes motor<br />
A Kolbenschmidt (KS), marca<br />
premium que atende as principais<br />
montadoras no mundo e é<br />
comercializada pela divisão<br />
Motorservice, conquistou o<br />
primeiro lugar na categoria<br />
componentes motor, que<br />
contempla as linhas de produtos<br />
anel, pistão e bronzina no Prêmio<br />
Sindirepa-RJ, resultado de<br />
pesquisa realizada, entre julho e<br />
outubro, com 115 empresas de<br />
reparação de veículos do Estado<br />
do Rio de Janeiro, que avaliaram e<br />
elegeram as que mais destacaram<br />
em 2020 em 15 categorias. Com a<br />
conquista do prêmio, a empresa<br />
fecha o ano com a sensação de ter<br />
contribuído com o setor<br />
de reposição.<br />
Bridgestone é escolhida pela<br />
Lamborghini como fornecedora<br />
de pneus para o supercarro<br />
Huracán STO<br />
A Lamborghini escolheu a Bridgestone como fornecedora de pneus para o Lamborghini<br />
Huracán STO, um novo carro superesportivo previsto para ser lançado em 2021. A<br />
Bridgestone desenvolveu um pneu Potenza feito sob medida, de alto desempenho<br />
e capaz de maximizar a tração, a dirigibilidade, o controle e o desempenho geral<br />
excepcional do supercarro. A fusão perfeita de tecnologia e design. Os pneus Potenza<br />
da Bridgestone foram desenvolvidos especificamente para o supercarro Huracán STO da<br />
Lamborghini e são o resultado de uma nova colaboração entre dois líderes da indústria.<br />
UFI FILTERS AMÉRICAS<br />
promove nova organização<br />
do Aftermarket<br />
O Grupo UFI Filters decidiu dar maior autonomia de gestão às regiões,<br />
atribuindo o controle do comando do Aftermarket a cada Diretor de<br />
Operações (COO - Chief Operating Diretor) de cada área EMEA, APAC, ÍNDIA,<br />
AMÉRICAS. Portanto, a gestão do Aftermarket da UFI Filters Américas está<br />
agora sob a responsabilidade de Stefano Gava (1), diretor de Operações da<br />
UFI Filters Américas, e de Matt Tenbusch, nomeado diretor de Aftermarket<br />
dos EUA. Já para a América do Sul Pedro Henrique Almeida (2) é confirmado<br />
diretor do Aftermarket Brasil, respondendo a Eugenio Marianno (3), gerente<br />
Geral da UFI Filters Brasil.<br />
ARTEB alerta para os sinais<br />
de desgaste em faróis<br />
automotivos<br />
Os sistemas de iluminação automotiva são de grande importância<br />
para a segurança no trânsito, sendo o funcionamento adequado<br />
dependente de boas práticas de manutenção, incluindo a escolha<br />
criteriosa dos componentes quando substituições se tornam<br />
necessárias. A falta de cuidados, além de comprometer o desempenho<br />
dos faróis, infringe o Código de Trânsito Brasileiro. Segundo Carlos<br />
Moura, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da ARTEB, no<br />
caso dos faróis, um dos principais indícios de que há necessidade de<br />
troca reside na opacidade das lentes plásticas.<br />
(1) (2) (3)
16<br />
FIQUEPORDENTRO<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
MTE-THOMSON lança<br />
SENSOR TEST, equipamento<br />
para teste de Sonda Lambda!<br />
Com o objetivo de um diagnóstico mais preciso sobre um dos<br />
componentes mais importantes da Injeção Eletrônica, a Sonda Lambda,<br />
a MTE-THOMSON, em parceria com a Hybrid HeControls e a Tecnomotor,<br />
lança o SENSOR TEST. Este equipamento verifica o funcionamento tanto<br />
das Sondas Banda Estreita (Convencional e Planar) como das Sondas<br />
Banda Larga que equipam os veículos Flex e Diesel. O teste pode ser<br />
realizado tanto na bancada como também no veículo. Além disso o<br />
SENSOR TEST pode medir o Sensor de Temperatura e de Pressão do<br />
Escapamento (EGTS e EGPS), também fabricados pela MTE-THOMSON.<br />
Vendas de pneus<br />
apresentam queda de 2,8%<br />
em novembro e acumulam<br />
baixa de 14,7% em 2020<br />
Após indicar perda de força nos meses anteriores, as vendas totais<br />
da indústria nacional de pneus fecham novembro com 2,8% de<br />
queda. Com exceção do segmento de comercial leves, a baixa<br />
no resultado foi vista no setor como um todo, em especial no<br />
segmento de carga (-6,6%). Com isso, apesar de estar 1,3% acima<br />
das vendas apresentadas em novembro de 2019, o ano de 2020<br />
acumula 14,7% de queda para o setor. "Os resultados da indústria<br />
de pneumáticos refletem o período de retomada da demanda<br />
na economia. Os números mostram uma boa reação", afirma o<br />
presidente-executivo da ANIP, Klaus Curt Müller.<br />
Escola do Mecânico lança<br />
Curso Piloto de Manutenção<br />
para Veículos Híbridos e<br />
Elétricos<br />
O curso piloto teve carga horária de 24 horas, divididas pelos<br />
três dias, e abordou o que é necessário saber para fazer a<br />
manutenção correta em veículos híbridos e elétricos, como a<br />
atenção a algumas normas de segurança, que são elas: Utilizar<br />
luvas específicas da classe de isolamento zero; Sinalizar a<br />
região ao redor do veículo; Saber como identificar o circuito<br />
de alta tensão, de acordo com a padronização de cores para<br />
os cabeamentos e conectores; Conhecer as ferramentas<br />
que também precisam ser específicas para o reparo. Mais<br />
informações em www.escoladomecanico.com.br<br />
WEBMOTORS e Ipsos anunciam<br />
parceria em pesquisas para o<br />
setor automotivo<br />
A Webmotors acaba de anunciar uma parceria com a Ipsos, líder global<br />
em pesquisa e inteligência de mercado. As empresas somaram suas<br />
forças e expertise para fornecer ao público estudos e informações<br />
sobre o comportamento do consumidor durante a jornada de compra<br />
e venda de automóveis. Com objetivo de fornecer estudos relevantes<br />
especialmente para montadoras de veículos, as pesquisas feitas pela<br />
parceria fornecerão importantes dados sobre as razões que motivam<br />
a compra ou venda de carros, retorno financeiro, locais buscados,<br />
mobilidade e marcas, entre outros aspectos relevantes.
18 |<br />
CAPA<br />
18 CAPA | BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
ESPECIALISTAS APONTAM PERSPECTIVAS<br />
PARA A REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA<br />
Ao que tudo indica, o próximo ano será bastante promissor<br />
para o aftermarket e com uma frota reparável cada vez maior<br />
2020<br />
POR: KARIN FUCHS | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
Para este ano, a Fraga Inteligência Automotiva prevê<br />
um crescimento de 0,8% para o mercado de reposição,<br />
baseado em seu modelo econométrico, que reúne<br />
informações reais e previstas de diversas variáveis macro<br />
econômicas, tais como: crescimento do PIB, taxa de<br />
câmbio, inflação, confiança da indústria e do consumidor,<br />
aliado aos dados macroeconômicos.<br />
“Nós trazemos ao modelo variáveis micro que estão<br />
diretamente ligadas ao desempenho do mercado de<br />
reposição de autopeças, onde destaca-se a evolução<br />
real e prevista da frota circulante, distância percorrida,<br />
consumo de combustíveis, passagens nos pedágios e<br />
passagens médias nas oficinas mecânicas independentes”,<br />
diz Fraga.<br />
Danilo Fraga,<br />
diretor de Inteligência de Mercado da<br />
Fraga Inteligência Automotiva<br />
Para 2021, ele avalia que as vendas de veículos<br />
novos permanecerão abaixo do registrado em 2019<br />
e a recuperação desse mercado só ocorrerá a partir de<br />
2023. Em contrapartida, o total da frota reparável terá<br />
um crescimento de 1,13% em relação a 2020. “Esses<br />
indicadores e a recuperação das distâncias percorridas<br />
pelos veículos, em crescimento desde o mês de julho,<br />
nos indica que não haverá falta de serviços nas oficinas<br />
mecânicas no ano de 2021”.<br />
Hoje circulam no Brasil 47,05 milhões de veículos<br />
leves e pesados. Até 2025, ela atingirá a marca de 49,39<br />
milhões de autos em operação, crescimento de 4,94%<br />
no período. “Parte desses veículos em circulação está em
19<br />
CAPA | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
para cada vez mais utilizar os privados.<br />
O segundo vetor positivo é que a frota<br />
circulante reparável terá acréscimo neste<br />
ano e o terceiro extremamente relevante, o<br />
faturamento de toda a cadeia está diretamente<br />
proporcional ao número de frota reparável”.<br />
Com base em dados do Sindirepa, Flores<br />
comenta que o faturamento do setor como um<br />
todo pode ter um acréscimo de R$ 1,5 bilhão. “Em<br />
2019, o faturamento no segmento de reparadores foi<br />
de cerca de R$ 68 bilhões. Desse total, 30% são serviços<br />
e 70%, peças. O que as oficinas pagaram de peças para<br />
varejos e distribuidores é estimado em R$ 50 bilhões. Se<br />
a frota reparável era de aproximadamente 41 milhões de<br />
unidades, cada veículo consome em torno de R$ 1.250,00<br />
em peças/ano. Considerando que aproximadamente 1<br />
milhão de veículos entrarão no mercado de reposição,<br />
em 2021, o faturamento do setor será de cerca de R$ 1,5<br />
bilhão a mais que neste ano”.<br />
período de garantia. Se considerarmos somente os com<br />
mais de 4 anos de idade (fora do período de garantia) o<br />
total da frota “reparável” até o final deste ano será de 38,02<br />
milhões de veículos e de até 40,12 milhões, em 2025”.<br />
Com a queda no volume de vendas de veículos novos<br />
em decorrência da pandemia e crises econômicas, ela<br />
passa por um acelerado processo de envelhecimento.<br />
“Atualmente, os veículos leves em circulação possuem<br />
uma idade média de 10,5 anos, até o ano de 2025 essa<br />
categoria de veículos se manterá envelhecendo com<br />
a perspectiva de fechamento do ano em 11,2 anos. Os<br />
ônibus, por sua vez, sofrerão com um envelhecimento<br />
acelerado, passando dos atuais 15,7 anos para 16,8 anos.<br />
Já os caminhões representam a única categoria com certa<br />
estabilidade, saindo de 12,9 anos para 12,8 anos de idade”.<br />
Frota reparável<br />
Marco Flores começa por ilustrar a evolução da frota<br />
reparável. “Em 2010, a frota nacional era de cerca de 32<br />
milhões de veículos e 22 milhões era a reparável estimada,<br />
ou seja, menos de 72% da frota total. A previsão para o<br />
final deste ano é que a frota circulante chegue a quase<br />
46 milhões e a reparável, pouco mais de 42 milhões de<br />
Marco Flores,<br />
fundador da 2D Consultores<br />
Associados<br />
veículos, cerca de 93% tornaram-se frota reparável. Isso<br />
significa dizer que ela está envelhecendo, é a mais antiga<br />
dos últimos 18 anos, com idade média de 9,7 anos”.<br />
E ainda, o número de veículos a mais que entrará<br />
neste ano no mercado de reposição é estimado entre<br />
800 mil a 1 milhão de unidades. Entre os vetores positivos<br />
que independem da economia, ele destaca: “questões<br />
sanitárias, a objeção de quem utiliza transporte público<br />
Ricardo Bacellar cita como termômetro as vendas<br />
de veículos novos e seminovos, com base em dados<br />
da Fenauto. “O que percebemos com as conversas no<br />
mercado é que está todo mundo se reorganizando, o<br />
componente de ocupação com qualidade sanitária está<br />
gerando um impacto muito grande nas vendas. Tanto que<br />
em novembro tivemos um boom nas vendas de usados<br />
e seminovos, de pouco mais de 15% quando comparado<br />
ao mesmo mês de 2019. Isso confirma a tendência de o<br />
brasileiro voltar a ter interesse no carro usado e seminovo,<br />
que é mais barato”.<br />
Por outro lado, houve um decréscimo nas vendas<br />
quando comparado ao mês anterior. “Ficou praticamente<br />
no mesmo patamar, com uma diferença em torno de 4%,<br />
o que pode significar que podemos ter chegado em um<br />
platô. Ainda não temos os números de dezembro que<br />
são importantes, por causa do 13º salário, mas podemos<br />
ter chegado em um platô e isso tem que ser observado<br />
porque o ambiente macroeconômico nos dá umas<br />
nuances, o auxílio emergencial acabará e as pessoas<br />
estão inseguras se seus empregos serão mantidos”.<br />
Além da questão consolidada da volta do consumidor<br />
de veículos usados e seminovos, Bacellar também<br />
observa a retomada do serviço de mobilidade (motoristas<br />
de aplicativos e táxi). “Todo mundo está se reequilibrando,<br />
ainda não nos patamares da pré-pandemia, mas já é um
20 |<br />
CAPA<br />
PERSPECTIVAS PARA A REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
de atividade do aftermarket, claramente, é o uso que o<br />
motorista faz do carro.<br />
bom sinal. Acima de tudo isso, a grande novidade em<br />
2021 serão os veículos elétricos”.<br />
Para Bacellar é preciso que haja uma visão de<br />
economia circular. “Se continuarmos nesse ritmo, as<br />
ruas voltarão a ficar engarrafadas e criaremos um círculo<br />
vicioso que não favorece a sociedade e nem o próprio<br />
negócio, pois haverá dificuldade também em colocar<br />
carros novos nas ruas”. Ele defende a retomada da pauta<br />
sobre renovação da frota com o Governo Federal e da<br />
pauta com as prefeituras a respeito da inspeção veicular.<br />
“Assim, conseguiremos criar um programa de renovação<br />
da frota, o que é tão necessário voltarmos aos grandes<br />
volumes de vendas, sem necessariamente causar um<br />
mega impacto nas ruas”.<br />
Retomada<br />
Ricardo Bacellar,<br />
sócio-líder do setor de Industrial<br />
Markets e Automotivo da KPMG<br />
no Brasil<br />
Para Laurent Guerinaud, a menos que haja uma<br />
segunda onda ou outro fator extraordinário, todas as<br />
tendências serão positivas. “O aftermarket deve encerrar<br />
o ano 2020 em queda superior a 15% em relação a<br />
2019, e para atender às necessidades dos seus clientes,<br />
a GiPA desenvolveu o SDP+ (Smart Demand Planner +),<br />
uma ferramenta inédita, que, a partir de determinadas<br />
variáveis, permite projetar a atividade do aftermarket<br />
para os três próximos anos”.<br />
Segundo ele, considerando as projeções mais<br />
prováveis, “a retomada vai prosseguir nos próximos<br />
anos, mas o faturamento do aftermarket não vai voltar<br />
ao seu nível de 2019 antes de 2022, ainda considerando<br />
o efeito de alta dos preços. Já se considerar a atividade<br />
em volume e não em valor, vai demorar ainda mais”. Ele<br />
explica que uma das variáveis que determinam o nível<br />
“Desde 2018, e bem antes no exterior, a GiPA<br />
tinha identificado uma tendência à diminuição da<br />
quilometragem anual percorrida pelos motoristas. Para<br />
alimentar a ferramenta de projeção SDP+ e calcular a<br />
evolução do uso do carro, avaliamos e medimos o impacto<br />
de vários efeitos. O primeiro é a evolução da estrutura<br />
do parque, notadamente por idade e combustível, o<br />
segundo é a mudança de comportamento do motorista,<br />
o terceiro está relacionado à pandemia e o quarto, o<br />
medo do transporte público”.<br />
Em relação ao desabastecimento de peças, Guerinaud<br />
conta que a GiPA publicou, no seu site internacional, uma<br />
análise aprofundada da situação no Brasil, apontando<br />
como uma das chaves do sucesso na retomada, a<br />
necessidade de acompanhar de muito perto o mercado<br />
para gerenciar corretamente os estoques. “A situação é<br />
complicada porque envolve todos os níveis da cadeia,<br />
porém, não de maneira uniforme, entre outros atores do<br />
setor, nossos clientes, tendo dados e projeções confiáveis,<br />
“A retomada vai<br />
prosseguir nos<br />
próximos anos, mas<br />
o faturamento do<br />
aftermarket não vai<br />
voltar ao seu nível de<br />
2019 antes de 2022,<br />
ainda considerando<br />
o efeito de alta dos<br />
preços. Já se considerar<br />
a atividade em volume<br />
e não em valor, vai<br />
demorar ainda mais”.<br />
LAURENT GUERINAUD,<br />
diretor Geral da GiPA do Brasil<br />
Laurent Guerinaud,<br />
diretor Geral da GiPA do Brasil<br />
conseguiram administrar seus estoques e continuam a<br />
abastecer o mercado”.<br />
Fatores pelos quais ele analisa que o desabastecimento<br />
até o momento não chegou a prejudicar o motorista.<br />
“Em todos os níveis, ainda é possível encontrar algum<br />
fornecedor que atenda a demanda. Pois, uma das<br />
especificidades do aftermarket brasileiro é que as lojas<br />
de peças e oficinas costumam trabalhar com um grande<br />
número de fornecedores, entre os quais o reparador<br />
ainda consegue encontrar as peças que ele precisa: as<br />
falhas de uns são oportunidades para os outros”.<br />
Ele acrescenta que alguns não experimentaram a<br />
crise de desabastecimento, para outros, já normalizou, e<br />
para os demais, a situação não está perto de se resolver,<br />
parte pode até chegar a não se recuperar. “Agora, além da<br />
capacidade de produção dos fabricantes e escassez de<br />
matérias-primas o grande risco é a tentação de produzir e<br />
estocar além da demanda. É imprescindível acompanhar<br />
a atividade na ponta, como faz a GiPA, e não só se atentar<br />
à demanda dos distribuidores e varejistas, que pode ser<br />
distorcida e cair de repente na medida que reduzirem o<br />
estoque de precaução”.<br />
Na visão de Marco Flores, o desabastecimento<br />
é temporário. “Até que haja a reacomodação do<br />
desabastecimento demorará um pouco mais, eu creio<br />
que de fevereiro para março ele já estará normalizado.<br />
Quero crer que 2021 será um ano tão bom ou não tão<br />
ruim de reabastecimento como foi nos outros anos,<br />
exceto no período de Covid-19. Não haverá nem falta<br />
e nem oferta de mercadoria em excesso. A partir do<br />
segundo trimestre de 2021, as demandas estarão muito<br />
mais mapeadas por todos e haverá uma acomodação”.
22 |<br />
CAPA<br />
PERSPECTIVAS PARA A REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
Gestão eficiente<br />
Fraga aponta que o principal ponto de atenção é em<br />
relação ao nível de abastecimento das indústrias, ainda<br />
baixo em decorrência da falta de matérias-primas, taxa<br />
de câmbio e paralizações em decorrência da pandemia.<br />
“Os agentes comerciais (varejos e distribuidores) que<br />
estiverem mais preparados em relação à gestão do<br />
portfólio, organização de pedidos e estoque terão<br />
maiores possibilidades de atender à demanda que se<br />
manterá aquecida”.<br />
Ele comenta que a alta do dólar e falta de matériaprima<br />
irão gerar uma forte pressão nos custos das<br />
indústrias e importadores de autopeças, o que<br />
certamente desencadeará uma elevação nos índices<br />
de preços praticados no segmento como um todo.<br />
“Já a questão do desabastecimento tem elevado a<br />
competitividade das marcas, tornado ainda mais<br />
complexa a gestão dos estoques e portfólios dos<br />
agentes comerciais do segmento”.<br />
Fraga destaca que a gestão dos estoques e portfólios<br />
de produtos dos agentes comerciais será o ponto-chave<br />
dentro deste cenário mais complexo e competitivo, que<br />
“Até que haja a<br />
reacomodação do<br />
desabastecimento<br />
demorará um pouco mais,<br />
eu creio que de fevereiro<br />
para março ele já estará<br />
normalizado. Quero crer<br />
que 2021 será um ano tão<br />
bom ou não tão ruim de<br />
reabastecimento como foi<br />
nos outros anos, exceto<br />
no período de Covid-19.<br />
Não haverá nem falta e<br />
nem oferta de mercadoria<br />
em excesso. A partir do<br />
segundo trimestre de 2021,<br />
as demandas estarão muito<br />
mais mapeadas por todos e<br />
haverá uma acomodação”.<br />
MARCO FLORES,<br />
fundador da 2D Consultores Associados<br />
também é agravado pelo efeito de pulverização da<br />
frota circulante. “No ano de 1990, os 10 veículos mais<br />
representativos da frota brasileira, eram responsáveis<br />
por 59,19% do mercado de reposição, até 2025 os<br />
veículos mais representativos serão responsáveis por<br />
32,70% do mercado”.<br />
Em contrapartida, os veículos menos populares<br />
(acima da 31ª posição no ranking ABC) representavam<br />
somente 10,87% do mercado, hoje (2020) já representam<br />
39,26% do mercado e até 2025 representarão 41,48%.<br />
“Os agentes comerciais deverão urgentemente otimizar<br />
sua estrutura de compras para atuação nesta realidade<br />
complexa. Desenvolvendo ferramentas que os permitam<br />
identificar melhor a demanda, criando estratégias para<br />
que a cobertura de linha continue a mais completa<br />
possível sem gerar estoques morosos e ineficientes.<br />
Neste ponto as soluções de tecnologia e informações<br />
disponíveis serão grandes aliados do mercado”.<br />
Assim como Fraga, o diretor Geral da GiPA diz que<br />
para 2021, mais do que nunca, a oportunidade é uma<br />
boa gestão, com monitoramento adequado do mercado<br />
e da sua evolução. “É primordial para se adequar às<br />
necessidades. Como disse anteriormente, as falhas de<br />
uns são oportunidades para outros. O desabastecimento
24 |<br />
CAPA<br />
PERSPECTIVAS PARA A REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
é uma oportunidade incrível para quem tem capacidade<br />
de fornecer, e não só em curto prazo, porque os clientes<br />
conquistados agora podem ser fidelizados no futuro”.<br />
Também é importante captar clientes. “A demanda<br />
existe, mesmo que o mercado esteja se contraindo<br />
por causa do menor uso do carro e da crise econômica<br />
resultante da pandemia. Os motoristas não vão deixar de<br />
manter seus carros. É um momento de muita mudança, em<br />
que os mais bem preparados têm grandes oportunidades<br />
de conquistar novos clientes e crescer muito”.<br />
Outro ponto a favor, comenta ele, é o envelhecimento<br />
do parque circulante. “Embora o perfil de consumo seja<br />
diferente, geralmente mais focado em preços, sabemos<br />
que o gasto anual para manutenção de um carro antigo<br />
é maior. Quem oferecer produtos e serviços adequados<br />
aos perfis de motoristas mais representados no parque<br />
pode se beneficiar muito desta evolução”.<br />
Em contrapartida, Guerinaud analisa que um dos<br />
maiores desafios será o posicionamento de preços.<br />
“Acompanhar os preços dos competidores será<br />
imprescindível para se manter no meio da tempestade.<br />
Há muitos efeitos complexos e opostos que pressionam<br />
os preços, é muito complicado prever como vão evoluir<br />
as tarifas”.<br />
Flores prevê que em 2021 o segmento terá aumento<br />
de faturamento. “A estimativa é que a frota reparável<br />
aumente em 3%, adicionada essa frota, acredito que<br />
em 2021, mais uma vez, o mercado de autopeças terá o<br />
melhor ano da sua história, dado ao aumento da frota, da<br />
circulação, do engarrafamento e à ineficiência do poder<br />
público em criar transporte coletivo com segurança.<br />
Ainda que venha a vacina, acho difícil que aqueles que<br />
experimentaram o conforto de se deslocarem nos seus<br />
veículos voltem a utilizar o transporte coletivo, ineficiente<br />
e com baixa segurança física”.<br />
Frota eletrificada<br />
Sobre a frota eletrificada (elétricos e híbridos),<br />
Guerinaud conta que neste ano a estimativa é de<br />
aproximadamente 1,8 milhão de veículos emplacados,<br />
dos quais os eletrificados representam 1%. Já no<br />
acumulado, os 40 mil veículos eletrificados emplacados<br />
nos últimos anos representam menos de 0,01% do<br />
parque circulante no Brasil. “O mercado está em plena<br />
ascensão sim, mas ao mesmo tempo, continua incipiente<br />
no País”.<br />
“Ainda levará um tempo<br />
para isso gerar um mega<br />
impacto no aftermarket,<br />
mas sabemos que os<br />
ciclos na indústria são<br />
de três a cinco anos,<br />
então, nesse período, já<br />
será um problema para<br />
o aftermarket. Quanto<br />
maior for o percentual de<br />
veículos elétricos na frota<br />
brasileira, mais grave é o<br />
impacto no aftermarket”.<br />
RICARDO BACELLAR,<br />
sócio-líder do setor de Industrial Markets<br />
e Automotivo da KPMG no Brasil<br />
Mesmo assim o setor de autopeças precisa se<br />
preparar. “Mas em longo prazo, no momento e nos<br />
próximos 10 anos, carros eletrificados vão representar<br />
nichos de mercado, nos quais alguns atores podem<br />
se dar muito bem. Porém, não serão suficientemente<br />
representativos para gerir uma perda para quem não<br />
oferecer peças de reposição para esses veículos. A<br />
maior dificuldade em curto e médio prazos será para<br />
montadoras e concessionárias, que vão precisar atender<br />
às necessidades dos veículos eletrificados, mesmo que<br />
eles ainda representem uma porção muito pequena das<br />
suas vendas”.<br />
Para Ricardo Bacellar, sócio-líder do setor de Industrial<br />
Markets e Automotivo da KPMG no Brasil, a maior porta<br />
de entrada para esses veículos são a locação e o aluguel.<br />
“Nós temos um problema crônico no nosso modelo<br />
de negócio tradicional de compra e venda de veículos,<br />
são dois fortes ofensores: o tíquete de entrada médio é<br />
muito alto para os brasileiros, não conseguimos falar de<br />
carro novo por menos de R$ 40 mil, com as incertezas do<br />
médio e longo prazos, é uma decisão de compra difícil.<br />
O outro é o custo total de propriedade que no Brasil<br />
também é alto (seguro, IPVA, manutenção, etc.)”.<br />
Ele diz que a indústria está se mobilizando para reduzir<br />
esses ofensores. “No modelo de negócio das locadoras<br />
isso já está resolvido, no aluguel de um carro, esses dois<br />
ofensores são diluídos. E há várias montadoras tomando<br />
iniciativas concretas para alugar veículos e há toda a<br />
discussão também dos modelos de assinatura que estão<br />
vindo com força. A indústria já entendeu que precisa<br />
criar uma nova linha de oferta”. Mais delicada é a locação<br />
por parte das montadoras, pelas locadoras serem suas<br />
principais clientes.<br />
Para o mercado de reposição, Bacellar afirma que<br />
o primeiro impacto importante é o entendimento de<br />
que o veículo elétrico é muito mais simples, ele tem<br />
muito menos peças e muito menos necessidade de<br />
manutenção. “Ainda levará um tempo para isso gerar<br />
um mega impacto no aftermarket, mas sabemos que os<br />
ciclos na indústria são de três a cinco anos, então, nesse<br />
período, já será um problema para o aftermarket. Quanto<br />
maior for o percentual de veículos elétricos na frota<br />
brasileira, mais grave é o impacto no aftermarket”.<br />
Por outro lado, ele pondera que o veículo elétrico<br />
carecerá de outros tipos de serviços para os quais o<br />
aftermarket precisa se preparar, treinar mão de obra e ter<br />
equipamentos de segurança. “Vai carecer de um trabalho<br />
de reciclagem. Em minha opinião, isso está defasado nos<br />
esforços que estão sendo feitos para criar a infraestrutura<br />
de recarga. São várias iniciativas cada vez mais robustas<br />
de criar pontos de recarga no País. Mas e os pontos de<br />
suporte?”, questiona.<br />
O que não significa dizer que os veículos a combustão<br />
irão desaparecer. Tanto que Bacellar cita como exemplo<br />
a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e a Nissan, ambas<br />
anunciaram recentemente investimentos em fábricas<br />
de motores. “São sinais claros de que no Brasil ainda<br />
falaremos de motores a combustão por muitos anos, sem<br />
necessariamente associar isso a gasolina ou diesel, mas<br />
sim, ao etanol. Teremos uma geração de motores muito<br />
mais eficiente, não só de tecnologia, mas já estamos<br />
falando de etanol 2.0”.
28<br />
FIQUEPORDENTRO<br />
MONTADORAS<br />
POR: REDAÇÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
AUDI RS 4 AVANT e AUDI RS 5<br />
Sportback desembarcam<br />
no Brasil<br />
A Audi do Brasil lança no mercado nacional as atualizações dos<br />
Audi RS 4 Avant e Audi RS 5 Sportback, modelos que combinam<br />
excelente condução com praticidade para o dia a dia. Ambos<br />
ganharam conjunto ótico com faróis LED Matrix de série e novo<br />
sistema MMI touch, além de serem equipados com o premiado<br />
motor V6 biturbo de 450 cavalos de potência. Os modelos fazem<br />
parte dos nove veículos esportivos confirmados pela marca das<br />
quatro argolas para o mercado brasileiro em meados de 2020, em<br />
conjunto com RS 6, RS 7, RS Q3, RS Q3 Sportback, RS Q8, TT RS e R8.<br />
VOLVO CAR BRASIL inaugura<br />
espaço eletrificado em novo<br />
shopping de luxo de São Paulo<br />
A Volvo Car Brasil dá mais um passo importante para difundir a eletrificação<br />
no País. Para se ter uma ideia, foi lançado no começo de dezembro o Volvo<br />
Recharge, um espaço interativo no recém-inaugurado CJ Shops, em São<br />
Paulo. “Essa é mais uma das ações que fazemos em prol da eletrificação e<br />
sustentabilidade. Temos feito diversas ações de alto impacto para que os<br />
carros híbridos e elétricos fiquem cada vez mais perto das pessoas e que<br />
elas entendam que o futuro é agora”, destaca bastante satisfeito Rafael Ugo,<br />
diretor de Marketing Latam Hub para Volvo Car Brasil.<br />
CAOA CHERY comemora três<br />
anos no Brasil com mais de<br />
45 mil veículos vendidos<br />
GM deve fechar 2020 no<br />
topo; contudo, FIAT lidera<br />
vendas pelo 3º mês seguido<br />
Em novembro, a Fiat conseguiu pelo terceiro mês consecutivo subir<br />
ao topo do ranking das marcas de veículos mais vendidas do País,<br />
com 39,3 mil emplacamentos registrados, o que garantiu participação<br />
de mercado de 18,4%. O desempenho da Fiat está diretamente ligado<br />
à alta demanda pela picape Strada, lançada em julho com filas de<br />
espera até agora, que chegou a ser o veículo leve mais vendido em<br />
setembro, mas foi ultrapassado nos dois meses seguintes pelo líder<br />
da GM, o Chevrolet Onix – e em novembro as versões hatch e sedã do<br />
modelo fizeram dobradinha em primeiro e segundo lugares.<br />
A CAOA CHERY comemora em 2020 três anos do acordo de<br />
cooperação estratégica que deu início à marca. Desde 2017 mais<br />
de 45 mil veículos foram vendidos pela montadora 100% nacional<br />
que revolucionou o mercado automotivo brasileiro com produtos<br />
marcados pela Qualidade, Tecnologia e Design, e que ocupa a 11ª<br />
posição no ranking das montadoras com 1,05% de participação. O<br />
rápido crescimento da marca no mercado nacional se explica por<br />
uma série de fatores, como: estratégia agressiva com ampliação<br />
de portfólio em tempo recorde e veículos que vão ao encontro do<br />
desejo do consumidor nacional; entre outros.
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
CLIQUE AQUI E LEIA ESTAS NOTAS NA ÍNTEGRA<br />
NO PORTAL JORNAL BALCÃO AUTOMOTIVO<br />
HONDA apresenta a linha<br />
2021 do HR-V<br />
O HR-V chega à linha 2021 ainda mais completo. Todas as versões<br />
trazem faróis com regulagem elétrica de altura do facho de luz e<br />
sensor crepuscular para o acendimento automático. As versões<br />
Touring e EXL recebem novas rodas de liga leve de 17 polegadas,<br />
e novos faróis de neblina em LED. A versão EXL ganha faróis full<br />
LED, retrovisor interno fotocrômico e sensor de chuva. A versão EX<br />
conta agora com retrovisores com rebatimento elétrico e função<br />
tilt down, e mais dois airbags (de cortina). E a versão LX ganha<br />
uma central multimídia de 7¨touchscreen, com conectividade aos<br />
sistemas Apple CarPlay e Android Auto.<br />
BMWi e MINI passam a<br />
conectar seus carros com<br />
Alexa no Brasil<br />
A BMWi, divisão de carros elétricos<br />
do Grupo BMW, passa a utilizar o<br />
sistema de serviço e inteligência<br />
artificial Alexa, da Amazon,<br />
embarcado na central multimídia<br />
de seus veículos no Brasil. Por meio<br />
dele, o usuário poderá obter de<br />
forma interativa informações em<br />
tempo real, além de entretenimento<br />
por meio de comando de voz. O<br />
sistema também está disponível<br />
para modelos Mini. A interação<br />
permitirá ainda acionar – a partir<br />
do carro – os dispositivos de casa<br />
inteligente, tal como pedir para<br />
acender luzes antes de o cliente<br />
chegar ou ligar o ar-condicionado,<br />
por exemplo, entre outros produtos<br />
que possam ser conectados à Alexa.<br />
VW TAOS é apresentado<br />
pela primeira vez no Brasil<br />
MERCEDES-BENZ lança série<br />
especial do AMG GT 63 S no Brasil<br />
por R$ 1,68 milhão<br />
A Mercedes-Benz já recebeu encomendas no País da série especial e limitada<br />
do seu cupê de quatro portas AMG GT 63 S 4Matic+ Carbon, que traz como<br />
destaque componentes feitos de plástico reforçado com fibra de carbono no<br />
aerofólio, nas capas dos retrovisores, no teto e na cobertura do motor. Além<br />
disso, os carros dessa série especial contam com o pacote aerodinâmico da<br />
AMG – empresa que cuida da preparação e do desenvolvimento dos modelos<br />
esportivos da montadora alemã – que inclui difusores dianteiro e traseiro<br />
exclusivos e para-choque traseiro com saídas de ar incorporadas, além do já<br />
mencionado aerofólio.<br />
Design, tecnologia e segurança. Com esses atributos, o Taos, o mais novo<br />
SUV da Volkswagen, foi apresentado pela primeira vez no Brasil, em uma<br />
live comandada pelo presidente e CEO da Volkswagen na América Latina,<br />
Pablo Di Si. O evento marcou também o encontro inédito dos quatro SUVs<br />
da VW no País: Nivus, T-Cross, Taos e Tiguan Allspace. "O Taos é um carro<br />
com design moderno, diversos itens de segurança e muito conectado.<br />
Ele é mais um importante lançamento da nossa ofensiva de produtos,<br />
especialmente no segmento de SUVs, para atender plenamente às<br />
necessidades do consumidor da região da América Latina”, diz.
30 |<br />
TECNOLOGIA<br />
*POR: FREDY EVANGELISTA | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL<br />
NO SETOR AUTOMOTIVO<br />
Não podemos negar que a pandemia trouxe<br />
alguns avanços em relação à utilização da<br />
tecnologia e, sem dúvidas, no setor automotivo<br />
houve grandes melhorias. O foco do segmento<br />
passou a ser no consumidor 4.0, que ansiava pela<br />
transformação digital, o que se tornou um dos fatores<br />
prioritários para garantir a sobrevivência em tempos<br />
tão incertos.<br />
Prova disso foram os resultados da 21ª edição da<br />
Pesquisa Global com Executivos do Setor Automotivo<br />
2020 (GAES 2020), realizada pela KPMG, que constatou<br />
que os executivos respondentes reconheceram<br />
a importância de entender as necessidades e<br />
preferências do seu público-alvo, os critérios que<br />
definem suas decisões de compra online e os recursos<br />
que estes consideram fundamentais.<br />
Com o isolamento social, as pessoas se abriram<br />
muito mais à possibilidade de fechar negócios online,<br />
por exemplo, destacando que garantia de satisfação<br />
(41%), vantagem de preço (38%) e marca confiável<br />
(36%) estão entre os principais fatores que os levariam<br />
a efetivar uma compra.<br />
Visando fidelizar e atender às necessidades desses<br />
clientes, as empresas estão se reinventando. Um<br />
exemplo disso foi a questão do test drive, um dos<br />
problemas encontrados para quem desejava adquirir<br />
um carro sem sair de sua casa. A maioria das marcas<br />
e concessionarias hoje já consegue levar o automóvel<br />
desejado até onde o consumidor está, o que muda<br />
completamente a percepção que essa pessoa tem<br />
daquela marca.<br />
Outra novidade é que agora algumas revendedoras<br />
já possuem plataformas que possibilitam assinar o<br />
contrato, fechar o financiamento com o banco e<br />
resolver todos os trâmites com o despachante ou<br />
com o DETRAN de forma online, diminuindo 80% do<br />
tempo gasto em todo o processo. Afinal, mesmo com<br />
mais tempo disponível, a última coisa que queremos<br />
é ocupá-lo com burocracias, não é mesmo?<br />
A pandemia, sem dúvida, está mudando de<br />
forma irrevogável o ramo automotivo, um dos mais<br />
tradicionais em nível mundial. Cabe às empresas<br />
aproveitarem esse momento para se reinventarem<br />
para oferecer uma melhor experiência para seu<br />
consumidor, e a tecnologia está aí para ajudar neste<br />
quesito. E você, vai ficar de fora dessa?<br />
*Fredy Evangelista é CEO da Vianuvem,<br />
primeira startup com software BPM que<br />
não utiliza códigos para a construção<br />
de processos
48 VEZES<br />
OBRIGADO!<br />
Obrigado a todos que participaram<br />
e assistiram às nossas 48 lives de 2020<br />
E, finalmente, obrigado a todos os<br />
patrocinadores dessa jornada que teve<br />
início em 23/abril /2020<br />
OBRIGADO APLIC RESOLIT, OBRIGADO AUTOSHINE,<br />
OBRIGADO BORGWARNER, OBRIGADO CORTECO,<br />
OBRIGADO CVN AUTOPARTS, OBRIGADO DAYCO,<br />
OBRIGADO ISAPA , OBRIGADO MONROE AMORTECEDORES,<br />
OBRIGADO MONROE AXIOS, OBRIGADO MOTORCRAFT,<br />
OBRIGADO M&E LOGÍSTICA, OBRIGADO NGK,<br />
OBRIGADO NIDEC, OBRIGADO NYTRON,<br />
OBRIGADO SK DISTRIBUIDORA, OBRIGADO SKF,<br />
OBRIGADO WEGA, OBRIGADO ZF
273.734<br />
PESSOAS<br />
ALCANÇADAS<br />
em 48 Lives*<br />
RAZÕES PARA VOCÊ<br />
PATROCINAR AS<br />
#LIVESDOBALCÃO<br />
*média aferida somando as visualizações do nosso Facebook e Canal do YouTube durante e pós live<br />
01 -----> EXPOSIÇÃO<br />
Sua marca exposta em posts nas redes<br />
sociais do Balcão Automotivo antes,<br />
durante e após a transmissão<br />
02 -----> NOSSOS TEMAS<br />
Os assuntos e personagens mais<br />
relevantes da reposição automotiva<br />
03 -----> AUDIÊNCIA<br />
Uma audiência fiel e bastante qualificada:<br />
média de 5.703 views por live*<br />
04 -----> CREDIBILIDADE<br />
05 -----> NOSSO CANAL<br />
Associação a um produto/marca<br />
de grande credibilidade<br />
Sua marca perpetuada em vídeo<br />
em nosso Canal do YouTube<br />
INSCREVA-SE<br />
CANAL DO YOUTUBE<br />
BALCÃO AUTOMOTIVO<br />
Tenha acesso às principais lives, entrevistas e depoimentos de profissionais do setor em vídeo
CANAL DO YOUTUBE<br />
BALCÃO AUTOMOTIVO<br />
#48<br />
LIVE<br />
#47<br />
LIVE<br />
#46<br />
LIVE<br />
#45<br />
LIVE<br />
17/DEZEMBRO 27/NOVEMBRO 26/NOVEMBRO 25/NOVEMBRO<br />
#44<br />
LIVE<br />
#43<br />
LIVE<br />
#42<br />
LIVE<br />
#41<br />
LIVE<br />
24/NOVEMBRO 23/NOVEMBRO 19/NOVEMBRO 17/NOVEMBRO<br />
#40<br />
LIVE<br />
#39<br />
LIVE<br />
#38<br />
LIVE<br />
#37<br />
LIVE<br />
12/NOVEMBRO 5/NOVEMBRO 29/OUTUBRO 27/OUTUBRO<br />
#36<br />
LIVE<br />
#35<br />
LIVE<br />
#34<br />
LIVE<br />
#33<br />
LIVE<br />
22/OUTUBRO 20/OUTUBRO 15/OUTUBRO 13/OUTUBRO<br />
#32<br />
LIVE<br />
#31<br />
LIVE<br />
#30<br />
LIVE<br />
#29<br />
LIVE<br />
8/OUTUBRO 6/OUTUBRO 1/OUTUBRO 24/SETEMBRO<br />
#28<br />
LIVE<br />
#27<br />
LIVE<br />
#26<br />
LIVE<br />
#25<br />
LIVE<br />
22/SETEMBRO 17/SETEMBRO 15/SETEMBRO 10/SETEMBRO
04/AGOSTO<br />
06/AGOSTO<br />
11/AGOSTO<br />
13/AGOSTO<br />
#20<br />
LIVE #19<br />
LIVE<br />
#18<br />
LIVE<br />
#17<br />
LIVE<br />
21/JULHO<br />
23/JULHO<br />
28/JULHO<br />
31/JULHO<br />
#16<br />
LIVE<br />
#15<br />
LIVE<br />
#14<br />
LIVE<br />
#13<br />
LIVE<br />
25/JUNHO<br />
02/JULHO<br />
07/JULHO<br />
14/JULHO<br />
#12<br />
LIVE<br />
#11<br />
LIVE<br />
#10<br />
LIVE<br />
#9<br />
LIVE<br />
28/MAIO<br />
04/JUNHO<br />
11/JUNHO<br />
18/JUNHO<br />
#8<br />
LIVE<br />
#7<br />
LIVE<br />
#6<br />
LIVE<br />
#5<br />
LIVE<br />
23/ABRIL<br />
30/ABRIL<br />
07/MAIO<br />
14/MAIO<br />
#4<br />
LIVE<br />
#3<br />
LIVE<br />
#2<br />
LIVE<br />
#1<br />
LIVE<br />
18/AGOSTO<br />
25/AGOSTO<br />
03/SETEMBRO<br />
27/AGOSTO<br />
#24<br />
LIVE<br />
#23<br />
LIVE<br />
#22<br />
LIVE<br />
#21<br />
LIVE
OPINIÃO<br />
36 | | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
MOMENTO ECONÔMICO<br />
O CÂMBIO<br />
| POR: FAUZI TIMACO JORGE*<br />
*Mestre em Economia pela PUC/SP. Exerceu função executiva em empresas nacionais e estrangeiras nas áreas de vendas,<br />
exportação e planejamento. É sócio-gerente da Timaco Planejamento Empresarial desde 1994, uma consultoria na<br />
área de planejamento empresarial. Atua como Professor-Tutor no Pós-Graduação Online em Gestão Financeira do<br />
sistema FGV Online, desde 2010. Em suas atividades acadêmicas consta a coautoria de diversos livros versando sobre<br />
Economia, Finanças e Controladoria<br />
A<br />
taxa de câmbio estabelece o preço de uma<br />
moeda, expresso em outra moeda. Assim sendo,<br />
o preço de US$1.00 é o equivalente a R$5.10.<br />
Volatilidade é o termo que indica uma oscilação<br />
para cima ou para baixo, sob dependência das forças<br />
que interagem no mercado de compra e venda da<br />
moeda estrangeira. Assim sendo, quando existem mais<br />
compradores com um volume acentuadamente maior<br />
de procura de moeda estrangeira, o preço dessa moeda<br />
tende a se elevar. Por outro lado, como acontece com<br />
certas mercadorias, quando a oferta é maior do que a<br />
procura, a tendência é uma queda no preço, provocada<br />
pelo hiato deflacionário dado pela diferença entre a<br />
quantidade ofertada e a quantidade procurada dessa<br />
moeda. No primeiro caso, o que se observa é um hiato<br />
inflacionário, que ocorre sempre que a quantidade<br />
procurada é maior do que a quantidade ofertada. No<br />
caso em questão, quantidade procurada e quantidade<br />
ofertada de moeda estrangeira.<br />
Os que oferecem moeda estrangeira no mercado de<br />
câmbio são os exportadores. Seus contratos de câmbio,<br />
parte indispensável da documentação de exportação,<br />
os obrigam a negociar as divisas – o total de moeda<br />
estrangeira que recebem pela venda no mercado<br />
externo de seus produtos e serviços – com um banco<br />
comercial autorizado a operar no mercado cambial.<br />
Por sua vez, quem demanda moeda estrangeira são os<br />
importadores, que levam moeda nacional a esse banco<br />
autorizado a comprar e a vender moeda estrangeira,<br />
para comprar a moeda estrangeira que deverá ser<br />
remetida para os exportadores estabelecidos em<br />
outros países.<br />
Como já ressaltamos em artigo nesse mesmo<br />
veículo, fatores exógenos, ou seja, absolutamente fora<br />
do controle do gestor do negócio, exercem poderosa<br />
força que requer neutralização se for uma ameaça<br />
ou aproveitamento, se for uma oportunidade. A<br />
neutralização é uma decorrência de perdas cambiais,<br />
provocadas por uma taxa de câmbio que esteja acima<br />
ou abaixo daquela prevista inicialmente, quando da<br />
contratação da compra ou venda do produto importado<br />
ou nacional. Quando o câmbio aumenta, importadores<br />
são obrigados a alavancarem maior quantidade de<br />
moeda nacional para a aquisição da moeda estrangeira.<br />
Esse aumento do câmbio agrada aos exportadores, que<br />
receberão maior quantidade de moeda nacional por<br />
unidade de moeda estrangeira. Mas os exportadores<br />
se veem aflitos quando há uma apreciação da<br />
moeda nacional, ou seja, quando receberão menor<br />
quantidade de moeda nacional por unidade de moeda<br />
estrangeira. Como se pode depreender, o câmbio faz<br />
parte das forças econômicas, componentes essenciais<br />
do macroambiente de operação das empresas, ao lado<br />
de forças tecnológicas, forças político-legais e forças<br />
sociais. Dada essa volatilidade, o câmbio representa o<br />
inferno astral modificado dos executivos, qualquer que<br />
seja seu signo. Um inferno astral modificado, porque<br />
dura 365 dias do ano!<br />
A Economia Aplicada nos oferece alguns<br />
importantes instrumentos de ação para a neutralização<br />
de ameaças ou aproveitamento de oportunidades.<br />
Uma delas é o índice de taxa de câmbio real (ITCr).<br />
Trata-se de um instrumento útil para todos aqueles que<br />
importam ou exportam bens e serviços. Este índice<br />
pode ser deduzido a partir da relação entre a variação<br />
cambial e a comparação entre a inflação doméstica e a<br />
inflação do país cuja moeda se quer relacionar, medida<br />
por um indicador de mesma natureza, como é o caso<br />
do Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA),<br />
medidor oficial da inflação brasileira e, no caso de<br />
uma comparação com a moeda dos Estados Unidos,<br />
o Consumer Price Index (CPI), numa formulação como a<br />
que segue:<br />
onde At é a taxa cambial na época t, At-1 é a taxa<br />
cambial na época anterior t-1, a é a inflação doméstica<br />
no período compreendido entre t e t-1 e b é a<br />
inflação no país cuja moeda se quer relacionar. Nesta<br />
formulação, a inflação é expressa em número natural,<br />
tal que 7,5% corresponde a 0,075.<br />
Porque é importante resolver esta simples<br />
operação matemática, de vez em quando? Porque<br />
se o ITCr resultar maior do que 100, significa que o<br />
exportador receberá maior quantidade de moeda<br />
nacional para cada unidade de moeda estrangeira. Já o<br />
importador terá que despender uma quantidade maior<br />
de moeda nacional para concretizar suas compras ou<br />
saldar dívidas em moeda estrangeira. Se o ITCr resultar<br />
menor do que 100, o exportador receberá menor<br />
quantidade de moeda nacional para cada unidade<br />
de moeda estrangeira e não terá outra saída que não<br />
seja o aumento do seu preço de venda em moeda<br />
estrangeira. Se isso não for possível, dada a ampla<br />
competitividade do mercado externo, não lhe restará<br />
outro caminho que não seja o encerramento de suas<br />
vendas ao exterior. Já o importador precisará de menor<br />
quantidade de moeda nacional para cada unidade de<br />
moeda estrangeira que terá que remeter ao exterior<br />
por conta de suas compras internacionais. Deu pra
Aja, ou sofra a ação de outros.<br />
Stephen Covey,<br />
autor de “Reflexões diárias para pessoas muito eficazes”<br />
sentir por onde passa a desindustrialização?<br />
Tomemos os valores base novembro.2020,<br />
comparativamente a novembro.2019, para o câmbio<br />
R$/US$ e inflação oficial brasileira comparada com<br />
a inflação norte-americana. O ITCr que daí resulta é<br />
122,51. Isso significa que os contratos de exportação<br />
estão gerando maior quantidade de moeda nacional<br />
nesse interregno de um ano. Bom para o exportador!<br />
Por outro lado, as importações ficam mais caras,<br />
provocando, por vezes, inflação de custos, a qual nem<br />
sempre é repassada aos preços de venda. Com isso,<br />
haverá diminuição da lucratividade ou até mesmo<br />
prejuízo, dada essa impossibilidade de repasse aos<br />
compromissos assumidos a preços anteriores. Ruim<br />
para o importador ou comprador, no mercado nacional,<br />
de peças importadas...<br />
Com base em projeções desses componentes do<br />
ITCr, ou seja, do câmbio e da inflação aqui e no país<br />
cuja moeda se quer relacionar, é possível a adoção de<br />
medidas preventivas, como trava de câmbio, operações<br />
de hedge [proteção] e operações de mercado futuro<br />
de moeda estrangeira, conciliando interesses de<br />
exportadores e importadores, intermediadas por um<br />
banco com presença internacional. Por tudo isso, não<br />
deixe de consultar seus parceiros financeiros para<br />
uma adequação dos riscos a serem suportados em<br />
operações com o mercado externo.
38 |<br />
TENDÊNCIAS<br />
Como os lojistas podem<br />
aproveitar desafios<br />
e oportunidades da<br />
pandemia de Covid-19?<br />
| POR: FLÁVIA PINI * | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
A sabedoria popular afirma que depois da tempestade sempre vem a bonança.<br />
É um mantra válido em todo período de crise, pois reafirma a força dos lojistas<br />
para superar as adversidades e continuar crescendo em seus segmentos<br />
1 – Utilize os dados a seu favor<br />
O primeiro passo é saber utilizar o que a gestão e operação de sua loja têm a oferecer.<br />
Dados como quantidade de vendas, fluxo de consumidores no estabelecimento e<br />
itens mais procurados podem ser combinados e, a partir daí, entregar inteligência e<br />
insights para a tomada de decisão. Enxergar essas possibilidades é vital para sobreviver<br />
durante a quarentena e, principalmente, crescer quando a situação se normalizar.<br />
2 – Conheça todos os passos do seu cliente<br />
Os dados analíticos não são úteis apenas para a gestão da loja, mas também para<br />
conhecer a fundo os consumidores – tanto os que são ativos quanto os potenciais.<br />
A dica aqui é ir além das informações básicas do público-alvo, como idade, gênero<br />
e localização. O objetivo é decifrar seu comportamento de compra, identificando<br />
produtos que eles desejam, horários com maior propensão ao consumo, meios de<br />
pagamento e canais de relacionamento. Dessa forma, fica mais fácil criar estratégias<br />
de aproximação e vendas a essas pessoas no futuro.
40 |<br />
TENDÊNCIAS<br />
3 – Pense, cada vez mais, no omnichannel<br />
A partir do momento em que o lojista conhece todos os passos do seu cliente,<br />
ele está pronto também para pensar no omnichannel, isto é, no relacionamento<br />
entre os canais com seu público consumidor. A pandemia de covid-19 obrigou a<br />
grande maioria dos empresários a adotar meios digitais para vender e disponibilizar<br />
seus produtos e serviços – mesmo aqueles que nunca tinham atuado no ambiente<br />
digital. Assim, torna-se essencial integrar a atuação da marca nos diferentes pontos<br />
de compra.<br />
4 – Entregue valor aos consumidores<br />
Outra recomendação essencial em tempos de pandemia (e que certamente vai ser<br />
uma norma no futuro) é a necessidade de entregar valor a seus consumidores em cada<br />
contato deles. As pessoas já estavam mudando seus hábitos de consumo nos últimos<br />
anos, mas a quarentena e o isolamento social acentuaram essa transformação. Hoje, o<br />
indivíduo não quer apenas comprar, mas saber que a marca que ele escolheu oferece<br />
as melhores condições, está preocupada com sua segurança e com a comunidade.<br />
5 – Inove com novos modelos de negócios<br />
Por fim, o atual momento mostra que a inovação é um elemento cada vez mais<br />
importante no dia a dia do varejo. Deixou de existir espaço para achismos na gestão<br />
de uma loja. É preciso estar em constante atualização e descobrir as principais<br />
tendências do seu segmento. Portanto, não fique parado: busque novas soluções,<br />
inove no modelo de negócio e faça parcerias. Assim, quando a pandemia passar e<br />
o “novo normal” virar a nossa realidade, o varejo estará pronto e estruturado para os<br />
futuros desafios que virão.<br />
*Flavia Pini é CEO na FX Retail Analytics, empresa que oferece inteligência para o varejo por<br />
meio do monitoramento de fluxo – fx@nbpress.com
41 |<br />
INDICATIVOS<br />
| POR: REDAÇÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
NÚMEROS DO SETOR<br />
Definitivamente este é um ano que as<br />
montadoras vão querer esquecer, por uma<br />
série de razões, mas a principal delas foi<br />
a pandemia da Covid-19. No entanto, segundo o<br />
levantamento mensal da Associação Nacional dos<br />
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea),<br />
novembro manteve o viés de alta iniciado no segundo<br />
semestre, apresentando os melhores números da<br />
indústria automobilística no ano, um alento para<br />
todo o setor. Exportações e produção chegaram a<br />
superar os patamares de novembro de 2019, mas o<br />
mercado interno ainda gira 7,1% abaixo do verificado<br />
no ano passado.<br />
A produção segue impactada pelos protocolos<br />
sanitários nas fábricas e também pela falta de<br />
componentes e insumos. Em novembro foram<br />
produzidos 238.200 autoveículos, crescimento de<br />
apenas 0,7% sobre outubro, portanto incapaz de<br />
acompanhar o aumento da demanda. Esse número é<br />
4,7% superior ao de novembro de 2019, mas naquela<br />
época havia estoque de 330 mil veículos. Hoje há<br />
menos de 120 mil veículos estocados nas fábricas e<br />
na rede, volume suficiente par sustentar apenas 16<br />
dias de vendas. No acumulado do ano, a produção de<br />
1.804.759 unidades é 35% inferior à do ano passado.<br />
Surpresa positiva<br />
Ainda sobre os números apresentados pela<br />
Anfavea no começo deste mês, a surpresa positiva<br />
foi o volume exportado em novembro, de 44.007<br />
unidades, melhor resultado desde agosto de 2018.<br />
Essa alta é justificada pelo represamento de envios<br />
ocorrido nos últimos meses, em função do estágio<br />
de pandemia nos nossos países vizinhos, sobretudo<br />
na Argentina. E também por conta da antecipação de<br />
embarques para o encerramento do ano. De qualquer<br />
forma, o total de 285.925 unidades exportadas ainda<br />
é 28,4% menor que em 2019, que já havia sido um<br />
ano de forte queda.<br />
Já o mercado interno fechou com 225.010<br />
unidades licenciadas, alta de 4,6% sobre o mês<br />
anterior, porém com queda de 7,1% sobre novembro<br />
passado. No ano, foram 1.814.470 autoveículos<br />
emplacados, volume 28,1% inferior ao dos 11<br />
primeiros meses de 2019. Isoladamente, o setor<br />
de caminhões mantém resultados melhores que<br />
os de automóveis e ônibus. Máquinas agrícolas e<br />
rodoviárias tiveram discreto aumento na produção e<br />
nas exportações em novembro, na comparação com<br />
outubro, apesar de um ligeiro recuo nas vendas.<br />
2021 melhor<br />
"Os bons números de novembro dão alguma<br />
esperança para um 2021 melhor, desde que a<br />
pandemia seja controlada por vacinas, e que o<br />
ambiente de negócios no País seja estimulado por<br />
medidas de controle da dívida pública e reformas<br />
estruturantes que nos permitam ser competitivos",<br />
afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.<br />
"Mas antes disso teremos de superar alguns desafios<br />
imediatos em nosso setor e no País, como o aumento<br />
dos casos de covid-19, o risco de paralisação por<br />
falta de autopeças e a pressão de custos ligados ao<br />
câmbio e insumos. Tudo isso vem prejudicando uma<br />
retomada mais rápida da indústria", ressaltou.
42 | Pesados<br />
FOTON LANÇA NO BRASIL<br />
A FAMÍLIA AUMARK S<br />
Recentemente lançados na China, os caminhões trazem atributos<br />
premium de conforto, desempenho e segurança e atenderão no<br />
Brasil os segmentos de leves e médios
43 | Pesados<br />
TEXTO: REDAÇÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
A<br />
Foton apresenta ao mercado brasileiro sua nova geração de caminhões leves<br />
e médios. Trata-se da nova Família Aumark S, veículos que trazem, de série,<br />
os mais elevados conceitos de segurança, desempenho e conforto. Os novos<br />
caminhões, recentemente lançados na China, chegam ao País em três versões, sendo<br />
o Citytruck 6.5-15, Citytruck 9-16 e Citytruck 11-16.<br />
Segundo Márcio Vita, CEO da Foton no Brasil, essa nova família é um divisor de águas<br />
no segmento. “Esses veículos serão um novo marco na história da logística urbana<br />
brasileira. São caminhões que trazem, de série, itens de conforto e segurança que até<br />
então só eram encontrados como opcionais”, comenta.<br />
Os novos modelos da família Aumark S serão importados inicialmente. “Há uma<br />
boa expectativa em relação ao desempenho em vendas, uma vez que os veículos<br />
trazem atributos de qualidade e preços mais competitivos”, diz Vita. Na China,<br />
lançados em 2018, já apresentam resultados de vendas positivos, em torno de<br />
280 mil unidades vendidas.<br />
Durabilidade e resistência<br />
O trem-de-força dos novos caminhões segue com a harmoniosa dobradinha<br />
motorização Cummins e transmissão ZF, que asseguram otimização do consumo,<br />
reduzidos níveis de emissões e atende as normas Proconve P7, além de oferecer<br />
durabilidade e resistência reconhecidas.<br />
A versão Citytruck 6.5-15 tem motor Cummins ISF 2.8 L com potência de 150 cv e<br />
torque de 360 Nm, e é acoplado à transmissão ZF 5S 368, sincronizada com overdrive.<br />
Já a Citytruck 11-16 traz o motor Cummins ISF 3.8 L com potência de 156 cv e torque<br />
de 500 Nm, e transmissão ZF 6S 500, sincronizada e com Overdrive. Ambas têm janela<br />
para tomada de força (PTO).<br />
A versão Citytruck 9-16 vem equipada com o mesmo trem-de-força, portanto com<br />
mesma potência e torque. A diferença está no entre eixos menor, de 3,8 metros, tanque<br />
de combustível e pneus menores. Seu PBT é de 8.500 quilos, enquanto o modelo de<br />
11 toneladas é de 10.116 quilos legal e 11 mil quilos na capacidade técnica.<br />
Os veículos têm sistemas de injeção common rail e tratamento dos gases de escape<br />
com tecnologia SCR. As novas versões da família Aumark S também são as únicas<br />
da categoria com tanques de ar e combustível em alumínio e maior capacidade. O<br />
tanque do Citytruck 6.5-15 comporta 120 litros de diesel; o do 9-16, 160 litros; e o do<br />
Citytruck 11-16, 200 litros de diesel.<br />
Os três novos caminhões da Foton Caminhões contam com freio a ar, da WABCO,<br />
reconhecido por sua alta eficiência e disponibilidade de componentes, garantindo<br />
mais segurança e conforto durante a operação. E a versão Citytruck 6.5-15 é o único da<br />
categoria que vem equipado com freio a ar, tanto no freio dianteiro como no traseiro.<br />
Márcio Vita, CEO da Foton no Brasil<br />
Os novos modelos de caminhões da Família Aumark S contam com freio motor e<br />
possuem uma tecla de ajuste de condução. Além disso, possuem sistemas de<br />
segurança ativa da WABCO como freios ABS e EBD – Eletronic Brake Force Distribution<br />
no Citytruck 6.5-15, ABS nos 9-16 e 11-16, bem como DRL - Daytime Running Light -<br />
em LED, e têm sistema de segurança passiva.
44 | Pesados<br />
44<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
| BALCÃO AUTOMOTIVO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
De porta a porta, a largura da cabine é de 1.880 mm para a versão 6.5 toneladas e<br />
de 2.060 mm no caso dos 9 e 11 toneladas, atendendo a cada necessidade. A altura<br />
interna do piso ao teto é de 1.400 mm para todas as versões. Da parede traseira ao<br />
para-brisa na região central das cabines a medida é de 1.480 mm.<br />
Para se ter uma ideia, elas são produzidas em aço de alta resistência, com novos<br />
processos de pintura que garantem maior aderência e resistência a intempéries,<br />
elas possuem revestimento interno em cores creme claro e escuro e contam com<br />
materiais de alta qualidade, resistência e fácil limpeza.<br />
Espaço interno<br />
O arrojado design das novas cabines foi inspirado em estudos da Foton sobre os<br />
caminhões urbanos do futuro, valorizando conceitos como aerodinâmica, leveza,<br />
fluidez e elegância. O design também aproxima os novos veículos comerciais<br />
urbanos a automóveis de passeio, oferecendo aos motoristas experiência e sensação<br />
semelhantes de conforto ao dirigir.<br />
A saber, para que consiga atender ao mercado local, os lançamentos trazem duas<br />
opções de cabine, ambas com defletores de série, uma exclusividade da Foton<br />
Caminhões. Estes equipamentos aprimoram a aerodinâmica, principalmente quando<br />
o veículo vem implementado com baú.<br />
Com vistas ao aumento da produtividade logística, os designers da Foton se<br />
preocuparam em ampliar o espaço interno das cabines da nova geração dos<br />
caminhões Aumark S. O Citytruck 6.5-15 tem largura interna de 1.690 mm e os<br />
Citytruck 9-16 e 11-16 têm largura interna de 1.880 mm.<br />
O volante dos novos caminhões da família Aumark S conta com regulagem de altura<br />
e profundidade. Teclas multifunções no volante do modelo Citytruck 11-16 ampliam<br />
o conforto e comodidade do motorista, que também possui um multimídia MP5 e<br />
oferece possibilidade de inclusão de câmera de ré, e pareamento do telefone celular.<br />
O painel inteligente dos modelos Aumark S auxilia e alerta o motorista sobre<br />
quilometragem, consumo de combustível, marcha engatada da transmissão, código<br />
de mau funcionamento, ajuste da luz da tela, informações de manutenção, alarme do<br />
cinto de segurança e alarme de travamento da cabine durante a condução, além do<br />
para-brisa que oferece ampla visão.<br />
Pensando no conforto do motorista e passageiro, a Foton traz aos modelos da nova<br />
família Aumark S bancos com excelente ergonomia e regulagens longitudinal e de<br />
inclinação, sendo a cabina constituída de um prolongamento na parede traseira para<br />
ajudar nesses ajustes dos bancos.<br />
Garantia e cores<br />
Outra grande vantagem para o cliente que adquire os novos Foton é a garantia de três<br />
anos ou 100 mil quilômetros, de para-choque a para-choque, valendo o que ocorrer<br />
primeiro, com mão de obra grátis nas duas primeiras revisões. Os novos Foton estão<br />
disponíveis nas cores branca, azul, vermelha, prata e preta.<br />
A nova família de veículos Aumark S apresenta elevada robustez e durabilidade. O<br />
Foton Aumark S Citytruck 6.5-15 tem peso bruto total (PBT Técnico) de 6.660 quilos,<br />
enquanto o Foton Aumark S Citytruck 9-16 é de 8.850 quilos. O Foton Aumark S<br />
Citytruck 11-16 tem peso bruto total (PBT Técnico) de 11 mil quilos, ou seja, estão<br />
projetados para desafios inesperados.
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TEXTO: TEXTO: REDAÇÃO REDAÇÃO | FOTO(S): | FOTO(S): DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO<br />
| DEZEMBRO DE 2020 | 46<br />
PARTICIPAÇÃO E VENDAS<br />
DA MERITOR BRASIL NO<br />
AFTERMARKET CRESCEM EM 2020<br />
Conceituada fabricante, a Meritor Brasil celebra crescimento de vendas e<br />
participação no mercado brasileiro de reposição em 2020, mesmo diante<br />
do cenário de retração econômica. Segundo Gerson Backrany, gerente<br />
nacional de Vendas de Aftermarket da Meritor Brasil, “a previsão é fechar<br />
o ano com 20% de crescimento nas vendas em relação ao ano passado.<br />
Esse mesmo percentual, de 20%, é anotado no aumento de participação<br />
da empresa no aftermarket em 2020 em comparação com 2019, uma alta<br />
significativa considerando as adversidades do ano”.<br />
MOTORIZAÇÃO FPT ACELERA<br />
BUSCA PELO TÍTULO NA COPA<br />
TRUCK 2020<br />
A emoção da maior competição de caminhões do Brasil voltou ao Autódromo<br />
de Interlagos, em São Paulo, no final de semana de 11 a 13 de dezembro,<br />
acelerada pelos motores da FPT Industrial. Apaixonada pelas pistas, a<br />
marca líder em powertrain equipa na etapa final da Copa Truck 2020 os<br />
caminhões de Felipe Giaffone (#4), que disputava o título da temporada,<br />
Djalma Pivetta (#21) e Luiz Lopes (#99). Os pilotos contam com a força,<br />
a confiabilidade e a robustez do FPT Cursor 13, um dos motores mais<br />
conhecidos das estradas, que recebeu preparação especial para as pistas.<br />
ZF É HOMENAGEADA COM<br />
O PRÊMIO DE FORNECEDOR<br />
PLATINUM DA WABASH<br />
NATIONAL CORPORATION<br />
A divisão de Sistemas de Controle de Veículos Comerciais da ZF recebeu<br />
o Wabash National Platinum Award pela excelência no desempenho como<br />
fornecedor. O prêmio reconhece os principais fornecedores pelo excepcional<br />
desempenho em apoio à fabricante de semirreboques Wabash National no ano<br />
anterior. “A ZF tem sido uma parceira dedicada por muitos anos”, disse Cody<br />
Vaught, gerente de categoria global da Wabash National. “O compromisso e<br />
o suporte da ZF para com a Wabash National têm sido incríveis. Parabéns à<br />
equipe ZF por ganhar pela décima vez o prêmio da Wabash National”.<br />
NATAL EM FAMÍLIA: EMPRESAS<br />
RANDON PROMOVEM<br />
TRADICIONAL FESTA DE FINAL DE<br />
ANO DE FORMA VIRTUAL<br />
Dando prosseguimento a uma tradição de muitos anos, as Empresas<br />
Randon promoveram no início do mês de dezembro a tradicional festa<br />
de Natal, que mobiliza os milhares de colaboradores do grupo. Neste<br />
ano, seguindo as recomendações e protocolos de saúde e segurança, a<br />
companhia realizou na tarde do domingo, 6 de dezembro, esse encontro por<br />
meio virtual e aberto a toda comunidade. A live especial Natal em Família<br />
contou com a chegada do Papai Noel, apresentações artísticas e o início de<br />
sorteio de brindes especiais para os colaboradores, entre outras atrações.
| DEZEMBRO DE 2020 | 47<br />
UMICORE APRESENTA<br />
ESTUDO SOBRE IMPACTOS<br />
DO BIODIESEL NO DIESEL<br />
BRASILEIRO<br />
ECOURBIS OPTA PELAS AUTOMÁTICAS<br />
ALLISON PARA RENOVAR SUA FROTA<br />
A Umicore participou do Web Fórum SAE Brasil, principal evento do ano<br />
para discutir a mobilidade, que aconteceu até 03/12, totalmente digital.<br />
Na ocasião, a empresa fez a apresentação do paper “Effect of Biodiesel<br />
Blends on the Aging of EURO VI Aftertreatment System” – “Efeito das<br />
misturas de biodiesel no envelhecimento do sistema de pós-tratamento<br />
EURO VI”. Realizada por Lucas Nunes, engenheiro sênior de Tecnologia<br />
Aplicada da Umicore, a palestra aconteceu na quinta-feira, 03/12, às<br />
10h30. O especialista introduziu os resultados de um estudo realizado<br />
pela Umicore, em seu centro de pesquisa em Americana (SP).<br />
Responsável pelo recolhimento de resíduos domiciliares e materiais<br />
recicláveis em mais da metade da capital paulista, a EcoUrbis adquire<br />
110 novos caminhões com transmissões totalmente automáticas Allison<br />
da Série 3000. A compra faz parte de um plano de renovação da frota.<br />
Criada em 2004, a EcoUrbis Ambiental S.A. é a concessionária municipal<br />
responsável pela coleta, transporte e destinação final ambientalmente<br />
adequada de resíduos sólidos domiciliares, materiais recicláveis e<br />
resíduos dos serviços de saúde em todo o Agrupamento Sudeste da cidade<br />
de São Paulo.<br />
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TEXTO: REDAÇÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO | DEZEMBRO DE 2020 | 48<br />
ALIANÇA ZEBRA ANUNCIA<br />
A EXPANSÃO DE ÔNIBUS<br />
ELÉTRICOS NA AMÉRICA LATINA<br />
A Aliança ZEBRA apresentou a coalizão de 17 novos investidores e fabricantes de<br />
ônibus que assumem, a partir de agora, o compromisso de trazer novos produtos e<br />
financiamento para aumentar a frota de ônibus zero emissões na América Latina.<br />
A aliança internacional está trabalhando de forma conjunta para conquistar<br />
US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) em investimentos de modo a viabilizar a inclusão<br />
de mais de 3.000 ônibus elétricos nas cidades latino-americanas. Fabricantes<br />
irão, dentro de 12 meses, expandir seu fornecimento de ônibus elétricos para a<br />
América Latina, focando em cidades no Brasil, Chile, na Colômbia e no México.<br />
YPF BRASIL PARTICIPA DA<br />
ÚLTIMA RODADA DA COPA<br />
TRUCK 2020<br />
A última etapa da Copa Truck 2020 aconteceu no domingo (13), às 14h. As<br />
pistas do Autódromo de Interlagos, em São Paulo, receberam a rodada que<br />
concluiu o torneio neste ano. A YPF Brasil participou da corrida, que mais uma<br />
vez teve Débora Rodrigues na disputa pelo pódio e representando a marca no<br />
campeonato. Como forma de manter a segurança sanitária, a etapa realizada<br />
em Interlagos não contou com a presença de público. A medida visa manter<br />
a segurança sanitária, como forma de combate ao novo coronavírus e vale<br />
tanto para os treinos como para a prova.<br />
EATON FECHA ANO EM RITMO<br />
ACELERADO PARA MERCADO DE<br />
REPOSIÇÃO E APONTA CRESCIMENTO<br />
DE DOIS DÍGITOS PARA 2021<br />
Para 2021, a EATON prevê um crescimento em relação ao Aftermarket,<br />
na casa dos dois dígitos. “Nossas metas e planos para 2021 são<br />
extremamente agressivos. Claro que ainda trabalhamos com algumas<br />
incertezas em relação à demanda real do mercado, afinal existem dúvidas<br />
sobre a extensão dos incentivos concedidos pelo governo durante o período<br />
mais acentuado da pandemia. Mas, ainda assim, enxergamos um cenário<br />
bastante positivo e promissor, principalmente porque nossas estratégias<br />
de crescimento funcionaram muito bem ao longo deste ano”, comenta<br />
Carlos Carvalho, diretor de Aftermarket da EATON.<br />
VALVOLINE LANÇA<br />
LUBRIFICANTE DE MOTOR E700<br />
PARA VEÍCULOS PESADOS<br />
A Valvoline lança mais um produto no mercado destinado a veículos<br />
pesados para motores movidos a diesel. O E700 (TURBO DIESEL 15W40<br />
E700) lubrificante mineral é fabricado conforme os padrões de qualidade<br />
que garantem alta performance<br />
e proteção ao motor, aprovado<br />
pelo Instituto Americano de<br />
Petróleo (API) como API CI-4/SL*,<br />
retrocompatível com os níveis<br />
de desempenho anteriores como<br />
CH-4. Entre as características,<br />
o lançamento possui elevada<br />
lubricidade e retenção alcalina<br />
para oferecer proteção contra<br />
oxidação e evitar formação de<br />
resíduos, atendendo a vários<br />
modelos de veículos pesados.
TEXTO: REDAÇÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO | DEZEMBRO DE 2020 |<br />
DAF CAMINHÕES BRASIL É<br />
RECONHECIDA COM O SELO<br />
SESI ODS POR BOAS PRÁTICAS<br />
NO COMBATE À COVID-19<br />
A DAF Caminhões Brasil recebeu o Selo Sesi ODS 2020, concedido pelo<br />
Sesi (PR), a indústrias, empresas, instituições públicas, organizações<br />
não-governamentais, e instituições de ensino públicas e privadas. Para<br />
conquistar a certificação foram avaliadas as boas práticas na prevenção<br />
da Covid-19 e nas ações pós-pandemia, relacionadas aos ODS (Objetivos<br />
de Desenvolvimento Sustentável), no estado do PR. Com a pandemia<br />
no País, a DAF Caminhões Brasil implantou o Programa de Prevenção e<br />
Combate à Covid-19 e realizou diversas ações para proteger a saúde dos<br />
colaboradores, fornecedores e da comunidade onde está presente.<br />
VOLVO BATE RECORDE DE<br />
VENDAS DE CAMINHÕES<br />
SEMINOVOS EM 2020<br />
Com mais de 1.500 unidades comercializadas já no início de dezembro,<br />
Volvo registra o maior volume anual de vendas de caminhões seminovos<br />
em mais de duas décadas de atuação da fábrica neste setor. Para celebrar,<br />
uma nova edição do “Feirão on-line de Seminovos” traz oportunidades<br />
inéditas até o Natal. “Mesmo no momento de retração de veículos novos,<br />
no início da pandemia, nosso negócio de seminovos não diminuiu. E<br />
depois, com o reaquecimento da demanda por transportes, a procura por<br />
usados também cresceu, nos levando a este recorde histórico”, comemora<br />
Rogério Kowalski, gerente Comercial de seminovos Volvo.<br />
SOLUÇÕES MARCOPOLO<br />
BIOSAFE TAMBÉM SÃO<br />
EXPORTADAS PARA O PARAGUAI<br />
O Paraguai é o quarto país da América Latina a contar com ônibus<br />
Marcopolo com soluções Biosafe. A CANINDEYÚ S.R.L., operadora de<br />
transportes com sede em Assunção e atuação em todo o país, acaba de<br />
adquirir três novos veículos rodoviários Marcopolo Paradiso New G7 1800<br />
Double Decker com sistema UV-C para desinfecção de ar-condicionado e<br />
sanitário. As soluções de biossegurança Marcopolo BioSafe estão sendo<br />
cada vez mais solicitadas pelos clientes para garantir os mais elevados<br />
padrões de segurança e bem-estar para os passageiros e usuários do<br />
transporte rodoviário.<br />
CNT CONSIDERA QUE VETO<br />
PRESIDENCIAL AO AUXÍLIO<br />
EMERGENCIAL PARA EMPRESAS<br />
DE TRANSPORTE URBANO É<br />
EQUÍVOCO AO PAÍS<br />
A Confederação Nacional do Transporte - CNT recebeu, com perplexidade,<br />
o veto integral do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei n.º 3.364/20,<br />
que cria o auxílio emergencial de R$ 4 bilhões para sistemas de transporte<br />
em cidades com mais de 200 mil habitantes. Para a Confederação, o veto<br />
integral é um equívoco. O texto aprovado pelo Congresso Nacional foi<br />
amplamente discutido e construído de forma conjunta com os ministérios<br />
da Economia e da Infraestrutura, atendendo as contrapartidas solicitadas<br />
pelas pastas, de modo que atendessem aos anseios de todos os envolvidos.
50 |<br />
VAREJO<br />
| POR: REDAÇÃO | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
As perspectivas do<br />
varejo tradicional<br />
e o futuro do<br />
omnichannel<br />
O relatório da Manhattan Associates desconstrói a recente mudança de<br />
paradigma trazida pela COVID-19 para o varejo tradicional e identifica três<br />
fases de recuperação<br />
A<br />
COVID-19 representa uma mudança de paradigma para o varejo, acelerando<br />
a adoção do consumidor pelo comércio eletrônico e questionando o varejo de<br />
loja física como padrão de opção de compra. Um novo relatório de perspectiva<br />
do setor mostra que o varejo tradicional, longe de estar morto, está apenas evoluindo<br />
- capturado no olho do furacão antes que mudanças permanentes varram todo o setor.<br />
O relatório, publicado pela Manhattan Associates – líder em soluções de tecnologia<br />
para supply chain e comércio omnichannel, projeta, constrói e fornece soluções de<br />
ponta em nuvem e on-premises, para que, através das suas lojas, rede ou de seu centro<br />
de distribuição, você esteja pronto para obter os resultados do mercado omnichannel<br />
–, avalia as mudanças trazidas pela COVID-19 e identifica três fases necessárias de<br />
recuperação para os varejistas:<br />
• Atendendo aos requisitos de segurança em evolução<br />
e de longo prazo dos clientes.<br />
• Aproveitando os pontos fortes e as vantagens<br />
exclusivas de um espaço físico de varejo.<br />
• Combinando on-line e off-line em uma estratégia<br />
omnichannel intencional e eficaz.<br />
A pesquisa da Manhattan Associates e Forrester mostra que, embora mais<br />
consumidores norte-americanos (17 a 23%, dependendo da faixa etária pesquisada)<br />
esperem fazer mais compras online no futuro, muitos (38 a 56%) também esperam<br />
retomar seus hábitos de compra em breve. A COVID-19 não representa a morte do varejo<br />
tradicional de loja física, mas sim o nascimento de uma abordagem verdadeiramente<br />
omnichannel.<br />
Para recuperar, manter e expandir os negócios, os varejistas devem aproveitar sua<br />
presença física e experiência na loja para atrair os compradores de volta à loja – haja vista<br />
a nossa matéria nesta edição do Balcão Automotivo Digital em que destacamos algumas<br />
lojas do varejo de autopeças, especificamente, que estão abrindo filiais –, enquanto<br />
também atualizam a experiência online para construir relacionamentos nesse ambiente.<br />
O primeiro passo é atender aos requisitos de segurança em evolução dos clientes.<br />
Isso pode significar qualquer coisa, desde sinalização definindo claramente normas em<br />
torno de máscaras e distanciamento social, até limpeza e higienização regulares em<br />
toda a loja. Os varejistas que desejam oferecer suporte ao tráfego na loja devem ajustar<br />
continuamente o ambiente de compras para segurança e comunicar essas mudanças<br />
aos clientes.<br />
Enquanto isso, os varejistas devem buscar aproveitar as vantagens exclusivas de<br />
um espaço físico de varejo, desde a gratificação imediata associada às lojas físicas até o<br />
acesso a um suporte experiente e pessoal ao cliente. O apelo à natureza social e ao senso<br />
de comunidade dos clientes também garantirá melhores resultados à medida que os<br />
efeitos da pandemia se dissipam e os consumidores voltam a fazer compras na loja.<br />
Finalmente, o relatório revela que, embora 92% dos executivos estejam alinhados<br />
com a necessidade de uma estratégia omnichannel, pouco mais da metade sentem que<br />
possuem os processos (52%), tecnologia (52%) ou métricas (46%) corretos para alcançar<br />
essas estratégias. Isso aponta para a etapa mais importante para os varejistas - tornar<br />
sua estratégia omnichannel uma prioridade. O relatório identifica as cinco etapas cruciais<br />
para conseguir isso:<br />
• Estude o novo comportamento do consumidor;<br />
• Encurtar o cronograma;<br />
• Construir a tecnologia;<br />
• Prepare-se para troca;<br />
• Crie uma experiência holística para o cliente online-offline.<br />
O relatório da conceituada empresa conclui ainda que: “a COVID-19 mudou a relação<br />
do consumidor com o varejo na loja. Neste momento, os varejistas hoje operam no olho<br />
do furacão, sem saber ao certo para que lado o vento vai soprar, porque as lojas físicas<br />
não são mais a opção padrão e segura que eram no passado - e o e-commerce não é<br />
mais apenas um fluxo de receita alternativo”.<br />
Os varejistas que desejam navegar com sucesso pelos ventos fortes da mudança<br />
para permanecerem relevantes - e lucrativos - neste novo ambiente precisam abraçar<br />
o fato de que já são organizações omnichannel. E eles precisam enfrentar o desafio de<br />
fornecer essa experiência omnichannel holística a seus clientes, desde marketing online<br />
a compras na loja, a aplicativos de fidelidade móvel e atendimento doméstico ou na loja.
52<br />
# 14<br />
DEZ<br />
2020<br />
C A D E R N O<br />
BALCONISTA<br />
AUTOMOTIVO<br />
Contribuindo para<br />
o aprimoramento<br />
do profissional do<br />
varejo de autopeças<br />
1ª Semana<br />
Balconista<br />
Automotivo<br />
Foram cinco lives, com<br />
a participação de dez<br />
profissionais de vendas, das<br />
cinco regiões brasileiras, que<br />
mostraram a sua visão de<br />
mercado. Confira!
53<br />
CADERNO BALCONISTA AUTOMOTIVO<br />
TEXTO: KARIN FUCHS E SILVIO ROCHA | FOTO(S): DIVULGAÇÃO<br />
Em homenagem ao Dia do Balconista,<br />
comemorado em 26 de novembro, o Balcão<br />
Automotivo Digital realizou uma série de cinco<br />
lives, intituladas “1ª Semana Balconista Automotivo”,<br />
entre os dias 23 e 27. Cada uma delas contou com<br />
a participação de dois profissionais de vendas, que<br />
estão atrás do balcão, no telemarketing, no comércio<br />
eletrônico ou na consultoria comercial externa. A<br />
maioria falou sobre a importância dos treinamentos,<br />
do atendimento ao cliente e em como despertar o<br />
interesse do jovem para essa profissão.<br />
No primeiro dia, participaram Leonardo de<br />
Almeida Assis, da PRPK Auto Peças, de São Paulo (SP),<br />
e Manoel Alves Guimarães Filho, da Jaicar Auto Peças,<br />
de Goiânia (GO). “Estou sentindo falta de uma grande<br />
empresa chegar na loja e falar: olha, Leonardo, nós<br />
estamos abrindo um curso para os seus balconistas<br />
mais novos. É muito importante o vendedor saber<br />
como funciona a peça e não só qual é o número dela.<br />
Isso é até um protesto meu, as grandes empresas<br />
podem abrir mais cursos para os vendedores”, disse<br />
Leonardo.<br />
empresa é muito grande em deixar o vendedor<br />
preparado para atender”.<br />
Leonardo disse que os virtuais são mais um<br />
caminho, mas não o único. “Quanto mais portas se<br />
abrirem, mais rico ficará o setor. A internet, as lives,<br />
os catálogos online e os sistemas ERP, sistemas<br />
integrados, vieram para ficar. Tudo é válido, o que<br />
não pode acontecer é ficar só nisso, tem pessoas que<br />
são de outra época, eu, por exemplo, me especializei<br />
há pouco tempo na área de tecnologia, viemos de<br />
uma época em que a internet era quase nula. É mais<br />
uma porta, diante do momento que vivemos, para<br />
podermos usar esses recursos”.<br />
Chamado pelos colegas de máquina de vendas,<br />
Manoel contou que atribui isso ao seu conhecimento<br />
em relação às peças e à sua curiosidade em estar<br />
sempre aprendendo. “Buscar conhecimento<br />
e se atualizar, acho que esses são os grandes<br />
diferenciais das minhas vendas. Devido a isso, eu vou<br />
conquistando novos clientes a cada dia e eles voltam<br />
a me procurar, cada vez mais aumentando a minha<br />
carteira de clientes”.<br />
Uma profissão que Leonardo compartilha. “Eu<br />
tenho clientes internos e externos, uma gama<br />
de meninos que está trabalhando conosco, uma<br />
juventude que está vindo para fazer a frente e que<br />
eu os ajudo muito. E os externos são os que vêm no<br />
balcão. Eu tenho os meus clientes, os mais antigos,<br />
aqueles que me procuram são do coração. No dia a<br />
dia procuramos sempre agregar, esse é o segredo em<br />
vendas. E quando não der conta, delegar para outro,<br />
sempre procurando dar o melhor atendimento ao<br />
cliente, esse é o principal”.<br />
Gestão de vendas<br />
No segundo dia, as participações foram de Robson<br />
Macedo, da Rocha Auto Peças, de Indaiatuba (SP), e<br />
Djalma Santos Nunes, da Carbwel Auto Peças, de São<br />
Paulo (SP). “Geralmente, a pessoa que vai à loja fazer<br />
a compra não entende, a mesma coisa em relação às<br />
Na Jaicar, Manoel falou que isso é uma grande<br />
preocupação da empresa. “Nós sempre temos<br />
cursos. Mesmo depois do horário comercial, toda<br />
semana nós tínhamos palestras na empresa antes da<br />
pandemia. Depois desse problema, chegamos a ter<br />
palestras online, curso online de vendas. A Jaicar tem<br />
uma preocupação muito grande em relação a isso<br />
e quer sempre atualizar o colaborador”. O que inclui<br />
treinamentos na oficina.<br />
“A Jaicar nunca parou, ela está fazendo<br />
treinamentos internos e levando os vendedores<br />
novos para uma oficina parceria para eles fazerem<br />
curso de mecânica. O aprendizado do funcionário é<br />
diário, principalmente no atendimento de televendas,<br />
por atender mais pessoas. A preocupação da nossa
54 CADERNO BALCONISTA AUTOMOTIVO<br />
raça, buscar conhecimento e acabei me apaixonando<br />
pelo que eu faço. Vender é uma arte, sinto-me realizado<br />
com o que eu faço. A empresa (Mundo do Caminhão)<br />
dá um suporte muito grande para você querer aprender<br />
e evoluir”, contou Jean, que também cursa a faculdade<br />
de Marketing.<br />
“Eu também fui na raça. Eu era motoqueiro, eu tive os<br />
melhores professores no meu segmento, os vendedores<br />
que eu ficava olhando. E eu pensava: se ele conseguia<br />
vender, eu iria conseguir também. Trabalhei em uma<br />
autopeças que tinha cinco vendedores, um melhor<br />
que o outro, mais cada um deles com o seu jeito, e eu<br />
adquiri um pouco de cada um. Conhecimento é tudo<br />
e eu assisto a vários vídeos no YouTube sobre como<br />
atender melhor o cliente”, disse Johnny.<br />
marcas, você tem que falar qual seria a melhor e qual<br />
é a ruim. E, assim, vai passando o seu conhecimento<br />
para escolher o produto que ela quer, você acaba<br />
tendo a confiança dela e fazendo uma boa venda. São<br />
dois tipos de consumidores: o que busca preço e o que<br />
busca qualidade, na hora você tem que adivinhar o que<br />
ele quer”, diz Djalma.<br />
Para Robson, o vendedor é um formador de opinião.<br />
“Entre a grande maioria de clientes que chega na loja,<br />
muitos já vêm com seus smartphones na mão, sabendo<br />
o preço da peça. Tem que descobrir a necessidade<br />
dele e passar o que realmente ele quer, se é preço ou<br />
marca. Hoje com a informação, os clientes já chegam<br />
na loja preparados, mas muitas vezes com a mensagem<br />
errada. Você precisa entender o que está acontecendo<br />
para passar as informações corretas e atender o que ele<br />
realmente precisa”.<br />
Ainda de acordo com ele, o maior desafio hoje é<br />
formar profissionais de vendas. “É nisso que precisamos<br />
focar bem, claro que juntamente com palestras,<br />
treinamentos e com o empenho de quem quer<br />
ingressar nessa carreira. Tem que investir muito nisso<br />
para desenvolver algum projeto para chamar o jovem<br />
para o nosso mercado, primeiro ele tem que ter vontade<br />
e motivação para aprender, e o que podemos fazer é<br />
capacitá-lo, trazê-los para o nosso lado e ensinarmos o<br />
passo a passo”.<br />
Opinião similar compartilhou Djalma. “Basicamente<br />
é o que o Robson falou: trazê-los para o nosso lado<br />
e colocar cada um com um vendedor experiente e<br />
trabalhar o passo a passo. Caso contrário, futuramente<br />
não haverá mais vendedor, mas sim digitadores”.<br />
Inclusive, ele também falou que hoje a melhor<br />
ferramenta para vendas é o WhatsApp, o que não<br />
descarta de modo algum o conhecimento em relação<br />
às peças.<br />
“Hoje, eu fico mais no balcão, no WhatsApp e no<br />
telefone. Muitas vezes fica mais viável para o cliente<br />
(final) fazer o pedido por essa ferramenta e a entrega<br />
ser feita em sua residência”. Ferramenta que, de acordo<br />
com Robson já é a principal nas vendas. “Cai um pouco<br />
a presencial na medida em que as pessoas ingressam<br />
no WhatsApp, elas já mandam mensagens para nós,<br />
retiramos o pedido, ela vai na loja retirá-lo e ganha<br />
velocidade com isso. Hoje as minhas vendas são<br />
praticamente 99% por essa ferramenta”.<br />
Aprendizado na raça<br />
No terceiro dia, foi a vez de Jean Carlos Maciel<br />
Humenhuk, da Mundo do Caminhão, de Vacaria (RS),<br />
e Johnny Franco da Silva, da Braskape Autopeças, de<br />
São Paulo (SP). Eles contaram como começaram nessa<br />
profissão. “Eu não vim dessa área e tive que aprender na<br />
No dia a dia, ele sente falta de treinamentos. “Faz<br />
muito tempo que não participamos de palestras, mas<br />
com certeza elas voltarão quando a pandemia for<br />
embora e eles vão aprofundar mais em conhecimento”,<br />
comentou. Falando sobre clientes, “hoje eu os vejo<br />
como um parceiro, um amigo, e procuro dar opções<br />
para eles e deixá-los à vontade”. E quando o cliente<br />
busca algo mais antigo, ele diz que o jeito é recorrer<br />
ao antigo catálogo, como nos casos dos veículos<br />
carburados.<br />
No Mundo do Caminhão, Jean conta que ele<br />
também sente falta, mas que no dia a dia essa carência<br />
é suprida. “No nosso segmento não tem tantas palestras<br />
para falar sobre itens. O que fazemos é ter um bom<br />
relacionamento com os nossos fornecedores, quando<br />
temos alguma dúvida sobre aplicação, a gente liga para<br />
eles. E quando trazemos produtos novos para o site, já<br />
tentamos entender como é feita a aplicação, a nossa<br />
equipe comercial trabalha basicamente nesse sentido”.<br />
Aprendizado mesmo, diz ele, é com o cliente. “A<br />
gente aprende muito com o cliente, a dúvida dele se<br />
torna a nossa dúvida, e vamos em busca da resposta,<br />
assim, conseguimos agregar e ter conhecimento.<br />
A arte da venda está no nosso dia a dia, evoluindo e<br />
aprendendo”.<br />
Nos extremos do País<br />
No quarto dia, 26/11, Dia do Balconista de Autopeças,
CADERNO BALCONISTA AUTOMOTIVO<br />
55<br />
manutenção, centro automotivo, e aprendemos no<br />
dia a dia atendendo os clientes”. Além da falta de<br />
peças, Elias conta que a região também é carente de<br />
vendedores. “Não vejo tanto os jovens com interesse,<br />
na Dalcar a maioria é de vendedores antigos, de um<br />
total de sete, só dois são novos”.<br />
Na Jocar, Alexandrino comenta que eles sempre<br />
dão incentivos para buscar pessoas novas, jovens<br />
aprendizes. “Vemos que não são todas as pessoas que<br />
querem entrar no ramo, acho que ficam com medo pela<br />
falta de conhecimento, mas se tiver força de vontade e<br />
interesse, ela aprende rapidamente e também precisa<br />
gostar do ramo”.<br />
Do cliente para dentro de casa<br />
participaram Alexandrino Alves da Silva Junior, da Jocar<br />
Auto Peças, de São Paulo (SP), e Elias Shineider, da<br />
Dalcar Auto Peças, de Rio Branco (AC). Elias contou que<br />
na sua região, falta de peças é um problema, mas não<br />
para a Dalcar, que tem um grande estoque de peças.<br />
“Mas nem todas as autopeças têm tudo o que o cliente<br />
procura, sempre falta alguma coisa, aqui em Rio Branco<br />
o transporte é complicado, mas a gente batalha, corre<br />
atrás, pedindo de fora, atendendo o cliente e assim<br />
vamos levando no dia a dia”.<br />
Diferentemente da realidade na Jocar. “Como<br />
estamos em São Paulo, nós temos muitos fornecedores<br />
e como temos contato direto com os distribuidores,<br />
no próprio site trabalhamos com a estrutura deles<br />
junto ao estoque da Jaicar, fica mais fácil de correr<br />
atrás e adquirir o produto para o cliente. No começo<br />
da pandemia tivemos alguns problemas, mas agora<br />
está praticamente voltando tudo ao normal”, afirmou<br />
Alexandrino.<br />
conhecimento. Com o tempo, o meu conhecimento, o<br />
meu caráter e a minha força de vontade, e o gostar de<br />
fazer o que estava fazendo, acho que foi por isso que<br />
cheguei onde estou”.<br />
Elias também ralou um pouco até chegar no<br />
balcão. “Eu comecei como motoboy em outro Estado,<br />
comprando peças na rua e eu ia aprendendo com os<br />
vendedores que tinham na empresa. Fui transferido<br />
para o Acre por uma outra empresa e estou há quase<br />
10 anos no balcão. A gente também tem a parte de<br />
No último dia, participaram André Keppe, da Vila<br />
Nori Autopeças, de Curitiba (PR), e Idemar Sousa, da<br />
Truckão Autopeças, de Fortaleza (CE). André falou sobre<br />
a sua experiência profissional no setor de autopeças e<br />
hoje, como coordenador comercial externo, o quanto<br />
isso faz a diferença, principalmente no atendimento<br />
certeiro para o cliente.<br />
“Como consultor comercial externo, em três meses,<br />
eu visitei umas 200 (oficinas) mecânicas em Curitiba.<br />
Estar próximo ao cliente funciona muito e olhando<br />
onde a peça é colocada, um dos mecânicos me disse<br />
que eu deveria mandar um vendedor passar um dia<br />
Antes de ser coordenador de vendas, ele começou<br />
no estoque e o conhecimento sobre vendas, ele<br />
aprendeu com os seus colegas no balcão. “Até eu<br />
me tornar coordenador, eu tive outras experiências<br />
e o meu antigo gerente sempre falava: “a gente<br />
pede muitas coisas para você fazer, pois você tem<br />
capacidade e a gente vê que você é uma pessoa que<br />
pode ir longe”. Para mim o importante era trabalhar e ter
56 CADERNO BALCONISTA AUTOMOTIVO<br />
hoje um elo da cadeia, entre o lojista e seus clientes<br />
e aplicadores. Como elo, ele é um grande formador<br />
de opinião. Não tem como não valorizar demais o<br />
vendedor de autopeças do Brasil, seja ele do varejo ou<br />
do atacado”, afirmou Ranieri.<br />
Qualificação que também foi comentada por André<br />
e por Idemar. “É uma preocupação da nossa loja fazer<br />
treinamentos, este ano atrapalhou muito, entendo que<br />
o vendedor precisa ser: flexível e multifacetado. Saber<br />
ser bem flexível na arte de vender, pois não é fácil<br />
vender, não funciona atender todo mundo igual, quem<br />
define o jeito do atendimento acontecer é o cliente. O<br />
vendedor tem que ser flexível e é difícil aprender isso”,<br />
falou André.<br />
com ele, para ver como ele trabalha e como é o dia a<br />
dia de uma oficina. Para o vendedor é uma experiência<br />
muito legal, se os donos das autopeças fizessem esse<br />
experimento, acho que funcionaria muito”.<br />
Idemar está no televendas. “O André falou de oficina.<br />
No início, eu passei uns oito meses na oficina e foi<br />
onde eu mais aprendi a vender peças. Trazendo isso<br />
para o meu dia a dia, tem me ajudado muito, mesmo<br />
não estando diretamente com o cliente, eu consigo<br />
entender a necessidade dele. Atender não somente as<br />
necessidades do cliente, mas também de uma futura<br />
garantia e de identificar uma peça que ele esteja<br />
aplicando de forma errada”.<br />
Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil e do<br />
Sistema Sincopeças/Assopeças (Ce), também participou<br />
dessa live e falou sobre a certificação dos balconistas<br />
de peças e acessórios para veículos. “Nós iniciamos o<br />
processo de certificação, ele é de autoria do Chicão<br />
(Francisco De La Torre, presidente do Sincopeças-SP),<br />
trouxemos o Sergio Alvarenga (membro do conselho<br />
diretor do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva) e<br />
levamos isso para a Câmara Automotiva Nacional, da<br />
Confederação Nacional do Comércio”.<br />
O pontapé inicial para o certificado de balconista<br />
já foi dado. “Ele será muito interessante, não só para<br />
os balconistas, mas principalmente para as empresas<br />
que investirem nos seus profissionais. O balconista é<br />
Na sequência, Idemar mostrou a sua visão sobre o que<br />
é ser um vendedor. “Eu sou fruto de uma oportunidade,<br />
de um investimento do Sr. Rogério (Nobre Façanha,<br />
proprietário da loja). Tenho uma gratidão por ele, pois<br />
sou o profissional que sou hoje pela Truckão, onde<br />
realmente aprendi essa profissão. É um prazer atender<br />
o cliente com satisfação, se colocando no lugar dele”.<br />
E nas palavras de Idemar, como é vestir a camisa<br />
da empresa. “Sabendo que não sou eu quem o está<br />
atendendo, mas sim a Truckão. O cliente quando<br />
volta pode até lembrar de mim, mas ele vai lembrar<br />
do Truckão, como uma empresa séria, de pessoas<br />
comprometidas com os clientes e que atendem super<br />
bem. Esse é o diferencial, vestir a camisa da empresa<br />
mostrando-a”.<br />
PATROCINADORES DESTA AÇÃO
2020 exigiu de todos nós um esforço e uma capacidade<br />
de resiliência que muitos acreditavam não ter. Foi difícil,<br />
ano atípico, que muito provavelmente não veremos mais.<br />
2021<br />
2021 se apresenta no horizonte com uma série de novas<br />
oportunidades para quem se preparar. E pra nós, do<br />
Balcão Automotivo, também foi um período em que<br />
migramos para o Digital, definitivamente.<br />
Por isso, continue mantendo-se bem informado<br />
acessando o nosso conteúdo a qualquer hora e lugar.<br />
Grande ano, de muita saúde e sucesso!<br />
Equipe Balcão Automotivo
58 CADERNO BALCONISTA AUTOMOTIVO<br />
“ESTRADAS DA VIDA”<br />
Texto: Valtermário de Souza Rodrigues*<br />
Foto(s): Divulgação<br />
Assim como acontece em uma viagem de carro,<br />
em que a velocidade e o tempo são grandezas<br />
inversamente proporcionais, acontece com<br />
nossos projetos pessoais e com o planejamento<br />
estratégico das empresas, ou seja, velocidade e tempo<br />
variam em função de: necessidade; oportunidade;<br />
prioridade; circunstâncias; disciplina, planejamento;<br />
perfil; missão, visão e valores, dentre outros fatores.<br />
Quanto ao balcão de uma loja de autopeças ou<br />
de qualquer outro empreendimento, para uma maior<br />
celeridade e excelência no atendimento, o tempo de<br />
treinamento e a velocidade na dedicação devem ser<br />
constantes, a fim de que aconteça a plena satisfação<br />
do cliente.<br />
Vejamos variadas situações que envolvem<br />
velocidade e tempo:<br />
• Um vendedor cumpriu todas as etapas do<br />
processo de uma venda, o cliente já se convenceu<br />
dos argumentos apresentados pelo mesmo, falta<br />
apenas o vendedor “bater o martelo” e concretizar<br />
a venda, porém, ele perde o timing e protela o<br />
fechamento do negócio;<br />
• No futebol, quando um time necessita apenas<br />
de um resultado de empate para atingir seu objetivo,<br />
é normal que a estratégia de jogo adotada por seu<br />
técnico seja mais cautelosa defensivamente, com<br />
ritmo de jogo mais lento e cadenciado, ao contrário<br />
do time que precisa da vitória, em que, normalmente,<br />
a postura de jogo é mais ofensiva, fato que implica<br />
em correr alguns riscos na defesa. Cada time,<br />
portanto, adota uma estratégia de jogo em função da<br />
necessidade do resultado;<br />
• Palavras de uma jovem de 26 anos ao<br />
receber da corretora as chaves do tão sonhado<br />
apartamento: “Uauu! Eu venci!! Fé, determinação e<br />
esperança nos levam a resultados incríveis!”. Após<br />
dois anos que saiu da casa dos pais para morar<br />
em um apartamento alugado, planejou adquirir<br />
sua residência própria. O choro no momento da<br />
entrega das chaves foi carregado de emoção,<br />
felicidade e sentimento de vitória;<br />
• Por força das circustâncias, surpreendidas pela<br />
pandemia, muitas empresas anteciparam projetos,<br />
principalmente em relação ao comércio digital e<br />
partiram para novas possibilidades de manter a<br />
lucratividade do negócio;<br />
• Na “Fórmula 1”, Airton Senna e Alain Prost eram<br />
pilotos vencedores, porém, com perfis totalmente<br />
diferentes. Senna adotava uma postura mais<br />
agressiva. A velocidade era uma de suas principais<br />
armas; Prost era mais estratégico. Venceu inúmeras<br />
corridas se aproveitando de erros cometidos pelos<br />
seus adversários;<br />
• Passados 35 anos de trabalho, finalmente chegou<br />
o momento da tão sonhada aposentadoria. É hora de<br />
parar? Sr. Gildásio entende que não. Acredita que esse<br />
é um bom momento para tirar alguns projetos do<br />
papel e partir para a conquista de novos sonhos.<br />
Cada pessoa carrega consigo o próprio DNA e<br />
age de maneira diferente. Enquanto umas constroem<br />
caminhos e seguem rumo aos objetivos até conquistálos,<br />
outras iniciam projetos, desconstroem com uma<br />
facilidade enorme e não concretizam o que idealizam.
CADERNO BALCONISTA AUTOMOTIVO<br />
59<br />
“Todos os dias<br />
quando acordo<br />
Não tenho mais<br />
O tempo que passou<br />
Mas tenho muito tempo<br />
Temos todo<br />
o tempo do mundo”<br />
Legião Urbana<br />
Assim mostra o ditado popular: “Para quem não<br />
sabe aonde vai, qualquer caminho serve”. Saber<br />
exatamente aonde quer chegar evita desperdício de<br />
tempo e energia.<br />
Planejamento e estratégias devem caminhar<br />
juntos. Assim como acontece quando definimos,<br />
previamente, o roteiro de uma viagem, por menor<br />
que seja o percurso; quando um professor define um<br />
plano de aula; quando da definição de um plano de<br />
voo, todo projeto de vida deve ser bem planejado<br />
desde sua concepção até a concretização.<br />
O planejamento em si não é garantia total<br />
de sucesso e não deve ser estático. Mudanças de<br />
rota podem e devem acontecer em função de<br />
circunstâncias que se apresentem no decorrer<br />
de sua implementação. É importante revisá-lo,<br />
periodicamente, a fim de realinhar a estratégia, caso<br />
entenda ser necessário.<br />
Imprimir uma maior velocidade para abreviar<br />
o tempo, utlizando-se de “atalhos” não éticos que<br />
encurtem o caminho até a conclusão de um projeto,<br />
é atitude condenável. A vida é repleta de desafios e<br />
possibilidades. É importante não “parar no tempo e<br />
seguir sempre em frente, rumo ao sucesso, com ética,<br />
motivação e determinação.<br />
O que você está fazendo com a sua única vida?<br />
Essa é uma pergunta memorável que o professor e<br />
filósofo José Antonio Saja, falecido em 2019, sempre<br />
fazia em suas aulas e palestras. Na estrada chamada<br />
“Vida”, somos finitos, portanto, tenhamos pressa em<br />
ser feliz por não sabermos quanto tempo nos resta.<br />
• Um time que precisa, por exemplo, vencer<br />
seu adversário pelo placar de 4x0, inicialmente deve<br />
se preocupar em fazer o primeiro gol, depois o<br />
segundo... até conquistar o resultado almejado;<br />
• Um piloto que larga na décima posição,<br />
para conquistar a primeira colocação, precisa<br />
utrapassar o nono colocado, o oitavo, o sétimo e<br />
assim sucessivamente até chegar à primeira posição,<br />
exceção para Ayrton Senna, quando numa corrida em<br />
que dois pilotos à sua frente brigavam por posição,<br />
em um descuido, ele utrapasou os pilotos ao mesmo<br />
tempo: uma questão de oportunidade.<br />
Há algum tempo, desprentensiosamente,<br />
encaminhei um artigo para o Balcão Automotivo, o<br />
qual foi aprovado e publicado. A partir daí, encaminhei<br />
outro e mais outros. Hoje, já somam quase trinta<br />
artigos publicados. À época, não foi algo planejado,<br />
ser colunista do importante “Caderno do Balconista<br />
Automotivo”, do Jornal Balcão Automotivo. Não foi um<br />
projeto que de início podíamos calcular a velocidade<br />
e o tempo. Chegar até aqui é consequência de uma<br />
parceria de sucesso, construída ao longo dessa<br />
caminhada.<br />
Portanto, pé na estrada e uma boa viagem rumo<br />
ao sucesso, com determinação, fé, disciplina e atenção<br />
especial à velocidade e ao tempo adequados para<br />
cada sonho ou projeto idealizado.<br />
Feliz Ano Novo!<br />
*Analista Administrativo Sênior da Distribuidora Automotiva S/A<br />
– Filial Salvador; Bacharel em Administração de Empresas; MBA<br />
em Gestão de Empresas; MBA em Liderança Coaching; Co-autor<br />
dos livros “Ser Mais Inovador em RH” – “Motivação em Vendas” e<br />
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