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MILHO<br />
Oportunida<strong>de</strong> perdida<br />
ESTIAGENS E GEADAS<br />
FRUSTRARAM ESPERANÇA<br />
DE BOA RENTABILIDADE<br />
COM O MILHO SAFRINHA<br />
gran<strong>de</strong> valorização do milho<br />
A estimulou investimentos na<br />
safrinha e alimentou esperanças<br />
<strong>de</strong> uma boa rentabilida<strong>de</strong> em <strong>2021</strong>,<br />
mas o clima frustrou os planos <strong>de</strong><br />
parte dos produtores.<br />
A estiagem do final do ano<br />
passado atrasou o plantio da soja,<br />
empurrou para frente o início da<br />
safrinha <strong>de</strong> milho e a cultura enfrentou<br />
um período seco entre o<br />
final <strong>de</strong> março e o início <strong>de</strong> junho.<br />
Para complicar ainda mais,<br />
seis geadas em junho e julho castigaram<br />
a cultura no Paraná e em<br />
Mato Grosso do Sul. No centro-sul<br />
Clima prejudicou rendimento<br />
do milho em ano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
valorização do grão<br />
<strong>de</strong> Mato Grosso do Sul, a quebra<br />
variou <strong>de</strong> 20% em Tacuru a 80% em<br />
Rio Brilhante, segundo o gerente regional<br />
da C.<strong>Vale</strong>, Renato Rambo. “As<br />
primeiras lavouras apresentaram<br />
qualida<strong>de</strong> melhor e produtivida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 60 a 70 sacas. Na média da região<br />
<strong>de</strong> atuação da cooperativa, ficou em<br />
40 sacas/hectare”, revela.<br />
PRODUTIVIDADE VARIÁVEL<br />
No Paraná, o clima seco <strong>de</strong>pois<br />
das geadas evitou perdas maiores<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do milho. “A nossa<br />
preocupação inicial era a perda <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong>, mas felizmente os baixos<br />
volumes <strong>de</strong> chuva foram benéficos<br />
e o milho não germinou na espiga”,<br />
confirma o gerente do Departamento<br />
Agronômico da C.<strong>Vale</strong>, Carlos<br />
Konig.<br />
Ele avalia que as produtivida<strong>de</strong>s<br />
variaram bastante, mas <strong>de</strong>staca<br />
o fato <strong>de</strong> que os produtores que<br />
investiram na melhoria do solo<br />
conseguiram rendimento médio<br />
maior que os <strong>de</strong>mais, apesar da<br />
estiagem e das geadas.<br />
O milho teve um <strong>de</strong>sempenho<br />
melhor no estado <strong>de</strong> Mato Grosso,<br />
mas mesmo assim a produtivida<strong>de</strong><br />
média ficou 15% abaixo<br />
do previsto na área <strong>de</strong> ação da<br />
C.<strong>Vale</strong>.<br />
“O atraso na semeadura da<br />
soja fez com que uma gran<strong>de</strong> área<br />
do milho safrinha fosse semeada<br />
fora da janela i<strong>de</strong>al. Isso se refletiu<br />
na produtivida<strong>de</strong> dos materiais<br />
semeados <strong>de</strong> forma mais tardia.<br />
Somado a isso, tivemos ataques<br />
da cigarrinha”, explica o gerente<br />
regional da C.<strong>Vale</strong> em Mato Grosso,<br />
Leandro Bertuzzo.<br />
MILHO SAFRINHA <strong>2021</strong><br />
PRODUTIVIDADE MÉDIA<br />
• PR - 41 sacas/ha<br />
• MS - 40 sacas/ha<br />
• MT - 93 sacas/ha<br />
12 <strong>Revista</strong> C.<strong>Vale</strong> | Jul / Ago <strong>de</strong> <strong>2021</strong>