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Interessa-me escrever

sobre a minha

experiência de vida

O seu último, e mais recente, livro foi “Era

uma vez ...Em Câmara de Lobos”. Como

decorreu o processo criativo do mesmo?

- Foi um trabalho desenvolvido com muita

recolha de informações durante vários anos,

acrescido à vivência do autor, nascido, crescido

e morador na freguesia. Realce para o

facto de grande quantidade de discursos terem

sido testemunhados pelo autor no seu

contacto com a população. Quanto ao futuro,

há trabalhos aguardando a publicação,

por ora sine die.

O que contam os seus livros?

- Interessa-me escrever sobre a minha experiência

de vida. Daí que tenha publicado

narrativa bélica, de viagem, investigação,

poesia, etc. Quanto a possível influência literária,

creio que, de facto, há resquícios

das imensas leituras efectuadas ao longo da

vida, mas principalmente, acho que se vinca

uma forma pessoal de escrita, goste-se ou

não.

Quando lança um livro, qual é o seu propósito

e o que espera alcançar com o

mesmo?

- Essencialmente, pretendo dar a conhecer

às novas e futuras gerações algo do nosso

passado histórico, assim como relembrar às

gerações actuais e mais antigas algo da sua

vivência, focando o lado histórico, sócio-cultural,

tradições, usos e costumes e, inclusive,

a vertente linguística do falar madeirense,

esperando ser útil, deste modo, aos leitores.

Qual é a sua opinião sobre o ‘e-book’?

- Para quem não tem possibilidade de adquirir

livros, julgo ser uma boa opção para leitura.

Recordo que, no primeiro ano deste século,

tive a oportunidade de ler um e-book,

em português, cuja temática muito me interessava.

Pois gostei bastante, não apenas

do conteúdo, mas da experiência. Também

tive oportunidade de participar na escrita

do e-book madeirense HÁ SEMPRE MAGIA

NO NATAL, a várias mãos, coordenado pelo

Prof. Francisco Fernandes, em 2012, e achei

uma experiência curiosa e satisfatória.

As ferramentas digitais levarão ao fim do

livro físico?

- Jamais. Julgo que o texto escrito em suporte

de papel terá sempre o seu lugar na escrita,

por maiores e distintas que sejam as

descobertas futuras neste âmbito.

Escreve na antiga ou na nova grafia, e

porquê?

- Escrevo em português e jamais na aberração

do “malaquês”, mais conhecido por

“desacordês”. A evolução de uma língua não

deve ser resultado de imposições governamentais,

acedendo a interesses políticos e

facultando favores a determinados grupos

intelectuais. Por alguma razão, os outros países

de expressão portuguesa recusaram-se

a assinar o dito (des)acordo ortográfico.s

saber março 2022

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