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*Junho/2021_Revista Biomais 45_Ops

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

POTENCIAL ENERGÉTICO<br />

Apesar de cerca de 90% da energia elétrica do território<br />

nacional ter origem nas usinas hidrelétricas, cerca de um quinto<br />

do que é produzido é desperdiçado na transmissão da energia<br />

até os centros de consumo, como o exemplo de Itaipu. Perdas<br />

que resultam em pelo menos 5% da tarifa paga pelo consumidor.<br />

Um dos caminhos para driblar essas perdas de energia no<br />

país é optar pela energia solar distribuída. Até 2027, de acordo<br />

com o Governo Federal, as hidrelétricas perderão espaço para<br />

a energias renováveis e cairão para 51% em termos de participação<br />

energética, enquanto fontes alternativas devem saltar<br />

para 28%. Para o diretor da empresa de comércio exterior<br />

brasileira Tek Trade, Rogério Marin, responsável por importar 4<br />

MW (Megawatts) de energia em placas fotovoltaicas em 2020, o<br />

principal caminho será o incentivo à implantação de usinas de<br />

energias renováveis e o aumento da micro geração de energia<br />

solar distribuída pela população. O diretor estima que o crescimento<br />

em importação de painéis solares pela Tek Trade deve ter<br />

um acréscimo de 15% em <strong>2021</strong>, em comparação com 2020, e<br />

seguir em crescimento pelos próximos anos. Uma oportunidade<br />

aos empresários interessados em atuar com a distribuição e<br />

instalação de equipamentos e que, inclusive, é apontada como<br />

uma solução para a retomada do crescimento econômico, de<br />

países e empresas no pós-pandemia. Outro fator apontado<br />

por Marin é que as principais hidrelétricas do Brasil, ou seja, as<br />

que geram mais energia, estão localizadas no Rio Paraná, na<br />

fronteira Brasil-Paraguai. Sendo assim, na hora de transportar<br />

esta energia para o restante do país, se perde pelo menos 20%<br />

do recurso na transmissão pela rede, afetando diretamente na<br />

qualidade da eletricidade fornecida em algumas regiões. Já o<br />

painel solar possui facilidade na hora da instalação e sua matéria-prima<br />

– a luminosidade do sol – é inesgotável e gratuita.<br />

CARTEIRA DE TRABALHO<br />

Em um momento em que o Brasil enfrenta o desemprego<br />

e problemas econômicos, a geração distribuída<br />

solar fotovoltaica vai na contramão. De acordo com<br />

dados da ABSOLAR, somente em 2020 foram gerados<br />

mais de 76 mil empregos em todo o país. Para este ano,<br />

a expectativa é abrir mais de 118 mil vagas. O Paraná<br />

ocupa a quinta posição em geração de postos de trabalho:<br />

desde 2012 foram criados mais de 8.500 empregos.<br />

O estado é o território com melhor irradiação solar do<br />

sul do país, principalmente as regiões norte, noroeste<br />

e oeste e as cidades com maiores potências de energia<br />

solar instaladas são Maringá, Londrina, Cascavel e Foz<br />

do Iguaçu. Junto com os empregos, chegam também<br />

os investimentos. A geração distribuída solar fotovoltaica<br />

já atraiu mais de 26 bilhões de investimentos<br />

privados em todo o Brasil desde 2012, com os paranaenses<br />

contribuindo em R$ 1,5 bilhão desse total, além<br />

de arrecadar 6 bilhões de tributos, sendo 355,3 milhões<br />

somente no Paraná. Até 2019, o Paraná ocupava a<br />

quarta posição em geração distribuída e potência<br />

instalada e também na geração de postos de trabalho.<br />

Atualmente, perdeu uma colocação e está no quinto<br />

lugar. Mas, pode voltar a crescer. Um dos motivos é o<br />

programa de crédito exclusivo com juros subsidiados<br />

lançado pelo governo do estado no dia 27 de abril,<br />

com a criação do Banco do Agricultor Paranaense. Foi<br />

anunciado que projetos de energia fotovoltaica poderão<br />

ser financiados com limite equalizado de até R$ 500<br />

mil. Foi previsto também subvenção para operações<br />

em obras civis, aquisição de materiais e equipamentos<br />

e na elaboração de projetos de geração de energia de<br />

fontes fotovoltaicas e outras sustentáveis, o que traz<br />

esperança para o setor voltar a crescer no Estado.<br />

Foto: divulgação<br />

10 www.REVISTABIOMAIS.com.br

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