ANUÁRIO BRASILEIRO DE LIVE MKT 2015
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MARKETING ESPORTIVO - ESPORTES 2014<br />
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AINDA NÃO <strong>DE</strong>U PARA GANHAR<br />
Às vésperas de sediar os primeiros Jogos Olímpicos<br />
da sua história, o esporte brasileiro vê seus atletas<br />
trabalharem duro nos centros de treinamento e convive<br />
com um amadorismo gigantesco na gestão e administração<br />
dos órgãos responsáveis pelas diversas<br />
modalidades. Em 2014, a mais ilustre delas, o voleibol<br />
acabou ganhando destaque na mídia após seu principal<br />
patrocinador anunciar o afastamento em função da<br />
má gestão dos recursos.<br />
Antes do vôlei, denúncias de irregularidades financeiras<br />
já pairavam sobre as confederações de Taekwondo,<br />
ginástica, tênis e basquete, sendo que nestas<br />
duas últimas o assunto virou caso de polícia envolvendo<br />
emissão de notas frias para desvio dos recursos<br />
públicos que deveriam estar a serviço da busca<br />
de medalhas.<br />
Tudo isso sob a égide de um Comitê Olímpico Brasileiro,<br />
financiado com muito dinheiro público, que vive modificando<br />
os seus estatutos, blindando seus atuais gestores,<br />
de forma a tornar quase impossível a existência de<br />
movimento oposicionista.<br />
Além de retardar o nosso desenvolvimento esportivo,<br />
este sistema afasta o investimento das marcas. Só estatais<br />
se aventuram, e, mesmo assim, Banco do Brasil e<br />
Eletrobras suspenderam repasses, tamanhas as irregularidades<br />
encontradas.<br />
Em 2014 não deu para ganhar, mas fica a esperança<br />
pela apuração e fim da impunidade para que um dia o<br />
esporte brasileiro afaste os que fazem dele um balcão<br />
de negócios e vença este desafio.