You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Além de Matão-SP, o Brasil
espírita ganhou o presente
Sede da Casa Editora
o Clarim tendo o Centro Espírita
à esquerda.
"Vivi, vivo e viverei,
porque sou imortal."
Caibar Schutel
comemorou 116 anos
1ª. Edição da RIE- fevereiro/1925.
Acervo de O Clarim.
1ª. Edição de O Clarim
Atração_ julho de 2021
“Insistimos: quando uma força está na Natureza,
pode-se detê-la por um instante, porém, jamais aniquilá-la!
Seu curso apenas poderá ser desviado. Ora, a força
que se revela no fenômeno das manifestações, seja
qual for a sua causa, está na Natureza, da mesma forma
que o magnetismo, e não poderá ser exterminada,
como a força elétrica também não o será. O que importa
é que seja observada e estudada em todas as suas
fases, a fim de se deduzirem as leis que a regem. Se for
um erro, uma ilusão, o tempo fará justiça; se, porém, for
verdadeira, a verdade é como o vapor: quanto mais se o
comprime, tanto maior será a sua força de expansão.” [1]
Não é exagero dizer que a divulgação espírita foi
impulsionada pela sua imprensa especializada. Breves
oito meses após o lançamento da obra inaugural – O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec publica o primeiro
número da Revista Espírita, a fim de explorar e relatar
os avanços da recente filosofia por ele codificada.
No Brasil, em 1869, antes mesmo de qualquer livro,
Luiz Olímpio Teles de Menezes funda o primeiro órgão
de imprensa espírita nacional: O Écho d’Além-Túmulo,
precursor de uma lista valorosa de periódicos, que inclui
a revista O Reformador, criado em 1883 e mantido
pela Federação Espírita Brasileira, e o jornal Verdade e
Luz, idealizado pelo exímio Batuíra ainda no século XIX.
Cometeríamos enormes injustiças se continuássemos
a listar nossos parceiros de divulgação da
Doutrina Espírita, que se avolumaram em número
e se consolidaram pela qualidade e responsabilidade
doutrinária ao longo destes últimos 160 anos.
Um deles, porém, merece neste momento nossas
homenagens. Este texto aqui produzido em
circulação digital com auxílio das facilidades tecnológicas
do século XXI, presenciam as enormes e
incomparáveis transformações das últimas décadas,
mantendo-se firmes no ideal proposto e lutando
bravamente contra quaisquer tipo de dificuldades
econômicas, sociais, preconceitos e discriminações religiosas,
guerras e outras percalços que insistiram e insistem
em posicionar-se no caminho até seus leitores.
Estas colocações, nas palavras do historiador e
escritor espírita Wilson Garcia, nasceram “para desbravar
a selva da ignorância alimentada pelo clero dominante”
[2] , recebendo 20 anos depois o reforço da Revista
Internacional de Espiritismo no esforço incansável
de Cairbar Schutel por fazer da sua pequena Matão
um centro de excelência da divulgação do Espiritismo.
Estas linhas, valorosas, foram capazes de
enfrentar com razão, bom senso e justiça a ignorância
daqueles que imaginavam deter para si
o controle da crença e da fé de seus seguidores.
Estas linhas, esclarecedoras, não se cansam
de consolar corações aflitos em busca de palavras
de esperança, renovando o desejo de amar
a vida e tudo que ela proporciona aos habitantes
desta Terra em constante e lenta evolução.
Estas linhas, conforme a brilhante conclusão
de Kardec [1] , relatam uma força da
Natureza, impossível de ser detida ou ignorada,
por meio de palavras de luz que ecoam ininterruptamente
por todos os continentes há 116 anos!
Obrigado Cairbar Schutel! Parabéns, jornal O Clarim!
1. KARDEC, Allan. Revista Espírita. Janeiro de 1858. Introdução. Tradução de Evandro Noleto
Bezerra. Brasília: FEB.
2. GARCIA, Wilson. A importância da imprensa espírita. Disponível em: http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/G_autores/GARCIA_Wilson_tit_Importancia_da_imprensa_espirita-A.
htm. Acesso em 27 de junho de 2017.
* Texto originariamente publicado no jornal O Clarim de agosto de 2017 e adaptado para
esta edição comemorativa.
Atração_agosto agosto de 2021
15
15