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Por trás das fintechs: a relação do Banco Central com a atuação do banco digital - Por:Cristiane Ramos, diretora Comercial e de Marketing da fintech Dank Bank.Até 2019, o cenário encontrado pelasfintechs era completamentediferente e obsoleto; com as transformaçõesno mercado, os bancos digitaispassam a ser mais competitivos e entregaminovações que agregam valorno cotidiano de seus clientesO avanço exponencial dos processosde transformação digital trouxe novasformas de fazer negócios e potencializouno mercado as famosas startupsque, hoje, compõem uma parcela expressivados empreendimentos na economiamundial. Dentro desse cenário,as fintechs ganharam espaço e fazemparte da rotina, remodelando serviçosfinanceiros essenciais que, antes, sofriamcom a burocracia e morosidade.Por meio de processos baseados em recursostecnológicos, a palavra "fintech"em si já explica o ideal por trás dessasempresas, tendo a junção de "financial"(financeiro) com "technology" (tecnologia).Por outro lado, existem processosque envolvem grandes entidades,como Banco Central (BACEN), porexemplo, que são pouco explorados.Vale ressaltar que o próprio BACENdefine as fintechs como "empresas queintroduzem inovações nos mercadosfinanceiros por meio do uso intensode tecnologia", ressaltando, ainda, opotencial que tais empreendimentospossuem para criar modelos de negóciosinovadores. Além disso, o BACENtambém sinaliza que, no Brasil, diferentescategorias de fintechs podem sermapeadas, envolvendo as de crédito, depagamento, gestão financeira, financiamento,investimento, empréstimo, entreoutras.A relação com o Banco CentralEm abril de 2018, o BACEN publicouresoluções importantes para que asfintechs pudessem operar em territórionacional, dentre elas a resolução nº4.656, que estrutura dois tipos de empresasfinanceiras, sendo elas:Sociedades de Empréstimo entre Pessoas(SEP) e a Sociedade de CréditoDireto (SCD). Ao iniciar sua vida nomercado financeiro, as fintechs que desejamatuar como SEP ou SCD precisamentrar com um protocolo no BancoCentral, obtendo uma licença parase tornar uma instituição financeiracom número de banco próprio.O Banco Central exige que uma fintechseja aberta com capital próprio e plataformadigital e, para tanto, o termo"Bank" é o responsável por identificaros bancos digitais. A permissão concedidapelo BACEN leva aproximadamenteseis meses, considerando o processode análise e liberação.Finalizando essa etapa, o banco digitalpassa a operar no mercado financeiro,podendo ofertar todos os serviços,envolvendo empréstimos, financiamentose consignados, da mesma formaque os bancos tradicionais, porémcom mais modernidade e inovaçõesaplicadas na experiência do cliente.O mercado de adquirênciaCompanhias que atuam com serviçosfinanceiros, mediando pagamentos realizadosem maquininhas de cartões decrédito, fazem parte do chamado "mercadode adquirência". Embora estemercado se categorize como sendo umramo complexo, com poucos operadores,mostra sua importância e necessidadepara qualquer fintech.As adquirentes, ou credenciadoras, sãoo principal vínculo entre vendedores,compradores, bandeiras de cartões ebancos.Nesse sentido, é a tecnologia que tornaráa experiência dos lojistas aindamais rápida e eficiente, ao disponibilizaruma central de atendimento e suporteespecializada e experiente, emque se pode atender de forma personalizadao público. Embora façam partedos negócios que ofertam serviços financeiros,as fintechs são muito maismodernas que bancos tradicionais e aexperiência do usuário é elevada constantemente,com recursos disponibilizadospor meio de aplicativos, quepodem ser acessados tanto em smartphonesquanto em computadores.Por fim, a tendência é que os bancosdigitais conquistem cada vez mais espaço,ofertando serviços qualitativoscom segurança e agilidade.51