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Revista Coamo edição Junho de 2022

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CREDICOAMO LANÇA NOVO APLICATIVO PARA OS ASSOCIADOS<br />

revista<br />

www.coamo.com.br<br />

junho/<strong>2022</strong><br />

ano 48 <strong>edição</strong> 525<br />

MEIO AMBIENTE<br />

Semana do Meio Ambiente<br />

contou com ações <strong>de</strong><br />

conscientização e distribuição<br />

<strong>de</strong> mudas <strong>de</strong> árvores<br />

COOPERATIVISMO<br />

Instrumento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

para a construção<br />

<strong>de</strong> um mundo melhor<br />

SAFRAS CONECTADAS<br />

Encontro <strong>de</strong> Inverno na Fazenda Experimental abordou temas relacionados com a<br />

segunda safra e pecuária, além <strong>de</strong> antecipar manejos e ações para as lavouras <strong>de</strong> verão


expediente<br />

Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

ano 48 | <strong>edição</strong> 525 | junho <strong>de</strong> <strong>2022</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula Bento Pelissari Smith,<br />

Antonio Marcio dos Santos, Ruthielle Borsuk da Silva, Raquel Sumie Eishima,<br />

Aline Aristi<strong>de</strong>s Bazán, Marcos Gabriel Batista dos Santos e Kamilly Santana<br />

Cazotto.<br />

Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana<br />

Paula Bento Pelissari Smith, Ruthielle Borsuk da Silva e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários<br />

Contato: (11) 5092-3305<br />

Contato publicitário: Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou cita-dos<br />

não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 - Caixa Postal, 460 - www.coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari,<br />

Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />

CONSELHO FISCAL: Jonathan Henrique Welz Negri, Igor Eduardo <strong>de</strong> Mello Schreiner e Pedro Augusto Brunetta Borgo (Membros Efetivos). Angelo Mauro Zanin, Danilo Henrique<br />

Rosolem e Cláudio Fulaneto Junior (Membros Suplentes).<br />

DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello.<br />

Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,59 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2021: R$ 24,666 bilhões.<br />

Sobras liquidas: R$ 1,835 bilhão. Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2021: R$ 534,940 milhões. Cooperados: mais <strong>de</strong> 30 mil. Municípios presentes: 73. Unida<strong>de</strong>s: 111.<br />

junho/<strong>2022</strong> revista<br />

3


sumário<br />

Soluções BASF Trigo.<br />

Produtivida<strong>de</strong> e<br />

rentabilida<strong>de</strong> para<br />

a sua lavoura.<br />

??<br />

Um Legado mais produtivo e rentável na cultura do Trigo se constrói todos os dias.<br />

Para acompanhar você nessa jornada, a BASF tem um portfólio completo <strong>de</strong> soluções<br />

com a inovação e a eficiência que você precisa para o manejo eficiente <strong>de</strong> pragas,<br />

plantas daninhas e doenças. Assim, sua lavoura estará protegida para expressar<br />

o máximo potencial produtivo e entregar resultados mais rentáveis a cada safra.<br />

Tratamento<br />

<strong>de</strong> Sementes<br />

Herbicidas<br />

Inseticidas<br />

Fungicidas<br />

Tecnologia<br />

Standak Top<br />

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Finale ®<br />

Raptor ® 70 DG<br />

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Duo<br />

Abacus ® HC<br />

Ativum ®<br />

Versatilis ®<br />

Brio ®<br />

Opera ®<br />

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0800 0192 500<br />

BASF.AgroBrasil<br />

BASF Agricultural Solutions<br />

BASF.AgroBrasilOficial<br />

agriculture.basf.com/br/pt.html<br />

blogagro.basf.com.br<br />

????????<br />

BASF na Agricultura.<br />

Juntos pelo seu Legado.<br />

????????????????????????????<br />

ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO AMBIENTE. USO AGRÍCOLA. VENDA SOB RECEITUÁRIO<br />

ATENÇÃO<br />

AGRONÔMICO. CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO. INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS. DESCARTE<br />

CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS. LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO,<br />

NA BULA E NA RECEITA. UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. RESTRIÇÕES TEMPORÁRIAS NO ESTADO DO PARANÁ:<br />

OPERA ® ULTRA PARA O ALVO PUCCINIA GRAMINIS F. SP. TRITICI E STANDAK ® TOP PARA O ALVO PYTHIUM SPP. REGISTROS MAPA:<br />

OPERA 4 ® ULTRA revista Nº 9310, ATIVUM junho/<strong>2022</strong><br />

® Nº 11216, ABACUS ® HC Nº 9210, BRIO ® Nº 09009, VERSATILIS ® Nº 01188593, NOMOLT ® 150 Nº 01393, IMUNIT ®<br />

Nº 08806, FASTAC ® DUO Nº 10913, HEAT ® Nº 01013, BASAGRAN ® 600 Nº 0594, FINALE ® Nº 0691, RAPTOR ® 70 DG Nº 08296 E STANDAK ® TOP Nº 01209.


índice<br />

Entrevista<br />

10<br />

Sérgio Souza, <strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral e atual presi<strong>de</strong>nte da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), é o<br />

entrevistado do mês. Para ele, o Novo Código Florestal Brasileiro pacificou o sistema produtivo do país<br />

Encontro <strong>de</strong> Inverno<br />

14<br />

Após dois anos sem ser realizado no formato presencial, Encontro <strong>de</strong> Inverno na Fazenda<br />

Experimental voltou a reunir cooperados em Campo Mourão apresentando novas tecnologias<br />

32<br />

Cooperativismo<br />

Sistema transforma a vida <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> famílias. Trata-se <strong>de</strong> um<br />

mo<strong>de</strong>lo econômico justo e igualitário. <strong>Coamo</strong> e Credicoamo apoiam<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento dos cooperados. Na imagem, família Ferri, <strong>de</strong><br />

Quinta do Sol (PR), exemplo <strong>de</strong> união e cooperação<br />

Nova Unida<strong>de</strong> no MS<br />

São Gabriel do Oeste é se<strong>de</strong> do mais novo entreposto da <strong>Coamo</strong> em Mato Grosso do Sul. O município<br />

é o portal da região Norte do MS. Cooperativa chega no município com estrutura completa<br />

Aplicativo Credicoamo<br />

41<br />

42<br />

Cooperativa lançou novo aplicativo, disponível para download na Playstore e AppStore. A<br />

ferramenta substitui o antigo aplicativo, trazendo mais tecnologia, praticida<strong>de</strong> e segurança<br />

Meio Ambiente<br />

46<br />

Semana do Meio Ambiente foi realizada no início <strong>de</strong> junho nas unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong> no Paraná, com<br />

ações <strong>de</strong> conscientização e distribuição <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong> árvores para cooperados e funcionários<br />

junho/<strong>2022</strong> revista<br />

5


SEMENTE MULTIPROTEGIDA<br />

GERA MULTIBENEFÍCIOS.<br />

• Semente protegida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<br />

• Fungicida para<br />

tratamento <strong>de</strong> sementes<br />

• Amplo espectro<br />

• Alta performance<br />

• Baixa dosagem<br />

• Compatibilida<strong>de</strong> com<br />

biológicos (Tricho<strong>de</strong>rma)<br />

ATENÇÃO<br />

Este produto é perigoso à saú<strong>de</strong> humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as<br />

instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos <strong>de</strong> proteção individual. Nunca<br />

permita a utilização do produto por menores <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA<br />

SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.<br />

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/brasilupl<br />

upl-ltd.com/br


governança<br />

Foco no cooperado<br />

Esta <strong>edição</strong> da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong><br />

<strong>de</strong>staca o Cooperativismo<br />

como um dos assuntos<br />

principais. Quando mencionamos<br />

este movimento que nasceu<br />

em 1844 na Inglaterra, e antes <strong>de</strong><br />

tudo para mim é uma filosofia <strong>de</strong><br />

vida, reverenciamos também os<br />

pioneiros que um dia sonharam<br />

e acreditaram no surgimento das<br />

cooperativas <strong>Coamo</strong> e Credicoamo.<br />

Por isso, esta data do cooperativismo<br />

é muito importante<br />

para todos da família <strong>Coamo</strong> e<br />

Credicoamo, diretores, cooperados,<br />

funcionários e familiares.<br />

Celebramos juntos a força<br />

e a união <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 140 mil<br />

pessoas, que diretamente trabalham<br />

e com orgulho, fazem parte<br />

<strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> cooperativista<br />

atuante, que visa o bem<br />

comum, e com a graça <strong>de</strong> Deus,<br />

vem comemorando bons resultados<br />

ano após ano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o surgimento<br />

das duas cooperativas, respectivamente<br />

a <strong>Coamo</strong> em 28 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> 1970, e a Credicoamo<br />

em 17 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1989.<br />

Os resultados são frutos<br />

da <strong>de</strong>dicação e profissionalismo<br />

dos funcionários, da participação<br />

expressiva dos cooperados, e <strong>de</strong><br />

um trabalho sério com administração<br />

estratégica da diretoria<br />

com foco no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do quadro social.<br />

Com orgulho e satisfação,<br />

constatamos que o trabalho<br />

das cooperativas tem o reconhecimento<br />

dos associados, que sabem<br />

ser eles o motivo do nosso<br />

“Celebramos a força e a<br />

união <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 140<br />

mil pessoas, que com<br />

orgulho, fazem parte<br />

<strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong><br />

cooperativista atuante”.<br />

cooperativismo diário, e comemoram<br />

a excelente performance<br />

que colocam a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />

como <strong>de</strong>staque entre as<br />

maiores e melhores nos segmentos<br />

agropecuário e <strong>de</strong> crédito.<br />

Nesses 51 anos <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação<br />

na <strong>Coamo</strong> avalio que<br />

o cooperativismo foi e é muito<br />

importante para apoiar e <strong>de</strong>senvolver<br />

milhares <strong>de</strong> pessoas em<br />

diversas ativida<strong>de</strong>s. Ele surgiu<br />

<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s e os produtores<br />

encontraram na cooperativa a solução<br />

para resolver os seus problemas.<br />

Foi assim quando das<br />

reuniões que culminaram com o<br />

nascimento da <strong>Coamo</strong> e quase<br />

20 anos <strong>de</strong>pois, com a criação da<br />

nossa cooperativa <strong>de</strong> crédito.<br />

Com a observância <strong>de</strong><br />

importantes valores como a honestida<strong>de</strong>,<br />

serieda<strong>de</strong>, responsabilida<strong>de</strong><br />

e o espírito empreen<strong>de</strong>dor<br />

e inovador, mas acima <strong>de</strong><br />

tudo com a confiança dos cooperados,<br />

po<strong>de</strong>mos afirmar que tanto<br />

a <strong>Coamo</strong> como a Credicoamo<br />

<strong>de</strong>ram muito certo e são cooperativas<br />

<strong>de</strong> sucesso.<br />

Aprendi nessas mais <strong>de</strong><br />

cinco décadas, que uma gran<strong>de</strong><br />

lição que carrego comigo é o<br />

lado social do cooperativismo,<br />

ou seja, a certeza <strong>de</strong> que o cooperado<br />

precisa ser bem atendido<br />

para evoluir e transformar; que<br />

o cooperativismo precisa ter o<br />

cooperado como foco, pois ele<br />

é a razão principal da cooperativa.<br />

Foi assim que fizemos nesses<br />

anos todos na <strong>Coamo</strong> e na Credicoamo,<br />

e continuamos fazendo,<br />

pois trabalhamos para cumprir<br />

sua missão, que é uma só: gerar<br />

renda aos cooperados com <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do agronegócio<br />

e no caso na Credicoamo, por<br />

meio <strong>de</strong> soluções financeiras sustentáveis.<br />

Temos muito a comemorar,<br />

por isso, parabéns para todos<br />

nós cooperativistas.<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

junho/<strong>2022</strong> revista<br />

7


gestão<br />

O crescimento da <strong>Coamo</strong> no MS<br />

"A <strong>Coamo</strong> está aon<strong>de</strong> o<br />

cooperado está e tem o<br />

propósito <strong>de</strong> ajudá-lo a<br />

crescer e progredir cada vez<br />

mais na sua ativida<strong>de</strong>."<br />

O<br />

cooperativismo é comprovadamente, um<br />

importante agente <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento para<br />

milhões <strong>de</strong> pessoas em seus diversos ramos<br />

<strong>de</strong> atuação. Seja na assistência técnica e financeira,<br />

no fornecimento dos insumos e atendimento das necessida<strong>de</strong>s<br />

dos cooperados, no apoio a gestão e administração<br />

da proprieda<strong>de</strong>, ou na geração e distribuição<br />

<strong>de</strong> renda. Por essas razões, o cooperativismo é<br />

único e fundamental para a existência <strong>de</strong> tantos produtores<br />

rurais no caso do segmento agropecuário.<br />

Constatamos que sozinho, sem o apoio e o<br />

suporte <strong>de</strong> uma cooperativa, dificilmente o produtor<br />

conseguiria os benefícios e o sucesso em suas ativida<strong>de</strong>s,<br />

como ele tem quando está junto, cumprindo<br />

os <strong>de</strong>veres e usufruindo dos seus direitos.<br />

Na <strong>Coamo</strong> e na Credicoamo trabalhamos<br />

nesse sentido, com a certeza <strong>de</strong> que quanto mais<br />

negócios os associados fizerem e maior for a sua<br />

participação, mais forte se tornam e as cooperativas<br />

também. Este é o caminho que estamos percorrendo<br />

e conquistando sucesso no cooperativismo.<br />

Nesses anos vencemos muitos <strong>de</strong>safios, e<br />

juntos - cooperados, diretoria e funcionários -, estamos<br />

preparados para enfrentar o presente, os novos<br />

tempos em que vivemos para evoluir e transformar,<br />

e alcançar o futuro, pois como está em nosso slogan,<br />

“A vida é a gente que transforma”.<br />

A <strong>Coamo</strong> está on<strong>de</strong> o seu cooperado está<br />

e, cada vez mais, quer estar mais perto <strong>de</strong>les, com o<br />

propósito <strong>de</strong> ir mais adiante, <strong>de</strong> crescer e progredir,<br />

e gerar renda aos seus negócios e agregar valor à<br />

marca e produtos da <strong>Coamo</strong>.<br />

Foi neste sentido, que anunciamos o município<br />

<strong>de</strong> São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul,<br />

como se<strong>de</strong> do mais novo entreposto. Um município<br />

que é o portal da região Norte do MS, na maior rota<br />

<strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> grãos do país e polo<br />

do agronegócio do Centro-Oeste brasileiro.<br />

O expressivo avanço do agronegócio em<br />

Mato Grosso do Sul e da <strong>Coamo</strong>, faz com que possamos<br />

ampliar nossa atuação neste importante Estado<br />

produtor <strong>de</strong> grãos. Contando com esta, estamos presentes<br />

em 19 unida<strong>de</strong>s – a última foi inaugurada em<br />

2021, em Ban<strong>de</strong>irantes, e outras duas em construção<br />

atualmente em Ponta Porã e Rio Brilhante. O cooperativismo<br />

da <strong>Coamo</strong> beneficia no MS, <strong>de</strong> forma direta<br />

mais <strong>de</strong> 12 mil pessoas entre cooperados, funcionários<br />

e seus familiares, sem contar os trabalhadores<br />

temporários e os empregos indiretos.<br />

Chegamos a São Gabriel do Oeste on<strong>de</strong><br />

teremos uma eficiente estrutura para promover o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e um cooperativismo <strong>de</strong> resultado.<br />

Esta expansão e visão da <strong>Coamo</strong> é referendada<br />

pela participação dos cooperados naquela importante<br />

região. Reiteramos nosso forte compromisso<br />

com os cooperados para levar diversos benefícios<br />

como assistência técnica, crédito, logística, insumos<br />

e estrutura para recebimento e armazenagem da<br />

produção. Tudo isso com o propósito <strong>de</strong> aumentar<br />

a produtivida<strong>de</strong> e a renda em suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

AIRTON GALINARI<br />

Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />

junho/<strong>2022</strong> revista<br />

9


entrevista<br />

SÉRGIO SOUZA<br />

Deputado Fe<strong>de</strong>ral e presi<strong>de</strong>nte da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA)<br />

“O Brasil real é <strong>de</strong> preservação ambiental<br />

e pujança do setor agropecuário”.<br />

Filho <strong>de</strong> produtores rurais, o <strong>de</strong>putado Sérgio<br />

Souza (MDB-PR) está em seu segundo<br />

mandato na Câmara Fe<strong>de</strong>ral e é o atual presi<strong>de</strong>nte<br />

da Frente Parlamentar da Agropecuária<br />

(FPA). Natural <strong>de</strong> Ivaiporã, no Paraná, ele acredita<br />

que sua maior missão à frente da FPA é fazer com<br />

que a socieda<strong>de</strong> compreenda o que é o agronegócio<br />

brasileiro. “As pessoas têm uma imagem<br />

distorcida do agro, com o produtor rural <strong>de</strong>smatando<br />

floresta, utilizando a água <strong>de</strong> forma indiscriminada,<br />

passando veneno na lavoura e pondo<br />

tudo isso na mesa das pessoas. Isso precisa mudar”,<br />

enfatiza o presi<strong>de</strong>nte da FPA.<br />

Sérgio Souza dividiu seu tempo <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong><br />

entre a lida no campo e os estudos. É<br />

graduado em Direito e especializado em Direito<br />

Eleitoral. São muitas as pautas que o FPA tem,<br />

entre elas a Regularização Fundiária – ainda em<br />

tramitação na Câmara dos Deputados. Segundo<br />

ele, se aprovada haverá diminuição das queimadas<br />

e do <strong>de</strong>smatamento “porque com o título da<br />

terra a pessoa tem que seguir o Código Florestal<br />

e se ela não seguir, o órgão ambiental vai lá e<br />

multa, até que a pessoa chegue ao ponto <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r<br />

a proprieda<strong>de</strong>”.<br />

A FPA tem composição pluripartidária<br />

e mais <strong>de</strong> 200 parlamentares membros, e tem<br />

sido exemplo <strong>de</strong> organização e articulação com<br />

os entes fe<strong>de</strong>rados. É consi<strong>de</strong>rada influente nas<br />

discussões, articulações e negociações <strong>de</strong> políticas<br />

públicas no âmbito dos Po<strong>de</strong>res Legislativo,<br />

Executivo e Judiciário.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Qual a função da Frente Parlamentar<br />

da Agropecuária e quais as conquistas nesses<br />

quase 30 anos?<br />

Sérgio Souza: O objetivo da Frente Parlamentar<br />

da Agropecuária - FPA é trabalhar pela aprovação<br />

<strong>de</strong> legislações que promovam o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável da agropecuária nacional. Dentre as<br />

priorida<strong>de</strong>s atuais, estão a mo<strong>de</strong>rnização da legislação<br />

trabalhista, fundiária e tributária, instituição<br />

do marco temporal para <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> terras<br />

indígenas e o direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>, novo marco<br />

do licenciamento ambiental, mo<strong>de</strong>rnização da<br />

lei <strong>de</strong> pesticidas e regularização fundiária. Além<br />

disso, trabalhamos por projetos <strong>de</strong> autocontrole<br />

para garantir agilida<strong>de</strong> e compromisso da produção,<br />

bioinsumos e outras matérias <strong>de</strong> interesse do<br />

setor. Des<strong>de</strong> que foi criada, a Frente Parlamentar<br />

se <strong>de</strong>dica aos trabalhos no Congresso Nacional.<br />

De composição pluripartidária e com mais <strong>de</strong> 200<br />

parlamentares membros, a bancada tem sido um<br />

exemplo <strong>de</strong> organização e articulação com os entes<br />

fe<strong>de</strong>rados. É consi<strong>de</strong>rada a mais influente nas<br />

discussões, articulações e negociações <strong>de</strong> políticas<br />

públicas no âmbito do Po<strong>de</strong>r Legislativo, Executivo<br />

e Judiciário.<br />

RC: Aponte os avanços e a importância do Código<br />

Florestal na ca<strong>de</strong>ia produtiva. Há alterações a serem<br />

feitas?<br />

Sérgio Souza: O Código Florestal Brasileiro é uma<br />

lei mo<strong>de</strong>rna, centrada na peculiarida<strong>de</strong> dos cinco<br />

biomas do Brasil. Mo<strong>de</strong>rnizou normas e proporcio-<br />

10 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


nou a entrada dos produtores rurais<br />

na legalida<strong>de</strong> e na produção<br />

sustentável. O Novo Código Florestal<br />

Brasileiro pacificou o país,<br />

<strong>de</strong>u ao meio ambiente garantias<br />

sem comparação como nenhuma<br />

outra norma no mundo, com<br />

segurança jurídica. A instituição<br />

do Cadastro Ambiental Rural<br />

(CAR), propicia uma ferramenta<br />

<strong>de</strong> controle auto<strong>de</strong>clarado <strong>de</strong><br />

mapeamento <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s<br />

rurais privadas e suas áreas <strong>de</strong><br />

preservação/proteção. Ao todo,<br />

são 6,5 milhões <strong>de</strong> imóveis rurais<br />

(mais <strong>de</strong> 98% dos imóveis rurais<br />

do país) estão registrados no Cadastro<br />

Ambiental Rural. Apesar<br />

disso, alguns aprimoramentos<br />

são necessários para a completa<br />

implementação da Lei.<br />

Natural <strong>de</strong> Ivaiporã, no Estado do Paraná, o <strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral Sérgio Souza é filho <strong>de</strong><br />

produtores rurais. Formado em Direito pela Universida<strong>de</strong> Tuiuti, cursou especialização<br />

em Direito Eleitoral na UniCuritiba. Está em seu segundo mandato na Câmara Fe<strong>de</strong>ral e<br />

é o atual presi<strong>de</strong>nte da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).<br />

RC: Conte-nos um pouco sobre<br />

o Programa <strong>de</strong> Regularização<br />

Ambiental (PRA).<br />

Sérgio Souza: O Programa <strong>de</strong><br />

Regularização Ambiental (PRA) é<br />

um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios. Após a<br />

publicação da regulamentação<br />

fe<strong>de</strong>ral do dispositivo, Estados<br />

e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>veriam ter<br />

apresentado suas legislações<br />

para a efetivação da regularização<br />

<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s com inconformida<strong>de</strong><br />

ambiental. No entanto,<br />

alguns entes fe<strong>de</strong>rados têm<br />

se abstido do papel <strong>de</strong>signado<br />

pela Lei Complementar 140, o<br />

que impossibilita a implementação<br />

integral do Programa. Outro<br />

ponto importante a ser enfrentado,<br />

se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> que a<br />

justiça brasileira tem dado entendimento<br />

adverso à intenção<br />

do legislador, ao <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar<br />

a aplicação do Novo Código Flo-<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 11


entrevista<br />

A PREOCUPAÇÃO DO COOPERATIVISMO COM A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL<br />

NÃO SE RESTRINGE AO RESULTADO, MAS AO PROCESSO INTEIRO."<br />

restal aos diversos biomas brasileiros.<br />

A Mata Atlântica é o exemplo<br />

disso. Também é importante<br />

frisar, que o bom funcionamento<br />

da legislação, passa pelo conhecimento<br />

da situação das proprieda<strong>de</strong>s,<br />

bem como, pela validação<br />

dos dados inseridos no CAR.<br />

Nesse caso, a validação dos cadastros<br />

é um importante fator <strong>de</strong><br />

credibilida<strong>de</strong>. Evitará o questionamento,<br />

inclusive internacional,<br />

sobre serviços <strong>de</strong> preservação<br />

ambiental prestados pela agropecuária<br />

brasileira ao mundo.<br />

RC: Qual o posicionamento da<br />

FPA quanto ao Programa <strong>de</strong> Regularização<br />

Ambiental (PRA)?<br />

Sérgio Souza: O Programa <strong>de</strong><br />

Regularização Ambiental (PRA),<br />

é um instrumento também criado<br />

pelo Código Florestal, contempla<br />

um conjunto <strong>de</strong> ações a<br />

serem <strong>de</strong>senvolvidas pelos proprietários<br />

e posseiros rurais com<br />

o objetivo <strong>de</strong> promover a regularização<br />

ambiental <strong>de</strong> suas proprieda<strong>de</strong>s<br />

ou posses. Os PRAs<br />

são constituídos no âmbito dos<br />

Estados e do Distrito Fe<strong>de</strong>ral, e<br />

para sua a<strong>de</strong>são é obrigatória<br />

a inscrição do imóvel rural no<br />

CAR. A a<strong>de</strong>são formal ao PRA,<br />

contempla a assinatura <strong>de</strong> Termo<br />

<strong>de</strong> Compromisso que contenha,<br />

no mínimo, os compromissos <strong>de</strong><br />

manter, recuperar ou recompor<br />

as áreas <strong>de</strong>gradadas ou áreas alteradas<br />

em áreas <strong>de</strong> preservação<br />

permanente, <strong>de</strong> reserva legal e<br />

<strong>de</strong> uso restrito do imóvel rural, ou<br />

ainda <strong>de</strong> compensar áreas <strong>de</strong> reserva<br />

legal. O projeto <strong>de</strong> recomposição<br />

<strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas e<br />

alteradas é um dos instrumentos<br />

do PRA. A FPA é favorável à a<strong>de</strong>são<br />

tanto quanto à implementação<br />

da lei como um todo.<br />

RC: Como o senhor observa o<br />

andamento das diversas Ações<br />

Diretas <strong>de</strong> Inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

no STF, que po<strong>de</strong>m impactar em<br />

prejuízos aos agricultores?<br />

Sérgio Souza: A judicialização<br />

Sérgio Souza, <strong>de</strong>putado<br />

Fe<strong>de</strong>ral e presi<strong>de</strong>nte da<br />

Frente Parlamentar da<br />

Agropecuária (FPA)<br />

do Código é algo que tem atrasado<br />

sobremaneira a sua aplicação<br />

completa. A Lei tem esbarrado<br />

em diversos questionamentos jurídicos<br />

e as inúmeras batalhas judiciais<br />

têm minado a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> implementação das normas<br />

essenciais do Código Florestal.<br />

Regras que, obviamente, trariam<br />

resultados ainda mais favoráveis.<br />

“O Brasil produz com<br />

qualida<strong>de</strong>, alimenta o<br />

mundo e ainda preserva<br />

o meio ambiente, e isso<br />

assusta quem não possui<br />

a nossa força e a nossa<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

preservar. É só comparar<br />

a preservação da União<br />

Europeia, por exemplo,<br />

que é <strong>de</strong> 20,3% do seu<br />

território, contra os mais<br />

<strong>de</strong> 66% no Brasil”<br />

12 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


O Congresso Nacional, por direito<br />

constitucional, já realizou seu<br />

trabalho há <strong>de</strong>z anos com a aprovação<br />

maciça da lei. Precisamos<br />

<strong>de</strong>ixar que os po<strong>de</strong>res da República<br />

ocupem suas posições <strong>de</strong><br />

forma equilibrada em benefício<br />

do País.<br />

RC: Como é o grau <strong>de</strong> exigência<br />

do nosso país em relação às<br />

questões ambientais? Como é<br />

isso em outros países?<br />

Sérgio Souza: Não há em qualquer<br />

outro país uma Lei como a<br />

do Novo Código Florestal. Isso<br />

mostra a <strong>de</strong>dicação do país em<br />

relação ao meio ambiente. Mais<br />

que isso, são 66,3% do país <strong>de</strong>dicado<br />

à proteção, preservação ou<br />

conservação para a vegetação<br />

nativa. Isso só foi possível com<br />

a rigi<strong>de</strong>z do Código e <strong>de</strong> outras<br />

tantas leis que a Frente Parlamentar<br />

da Agropecuária ajudou<br />

a aprovar no Congresso Nacional.<br />

Outros países se assustam<br />

com o po<strong>de</strong>r que o setor produtivo<br />

brasileiro possui e, por essa<br />

razão, e outros tantos interesses,<br />

implica ao Brasil uma responsabilida<strong>de</strong><br />

que na verda<strong>de</strong> é <strong>de</strong>les.<br />

O Brasil produz com qualida<strong>de</strong>,<br />

alimenta o mundo e ainda preserva<br />

o meio ambiente, e isso<br />

assusta quem não possui a nossa<br />

força e a nossa responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> preservar. É só comparar a<br />

preservação da União Europeia,<br />

por exemplo, que é <strong>de</strong> 20,3% do<br />

seu território.<br />

RC: Como é a imagem do Brasil<br />

no exterior e os interesses estrangeiros<br />

em relação à preservação<br />

ambiental aqui no nosso país?<br />

Sérgio Souza: São diversos interesses<br />

que po<strong>de</strong>m ser comerciais,<br />

financeiros e <strong>de</strong> outras tantas<br />

naturezas. A verda<strong>de</strong> é que<br />

nenhum outro país possui uma<br />

biodiversida<strong>de</strong> como a nossa. O<br />

Brasil é rico e ainda carrega a potência<br />

do produtor rural que leva<br />

o alimento aos brasileiros e para<br />

mais <strong>de</strong> 200 países. A i<strong>de</strong>ia que<br />

se ven<strong>de</strong> lá fora não é o Brasil<br />

real. O Brasil real é <strong>de</strong> preservação<br />

ambiental e pujança do setor<br />

agropecuário.<br />

RC: Em relação ao produtor brasileiro,<br />

ele cumpre seu papel <strong>de</strong><br />

conservacionista? O Brasil é o<br />

que mais conserva?<br />

Sérgio Souza: As áreas com<br />

preservação <strong>de</strong> vegetação nativa<br />

nas proprieda<strong>de</strong>s rurais do<br />

Brasil somam 282,8 milhões <strong>de</strong><br />

hectares, o equivalente a 33,2%<br />

do território brasileiro, <strong>de</strong> acordo<br />

com novos dados da Embrapa<br />

Territorial. Ninguém no mundo<br />

é capaz <strong>de</strong> cuidar e preservar<br />

como faz o nosso produtor, que<br />

tem aumentado a produtivida<strong>de</strong><br />

sem <strong>de</strong>smatar. Ele consegue aliar<br />

a qualida<strong>de</strong> à tecnologia, que se<br />

soma à imensa responsabilida<strong>de</strong><br />

pelo produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, além<br />

da preservação do meio ambiente.<br />

Nossos produtores rurais<br />

também são responsáveis pelo<br />

sucesso do Brasil nesse quesito.<br />

RC: O Cooperativismo promove<br />

na sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a origem<br />

até a industrialização e a colocação<br />

dos alimentos na mesa<br />

<strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> pessoas. O que o<br />

senhor pensa a respeito?<br />

Sérgio Souza: O cooperativismo<br />

"Não há em qualquer<br />

outro país uma Lei como<br />

a do Código Florestal.<br />

Isso mostra a <strong>de</strong>dicação<br />

do país em relação ao<br />

meio ambiente. Mais<br />

que isso, são 66,3%<br />

do país <strong>de</strong>dicado à<br />

proteção, preservação<br />

ou conservação para a<br />

vegetação nativa."<br />

trata as pessoas como o centro<br />

<strong>de</strong> tudo. Assim, as ações ten<strong>de</strong>m,<br />

por base, ao bem-estar comum<br />

dos envolvidos. Por isso mesmo,<br />

um meio ambiente preservado e<br />

sustentável se torna um cerne da<br />

atuação, que é <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a origem<br />

até a entrega. A preocupação do<br />

cooperativismo com a conservação<br />

ambiental não se restringe ao<br />

resultado final, mas ao processo<br />

inteiro. Essa é a cultura que o produtor<br />

rural brasileiro carrega.<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 13


14 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


SISTEMA<br />

EQUILIBRADO<br />

Após dois anos sem ser realizado no formato presencial, Encontro <strong>de</strong><br />

Inverno na Fazenda Experimental voltou a reunir cooperados em Campo<br />

Mourão. Evento abordou temas relacionados com a segunda safra e<br />

pecuária, além <strong>de</strong> antecipar manejos e ações para as lavouras <strong>de</strong> verão<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 15


encontro <strong>de</strong> inverno<br />

Tecnologia é conhecimento, e a assistência técnica é o elo entre o cooperado e a pesquisa<br />

Após dois anos, a <strong>Coamo</strong> retomou<br />

<strong>de</strong> forma presencial, o tradicional<br />

Encontro <strong>de</strong> Inverno na Fazenda<br />

Experimental. Milhares <strong>de</strong> cooperados<br />

participaram do evento realizado entre<br />

07 e 09 <strong>de</strong> junho com apresentações em<br />

sete estações <strong>de</strong> pesquisa. O evento está<br />

na 16ª <strong>edição</strong> e visa difundir tecnologias<br />

e manter o quadro social atualizado. Junto<br />

com o encontro, foi realizada a Feira <strong>de</strong><br />

Negócios com exposição <strong>de</strong> maquinários<br />

e produtos <strong>de</strong> empresas parceiras da<br />

cooperativa.<br />

O presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong><br />

Administração da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo,<br />

José Aroldo Gallassini, <strong>de</strong>staca que o<br />

cooperado que se mantém atualizado sai<br />

na frente na produção. “A Fazenda Experimental<br />

presta um importante trabalho <strong>de</strong><br />

difundir novas tecnologias para o quadro<br />

social. A cada encontro são <strong>de</strong>finidos assuntos<br />

atuais e os resultados repassados<br />

aos cooperados”, comenta.<br />

Conforme o presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />

da <strong>Coamo</strong>, Airton Galinari, o retorno do<br />

encontro no formato virtual foi realizado<br />

<strong>de</strong> forma segura para que todos os cooperados<br />

pu<strong>de</strong>ssem participar. “Vimos um<br />

perfil interessante dos participantes, com<br />

muitos jovens e mulheres, que agora são<br />

protagonistas do agronegócio e mostram<br />

interesse em adquirir mais conhecimento<br />

e evoluir na ativida<strong>de</strong> agrícola”, diz. Ele<br />

ressalta que o encontro é realizado em<br />

um laboratório a céu aberto, com o objetivo<br />

<strong>de</strong> transferir conhecimento <strong>de</strong> forma<br />

direta e com resultado consistente. “Tecnologia<br />

é conhecimento, é o que gera valor.<br />

O trabalho da cooperativa por meio<br />

da assistência técnica é ser o elo entre a<br />

16 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias, diretor <strong>de</strong><br />

Suprimentos e Assistência Técnica<br />

Val<strong>de</strong>miro Nesi, gerente <strong>de</strong> Compras <strong>de</strong> Bens <strong>de</strong> Fornecimento; Paulo Roberto Bacini, gerente <strong>de</strong><br />

Fornecimento <strong>de</strong> Bens <strong>de</strong> Lojas; Marcelo Sumiya, gerente <strong>de</strong> Assistência Técnica; Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo; José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

TEMAS<br />

APRESENTADOS<br />

pesquisa e o cooperado, que recebe<br />

as novas tecnologias <strong>de</strong> forma<br />

segura e po<strong>de</strong> implantar em<br />

sua proprieda<strong>de</strong> para continuar<br />

evoluindo <strong>de</strong> forma sustentável”,<br />

acrescenta.<br />

O diretor <strong>de</strong> Suprimentos<br />

e Assistência Técnica, Aquiles<br />

<strong>de</strong> Oliveira Dias, recorda que há<br />

47 anos a Fazenda Experimental<br />

da <strong>Coamo</strong> vem na vanguarda<br />

da pesquisa no país. “Temos em<br />

nosso DNA a difusão <strong>de</strong> tecnologia<br />

para os nossos cooperados.<br />

Foi isso que transformou a<br />

agricultura na área <strong>de</strong> ação da<br />

cooperativa. A <strong>Coamo</strong> tem esse<br />

espírito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, pois com<br />

apenas cinco anos <strong>de</strong> fundação,<br />

começou o trabalho <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Na Fazenda Experimental<br />

testamos produtos e tecnologias<br />

para repassar aos nossos cooperados”,<br />

assinala Aquiles Dias.<br />

Marcelo Sumiya, gerente<br />

<strong>de</strong> Assistência Técnica da<br />

<strong>Coamo</strong>, observa que o encontro<br />

marca uma transformação nos<br />

eventos realizados pela cooperativa<br />

relacionado aos dias <strong>de</strong><br />

campo. “Estamos trabalhando os<br />

eventos técnicos aproximando o<br />

sistema <strong>de</strong> produção na proprieda<strong>de</strong>,<br />

trazendo assuntos que tratam<br />

das culturas já estabelecidas<br />

e buscando o planejamento das<br />

próximas lavouras. Nesse encontro<br />

<strong>de</strong> inverno tivemos estações<br />

relacionadas a segunda safra e<br />

pecuária, mas também apresentamos<br />

tendências para as lavouras<br />

<strong>de</strong> verão preparando os cooperados<br />

e a nossa equipe técnica<br />

para fazer um bom trabalho na<br />

condução das lavouras.”<br />

João Carlos Bonani,<br />

chefe da Fazenda Experimental,<br />

ressalta que foram três dias<br />

<strong>de</strong> encontro na fazenda Experimental<br />

e com um bom público.<br />

Uso <strong>de</strong> trigo para nutrição<br />

animal: um novo conceito<br />

Manejo <strong>de</strong> lagartas,<br />

biotecnologias e refúgio na<br />

cultura da soja<br />

Diversificação <strong>de</strong> culturas<br />

x produtivida<strong>de</strong> x projeto<br />

carbono<br />

Azevém e nabo resistentes<br />

a herbicidas: cenário atual e<br />

manejo<br />

Agricultura <strong>de</strong> precisão<br />

como ferramenta para o<br />

controle <strong>de</strong> plantas daninhas<br />

Pneus truck/agro e suas<br />

aplicações<br />

Lubrificantes e filtros, vida<br />

longa para seus equipamentos<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 17


encontro <strong>de</strong> inverno<br />

“Tínhamos vagas limitadas para<br />

que pudéssemos aten<strong>de</strong>r todos<br />

os cooperados da melhorar maneira<br />

possível. São produtores<br />

que tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se atualizarem, com informações<br />

seguras para a proprieda<strong>de</strong>.”<br />

Ele lembra que na Fazenda<br />

Experimental são mais <strong>de</strong> 200<br />

experimentos durante o ano e escolhidos<br />

a cada evento os temas<br />

mais atuais para o cenário atual.<br />

“Tivemos um cuidado com a escolha<br />

dos temas. Temos muitos<br />

trabalhos, com muitas informações<br />

e enten<strong>de</strong>mos que foram<br />

apresentados os mais relevantes.<br />

São informações que po<strong>de</strong>m ser<br />

utilizadas <strong>de</strong> forma imediata na<br />

proprieda<strong>de</strong>, gerando benefícios<br />

diretos e rentabilida<strong>de</strong> aos<br />

cooperados.”<br />

Alvadi Antonio Balbinoti<br />

Junior, chefe <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento<br />

da Embrapa Soja,<br />

ressalta que a parceria com a<br />

<strong>Coamo</strong> é <strong>de</strong> longa data e extremamente<br />

importante para validar<br />

e <strong>de</strong>senvolver as tecnologias.<br />

“Nesses encontros repassamos<br />

as informações, mas também<br />

ouvimos as <strong>de</strong>mandas do setor<br />

produtivo. É oportunida<strong>de</strong> para<br />

a pesquisa aprimorar as tecnologias<br />

e ser alimentada para novos<br />

projetos <strong>de</strong> pesquisas, <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e inovação”, assinala.<br />

SELSO APARECIDO DA SILVA<br />

São João do Ivaí (PR)<br />

"O evento só traz novida<strong>de</strong>s, um dia <strong>de</strong><br />

aprendizado. Encontros como esse repassam<br />

informações para o nosso dia a dia no campo.<br />

Já participei <strong>de</strong> vários e estava com sauda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

voltar <strong>de</strong> forma presencial. Todas os assuntos<br />

apresentados foram importantes."<br />

MAURO ANGELO ZANIN<br />

Mamborê (PR)<br />

"Participar do 16º encontro é como se fosse um<br />

marco, por estar voltando no formato presencial. É<br />

importante ter esse contato com os pesquisadores<br />

e colegas cooperados, além <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ver os<br />

resultados das estações na prática. É importante<br />

acompanhar as novida<strong>de</strong>s para não ficar para trás."<br />

18 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


JUNTO COM O ENCONTRO DE VERÃO FOI REALIZADA A FEIRA<br />

DE NEGÓCIOS, COM EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS E PRODUTOS<br />

FORNECIDOS DOS PELA COAMO COM APOIO DE EMPRESAS PARCEIRAS<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 19


encontro <strong>de</strong> inverno<br />

Feira <strong>de</strong> Negócios é atração na Fazenda Experimental<br />

No mês <strong>de</strong> junho, a <strong>Coamo</strong><br />

promoveu mais uma <strong>edição</strong><br />

da Feira <strong>de</strong> Negócios. Oportunida<strong>de</strong><br />

para os cooperados adquirirem<br />

produtos com bons preços e<br />

prazos <strong>de</strong> pagamento. A Feira <strong>de</strong><br />

Negócios foi realizada em todas<br />

as unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong>, no Paraná,<br />

Santa Catarina e Mato Grosso<br />

do Sul. Em Campo Mourão, a feira<br />

com exposição <strong>de</strong> máquinas foi<br />

junto com o Encontro <strong>de</strong> Inverno<br />

na Fazenda Experimental. A Feira<br />

<strong>de</strong> Negócios já é uma tradição e<br />

muitos cooperados aguardam a<br />

oportunida<strong>de</strong> para aquisição <strong>de</strong><br />

produtos da área agrícola e pecuária,<br />

com as melhores condições<br />

do mercado.<br />

O diretor <strong>de</strong> Suprimentos<br />

e Assistência Técnica da <strong>Coamo</strong>,<br />

Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias,<br />

ressalta que o objetivo da Feira<br />

<strong>de</strong> Negócios é fornecer para os<br />

cooperados todos os bens, máquinas<br />

e ferramentas. “Enfim,<br />

são produtos ligados as lojas <strong>de</strong><br />

peças e veterinária que os cooperados<br />

buscam, com condições<br />

especiais <strong>de</strong> preço, além <strong>de</strong> opções<br />

<strong>de</strong> financiamentos na Credicoamo.<br />

De acordo com Denilson<br />

Aparecido Biasi, chefe <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> Fornecimento <strong>de</strong><br />

Bens <strong>de</strong> Lojas da <strong>Coamo</strong>, a feira<br />

proporcionou para o cooperado<br />

a melhor opção para bons negócios.<br />

“Foi uma oportunida<strong>de</strong> para<br />

os produtores associados adquirirem<br />

máquinas, peças, óleo,<br />

lubrificantes, pneus e baterias.<br />

Trabalhamos sempre com o intuito<br />

<strong>de</strong> buscar a melhor opção<br />

para o cooperado”. Biasi observa<br />

que após a Feira <strong>de</strong> Negócios, a<br />

<strong>Coamo</strong> continua oferecendo as<br />

melhores condições <strong>de</strong> negócio<br />

para os cooperados. “A feira é<br />

uma atração a mais, mas é bom<br />

lembrar que temos condições<br />

<strong>de</strong> oferecer a melhor condição o<br />

ano todo”, frisa.<br />

Vinicius Dziubate <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>,<br />

chefe <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> Fornecimento <strong>de</strong> Insumos<br />

Veterinários da <strong>Coamo</strong>, recorda<br />

que a Feira <strong>de</strong> Negócios é<br />

um momento importante para<br />

a <strong>Coamo</strong>, on<strong>de</strong> os cooperados<br />

tem oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer<br />

o que existe <strong>de</strong> melhor em tecnologia<br />

para sua ativida<strong>de</strong>, seja<br />

agrícola ou pecuária. “Os cooperados<br />

visitaram os estan<strong>de</strong>s e pu<strong>de</strong>ram<br />

conhecer e tirar dúvidas<br />

sobre as novas tecnologias oferecidas<br />

pelas empresas parceiras<br />

da <strong>Coamo</strong>”, assinala.<br />

Cooperados pu<strong>de</strong>ram<br />

conhecer novida<strong>de</strong>s na área<br />

<strong>de</strong> agricultura e pecuária em<br />

exposições <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong><br />

empresas parceiras<br />

20 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


Alimentação para o gado no inverno<br />

No outono e inverno, há uma redução na<br />

oferta <strong>de</strong> forragem para o gado, <strong>de</strong>vido ao menor<br />

volume pluviométrico e as baixas temperaturas.<br />

Nesses períodos, o trigo surge como opção para somar<br />

com as <strong>de</strong>mais espécies forrageiras já presentes<br />

na proprieda<strong>de</strong>, tanto para pastejo, quanto para<br />

silagem e pré-secado. Segundo o médico veterinário,<br />

Bruno Vinícius Fornari, da <strong>Coamo</strong> em Campo<br />

Mourão, a área <strong>de</strong> ação da cooperativa é abrangente,<br />

e entre as opções <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forrageiras<br />

<strong>de</strong> inverno, o trigo é uma alternativa interessante.<br />

Para suprir o vazio forrageiro, mantendo o<br />

solo coberto, a estação apresentou aos associados<br />

alguns materiais testados e aprovados pela área<br />

técnica. “Temos varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> excelente qualida<strong>de</strong><br />

nutricional que vão manter o <strong>de</strong>sempenho na proprieda<strong>de</strong>,<br />

garantindo mais lucrativida<strong>de</strong> para o cooperado<br />

no inverno”, explica Fornari.<br />

O médico veterinário, orienta que o Lenox,<br />

por exemplo, é um trigo exclusivo para pastejo, que<br />

po<strong>de</strong> ser semeado já no final <strong>de</strong> fevereiro. “Esse material<br />

cresce rápido e po<strong>de</strong> ser pastejado no final<br />

Sandro Colaço Vaz (Guarapuava), Clécio Jorge Hansen Mangolin (Goioerê),<br />

Matheus Ferreira Shikasho (Roncador), E<strong>de</strong>nei Swartz (Campo Mourão) e Bruno<br />

Vinicius Pereira Fornari (Campo Mourão)<br />

<strong>de</strong> março, início <strong>de</strong> abril, enquanto outras espécies<br />

como aveia preta e azevém, por exemplo, ocupam<br />

uma janela <strong>de</strong> pastejo mais à frente. O foco não é<br />

trocar a aveia e o azevém, mas oferecer alternativas<br />

ao produtor rural.”<br />

O trigo para pastoreio po<strong>de</strong> ser semeado<br />

após a soja, no final <strong>de</strong> fevereiro e começo <strong>de</strong> março.<br />

“Com 30 dias já dá pastoreio. Uma época em que<br />

uma pastagem perene, começa a per<strong>de</strong>r qualida<strong>de</strong>.<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 21


encontro <strong>de</strong> inverno<br />

O Lenox tem excelente valor nutricional,<br />

com 30% <strong>de</strong> proteína”,<br />

explica.<br />

Já as cultivares Energix<br />

são específicas para silagem e<br />

pré-secado. “Esses materiais oferecem<br />

silagem com teor <strong>de</strong> proteína<br />

mais elevado que a silagem<br />

<strong>de</strong> milho, com o benefício <strong>de</strong> ser<br />

implantado na região mais fria,<br />

on<strong>de</strong> o milho <strong>de</strong> segunda safra<br />

não é cultivado”, revela o médico<br />

veterinário.<br />

O foco é fechar o vazio<br />

forrageiro que ocorre entre os<br />

meses <strong>de</strong> maio e setembro, em<br />

que a produção perene é baixa.<br />

“É uma alternativa muito boa<br />

pensando, também em lugares<br />

on<strong>de</strong> tem geada e não se consegue<br />

uma segunda safra. Com o<br />

trigo Energix 202, por exemplo,<br />

é possível obter uma produção<br />

<strong>de</strong> silagem na época <strong>de</strong> inverno.<br />

Esse trigo resiste ao frio e à geada<br />

e não tem aristas”, observa.<br />

Pensando em silagem,<br />

Fornari diz que em maio po<strong>de</strong><br />

inserir o trigo com um ciclo <strong>de</strong><br />

silagem <strong>de</strong> 90 a 100 dias para<br />

o ponto <strong>de</strong> corte. “Ele também<br />

po<strong>de</strong> ser feito para pré-secado.<br />

Tudo vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da região e<br />

da recomendação técnica.”<br />

O zootecnista e pesquisador<br />

da Biotrigo, E<strong>de</strong>rson Luiz<br />

Heinz, revela que o foco é a integração<br />

lavoura-pecuária, com a<br />

utilização <strong>de</strong> forragens <strong>de</strong> inverno<br />

com o trigo. “Temos na Fazenda<br />

Experimental um trigo para<br />

pastejo, que já está pelo segundo<br />

ano consecutivo garantindo<br />

ao gado um ganho médio diário<br />

E<strong>de</strong>rson Luiz Heinz, da Biotrigo<br />

em torno <strong>de</strong> 1,5 kg por animal,<br />

junto com uma mineralização<br />

normal. São materiais que expressam<br />

esse potencial genético.<br />

Automaticamente o produtor, na<br />

proprieda<strong>de</strong>, tem mais ganho na<br />

produção <strong>de</strong> leite e na carne produzida<br />

por hectare, numa época<br />

que muitas vezes se tem a área<br />

parada.”<br />

O ataque da falsa-medi<strong>de</strong>ira<br />

Nas safras <strong>de</strong> 2019 e 2020, foram relatadas<br />

ocorrências da lagarta falsa-medi<strong>de</strong>ira da espécie<br />

rachiplusia nu em algumas lavouras <strong>de</strong> soja com<br />

a tecnologia BT, a Intacta 1ª geração. Na safra <strong>de</strong><br />

2021, vieram novos relatos, que preocuparam ainda<br />

mais o produtor rural.<br />

As cultivares <strong>de</strong> soja existentes com a tecnologia<br />

RR <strong>de</strong> 1ª geração não controlam essa lagarta, e<br />

o monitoramento minucioso ajuda na i<strong>de</strong>ntificação<br />

da espécie. “É preciso saber qual lagarta está na lavoura<br />

para direcionar o manejo. Sempre reforçamos<br />

a importância do Manejo Integrado <strong>de</strong> Pragas (MIP).<br />

No futuro <strong>de</strong>vemos ter algo mais digital, mas ainda o<br />

que traz resultados é o bom e velho pano <strong>de</strong> batida<br />

para verificar se é a rachiplusia nu ou chryso<strong>de</strong>ixis”,<br />

explica o engenheiro agrônomo, Lucas Gouveia Vilela<br />

Esperandino, da gerência <strong>de</strong> Assistência Técnica<br />

da <strong>Coamo</strong>.<br />

A rachiplusia nu é altamente <strong>de</strong>strutiva, pois<br />

é uma lagarta <strong>de</strong>sfolhadora, reduzindo drasticamen-<br />

PAULO ARBOIT<br />

Mangueirinha (PR)<br />

"Participo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996 dos encontros na<br />

Fazenda Experimental. Para adaptarmos às<br />

novas tecnologias, é essencial participarmos<br />

dos eventos promovidos pela <strong>Coamo</strong>. Todos os<br />

assuntos apresentados têm a sua importância<br />

<strong>de</strong>ntro do sistema produtivo."<br />

LEANDRO RICARDO CELLA<br />

Xanxerê (SC)<br />

"Para a nossa região, as culturas <strong>de</strong> inverno são<br />

<strong>de</strong> extrema importância, principalmente o trigo.<br />

No encontro pu<strong>de</strong>mos conhecer, também, outras<br />

culturas que po<strong>de</strong>m ser inseridas no nosso<br />

sistema. O evento agrega e <strong>de</strong>scobrimos novas<br />

tecnologias."<br />

22 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


te as folhas da planta. “Se ocorrer um ataque muito<br />

severo na área, reduzirá o índice <strong>de</strong> área foliar e,<br />

consequentemente, menor produtivida<strong>de</strong> e menor<br />

peso <strong>de</strong> grão. Por isso, é importante monitorar e conhecer<br />

as espécies.”<br />

Na safra 21/22, houve relatos <strong>de</strong> incidência<br />

<strong>de</strong>ssa praga praticamente em toda área produtiva<br />

no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. “O<br />

agravante é que nessas regiões, foram feitas coletas<br />

e levadas para laboratório, on<strong>de</strong> se i<strong>de</strong>ntificou um<br />

índice acima <strong>de</strong> 95% da espécie rachiplusia nu”, relata<br />

Lucas Gouveia.<br />

Cristiane Muller, doutora em entomologia<br />

da Corteva, reforça que há dois anos a rachiplusia<br />

nu vem se distribuindo <strong>de</strong> uma forma mais homogênea<br />

em todo o país. “As tecnologias que temos<br />

no mercado, não garantem um bom controle nessa<br />

espécie, que antes não era tão comum”, <strong>de</strong>staca.<br />

A falsa-medi<strong>de</strong>ira é uma espécie muito comum na<br />

Argentina, por exemplo, e tinha alguma ocorrência<br />

no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, mas hoje está presente em<br />

outras regiões e muito mais dispersa. “O que antes<br />

era pontual, virou um problema mais abrangente.<br />

Por isso, o produtor rural <strong>de</strong>ve lembrar que o monitoramento<br />

é crucial para <strong>de</strong>tectar a presença <strong>de</strong>ssa<br />

Leonardo Alexandre Pereira (Goioerê) Gabriel Felipe Vogel (Pitanga), Lucas<br />

Gouvea Vilela Esperandino (Campo Mourão), André Felipe Petry (Goioxim) e<br />

Marcelo Johnny Ballao da Silva (Amambai)<br />

praga na lavoura”, frisa.<br />

Cristiane ressalta que a rachiplusia nu é<br />

muito semelhante fisicamente com a lagarta falsa-<br />

-medi<strong>de</strong>ira da espécie chryso<strong>de</strong>ixis, mas tem um<br />

comportamento alimentar um pouco diferente. “Ela<br />

ataca a planta da meta<strong>de</strong> para cima, ao contrário da<br />

chryso<strong>de</strong>ixis que é uma lagarta mais <strong>de</strong> baixeiro, facilitando<br />

o controle no momento certo.”<br />

A rachiplusia nu até o terceiro e quarto instar,<br />

não tem força para furar completamente a folha,<br />

mas ela vai rendilhando e comendo a parte ver<strong>de</strong>.<br />

“É importante que o produtor, examine muito bem<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 23


encontro <strong>de</strong> inverno<br />

a planta, que tire umas folhas e<br />

olhe contra o sol. Às vezes po<strong>de</strong><br />

não ser visível, mas a <strong>de</strong>sfolha já<br />

está ocorrendo”, comenta.<br />

De acordo com a pesquisadora,<br />

o controle da rachiplusia<br />

nu não é preventivo. Mas,<br />

quando é verificada a presença<br />

da lagarta por meio do monitoramento<br />

é possível utilizar várias<br />

ferramentas. “Existem produtos<br />

mais específicos que trazem um<br />

bom controle da lagarta e preservam<br />

o equilíbrio da lavoura,<br />

porque já que estamos usando<br />

biotecnologia para reduzir aplicação,<br />

não faz muito sentido entrar<br />

com produtos que tem um<br />

espectro muito gran<strong>de</strong> e que<br />

possam <strong>de</strong>rrubar inimigos naturais.<br />

Além disso, mesmo após<br />

esse controle é preciso manter o<br />

monitoramento pois po<strong>de</strong> ocorrer<br />

a migração para outras áreas.”<br />

Cristiane Muller, Julia Auth<br />

e Jéssica Zanelato, da Corteva<br />

Solo nutrido e mais produtivo<br />

As culturas <strong>de</strong> cobertura servem para a melhoria<br />

dos atributos físicos, químicos e biológicos do<br />

solo. Como o próprio nome já diz, essas plantas têm<br />

a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cobrir o solo, protegendo contra a<br />

erosão e lixiviação <strong>de</strong> nutrientes, aumentando a infiltração<br />

e retenção <strong>de</strong> água no solo, ciclagem <strong>de</strong> nutrientes,<br />

controle <strong>de</strong> plantas daninhas etc. Tudo isso<br />

aumenta a estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção das culturas<br />

envolvidas no sistema, conforme ressalta o engenheiro<br />

agrônomo, Roberto Bueno Silva, da <strong>Coamo</strong><br />

em Campo Mourão.<br />

Bueno explica que na área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>,<br />

ao Norte on<strong>de</strong> é mais quente, planta-se milho<br />

<strong>de</strong> segunda safra e soja, e mais ao Sul com o clima<br />

mais frio, o trigo e a soja. Trata-se <strong>de</strong> um bom sistema<br />

e rentável, mas que po<strong>de</strong> ser aprimorado para<br />

melhorar a qualida<strong>de</strong> do solo e a interferência <strong>de</strong><br />

pragas, doenças e plantas daninhas. “Ao longo dos<br />

anos esses fatores se agravam e trazem consequências<br />

graves para o produtor rural.”<br />

De acordo com o engenheiro agrônomo é<br />

preciso diversificar o sistema <strong>de</strong> produção. Isso vai<br />

além <strong>de</strong> colocar espécies diferentes, é necessário<br />

manter o solo coberto o maior tempo possível, preferencialmente<br />

com plantas vivas. “Um solo coberto com<br />

palha e plantas vivas compete com as plantas daninhas.<br />

Então, elas emergem menos e se <strong>de</strong>senvolvem<br />

menos. É uma gran<strong>de</strong> ferramenta <strong>de</strong> controle, reduzindo<br />

custos e evitando o surgimento <strong>de</strong> biótipos <strong>de</strong><br />

plantas daninhas resistentes”, consi<strong>de</strong>ra Bueno.<br />

Segundo o pesquisador da Embrapa Soja,<br />

Henrique Debiasi, nos últimos anos os produtores<br />

têm tido aumentos expressivos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>.<br />

“Os cooperados da <strong>Coamo</strong> em geral, já tem um nível<br />

tecnológico bastante elevado. Porém, é possível melhorar<br />

ainda mais. Um dos pontos é a questão da diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> plantas nos sistemas <strong>de</strong> produção. Os<br />

sistemas soja e milho e soja e trigo, embora sejam<br />

IVAR E NATALIA HEIMERDINGER<br />

Nova Santa Rosa (PR)<br />

"Eu e minha filha fazemos questão <strong>de</strong> participar<br />

dos encontros promovidos pela <strong>Coamo</strong>. Sempre<br />

levamos novida<strong>de</strong> para o nosso sistema<br />

<strong>de</strong> produção. Algumas coisas sabemos na<br />

teoria, mas ver na prática enriquece e muito o<br />

conhecimento."<br />

EDIVAR MARTINS ALVES<br />

Amambai (MS)<br />

"Uma viagem longa, mas que compensa pelo<br />

conhecimento adquirido. Vale a pena participar,<br />

pois o incremento <strong>de</strong> tecnologia para os<br />

produtores é fantástico, nós precisamos disso.<br />

O conhecimento é transformado em ações no<br />

campo, seja na área da pecuária ou da agricultura."<br />

24 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


entáveis para o produtor, estão começando a trazer<br />

alguns problemas, com o aumento da incidência <strong>de</strong><br />

doenças <strong>de</strong> solo e prejuízos <strong>de</strong>vido a problemas <strong>de</strong><br />

plantas daninhas resistentes, além <strong>de</strong> perda da fertilida<strong>de</strong><br />

física e biológica do solo.”<br />

Debiasi diz que esses fatores são associados<br />

ao uso <strong>de</strong> sistemas pouco diversificados, e isso po<strong>de</strong><br />

aumentar os custos <strong>de</strong> produção e acarretar perdas <strong>de</strong><br />

produtivida<strong>de</strong> em anos <strong>de</strong> seca. “No ano passado, a região<br />

Sul do Brasil sofreu com a seca, por conta <strong>de</strong>ssa<br />

perda da fertilida<strong>de</strong> física e biológica, que reduziu a infiltração<br />

<strong>de</strong> água no solo e a retenção <strong>de</strong> água também.<br />

Isso aumenta as perdas <strong>de</strong> água por evaporação, porque<br />

se tem pouca cobertura e aumenta a competição<br />

com as plantas daninhas. Tudo isso leva a reduzir mais a<br />

produtivida<strong>de</strong>, principalmente em anos <strong>de</strong> seca.”<br />

Para que isso não ocorra existem alternativas<br />

para o produtor rural. “Um exemplo é o consórcio<br />

do milho com a braquiária, on<strong>de</strong> o cereal é a principal<br />

cultura <strong>de</strong> inverno. Nas regiões mais frias, uma<br />

opção é utilizar uma cultura <strong>de</strong> cobertura entre a colheita<br />

<strong>de</strong> soja e o plantio <strong>de</strong> trigo para fechar esse<br />

vazio outonal. A tecnologia é acessível ao produtor<br />

e se utilizada, oferece benefícios tanto na safra <strong>de</strong><br />

Roberto Bueno Silva (Campo Mourão), Carlos Vinicius Precinotto (Juranda),<br />

Bruno Lopes Paes (Campo Mourão) e Carlos Alberto Della Riva (São Pedro do<br />

Iguaçu)<br />

inverno quanto na <strong>de</strong> verão”, salienta o pesquisador.<br />

Conforme Debiasi, tudo isso aumenta a estabilida<strong>de</strong><br />

da produção. “Os benefícios vão além do<br />

incremento na produtivida<strong>de</strong>, há melhoria da fertilida<strong>de</strong><br />

física e biológica, assim como a maior cobertura<br />

do solo, que ativa biologicamente o solo. Isso reduz<br />

os danos ocasionados por doenças radiculares<br />

e aumenta o armazenamento <strong>de</strong> água disponível, o<br />

enraizamento das culturas <strong>de</strong> verão, principalmente<br />

a soja, o milho <strong>de</strong> verão. As culturas <strong>de</strong> outono e<br />

inverno também se beneficiam, e com isso se tem<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 25


encontro <strong>de</strong> inverno<br />

não só aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>,<br />

mas também o da estabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produção, evitando assim<br />

gran<strong>de</strong>s perdas em anos secos.”<br />

O produtor precisa olhar<br />

mais ainda para o solo, a parte que<br />

está escondida, que são as raízes<br />

e fertilida<strong>de</strong> do solo. “Não é só a<br />

parte da adubação, da correção<br />

com calcário. Para ter um solo fértil,<br />

precisamos melhorar a parte<br />

estrutural, física e biológica, e para<br />

isso, temos tecnologias conhecidas,<br />

que envolvem basicamente<br />

a planta, a produção <strong>de</strong> raiz e <strong>de</strong><br />

palha. É isso que precisamos para<br />

avançar na fertilida<strong>de</strong> do solo”, enfatiza<br />

Henrique Debiasi.<br />

Henrique Debiasi, Embrapa/Soja<br />

Plantas daninhas no trigo<br />

As plantas daninhas são um problema para<br />

a cultura do trigo. Elevam os custos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>vido<br />

a necessida<strong>de</strong> do uso <strong>de</strong> herbicidas e quando<br />

não controladas acarretam perdas <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>.<br />

Na cultura do trigo, que por sinal tem relevância em<br />

algumas unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong> on<strong>de</strong> o clima é mais<br />

frio, o azevém e o nabo resistentes são os inimigos<br />

do cereal.<br />

Conforme o engenheiro agrônomo, Marcos<br />

Vinícius Gimenes, da <strong>Coamo</strong> em Campo Mourão,<br />

no encontro foram abordadas estratégias para<br />

manejar estas invasoras e as opções <strong>de</strong> herbicidas<br />

pré e pós-emergentes. Gimenes explica que essas<br />

plantas daninhas conferem resistência a alguns herbicidas,<br />

o que dificulta o manejo e a condução da<br />

lavoura, <strong>de</strong>vido a perda <strong>de</strong> algumas ferramentas <strong>de</strong><br />

controle químico que foram muito utilizadas nos últimos<br />

anos. “Esse cenário, provavelmente é resultado<br />

do uso <strong>de</strong> herbicidas por muito tempo e pela falta<br />

<strong>de</strong> rotação <strong>de</strong> culturas e ativos, que influenciam na<br />

pressão <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong>sses indivíduos.”<br />

Existem algumas alternativas <strong>de</strong> manejo<br />

<strong>de</strong>stas plantas daninhas. Dois herbicidas pré-emergentes<br />

entram como uma alternativa <strong>de</strong> manejo na<br />

cultura, sendo que a utilização <strong>de</strong>les não elimina a<br />

aplicação em pós emergência na cultura do trigo<br />

para controle, mas auxiliam no controle do banco <strong>de</strong><br />

sementes e no manejo <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong>ssas plantas.<br />

Antes, se tinha opções em pós-emergência,<br />

mas com o advento da resistência <strong>de</strong>ssas plantas aos<br />

Diego Monteiro (Mamborê), Fabio da Cruz (Candói), Marcus Vinicius Goda<br />

Gimenes (Campo Mourão), Fernando Mauro Soster (Ivaiporã) e Cristiano Fabbris<br />

(Mangueirinha)<br />

herbicidas, o controle diminuiu. Por isso, é necessário<br />

ter uma estratégia <strong>de</strong> manejo. “Se per<strong>de</strong>rmos todos<br />

os outros herbicidas em pós, po<strong>de</strong>-se inviabilizar a<br />

cultura do trigo em algumas regiões. Por isso, sempre<br />

recomendamos um conjunto <strong>de</strong> ações. Uma prática<br />

isolada sempre será a menos eficiente. Então, é preciso<br />

aliar o controle químico às boas práticas <strong>de</strong> manejo<br />

da cultura. Isso vai amenizar o aparecimento <strong>de</strong><br />

plantas daninhas na proprieda<strong>de</strong>”, assinala Gimenes.<br />

Segundo o pesquisador Fernando A<strong>de</strong>gas, da<br />

área <strong>de</strong> Manejo <strong>de</strong> Plantas Daninhas, da Embrapa Soja,<br />

essas duas plantas que estão presentes na lavoura <strong>de</strong><br />

trigo têm complicado o cenário do cereal. “Estamos<br />

acompanhando uma infestação <strong>de</strong>ssas plantas que<br />

sempre estiveram presentes na cultura do trigo. Mas, o<br />

gran<strong>de</strong> problema é que elas apresentam populações<br />

tolerante a herbicidas. Um exemplo, é o azevém resistente<br />

ao glifosato e a alguns inibidores <strong>de</strong> ALS. Esta-<br />

26 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


mos per<strong>de</strong>ndo essas ferramentas.”<br />

A<strong>de</strong>gas revela que existem<br />

algumas opções, principalmente<br />

herbicidas em pré-emergência,<br />

tanto para azevém<br />

quanto para nabo, e a associação<br />

<strong>de</strong>les com alguns pós-<br />

-emergentes. “O produtor rural<br />

precisa saber que a planta daninha<br />

no trigo voltou a ser importante.<br />

Isso faz o cereal per<strong>de</strong>r a<br />

produtivida<strong>de</strong> e alguns po<strong>de</strong>m<br />

até trazer problemas <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s,<br />

por exemplo, como<br />

o nabo. Além disso, não são<br />

apenas os herbicidas que vão<br />

controlar, é preciso ter um manejo<br />

da cultura com cobertura,<br />

palhada, rotação e, <strong>de</strong>pois, monitoramento<br />

da área para ver<br />

on<strong>de</strong> essas plantas estão presentes,<br />

não <strong>de</strong>ixar aumentar e,<br />

aí sim, escolher o herbicida que<br />

será utilizado.”<br />

Fernando A<strong>de</strong>gas, Embrapa/Soja<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 27


encontro <strong>de</strong> inverno<br />

Precisão no controle das plantas daninhas<br />

As plantas daninhas resistentes têm elevado<br />

o custo <strong>de</strong> produção das culturas. Nem sempre elas<br />

estão distribuídas em toda a área cultivada, apresentando-se<br />

isoladas ou em reboleiras. Neste sentido a<br />

agricultura <strong>de</strong> precisão é uma aliada do produtor rural<br />

para manejar as plantas resistentes que sobram<br />

das aplicações.<br />

Fabrício Bueno Corrêa, da gerência <strong>de</strong> Assistência<br />

Técnica <strong>Coamo</strong>, explica que existem tecnologias<br />

disponíveis que po<strong>de</strong>m fazer a diferença no<br />

controle das plantas daninhas. “Com a agricultura<br />

<strong>de</strong> precisão é possível controlar a planta daninha<br />

em taxa variável, ou seja, temos sistemas e tecnologia<br />

disponíveis on<strong>de</strong> o produtor consegue mapear<br />

a proprieda<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntificar as plantas daninhas presentes,<br />

gerando um mapa da presença <strong>de</strong>las. Esse<br />

mapa se transforma em um arquivo que colocamos<br />

na máquina que vai pulverizar somente on<strong>de</strong> foi<br />

i<strong>de</strong>ntificada a presença <strong>de</strong> plantas.”<br />

Essa forma <strong>de</strong> controlar as plantas invasoras<br />

otimiza os recursos. “Ele terá uma economia <strong>de</strong> herbicidas.<br />

Depen<strong>de</strong>ndo do cenário, essa economia,<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> 40% a 80% do produto aplicado. Gerando,<br />

obviamente, um ganho financeiro direto para<br />

o cooperado, além <strong>de</strong> todo o ganho em sustentabilida<strong>de</strong><br />

em todo o processo”, observa.<br />

Segundo Corrêa, essa tecnologia é oportuna<br />

para o cenário atual. “Depen<strong>de</strong>ndo do sistema<br />

<strong>de</strong> produção do cooperado, entre os intervalos da<br />

colheita e plantio <strong>de</strong> uma safra, existem janelas que<br />

Gabriel <strong>de</strong> Souza Dossi (Candói), Getulio Adriano Espindola Filho (Juranda),<br />

José Petruise Ferreira Junior (Campo Mourão), Fabrício Bueno Corrêa (Campo<br />

Mourão) e Victor Hugo Matias Cangussu <strong>de</strong> Moura (Engenheiro Beltrão)<br />

28 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


são consi<strong>de</strong>radas períodos <strong>de</strong><br />

pousios. Po<strong>de</strong>m ser mais extensas<br />

ou mais curtas, mas nestes<br />

momentos se tem a presença <strong>de</strong><br />

plantas daninhas. Isso gera, cada<br />

vez mais, problemas ao produtor<br />

rural e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do cenário,<br />

impacta muito no valor final do<br />

custo <strong>de</strong> produção.”<br />

Outro aspecto é a escassez<br />

<strong>de</strong> recursos. “Muitas vezes<br />

não tem disponível aquele herbicida<br />

que precisamos. Então,<br />

a tecnologia se encaixa muito<br />

bem, pois leva uma solução ao<br />

cooperado, para ele otimizar<br />

esse recurso e aplicar <strong>de</strong> forma<br />

racional, gerando uma economia<br />

direta”, acrescenta Corrêa.<br />

Para esse trabalho é utilizado<br />

um drone com uma câmera<br />

fotográfica e com configurações<br />

específicas. Esse conjunto <strong>de</strong><br />

imagens é transferido para um<br />

software com inteligência artificial<br />

que reconhece on<strong>de</strong> tem<br />

plantas daninhas, gerando um<br />

mapa digital. Na estação foi <strong>de</strong>monstrada<br />

a plataforma Xarvio,<br />

<strong>de</strong>senvolvida pela Basf. “As máquinas<br />

mais mo<strong>de</strong>rnas, leem o<br />

Júlio Franchini, Embrapa/Soja<br />

Lucas Fontes Veloso e Guilherme Cesário Sguissardi, Xarvio/Basf<br />

mapa digital e aplicam <strong>de</strong> forma<br />

localizada. É um liga e <strong>de</strong>sliga.<br />

On<strong>de</strong> tem a planta, liga o bico ou<br />

a seção <strong>de</strong> barra e on<strong>de</strong> não tem,<br />

<strong>de</strong>sliga. É uma tecnologia acessível,<br />

que o produtor consegue ter<br />

um gran<strong>de</strong> custo-benefício.”<br />

De acordo com o pesquisador<br />

Júlio Franchini, da área<br />

<strong>de</strong> Manejo <strong>de</strong> Solos da Embrapa<br />

Soja, a agricultura <strong>de</strong> precisão<br />

aumenta a eficiência no controle.<br />

“Com essas tecnologias é possível<br />

racionalizar o uso <strong>de</strong> produtos,<br />

diminuir o impacto ambiental<br />

e o custo <strong>de</strong> produção, além <strong>de</strong><br />

aumentar a eficiência no controle<br />

porque po<strong>de</strong> ser usada uma<br />

calda mais concentrada, no caso<br />

<strong>de</strong> planta daninha resistente, com<br />

um produto específico, que às vezes<br />

tem um custo mais alto. Mas<br />

aplica só on<strong>de</strong> é necessário.”<br />

Franchini revela que o<br />

drone sobrevoa uma altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aproximadamente 120 metros<br />

e capta várias imagens que são<br />

processadas. “Essa tecnologia se<br />

aplica no pré-plantio da soja, então<br />

se tem as áreas com palhada<br />

e as plantas daninhas que aparecem<br />

no mapa na cor ver<strong>de</strong>. O<br />

mapa gerado po<strong>de</strong> ser carregado<br />

na maior parte dos maquinários<br />

que têm no mercado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que tenha GPS e o software, para<br />

receber as informações e acionar<br />

o sistema <strong>de</strong> aplicação. Dos últimos<br />

cinco anos para cá, a maioria<br />

dos pulverizadores do mercado,<br />

estão vindo com essa tecnologia<br />

embarcada.”<br />

Os ganhos são financeiros<br />

e ambientais. “É fundamental<br />

o uso racional dos insumos.<br />

A tecnologia está se popularizando,<br />

pois na medida que<br />

começa a ganhar escala você<br />

consegue reduzir custos. Está<br />

ficando cada vez mais acessível<br />

também para o produtor”, reforça<br />

o pesquisador.<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 29


30 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


encontro <strong>de</strong> inverno<br />

Manutenção em dia<br />

Duas estações do Encontro<br />

<strong>de</strong> Inverno apresentaram<br />

a importância do conhecimento<br />

técnico para o uso a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong><br />

pneus, filtros, óleos e lubrificantes.<br />

Uma manutenção correta garante<br />

longevida<strong>de</strong> para os equipamentos<br />

e, consequente, economia no<br />

bolso do produtor rural. Assim, é<br />

possível potencializar o <strong>de</strong>sempenho<br />

e a disponibilida<strong>de</strong> física<br />

dos equipamentos, i<strong>de</strong>ntificando<br />

problemas, antes que se tornem<br />

gran<strong>de</strong>s danos.<br />

Pneus<br />

O instrutor Técnico da Prometeon,<br />

Douglas Vieira da Silva, falou<br />

sobre a correta utilizações dos<br />

pneus agrícolas e truck (para caminhões).<br />

Ele ressalta que o melhor<br />

pneu é aquele utilizado corretamente.<br />

“A pressão e o lastro quando<br />

alinhados melhoram a performance<br />

do pneu e do maquinário. É<br />

preciso analisar o que é transportado<br />

no veículo, on<strong>de</strong> esse veículo irá<br />

passar, estrada <strong>de</strong> terra ou asfalto.<br />

Simplesmente dirigir, sem pensar<br />

no equilíbrio operacional, po<strong>de</strong><br />

causar o que chamamos tecnicamente<br />

<strong>de</strong> uma morte prematura.<br />

Sem contar, que po<strong>de</strong> influenciar<br />

no <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> todos os componentes<br />

do veículo.”<br />

Filtros<br />

Outro produto muito utilizado<br />

pelo homem do campo é<br />

o filtro. “Os filtros servem para<br />

garantir a vida do seu equipamento,<br />

reduzir o custo <strong>de</strong> manutenção,<br />

melhorar o <strong>de</strong>sempenho,<br />

reduzir o consumo <strong>de</strong> combustível.<br />

Os filtros mantêm o seu investimento<br />

em dia sem ter que<br />

fazer manutenção, evitando gastos<br />

<strong>de</strong>snecessários”, esclarece<br />

Ivan Rizatto, gerente <strong>de</strong> Vendas<br />

da filtros Fram do Brasil.<br />

Óleos e Lubrificantes<br />

Juliana Dourado, coor<strong>de</strong>nadora<br />

técnica na parte <strong>de</strong> Lubrificantes<br />

da Mobil <strong>de</strong>staca que o agricultor<br />

precisa também estar atento<br />

a lubrificação correta, atento ao espaço<br />

<strong>de</strong> troca do lubrificante para<br />

evitar alguns danos severos. “Ao<br />

realizar a manutenção preventivamente,<br />

se consegue evitar alguns<br />

erros. Por exemplo, se não troca o<br />

óleo no momento certo, a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aditivo que tem lá <strong>de</strong>ntro<br />

se esgota. Esse aditivo é fundamental<br />

para evitar um entupimento, por<br />

exemplo, e aí é preciso parar o maquinário<br />

para limpar. Quando se<br />

troca o óleo e o filtro, <strong>de</strong> uma forma<br />

a<strong>de</strong>quada, na hora especificada, se<br />

evita a manutenção corretiva que<br />

sempre é mais <strong>de</strong>morada.”<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 31


cooperativismo<br />

COOPERATIVAS CONSTROEM UM MUNDO MELHOR<br />

é o tema do cooperativismo em <strong>2022</strong><br />

O<br />

Dia Internacional das Cooperativas, foi criado<br />

em 1923, mas ganhou força a partir <strong>de</strong><br />

1995. É organizado e celebrado pela Aliança<br />

Cooperativista Internacional (ACI) em todos os<br />

cinco continentes envolvendo mais <strong>de</strong> um bilhão <strong>de</strong><br />

cooperados integrando três milhões <strong>de</strong> cooperativas.<br />

A data é comemorada anualmente no primeiro<br />

sábado do mês <strong>de</strong> julho, mas no cooperativismo<br />

brasileiro com o evento “Dia C”, o movimento registra<br />

inúmeras ações antes e após esta data.<br />

Ariel Guarco, Aliança Cooperativista Internacional (ACI)<br />

Para este ano o tema é “Cooperativas constroem<br />

um mundo melhor” com foco na divulgação<br />

do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios centrado no ser humano.<br />

Des<strong>de</strong> 1995, a ACI e as Nações Unidas estabelecem<br />

um tema para a celebração por meio do Comitê<br />

para a Promoção e o Avanço das Cooperativas (Copac).<br />

A inspiração para o tema <strong>de</strong>ste ano é baseada<br />

nos valores cooperativos <strong>de</strong> autoajuda, autorresponsabilida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>mocracia, igualda<strong>de</strong>, equida<strong>de</strong> e<br />

solidarieda<strong>de</strong>, e os valores éticos <strong>de</strong> honestida<strong>de</strong>,<br />

abertura, responsabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> cuidar dos outros.<br />

“Este ano vamos viver o nosso Dia <strong>de</strong> uma<br />

forma muito especial. É a <strong>edição</strong> centenária <strong>de</strong>sta<br />

celebração e isso nos enche <strong>de</strong> orgulho e responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Devemos mostrar ao mundo que nossa<br />

doutrina está mais viva do que nunca e é fundamental<br />

para a construção <strong>de</strong> um mundo melhor. É justamente<br />

para isso que o slogan <strong>de</strong>ste ano se orienta.<br />

As Nações Unidas <strong>de</strong>ixaram bem claro que esse<br />

mo<strong>de</strong>lo econômico e social ajuda a construir um<br />

mundo on<strong>de</strong> ninguém fica <strong>de</strong> fora e on<strong>de</strong> ninguém<br />

é <strong>de</strong>ixado para trás”, <strong>de</strong>clarou o presi<strong>de</strong>nte da ACI,<br />

Ariel Guarco. Ele foi entrevistado na <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong><br />

– <strong>edição</strong> <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2021.<br />

Os pilares do <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

O cooperativismo é resultado<br />

dos sonhos <strong>de</strong> pessoas<br />

em busca da solução para os<br />

seus problemas e necessida<strong>de</strong>s,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Foi assim, que em 28 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1970 surgiu a <strong>Coamo</strong><br />

e, em 17 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1989,<br />

a Credicoamo, nos segmentos<br />

agropecuário e <strong>de</strong> crédito, respectivamente.<br />

Ao longo <strong>de</strong>sses anos<br />

a jornada cooperativista vem<br />

sendo realizada em harmonia e<br />

sinergia entre as duas cooperativas<br />

com a prática do princípio<br />

da intercooperação por meio <strong>de</strong><br />

dois importantes pilares, o da<br />

produção e o financeiro. Contemplam<br />

estes pilares, entre outros<br />

benefícios, os projetos <strong>de</strong><br />

assistência técnica direcionada e<br />

a emissão <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> financiamento;<br />

o fornecimento <strong>de</strong> insumos<br />

agropecuários, máquinas<br />

e equipamentos; o recebimento<br />

e comercialização da produção,<br />

e o financiamento <strong>de</strong> estocagem<br />

e garantia <strong>de</strong> liquidação do financiamento;<br />

o sistema <strong>de</strong> capi-<br />

32 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


talização compartilhado e as sobras como resultado da<br />

participação dos cooperados e eficiência do cooperativismo.<br />

Os mais <strong>de</strong> 30 mil cooperados da <strong>Coamo</strong>, dos<br />

quais mais <strong>de</strong> 22 mil também associados da Credicoamo,<br />

são a razão da existência e do trabalho promovido<br />

diariamente pelas cooperativas e representam o<br />

sucesso do cooperativismo, que é referência. “Gerar e<br />

agregar renda aos cooperados com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável do agronegócio por meio <strong>de</strong> soluções<br />

financeiras sustentáveis está presente nas Diretrizes<br />

Corporativas e representa a missão das nossas cooperativas”,<br />

explica o engenheiro agrônomo José Aroldo<br />

Gallassini, i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo.<br />

Segundo Gallassini, os cooperados são privilegiados<br />

por integrarem um cooperativismo com atuação<br />

forte e segura, e o propósito <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r as suas<br />

<strong>de</strong>mandas e necessida<strong>de</strong>s, com eficiência e qualida<strong>de</strong><br />

na prestação <strong>de</strong> serviços, e o profissionalismo da diretoria<br />

e funcionários. “Quando nos reunimos e fundamos<br />

as cooperativas tínhamos o objetivo <strong>de</strong> que elas<br />

pu<strong>de</strong>ssem alcançar todos os produtores interessados,<br />

a socieda<strong>de</strong> como um todo. Esse trabalho foi feito e os<br />

associados das duas cooperativas são os mesmos, então,<br />

temos hoje mais <strong>de</strong> 30 mil na <strong>Coamo</strong> e mais <strong>de</strong> 22<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 33


cooperativismo<br />

mil na Credicoamo, mas o nosso objetivo é que todos possam<br />

fazer parte da nossa cooperativa <strong>de</strong> crédito”, explica.<br />

Para <strong>de</strong>senvolver um trabalho completo nas cooperativas<br />

agropecuária e <strong>de</strong> crédito, são no total mais <strong>de</strong> nove mil<br />

funcionários capacitados nas diversas habilida<strong>de</strong>s e competências.<br />

“Trata-se <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> família, pois em mais <strong>de</strong> 70<br />

regiões nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso<br />

do Sul, o nosso cooperativismo beneficia diretamente mais <strong>de</strong><br />

140 mil pessoas entre cooperados, funcionários e os seus respectivos<br />

familiares”, aponta Gallassini.<br />

Os valores da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo que integram<br />

suas Diretrizes Corporativas são claros, conhecidos, bem-<strong>de</strong>finidos<br />

e praticados no dia a dia. Assim, “Ética, transparência e<br />

honestida<strong>de</strong> <strong>de</strong> princípios”, “Responsabilida<strong>de</strong>, segurança e soli<strong>de</strong>z”,<br />

e “Equida<strong>de</strong>, respeito e valorização do ser humano” consolidam<br />

um cooperativismo que trabalha, pensa e age no sentido<br />

<strong>de</strong> buscar o melhor para os associados e familiares. “A <strong>Coamo</strong> e<br />

a Credicoamo não foram criadas para duas ou cinco gerações,<br />

mas para toda a vida, para sempre. Por isso, é que estão estruturadas<br />

e a<strong>de</strong>quadas para beneficiar os associados tanto na produção<br />

e no agronegócio, como no crédito. Com orgulho temos<br />

a disposição um movimento mo<strong>de</strong>rno, sólido e seguro, e vamos<br />

com profissionalismo cumprindo a nossa missão”.<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos<br />

<strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

BENEFÍCIOS<br />

As ações estratégicas do cooperativismo em prol dos<br />

associados da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo contemplam o compromisso<br />

com os cooperados; assistência técnica e creditícia,<br />

tecnologia, pesquisa e difusão; aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, diversificação<br />

e renda na proprieda<strong>de</strong>; redução <strong>de</strong> custos; distribuição<br />

<strong>de</strong> renda; melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e do meio<br />

ambiente; e <strong>de</strong>senvolvimento cultural dos cooperados e <strong>de</strong><br />

seus familiares.<br />

Os benefícios fornecidos aos cooperados alcançam<br />

importantes áreas como pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimento e inovação,<br />

além da logística, gestão e suporte. Esta cooperação<br />

vai além do campo, pois eles têm à sua disposição o apoio<br />

necessário com uma assistência que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o planejamento<br />

à comercialização das suas safras, observando a evolução<br />

e transformação com os processos <strong>de</strong> inovação por meio <strong>de</strong><br />

tecnologias mo<strong>de</strong>rnas.<br />

Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />

“Origem <strong>de</strong> uma cooperativa:<br />

ela é a filha e, também, a mãe!”<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte Executivo da Credicoamo, Alcir José<br />

Alcir Goldoni, presi<strong>de</strong>nte Executivo da Credicoamo<br />

34 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


Goldoni, as cooperativas nas suas histórias surgiram<br />

<strong>de</strong> crises e <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s. Fazendo reflexões sobre<br />

este tema, Goldoni <strong>de</strong>fine a origem do cooperativismo:<br />

“A cooperativa é a filha das necessida<strong>de</strong>s e é a<br />

mãe das soluções, porque a crise gerou a cooperativa<br />

e a cooperativa gerou a solução. Neste sentido, ela<br />

foi absorvendo e resolvendo essas crises e agregando<br />

progresso aos cooperados, que se uniram no movimento<br />

para o bem comum”, <strong>de</strong>fine Goldoni. Segundo<br />

ele, quando aparecem as crises, a cooperativa <strong>de</strong>talha,<br />

trabalha e enfrenta para buscar a solução para os problemas<br />

que prejudicam o <strong>de</strong>senvolvimento e o sucesso<br />

das ativida<strong>de</strong>s dos associados.<br />

“Aqui, o cooperado tem tudo,<br />

porque a cooperativa é a sua casa”<br />

Os cooperados da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />

têm gran<strong>de</strong>s vantagens na vivência e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> ao<br />

cooperativismo. “Nas cooperativas, eles encontram<br />

tudo o que precisam em um único local. Tem assistência<br />

técnica e financeira, têm fornecimento <strong>de</strong><br />

insumos, peças, produtos veterinários; eles entregam<br />

suas safras em mo<strong>de</strong>rnas e bem-estruturadas<br />

unida<strong>de</strong>s com agilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>; tem a comercialização<br />

da produção com pagamento no ato, e<br />

as sobras, que representam soli<strong>de</strong>z e segurança nas<br />

suas ativida<strong>de</strong>s”, explica Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo da <strong>Coamo</strong>.<br />

SINERGIA<br />

“Mas, todo esse suporte e apoio da <strong>Coamo</strong><br />

e da Credicoamo aos cooperados só é possível em<br />

função <strong>de</strong> um trabalho bem-estruturado e eficiente<br />

pelas nossas equipes das diversas áreas, com o <strong>de</strong>vido<br />

planejamento e execução das ativida<strong>de</strong>s.”<br />

Para a diretoria, então, cada vez mais, em<br />

cada operação com a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo, o cooperado<br />

tem a certeza <strong>de</strong> contar com toda a estrutura<br />

das suas cooperativas, em uma relação que vai muito<br />

além do aspecto negocial, mas do relacionamento e<br />

da confiança, com o suporte necessário no momento<br />

certo, <strong>de</strong> cooperativas sólidas e fortes, voltadas para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento dos seus associados.<br />

Homenagem ao Cooperativismo<br />

Para comemorar o Dia Internacional do Cooperativismo, a <strong>Coamo</strong> está<br />

homenageando seus cooperados. São eles que colocam em prática, todos<br />

os dias, os valores do cooperativismo. Na campanha, a história <strong>de</strong><br />

vida dos associados é contada na voz <strong>de</strong> Renato Teixeira, cantor <strong>de</strong> música<br />

sertaneja <strong>de</strong> raiz e com gran<strong>de</strong> afinida<strong>de</strong> com os produtores rurais.<br />

Para ver o ví<strong>de</strong>o da<br />

homenagem da <strong>Coamo</strong><br />

ao Cooperativismo<br />

aponte o leitor <strong>de</strong> QR Co<strong>de</strong> na<br />

imagem ao lado.<br />

Família Zottis, em Toledo (PR)<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 35


cooperativismo<br />

Família Ferri, <strong>de</strong> Quinta do Sol (PR), tem o<br />

cooperativismo como instrumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

COOPERATIVISMO É EXEMPLO DE DESENVOLVIMENTO, TRANSFORMAÇÃO<br />

E UNIÃO FAMILIAR, COM EXPRESSIVO RESULTADO ECONÔMICO SOCIAL<br />

Prestes a completar 80 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, seu<br />

Élcio Ferri, <strong>de</strong> Quinta do Sol (Centro-Oeste do Paraná),<br />

tem o cooperativismo como um instrumento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento e integração. Ele se mudou para o<br />

município junto com o pai, seu Natalino, e irmãos em<br />

1961. Na época, trabalhava com hortelã e logo <strong>de</strong>pois<br />

passou para a produção <strong>de</strong> café. A enxada e a<br />

peneira eram as principais ferramentas <strong>de</strong> trabalho.<br />

Uma realida<strong>de</strong> bem diferente da vivenciada hoje. Os<br />

instrumentos <strong>de</strong> trabalho mudaram, basta ver o barracão<br />

da família que guarda maquinários <strong>de</strong> última<br />

geração e facilitam o trabalho no campo. Contudo, o<br />

que não mudou é a maneira <strong>de</strong>les trabalharem.<br />

A união familiar se mantém presente entre<br />

os Ferri, que estão na quarta geração <strong>de</strong> cooperados<br />

da <strong>Coamo</strong>. Seu Élcio, por exemplo, trabalhou<br />

com o pai e irmãos, <strong>de</strong>pois passou a trabalhar com<br />

os filhos e agora com os netos, e já tem os bisnetos<br />

acompanhando as ativida<strong>de</strong>s agrícolas, mostrando<br />

gosto pela agricultura. “É uma satisfação ver toda a<br />

família unida, acaba sendo uma extensão do cooperativismo<br />

e da <strong>Coamo</strong> em nossa família.”<br />

Ele conta que o cooperativismo contribuiu<br />

para mudar o perfil da agricultura na região. “Quando<br />

cheguei aqui, era tudo na enxada. Não tinha maquinários,<br />

não tinha nada”, comenta. Seu Élcio está<br />

completando 40 anos como cooperado da <strong>Coamo</strong>.<br />

“O cooperativismo é a união em prol do bem comum.<br />

Com a <strong>Coamo</strong> passamos a ter on<strong>de</strong> entregar a produção<br />

com segurança. A assistência técnica e o fornecimento<br />

<strong>de</strong> insumos e peças também foram fundamentais<br />

para a evolução da agricultura. Depois veio a<br />

Credicoamo, tornado ainda mais fácil o trabalho”, ressalta,<br />

e acrescenta que sem a <strong>Coamo</strong> seria bem mais<br />

difícil produzir e <strong>de</strong>pois comercializar a produção.<br />

Natanael é um dos filhos do seu Élcio. Ele<br />

pegou um novo ciclo da agricultura, um pouco mais<br />

avançado do que a enfrentada pelo pai e avô, mas<br />

ainda assim com suas dificulda<strong>de</strong>s. “Com 56 anos,<br />

ainda peguei um pouco da época do café, antes<br />

mesmo <strong>de</strong> existir a <strong>Coamo</strong> na região. Depois que<br />

surgiu a cooperativa, houve uma melhora em toda<br />

a ca<strong>de</strong>ia produtiva. Até então, eram somente pequenas<br />

cerealistas, e muitos produtores levavam a<br />

36 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


produção para outras cida<strong>de</strong>s. Com a <strong>Coamo</strong>, ficou<br />

bem mais fácil”, comenta Natanael, participante da<br />

primeira turma do Programa <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens<br />

Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas, em 1998.<br />

Conforme Natanael, a evolução foi motivada<br />

pelo fornecimento <strong>de</strong> insumos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e pelo<br />

trabalho da assistência técnica que sempre primou<br />

em oferecer aos cooperados o que há <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno<br />

em cada ano. “A <strong>Coamo</strong> trouxe tecnologia e<br />

estrutura para receber a produção. Antes era só na<br />

enxada, no arado com animal. Assim como a cooperativa<br />

cresceu no município, a família também teve<br />

uma gran<strong>de</strong> evolução.” Ele lembra que a mecanização<br />

das terras se intensificou a partir <strong>de</strong> 1975, após<br />

a geada negra que dizimou as lavouras <strong>de</strong> café no<br />

município. “A agricultura é uma ativida<strong>de</strong> que tem<br />

as suas dificulda<strong>de</strong>s. Um ano temos falta <strong>de</strong> chuva e<br />

no outro preços baixos. Ainda vemos jovens saindo<br />

para estudar e não voltando mais para a ativida<strong>de</strong><br />

agrícola. Na nossa família incentivamos os mais novos<br />

para que possam se profissionalizar e dar continuida<strong>de</strong><br />

aos negócios.”<br />

Vinicios Ferri é exemplo <strong>de</strong> sucessão na família.<br />

Filho do Natanael e neto do seu Élcio, ele é<br />

engenheiro agrônomo por formação e optou por<br />

continuar no campo. Integrante da atual turma do<br />

Programa <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas,<br />

Vinicios enten<strong>de</strong> que o cooperativismo<br />

tem sido fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

agropecuária no município. “O cooperativismo é a<br />

união <strong>de</strong> forças, on<strong>de</strong> pequenos e médios produtores<br />

conseguem ter mais competitivida<strong>de</strong> no mercado<br />

para comprar os insumos e comercializar a sua<br />

produção.”<br />

O cooperado sabe da responsabilida<strong>de</strong> que<br />

tem em dar sequência aos trabalhos iniciados pelo<br />

bisavô. “Po<strong>de</strong>mos dizer que nossa família é uma extensão<br />

do cooperativismo. Essa união nos dá força<br />

para crescer, produzir mais e melhorar a condução<br />

das lavouras. É uma gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e precisamos<br />

evoluir, cada vez mais, e nunca regredir.”<br />

EUGÊNIO SLOBODJAN é cooperado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1984 da<br />

<strong>Coamo</strong> em Roncador, logo após a chegada da cooperativa<br />

no município, instalada em 1978. A história<br />

da família no cooperativismo começou com o seu<br />

Cooperados: Nathan, Nilce, Vinicios, Natanael, Élcio, Natalino e João Matheus<br />

Irmãos Natalino e Natanael Ferri, com o engenheiro agrônomo Regivaldo Pereira<br />

da Silva e o gerente Edilson Duarte <strong>de</strong> Aquino, da <strong>Coamo</strong> em Quinta do Sol<br />

pai, João. Até 1990, seu Eugênio conduzia a proprieda<strong>de</strong><br />

junto com o pai e em 1991, quando se casou,<br />

assumiu nove alqueires recebidos após divisão da<br />

proprieda<strong>de</strong> entre os sete irmãos.<br />

A primeira lavoura cultivada foi o algodão.<br />

Como a cultura já estava no final do ciclo, a renda<br />

não foi a esperada. Em 1992, fez o plantio <strong>de</strong> cinco<br />

alqueires <strong>de</strong> soja e aos poucos foi evoluindo e<br />

adquirindo novas áreas. Atualmente, ele planta 95<br />

alqueires próprios. “Foi uma boa evolução nesses<br />

anos, sempre amparado pela <strong>Coamo</strong>. Adquirimos<br />

várias áreas <strong>de</strong> pastagens, que estavam <strong>de</strong>gradadas<br />

e foram transformadas em lavouras <strong>de</strong> alto rendimento.<br />

Todo trabalho foi realizado com apoio e assistência<br />

da <strong>Coamo</strong>”, conta. Entre 1998 e 2018 ele<br />

trabalhou com pecuária leiteira, também com apoio<br />

da cooperativa.<br />

Associado da Credicoamo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a instalação<br />

no município, o cooperado <strong>de</strong>staca a importância<br />

e a facilida<strong>de</strong> em ter duas cooperativas em um<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 37


cooperativismo<br />

Eugênio com a esposa Marlene e o neto Felipe no trator que durante muitos anos<br />

foi o maquinário para o trabalho e também o veículo <strong>de</strong> transporte da família<br />

Cooperado Eugênio com o engenheiro agrônomo Celso Castro<br />

Cooperados Euzébio e Eugênio Slobodjan<br />

só local, oferecendo os serviços e benefícios em prol<br />

dos cooperados. “A integração entre as duas cooperativas<br />

facilita a nossa vida. Nem sempre temos<br />

tempo <strong>de</strong> ficar atrás <strong>de</strong> documentos para a contratação<br />

<strong>de</strong> financiamentos e seguro das lavouras e as<br />

cooperativas fazem isso para nós, já que tem toda a<br />

documentação necessária e é sem burocracia.”<br />

Ele lembra que a agricultura sempre tem dificulda<strong>de</strong>s,<br />

já que um ano não é igual ao outro, seja<br />

no clima ou na comercialização. “Mas, em todos esses<br />

anos, as duas cooperativas estiveram do nosso<br />

lado, auxiliando para que pudéssemos passar pelas<br />

situações adversas. O cooperativismo ajudou no nosso<br />

sucesso. A confiança que temos na <strong>Coamo</strong> e na<br />

Credicoamo nos inspira a crescer. Temos segurança<br />

38 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


em investir, pois temos todo o apoio das duas cooperativas<br />

tanto na aquisição <strong>de</strong> insumos e no recebimento<br />

da produção quanto na liberação <strong>de</strong> créditos e<br />

seguros. Já são quase 40 anos <strong>de</strong> trabalho e confiança<br />

mútua.”<br />

JOÃO BATISTA BASTOS, <strong>de</strong> Iretama, é associado da<br />

Credicoamo há cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos. Antes da instalação<br />

da agência no município, há cerca <strong>de</strong> sete meses,<br />

ele realizava as movimentações em Roncador, distante<br />

cerca <strong>de</strong> 30 quilômetros. Mesmo tendo que percorrer<br />

essa distância, ele sempre fez questão <strong>de</strong> ter a<br />

Credicoamo como seu domicílio financeiro.<br />

A Credicoamo é uma cooperativa <strong>de</strong> crédito<br />

que nasceu da união e visão <strong>de</strong> 29 produtores rurais<br />

cooperados da <strong>Coamo</strong>, em 1989. Des<strong>de</strong> o início, a<br />

Credicoamo foi se mo<strong>de</strong>rnizando e crescendo tanto<br />

nos volumes <strong>de</strong> serviços e produtos, como no número<br />

<strong>de</strong> associados que são atendidos em suas necessida<strong>de</strong>s<br />

plenas, por meio <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> trabalho com<br />

linhas exclusivas e uma assistência financeira, que fomenta<br />

a produção e agrega renda às ativida<strong>de</strong>s.<br />

A participação expressiva e constante dos<br />

associados é um dos motivos do sucesso da Credicoamo<br />

em um cooperativismo que gera riquezas e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento. Os recursos gerados pelos associados,<br />

e administrados pela cooperativa, permanecem<br />

em suas próprias comunida<strong>de</strong>s, e contribuem para<br />

impulsionar o <strong>de</strong>senvolvimento das suas regiões por<br />

meio <strong>de</strong> novos negócios. “O trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />

pela Credicoamo facilita o nosso trabalho. Ter uma<br />

agência mais perto contribui ainda mais, já que não<br />

precisamos ficar tanto tempo cuidando da parte burocrática.<br />

Com isso, temos mais tempo para fazer a<br />

parte operacional, cuidar das lavouras”, assinala o associado<br />

que trabalha em parceria com o filho Mateus.<br />

Ele utiliza vários serviços oferecidos pela Credicoamo<br />

como por exemplo, as linhas <strong>de</strong> crédito visando<br />

mais investimentos e das <strong>de</strong> seguro para dar mais tranquilida<strong>de</strong><br />

as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas. “Trabalho 100%<br />

com a Credicoamo pela facilida<strong>de</strong> e segurança que tenho<br />

na cooperativa <strong>de</strong> crédito. Tem também o fato <strong>de</strong><br />

a Credicoamo e a <strong>Coamo</strong> estarem em um mesmo local<br />

físico e com isso quando faço as reservas <strong>de</strong> insumos<br />

para a safra já passo na Credicoamo e contrato o custeio<br />

<strong>de</strong> forma rápida e segura.”<br />

João Batista Bastos e a gerente Daniele<br />

Mattos Schier, da Credicoamo em Iretama<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 39


mídia<br />

Lançada mais uma<br />

<strong>edição</strong> da revistinha<br />

Há pouco mais <strong>de</strong> um ano, a<br />

<strong>Coamo</strong> lançava a primeira<br />

<strong>edição</strong> da Revistinha <strong>Coamo</strong><br />

Kids. Sucesso entre a garotada, a<br />

publicação tem como objetivo ensinar<br />

as crianças, na faixa etária <strong>de</strong> 04 a 12<br />

anos, os princípios cooperativistas.<br />

A publicação é voltada para filhos<br />

e netos <strong>de</strong> cooperados e funcionários<br />

do Grupo <strong>Coamo</strong>. Com histórias em<br />

quadrinhos criativas e ativida<strong>de</strong>s lúdicas,<br />

os pequenos conhecem sobre o<br />

fascinante sistema cooperativista.<br />

A nova <strong>edição</strong> da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong><br />

Kids já está circulando. Na publicação,<br />

a turminha vai fazer uma visita especial<br />

à se<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> e conhecer o<br />

Dr. Aroldo Gallassini.<br />

Garanta seu exemplar na unida<strong>de</strong><br />

mais próxima <strong>de</strong> você!<br />

Na nova publicação, a turminha vai fazer uma visita especial<br />

à se<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> e conhecer José Aroldo Gallassini<br />

40 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


investimento<br />

<strong>Coamo</strong> inicia ativida<strong>de</strong>s<br />

em São Gabriel do Oeste (MS)<br />

São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul,<br />

é se<strong>de</strong> do mais novo entreposto da <strong>Coamo</strong>. O<br />

município é o portal da região Norte do MS,<br />

situado na maior rota <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> grãos do país, sendo polo do agronegócio e um<br />

dos maiores produtores <strong>de</strong> soja, milho e sorgo.<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong>, Airton<br />

Galinari, o cooperativismo é importante agente<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento para milhões <strong>de</strong> pessoas em<br />

diversos ramos <strong>de</strong> atuação. Segundo ele, é gran<strong>de</strong><br />

o crescimento do agronegócio em Mato Grosso do<br />

Sul e da <strong>Coamo</strong>, que a cada ano vem ampliando sua<br />

atuação no Estado. “Se contarmos com São Gabriel<br />

do Oeste, a <strong>Coamo</strong> está presente no MS com 19 unida<strong>de</strong>s,<br />

sendo a última inaugurada em 2021, na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Ban<strong>de</strong>irantes, e duas em construção, Ponta<br />

Porã e Rio Brilhante. Contamos com mais <strong>de</strong> 3,5 mil<br />

cooperados e o trabalho <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> mil funcionários<br />

diretos, além dos temporários”, relata Galinari.<br />

Ainda segundo Galinari, a <strong>Coamo</strong> chega<br />

a São Gabriel do Oeste com toda estrutura para um<br />

cooperativismo <strong>de</strong> resultado. “Temos um forte compromisso<br />

com os cooperados oferecendo diversos<br />

benefícios como assistência técnica, crédito, logística,<br />

insumos e estrutura para recebimento da produção.<br />

Tudo isso visando o aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, diversificação<br />

e aumento <strong>de</strong> renda nas suas ativida<strong>de</strong>s.”<br />

De acordo com o presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos<br />

<strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo,<br />

José Aroldo Gallassini, a abertura do entreposto em<br />

São Gabriel do Oeste é uma reinvindicação dos cooperados<br />

sul-mato-grossenses. “É característica dos<br />

entrepostos da <strong>Coamo</strong> no Mato Grosso, o recebimento<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong> produção. Dentro do<br />

nosso programa <strong>de</strong> expansão, viabilizamos a abertura<br />

<strong>de</strong> mais esse entreposto. Vamos aten<strong>de</strong>r um<br />

grupo gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperados, e ficamos satisfeitos<br />

em prestar esse serviço mais diretamente a todo o<br />

quadro social do Mato Grosso Sul”, afirma Gallassini.<br />

ESTRUTURA – A nova unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> está<br />

estruturada para recebimento <strong>de</strong> 1.100.000 sacas,<br />

com um armazém graneleiro <strong>de</strong> 30 mil toneladas,<br />

quatro silos metálicos <strong>de</strong> quatro mil toneladas,<br />

três silos metálicos novos <strong>de</strong> seis mil toneladas,<br />

um secador <strong>de</strong> grãos com capacida<strong>de</strong> para secagem<br />

total <strong>de</strong> 150 t/h, quatro moegas com capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 240 toneladas/cada. Além, <strong>de</strong> uma usina<br />

fotovoltaica com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração superior<br />

a 58 ml kw/h/mês, alojamentos e área social com<br />

campo <strong>de</strong> futebol iluminado.<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 41


novida<strong>de</strong><br />

Credicoamo lança<br />

novo aplicativo<br />

É importante que os associados baixem o novo aplicativo, pois<br />

o atual não po<strong>de</strong>rá ser mais utilizado a partir <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> setembro<br />

Lançado em junho <strong>de</strong> 2018,<br />

o aplicativo da Credicoamo<br />

representou um marco na<br />

história da cooperativa, integrando<br />

e aproximando os associados.<br />

Des<strong>de</strong> então, novas funcionalida<strong>de</strong>s<br />

foram sendo implantadas à<br />

plataforma, e acompanhando a<br />

evolução um aplicativo totalmente<br />

reformulado está sendo lançado.<br />

O novo aplicativo está disponível<br />

no Google Play e App Store.<br />

José Luiz Conrado, diretor<br />

<strong>de</strong> Controladoria da Credicoamo,<br />

recorda que a pan<strong>de</strong>mia<br />

acelerou o processo digital e a<br />

Credicoamo sempre manteve<br />

o foco em disponibilizar canais<br />

42 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


digitais para facilitar e ampliar o<br />

atendimento aos associados com<br />

segurança e agilida<strong>de</strong>. “Oferecemos<br />

uma ferramenta segura,<br />

beneficiando os associados que<br />

po<strong>de</strong>m fazer as operações financeiras<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estiverem.”<br />

Ele diz que o diferencial<br />

da Credicoamo é o atendimento<br />

humanizado e na pan<strong>de</strong>mia,<br />

a Credicoamo incentivou o associado<br />

a a<strong>de</strong>rir ao canal digital<br />

para que ele tivesse todos os<br />

serviços e benefícios oferecidos<br />

pela cooperativa <strong>de</strong> crédito na<br />

palma da sua mão.<br />

Atualmente, a Credicoamo<br />

conta com cerca <strong>de</strong> 80% dos<br />

mais <strong>de</strong> 22 mil associados utilizando<br />

o canal digital. “Para se ter<br />

uma i<strong>de</strong>ia, em 2021 foram mais<br />

<strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> transações pelo<br />

canal digital. Isso representa 79%<br />

das transações que estão disponíveis<br />

no aplicativo. Ou seja, apenas<br />

21% foram realizadas presencialmente<br />

nas agências. Sempre<br />

enfatizamos que o diferencial da<br />

Credicoamo é o atendimento, a<br />

proximida<strong>de</strong> com o associado<br />

e queremos continuar, cada vez<br />

mais, próximos do associado.”<br />

Conrado observa que o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do novo aplicativo<br />

contou com a participação<br />

<strong>de</strong> vários associados e funcionários<br />

da Credicoamo, tornando-o<br />

mais prático, interativo e amigável<br />

possível. “Foram utilizadas as<br />

tecnologias mais avançadas, oferecendo<br />

o que há <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno<br />

no mercado financeiro. O<br />

novo aplicativo já nasce mo<strong>de</strong>rno,<br />

completo e terá atualizações<br />

constantes visando o melhor<br />

atendimento aos associados”.<br />

O diretor cita que entre<br />

as principais novida<strong>de</strong>s está a<br />

inicialização do aplicativo com o<br />

reconhecimento facial ou digital.<br />

“Incluímos, também, no aplicativo,<br />

por meio da inteligência artificial,<br />

uma ferramenta para que<br />

os serviços mais utilizados pelo<br />

associado venham no primeiro<br />

plano, com ênfase no Pix, facilitando<br />

a interação.”<br />

Conrado revela ainda<br />

que foram inseridos mais mecanismos<br />

<strong>de</strong> segurança para as<br />

transações via Pix. “São ações<br />

para evitar golpes e frau<strong>de</strong>s<br />

nessa plataforma <strong>de</strong> pagamento<br />

instantâneo. O sistema conta<br />

com uma série <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s<br />

que visam proteger as transações<br />

dos associados, evitando<br />

possíveis prejuízos em golpes e<br />

frau<strong>de</strong>s.”<br />

Outra novida<strong>de</strong> oferecida<br />

pelo novo aplicativo é a<br />

extensão do horário para pagamento<br />

<strong>de</strong> boletos. Atualmente<br />

esse serviço é oferecido até as<br />

20 horas e passará para as 22 horas.<br />

“O novo aplicativo mantém<br />

todos os serviços disponíveis<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu lançamento como,<br />

por exemplo, pagamentos, transferências,<br />

aplicações financeiras<br />

nas várias modalida<strong>de</strong>s, consulta<br />

<strong>de</strong> seguros, extratos e informe <strong>de</strong><br />

rendimentos."<br />

Conrado diz que uma<br />

evolução que estará disponível<br />

em breve trata-se <strong>de</strong> uma solicitação<br />

dos associados que participaram<br />

da construção do aplicativo<br />

para que tenham acesso a<br />

consulta <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> soja, milho<br />

e trigo diretamente no aplicativo<br />

<strong>Coamo</strong>, integrando as duas cooperativas.<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 43


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• Aplicações no volume i<strong>de</strong>al, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

das variações <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>;<br />

• Respostas rápidas e precisas<br />

no controle da pulverização;<br />

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Renda fixa: conheça os<br />

benefícios da modalida<strong>de</strong> e<br />

invista com a Credicoamo<br />

Você já <strong>de</strong>ve ter ouvido<br />

falar sobre renda fixa em<br />

algum momento da sua<br />

vida. Mas, afinal o que é renda<br />

fixa? Como o nome já diz é um<br />

tipo <strong>de</strong> investimento em que a<br />

rentabilida<strong>de</strong> do título é <strong>de</strong>terminada<br />

no momento da contratação,<br />

por isso o termo ‘fixa’. Nessa<br />

modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento o<br />

aplicador recebe sobre o valor<br />

aplicado uma remuneração pelo<br />

período da aplicação. É uma<br />

aplicação que preserva o capital<br />

aplicado e a sua remuneração<br />

po<strong>de</strong> ser uma taxa pré-fixada ou<br />

pós-fixada. A taxas pré-fixadas<br />

ren<strong>de</strong>m uma taxa <strong>de</strong>finida pelo<br />

período da aplicação. Já as taxas<br />

pós fixadas ren<strong>de</strong>m um percentual<br />

atrelado a um in<strong>de</strong>xador <strong>de</strong>finido.<br />

Portanto, a renda fixa é o<br />

investimento que possibilita uma<br />

previsibilida<strong>de</strong> dos ganhos e baixa<br />

exposição ao risco.<br />

Além <strong>de</strong>ssa previsibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> rendimentos, a renda fixa<br />

tem outros benefícios, como a<br />

segurança e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento.<br />

Entre as opções <strong>de</strong> investimentos<br />

<strong>de</strong> renda fixa, <strong>de</strong>stacam-se<br />

os produtos isentos <strong>de</strong> imposto<br />

<strong>de</strong> renda sobre os rendimentos –<br />

como a poupança e as Letras <strong>de</strong><br />

Crédito Agropecuário – LCA.<br />

“As aplicações financeiras<br />

na Credicoamo com valores<br />

<strong>de</strong> até R$ 250 mil por CPF são<br />

garantidas pelo FGCoop (Fundo<br />

Garantidor das Cooperativas),<br />

que garante o pagamento”, explica<br />

Dilmar Peri, diretor <strong>de</strong> Negócios<br />

da Credicoamo. Segundo<br />

ele, cada tipo <strong>de</strong> aplicação tem<br />

suas características <strong>de</strong>finidas,<br />

com resgates só no vencimento<br />

final, outras têm prazo <strong>de</strong> carência<br />

e outras têm liqui<strong>de</strong>z diária.<br />

Títulos <strong>de</strong> Renda Fixa x<br />

Título <strong>de</strong> Renda Variável<br />

Essa é uma dúvida que<br />

sempre aparece no momento <strong>de</strong><br />

investir. Segundo o presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo da Credicoamo, Alcir<br />

José Goldoni, títulos <strong>de</strong> renda fixa<br />

são aplicações que têm seu capital<br />

aplicado preservado e sobre<br />

ele inci<strong>de</strong> uma remuneração que<br />

po<strong>de</strong> ser pré-fixada ou pós-fixada.<br />

“Os títulos <strong>de</strong> renda variável são<br />

aqueles em que a remuneração<br />

não po<strong>de</strong> ser dimensionada no<br />

momento da aplicação e po<strong>de</strong>m<br />

ter variação positiva ou negativa,<br />

<strong>de</strong> acordo com as expectativas<br />

do mercado. Os mais conhecidos<br />

são as ações, fundo <strong>de</strong> ações e<br />

em moedas”, explica Goldoni.<br />

Por que investir na Credicoamo?<br />

Para respon<strong>de</strong>r essa pergunta<br />

o diretor <strong>de</strong> Negócios, Dilmar<br />

Peri, <strong>de</strong>staca dois pontos importantes.<br />

Em primeiro lugar está<br />

o fato <strong>de</strong> que todo o dinheiro<br />

aplicado na Credicoamo é <strong>de</strong>stinado<br />

a financiar as necessida<strong>de</strong>s<br />

dos associados. De acordo com<br />

ele, os recursos investidos na<br />

Credicoamo, além <strong>de</strong> beneficiar<br />

diretamente os associados e sua<br />

família geram benefícios para a<br />

região.<br />

Goldoni ressalta, que<br />

a Credicoamo é muito mais do<br />

que uma cooperativa <strong>de</strong> Crédito,<br />

é uma solução sustentável<br />

das necessida<strong>de</strong>s dos associados<br />

e o seu resultado anual é<br />

distribuído entre os associados<br />

com base na sua participação.<br />

Portanto uma estratégica para<br />

aumentar a sua participação no<br />

resultado anual é fazer da Credicoamo<br />

o seu domicílio financeiro.<br />

“A Credicoamo quer estar<br />

sempre junto com associado,<br />

on<strong>de</strong> quer que ele esteja, e por<br />

isso está investindo constantemente<br />

em produtos e serviços e<br />

em tecnologia como fez recentemente<br />

com o lançamento do<br />

novo aplicativo”, assinala.<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 45


conscientização<br />

<strong>Coamo</strong> realiza Semana do Meio Ambiente<br />

Em todas as unida<strong>de</strong>s da<br />

<strong>Coamo</strong> no Paraná foi realizada<br />

no início <strong>de</strong> junho a<br />

Semana do Meio Ambiente, celebrada<br />

em todo o planeta com<br />

o tema “Uma só terra”. O evento<br />

teve na programação a distribuição<br />

<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong><br />

árvores para cooperados e funcionários.<br />

Durante o período da<br />

campanha diversas ações educativas<br />

e sociais foram realizadas<br />

por meio dos canais <strong>de</strong> comunicação<br />

da cooperativa, para disseminar<br />

junto aos cooperados e<br />

funcionários a importância das<br />

práticas sustentáveis. Em uma<br />

das ações, funcionários foram<br />

convidados para ‘adotar’ um<br />

copo ou xícara para tomar café<br />

e água, evitando a utilização dos<br />

<strong>de</strong>scartáveis.<br />

“Po<strong>de</strong>mos ficar muito<br />

tranquilos, pois o produtor brasileiro<br />

é um exemplo, um conservacionista,<br />

com as práticas utilizadas<br />

na conservação <strong>de</strong> solo,<br />

plantio direto, rotação <strong>de</strong> culturas<br />

e preservação do meio ambiente.<br />

Lembramos também que<br />

o Brasil é o único país do mundo<br />

que tem um código florestal, e<br />

no dia 25 comemorou <strong>de</strong>z anos,<br />

sendo um marco mundial”, explica<br />

Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte<br />

46 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


EVENTO EM CAMPO MOURÃO FOI PRESTIGIADO<br />

PELA DIRETORIA, COOPERADOS E FUNCIONÁRIOS<br />

Maria do Carmo Libarino Suzuki e Dirceu Ferrari Chagas, representaram os funcionários; Luiz Alberto Mignoso e Ilonice Mottin Schossler, os cooperados<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 47


conscientização<br />

Executivo da <strong>Coamo</strong>. Ele reforça que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação,<br />

a <strong>Coamo</strong> vem juntamente com os cooperados<br />

colaborando para a prática sustentável do agronegócio.<br />

O presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo, José Aroldo Gallassini,<br />

lembra que o Brasil tem uma lei bastante rígida<br />

sobre o meio ambiente e a condução das ativida<strong>de</strong>s<br />

agrícolas é <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> forma sustentável.<br />

“Enquanto em outros países não há as mesmas exigências,<br />

no Brasil o meio ambiente é levado a sério.<br />

A <strong>Coamo</strong> cumpre todas as exigências ambientais e<br />

prova disso é que os países <strong>de</strong> vários continentes fazem<br />

questão <strong>de</strong> importar os produtos da cooperativa,<br />

porque conhecem todo o trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />

pelos cooperados”, observa.<br />

Gallassini ressalta que cada vez mais será<br />

preciso cuidar das proprieda<strong>de</strong>s rurais e preservar<br />

a natureza. “Temos que fazer o necessário para<br />

continuar produzindo bem, mas sem agredir o<br />

meio ambiente.”<br />

A <strong>Coamo</strong> sempre teve a preocupação com<br />

o meio ambiente e orienta os cooperados para que<br />

utilizem práticas conservacionistas que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

aplicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas, manejos a<strong>de</strong>quados<br />

do solo até a preservação <strong>de</strong> matas ciliares e<br />

reservas legal.”<br />

A cooperada Ilonice Mottin Schossler, da<br />

<strong>Coamo</strong> em Campo Mourão, recebeu mudas <strong>de</strong> árvores<br />

na entrega que simbolizou a semana do meio<br />

ambiente. Ela diz que tem que preservar a natureza,<br />

cuidar da vida. “Na proprieda<strong>de</strong>, fazemos tudo conforme<br />

o Código Florestal brasileiro. É uma maneira<br />

<strong>de</strong> pensar na geração futura. O produtor rural brasileiro<br />

é um exemplo na questão <strong>de</strong> preservação ambiental.<br />

Receber essa muda <strong>de</strong> árvore é para lembrar<br />

a importância <strong>de</strong> se cuidar do meio ambiente, um<br />

gesto simbólico, mas que tem muito significado.”<br />

Luiz Alberto Mignoso, cooperado em<br />

Campo Mourão, comenta que a natureza é importante<br />

para manter o presente e o futuro das pessoas.<br />

“Se não fizermos a nossa parte, daqui uns<br />

anos po<strong>de</strong>remos não ter mais alimentos. Utilizamos<br />

práticas e sistemas que beneficiam o sistema<br />

<strong>de</strong> produção, uma forma <strong>de</strong> pensar nas gerações<br />

futuras”, assinala.<br />

Luiz Alberto Mignoso fez o plantio acompanhado dos netos<br />

Ilonice Mottin Schossler, da <strong>Coamo</strong> em Campo Mourão<br />

48 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


Cantagalo<br />

Quarto Centenário<br />

Nova Santa Rosa<br />

São João do Ivaí<br />

Brasilândia do Sul<br />

Fênix<br />

Boa Esperança<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 49


50 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


conscientização<br />

"É da terra que vem<br />

o nosso pão. Tem que<br />

ter respeito, tem que<br />

lembrar que <strong>de</strong>pois da<br />

gente vem mais gente.<br />

Se num cuidar da terra,<br />

do meio ambiente, não<br />

tem comida, não tem<br />

ver<strong>de</strong> e não tem gente.<br />

Toledo<br />

Boa Ventura <strong>de</strong> São Roque<br />

Nossos cooperados<br />

crescem a cada dia com<br />

o incentivo <strong>de</strong> práticas<br />

mo<strong>de</strong>rnas, que resultam<br />

na preservação do<br />

meio ambiente, seja no<br />

manuseio <strong>de</strong> insumos,<br />

educação ambiental ou<br />

energias renováveis e<br />

reflorestamento."<br />

Texto retirado do<br />

audiovisual da <strong>Coamo</strong><br />

Faxinal<br />

Mariluz<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 51


ORIGEM SUSTENTÁVEL<br />

O<br />

conceito <strong>de</strong> produção<br />

responsável <strong>de</strong> alimentos,<br />

com respeito às leis<br />

ambientais e trabalhistas, sempre<br />

integrou a política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da <strong>Coamo</strong>. Produzir<br />

alimentos com sustentabilida<strong>de</strong><br />

e atenta aos três pilares ambiental,<br />

social e econômico está enraizado<br />

nos princípios e valores<br />

da cooperativa.<br />

A região <strong>de</strong> Campo Mourão<br />

(Centro-Oeste do Paraná),<br />

por exemplo, é a segunda na história<br />

do Plantio Direto no Brasil,<br />

implantado em 1973. Desta maneira,<br />

o Paraná foi precursor na<br />

experimentação <strong>de</strong>sta que é consi<strong>de</strong>rada<br />

a mais importante tecnologia<br />

da agricultura brasileira.<br />

Fiel ao mo<strong>de</strong>lo participativo<br />

e colaborativo, a <strong>Coamo</strong><br />

sempre busca inovações e acompanha<br />

tecnologias, as quais são<br />

repassadas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> testadas<br />

e aprovadas para garantir uma<br />

produção equilibrada e sustentável.<br />

A Agricultura <strong>de</strong> Precisão<br />

também vem ganhando espaço,<br />

por meio <strong>de</strong> tecnologias que<br />

envolvem maquinários e implementos<br />

agrícolas conectados a<br />

GPS’s.<br />

Importante mecanismo<br />

neste processo <strong>de</strong> difusão tecnológica,<br />

é a Fazenda Experi-<br />

52 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


sustentabilida<strong>de</strong><br />

mental da cooperativa, criada há<br />

47 anos. É o alicerce para pesquisas<br />

voltadas às tecnologias<br />

básicas para a conservação <strong>de</strong><br />

solos, como a rotação <strong>de</strong> culturas,<br />

com um ensaio <strong>de</strong> mais <strong>de</strong><br />

37 anos - um dos mais antigos<br />

do Brasil. Com isso, cooperados<br />

saíram <strong>de</strong> uma produção <strong>de</strong> no<br />

máximo 70 sacas <strong>de</strong> soja por alqueire,<br />

para mais <strong>de</strong> 200 sacas,<br />

utilizando o mesmo espaço, mas<br />

com investimentos em um sistema<br />

<strong>de</strong> produção mais sustentável.<br />

Algo relevante para o quadro<br />

social, formado em sua maioria,<br />

por pequenos e médios produtores.<br />

Dos associados da <strong>Coamo</strong>,<br />

71,7% plantam em proprieda<strong>de</strong>s<br />

rurais <strong>de</strong> 25 a 100 hectares.<br />

Quando o assunto é agricultura,<br />

o brasileiro po<strong>de</strong> se orgulhar<br />

<strong>de</strong> ter nascido num país<br />

produtor <strong>de</strong> alimentos com alta<br />

tecnologia e um dos maiores exportadores<br />

do mundo. Porém, fazer<br />

a lição <strong>de</strong> casa bem-feita, vai além<br />

da produção. Prova disso, são os resultados<br />

que o Brasil tem no campo<br />

da <strong>de</strong>volução das embalagens<br />

vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas, ou<br />

seja, 94,6% das embalagens são<br />

<strong>de</strong>volvidas corretamente. No Estados<br />

Unidos, por exemplo, esse número<br />

cai para 33%.<br />

A <strong>de</strong>volução <strong>de</strong> embalagens<br />

vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas,<br />

é um processo que contribui<br />

para preservação ambiental,<br />

sobretudo no meio rural. Uma<br />

preocupação que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da exigência da Lei,<br />

sempre esteve presente na filosofia<br />

da <strong>Coamo</strong>.<br />

Os <strong>de</strong>fensivos agrícolas<br />

são, na prática, avanços tecnoló-<br />

gicos resultados <strong>de</strong> décadas <strong>de</strong><br />

pesquisas científicas do po<strong>de</strong>r público<br />

e iniciativa privada. Os produtos<br />

têm uma série <strong>de</strong> trâmites e<br />

exigências legais a serem cumpridas<br />

antes da liberação, como procedimentos<br />

<strong>de</strong> segurança pré-<strong>de</strong>finidos<br />

e um controle criterioso do<br />

uso nas lavouras. Isso faz com que<br />

seja uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> alto controle e<br />

<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s econômica,<br />

ambiental e social.<br />

Segundo a Organização<br />

das Nações Unidas para a<br />

Alimentação (FAO), mesmo sendo<br />

um país tropical, o Brasil usa<br />

menos agrotóxicos, em relação à<br />

área cultivada, do que o Japão,<br />

país conhecido pela longevida<strong>de</strong><br />

do seu povo. Os produtores<br />

rurais, na verda<strong>de</strong>, são os que<br />

mais buscam a economia no uso<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas. A cada<br />

aplicação que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser feita<br />

em uma lavoura há um ganho<br />

financeiro significativo, além <strong>de</strong><br />

todo o ganho ambiental e outros<br />

benefícios intangíveis.<br />

A assistência técnica da<br />

<strong>Coamo</strong> acompanha, orienta e<br />

enfatiza a importância <strong>de</strong> que<br />

as colheitas sejam realizadas no<br />

momento certo e nas condições<br />

i<strong>de</strong>ais. A produção entregue pelos<br />

associados passa por processo<br />

<strong>de</strong> secagem por meio <strong>de</strong> secadores<br />

<strong>de</strong> grãos que só utilizam<br />

lenha como combustível. Essa<br />

lenha utilizada é originada na<br />

sua maioria <strong>de</strong> reflorestamento<br />

próprio, uma vez que, a <strong>Coamo</strong><br />

conta com seis mil hectares para<br />

esses fins, não utilizando, portanto,<br />

combustíveis fósseis.<br />

Na região <strong>de</strong> atuação da<br />

cooperativa, existem vários biomas,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> mata atlântica, zona<br />

costeira, campos do sul e cerrado.<br />

Ao longo dos rios ou <strong>de</strong> qualquer<br />

curso <strong>de</strong> água é obrigatória<br />

a presença <strong>de</strong> vegetação que<br />

são as chamadas matas ciliares.<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 53


54 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


sustentabilida<strong>de</strong><br />

Quadro acima mostra o comparativo da área<br />

preservada pelos produtores brasileiros e americanos<br />

Fonte: Atribuição das<br />

Terras no Brasil: Áreas<br />

Protegidas. Ministério da<br />

Agricultura, Pecuária e<br />

Abastecimento (Mapa) e<br />

Embrapa Territorial.<br />

Os associados são estimulados ao uso das<br />

boas práticas agrícolas com ênfase na conservação<br />

do solo e das águas. A <strong>Coamo</strong> está consciente da<br />

sua importância nas orientações aos associados,<br />

transmitindo mais que a simples orientação, um padrão<br />

<strong>de</strong> comportamento que prima pela ética ambiental,<br />

social e econômica.<br />

O uso racional e sustentável da terra representa<br />

a garantia <strong>de</strong> solos férteis e preservados às<br />

futuras gerações. Neste sentido, os associados da<br />

<strong>Coamo</strong> utilizam práticas agronômicas que visam a<br />

conservação dos solos e seu enriquecimento físico-<br />

-químico. Além disso, a cooperativa mantém parceria<br />

com órgãos ambientais para a recuperação e<br />

manutenção das Áreas <strong>de</strong> Preservação Permanentes<br />

(APP), bem como das Reservas Legais.<br />

Histórico <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> na área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong><br />

junho/<strong>2022</strong> revista 55


56 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


segunda safra<br />

MILHO FAVORECIDO PELO CLIMA E MANEJO<br />

A segunda safra <strong>de</strong> milho já está sendo<br />

colhida na área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>. A<br />

expectativa com a produção é a melhor<br />

possível. Confira na próxima <strong>edição</strong> da<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> reportagem sobre o<br />

resultado da safra<br />

Se por um lado os resultados com a colheita da<br />

última safra <strong>de</strong> verão não foram agradáveis na<br />

maioria das regiões produtoras, em razão da<br />

longa estiagem que afetou a produtivida<strong>de</strong> das lavouras<br />

<strong>de</strong> soja, principalmente. Por outro a expectativa<br />

com o milho <strong>de</strong> segunda safra é a melhor possível<br />

na área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>.<br />

O cereal começa a ser colhido em algumas<br />

regiões já com boas médias <strong>de</strong> produção, contudo<br />

os maiores volumes são esperados para a segunda<br />

quinzena do mês <strong>de</strong> julho, segundo o engenheiro<br />

agrônomo Edson Carlos dos Santos, coor<strong>de</strong>nador<br />

<strong>de</strong> Suporte e Assistência Técnica da <strong>Coamo</strong>. “Esperamos<br />

uma ótima safra e até recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção.<br />

Isso se <strong>de</strong>ve muito ao investimento feito pelos produtores,<br />

pela época <strong>de</strong> plantio e o clima favorável,<br />

com precipitações melhores do que anos anteriores”,<br />

explica Santos.<br />

O agrônomo revela também que um dos<br />

pontos <strong>de</strong>sfavoráveis da safra foi a incidência da cigarrinha.<br />

Porém, esclarece que a assistência técnica<br />

da <strong>Coamo</strong> e os produtores foram eficientes no manejo<br />

da doença. “Tivemos um manejo assertivo por<br />

parte do nosso corpo técnico e cooperados. Uma<br />

<strong>de</strong>cisão iniciada na escolha do híbrido, optando pelos<br />

mais tolerantes a cigarrinha”, elogia.<br />

Outro aspecto <strong>de</strong>stacado por Edson Santos<br />

é a qualida<strong>de</strong> do grão, que até o momento, conforme<br />

ele, estão nas melhores condições possíveis.<br />

Condição que faz o técnico acreditar não haver problemas<br />

futuros com o cereal. “Quem fez um bom investimento,<br />

escolhendo um bom híbrido com bom<br />

manejo certamente colherá bons frutos”, afirma o<br />

agrônomo, prevendo uma colheita <strong>de</strong> pelo menos<br />

30% a mais que a safra anterior.<br />

TRIGO EM BOM DESENVOLVIMENTO NO CAMPO<br />

Assim como o milho, o trigo po<strong>de</strong> ter bom<br />

rendimento neste inverno, a julgar pelo <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da cultura, que está em fase final <strong>de</strong><br />

plantio nas regiões produtoras. Cerca <strong>de</strong> 80% do<br />

cereal já está plantado e a maior parte em fase <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento vegetativo. “O clima vem sendo<br />

favorável também para esta cultura, aliado a tecnologia<br />

e manejos adotados pelos produtores, da<br />

mesma forma que ocorreu com o milho. É uma<br />

cultura importante para o sistema <strong>de</strong> produção e<br />

rentável para o bolso do produtor”, comenta.<br />

junho/<strong>2022</strong> revista 57


Além <strong>de</strong> curtir<br />

e compartilhar,<br />

você vai<br />

saborear.<br />

Hoje você vai apren<strong>de</strong>r a fazer um<br />

Pão <strong>de</strong> Fubá<br />

fofinho e <strong>de</strong> dar água na boca!<br />

I N G R E D I E N T E S<br />

Massa<br />

2/3 xíc. (chá)<br />

1 col. (sopa)<br />

1 /2 col. (chá)<br />

2 unida<strong>de</strong>s<br />

2/3 xíc. (chá)<br />

1/2 lata<br />

Leite<br />

Açúcar<br />

Sal<br />

Ovos<br />

Água morna<br />

Milho cozido<br />

1/2 xíc. (chá)<br />

1/4 xíc. (chá)<br />

5 xíc. (chá)<br />

2 col. (chá)<br />

1 col. (sopa)<br />

Fubá<br />

Óleo <strong>de</strong> Soja Refinado <strong>Coamo</strong><br />

Farinha <strong>de</strong> Trigo <strong>Coamo</strong> Tradicional<br />

Fermento biológico seco<br />

Fubá (para polvilhar)<br />

MODO DE PREPARO<br />

Bata no liquidificador o milho com o leite, a água, os ovos, o óleo, o açúcar, o sal e o fubá.<br />

Coloque essa mistura na tigela da bate<strong>de</strong>ira com o trigo e bata em velocida<strong>de</strong> baixa até<br />

incorporar todos os ingredientes. Aumente a velocida<strong>de</strong> e bata por mais 5 minutos em<br />

velocida<strong>de</strong> média, mas se preferir, po<strong>de</strong> sovar a massa com as mãos. Cubra e <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong>scansar<br />

por 10 minutos. Coloque a massa sobre uma superfície enfarinhada e abra-a com as mãos.<br />

Dobre as laterais da massa para o centro e enrole com as mãos. Coloque a massa em uma<br />

forma <strong>de</strong> pão (22x12x10 cm) untada com óleo. Pincele uma gema na superfície do pão e<br />

polvilhe o fubá. Faça um corte preciso na superfície, para evitar que a massa rasgue – po<strong>de</strong><br />

ser um risco reto longitudinal ou alguma <strong>de</strong>coração. Leve ao forno preaquecido a 180 ºC<br />

e asse por 45 minutos. Desenforme quente e <strong>de</strong>ixe esfriar sobre uma gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> confeitaria.<br />

Acesse os nossos canais: /coamoalimentos @coamoalimentos youtube /coamoalimentos<br />

coamoalimentos.com.br<br />

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58 revista<br />

junho/<strong>2022</strong>


E pensar que<br />

tudo isso eu comecei<br />

porque um dia acreditei.<br />

E as vidas que transformei<br />

foi porque, ao lado <strong>de</strong> muitos,<br />

eu cooperei.<br />

Homenagem<br />

da <strong>Coamo</strong> ao<br />

cooperativismo.<br />

A vida é a gente que transforma.

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