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ANUÁRIO BRASILEIRO DE LIVE MKT 2015

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HISTÓRIA DO <strong>MKT</strong> PROMOCIONAL NO BRASIL<br />

172<br />

gerou um resgate acima de 90%. Programas de treinamento<br />

de Promoção e Merchandising para equipes de<br />

campo – vendedores e promotores – de algumas das<br />

maiores e mais avançadas empresas em seus setores,<br />

foram também uma especialidade da Quanta.<br />

No final da década nasceram as entidades, as premiações,<br />

os códigos de ética próprios e o ponto de venda<br />

tão valorizado no início do século e depois relegado a um<br />

segundo plano, no pressuposto da força da mídia; voltando<br />

a ser o cenário o palco para as grandes conquistas.<br />

1980 – O PDV PROPICIA O SURGIMENTO<br />

DAS AGÊNCIAS PROMO<br />

Com a chegada da década de 1980, os consumidores<br />

passaram a ser ainda mais seletivos e criteriosos na<br />

hora de comprar produtos. Para atender à crescente<br />

disputa por espaço nas prateleiras, as agências de promo<br />

se especializaram em material de ponto de venda<br />

(PDV). Na verdade, durante toda a década de 80, promoção<br />

foi sinônimo de material de PDV.<br />

Entre as principais agências que surgiram neste<br />

período, destacou-se a Dogma, do diretor de arte Akio<br />

Yashutake e do fotógrafo Alcir Vilarinho, além da própria<br />

De Simone Associado, que continuava a crescer numa<br />

área ainda desprezada pelos grandes grupos de comunicação<br />

multinacionais. Entre as agências de publicidade<br />

tradicionais, apenas a DPZ contava com a SAO - uma<br />

estrutura dedicada para a promoção e o design -, duas<br />

áreas que frequentemente se confundiam naquela época.<br />

A DIL do publicitário Antonio Muniz Simas e a Narita<br />

Design foi precursora em chamar para as empresas de<br />

design a responsabilidade pelas embalagens de produtos,<br />

deixando para as agências de promo o trabalho tático<br />

de ponto de venda.<br />

Ainda na primeira metade da década de 80, de uma<br />

dissidência da Dogma, surgiu a PME, do diretor de arte<br />

chileno Alfonso Gutierrez, que, considerada uma das<br />

maiores agências de promo do País, deu maturidade ao<br />

mercado e provou que era possível a existência deste<br />

tipo de agência com mais de 100 profissionais; até seu<br />

surpreendente final, em meados da década de 80.<br />

O movimento, até certo ponto natural, foi deslocar<br />

o foco do marketing da propaganda para o produto.<br />

Com isso, as preferências do consumidor passaram a<br />

ser fundamentais nas estratégias das empresas e as<br />

pesquisas de mercado se tornaram populares – esperar<br />

resultados apenas divulgando comunicações de<br />

publicidade não era mais uma realidade confortável,<br />

e, assim, as empresas começaram a mapear o terreno<br />

para criar propagandas mais efetivas.<br />

Em 1983, um outro termo no universo das ações promocionais<br />

ganhou destaque com o lançamento de<br />

“Guerrilla Marketing” livro de Jay Conrad Levinson<br />

(1933 – 2013), que vendeu mais de 21 milhões de cópias<br />

e foi traduzido para 62 países.<br />

Jay defendia a ideia de que como uma guerrilha se organiza<br />

e trabalha com poucos recursos, as pequenas<br />

empresas poderiam competir com as empresas<br />

maiores usando ideias criativas que não custassem<br />

muito dinheiro. Esse ousado conceito definiu uma<br />

nova ramificação dentro do marketing gerando muitas<br />

outras obras, cursos universitários e empresas focadas<br />

em desenvolver projetos de marketing de guerrilha,<br />

que virou símbolo de status criativo para quem<br />

as criava e executava.<br />

O termo marketing de guerrilha surgiu a partir de uma<br />

analogia com a guerrilha bélica, afirmando que mesmo<br />

com poucos armamentos pode-se vencer uma<br />

guerra. Uma das formas que os teóricos usam para<br />

exemplificar essa associação se dá por intermédio da<br />

Guerra do Vietnã. Nela, os Estados Unidos possuíam<br />

um poder de fogo maior, soldados bem treinados e<br />

bem armados mas, mesmo assim, perdeu a guerra.<br />

Um dos principais motivos da derrota foi o conhecimento<br />

do terreno por parte dos norte-vietnamitas<br />

(importância de saber onde estavam pisando, onde<br />

estava a próxima barreira, onde havia um refúgio fez<br />

com que vencessem a guerra).<br />

No final daquela década, em 1988, são fundadas as<br />

duas mais emblemáticas estruturas do mercado promocional<br />

brasileiro em atividade, o Banco de Eventos,<br />

pelas mãos de José Victor Oliva e a Bullet, liderada pelo<br />

jovem de 18 anos de idade, Fernando Figueiredo, logo<br />

após se formar e retornar da Austrália.<br />

DÉCADA <strong>DE</strong> 90: MARKETING<br />

PROMOCIONAL ENTRA EM CENA<br />

Na década de 1990, o trabalho das agências se profissionaliza<br />

e o marketing promocional entra em cena. Surgem<br />

mais agências de promo como a Rocha Azevedo e a SM.

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