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Jornal Cocamar Março 2023

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SAFRA<br />

Chuvas atrapalham a colheita<br />

Ataque de ferrugem preocupa,<br />

mas produtividades têm sido altas<br />

As chuvas recorrentes<br />

dificultaram a colheita<br />

da soja. E mesmo que<br />

não haja perdas, apenas<br />

casos pontuais, a equipe técnica<br />

da <strong>Cocamar</strong> reconhece um<br />

atraso na colheita maior que o<br />

estimado. Os produtores aproveitaram<br />

qualquer abertura do<br />

tempo para realizar a operação,<br />

e agora correm contra o tempo<br />

para finalizar o trabalho.<br />

BONS RESULTADOS - Reconhecido<br />

pelos cuidados e o profissionalismo<br />

com que conduz suas<br />

lavouras, o produtor Luiz Alberto<br />

Palaro, no município de Floresta,<br />

foi um dos primeiros a colocar sua<br />

colheitadeira em ação, registrando,<br />

inicialmente, uma média de<br />

produtividade superior a 200 sacas<br />

por alqueire (mais de 83 sacas<br />

por hectare). Esse volume de<br />

soja confirma as boas condições<br />

das lavouras no período que vem<br />

sendo favorecido por chuvas regulares,<br />

muito diferente do ano<br />

passado quando, por causa da<br />

estiagem, a quebra foi expressiva.<br />

SAFRINHA – Havia o temor que<br />

o protelamento na colheita da<br />

soja pudesse atrapalhar, também,<br />

o plantio do milho de inverno,<br />

cuja janela ideal se esgota<br />

até quase o final do mês de março,<br />

dependendo da região. Os<br />

produtores, entretanto, aceleraram<br />

o ritmo, rodando as máquinas<br />

até tarde, para poder dar<br />

conta o trabalho. “Acreditamos<br />

que será possível plantar toda<br />

área de milho dentro do prazo”,<br />

afirma o gerente técnico Rafael<br />

Furlanetto.<br />

FERRUGEM - Já na região de<br />

Londrina, onde o ciclo da soja é<br />

geralmente mais tardio, a preocupação<br />

é que a umidade excessiva<br />

provocou um ataque ainda<br />

mais intenso da ferrugem, sendo<br />

problema para os produtores<br />

que não fizeram todas as aplicações<br />

recomendadas.<br />

COLHEITA - Em Sertaneja, município<br />

a 80 quilômetros de Londrina,<br />

no norte do Paraná, o Rally<br />

<strong>Cocamar</strong> de Produtividade<br />

acompanhou o início da colheita<br />

de soja na Fazenda Correntina,<br />

de propriedade de Pedro Favoreto.<br />

Semeadas entre 23 de setembro<br />

a 25 de novembro, as<br />

lavouras apresentam alto potencial<br />

produtivo e segundo o gerente<br />

operacional Luiz Carlos<br />

Muniz, a expectativa é superar a<br />

média de 155 sacas por alqueire<br />

(74,5 por hectare). “O ano correu<br />

muito bem e estamos animados”,<br />

comentou.<br />

ACOMPANHAMENTO - Para<br />

gerar informações sobre a colheita,<br />

a partir da conectividade, a<br />

<strong>Cocamar</strong> Máquinas instalou na<br />

fazenda uma unidade itinerante<br />

do seu Centro de Soluções Conectadas<br />

(CSC), em que funcionários<br />

fazem um minucioso<br />

acompanhamento digital. Se necessário,<br />

eles podem enviar alertas<br />

sobre eventuais intercorrências<br />

e prevenir problemas, assegurando<br />

assim a maior eficiência<br />

possível da operação.<br />

INOVAÇÃO - Segundo explica<br />

Ronaldo Galvão, gerente da loja<br />

da concessionária em Cambé,<br />

que faz o atendimento ao produtor,<br />

o CSC itinerante é uma<br />

inovação da <strong>Cocamar</strong> Máquinas<br />

que demonstra toda a tecnologia<br />

que a John Deere proporciona<br />

ao produtor rural. “A partir do<br />

acompanhamento em tempo<br />

real, o cliente tem a oportunidade<br />

de observar tudo o que<br />

aquele talhão dedicado para a<br />

colheita, para o mapeamento,<br />

produziu a mais ou deixou de<br />

produzir, sabendo a eficiência do<br />

equipamento e também uma<br />

eventual deficiência que aquele<br />

talhão tenha numa falha de produção”.<br />

INFORMAÇÃO - A colheitadeira,<br />

detalha Galvão, exibe os índices<br />

de produtividade por meio do<br />

mapeamento de colheita e, com<br />

isso, revela onde se encontram<br />

possíveis deficiências, ou seja,<br />

pontos possíveis de melhorar.<br />

“São informações importantes<br />

para uma tomada de decisão<br />

mais assertiva”, diz o gerente.<br />

PRECISÃO - O proprietário, que<br />

já possui um parque de máquinas<br />

John Deere, formado por tratores,<br />

colheitadeiras, plantadeiras,<br />

pulverizadores e outros equipamentos,<br />

começa a investir no<br />

avanço da agricultura de precisão.<br />

Vítor Carvalho, responsável<br />

pela área de agricultura digital da<br />

fazenda, menciona que isso, em<br />

resumo, leva “a um melhor gerenciamento<br />

dos recursos”, bem<br />

como a “decisões mais assertivas<br />

na busca pela eficiência”.<br />

2 | J orn a l Co c am ar


PALAVRA DO PRESIDENTE<br />

<strong>Cocamar</strong>, 60 anos: crescimento<br />

e preocupação social<br />

Fazendo história a cada<br />

dia. Essa é uma rotina<br />

na <strong>Cocamar</strong> que, ao<br />

longo de seus 60 anos,<br />

a serem completados neste<br />

mês de março, assinala sua trajetória<br />

por muitas conquistas e<br />

avanços que hoje representam<br />

segurança, confiança e crescimento<br />

para as quase 20 mil famílias<br />

de cooperados.<br />

De ponta a ponta, a cooperativa<br />

está presente em todas as etapas<br />

do processo produtivo. Do<br />

planejamento da safra ao fornecimento<br />

de sementes e insumos<br />

de qualidade, passando pelo indispensável<br />

acompanhamento<br />

técnico da lavoura e a realização<br />

de muitos eventos para a transferência<br />

de tecnologias.<br />

A <strong>Cocamar</strong> proporciona oportunidades<br />

para a comercialização,<br />

oferece estruturas em pontos<br />

estratégicos para o recebimento<br />

das safras, debate suas<br />

decisões com transparência<br />

junto aos cooperados, efetua os<br />

pagamentos à vista, industrializa,<br />

agrega valores e desenvolve<br />

mercados. Ao final, na<br />

função de organização que pertence<br />

aos produtores associados,<br />

faz a justa distribuição de<br />

resultados.<br />

Mas a sua atividade compreende,<br />

também, uma visão holística<br />

nas regiões onde realiza<br />

suas operações, de maneira a<br />

contribuir para uma sociedade<br />

mais fraterna. São inúmeras as<br />

iniciativas voltadas a apoiar as<br />

comunidades mais vulneráveis,<br />

o que se justifica pelo fato de<br />

que o cooperativismo é, antes<br />

de tudo, a prática do bem, e não<br />

uma ilha em que a prosperidade<br />

de alguns se dá sem se importar<br />

com o sofrimento de outros.<br />

Ao longo dos anos, incentivados<br />

pela cooperativa, tem havido<br />

um engajamento em nível cada<br />

vez maior por parte de cooperados,<br />

familiares e colaboradores,<br />

no sentido de fazerem a sua<br />

parte para que tenhamos um<br />

amanhã melhor para todos.<br />

A <strong>Cocamar</strong>, afinal, vai muito<br />

além dos números: é uma organização<br />

consciente que, com<br />

seu papel de liderança em muitas<br />

regiões, procura dar o exemplo<br />

e desenvolver ações práticas<br />

com responsabilidade social.<br />

Queremos e precisamos crescer<br />

sim, estamos inseridos em um<br />

mercado altamente competitivo.<br />

Porém, nunca perdemos de<br />

vista que essa evolução precisa<br />

ocorrer de forma sustentável e<br />

com espírito humanitário. Não<br />

há como ser diferente.<br />

Comemoremos, pois, os sessenta<br />

anos da <strong>Cocamar</strong>, que se<br />

sobressai no universo empresarial<br />

brasileiro por suas realizações<br />

inovadoras e a construção<br />

de uma realidade que faz dela,<br />

com muitos méritos, a melhor<br />

cooperativa agropecuária do<br />

Brasil<br />

Na visão da cooperativa,<br />

o desenvolvimento econômico<br />

precisa acontecer, sempre,<br />

com espírito humanitário<br />

Divanir Higino, presidente da <strong>Cocamar</strong><br />

Ao longo dos anos, incentivados<br />

pela cooperativa, tem havido um<br />

engajamento em nível cada vez<br />

maior por parte de cooperados,<br />

familiares e colaboradores, no<br />

sentido de fazerem a sua parte<br />

para que tenhamos um<br />

amanhã melhor para todos<br />

J o rn al C oc a ma r | 3


Seis décadas de uma história que<br />

começou com grandes desafios<br />

Na década de 1960, poucos anos depois de ser fundada por cafeicultores,<br />

a cooperativa passou a operar também com algodão como alternativa para<br />

sobreviver e, inovadora, foi a primeira do Paraná a construir um armazém<br />

graneleiro e a instalar uma indústria de óleo de soja<br />

Há sessenta anos, no<br />

dia 27 de março de<br />

1963, quando 46<br />

produtores de café<br />

aceitaram participar de uma<br />

reunião organizada pelo gerente<br />

da agência do Banco do Brasil<br />

de Maringá, Milton Mendes,<br />

nenhum deles poderia imaginar<br />

que estariam criando o embrião<br />

de uma das maiores cooperativas<br />

agropecuárias brasileiras. Foi<br />

assim que surgiu a então Cooperativa<br />

de Cafeicultores de Maringá<br />

Ltda., de um movimento<br />

encabeçado pelo gerente para<br />

que os cafeicultores pudessem<br />

se organizar, beneficiar e<br />

vender a produção sem passar<br />

por intermediários e, claro, honrar<br />

as suas dívidas para com a<br />

instituição. O setor cafeeiro estava<br />

em declínio na região, fustigado<br />

por geadas, baixas cotações<br />

e dependente de compradores<br />

nem sempre<br />

confiáveis, que pagavam o<br />

quanto queriam pelo produto.<br />

INÍCIO - Um dos principais cafeicultores<br />

da época, Joaquim Romero<br />

Fontes, havia gostado<br />

tanto da ideia de criar uma cooperativa<br />

que arregimentou alguns<br />

parentes para compor<br />

aquele grupo de 46 fundadores<br />

e colocou à disposição sua máquina<br />

de café, situada na rua Caramuru,<br />

para que a entidade<br />

pudesse começar. Além disso,<br />

convocou o genro, o advogado<br />

Agrário Beltran Cervantes,<br />

para cuidar da papelada da fundação.<br />

Cafeicultores<br />

enfrentavam<br />

dificuldades em<br />

razão das geadas<br />

e das baixas<br />

cotações<br />

Joaquim Romero Fontes, cooperado número 2,<br />

teve papel decisivo para que a ideia de organizar<br />

a cooperativa fosse colocada em prática<br />

ELEIÇÃO - O próximo passo foi a<br />

eleição de uma diretoria e não<br />

houve oposição quando surgiram<br />

os nomes. O empresário carioca<br />

Arthur Braga Rodrigues<br />

Pires, que vinha para cá de vez<br />

em quando para cuidar da fazenda<br />

do café na região, assumiu<br />

a presidência. Era um homem de<br />

prestígio no Rio de Janeiro, onde<br />

produzia uniformes para o exército,<br />

tinha proximidade com o<br />

poder e havia presidido o Vasco<br />

da Gama, um dos clubes de futebol<br />

mais populares do país.<br />

Como Pires ficaria ausente a<br />

maior parte do tempo, caberia ao<br />

vice-presidente, o engenheiro<br />

agrônomo mineiro Aloysio Gomes<br />

Carneiro, atuar como executivo,<br />

ao lado do diretor-secretário<br />

Benedito Lara.<br />

CRIAÇÃO DAS BASES - A <strong>Cocamar</strong><br />

seguiu adiante e a diretoria<br />

cumpriu seu mandato até 1965,<br />

quando foi substituída, em assembleia<br />

geral, por uma direção<br />

indicada pelo Banco do Brasil.<br />

Mesmo em seu curto<br />

4 | J orn a l Co c am ar


COCAMAR<br />

período à frente da cooperativa,<br />

a gestão liderada por<br />

Aloysio - que era quem mandava<br />

- criou as bases da organização.<br />

Adquiriu uma construção com<br />

máquina de café na Av. Prudente<br />

de Moraes, centro da cidade, que<br />

até o ano de 1992 funcionaria<br />

como sede. E comprou também<br />

uma pequena chácara de três alqueires<br />

na área rural, para uma<br />

futura expansão. Esse terreno foi<br />

o primeiro de muitos outros que<br />

seriam adquiridos, pelas administrações<br />

seguintes, para a instalação<br />

do atual parque industrial.<br />

INTERVENÇÃO - A intervenção<br />

do banco na <strong>Cocamar</strong> ocorreu<br />

porque a mesma não vinha bem.<br />

Os cooperados estavam insatisfeitos<br />

e preocupados: de um lado,<br />

não havia separação da qualidade<br />

do café e os pagamentos<br />

estavam atrasados; e, de outro,<br />

corria a informação de que a cooperativa<br />

acumulava dívidas.<br />

DESÂNIMO - O desânimo era<br />

tamanho que a nova diretoria -<br />

formada pelo agrônomo José<br />

Cassiano Gomes dos Reis Júnior<br />

(presidente), e os advogados<br />

Constâncio Pereira Dias (vicepresidente)<br />

e Edmundo Pereira<br />

Canto (diretor-secretário) deveria<br />

avaliar a possibilidade de liquidar<br />

a <strong>Cocamar</strong>.<br />

AJUDA - O destino, no entanto,<br />

conspiraria para evitar a dissolução.<br />

Presente numa assembleia<br />

da antiga Cooperativa de Laticínios<br />

de Maringá (Colmar), o então<br />

presidente do Banco Nacional de<br />

Crédito Cooperativo (BNCC), José<br />

Pires de Almeida, tomou conhecimento<br />

da situação e prontificou-se<br />

a ajudar. Os cooperados,<br />

há tempos, não recebiam por<br />

suas safras e o quadro era de<br />

animosidade.<br />

ALGODÃO - Numa tentativa de<br />

salvar a <strong>Cocamar</strong>, os diretores<br />

vislumbraram uma oportunidade:<br />

o algodão, cultivo que se<br />

expandia por regiões próximas a<br />

Maringá, em solo arenoso. Mas,<br />

para isso, teriam que investir<br />

numa máquina de beneficiamento<br />

- e com que dinheiro?<br />

Contentaram-se, então, em encontrar<br />

uma máquina de segunda<br />

mão, barata, desmontar e<br />

trazê-la para Maringá. Seria um<br />

bom negócio. Em conversa com<br />

o presidente do BNCC, receberam<br />

a informação de que conseguiriam<br />

a providencial linha de<br />

crédito, desde que não houvesse<br />

nenhuma demanda judicial contra<br />

a cooperativa.<br />

Catadoras de café, na sede da <strong>Cocamar</strong>, em 1965<br />

VOTO DE CONFIANÇA - Essa<br />

condição tirou o sono da diretoria,<br />

pois uma ação havia sido impetrada<br />

pelo maior credor entre os<br />

cooperados, o empresário Alfredo<br />

dos Santos, dono de hotel<br />

no Rio de Janeiro. Foi uma conversa<br />

duríssima, em que Cassiano<br />

e Constâncio ouviram<br />

poucas e boas e quase jogaram<br />

a toalha. Ao final, Alfredo decidiu<br />

dar um voto de confiança aos<br />

novos diretores e, com isso, não<br />

havia mais nenhum impeditivo.<br />

ATENDA AOS MENINOS - Ou<br />

melhor, havia sim: o empréstimo,<br />

por representar risco, deveria ter<br />

o aval do ministro da Fazenda,<br />

Octávio Gouvêa de Bulhões.<br />

Assim, Cassiano e Constâncio se<br />

mandaram para Brasília para<br />

uma audiência conseguida por<br />

Pires na apertada agenda do ministro.<br />

O destino, novamente,<br />

entra em cena: no momento em<br />

que Bulhões ouviria os dois cooperativistas,<br />

recebe um telefonema<br />

urgente do presidente da<br />

República. Então, para se desvencilhar<br />

da reunião, o ministro<br />

determina à sua assessoria que<br />

atenda aos “meninos”. Pronto:<br />

não faltava mais nada e, com<br />

isso, uma máquina velha foi localizada<br />

no Ceará e instalada junto<br />

à sede da <strong>Cocamar</strong>, na Av. Prudente<br />

de Moraes.<br />

A primeira equipe de colaboradores, ainda na Rua Caramuru<br />

SOLUÇÃO - A entrada da cooperativa<br />

no recebimento, beneficiamento<br />

e comercialização de<br />

algodão representou a solução<br />

tão esperada para a superação<br />

de suas dificuldades. Em 1967,<br />

quando a estrutura entrou em<br />

operação, as entregas por parte<br />

dos produtores foram tão volumosas<br />

que foi possível liquidar o<br />

passivo e quitar todos os débitos<br />

atrasados com os cooperados.<br />

Cassiano e Constâncio fizeram<br />

questão de ir ao Rio de Janeiro<br />

entregar um cheque a Alfredo<br />

dos Santos e prestar uma homenagem,<br />

também, a José Pires de<br />

Almeida. A construção de uma<br />

segunda máquina, concluída em<br />

1969, receberia o nome do presidente<br />

do BNCC.<br />

J o rn al C oc a ma r | 7


COCAMAR<br />

Os fundadores<br />

• Affonso Lopes Alves<br />

• Aloysio Gomes Carneiro<br />

• Anatalino Boeira de Souza<br />

• Ângelo Dianese<br />

• Antônio Hubner<br />

• Antônio Manetti<br />

• Antônio Martos Peres<br />

• Arthur Braga Rodrigues Pires<br />

• Augusto Pinto Pereira<br />

• Benedito Lara<br />

• Bertholdo Hubner<br />

• Carlos Eduardo Bueno Nett<br />

• Diogo Martins Esteves<br />

• Divino Bortolotto<br />

• Domingos Salgueiro<br />

• Edmundo Pereira Canto<br />

• Elias Izar<br />

• Ermelindo Bolfer<br />

• Francisco Valias de Rezende Filho<br />

• Guerino Venturoso Fiorio<br />

• Gustavo Hubner<br />

• Hélio Moreira<br />

• Hildebrando de Freitas Cayres<br />

• Irineu Pozzobon<br />

• Ivaldo Borges Horta<br />

• João Piovezan<br />

• Joaquim de Araújo<br />

• Joaquim Romero Fontes<br />

• José Alcindo Rittes<br />

• José Armando Ribas<br />

• José Freitas Cayres Filho<br />

• José Geraldo da Costa Moreira<br />

• Josué Moraes<br />

• Juan Saldana Garcia<br />

• Luiz Alfredo<br />

• Manoel de Freitas Cayres<br />

• Mário Pedretti Tilio<br />

• Nercy Salermo Radominsku<br />

• Ney Infante Vieira<br />

• Odwaldo Bueno Netto<br />

• Orélio Moreschi<br />

• Orlando Alves Cyrino<br />

• Pedro Valias de Rezende<br />

• Ricarte Oliveiro de Freitas<br />

• Ruy Itiberê da Cunha<br />

• Santo Pingo<br />

• Waldemar Gomes da Cunha<br />

A sede na Av. Prudente de Moraes<br />

Os primórdios do cooperativismo na cidade<br />

Cláus Thonern (centro) foi um dos precursores<br />

do cooperativismo em Maringá<br />

Antes da fundação da <strong>Cocamar</strong>,<br />

houve alguns movimentos voltados<br />

à fundação de cooperativas<br />

de produtores em Maringá.<br />

Além da Colmar, que reuniu<br />

produtores de leite e<br />

funcionou por vários anos com<br />

sua estrutura às margens da<br />

Av. Colombo, a Copermenta<br />

atuou na compra e processamento<br />

de menta, mas teve<br />

curta duração. Por ter sido fundada<br />

em 1962, e logo desaparecido,<br />

vários de seus integrantes<br />

fizeram parte do quadro<br />

de fundadores da <strong>Cocamar</strong>.<br />

O plantio de menta era feito<br />

em terras frescas, após a derrubada<br />

da floresta, em meio<br />

do cultivo do café.<br />

PERSONAGEM - Uma personagem<br />

que chama atenção<br />

nesses primórdios do cooperativismo<br />

na cidade é Claus Raul<br />

Thonern, o principal articulador<br />

para a fundação da Copermenta.<br />

Desde o final da década<br />

de 1950, ele batia na tecla de<br />

que os produtores deveriam se<br />

unir para defender seus interesses<br />

e chegou a participar<br />

ativamente da estruturação da<br />

Colmar.<br />

ACIDENTE - Ele, provavelmente,<br />

integraria o grupo de<br />

fundadores da <strong>Cocamar</strong>, não<br />

fosse pelo acidente que o vitimou<br />

ainda em 1962, em seu<br />

próprio sítio de café. Ao tentar<br />

arrancar um toco, usando a<br />

força de um pequeno trator, o<br />

mesmo tombou e acabou provocando<br />

sua morte.<br />

HOMENAGEM - Por sugestão<br />

do ex-prefeito Silvio Barros II,<br />

que foi acolhida pela diretoria<br />

da <strong>Cocamar</strong> no começo da última<br />

década, Claus Raul Thonern<br />

denomina uma das vias<br />

que cortam o parque industrial<br />

da cooperativa.<br />

J orn a l Co c am ar | 9


COCAMAR<br />

Dois ministros moldaram<br />

a <strong>Cocamar</strong> do futuro<br />

Ao visitar a <strong>Cocamar</strong>, no final da<br />

década de 1960, o ministro da<br />

Agricultura, Luís Fernando Cirne<br />

Lima, fez um alerta aos seus diretores,<br />

que acabou redirecionando<br />

as atividades da cooperativa.<br />

O mesmo fez outro ministro,<br />

Alysson Paolinelli, em visita no<br />

ano de 1974. Ambos, em resumo,<br />

afirmaram que a diretoria deveria<br />

levar em conta algumas<br />

oportunidades para o seu crescimento,<br />

para não perderem o<br />

bonde da história.<br />

MECANIZAÇÃO - Cirne Lima chamou<br />

atenção para o fato de que<br />

a culturas mecanizadas de grãos,<br />

trigo principalmente (a soja ainda<br />

não tinha a importância de hoje),<br />

estavam em expansão pelo Rio<br />

Grande do Sul, já avançavam para<br />

Santa Catarina e em breve chegariam<br />

ao Paraná. Para ele, a <strong>Cocamar</strong><br />

deveria sair na frente e<br />

estar preparada, pois tanto o café<br />

quanto o algodão não seriam páreos<br />

para as culturas de grãos,<br />

caracterizadas pela modernidade,<br />

com o uso de máquinas.<br />

GRANELEIRO - E convidou os dirigentes<br />

para que fossem ao Rio<br />

Grande do Sul conhecer as lavouras<br />

e as estruturas graneleiras,<br />

ainda uma novidade no país. Eles<br />

foram e voltaram decididos a<br />

construir um graneleiro, com capacidade<br />

para 30 mil toneladas,<br />

que parecia um elefante branco<br />

onde hoje é o parque industrial da<br />

cooperativa, à época com muitos<br />

sítios tomados pelos cafezais. A<br />

decisão foi acertada, o graneleiro<br />

ficou pronto em 1972 e, com ele,<br />

os produtores se sentiram estimulados<br />

a investir nas culturas<br />

mecanizadas, tendo a soja como<br />

carro-chefe. Isso mudou o perfil<br />

Cassiano, de camisa xadrez, ao lado de José Pires de Almeida (dir) e do ministro Ivo Arzua<br />

(esq), no momento em que emissoras de rádio entrevistavam o prefeito Adriano Valente<br />

da agricultura regional e logo foi<br />

preciso construir outros graneleiros<br />

pela região.<br />

INDUSTRIALIZAÇÃO - Já Paolinelli,<br />

diante de toda essa mudança,<br />

e certo de que a soja<br />

estava vindo para ficar, recomendou<br />

aos dirigentes - Constâncio<br />

Pereira Dias havia assumido a<br />

presidência em 1971, com a ida<br />

de José Cassiano Gomes dos Reis<br />

Júnior para presidir a Cibrazem<br />

em Brasília - que investissem na<br />

industrialização do grão. Outro<br />

grande desafio. Mas eles decidiram<br />

encarar e, com isso, a <strong>Cocamar</strong><br />

começou a se consolidar pelo<br />

seu pioneirismo e a inovação.<br />

PIONEIRISMO -O graneleiro, com<br />

fundo em V, foi o primeiro do Paraná.<br />

E a indústria de óleo, inaugurada<br />

em 1979, a primeira do cooperativismo<br />

paranaense e brasileiro,<br />

que daria início a um grande<br />

e diversificado parque industrial.<br />

A História da <strong>Cocamar</strong> continua nas próximas edições<br />

A construção do primeiro armazém graneleiro com fundo<br />

em V abriu novas perspectivas para os produtores<br />

J or n al C oc am ar | 11


COCAMAR<br />

“Sempre pude contar com a segurança e a garantia de entregar a produção<br />

e receber da <strong>Cocamar</strong>. Acompanhei de perto o trabalho dessa diretoria<br />

e, portanto, respeito e acredito muito na forma como trabalham, com<br />

honestidade e profissionalismo”, diz Marco Bruchi Neto, cooperado na<br />

unidade Maringá desde 1974. Para o produtor, comprar insumos de qualidade,<br />

a um preço justo e receber o produto na época certa, quando precisa,<br />

faz toda diferença também. “Por isso, sem dúvida, sou 100% <strong>Cocamar</strong>.<br />

O que seria de nossa região sem a cooperativa? A história poderia ser<br />

bem diferente. Tenho satisfação de ser <strong>Cocamar</strong>, que sempre nos incentivou<br />

e possibilitou obter cada vez mais conhecimento e avanços tecnológicos,<br />

crescendo juntos com ela”, ressalta.<br />

Família de pioneiros em Floresta, os Gesualdo sabem da importância de<br />

contar com a <strong>Cocamar</strong>.. Quando José Gesualdo Neto e Antonio, avô e pai do<br />

cooperado José Antonio Gesualdo, chegaram a Floresta, a vida não era<br />

nada fácil para o produtor rural, que não podia contar com orientação técnica<br />

e ainda sofria nas mãos de atravessadores. Isso quando não perdia<br />

toda produção por causa de caloteiros. Por isso que Antonio se tornou cooperado<br />

em 1969, em Maringá, e anos mais tarde, seu filho seguiu seu exemplo.<br />

E por isso também brigou tanto para que a cooperativa abrisse uma<br />

unidade em Floresta. “A <strong>Cocamar</strong> nos ajudou muito a crescer”, conta Antonio,<br />

ressaltando que por sempre poder contar com a Cooperativa, quando<br />

esta passou por momentos difíceis, deu suporte sendo avalista. “E como a<br />

potência que é hoje, a <strong>Cocamar</strong> continua ao lado do produtor, uma empresa<br />

séria com a qual podemos contar sempre. Nós nos orgulhamos muito de<br />

fazer parte da história da <strong>Cocamar</strong>”, afirma José Antonio.<br />

12 | J o rn al C oc a ma r


RALLY COCAMAR<br />

“Investir no solo retorna em dobro”<br />

Vicentini, de Pedrinhas Paulista, aprendeu<br />

que cuidar do solo rende produtividade: em<br />

2022 colheu em média 180 sacas de<br />

soja/alq e 430 de milho<br />

Precursor do cooperativismo<br />

em Pedrinhas<br />

Paulista, município de<br />

aproximadamente 3<br />

mil habitantes - em sua grande<br />

maioria formado por filhos, netos<br />

e bisnetos de italianos, o produtor<br />

Andrea Vicentini, de 83 anos,<br />

assegura: o investimento que se<br />

faz no solo, retorna em dobro.<br />

ROTAÇÃO - Em 1985 o produtor<br />

foi conhecer a rotação de culturas<br />

em Carambeí, no Paraná. Lá chegando,<br />

admirou-se ao constatar:<br />

num solo muito pobre, as famílias<br />

descendentes de holandeses<br />

conseguiam produzir mais que<br />

os produtores da terra roxa. Mas,<br />

ao implantar o plantio direto em<br />

suas terras e começar a fazer rotação,<br />

Andrea ouviu críticas, pois<br />

as novidades, que representavam<br />

uma quebra de paradigma<br />

entre os vizinhos, causaram<br />

muita estranheza.<br />

MUDAR É DIFÍCIL - “Mudar de<br />

mentalidade é algo muito difícil”,<br />

afirma Andrea que, sempre na<br />

vanguarda, em 1983 foi o primeiro<br />

agricultor em sua região a<br />

semear milho de inverno, cultura<br />

que, há quatro anos, deixou de<br />

cultivar na época fria, para apostar<br />

apenas no verão. Outra mudança<br />

que deu o que falar.<br />

MILHO VERÃO - Em seus 180<br />

alqueires, metade é destinada à<br />

soja e a outra metade ao milho<br />

verão, o que faz de forma rotacionada,<br />

deixando o inverno para<br />

investir na recuperação do solo e<br />

na formação de palhada.<br />

MAIOR PRODUTIVIDADE - “Eu<br />

faço a subsolagem com nabo<br />

forrageiro e o nivelamento com<br />

aveia preta”, explica o produtor,<br />

que aposta também no feijão<br />

guandu e no tremoço, entre outros<br />

cultivos. Dessa forma, além<br />

de estruturado física, química e<br />

biologicamente, o solo é descompactado<br />

e o resultado Andrea<br />

sente na maior produtividade<br />

das lavouras.<br />

MELHOR - No ciclo passado<br />

(2021/22), sua média ficou ao<br />

redor de 180 sacas de soja por<br />

alqueire e de 430 sacas de milho.<br />

Numa área que cultiva em Echaporã,<br />

a 80 quilômetros, chegou a<br />

atingir 206 sacas de soja por alqueire,<br />

num talhão. “Neste ano,<br />

as perspectivas são ainda melhores”,<br />

avalia.<br />

BÁSICO - Investir do solo é básico<br />

para Andrea. Num ano de<br />

muita chuva em Echaporã,<br />

conta, o solo bem cuidado absorveu<br />

toda a água, sem enxurradas,<br />

enquanto na mesma<br />

região os estragos foram visíveis<br />

em algumas propriedades. “O<br />

que a gente faz para o solo ele<br />

retribui em dobro”, reitera, defendendo<br />

que o produtor não deve<br />

ser imediatista e pensar só no<br />

retorno financeiro. Mesmo assim,<br />

salienta que graças aos cuidados<br />

que há anos dispensa ao<br />

solo, está tendo mais rentabilidade<br />

do que antes.<br />

MAMONA - Andrea, agora, está<br />

de olho na cultura da mamona<br />

para incluir no programa de rotação,<br />

levando em conta o agressivo<br />

sistema radicular que promove,<br />

entre outros benefícios, a<br />

descompactação do solo, sendo<br />

também uma opção para o controle<br />

de nematoides. Com garantia<br />

de valor pré-fixado em contrato<br />

e comercialização, o produtor<br />

anunciou que vai fazer o plantio<br />

de 40 alqueires de mamona<br />

nessa segunda safra e cultivar<br />

100% das áreas de Echaporã no<br />

próximo ano.<br />

ROMA - Atendido pelos engenheiros<br />

agrônomos Jonathas<br />

Tales Gomes Ferreira e Benedito<br />

Martins Cardoso Júnior, ambos<br />

da <strong>Cocamar</strong> de Cruzália, onde é<br />

associado e entrega sua produção,<br />

o produtor, que é nascido<br />

em Roma, decidiu deixar seu<br />

país aos 27 anos, graduado em<br />

contabilidade e ciências econômicas.<br />

EMIGRAÇÃO - Na época, um<br />

documentário sobre o Brasil,<br />

exibido na TV, selou seu destino<br />

e ele emigrou em companhia<br />

da esposa Márcia. Lembra que<br />

optou por Pedrinhas Paulista,<br />

onde a Companhia Brasileira de<br />

Colonização e Imigração Italiana<br />

havia negociado terras<br />

com 28 famílias de produtores<br />

oriundos daquele país, em<br />

1953.<br />

Andrea Vicentini (no centro): na vanguarda, foi o primeiro em sua região a semear milho de inverno<br />

MEMÓRIAS - Graças aos seus<br />

conhecimentos como contador,<br />

trabalhou na reestruturação financeira<br />

dessa companhia, onde<br />

chegou a diretor e, em 1970, organizou<br />

a fundação de uma cooperativa<br />

local. Muitas de suas<br />

memórias são detalhadas no livro<br />

“Allegranza, uma aventura brasileira”,<br />

de sua autoria, editado em<br />

2012 pela Segesta, de Curitiba.<br />

J o rn al C oc a mar | 13


RALLY COCAMAR<br />

Jovem produtora se torna referência<br />

O que uma mulher jovem, formada<br />

em direito, casada e grávida<br />

de seis meses, está fazendo<br />

na lavoura da família em<br />

Pedrinhas Paulista, pequena cidade<br />

da região de Assis, no<br />

oeste do estado de São Paulo?<br />

“A agricultura é o meu lugar”,<br />

afirmou Tamara Bragagnolo, 30<br />

anos, à equipe do Rally <strong>Cocamar</strong><br />

de Produtividade. Após conquistar<br />

a confiança do pai, o gaúcho<br />

Roselé, ela pretende se inserir<br />

cada vez mais na atividade rural.<br />

ORIGEM RURAL - Natural de<br />

Toledo (PR), Tamara é a mais<br />

nova de três irmãs. Ela e o marido<br />

Leonardo Berardi, o Léo -<br />

com quem se casou há seis<br />

anos - cresceram no campo,<br />

mas a produtora só acabou encontrando<br />

seu caminho, conta,<br />

em 2017, após concluir a faculdade<br />

em Londrina e se mudar<br />

para Pedrinhas, onde o pai, depois<br />

de ter terras no Paraná e no<br />

Paraguai, comprou ali 80 alqueires<br />

para plantar soja e milho.<br />

RESISTÊNCIA - Mesmo assim,<br />

não foi fácil. Ela procurava ajudar<br />

nas operações da roça, mas se<br />

deparava com a resistência do<br />

pai e o preconceito dos que não<br />

estavam acostumados a ver<br />

uma mulher - ainda mais tão<br />

nova - na agricultura.<br />

INÍCIO -Até que, um dia, na ausência<br />

de um empregado, e sem conseguir<br />

dar conta da colheita e do<br />

transporte dos grãos ao ponto de<br />

entrega, o pai se rendeu e a chamou<br />

para dirigir o caminhão. “Sem<br />

muita paciência, ele foi me explicando<br />

e esse foi o meu início”, cita.<br />

TUDO MUDOU - De lá para cá,<br />

tudo mudou na vida de Tamara,<br />

que passou também a lidar com<br />

as máquinas e a participar das<br />

aquisições de insumos. Hoje, a<br />

propriedade está sob os cuidados<br />

dela e do marido, que assumiu<br />

também outros 20 alqueires de<br />

sua família.<br />

CONFIANÇA - A certeza de que<br />

ganhou a confiança do pai está no<br />

fato de que ele foi desbravar terras<br />

no Maranhão e, mesmo com<br />

a fazenda em Pedrinhas na fase<br />

de colheita, parece despreocupado,<br />

sabendo que a mesma<br />

está em boas mãos.<br />

AO LADO DA FAMÍLIA - Mesmo<br />

assim, a produtora afirma que a<br />

agricultura, para ela, não foi uma<br />

escolha, pois convivia com incertezas<br />

e, antes do aceno do pai,<br />

ajudava a mãe Marlei em casa,<br />

tendo vivido um período na Itália,<br />

entre 2019 e 2020. “Fui lá que<br />

percebi: meu lugar era ao lado da<br />

família”.<br />

Leonardo e Tamara ladeados pelo pessoal da <strong>Cocamar</strong><br />

PARTICIPAÇÃO - Desde<br />

2018 as safras dos Bragagnolo<br />

são entregues<br />

na unidade da <strong>Cocamar</strong><br />

em Cruzália, cooperativa<br />

onde Tamara<br />

encontrou<br />

todas as condições<br />

para se desenvolver<br />

como produtora.<br />

Ela e o marido<br />

são assistidos, tecnicamente,<br />

pelo engenheiro<br />

agrônomo<br />

Jonathas Tales Gomes<br />

Ferreira. “Eles [a <strong>Cocamar</strong>]<br />

incentivam a participação<br />

feminina”, diz, lembrando que<br />

no ano passado começou a fazer<br />

parte do grupo jovem e também<br />

do Programa de Certificação de<br />

Conselheiros Cooperativos, que já<br />

está em seu quinto módulo.<br />

LIDERANÇA - Tamara passou a<br />

fazer viagens para a troca de conhecimentos<br />

e até mesmo proferir<br />

palestras, visando a motivar<br />

outros jovens. E, por sua desenvoltura,<br />

foi indicada pela <strong>Cocamar</strong><br />

como a representante paranaense<br />

no Comitê de Jovens da<br />

Organização das Cooperativas<br />

Brasileiras (OCB), em Brasília.<br />

DIFERENCIAL - “Eu acho que o<br />

meu diferencial, além da persistência,<br />

é o interesse em saber<br />

fazer todo o processo produtivo<br />

da fazenda, desde a parte operacional<br />

com os maquinários, o<br />

plantio, a pulverização e a colheita,<br />

e também a parte burocrática<br />

da administração”, diz.<br />

“Acho importante saber como<br />

funciona tudo, para entender a<br />

necessidade de cada operação<br />

na lavoura, o custo de tudo aquilo<br />

e a parte de gestão para não perder<br />

na compra e venda o que<br />

produzimos no campo”, acrescenta.<br />

SABER MAIS - “Crescemos muito<br />

e estamos realizados”, afirma<br />

a produtora, ao lado do marido. E,<br />

para que se aprofundem mais na<br />

atividade, ambos estão cursando<br />

Agronomia em Assis. E é assim,<br />

vencendo desafios, se aprimorando<br />

e na expectativa da chegada<br />

do filho Felippo, que ela se<br />

firma cada vez mais como uma<br />

referência para os jovens cooperativistas.<br />

PROJETOS - Quem pensa que<br />

Tamara planeja se acomodar, se<br />

engana. Filha do visionário e inquieto<br />

Roselé, ela parece ter herdado<br />

a inquietude do pai e não<br />

descarta, no futuro, seguir o seu<br />

caminho e até abrir a própria fazenda<br />

do Maranhão ou outra região<br />

do país onde haja oportunidades.<br />

SOBRE O RALLY - Em sua oitava<br />

edição, o Rally <strong>Cocamar</strong> de Produtividade<br />

percorre os Estados<br />

do Paraná, São Paulo e Mato<br />

Grosso do Sul, nas regiões atendidas<br />

pela <strong>Cocamar</strong>, em busca de<br />

boas histórias e para valorizar<br />

práticas sustentáveis. Conta com<br />

o patrocínio da Basf, Sicredi Dexis,<br />

Nissan Bonsai Motors e Viridian<br />

Fertilizantes (principais), <strong>Cocamar</strong><br />

Máquinas/John Deere, Estratégia<br />

Ambiental e Irrigação <strong>Cocamar</strong>.<br />

J or n al C oc am ar | 15


RALLY COCAMAR<br />

Agro evolui em Palmital com a <strong>Cocamar</strong><br />

Os 30 alqueires do produtor Joel<br />

Alves e de sua esposa Lucineia,<br />

localizados na Água Pau d’Alho,<br />

em Palmital (SP), exibem uma<br />

soja de primeira qualidade. “O potencial<br />

é grande, estamos falando<br />

em 150 sacas de média”,<br />

diz Joel, tomando por base os<br />

140 sacos colhidos na safra do<br />

ano passado.<br />

DESBRAVADOR - Margeando o<br />

Paranapanema e com uma exuberante<br />

área verde, o sítio está<br />

em poder da família há mais de<br />

70 anos, desde quando seu Jerônimo,<br />

o pai de Joel, o desbravou.<br />

A soja entrou na receita da propriedade<br />

em 1974 e, a partir de<br />

então, passou a ser o seu carrochefe.<br />

Eles cultivam, também,<br />

milho durante o inverno, cuja<br />

média tem variado entre 200 e<br />

250 sacas por alqueire.<br />

MUITO MELHOR - Com um<br />

casal de filhos e três netos, os<br />

Alves são assistidos pelo engenheiro<br />

agrônomo Alan Felipe<br />

Osório Oliveira, da unidade local<br />

da <strong>Cocamar</strong>. Segundo Joel, as<br />

coisas melhoraram muito desde<br />

a chegada da <strong>Cocamar</strong> ao município,<br />

em 2016. Antes, não havia<br />

um bom atendimento, alguns<br />

comerciantes aplicavam calotes<br />

e, não raro, um caminhão carregado<br />

de milho podia ficar dois<br />

dias numa fila, pois o recebedor<br />

não vencia secar.<br />

EVOLUÇÃO VISÍVEL - “Hoje é<br />

muito diferente, temos estrutura,<br />

qualidade dos produtos e segurança”,<br />

afirma o produtor, ressaltando:<br />

“foi com a vinda da<br />

<strong>Cocamar</strong> que a gente percebeu o<br />

quanto estávamos desatualizados<br />

em relação às práticas e tecnologias<br />

agrícolas”. No seu<br />

entendimento, a evolução é visível.<br />

Já no começo, a cooperativa<br />

1 6 | J o rn al C oc a mar


começou a incentivar os produtores<br />

a corrigirem o solo com calcário<br />

e a adotarem tecnologias<br />

para o incremento da produtividade.<br />

Seguindo a orientação técnica<br />

dos profissionais da unidade,<br />

Joel melhorou suas médias e,<br />

graças ao bom desempenho, investiu<br />

recentemente na aquisição<br />

de máquinas modernas.<br />

BOM MOMENTO - “A <strong>Cocamar</strong><br />

vive um excelente momento em<br />

Palmital”, afirma o gerente Natan<br />

Borges, lembrando que em dezembro<br />

último foi inaugurada a<br />

nova unidade, às margens da rodovia<br />

Raposo Tavares, com investimentos<br />

de mais de R$ 60<br />

milhões, “o que reflete o alto nível<br />

de participação dos produtores”.<br />

Borges responde também pela<br />

loja de Salto Grande, a 30 quilômetros.<br />

Os Alves seguem as recomendações técnicas do pessoal da <strong>Cocamar</strong><br />

EXPECTATIVA - São cerca de<br />

400 cooperados ativos - a maioria<br />

formada por pequenos proprietários<br />

- e uma expectativa de<br />

recebimento de soja de pelo<br />

menos 60 mil toneladas, praticamente<br />

o dobro em comparação<br />

às 33 mil toneladas do ciclo anterior<br />

(2021/22). Tranquilos, esperando<br />

pela hora da colheita,<br />

Joel e Lucineia dizem estar na expectativa<br />

de que <strong>2023</strong> seja um<br />

de seus melhores anos.<br />

Negócio da família ganha com sucessão<br />

Aos 33 anos, o cooperado Luiz<br />

Henrique Kikuiti Tanno é exemplo<br />

de uma sucessão bem sucedida<br />

na propriedade da família, em<br />

Londrina, onde eles cultivam<br />

grãos. No ano de 2011, depois de<br />

se formar em engenharia elétrica,<br />

Luiz se viu numa encruzilhada:<br />

seguir sua carreira ou permanecer<br />

ao lado do pai Henrique, hoje<br />

com 66 anos, para conduzirem<br />

juntos o negócio da família?<br />

INVERSÃO - A opção foi a mais<br />

acertada, a seu ver: ele decidiu se<br />

tornar um produtor rural e, poucos<br />

anos depois, em 2014, assumia<br />

o planejamento da propriedade,<br />

sempre tomando as decisões<br />

em conjunto com os familiares.<br />

“Antes, eu ajudava meu pai;<br />

depois, com o tempo, ele é que<br />

passou a me ajudar”, explica Luiz.<br />

GRUPO MAIS - Tendo a soja<br />

como carro-chefe, a família conta<br />

com o apoio técnico da <strong>Cocamar</strong>,<br />

por meio do agrônomo Volner<br />

Zambão, da unidade localizada no<br />

distrito de Serrinha e, no ano passado,<br />

aderiu ao Grupo Mais, um<br />

serviço de orientação personalizada,<br />

da cooperativa, prestado<br />

pelo agrônomo Osmar Buratto.<br />

OTIMIZAÇÃO - "Além do auxílio<br />

da consultoria nas recomendações<br />

técnicas de fertilidade de<br />

solo e manejo cultural (rotação de<br />

culturas), a consultoria visa um<br />

sistema de manejo mais rentável<br />

e sustentável”, comenta Buratto.<br />

Segundo ele, por meio de um<br />

programa de monitoramento de<br />

pragas e doenças com frequência<br />

semanal e georreferenciada, o<br />

produtor faz o controle das mesmas<br />

realizando aplicações localizadas<br />

e, com isso, gerando maior<br />

otimização de custos com defensivos,<br />

economia de tempo e água.<br />

MAIS AJUDA - Mais recentemente,<br />

o irmão de Luiz, Gustavo<br />

Henrique, de 30 anos, formado<br />

em engenharia civil, também decidiu<br />

trabalhar com a família, auxiliando-a<br />

na gestão de custos,<br />

com a elaboração de planilhas<br />

detalhadas. A cada ano são feitas<br />

análises de solo para a correção<br />

com calcário e a reposição de nutrientes.<br />

Assim, e depois também<br />

de investirem na aquisição de<br />

máquinas mais modernas, os<br />

Tanno se sentem ainda mais preparados<br />

para crescer na atividade.<br />

PRODUTIVIDADE - No ano passado,<br />

a média de produtividade<br />

de soja ficou em 170 sacas por<br />

alqueire, marca que eles pretendem<br />

superar nesta safra. “As lavouras<br />

estão bem melhores<br />

Família Tanno colhe os resultados do Grupo Mais<br />

neste ano”, justifica Luiz, confiante<br />

também de que o manejo adotado,<br />

seguindo as orientações do<br />

Grupo Mais, resultará em uma<br />

produtividade maior. No inverno,<br />

além de milho (que é cultivado em<br />

consórcio com a braquiária), eles<br />

plantam aveia branca, trigo (cuja<br />

palhada ajuda a controlar ervas<br />

como a buva) e fazem também<br />

um “mix” de culturas com o objetivo<br />

de aumentar a cobertura e a<br />

proteção do solo.<br />

PRECISÃO - “Estamos sempre<br />

em busca de novas tecnologias”,<br />

explica Luiz, frisando que o próximo<br />

passo, a partir dos novos<br />

maquinários, é avançar na agricultura<br />

de precisão. E, também,<br />

expandir a área plantada, arrendando<br />

terras pela região. No mais,<br />

acompanhar a evolução tecnológica,<br />

com uma ativa participação<br />

na <strong>Cocamar</strong>, onde se sentem<br />

tranquilos e seguros e, à medida<br />

do possível, investir em outros<br />

projetos, como a geração de<br />

energia solar, bem como em uma<br />

estação meteorológica, de maneira<br />

a aprimorar o planejamento<br />

e tornar o negócio mais sustentável.<br />

REALIZAÇÃO - “Eu não me vejo<br />

mais fora da agricultura, é uma<br />

atividade que me realiza”, completa<br />

o produtor. Acompanharam<br />

o Rally, na visita à propriedade, o<br />

gerente técnico da <strong>Cocamar</strong>, Rafael<br />

Furlanetto, o gerente das unidades<br />

de Tamarana e Serrinha,<br />

Fernando Stephano, e o engenheiro<br />

agrônomo Volner Zambão.<br />

J or na l C oc am ar | 17


RALLY COCAMAR<br />

Melhor resultado como objetivo em Cruzália<br />

Independente do porte dos produtores,<br />

a <strong>Cocamar</strong> desenvolve<br />

seu trabalho em Cruzália, na região<br />

de Assis (SP), com o objetivo<br />

de que eles obtenham o maior<br />

resultado possível em suas lavouras.<br />

Dois exemplos confirmam<br />

isso e o Rally <strong>Cocamar</strong> de<br />

Produtividade foi conferir.<br />

EXEMPLOS - De um lado, com<br />

seus 300 alqueires, a família Ciavolella<br />

(cujo pai chegou da Itália<br />

em 1954 e a partir de então, a<br />

família foi expandindo suas propriedades.<br />

Hoje, com cerca de 2,5<br />

mil habitantes, a cidade de Cruzália<br />

é toda circundada pela fazenda);<br />

de outro, o cooperado<br />

Áuro Domingos Damasceno,<br />

dono de 2,5 alqueires. Ambos<br />

produtores de soja e milho são<br />

atendidos pela equipe técnica da<br />

unidade local da <strong>Cocamar</strong>.<br />

SOLO - Os irmãos Júlio e Silvio<br />

Ciavolella têm investido há 33<br />

anos na melhoria da qualidade do<br />

solo e os resultados são visíveis.<br />

Em 2022, a produtividade média<br />

de soja ficou em 150 sacas por<br />

alqueire, bem acima da média regional<br />

de 120. Para este ano, eles<br />

estão na expectativa de um número<br />

maior, pois o clima tem ajudado.<br />

Segundo explica Júlio, a<br />

rotação de culturas foi adotada<br />

para equilibrar o solo e também<br />

para o controle do nematoide. No<br />

último inverno, apesar da geada<br />

e do ataque da cigarrinha, o milho<br />

rendeu a média de 275 sacas por<br />

alqueire.<br />

BOM MANEJO - “Um bom manejo,<br />

ter o produto certo e usar na<br />

hora certa”, afirma o produtor.<br />

Mencionado como garantir o<br />

melhor resultado na lavoura, Júlio<br />

Equipe da <strong>Cocamar</strong> com os irmãos Júlio e Silvio Ciavoletta<br />

O agrônomo Jonathas e o pequeno produtor Auro<br />

fez menção ao fertilizante foliar<br />

Viridian, produzido pela <strong>Cocamar</strong>.<br />

Na safra anterior (2021/22), os<br />

Ciavolella atestaram a eficácia do<br />

produto. Segundo Júlio, a semeadura<br />

havia sido feita numa<br />

época em que houve baixas<br />

temperaturas durante a noite e,<br />

no geral, a lavoura não vinha<br />

bem. Diante disso, os irmãos recorreram<br />

à <strong>Cocamar</strong> para saber<br />

se havia alguma solução e receberam<br />

a recomendação de utilizar<br />

o Viridian.<br />

COMPARATIVO - Decidiram<br />

aplicar o foliar em uma área<br />

apenas e comparar seu desempenho<br />

com o resultado de um<br />

foliar de outra marca. No final, a<br />

lavoura que recebeu Viridian<br />

apresentou uma produtividade<br />

média de 180 sacas, enquanto<br />

a outra não foi além de 130 a<br />

140 sacas. Satisfeitos, os Ciavolella<br />

adotaram o Viridian, nesta<br />

safra, em toda lavoura de soja.<br />

“A <strong>Cocamar</strong> trabalha de uma<br />

forma muito profissional”, comenta<br />

Júlio.<br />

COLHER MAIS - Com a pequena<br />

lavoura de Auro foi a mesma<br />

coisa. Seguindo a orientação<br />

técnica dos profissionais da cooperativa,<br />

o produtor também<br />

investiu no Viridian e não tem do<br />

que reclamar. Na safra passada,<br />

sua média na soja foi de 173<br />

sacas por alqueire e, no milho,<br />

304 sacas. “Desta vez, a soja<br />

está bem melhor e dá para<br />

acreditar em colher mais”, afirma.<br />

Curioso é que, no ano passado,<br />

os vizinhos que prestam<br />

serviços de plantio, pulverização<br />

e colheita para Auro, não obtiveram<br />

o mesmo resultado – sinal,<br />

segundo ele, de que está no caminho<br />

certo.<br />

J or n al C oc am ar | 19


CAPACITAÇÃO<br />

Dias de campo em todas as regiões<br />

Eventos abordaram temas diversos<br />

relacionados à cultura da soja, como<br />

o manejo de pragas e doenças, o<br />

desempenho de novas cultivares e outros<br />

Arealização de um grande<br />

número de dias de<br />

campo, em praticamente<br />

todas as unidades<br />

de atendimento da <strong>Cocamar</strong>,<br />

nos estados do Paraná, São<br />

Paulo e Mato Grosso do Sul, movimentou<br />

milhares de cooperados<br />

da cooperativa nas últimas<br />

semanas.<br />

PARCERIAS - Em sua grande<br />

maioria com a participação de<br />

empresas parceiras, os eventos<br />

abordaram temas diversos relacionados<br />

à cultura da soja, como<br />

o manejo de pragas e doenças, o<br />

desempenho de novas cultivares<br />

e outros. Em resumo, práticas e<br />

tecnologias voltadas, principalmente,<br />

ao incremento da produtividade.<br />

TRANSFERIR TECNOLOGIA -<br />

“Todos os dias de campo, até<br />

aqui, têm sido marcados pela boa<br />

participação, o que demonstra o<br />

interesse dos produtores em<br />

evoluírem na atividade”, comentou<br />

o gerente técnico Rafael Furlanetto.<br />

São realizações, segundo<br />

ele, planejadas e organizadas<br />

pelas próprias unidades, com o<br />

apoio de empresas fornecedoras,<br />

visando a levar informações e<br />

transferir tecnologias.<br />

PRODUTOS COCAMAR - Em<br />

praticamente todos os eventos,<br />

tendas são montadas para apresentações<br />

e os produtores têm a<br />

oportunidade de visitar parcelas<br />

das lavouras para examinar detalhes<br />

e sanar eventuais dúvidas<br />

junto aos técnicos e colegas. Alguns<br />

produtos que levam a marca<br />

da <strong>Cocamar</strong> estão sempre em<br />

destaque nessas ocasiões: a<br />

linha de fertilizantes foliares e adjuvantes<br />

Viridian, e Sementes<br />

<strong>Cocamar</strong>.<br />

SAFRATEC - O calendário de realizações<br />

técnicas da <strong>Cocamar</strong> foi<br />

aberto em janeiro, quando a cooperativa<br />

promoveu em Floresta,<br />

município vizinho a Maringá, na<br />

sua Unidade de Difusão de Tecnologias<br />

(UDT), o Safratec <strong>2023</strong>,<br />

com mais de 6 mil participantes.<br />

A Embrapa Soja é uma das principais<br />

parceiras da cooperativa ,<br />

que conta também com o apoio<br />

de universidades e outras instituições.<br />

TEMAS DIVERSOS - De lá para<br />

cá, têm sido muitas as iniciativas,<br />

que incluem também outros<br />

temas, como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta<br />

(ILPF), citricultura<br />

e, não raro, assuntos com<br />

foco em culturas de inverno,<br />

como o consórcio milho e braquiária<br />

e ações para reduzir os<br />

danos causados pela cigarrinhado-milho.<br />

VITRINES - Os dias de campo,<br />

enfim, são promovidos durante<br />

todo o ano, como vitrines tecnológicas<br />

para que os cooperados<br />

acompanhem as novidades,<br />

se atualizem e se mantenham<br />

competitivos em seus<br />

negócios.<br />

J or n al C oc am ar | 23


DIA DE CAMPO<br />

Presidente Epitácio (SP) debate ILPF<br />

Contando com a participação de<br />

produtores, técnicos, lideranças e<br />

estudantes, evento foi promovido pela<br />

Rede ILPF e o Grupo Carlos Viacava<br />

AFazenda Santa Gina,<br />

de propriedade do<br />

Grupo Carlos Viacava,<br />

localizada em Presidente<br />

Epitácio (SP), sediou dia<br />

10/2, um Dia de Campo sobre Integração<br />

Lavoura-Pecuária-Floresta<br />

(ILPF).<br />

APOIO - Contando com a participação<br />

de dezenas de produtores,<br />

técnicos, lideranças e estudantes,<br />

o evento foi promovido pela Rede<br />

ILPF em parceria com o Grupo<br />

Carlos Viacava, que há anos implementa,<br />

com sucesso, o sistema<br />

de integração nessa e em<br />

outras fazendas na região oeste<br />

paulista. O Dia de Campo teve o<br />

apoio da Universidade do Oeste<br />

Paulista (Unoeste), Sementes<br />

Soesp, <strong>Cocamar</strong> e Embrapa.<br />

HOMENAGEM - Durante a abertura,<br />

a Rede ILPF prestou homenagem<br />

a Carlos Viacava, “pelo seu<br />

pioneirismo na adoção do sistema<br />

ILPF no oeste paulista”; ao<br />

pesquisador João Klutchcouski (o<br />

João K) “pelo persistente trabalho<br />

de difusão tecnológica e fomento<br />

à adoção do sistema no oeste<br />

paulista”; e ao presidente do Conselho<br />

de Administração da <strong>Cocamar</strong>,<br />

Luiz Lourenço - atual presidente<br />

da Rede ILPF - “pela sua<br />

nobre missão de gerir e disseminar<br />

a adoção do sistema de ILPF”.<br />

Todos receberam uma placa.<br />

OPORTUNIDADE - Ao se pronunciar<br />

na abertura, Luiz Lourenço<br />

discorreu sobre a oportunidade<br />

que a ILPF oferece aos<br />

produtores por incorporar pastagens<br />

degradadas – abundantes<br />

no país - ao moderno processo<br />

produtivo de grãos, além de dinamizar<br />

as atividades e gerar<br />

equilíbrio financeiro. O cultivo de<br />

soja, em plantio direto sobre o<br />

capim braquiária, reforma as<br />

ILPF foi apresentada como oportunidade para incorporar pastagens<br />

degradadas ao moderno processo produtivo de grãos<br />

Carlos Viacava e Luiz Lourenço foram homenageados<br />

pastagens e, ao reestruturar o<br />

solo, potencializa a produtividade<br />

da pecuária no inverno.<br />

OUTROS EVENTOS - Em anos<br />

anteriores, a <strong>Cocamar</strong> promoveu<br />

vários dias de campo em outra<br />

propriedade do mesmo grupo, no<br />

município de Caiuás, também no<br />

oeste paulista, fruto de parceria<br />

com a Unoeste e outros parceiros.<br />

META - A ILPF e também o sistema<br />

ILP (Integração Lavoura-<br />

Pecuária) já conta com cerca de<br />

20 milhões de hectares no país e<br />

a meta da Rede ILPF, que atua<br />

intensamente na sua divulgação,<br />

é chegar a 33 milhões até 2030.<br />

Nas regiões atendidas pela <strong>Cocamar</strong>,<br />

as áreas já passam de 260<br />

mil hectares.<br />

PARCERIA - Fundada em<br />

2012, a Rede ILPF é formada<br />

por <strong>Cocamar</strong>, Embrapa, John<br />

Deere, Syngenta, Bradesco,<br />

Sementes Soesp e Suzano,<br />

que passou a integrar a Rede<br />

ILPF representando o setor florestal<br />

na associação. Há cerca<br />

de 20 anos, a ILPF não era vista<br />

com muita simpatia pela cadeia<br />

de papel e celulose, porque<br />

entendia-se como despesa e<br />

não aproveitamento de área.<br />

Atualmente, a indústria se desenvolveu,<br />

o mercado se atualizou<br />

e agora a compreensão<br />

sobre ILPF extrapola o conceito<br />

de sustentabilidade e sequestro<br />

de carbono e se torna um<br />

caminho estratégico para ampliar<br />

a base florestal.<br />

J orn al Co c ama r | 2 5


EXPANSÃO<br />

Salto Grande (SP) ganha unidade<br />

Estrutura consta de uma<br />

loja com 500 metros quadrados<br />

e dois armazéns com total de<br />

1,5 mil metros quadrados<br />

Aunidade de atendimento<br />

da <strong>Cocamar</strong> em<br />

Salto Grande, município<br />

da região de Ourinhos<br />

no oeste paulista, na divisa<br />

com o Paraná, foi inaugurada dia<br />

16/2 em um evento no Salão<br />

Paroquial com a presença de<br />

mais de 300 convidados entre<br />

produtores da região, autoridades<br />

e lideranças do setor.<br />

CONFIANÇA - José Cícero destacou<br />

o forte crescimento da <strong>Cocamar</strong><br />

nos últimos anos, mas,<br />

principalmente, a confiança conquistada<br />

em todas as regiões<br />

onde atua, nos estados do Paraná,<br />

São Paulo e Mato Groso do<br />

Sul, ao oferecer mais segurança<br />

e oportunidade de crescimento<br />

para os produtores.<br />

EXPLANAÇÕES - Depois de recepcionados<br />

pelo vice-presidente<br />

executivo da <strong>Cocamar</strong>, José<br />

Cícero Aderaldo, e também o superintendente<br />

de Relação com o<br />

Cooperado, Leandro Cezar Teixeira,<br />

além do gerente regional<br />

Carlos Bortot, do gerente da<br />

unidade, Natan Borges, de conselheiros<br />

e colaboradores, os<br />

participantes assistiram a explanações<br />

sobre uma breve história<br />

e o desempenho da cooperativa,<br />

que está prestes a completar<br />

60 anos.<br />

EXPANSÃO - Por sua vez, Leandro<br />

Teixeira mencionou que depois<br />

de faturar R$ 11,1 bilhões<br />

em 2022, a cooperativa projeta<br />

alcançar R$ 13,7 bilhões no<br />

exercício <strong>2023</strong> e, nos últimos<br />

meses, abriu mais duas unidades<br />

em terras paulistas, nos municípios<br />

de Itaí e Santa Cruz do<br />

Rio Pardo.<br />

INVESTIMENTO - O prefeito de<br />

Salto Grande, Mário Rosa, agradeceu<br />

a <strong>Cocamar</strong> pelo investimento<br />

realizado em seu município<br />

e o apoio que a cooperativa<br />

dará aos produtores do município<br />

e região.<br />

ESTRUTURA - Natan Borges,<br />

gerente pela unidade de Palmital,<br />

a 30 quilômetros, assume<br />

também a gerência de Salto<br />

Grande, cuja estrutura consta de<br />

uma loja com 500 metros quadrados<br />

e dois armazéns com<br />

total de 1,5 mil metros quadrados.<br />

LOCALIZAÇÃO - Com cerca de<br />

10 mil habitantes, Salto Grande<br />

tem localização estratégica<br />

e a loja, situada às margens da<br />

Rodovia Raposo Tavares, deverá<br />

atender produtores de<br />

grãos, de outras culturas e pecuaristas<br />

também de cidades<br />

próximas, como Ribeirão do<br />

Sul, Ibirarema e a própria Ourinhos.<br />

J or na l C oc am ar | 2 7


MILHO<br />

<strong>Cocamar</strong> enfrenta a cigarrinha<br />

Através de uma série de ações visando<br />

levar informações aos cooperados, a equipe<br />

técnica tem buscado soluções a um dos<br />

problemas mais preocupantes no milho<br />

Por meio de sua área<br />

técnica, a <strong>Cocamar</strong><br />

tem promovido nos<br />

últimos anos uma série<br />

de ações visando levar informações<br />

aos cooperados para o<br />

enfrentamento de um dos problemas<br />

mais preocupantes a<br />

respeito da cultura do milho: o<br />

ataque da cigarrinha (Dalbulus<br />

maidis).<br />

PRAGA - Considerada uma das<br />

pragas mais vorazes da agricultura,<br />

a cigarrinha do milho é um<br />

inseto que se hospeda nos cartuchos<br />

e folhas e que completa<br />

todo seu ciclo de vida nas plantas<br />

de milho. Quando contaminada,<br />

a praga dissemina doenças<br />

- chamadas enfezamentos -<br />

causadas por bactérias da classe<br />

Mollicutes, além da virose do<br />

raiado fino.<br />

INFESTAÇÃO - Em 2022, a infestação<br />

se deu de forma generalizada,<br />

em maior ou menor<br />

grau, em todas as regiões produtoras<br />

do Paraná. O enfezamento<br />

da planta é capaz de reduzir<br />

em mais de 70% a produção<br />

de grãos nos cultivares<br />

suscetíveis.<br />

EM REDE - Desde 2020, o departamento<br />

técnico desenvolve<br />

junto ao IDR, Embrapa, agências,<br />

Ocepar e cooperativas parceiras,<br />

trabalhos que visam a estudar o<br />

comportamento da praga e seus<br />

danos na cultura do milho, organizando-se<br />

reuniões técnicas<br />

frequentes, além da montagem<br />

de ensaios de pesquisa que são<br />

analisados para que os resultados<br />

cheguem da forma mais refinada<br />

possível aos cooperados.<br />

Segundo o gerente técnico Rodrigo<br />

Sakurada, as Unidades de<br />

Difusão de Tecnologias conduzem<br />

trabalhos em rede para levantar<br />

esses resultados juntos<br />

aos pesquisadores e a partir<br />

desta safrinha os resultados começarão<br />

a chegar os produtores.<br />

PALESTRAS - De 2022 para cá,<br />

a <strong>Cocamar</strong> promoveu uma série<br />

de ações, como o Dia de Campo<br />

de Inverno na Unidade de Difusão<br />

de Tecnologias (UDT) em<br />

Floresta, região de Maringá,<br />

oportunidade em que duas especialistas<br />

da Embrapa, as Dras.<br />

Dagma Silva e Simone Mendes,<br />

e também o Dr. Ivan Bordin, do<br />

Instituto de Desenvolvimento<br />

Rural do Paraná (IDR/PR), promoveram<br />

palestras para produtores<br />

e técnicos.<br />

SAFRATEC - A Dra. Dagma Silva<br />

e o Dr. Ivan Bordin participaram<br />

também, para tratar do mesmo<br />

assunto e atender aos produtores<br />

em uma estação técnica específica,<br />

do Safratec <strong>2023</strong>, no<br />

mês de janeiro deste ano, da<br />

UDT da cooperativa em Floresta.<br />

Rodrigo Sakurada informa ainda<br />

que os conteúdos das palestras,<br />

bem como reportagens de TV,<br />

foram disponibilizados aos produtores<br />

em plataformas digitais<br />

como o canal da <strong>Cocamar</strong> no<br />

Youtube.<br />

ATUALIZAÇÃO - Por sua vez, a<br />

equipe técnica participou de<br />

atualizações sobre manejo de<br />

pragas, em novembro do ano<br />

passado, com o Dr. Maurício Pasini;<br />

e, a respeito do manejo biológico<br />

da cigarrinha, com o Dr.<br />

Orcial Bortolotto. No mês e<br />

março deste ano, materiais informativos<br />

foram enviados a<br />

milhares de produtores cooperados<br />

que fazem parte de grupos<br />

de mensagens mantidos pela<br />

<strong>Cocamar</strong> e nas redes sociais da<br />

cooperativa, reforçando orientações<br />

sobre como proceder. No<br />

mais, palestras e reuniões técnicas<br />

vêm sendo organizadas frequentemente<br />

para levar informações<br />

aos cooperados, em<br />

unidades da cooperativa, com a<br />

presença de pesquisadores e de<br />

profissionais que representam<br />

empresas parceiras.<br />

MILHO - O Paraná responde por<br />

14,8% da produção nacional de<br />

milho na safra 2021/22. O cereal<br />

é cultivado em uma área próxima<br />

de 3 milhões de hectares, considerando-se<br />

a primeira e a segunda<br />

safras. Com grande importância<br />

econômica para o Paraná,<br />

o milho é o segundo produto<br />

vegetal com maior Valor<br />

Bruto de Produção (VBP) e com<br />

exportações que ultrapassam os<br />

US$ 183 milhões.<br />

J or na l C oc am ar | 2 9


MEIO AMBIENTE<br />

De olho no mercado<br />

de carbono<br />

Pequenos produtores só terão<br />

acesso a remuneração por serviços<br />

ambientais se estiverem sob o<br />

guarda-chuva de uma cooperativa<br />

Tendo como tema o<br />

mercado de carbono e<br />

contando com a participação<br />

como palestrante<br />

do gerente executivo<br />

técnico da <strong>Cocamar</strong>, Renato Watanabe,<br />

o VIII Encontro da Associação<br />

Brasileira dos Prestadores<br />

de Serviços em Agricultura de<br />

Precisão foi promovido nos dias<br />

1 e 2 de fevereiro em Goiânia<br />

(GO).<br />

PEQUENAS PROPRIEDADES -<br />

Watanabe foi convidado a se<br />

pronunciar sobre o os desafios<br />

de acesso ao mercado de carbono<br />

em pequenas propriedades.<br />

O evento reuniu especialistas<br />

de instituições de pesquisa,<br />

entidades como a Organização<br />

das Cooperativas do Estado do<br />

Paraná (Ocepar) e representantes<br />

de empresas e cooperativas<br />

de várias regiões do país, que<br />

apresentaram suas pesquisas e<br />

projetos.<br />

COOPERATIVA - De acordo com<br />

o executivo da <strong>Cocamar</strong>, diferente<br />

do que acontece com os<br />

grandes produtores que, por seu<br />

porte, vão conseguir se organizar<br />

com mais facilidade para serem<br />

remunerados por serviços ambientais,<br />

caso do carbono, os pequenos<br />

só terão acesso<br />

ao benefício se estiverem<br />

sob o guarda-chuva de uma<br />

cooperativa.<br />

ESCALA - “É preciso garantir<br />

transparência aos compradores,<br />

mas o desafio é fazer isso a um<br />

custo baixo para que compense<br />

financeiramente ao produtor”,<br />

comenta Watanabe. Ele explica<br />

ser indispensável ter escala, uma<br />

vez que nas plataformas utilizadas<br />

para se fazer a verificação e<br />

o reporte do carbono, quanto<br />

maior o volume de área, melhor<br />

o custo-benefício. Isso tudo sem<br />

contar que em relação aos custos<br />

fixos para a montagem de<br />

um projeto assim, igualmente,<br />

quanto maior a área, mais o<br />

custo diminui.<br />

RETORNO - O gerente executivo<br />

técnico cita que um estudo realizado<br />

na <strong>Cocamar</strong> apontou<br />

serem necessários ao<br />

menos 50 mil hectares para que<br />

os produtores participantes<br />

tenham um retorno satisfatório.<br />

“A partir de 20 mil hectares já<br />

começa a dar viabilidade, mas o<br />

que se pretende é remunerar<br />

adequadamente o produtor, ou<br />

seja, que 55% a 70% do valor negociado<br />

fiquem com ele e os restantes<br />

paguem os custos do<br />

projeto”, menciona.<br />

FLUXO DE CAIXA - “Eu diria que<br />

para sobrar em torno de 70% ao<br />

produtor, precisaríamos ter até<br />

mais de 50 mil hectares”, diz Watanabe,<br />

sem esquecer o fluxo de<br />

caixa, porque o investimento se<br />

dá por dois ou três anos no projeto<br />

e o crédito só é pago após a<br />

emissão e a comercialização do<br />

crédito.<br />

ORGANIZAÇÃO - “O produtor<br />

tem que investir e a cooperativa<br />

vai cuidar disso para ele, além<br />

de toda a organização, com o<br />

fornecimento de insumos, assistência<br />

técnica e acompanhamento”,<br />

acrescentou o gerente<br />

executivo.<br />

BAIXO CARBONO - Ele informa<br />

que a <strong>Cocamar</strong> faz parte do<br />

programa Soja Baixo Carbono,<br />

que está sendo desenvolvido<br />

pela Embrapa, que tem por objetivo<br />

certificar a sustentabilidade<br />

da produção de soja<br />

brasileira, tornando tangíveis<br />

aspectos qualitativos e quantitativos<br />

do processo de produção<br />

do grão.<br />

J or n al C oc am ar | 31


SICREDI DEXIS<br />

Crédito para quem quer<br />

postergar venda da soja<br />

Será possível liquidar a operação<br />

de custeio, cobrir despesas com<br />

manutenção familiar, transporte de<br />

grãos, custos de armazenagem e outros<br />

Chegou o momento de<br />

colher a soja, por isso o<br />

produtor está de olho<br />

nas cotações da saca.<br />

Para apoiar os produtores neste<br />

momento, a Sicredi Dexis disponibiliza<br />

a linha de crédito Comercialização,<br />

disponibilizando recursos<br />

ao associado na fase imediatamente<br />

posterior à colheita da<br />

produção, o que permite o armazenamento<br />

e a conservação dos<br />

produtos para venda futura, em<br />

melhores condições de mercado.<br />

RECURSOS - Com os recursos,<br />

será possível liquidar a operação<br />

de custeio, cobrir despesas com<br />

manutenção familiar, transporte<br />

de grãos, custos de armazenagem<br />

e outros. Assim, os produtores<br />

têm a opção de armazenar a<br />

soja – total ou parcial - e aguardar<br />

uma possível alta da cotação, que<br />

já chegou próxima a R$ 200 a<br />

saca em meados do ano passado.<br />

possibilita a emissão do termo de<br />

grão, um documento que atesta<br />

o volume estocado. “A produção<br />

estocada do associado é a garantia<br />

da operação”, resume o gerente<br />

de Desenvolvimento de<br />

Crédito da Sicredi Dexis, Vitor<br />

Pasquini.<br />

RECORDE - A expectativa da<br />

Companhia Nacional de Abastecimento<br />

(Conab) é de produção<br />

brasileira recorde de mais de 150<br />

milhões de toneladas na safra<br />

2022/<strong>2023</strong>. O Brasil é o maior<br />

produtor mundial do grão, seguido<br />

pelos Estados Unidos e Argentina,<br />

que enfrentam dificuldades<br />

climáticas provocadas por<br />

seca nas principais regiões produtoras,<br />

reduzindo a área colhida<br />

e o rendimento - os três países<br />

juntos respondem por 80% do<br />

volume global. “O produtor brasileiro<br />

deverá fazer os cálculos e<br />

decidir se vale a pena vender a<br />

soja agora ou aguardar”, comenta<br />

Pasquini.<br />

27% MAIS DE CRÉDITO - Neste<br />

ano, a Sicredi Dexis deve liberar<br />

crédito rural 27% maior que em<br />

2022, atingindo o recorde de R$<br />

2,457 bilhões. Cerca de um<br />

quarto deverá ser antecipado<br />

para a safra verão por meio da<br />

CPR Financeira (Cédula de Produto<br />

Rural), um título que representa<br />

promessa de entrega futura<br />

de um produto agropecuário.<br />

EXPECTATIVA - A expectativa é<br />

atender dois mil produtores rurais<br />

associados - o limite liberado é<br />

avaliado conforme a necessidade<br />

e a capacidade de pagamento do<br />

produtor. Todos os públicos podem<br />

acessar: agricultura familiar,<br />

médio produtor e demais.<br />

COMO CONTRATAR - Para contratar<br />

a linha de comercialização<br />

ou outros créditos, é preciso estar<br />

com os dados cadastrais atualizados<br />

e procurar uma das 111<br />

agências da cooperativa no norte<br />

e noroeste do Paraná, centro e<br />

centro-leste de São Paulo. Todas<br />

as agências contam com especialistas<br />

agro.<br />

PARA QUEM - Podem usufruir<br />

deste crédito os associados da<br />

cooperativa pessoas físicas e jurídicas<br />

- exceto as pessoas jurídicas<br />

classificadas como prestadoras<br />

de serviços mecanizados.<br />

Os recursos disponibilizados são<br />

próprios - recursos livres - e podem<br />

ser pagos em até oito meses.<br />

A Sicredi Dexis possui convênios<br />

com a <strong>Cocamar</strong> e outras<br />

cooperativas de produção, o que<br />

J or na l C oc am ar | 3 3


MEMÓRIA<br />

O que fazemos em vida,<br />

ecoa pela eternidade<br />

Em memória daqueles que deixaram seu legado na história da <strong>Cocamar</strong>, falecidos entre 20/01/<strong>2023</strong> e 20/02/<strong>2023</strong>


J or n al C oc am ar | 37


J or n al C oc am ar | 39

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