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TECNOLOGIA<br />
Uso de drone facilita<br />
aplicação da cotesia<br />
Dentre as principais vantagens apontadas estão redução de custos, segurança<br />
e garantia de aplicação, geração de mapas georreferenciados, aplicação mais<br />
rápida e eficiente, redução do risco de acidente de trabalho, diminuição do<br />
volume de material a ser manejado e facilidade de logística<br />
Logística, custo da operação<br />
e controle de informação<br />
são as principais<br />
vantagens apontadas<br />
por João Adalberto Palucci,<br />
gerente técnico da Usina<br />
Rio Amambai Agroenergia, no<br />
uso de drone para aplicação de<br />
"cotesia" em cana-de-açúcar.<br />
O tema foi apresentado durante<br />
o primeiro encontro do 6º Ciclo<br />
de Seminários Agrícolas Cana<br />
MS <strong>2021</strong>, realizado no formato<br />
virtual. O evento é uma promoção<br />
da Embrapa Agropecuária<br />
Oeste. A cotesia é uma vespa<br />
utilizada como controle biológico<br />
da broca, inseto considerado<br />
vilão dos canaviais por<br />
consumir sistematicamente o<br />
interior da cana, comprometendo<br />
estrutura e rendimento<br />
da gramínea.<br />
Na usina Rio Amambai Agroenergia,<br />
localizada às margens<br />
da BR-163 em Naviraí (MS),<br />
até 2018 a aplicação de cotesia<br />
era feita manualmente,<br />
como ocorre na maior parte<br />
das usinas brasileiras. “Tínhamos<br />
uma van, kombi e ônibus<br />
com equipe treinada que abria<br />
o copinho a cada ponto de liberação”,<br />
explicou o gerente<br />
técnico na sua apresentação.<br />
Em 2019, a unidade passou a<br />
estudar a viabilidade de mudança<br />
do manejo para o uso<br />
da tecnologia de drone em<br />
toda área de cana. Segundo<br />
Palocci, o resultado apontou<br />
diversas vantagens como a<br />
segurança e garantia de aplicação,<br />
geração de mapas<br />
georreferenciados, aplicação<br />
mais rápida e eficiente, redução<br />
do risco de acidente de<br />
trabalho, diminuição do volume<br />
de material a ser manejado<br />
e facilidade de logística.<br />
Entre os benefícios apontados<br />
pelo estudo, o que mais chamou<br />
a atenção foi a redução<br />
do custo do manejo. De acordo<br />
com o levantamento da<br />
unidade, o custo da aplicação<br />
via drone era de R$ 31,94 por<br />
hectare, até 7% menor que o<br />
método manual, diferença em<br />
torno de R$ 2,50. “Tínhamos<br />
os benefícios de melhoria na<br />
qualidade da aplicação, a segurança<br />
empresarial de que<br />
seria aplicado e também, naquele<br />
momento, faríamos uma<br />
redução de custo”, contou.<br />
Outro ponto positivo, para Palucci,<br />
foi o aproveitamento da<br />
redução do custo na empresa.<br />
“Esse recurso foi realocado<br />
dentro do próprio setor, por<br />
exemplo, não desligamos pessoas.<br />
Remanejamos pessoal e<br />
intensificamos amostragem de<br />
cigarrinha, de coleta de solo,<br />
ou seja, reaproveitamos essa<br />
mão-de-obra”, destacou.<br />
Apesar de todos os benefícios<br />
apresentados, Palucci também<br />
chamou a atenção para alguns<br />
cuidados. “É importante buscar<br />
informações. Antes de<br />
tomar a decisão de mudança<br />
buscamos conversar com várias<br />
usinas, parceiros e prestadores<br />
de serviços”, alertou.<br />
Outro detalhe importante, sugerido<br />
pelo gerente, é buscar<br />
prestadores de serviços com<br />
registros atualizados. “A empresa<br />
precisa seguir alguns<br />
padrões, o drone precisa ser<br />
registrado, é preciso ter o registro<br />
de radiocomunicação na<br />
Anatel e o piloto precisa ser<br />
certificado para operação do<br />
drone”, explicou.<br />
Além disso, cumprir o planejamento<br />
de geração de informação<br />
é fundamental. “Assim<br />
que fazemos o armadilhamento<br />
e tem a isca de controle, já<br />
mandamos os shapes dos talhões<br />
e enviamos para o departamento<br />
de T.I. do nosso<br />
parceiro, que gera todo o<br />
plano de voo e devolve para os<br />
pilotos. Tudo isso via nuvem”,<br />
reforça o gerente dando destaque<br />
para a agilidade na troca<br />
de informações. “Isso não<br />
pode falhar, porque quando<br />
optamos por mudar o manejo<br />
entendemos que o mais importante<br />
era o timing das informações”,<br />
completou.<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>