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Florestal_241

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Mercado de carbono em alta<br />

Preservar o meio ambiente tem se tornado um grande negócio<br />

mundial, e o produtor brasileiro é referência neste quesito. Prova disto,<br />

é o percentual do que é emitido de CO2 (gás carbônico) pelo país,<br />

em referência ao restante do mundo – segundo dados da Climate<br />

Watch, o Brasil é responsável por 2,9% da emissão de CO2 do planeta.<br />

Diante disto, a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) recebeu<br />

recentemente o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para<br />

debater o Decreto 11.075/22, que regulamenta o mercado de crédito<br />

de carbono. Segundo o ministro, o decreto mostra o Brasil na direção<br />

correta. “Seremos um grande exportador de crédito de carbono,<br />

temos que inovar e crescer em direção ao verde”, sugere Joaquim. O<br />

ministro cita ser necessário criar planos setoriais ajustados à realidade<br />

de cada território e de cada setor “para chegarmos à neutralidade<br />

climática até 2050”, completou. Para o presidente da FPA, deputado<br />

Sérgio Souza (MDB-PR), o grande desafio do Brasil é mitigar a onda<br />

negativa, da narrativa do continente Europeu, de que não produzimos<br />

ativos ambientais. “Esse é um grande mercado, tem espaço para<br />

isso e o Brasil tem estoque para suportar esse mercado e nós queremos<br />

que isso chegue para o produtor rural”, afirmou Sérgio.<br />

Financiamento de bioeconomia<br />

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social) lançou um edital<br />

para apoiar projetos e programas nas áreas<br />

de bioeconomia florestal, economia circular e<br />

desenvolvimento urbano. Segundo a instituição,<br />

trata-se de chamada pública para uma solução<br />

financeira híbrida, conhecida internacionalmente<br />

como blended finance. Segundo informações da<br />

Agência Brasil, o banco espera gerar um impacto<br />

de pelo menos R$ 400 milhões. O blended finance<br />

envolve o uso estratégico de recursos filantrópicos<br />

para mobilizar novos fluxos de capital privado.<br />

Segundo o BNDES, por buscar um equilíbrio entre<br />

risco e retornos dos investimentos, este é um<br />

caminho que pode ajudar a destinar recursos<br />

para viabilizar a Agenda 2030, um plano de ação<br />

global formulado pela ONU (Organização das<br />

Nações Unidas) que reúne objetivos e metas de desenvolvimento sustentável. O diretor de crédito produtivo e socioambiental da<br />

instituição, Bruno Aranha, diz que o desafio ambiental precisa ser enfrentado a partir de parcerias que envolvam Poder Público,<br />

empresas, investidores, terceiro setor e academia. Segundo ele, esse é o primeiro edital de blended finance do BNDES, mas outros<br />

já estão nos planos. Nesta primeira experiência, serão escolhidas até 12 propostas, sendo até quatro de cada uma das áreas temáticas:<br />

bioeconomia florestal, desenvolvimento urbano, economia circular. Os projetos podem combinar instrumentos diversos de<br />

financiamento. As inscrições estão abertas até o dia 8 de julho.<br />

Foto: divulgação<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br

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