ANUÁRIO BRASILEIRO DE LIVE MKT 2015
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dentro dos picolés. A ação foi a solução promocional<br />
mais genial criada no Brasil, reconhecida mundialmente.<br />
A promoção ‘’iPod no Palito’’, da Kibon, foi a<br />
primeira brasileira premiada com o PromoLions de<br />
Cannes nas categorias ‘Fast Moving Consumer Goods’<br />
e ‘Promotional Pack’.<br />
DÉCADA <strong>DE</strong> 10 – A MOBILIDA<strong>DE</strong><br />
MUDA A DINÂMICA DO MERCADO<br />
<strong>DE</strong> COMUNICAÇÃO<br />
O início da segunda década do Século 21 marcou a redefinição<br />
do conceito de marketing promocional. Em<br />
março de 2011, O Grupo de Estudos Acadêmicos (GEA)<br />
da Ampro, reuniu-se para rever a conceituação e finalizar<br />
a definição correta a ser usada para a atividade. O<br />
trabalho foi coordenado pelo professor Cláudio Mello,<br />
especialista em ações promocionais e professor da Escola<br />
Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e envolveu<br />
consulta junto aos 250 associados da entidade<br />
de todo o País.<br />
A nova definição procurou contemplar os pontos: natureza<br />
e contexto da atividade, objetivos da atividade,<br />
métodos e resultados planejados. Após refletir sobre as<br />
questões acima, o GEA, da Ampro, concluiu que “Marketing<br />
promocional é comunicação de marca (contexto)<br />
com o objetivo de incrementar a percepção de seu valor<br />
(objetivo) por meio de técnicas promocionais e pontos<br />
de contato (métodos) que ativem a compra, o uso, a<br />
fidelização ou a experiência de produtos e serviços (resultados<br />
planejados)”.<br />
A definição contemplou o fenômeno social que tomou<br />
conta da sociedade brasileira. A tecnologia colocou o<br />
acesso à internet em aparelhos portáteis denominados<br />
smartphones que trouxeram para a mão do consumidor<br />
o acesso a toda informação que circula no planeta proporcionando<br />
também a oportunidade para ele reagir e<br />
interagir em tempo real numa revolução que ainda não<br />
foi totalmente assimilada pelos profissionais responsáveis<br />
pela comunicação de marcas, produtos e serviços.<br />
Os avanços das tecnologias de processamento, armazenamento<br />
e distribuição de dados, combinadas com<br />
as de mobilidade e visualização, transformaram a publicidade<br />
de uma arte (Bill Bernbach, cerca de 1980)<br />
em uma ciência (Martin Sorrell, 2013).<br />
Por hora, o que temos visto é o aumento de ações<br />
promocionais com as empresas procurando correr<br />
atrás do que há de mais moderno em termos<br />
de tecnologia para impactar o público com ações<br />
que oferecem Wi-Fi gratuito, utilizam telões de LED<br />
enormes, integram smartphones com algo externo<br />
ou utilizam NFC para surpreender as pessoas.<br />
Aquela guerrilha lá da década de 70 é realizada com<br />
mais intensidade, às vezes no formato de intervenção<br />
urbana. A vantagem é que agora pode ser conferida na<br />
hora seguinte por meio de vídeos, impactando quem<br />
estava no local da realização e milhões – dependendo<br />
da relevância - nas telinhas dos smatphones ou PC´s.<br />
A batalha pela atenção começou a ser delineada. Ao<br />
aumentar a quantidade de conteúdo disponível e suas<br />
opções de consumo, a indústria da comunicação tornou<br />
a atenção um dos recursos mais escassos da vida<br />
moderna, afetando agências e veículos, empresas que<br />
cresceram com a venda de atenção dos consumidores<br />
para os anunciantes.<br />
Neste cenário, a atividade de promoção representava, em<br />
2013, 55% das aplicações da verba de marketing e comunicação<br />
no Brasil. O conjunto de áreas que atuam neste<br />
setor está indicando investimentos anuais na ordem de<br />
21 bilhões de dólares. Estima-se que a verba seja maior<br />
que este número, pois esse é o trabalho contabilizado. O<br />
trabalho não contabilizado é aquele que o cliente administra<br />
diretamente na sua área de vendas.<br />
Em 2013, depois de décadas, um presidente de uma grande<br />
agência assume a ampro e dirije mudanças importantes.<br />
Kito Mansano, da Rock Comunicação,que reuniu os<br />
presidentes de todas as maiores agências promo em<br />
atividade e o resultado deste diálogo foi o movimento<br />
denominado Live Marketing. Este novo momento foi<br />
marcado por um grande congresso e a mobilização<br />
dos profissionais que atuam neste mercado.<br />
Com isto, e pelo fato de que ações promocionais devem<br />
ser desenvolvidas por especialistas, o valor das<br />
empresas dedicadas a este segmento da comunicação<br />
também cresce. As pioneiras como Bullet e<br />
Banco de Eventos alcançaram o valor de marca na<br />
casa de um bilhão de reais. Mas não para por aí. Estruturas<br />
como a Mark Up - fundada por Silvana Torres,<br />
que transformou-se numa holding e abriga empresas<br />
de relacionamento e digital - apresenta ótimo desempenho<br />
ao lado de emergentes como a Netza, Pepper,<br />
Innova, A VERA! e OutPromo, que destacam-se entre<br />
centenas, espalhadas em todo o Brasil.<br />
E, o futuro desta história continua sendo escrito a partir<br />
daqui, com a sua participação.<br />
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