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Jornal Paraná Julho 2021

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TECNOLOGIA<br />

Uso de drone facilita<br />

aplicação da cotesia<br />

Dentre as principais vantagens apontadas estão redução de custos, segurança<br />

e garantia de aplicação, geração de mapas georreferenciados, aplicação mais<br />

rápida e eficiente, redução do risco de acidente de trabalho, diminuição do<br />

volume de material a ser manejado e facilidade de logística<br />

Logística, custo da operação<br />

e controle de informação<br />

são as principais<br />

vantagens apontadas<br />

por João Adalberto Palucci,<br />

gerente técnico da Usina<br />

Rio Amambai Agroenergia, no<br />

uso de drone para aplicação de<br />

"cotesia" em cana-de-açúcar.<br />

O tema foi apresentado durante<br />

o primeiro encontro do 6º Ciclo<br />

de Seminários Agrícolas Cana<br />

MS <strong>2021</strong>, realizado no formato<br />

virtual. O evento é uma promoção<br />

da Embrapa Agropecuária<br />

Oeste. A cotesia é uma vespa<br />

utilizada como controle biológico<br />

da broca, inseto considerado<br />

vilão dos canaviais por<br />

consumir sistematicamente o<br />

interior da cana, comprometendo<br />

estrutura e rendimento<br />

da gramínea.<br />

Na usina Rio Amambai Agroenergia,<br />

localizada às margens<br />

da BR-163 em Naviraí (MS),<br />

até 2018 a aplicação de cotesia<br />

era feita manualmente,<br />

como ocorre na maior parte<br />

das usinas brasileiras. “Tínhamos<br />

uma van, kombi e ônibus<br />

com equipe treinada que abria<br />

o copinho a cada ponto de liberação”,<br />

explicou o gerente<br />

técnico na sua apresentação.<br />

Em 2019, a unidade passou a<br />

estudar a viabilidade de mudança<br />

do manejo para o uso<br />

da tecnologia de drone em<br />

toda área de cana. Segundo<br />

Palocci, o resultado apontou<br />

diversas vantagens como a<br />

segurança e garantia de aplicação,<br />

geração de mapas<br />

georreferenciados, aplicação<br />

mais rápida e eficiente, redução<br />

do risco de acidente de<br />

trabalho, diminuição do volume<br />

de material a ser manejado<br />

e facilidade de logística.<br />

Entre os benefícios apontados<br />

pelo estudo, o que mais chamou<br />

a atenção foi a redução<br />

do custo do manejo. De acordo<br />

com o levantamento da<br />

unidade, o custo da aplicação<br />

via drone era de R$ 31,94 por<br />

hectare, até 7% menor que o<br />

método manual, diferença em<br />

torno de R$ 2,50. “Tínhamos<br />

os benefícios de melhoria na<br />

qualidade da aplicação, a segurança<br />

empresarial de que<br />

seria aplicado e também, naquele<br />

momento, faríamos uma<br />

redução de custo”, contou.<br />

Outro ponto positivo, para Palucci,<br />

foi o aproveitamento da<br />

redução do custo na empresa.<br />

“Esse recurso foi realocado<br />

dentro do próprio setor, por<br />

exemplo, não desligamos pessoas.<br />

Remanejamos pessoal e<br />

intensificamos amostragem de<br />

cigarrinha, de coleta de solo,<br />

ou seja, reaproveitamos essa<br />

mão-de-obra”, destacou.<br />

Apesar de todos os benefícios<br />

apresentados, Palucci também<br />

chamou a atenção para alguns<br />

cuidados. “É importante buscar<br />

informações. Antes de<br />

tomar a decisão de mudança<br />

buscamos conversar com várias<br />

usinas, parceiros e prestadores<br />

de serviços”, alertou.<br />

Outro detalhe importante, sugerido<br />

pelo gerente, é buscar<br />

prestadores de serviços com<br />

registros atualizados. “A empresa<br />

precisa seguir alguns<br />

padrões, o drone precisa ser<br />

registrado, é preciso ter o registro<br />

de radiocomunicação na<br />

Anatel e o piloto precisa ser<br />

certificado para operação do<br />

drone”, explicou.<br />

Além disso, cumprir o planejamento<br />

de geração de informação<br />

é fundamental. “Assim<br />

que fazemos o armadilhamento<br />

e tem a isca de controle, já<br />

mandamos os shapes dos talhões<br />

e enviamos para o departamento<br />

de T.I. do nosso<br />

parceiro, que gera todo o<br />

plano de voo e devolve para os<br />

pilotos. Tudo isso via nuvem”,<br />

reforça o gerente dando destaque<br />

para a agilidade na troca<br />

de informações. “Isso não<br />

pode falhar, porque quando<br />

optamos por mudar o manejo<br />

entendemos que o mais importante<br />

era o timing das informações”,<br />

completou.<br />

8<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>

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