Domingos Pascoaldomingospascoalmelodpascoalmkt@gmail.comHéliodeSouzaOliveiraHoje a nossa coluna na Revista ATRAÇÃO, apresenta mais um produtor literário que nos traz assuas inquietações, contando parte de sua vida, no livro: PASSO A PASSO, escritos dos caminhos quetrilhei.E este novo escritor é muito especial, pois chega ao mundo das letras, por um acaso, aos 84anos de vida.Na verdade, ele afirma: - “Nunca pensei ser capaz de escrever nada, imaginem produzir umlivro, para mim está havendo um grande milagre. Devo tudo isso ao meu envolvimento compessoas que sabem estimular para que façamos, Salete Nascimento, Saracura e Domingos Pascoal.Inclusive eles têm uma frase muito interessante, que diz: “você sabe, você só não sabeque sabe”. Eu não sabia que sabia. Hoje sei, escrevi meu primeiro livro”.2Atração_agosto agosto de 2021
O ESCRITOR aqui referido é HELIO DE SOUZA OLIVEIRA, natural da cidade deEstância em Sergipe, mas que morou fora por mais de 59 anos, a maior parte dotempo na cidade de Volta Redonda, no Rio de Janeiro de onde é, por mérito, cidadãohonorário.Em maio de 2016, uma tragédia o abateu, ficou viúvo, após 58 anos defeliz união com a Senhora Alvaci de Melo Oliveira. Foi difícil! Foram momentos demuito sofrimento e tristeza, aos 78 anos, sozinho, percebeu o quão triste era vivernuma casa tão grande com tantos quartos vazios e um vazio imenso na sua alma.Os filhos, todos já casados, morando naturalmente, com suas famílias;seus parentes que ainda moram em Sergipe; amigos e vizinhos também, cada um,já convivendo com as suas solidões e mazelas da idade... Nunca imaginou chegar atal ponto. Ficou sem norte, deprimido e, indagava a si mesmo: - Como vou terminarmeus dias? Pensava. - Como um peso morto na casa de um dos filhos? Ou nosombrio abandono de um asilo? Meu Deus!Começou a pensar no passado, lembrar dos pais, dos irmãos, da sua casa,da sua rua, das suas escolas por onde estudou, do seu passado na Estância e em Aracaju...Essa nostalgia alertou-o para um fato que há muito o incomodava: a vontadede voltar ao seu Sergipe para ficar mais tempo, pois as poucas vezes que ia ao seuEstado eram passeios apressados, por conta do tempo que era curto, do trabalho quetinha que retomar, dos compromissos dos filhos nas escolas..., mas, neste instante,sozinho, sem compromissos fixos com ninguém, talvez fosse uma boa ideia realizareste sonho. Faltava um pretexto. Foi quando vislumbrou um motivo, era 2017, anoem que completaria 80 anos. Pronto, pensou, vou comemorar meu octogésimo aniversárioem Sergipe.A solenidade foi realizada no Salão de Festas do Condomínio Vivendas deAracaju com a presença de filhos, noras, irmãs, netos, sobrinhos, parentes e amigos.A esposa de um dos sobrinhos veio à festa acompanhada pela sua mãe,a poeta Salete Nascimento, também viúva e que na ocasião o presenteou com umlivro de sua autoria.Após a festa de aniversário voltou ao Rio de Janeiro. Algum tempo depois,começou a ler o livro que ganhou de presente da Poeta Salete Nascimento eao concluir a leitura do livro, ele afirma: - ali, naquele momento, renasci para oresto da minha vida.O tempo passou, muitos contatos através de familiares, muita ansiedadede sua parte, até que, aconteceu. Ele voltou a Sergipe casou-se com a poeta e,vivem felizes. Felizes para sempre.A sua esposa, Maria Salete da Costa Nascimento, acadêmica, escritora ecordelista, já por demais reconhecida, fazia e faz parte de um movimento surgidoem 2009, que vem fazendo a grande diferença na educação e na produção literáriade Sergipe, promovendo Feiras de Livros, Bienais, Encontros Literários, Sarausliterários, Livros Compartilhados, Concursos Literários, Palestras, Escritores indo àsEscolas etc.Ele, também, se integrou muito bem ao grupo, conheceu os autores eatores daquele movimento, o que resultou em extrema satisfação e vontade deseguir adiante, realizado sonhos desarquivados e se tornando esse novel escritor,que assim expressa os sentimentos e razões a guiarem sua vida literária:- “Imaginem, viver ao lado destes luminares da produção literária deSergipe e, melhor ainda, casar-se com um deles... Bem no início, do nosso convívio,Prof. Pascoal foi logo dizendo: Amigo, escreva sua história, coloque suasideias no papel...A princípio, achei impossível. Mas, minha esposa também falou amesma coisa para eu escrever. Pronto nasceu o meu primeiro livro aos 84 anos”.- “O livro que ora lanço, para a minha infinita felicidade, pois até bempouco tempo nunca imaginei poder fazer isso. Falo sobre assuntos variados domeu tempo de infância, morei vizinho a Loja Maçônica Cotinguiba, por isso faloda visão que tive da maçonaria; de Aracaju na segunda guerra mundial; dapolícia militar daquela época; das traquinices; dos encantamentos e medos deuma criança da já longínqua década de quarenta”.Hélio deSouzaOliveiraAtração_agosto agosto de 20213