Florestal_254 -Oops

GENÉTICA 

Pesquisadores desenvolvem árvores que produzem até 40% mais celulose por ciclo 

DO BRASIL PARA 

O MUNDO 

SABRES NACIONAIS CONQUISTAM 

MERCADO FLORESTAL INTERNACIONAL 

FROM BRAZIL 

TO THE WORLD 

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FOREST-BASED MARKET

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atingir até 25 cm abaixo do solo; 

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acácia, pinus, laranja, café, etc; 

Trituração de rebrotas de eucalipto, limpeza de áreas com as 

sobras de galhadas e tocos para a continuidade ou renovação 

da plantação e troca de atividades como pecuária e agricultura

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MUNDO 

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NO ESPAÇO F-12

SUMÁRIO 

AGOSTO 2023 

86 

PRODUTIVIDADE, 

QUALIDADE E 

PRECISÃO 

14 Editorial 

16 Cartas 

18 Bastidores 

20 Notas 

68 Coluna CIPEM 

70 Frases 

72 Entrevista 

82 Coluna 

86 Principal 

92 Manejo 

100 Integração 

106 Madeira 

112 Monitoramento 

115 Caderno Empresarial 

124 Mercado 

126 Genética 

130 Produtividade 

132 Sustentabilidade 

138 Pesquisa 

144 Agenda 

146 Espaço Aberto 

92 

132 

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO 

21 Agroceres 

101 Beltz do Brasil 

17 BKT 

19 Bruno 

105 Campoar Drones Agrícolas 

27 Carrocerias Bachiega 

107 Centenaro Cavacos 

143 Controlfor 

127 D’Antonio Equipamentos 

31 Denis Cimaf 

02 Dinagro 

41 DRV Ferramentas 

97 Duffatto Viveiro Florestal 

113 Ecoserra 

73 Eloforte 

49 Emex Brasil 

35 Engeforest 

77 Engtec Forest 

148 Envimat 

13 Envu 

61 Feldermann Forest 

63 Felipe Diesel 

06 Fex 

111 Flamar Implementos 

75 Francio Soluções Florestais 

137 Fratex 

67 H Fort 

04 Himev 

25 Ihara 

51 J de Souza 

15 Komatsu Forest 

147 Log Max 

43 Manos Implementos 

65 Mill Indústrias 

57 Minusa Forest 

139 Nicoletti Máquinas 

53 Planalto Picadores 

59 Planflora Mudas 

79 Poly Brasil 

123 Prêmio REFERÊNCIA 

133 Raptor Florestal 

99 Recimac 

81 Reflorestar Serviços Florestais 

69 Richetti Madeiras e Biomassa 

47 Rocha Facas 

141 Rodoleve 

135 Rodotrem 

84 Rotary-Ax 

10 Rotor Equipamentos 

55 Sergomel 

29 Sumitomo 

23 SuperTek 

145 Tech Forestry 

37 Tecmater 

08 Tigercat 

109 Toga Radiadores 

39 Unibrás 

129 Unidas Locação 

93 Vale do Tibagi 

83 Valfer Ferramentas 

33 Vantec 

95 Vista Hydraulics 

45 Watanabe 

71 WDS Pneumática 

103 Woodtech 

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EDITORIAL 

Olhando para o alvo 

Estar em primeiro lugar é o objetivo para qualquer competidor. 

Ninguém sai de casa para ser o último, todos buscam o topo e se 

tratarmos a indústria de base florestal brasileira como esse competidor, 

ela pode sim manter seus olhos no alvo e se tornar um líder e 

exemplo mundial para o segmento. O Brasil tem terras férteis, clima 

ideal e acima de tudo pessoas dispostas a fazer mais e melhor. Entregar 

melhores resultados, atingir novos níveis e buscar objetivos ainda 

maiores dos até aqui já alcançados. O caminho é cheio de dificuldades 

e percalços, mas o setor florestal nacional tem todos os recursos 

e chances de se tornar o modelo de negócio e indústria ideal. Nessa 

edição, o leitor irá conhecer um pouco mais sobre a Rotary-Ax, 

especialista em ferramentas de corte para o segmento florestal e 

seus planos de crescimento, novidades sobre captura de carbono, 

modelos de integração lavoura-floresta, produtividade florestal e uma 

entrevista exclusiva com o novo presidente do SFB (Serviço Florestal 

Brasileiro), Garo Batmanian, que apresenta os planos da autarquia 

para os próximos anos. Ótima leitura! 

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Hidráulicos 

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Picadores, Trituradores, 

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Na capa dessa edição a 

Rotary-Ax, especialista em 

itens de reposição para 

o corte mecanizado no 

segmento florestal 

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product 

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Ano XXV • Nº254 • Agosto 2023 

GENÉTICA 

DO BRASIL PARA 

O MUNDO 

Pesquisadores desenvolvem árvores que produzem até 40% mais celulose por ciclo 

SABRES NACIONAIS CONQUISTAM 

MERCADO FLORESTAL INTERNACIONAL 

FROM BRAZIL 

TO THE WORLD 

BRAZILIAN GUIDE BARS 

CONQUER THE INTERNATIONAL 

FOREST-BASED MARKET 

LOOKING AT THE TARGET 

Being first is the goal of any competitor. No one leaves home 

to be the last, everyone seeks the top, and if we treat the Brazilian 

forest-based industry as this competitor, it can keep its eyes on the 

target and become a world leader and example for the segment. 

Brazil has fertile lands, an ideal climate, and people willing to do more 

and better, delivering better results, reaching new levels, and seeking 

even greater goals than those already achieved. The path is full of difficulties 

and mishaps, but the Brazilian Forest-based Sector has all the 

resources and chances to become the ideal business model and industry. 

In this issue, the reader will learn a little more about Rotary-Ax, a 

specialist in cutting tools for the Forest-based Sector and its growth 

plans, news on carbon capture, crop-forest integration models, forest 

productivity, and an exclusive interview with Garo Batmanian, the 

new president of the Brazilian Forest Service (SFB), who talks about 

the plans of the agency for the next few years. Pleasant Reading! 

Entrevista com 

Garo Batmanian, 

novo presidente 

do SFB (Serviço 

Florestal Brasileiro) 

Programa cooperativo monitora 

produtividade e sequestro de 

carbono em florestas plantadas 

3 

EXPEDIENTE 

ANO XXV - EDIÇÃO 254 - AGOSTO 2023 

Diretor Comercial / Commercial Director 

Fábio Alexandre Machado 

fabiomachado@revistareferencia.com.br 

Diretor Executivo / Executive Director 

Pedro Bartoski Jr 

bartoski@revistareferencia.com.br 

Redação / Writing 

Vinicius Santos 

jornalismo@revistareferencia.com.br 

Colunista 

Cipem 

Gabriel Dalla Costa Berger 

Depto. de Criação / Graphic Design 

Fabiana Tokarski - Supervisão 

Crislaine Briatori Ferreira 

Guilherme Augusto Oliveira 

Sofia Carlesso 

criacao@revistareferencia.com.br 

Midias Sociais / Social Media 

Cainan Lucas 

Tradução / Translation 

John Wood Moore 

Depto. Comercial / Sales Departament 

Gerson Penkal - Carlos Felde 

comercial@revistareferencia.com.br 

fone: +55 (41) 3333-1023 

Representante Comercial 

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina 

Knop 

Depto. de Assinaturas / Subscription 

assinatura@revistareferencia.com.br 

0800 600 2038 

ASSINATURAS 

0800 600 2038 

Periodicidade Advertising 

GARANTIDA GARANTEED 

Veículo filiado a: 

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, 

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, 

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, 

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente 

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor 

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em 

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais 

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, 

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos 

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são 

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos 

direitos autorais, exceto para fins didáticos. 

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication 

directed at the producers and consumers of the good and services of the 

lumberz industry, research institutions, university students, governmental 

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked 

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself 

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns 

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, 

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage 

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual 

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited 

without the written authorization of the holders of the authorial rights. 


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CARTAS 

Manipuladores 

Hidráulicos 

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product 

DESEMPENHO DE GIGANTE Novo picador florestal Titan bate recorde no processamento de madeira 

COMBATE A INCÊNDIOS 

EQUIPAMENTOS DE ALTO PADRÃO 

AJUDAM NA MANUTENÇÃO DA FLORESTA 

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Capa da Edição 253 Mulchers da 

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, 

mês de julho de 2023 

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Ano XXV • Nº253 • Julho 2023 

PRINCIPAL 

Por Ailton Junior, Telêmaco Borba (PR) 

A prontidão e excelência do trabalho da Flamar ajuda a proteger florestas 

nativas e as áreas de silvicultura do Brasil com perfeição. 

ECONOMIA 

Foto: divulgação 

Por Pedro Lopez, Canoas (RS) 

Tão importante quanto anunciar o crescimento é mostrar com números 

esse crescimento. Essa transparência é uma das forças do setor. 

ESPÉCIE 

Por Paulo Batista, Bauru (SP) 

A EMBRAPA é um patrimônio nacional. O trabalho desses pesquisadores 

fez com que o Brasil se tornasse essa potência produtiva. 

Foto: divulgacão 

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16 www.referenciaflorestal.com.br 

Revista Referência Florestal 

@referenciaflorestal 

@revistareferencia9702 

E-mails, críticas e sugestões podem ser 

enviados também para redação 

jornalismo@revistareferencia.com.br 

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL 

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.

BASTIDORES 

Revista 

EXPOFOREST 

Estaremos presentes na 

Expoforest 2023, maior 

feira florestal do mundo, 

no stand 112, durante os 

dias 09 a 11 de agosto 

na região de Guatapará 

(SP). Estaremos 

presenteando clientes 

e assinantes da Revista 

com belos chapéus, 

bonés e chaveiros. 

Foto: REFERÊNCIA 

Foto: Emanoel Caldeira 

CAPA 

Registro da reportagem da capa dessa edição 

em parceria com a Rotary-Ax, realizado na 

região de Bauru (SP), na empresa Riacho 

Florestal. 

VISITA 

O diretor da Rocha 

Facas, Jair Rocha, 

esteve visitando as 

dependências da 

JOTA EDITORA, e 

foi recepcionado 

pelo comercial da 

REVISTA REFERÊNCIA 

FLORESTAL, Gerson 

Penkal. 

Foto: REFERÊNCIA 

ALTA 

AGOSTO 2023 

CONCESSÕES DESBUROCRATIZADAS 

DEMANDA INTERNACIONAL 

Aprovada pelo Senado Federal no final de maio, a 

Lei nº 14.590/2023 prevê mudanças na Lei de Gestão 

de Florestas Públicas, responsável por garantir 

a proteção das florestas brasileiras e combater a 

prática ilegal de apropriação de terras, ocupações 

irregulares e a exploração irresponsável dos recursos 

naturais. As alterações implementadas pela Lei 

nº 14.590 permitem às concessionárias acesso ao 

patrimônio genético ou conhecimento tradicional 

para fins de conservação, pesquisa, desenvolvimento 

e bioprospecção, bem como a comercialização 

de créditos de carbono. As mudanças aprovadas 

visam facilitar e desburocratizar o processo de 

concessões florestais. 


Os mercados de madeira tropical não mostraram sinais 

de recuperação em maio e mantiveram queda em alguns 

países, de acordo com o último relatório do GTI (Global 

Timber Index). O GTI ficou abaixo de 50% nos sete países- 

-piloto Brasil, China, Congo, Gabão, Indonésia, Malásia e 

México, indicando crescimento negativo no setor. Segundo 

o relatório, o GTI da Indonésia, que havia subido acima do 

valor limite de 50% em abril, caiu 5,7 pontos percentuais 

em maio, para 44,9%, sugerindo que as bases da recuperação 

da indústria madeireira do país continuam fracas. 

O GTI do Congo aumentou 9,4 pontos percentuais, para 

35,7%, indicando um abrandamento no ritmo de contração 

do setor. GTIs ficaram bem abaixo de 50% na China 

(35,3%), Malásia (28,0%), Brasil (32,9%), Gabão (33,8%) e 

México (44,5%), sem recuperação à vista. 

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NOTAS 

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Livro eucalipto 

No Brasil, o eucalipto é o gênero mais utilizado em plantios florestais com fins comerciais, sendo seu cultivo de grande 

relevância econômica, social e ambiental. Nos últimos anos, contudo, vem se tornando frequente a introdução e a disseminação 

de novas pragas e doenças, exigindo cada vez mais o manejo integrado. Foi nesse contexto que uma equipe de especialistas da 

Suzano, reuniu no livro Pragas & Doenças do Eucalipto informações para detecção, manejo e controle das principais ameaças da 

cultura. A publicação permite identificar as principais pragas e doenças do eucalipto, reunindo fotos e informações detalhadas 

para serem utilizadas na estratégia de manejo integrado, como caracterização morfológica, comportamento daninho, importância 

econômica, época da ocorrência e mecanismos de controle. O livro também relaciona os principais inimigos naturais utilizados no 

controle biológico de pragas do eucalipto. 

“Esse trabalho é fruto de décadas de experiência, investimentos em pesquisa e sólidas parcerias com pesquisadores, universidades 

e institutos de pesquisa. Nosso objetivo é compartilhar conhecimentos com os demais produtores florestais, academia e 

com a sociedade em geral, seguindo um dos nossos direcionadores de gerar e compartilhar valor”, explica Reginaldo Gonçalves 

Mafia, gerente executivo de Inovações em Manejo Florestal da Suzano. Com prefácio dos professores Carlos F. Wilcken, líder do 

PROTEF/IPEF (Programa de Proteção Florestal/Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), e Acelino C. Alfenas, da UFV (Universidade 

Federal de Viçosa), o livro é de autoria de diversos profissionais da Suzano, que atuam na área de tecnologia e inovação. 


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NOTAS 

Destaque paranaense 

A Great Place To Work, consultoria global que avalia e certifica ambientes de trabalho em diversos países, divulgou, no 

fim de junho, as Melhores Empresas de Agro 2023. O que chamou atenção é que a Remasa Reflorestadora, empresa sediada 

em Bituruna (PR), conquistou o primeiro lugar do ranking de médias empresas. A avaliação dos melhores do Agro, que está 

na quinta edição, teve 199 empresas inscritas, com um total de 241.055 funcionários – 50 delas foram premiadas, sendo 10 

de pequeno porte, 20 de médio porte e 20 de grande porte. 

Para celebrar a conquista, a Remasa divulgou um comunicado assinado pelo diretor-presidente, Alceu Gugelmin Junior, 

reforçando o compromisso de criar um ambiente de trabalho excepcional para todos aqueles que contribuem para o 

crescimento da empresa. “A conquista deste prêmio não é apenas uma honra para nós, mas também é uma oportunidade 

para refletirmos sobre a importância do agronegócio no Brasil, em particular, o setor de florestas plantadas. Nosso setor tem 

desempenhado um papel fundamental na economia, na preservação do meio ambiente, e um exemplo notável de como as 

duas prioridades podem coexistir e se equilibrar”, disse Alceu. 

Na mesma ocasião, Alceu afirmou que o compromisso em desenvolver uma atividade responsável e sustentável é resultado 

do esforço conjunto de cada colaborador, que desempenha um papel fundamental em nossa jornada. “Gostaria, portanto, 

de agradecer a cada um dos membros da equipe Remasa, por seu comprometimento, dedicação e paixão pelo trabalho que 

realizam todos os dias. Vocês são a essência do nosso sucesso e motivo de orgulho”, completou Alceu. 



NOTAS 

Save the date 

O Congresso Plantações Florestais foi considerado 

um grande sucesso segundo os organizadores. 

O evento reuniu toda a cadeia produtiva 

florestal, recebeu profissionais e pesquisadores 

de diversas instituições nacionais e internacionais, 

e colocou em pauta temas relevantes, técnicos, 

científicos, estratégicos e inovadores sobre como 

as plantações florestais têm contribuído para a 

sociedade, de forma expressiva, envolvendo aspectos 

econômicos, sociais e o atendimento de 

serviços ecossistêmicos. 

E devido aos resultados obtidos no evento 

a próxima edição já está garantida. Na edição 

de 2023 as inscrições foram esgotadas com antecedência 

e a audiência superou mais de 400 

participantes por dia. Em 9 sessões plenárias, 14 

talk shows e 14 sessões de trabalhos voluntários, 

contou com o envolvimento de mais de 65 palestrantes, 

foram selecionados mais de 130 trabalhos 

científicos e em relação a sustentabilidade, foi 

um evento carbono neutro. 

O IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), 

organizador do evento, destacou a parceria 

da ABTCP (Associação Brasileira de Técnicos 

em Celulose e Papel), IBÁ (Indústria Brasileira 

de Árvores) e IUFRO (União Internacional de Organizações 

de Pesquisa Florestal) na realização 

do evento, dos patrocinadores, das associações 

apoiadoras. 

O próximo congresso será realizado em abril 

de 2025 e as informações sobre inscrições e temas 

abordados serão divulgados pelo IPEF. 



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NOTAS 

Conhecimento difundido 


O PCCF (Programa Cooperativo sobre Certificação Florestal) do IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais) reuniu em 

sua XXX Reunião de Filiadas empresas e profissionais do setor florestal. O evento foi realizado de forma híbrida, com sessão 

presencial em Curitiba (PR). No total, 33 participantes estiveram em Curitiba, representando 19 empresas, e outras 30 pessoas, 

de diversos estados, acompanharam online. 

Ao longo de 3 dias de encontro, colocou em pauta diversos temas relevantes sobre certificação florestal e teve como foco 

principal as mudanças previstas para o Novo Padrão FSC (Conselho de Manejo Florestal). Divididas em nove temas centrais e 

ministradas por seis profissionais, as apresentações e discussões foram definidas com base em pontos considerados críticos para 

as empresas filiadas ao PCCF. 

Entre os temas, os participantes puderam acompanhar sobre os Desastres Naturais (José Maia - Morada Consultoria), Monitoramento 

do Plano de Manejo e Monitoramento e Implementação de Indicadores (Zezé Zakia), Programa de Auditoria Interna 

(José Maia e Zezé Zakia), Direitos Fundamentais no Trabalho e Compensação Justa (Arthur Gersioni - Eldorado Brasil), Relação 

com as Comunidades e Povos Indígenas (Eunice Brito - Etno Consultoria), Equidade de Gênero (Fernanda Rodrigues - Rede Mulher 

Florestal) e Práticas Anticorrupção (André Tourinho - Eldorado Brasil). 

O PCCF agradece a participação de todos os palestrantes e representantes das empresas que prestigiaram o evento, de forma 

presencial ou remota. A próxima reunião de filiadas do PCCF será realizada nos dias 22 e 23 de novembro, na Bracell SP, em 

Lençóis Paulista (SP) 


NOTAS 

Associação ativa 

O FFBA (Fórum Florestal da Bahia) realizou em Porto Seguro (BA) a sua LXXXIV reunião ordinária. A plenária tratou de assuntos 

como o levantamento de informações acerca da construção do novo aeroporto na Costa do Descobrimento, das atualizações 

dos resultados e as próximas etapas do Monitoramento do Uso do Solo na região do extremo sul da Bahia, bem como 

das ações da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) para a fiscalização do uso de defensivos químicos. 

A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal) lançou o PAFS (Programa Ambiente Florestal Sustentável) em 

2016. Este programa é uma ampliação do PFCLP (Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda), lançado pela ADAB 

(Agência de Defesa Agropecuária) e ABAF em 2015, visando o monitoramento e controle da lagarta parda no sul e extremo sul 

da Bahia. Após os bons resultados alcançados pelo PFCLP, a aceitação dos diversos stakeholders e das empresas, a ADAB e a 

ABAF resolveram manter o PAFS, ampliando os tópicos a serem trabalhados. 

Durante a reunião plenária foi realizada a escolha da nova secretária executiva, momento em que se encerrou o período 

de 2 anos da secretária atual, ocupada pela advogada Victória Rizo. Seguindo o regimento interno, os membros realizaram a 

votação aberta e democrática para escolher um(a) candidato(a) entre os três finalistas de um processo seletivo que se iniciou 

com 81 candidatos e finalizou com a escolha da engenheira florestal Érica Munaro para ser a nova secretária executiva do 

Fórum Florestal da Bahia pelos próximos 2 anos. 

Paulo Andrade, coordenador do PAFS (Programa Ambiente Florestal Sustentável), felicitou Victoria Rizo pelo período em 

que liderou a secretaria executiva da entidade e parabeniza Érica Munaro pelo êxito na seleção. “Destacamos sua posição de 

parceira para a continuidade do diálogo saudável, respeitoso e construtivo, em harmonia com os objetivos 

do desenvolvimento regional sustentável”, declarou Paulo. 

Foto: Pedro José Ferreira Filho 



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NOTAS 

Radar de melhoramento 

Os testes de progênies do PCMF (Programa Cooperativo sobre Melhoramento Florestal), 

localizados em Itatinga (SP), receberam o Escaneamento LiDAR. Essa etapa faz parte do 

projeto: Escaneamento LiDAR em Experimentos de Melhoramento Genético Florestal; desenvolvido 

em parceria entre o PCMF do IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), a 

ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo) 

e com o apoio de diversas empresas filiadas. 

O objetivo principal do projeto é avaliar a viabilidade da tecnologia LiDAR em ensaios 

de melhoramento genético, comparando-a com os métodos tradicionais de mensuração em 

campo. A ação de campo foi acompanhada pelas empresas Suzano, EMESENT, ForLiDAR e 

Gestão Engenharia, além dos representantes da ESALQ/USP e do IPEF, e no total sete empresas 

afiliadas ao PCMF estão participando dessa iniciativa. 

Para a equipe do PCMF, o projeto representa um passo significativo no aprimoramento 

do conhecimento e da tecnologia utilizada nos programas de melhoramento florestal. E, a 

presença da Emesent foi particularmente importante para explorar os recursos e as aplicações 

do Hovermap STX, um novo equipamento com maior resolução. 



NOTAS 

Data 

marcada 

O comitê brasileiro organizador do Congresso 

Internacional IUFRO (União Internacional 

de Organizações de Pesquisa Florestal, em 

inglês) composto por instituições nacionais 

e internacionais do setor florestal, inclusive 

pelo IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos 

Florestais), se reuniu em Campo Grande (MS) 

para o planejamento da próxima edição do 

evento, que será entre os 18 a 21 de setembro 

de 2023. 

O Congresso terá como tema: Estratégias 

Novas e Clássicas para Manejar a Sanidade 

Florestal em Plantações; e contará com a 

participação de palestrantes da África do Sul, 

Argentina, Austrália, Brasil, Colômbia, EUA 

(Estados Unidos da América), Inglaterra, Israel, 

Nova Zelândia e Uruguai, que abordarão as 

novidades no manejo de pragas e doenças em 

plantações florestais. Alguns tópicos de discussão 

já foram definidos, como Biossegurança, 

Controle Biológico, Melhoramento genético 

aplicado à pragas e doenças, Mudanças climáticas, 

Novas tecnologias aéreas de aplicação 

e Possibilidades no manejo de Organismos 

Geneticamente Modificados em florestas. 

O comitê de organização é representado 

pelo IPEF, UNESP (Universidade Estadual Paulista), 

Embrapa Florestas (Empresa Brasileira 

de Pesquisa Agropecuária), Reflore-MS (Associação 

Sul-Mato-Grossense de Produtores e 

Consumidores de Florestas Plantadas), UFGD 

(Universidade de Grande Dourados), SCION, 

NSW, UDELAR (Universidad de La Republica, no 

Uruguai), FABI (Faculdade Batista Interdenominacional) 

e Arauco. O encontro promovido 

em Campo Grande (MS), com apoio da Reflore 

(MS), contou a presença de Murilo Ribeiro 

(coordenador PROTEF/IPEF), professor Carlos 

Wilcken (Líder Científico Proteção Florestal 

do IPEF e UNESP/Botucatu), professor Edson 

Furtado (UESP/Botucatu), Leonardo Barbosa 

(Embrapa Florestas), Dito Mário (Reflore-MS) e 

professor Fabrício Pereira (UFGD). 

As inscrições e submissões de trabalhos 

para o Congresso Internacional IUFRO estão 

abertas e podem ser feitas através do QR 

Code: 



NOTAS 

Luta contra o fogo 


A Campanha Pantanal sem Incêndios, alerta para os riscos de incêndios e esclarece sobre o uso consciente do fogo nos Estados 

de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com o conceito central: Pantanal sem incêndios. Onde tem fogo, tem que ter cuidado; a 

campanha foi lançada em 23 de junho, e é uma inciativa do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), da Secretaria 

de Comunicação da Presidência da República, do Ibama e do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) em 

parceria com os governos estaduais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

A iniciativa faz parte do plano de ação para o manejo integrado do fogo no bioma Pantanal, que visa contribuir para a redução 

significativa dos incêndios florestais. Elaborado pelo Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) 

do Ibama, com apoio do MMA, do ICMBIO, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do LASA (Laboratório de Aplicações 

de Satélites Ambientais) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Segundo o plano, as ações serão realizadas de forma 

integrada, buscando somar esforços das diferentes entidades atuantes no Pantanal, tanto governamentais, terceiro setor e sociedade 

civil. 

O Pantanal sofreu grandes incêndios florestais em 2020, quando aproximadamente 30% do bioma foi consumido pelo fogo causando 

impactos negativos à saúde, à biodiversidade e à economia. Os focos ocorreram, sobretudo, em zonas de vegetação natural e 

pastagem, afetando profundamente as áreas de conservação ambiental. 

Buscando se antecipar e evitar a repetição desse quadro, o Plano de Ação do Pantanal prevê três frentes de atuação: prevenção, 

preparação e combate ao fogo, visando evitar a ocorrência dos incêndios ou diminuir sua severidade; organizar as estruturas de pessoal, 

equipamentos e bases operacionais; e, em caso de incidentes, controlar e extinguir todos os focos de forma organizada, segura 

e eficiente. 


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NOTAS 

Monitoramento e segurança 

A FEENA (Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade), em conjunto com a prefeitura municipal de Rio Claro (SP), por meio 

da Secretaria de Segurança Pública, firmaram uma parceria para fortalecer o monitoramento e ações de preservação na UC (Unidade 

de Conservação). A partir de agora, a gestão da unidade terá acesso às imagens de oito câmeras de segurança instaladas em pontos 

estratégicos da FEENA. Com isso, será possível realizar uma fiscalização e monitoramento de forma mais abrangente e eficiente do 

entorno da floresta, bem como ter uma visão ampla da UC e da cidade em seu entorno. 

As imagens, até então, eram monitoradas pela GCM (Guarda Civil Municipal) , mas agora com o acesso pela equipe da Fundação 

Florestal, esta capacidade de monitoramento será ampliada. Para isso, foi criada uma central na Administração da Floresta, que estará 

sob a responsabilidade da gestão da Unidade. “Esta iniciativa trará uma resposta mais rápida para as ações de prevenção, monitoramento 

e combate a ocorrências como incêndios florestais, descarte inadequado de resíduos sólidos e depredação do patrimônio 

público, entre outras”, completa Simone Freitas, gestora da UC. 

A parceria entre a Fundação Florestal de São Paulo e a prefeitura foi estabelecida por meio de um convênio, com duração inicial 

de cinco anos, podendo ser prorrogado de acordo com o interesse das partes envolvidas. Além do reforço no monitoramento, a 

gestão da FEENA tem se empenhado em ações de educação ambiental junto à população residente nos bairros próximos à unidade. 

Também foram adicionadas placas informativas em pontos estratégicos para reforçar a comunicação visual e conscientizar a população 

sobre a importância da preservação ambiental. “A parceria entre a Fundação Florestal e a Prefeitura demonstra o compromisso 

mútuo com a proteção e preservação da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, e reforça a importância do envolvimento 

da sociedade na conservação das áreas naturais”, finaliza Simone. 



NOTAS 

Teca em 

páginas 

A Embrapa Florestas (Empresa Brasileira de 

Pesquisa Agropecuária), por meio de uma parceria 

técnica envolvendo diversas instituições públicas 

e privadas, acaba de disponibilizar o livro Teca 

(Tectona grandis L. f.) no Brasil. A publicação reúne 

distintos aspectos desta espécie de madeira nobre 

e altamente valorizada no mercado internacional. 

A obra engloba um importante acervo de conhecimentos 

técnicos-científicos sobre a cadeia produtiva 

da teca no Brasil, e contém 18 capítulos, tratados 

por 47 autores. O livro foi editado em formato digital 

e está disponível para download gratuito. 

A obra, em mais de 700 páginas, aborda temas 

como caracterização botânica, distribuição natural 

e requerimentos ambientais; contexto do mercado 

mundial da madeira; melhoramento genético; 

zoneamento edafoclimático no Brasil; produção de 

mudas; silvicultura e manejo sob sistemas de produção 

de monocultivo e de integração lavoura-pecuária-floresta; 

geotecnologias aplicadas aos cultivos; 

sanidade; crescimento e produção; softwares para 

manejo florestal de precisão; planejamento, análise 

econômica e pesquisa operacional; qualidade da 

madeira e certificação florestal. 

A teca é originária do sudeste asiático, com 

ocorrência natural na Índia, Laos, Mianmar e Tailândia. 

Sua madeira possui elevado valor, devido às 

suas excepcionais propriedades e beleza. Em função 

da enorme demanda por sua madeira no mercado 

mundial, plantios de teca passaram a ser realizados, 

em mais de 70 países tropicais. Dentre esses, o Brasil 

é considerado um relevante player mundial em 

plantios de curta rotação de teca, especialmente, 

por possuir algumas regiões que garantem condições 

ambientais muito favoráveis ao seu cultivo, 

atreladas ao uso de clones de bom desempenho 

e ao uso de práticas silviculturais de elevado nível 

tecnológico. 

Desde sua introdução no Brasil, até os dias 

atuais, a adaptação da espécie em várias localidades 

tropicais brasileiras, aliada aos investimentos em 

pesquisa, desenvolvimento e inovação de forma a 

aprimorar seu sistema de produção, tem permitido 

o sucesso de seus cultivos. O bom desempenho das 

plantações de teca, especialmente em Mato Grosso, 

ganhou destaque e se estendeu a outros Estados 

brasileiros com clima tropical. 


Fotos: divulgação

Aguardamos a sua visita em nosso 

estande número 49, 

com muitas novidades e tecnologia. 

i 

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS

NOTAS 

Consulta pública 

O IATPR (Instituto Água e Terra do Paraná) abriu no dia 12 de julho a consulta pública para receber contribuições que 

possam ajudar no aperfeiçoamento dos textos das portarias IAT nº 257, 258 e 259. As normativas tratam de procedimentos 

para o plantio e uso para fins comerciais de espécies exóticas invasoras no Paraná, como o pinus, gramíneas, árvores 

frutíferas, plantas ornamentais e para sombreamento e acácia-negra. A medida tem como objetivo central ampliar o debate 

com a sociedade civil, comunidade científica, produtores rurais e organizações sindicais. Os formulários para enviar sugestões 

ficarão disponíveis por 30 dias no site do IAT. 

Publicadas em maio pelo IAT, as regulamentações proibiam, entre outras atividades, o plantio de pinus e acácia-negra 

fora dos talhões; uso para ornamentação, arborização, quebra-vento, recuperação de áreas degradadas, sombra e cerca-viva 

de árvores frutíferas de fora do Estado como limoeiro, ameixa-amarela (nêspera), mangueira, amora-preta e a goiabeira; 

além da permissão exclusiva do uso de gramíneas apenas para pastagens, como fonte de alimento para os animais. 

O IAT destaca que esse é o momento de ouvir todos os setores em busca de sugestões que possam colaborar com a 

redução da proliferação desenfreada de espécies que ameaçam o equilíbrio da flora e fauna nativas, prejudicando a preservação 

e conservação da biodiversidade no Paraná. A região dos Campos Gerais, segundo informações do órgão público, sofre os 

efeitos danosos da proliferação sem controle de pinus. 

“O momento é de discussão de ideias, de aperfeiçoamento do texto, de ouvir todos os atores envolvidos com o processo. 

Lembrando que as portarias visam dar maior responsabilidade para quem utiliza essas plantas em atividades comerciais, tendo 

em vista os impactos ambientais negativos e a dispersão descontrolada destas espécies em áreas naturais”, afirmou Rafael 

Andreguetto, diretor de Patrimônio Natural do IAT. 



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NOTAS 

Luto 

nacional 

Faleceu no dia 29 de junho, aos 

86 anos, o professor e ex-ministro 

da Agricultura Alysson Paolinelli, que 

teve papel fundamental na estruturação 

da Embrapa (Empresa Brasileira 

de Pesquisa Agropecuária) na década 

de 1970. Engenheiro-agrônomo e professor 

universitário, Alysson Paolinelli 

é apontado por muitos como um dos 

maiores nomes por trás do desenvolvimento 

sustentável da agricultura 

brasileira. Ele é um dos principais 

responsáveis pela introdução da 

tecnologia e da pesquisa na produção 

agrícola, o que se consolidou em boa 

parte com a criação da Embrapa. 

Com isso, contribuiu para que o Brasil 

se tornasse uma potência no setor. 

Nos últimos anos, Paolinelli ficou conhecido 

por sua defesa da segurança 

alimentar mundial. Essa sua bandeira 

o fez ser indicado ao prêmio Nobel da 

Paz em 2021. 

Silvia Massruhá, presidente da 

Embrapa, destacou a importância 

da inegável liderança de Paolinelli 

na agricultura brasileira. “Nossos 

gestores e empregados se solidarizam 

com a família e com todos os atores 

do agro nacional que têm em Alysson 

Paolinelli essa referência do setor”, 

declarou Silvia. 

Apoiador da ciência e tecnologia, 

Alysson Paolinelli liderou a estruturação 

da Embrapa, na primeira 

década da estatal. Em sua gestão, foi 

criado o POLOCENTRO (Programa de 

Desenvolvimento dos Cerrados), com 

novos mecanismos de política agrícola 

e levando infraestrutura e tecnologia para produzir alimentos na região. As ações no bioma induziram à criação da 

Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF). Alysson Paolinelli também foi presidente da CNA (Confederação Nacional da 

Agricultura). Desde 2022, era presidente executivo da ABRAMILHO (Associação Brasileira dos Produtores de Milho). 


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NOTAS 

Juntos na luta 

A FLORESTAR (Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas) aderiu à operação 

São Paulo Sem Fogo, lançada pelo governo estadual. A operação São Paulo Sem Fogo tem como principal objetivo prevenir 

e combater incêndios florestais e queimadas em grandes áreas verdes próximas a regiões rurais e urbanas. Durante a 

cerimônia de lançamento, no Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas reforçou o investimento do estado 

de mais de R$ 97 milhões na aquisição de equipamentos anti-incêndio, veículos, limpeza de áreas marginais de rodovias e 

ampliação do uso de tecnologia de boletins meteorológicos e monitoramento via satélite. 

A operação é uma parceria entre as SEMIL (Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), por meio da CFB 

(Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Conta também com ações e 

investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), 

DER (Departamento de Estradas de Rodagem), FF (Fundação Florestal) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento. 

Entre as inovações deste ano, o número de municípios que integram o plano preventivo da defesa civil subiu 87%, 

passando de 69 para 129 cidades participantes. Com a prevenção ampliada em mais localidades, também aumenta o número 

de pessoas protegidas contra efeitos da baixa umidade relativa do ar. Outra novidade é o aperfeiçoamento do sistema 

SMAC, desenvolvido pela defesa civil em parceria com a Climatempo para identificar focos de queimada em tempo real 

com o uso combinado de inteligência artificial e análises de imagens de satélites. O software também faz previsões de risco 

de queimadas para os próximos cinco dias, permitindo o envio de alertas antecipados aos municípios. 



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NOTAS 

Acácia Negra mais forte 

O estudo, realizado por pesquisadores da 

área de solo e água do DDPA (Departamento 

de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária) da 

SEAPI-RS (Secretaria da Agricultura, Pecuária, 

Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande 

do Sul), comprovou que a inoculação de 

rizóbios nas mudas de acácia-negra resultou 

no aumento da qualidade das mesmas. Os 

rizóbios são bactérias fixadoras de nitrogênio. 

A solicitação de registro do inoculante será 

encaminhada nas próximas semanas para o 

Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). 

Para Jackson Brilhante, coordenador do 

Comitê Gestor do Plano ABC+RS (Plano de 

Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), 

essa é uma ação importante do plano, que 

visa ampliar a adoção de bioinsumos. “Essa 

é uma etapa importante para disponibilizar 

a tecnologia, pois a partir disso as indústrias 

poderão produzir o bioinsumo e comercializar 

com os acacicultores”, destaca Jackson. 

Juarez Pedroso Filho, engenheiro florestal 

e gerente de produção agroflorestal da AFU- 

BRA (Associação dos Fumicultores do Brasil), 

relata que foram feitos testes com o inoculante 

em fevereiro deste ano. “A superioridade 

foi muito impressionante. De modo geral 

percebemos maior uniformidade, maior vigor, 

maior sanidade, maior uniformidade do lote, 

ou seja, todos os parâmetros de qualidade de 

muda foram superiores em relação às mudas 

não tratadas. Estamos na expectativa que a 

secretaria obtenha os registros necessários e 

coloque no mercado esse inoculante”, afirma 

Juarez. 

Na pesquisa, realizada pelo DDPA, foi 

observado que a inoculação foi capaz de 

aumentar em 20% o diâmetro do colo das 

mudas, 24% a altura das mudas, 13% a massa 

seca da parte aérea, 10% em massa de raízes 

e também acumulou cerca de 20% a mais de 

nitrogênio. Além disso, os ganhos com a inoculação 

vão além do processo de produção 

de mudas, porque após o plantio no campo, 

alguns estudos demonstram um aumento de 

12% na sobrevivência e de 21% no volume 

individual das árvores. 



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NOTAS 


Nova legislação europeia 

O EUDR (Regulamento Antidesmatamento da União Europeia, em inglês) entrou em vigor. As disposições do EUDR serão 

aplicáveis a partir de 30 de dezembro de 2024. O EUDR proíbe a colocação ou exportação de produtos do mercado da UE 

(União Europeia), que não cumpram seus requisitos de legalidade e sustentabilidade. As empresas devem realizar due diligence 

para garantir que os produtos que adquirem sejam legais e não estejam vinculados a terras desmatadas ou degradadas 

após 31 de dezembro de 2020. O principal objetivo do EUDR é reduzir o impacto da UE no desmatamento global, promovendo 

o consumo de produtos livres de desmatamento. 

Um dos principais agentes para a implantação do EUDR foi o FSC (Conselho de Manejo Florestal, em inglês). O conselho 

tem quase 30 anos de experiência na implementação de uma abordagem baseada no mercado para combater o desmatamento 

e a degradação. Com seus requisitos de sustentabilidade abrangendo aspectos ambientais e sociais, a certificação FSC 

já fornece uma base sólida para que as empresas sejam capazes de cumprir suas obrigações relacionadas ao EUDR. 

Em comunicado sobre o tema, o FSC afirmou que esquemas robustos de certificação, como os promovidos pelo conselho, 

não podem ser usados para isentar as empresas de suas obrigações de due diligence; ao mesmo tempo, o FSC pode ser 

fundamental para apoiá-las na avaliação e mitigação de riscos em seus processos de due diligence de maneira sistemática 

e eficiente em termos de custos. Como um sistema em constante evolução comprometido com os desafios florestais, o FSC 

estabeleceu parcerias com empresas líderes em tecnologia para explorar inovações de ponta, como a tecnologia blockchain, 

a fim de promover controle e apoiar essa iniciativa. 


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bater uma segunda ou terceira vez, o que faz com 

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NOTAS 

Minas contra o desmatamento 

Para que a população possa acompanhar de perto os trabalhos desenvolvidos pelo Sisema (Sistema Estadual de Meio 

Ambiente e Recursos Hídricos) no combate ao desmatamento ilegal, acaba de ser publicada a segunda edição do boletim 

mensal: Minas Contra o Desmatamento. A publicação tem como objetivo divulgar informações, iniciativas e resultados alcançados 

pelo Estado de Minas Gerais no combate ao desmatamento. O boletim traz dados de fiscalizações, infrações, áreas 

desmatadas e recuperadas em Minas Gerais. 

Em maio também foi assinado protocolo de intenções com municípios para o desenvolvimento de ações preventivas conjuntas 

e articuladas para redução do desmatamento ilegal no Estado. Sete municípios mineiros das regiões mais críticas em 

relação aos focos de desmatamento assinaram o protocolo, que reforça o compromisso das gestões municipais em articular 

essas ações com o Estado, a fim de reduzir a ocorrência de desmatamento ilegal em seu território. 

Além da fiscalização crescente no Estado para combater as irregularidades, é importante também fortalecer as ações preventivas 

para evitar as ocorrências. O Plano de Ação de Combate ao Desmatamento prevê o fortalecimento do diálogo com 

setores produtivos e governos municipais, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre as consequências da atividade 

ilegal para o meio ambiente e para a população, além de fomentar a regularização das intervenções pretendidas, com suas 

devidas condicionantes. 

O relatório mostra que no primeiro semestre de 2023 as áreas desmatadas tiveram redução de 25% em relação ao 

mesmo período do ano anterior. Nesse período foram realizadas 62 operações, 3.994 fiscalizações em 8318 ha (hectares) e 

verificadas 2966 infrações pelos agentes públicos. 



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NOTAS 

Nova direção 

O BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) realizou a cerimônia de posse do diretor-presidente, João Paulo 

Kleinübing, e do diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Mauro Mariani. O evento contou com a presença do 

governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, que assinou a posse dos novos gestores da instituição financeira. 

O governador destacou a relevância do BRDE no fomento ao desenvolvimento regional e enalteceu a importância dos novos 

diretores para o progresso econômico dos Estados do sul do Brasil. “O BRDE é um banco ativo que tem ajudado no crescimento de 

Santa Catarina e das demais regiões. Todos nós respeitamos essa instituição tão importante. Espero que o BRDE faça cada vez mais 

por todos os Estados representados. Desejo aos nossos novos representantes uma gestão de muito êxito”, comentou Jorginho. 

Durante o discurso, João Paulo Kleinübing agradeceu o convite do governador para integrar o banco e reforçou a importância 

do trabalho da instituição. Segundo o novo diretor-presidente, o BRDE por essência nasceu do pioneirismo e ineditismo da união 

dos três Estados do sul e o que está sendo feito na continuidade dessa história de sucesso é encontrar soluções para viabilizar os 

projetos de desenvolvimento e fazer nossas regiões alcançarem cada vez mais posições de destaque. “Queremos apresentar soluções 

diferenciadas para quem acredita e investe em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. O BRDE será 

parceiro de todos com a missão de apoiar e desenvolver nossos estados”, disse João Paulo. 

No pronunciamento, o diretor Mauro Mariani reconheceu a importância de cada setor no desenvolvimento dos Estados. “Queremos 

ajudar o BRDE a chegar mais longe, alcançar mais as necessidades da região sul e para isso, iremos nos dedicar ao máximo e 

com muita vontade para promover o crescimento das diversas áreas da nossa economia”, destacou Mauro Mariani. 

Fotos: Roberto Zacarias/Secom-Flickr 


NOTAS 

Infraestrutura garantida 

Com mais de R$ 250 milhões de investimento, a obra de pavimentação na rodovia MS-338, que vai ligar Camapuã (MS) 

a Ribas do Rio Pardo (MS) vai contribuir com a integração e desenvolvimento da região. Encurtar caminhos e dar segurança 

para quem trafega no trecho. Com duas frentes de trabalho, as atividades seguem em pleno vapor. 

Ao todo são 111,5 km (quilômetros) de pavimentação, ligando as duas cidades. A obra foi dividida em dois lotes. O primeiro 

saindo de Camapuã tem 45,3 km e o segundo chegando a Ribas do Rio Pardo mais 66,2 km. Este grande investimento 

do governo do Estado segue o forte crescimento da região, que vai contar com a fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do 

Rio Pardo. 

A primeira etapa da obra começa no entroncamento da BR-060, em Camapuã, com a rodovia MS-338. Os trabalhos estão 

bem avançados, com atividades de terraplanagem, base e solo cimento (preparo antes do asfalto), e implantação das camadas 

de pavimentação. Muitas fazendas e propriedades rurais ao longo deste caminho já contam com o asfalto, mudando sua 

rotina e realidade. 



NOTAS 

Paraná no caminho certo 

O desmatamento diminuiu 42% entre 2021 e 2022 no Paraná, a segunda maior redução entre todos os Estados do país, 

de acordo com o relatório publicado pelo MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima. A diferença corresponde a 

quase 3 mil ha (hectares) preservados, reflexo das políticas públicas implementadas a partir de 2019 com foco na educação 

ambiental, planejamento e repressão qualificada. 

De acordo com o relatório, Paraná perdeu 4.069 ha de área com vegetação nativa em 2022, 0,2% do total do Brasil, ante 

7.031 ha em 2021. O número também é inferior a 2020 (5.770 ha). Com isso, o Estado figura em 18º na lista da instituição. 

Apenas o Rio Grande do Norte apresentou desempenho superior, com queda de 47% (de 6.597 ha para 3.500 ha). No período, 

a área desmatada no Brasil cresceu 22,3%, totalizando 2.057.251 ha. Pará, Amazonas e Mato Grosso são os líderes do 

ranking. 

O Paraná também foi o único que apresentou redução de desmatamento em área entre os Estados das regiões sul e sudeste. 

Espírito Santo (236%), Rio de Janeiro (208%), São Paulo (66%), Santa Catarina (58%), Rio Grande do Sul (39%) e Minas 

Gerais (7%) tiveram aumento no número de árvores derrubadas no mesmo intervalo. Em relação ao número de eventos, 

também houve diminuição, de 22%, de 1.901 em 2021 para 1.491 em 2022, o que representou apenas 1,96% do recorte 

nacional. 

O MapBiomas listou também os 50 municípios que mais desmataram entre 2019 a 2022 no Brasil. Não há nenhuma 

cidade paranaense. Segundo o relatório, Lábrea, no Amazonas, liderou o ranking com 62.419 ha desmatados, seguido por 

Altamira (PA), com 61.446 ha; Apuí (AM), com 61.036 ha; Porto Velho (RO), com 48.140 ha; e São Félix do Xingu (PA), com 

46.892 ha. Considerando os últimos 4 anos, apenas 1.426 municípios (25,6%) não tiveram desmatamento detectado no país. 



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NOTAS 

Novas brigadas 


O ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) retornou com os cursos de formação de brigada 

em unidades de conservação do Brasil. As capacitações são parte do processo seletivo que escolhe agentes temporários 

ambientais para atuar na temática fogo. Depois da inscrição, o candidato realiza o Teste de Aptidão Física, que avalia a 

capacidade física do candidato, visto que a atividade de campo pode demandar caminhadas longas em condições metereológicas 

adversas, e tem caráter eliminatório. Já o teste de uso de ferramentas agrícolas (THUFA) é classificatório e verifica se o 

candidato consegue roçar o solo até o nível mineral: esta habilidade é requerida em algumas atividades ligadas ao combate e 

à prevenção de incêndios. 

No total, estão previstos 86 cursos de formação de brigada, sendo que 40 deles já foram realizados. Ao todo, os cursos 

ocorreram em mais de 20 Estados do Brasil, em unidades de conservação nos biomas do Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica e 

Caatinga. Na avaliação de João Morita, coordenador de Manejo Integrado de Fogo, a volta dos cursos de formação de brigada 

não é apenas uma seleção mais qualificada dos brigadistas, como também cumpre uma função social nas comunidades. “Os 

cursos de formação de brigada não formam somente brigadistas, como aproximam a maior quantidade possível de pessoas 

da gestão e conscientiza a comunidade dos desafios da gestão do fogo”, afirma João. 

Nos cursos, os alunos aprendem técnicas de combate a incêndio direto e indireto, como construção de linhas de defesa; 

fundamentos de maquinário motorizado, como as motobombas. Também é avaliada a conduta do brigadista: o trabalho 

em equipe e a capacidade de seguir orientações em campo, já que estas habilidades podem ser decisivas quando estão em 

campo. 


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NOTAS 

Brasil com crédito 

A agência de classificação de risco Fitch elevou a 

nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva 

estável. No anúncio, a agência justificou a nova classificação 

como reflexo de “um desempenho macroeconômico 

e fiscal melhor do que o esperado, em meio a sucessivos 

choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas 

que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo 

governo trabalhará para melhorias adicionais.” 

A Fitch Ratings atribui, periodicamente, notas relacionadas 

ao risco de crédito (conhecido como ratings) e o 

grau de investimento de determinados produtos ou ativos 

financeiros, emitidos por empresas ou por governos, em 

todo o mundo. A avaliação do Brasil tinha sido rebaixada 

para o patamar BB- em 2018. Mas, ao analisar o risco vigente, 

a Agência Fitch entende agora que o Brasil alcançou 

progresso em importantes reformas para enfrentar os 

desafios econômicos e fiscais. 

A agência de classificação de risco projeta, ainda, o 

crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) real em 2,3% 

em 2023 (antes se esperava 0,7%) e a convergência para 

um ritmo de tendência de 2% ao ano, a médio prazo. A 

projeção da Fitch é menor do que a esperada pelas autoridades 

brasileiras (2,6%). A Fitch justifica a projeção menor 

por ainda não estar claro se eles podem avançar uma 

agenda econômica forte o suficiente para conseguir isso. 



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NOTAS 

Diálogos florestais 

Estão abertas as inscrições para os Diálogos Amazônicos, conjunto de iniciativas da sociedade civil que integrará a 

programação da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA), no início de agosto. Além do credenciamento para participar do 

evento, que acontecerá entre 4 e 6 de agosto, no Hangar Centro de Convenções da capital paraense, movimentos sociais 

e demais entidades podem inscrever as atividades auto-organizadas que desejam realizar, no mesmo período, em salas 

reservadas para isso. 

A Cúpula da Amazônia se estenderá até 9 de agosto, com o encontro dos líderes dos países amazônicos previsto para 

os dias 8 e 9. Durante os diálogos, que antecedem o encontro de líderes, serão reunidos representantes de entidades, 

movimentos sociais, academia, centros de pesquisa e agências governamentais, do Brasil e demais países amazônicos, 

para pautar a formulação de novas estratégias para a região amazônica. Os resultados dos diálogos serão apresentados 

por representantes da sociedade civil aos líderes reunidos na cúpula. 

As atividades serão divididas entre plenárias (organizadas pelo Governo Federal, com ampla participação social) e 

atividades auto-organizadas. A organização está disponibilizando salas com diferentes capacidades para a realização das 

atividades auto-organizadas. As inscrições podem ser feitas pelo QR Code: 



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NOTAS 

Apoio internacional 


A pedido do governo canadense, o governo federal brasileiro enviou ao Canadá uma missão humanitária para apoiar 

o combate aos incêndios florestais, que atingem aquele país desde março de 2023 e se intensificaram a partir de junho. O 

decreto foi assinado pelo vice-presidente e presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e publicado no Diário Oficial da União. 

Todas as despesas serão reembolsadas pelo governo do Canadá. A Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações 

Exteriores, responsável pela cooperação humanitária brasileira, coordenará a missão. O MMA (Ministério do Meio Ambiente e 

Mudança do Clima) integra a missão por meio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) 

e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que enviarão 62 agentes ao país norte-americano. 

No total, 104 especialistas brasileiros atuarão nas florestas mais afetadas do Canadá. 

Integram a missão profissionais dos seguintes órgãos: Ibama; ICMBio; Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do 

Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional; FNSP (Força Nacional de Segurança Pública), do Ministério da Justiça 

e Segurança Pública; e as corporações de bombeiros militares dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito 

Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, 

Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. Cooperam com a organização da missão os Ministérios da 

Defesa, dos Transportes e da Fazenda, além do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil e de outras 

repartições federais e estaduais. 


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é de ser um player relevante do mercado 

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cliente, inovação e comprometimento.

COLUNA 

Floresta 

na prática 

A IV Edição do Dia na Floresta 

tem como foco tornar a madeira 

nativa protagonista em projetos 

arquitetônicos 

A iniciativa busca 

sensibilizar os 

profissionais da área 

sobre a importância de 

práticas sustentáveis 

na arquitetura 

e construção, 

contribuindo para 

a conservação 

ambiental e um futuro 

mais consciente 

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E 

ntre os dias 13 e 14 de julho, 100 pessoas, divididas entre autoridades 

ambientais, arquitetos influentes, pesquisadores, profissionais da comunicação 

e empresários, estiveram reunidos na Fazenda Vaca Branca, 

localizada no município de Alta Floresta (MT), para testemunhar in loco 

a realidade da atividade madeireira sustentável. 

Foram preparadas trilhas na UPA (Unidade de Produção Anual) demonstrando 

um cenário de conservação notável, com todas as árvores criteriosamente identificadas 

e divididas entre proibidas de corte, remanescentes e aptas ao corte, 

obedecendo ao rigoroso controle ambiental, desde o processo de licenciamento, 

até a colheita. A trilha também passou por uma UPA que já havia sido explorada, 

demonstrando a regeneração natural em curso. 

O evento, intitulado “Dia na Floresta”, promovido pelo CIPEM (Centro das Indústrias 

Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), FNBF 

(Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal) e SEMA-MT (Secretaria de Estado 

de Meio Ambiente), já em sua quarta edição, teve como foco destacar a viabilidade 

de uso da madeira nativa em construções, pela redução da pegada de carbono e 

sustentabilidade de usar um produto verdadeiramente renovável. 

O presidente do CIPEM, Ednei Blasius, enfatizou a importância da rastreabilidade 

da madeira como um elemento essencial para garantir a sustentabilidade da 

cadeia produtiva e a conservação do meio ambiente. 

A SEMA (MT), Mauren Lazzaretti, aproveitou a ocasião para destacar os avanços 

na gestão da pasta, especialmente com a implementação do Sistema Sisflora 2.0, 

integrado ao Sistema nacional DOF+ Rastreabilidade do Ibama. Lazzaretti reforçou 

que o manejo florestal sustentável é uma das prioridades do Governo de Mato 

Grosso para manter a floresta conservada e equilibrar a demanda por recursos naturais. 

Com a participação de arquitetos influentes, o evento visou também incentivar 

a utilização responsável da madeira nativa em projetos de construção. A iniciativa 

busca sensibilizar os profissionais da área sobre a importância de práticas sustentáveis 

na arquitetura e construção, contribuindo para a conservação ambiental e um 

futuro mais consciente. 

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FRASES 


O manejo florestal 

é uma opção não 

só para a Amazônia, 

mas para todo o 

Brasil 

Frank Rogieri de Souza Almeida, 

presidente do FNBF (Fórum Nacional das 

Atividades de Base Florestal) em debate 

no Senado Federal sobre manejo florestal 

sustentável. 

“É imprescindível propiciar o 

diálogo entre os Estados da 

Amazônia Legal, respeitando 

as particularidades de cada um 

no que tange a produção de 

madeira, a fim de promover 

os produtos do Manejo 

Florestal Sustentável aos países 

estrangeiros, pela garantia da 

origem legal e a contribuição para 

a agenda climática” 

João Carlos Baldasso, vice-presidente do CIPEM 

(Centro das Indústrias Produtoras 

e Exportadoras de Madeira do Estado de 

Mato Grosso), durante o evento: Juntos pela 

Sustentabilidade 

“O país, apesar de rico em 

termos de biodiversidade, 

ainda tem população à 

margem da pobreza, e esses 

projetos seriam excepcionais 

para tirar esse pessoal do 

trabalho degradante. Se não 

conseguirmos trazer esse 

pessoal para os trabalhos da 

bioeconomia, continuaremos 

a dar a eles incentivos para se 

desenvolver na ilegalidade” 

Lívia Karina Passos Martins, Diretora de Uso 

Sustentável da Biodiversidade e Florestas do 

Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente 

e dos Recursos Naturais Renováveis), durante 

debate sobre manejo sustentável no senado 


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ENTREVISTA 

A serviço do 

BRASIL 

At the service 

of Brazil 


ENTREVISTA 

O 

Brasil é sinônimo mundial de florestas, riqueza 

ambiental e biodiversidade. Para gerir a gestão 

das reservas naturais relacionadas às florestas, 

foi criado o SFB (Serviço Florestal Brasileiro), 

órgão governamental ligado ao MMA (Ministério do Meio 

Ambiente). Garo Batmanian, novo presidente do SFB, tem 

longa experiência no setor ambiental e agora é o responsável 

por dirigir e planejar as ações do órgão pelos próximos anos. 

Confira! 

B 

razil is a global synonym for forests, environmental 

wealth, and biodiversity. A government 

agency linked to the Ministry of the Environment 

(MMA), the Brazilian Forest Service (SFB), 

was created to manage the natural reserves related to forests. 

Garo Batmanian, the new president of SFB, has long experience 

in the Environmental Sector and is now responsible for directing 

and planning the Agency’s actions for the years to come. Check 

out below! 

Garo Batmanian 

ATIVIDADE/ ACTIVITY: 

Bacharel em Biologia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de 

Janeiro), tem mestrado em Ecologia da Fauna e Flora pela UNB 

(Universidade de Brasília) e é Ph.D. em Ecologia pela University of 

Georgia. Anteriormente, trabalhou nos escritórios do Banco Mundial 

nos EUA (Estados Unidos da América), Brasil e China, onde coordenou 

a implementação da agenda verde e gerenciou o Programa 

de Investimento Florestal, o Programa para Florestas e a Parceria 

Global para Paisagens Sustentáveis e Resilientes. Foi o primeiro CEO 

do WWF-Brasil (World Wide Fund for Nature Brazil) e também é o 

fundador do FSC (Forestry Stewardship Council) no Brasil. 

Bachelor’s Degree in Biology from the Federal University of Rio de 

Janeiro (Ufrj), a Master’s Degree in Ecology of Fauna and Flora from 

the University of Brasília (UNB), and a Ph.D. in Ecology from the University 

of Georgia. Previously, he worked in the World Bank’s offices 

in the United States, Brazil, and China, where he coordinated the 

implementation of the Green Agenda and managed the Forest Investment 

Program, the Forest Program, and the Global Partnership 

for Sustainable and Resilient Landscapes. He was the first Director 

of the World Wide Fund for Nature Brazil (WWF-Brasil) and founded 

the Forestry Stewardship Council (FSC) in Brazil. 


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ENTREVISTA 

>> Como foi sua chegada ao SFB? 

Fui muito bem recebido por toda a equipe que é muito competente, 

embora ainda pequena para o atendimento dos seus 

objetivos. 

>> Quais os maiores desafios na gestão do SFB? 

O primeiro desafio é reestruturar o SFB, uma vez que a administração 

anterior adotou um modelo de gestão, no qual 

equiparou o SFB a uma Secretaria do MAPA (Ministerio da 

Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Desta forma, todas as 

atividades consideradas meio como consultoria jurídica, ouvidoria 

e tecnologia da informação, que são cruciais para o funcionamento 

autônomo do SFB, foram extintas e suas funções 

transferidas para respectivas unidades do MAPA. Já em relação 

às atividades finalísticas, o desafio é a volta da priorização da 

gestão de florestas nativas com foco em: aumentar a oferta de 

produtos oriundos do manejo florestal, incluindo o aumento 

da área em concessões florestais; promover a recuperação 

florestal para a conservação e ou manejo sustentável; apoiar a 

regularização ambiental em imóveis e posses rurais, conforme 

estabelecido no Código Florestal. 

>> O SFB é responsável pelo SICAR (Sistema Nacional de Cadastro 

Ambiental Rural). Quais as principais ações do SFB para 

o fortalecimento do SICAR? 

O SICAR está construído para atender todas as etapas da regularização 

ambiental rural. Desde janeiro de 2023, o SFB vem 

adotando um conjunto de medidas buscando fortalecer os aspectos 

de segurança, integridade e transparência dos dados e 

das informações contidas no SICAR, bem como, aperfeiçoando 

e desenvolvendo novas funcionalidades com o objetivo de robustecer 

e automatizar o processo eletrônico de regularização 

ambiental. Algumas mudanças devem ocorrer devido a transferência 

da gestão do CAR (Cadastro Ambiental Rural) em nível 

federal, para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços 

Públicos. 

>> Como foi sua experiência na WWF-Brasil e no FSC Brasil? 

Ao longo da minha carreira, tenho acumulado experiências 

trabalhando em projetos e iniciativas que penso serem úteis 

para o trabalho desenvolvido pelo SFB. No WWF apoiei, por 

exemplo, um projeto comunitário na RESEX (Reserva Extrativista) 

Chico Mendes, que exportava castanha do Brasil para uma 

empresa dos EUA, um projeto comunitário na RESEX Cajari para 

produção de palmito de açaí e polpa de açaí para o mercado 

nacional, e o desenvolvimento e disseminação de um manual 

para manejo florestal na Amazônia, liderado pelo IMAZON. 

Quando voltei ao Brasil para fundar o WWF-Brasil notei a demanda 

do setor florestal para separar a produção oriunda do 

manejo florestal da madeira proveniente de desmatamento. A 

certificação independente e reconhecida internacionalmente 

parecia ser a solução. Como já havia participado da criação do 

FSC mundial, promovi junto ao setor privado, ONGs sociais e 

ONGs ambientais, a criação do FSC Brasil, o qual presidi pelos 

primeiros 7 anos. Foi uma experiência que demonstrou que 

How were you received at the SFB? 

I was very well received by the team, which is very competent, 

although still small, for fulfilling its objectives. 

What are the most significant challenges in managing the 

SFB? 

The first challenge is restructuring SFB since the previous 

administration adopted a management model that equated 

the SFB as a Secretariat of the Ministry of Agriculture, Livestock, 

and Supply (Mapa). Thus, all activities, such as legal 

advice, ombudsman, and information technology, which 

are crucial for the autonomous functioning of the SFB, were 

extinguished, and their functions were transferred to the 

respective units of Mapa. Regarding the primary activities, 

the challenge is to return to the prioritization of native 

forest management with a focus on increasing the supply 

of products from forest management, including expanding 

the area in forest concessions; promoting forest recovery for 

conservation and/or sustainable management; supporting 

environmental regularization in rural properties and ownerships, 

as established in the Forest Code. 

SFB is responsible for the National Rural Environmental 

Registry System (Sicar). What are the main actions of SFB 

to strengthen Sicar? 

Sicar is built to meet all stages of rural environmental 

regularization. Since January 2023, SFB has been adopting 

measures seeking to strengthen the security, integrity, and 

transparency aspects of the data and information contained 

in Sicar, as well as improving and developing new functionalities 

to enhance and automate the electronic process of 

environmental regularization. Some changes must occur 

due to the transference of the Rural Environmental Registry 

(CAR) management at the federal level to the Ministry of 

Management and Innovation in Public Services. 

What was your experience at WWF-Brasil and FSC in Brazil 

like? 

Throughout my career, I have accumulated experience working 

on projects and initiatives that I think are useful for the 

work developed by SFB. At WWF, I supported, for example, 

a community project in Extractive Reserve (Resex) Chico 

Mendes, which exported Brazilian ground nuts to a U.S. 

company, a community project in Resex Cajari to produce 

açaí pulp and palm hearts for the domestic market, and the 

development and dissemination of a manual for forest management 

in the Amazon, run by Imazon. When I returned 

to Brazil to start WWF-Brasil, I noticed a demand from the 

Forest-based Sector to separate timber production between 

forest management and deforestation. Independent and 

internationally recognized certification seemed to be the 

solution. As I had already participated in creating the global 

FSC, I promoted, with the Private Sector and social and environmental 

NGOs, the creation of FSC Brasil, which I chaired 

for the first seven years. It was an experience that demon- 


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COLUNA 

O papel do calçado 

de segurança no 

setor florestal 

Gabriel Dalla Costa Berger 

Engenheiro Florestal e Segurança do Trabalho 

Ms. em Manejo Florestal 

gabrielberger.com.br 

gabriel@gabrielberger.com.br 


14% dos acidentes com o uso de motosserra no setor florestal 

ocorrem na região dos pés dos trabalhadores 

O 

manejo florestal desempenha um papel importante 

na economia nacional. Entretanto, as 

atividades realizadas nessa área apresentam 

diversos riscos aos trabalhadores, tornando o 

uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual) 

essencial para a prevenção de acidentes. Neste artigo, 

daremos ênfase à importância do calçado de segurança, destacando 

suas características, benefícios e a necessidade de uso. 

OS RISCOS DO SETOR FLORESTAL 

Antes de mais nada, é necessário entender os riscos 

enfrentados pelos trabalhadores florestais em diversas atividades, 

como por exemplo, corte de árvores, roçada de vegetação, 

transporte de carga pesada manual, operação de maquinário 

ou simplesmente caminhada em terrenos irregulares. 

Essas atividades são propensas a diversos acidentes: 

Quedas – terreno acidentado e escorregadio pode resultar em 

quedas. 

Lesões por objetos pontiagudos – galhos, tocos, espinhos e 

outros objetos que podem perfurar os pés dos trabalhadores. 

Esmagamento – a queda de árvores, toras ou da própria motosserra 

pode levar a lesões por esmagamento. 

Corte – o contato acidental da corrente da motosserra com os 

pés pode causar graves ferimentos. 

A FUNÇÃO DO CALÇADO DE SEGURANÇA 

O calçado de segurança é um EPI fundamental na proteção 

dos pés dos trabalhadores no setor florestal. Os acidentes 

nessa região do corpo correspondem a aproximadamente 14% 

dos ferimentos. Esse tipo de calçado é projetado para oferecer 

conforto, resistência e segurança durante o trabalho. Um calçado 

adequado reduz o risco de lesões e aumenta a confiança 

dos profissionais durante o trabalho. 

CARACTERÍSTICAS DO CALÇADO DE SEGURANÇA 

Biqueira de aço ou composite: O calçado de segurança geralmente 

possui uma biqueira reforçada, que protege os dedos 

contra a corrente da motosserra, impactos de objetos pesados 

ou quedas de objetos pontiagudos. 

Solado antiderrapante e antiperfurante: Os solados são constituídos 

de materiais que proporcionam maior estabilidade e 

resistência, minimizando o risco de quedas em terrenos escorregadios 

e/ou inclinados, bem como dificultando a perfuração 

e penetração. 

Impermeabilidade: Muitos modelos de calçados de segurança 

são à prova d’água, protegendo os pés da umidade. 

Proteção de tornozelo: Alguns modelos oferecem proteção extra 

ao redor do tornozelo, minimizando o risco de entorse. 

BENEFÍCIOS DO USO ADEQUADO 

Segurança dos trabalhadores: O maior benefício é a segurança 

proporcionada aos trabalhadores, minimizando a ocorrência 

de acidentes graves ou lesões que poderiam resultar em 

afastamento temporário ou definitivo do trabalho. 

Conformidade com as normas regulamentares: O uso de 

calçado de segurança é exigido pelas normas de segurança (NR 

06), ou seja, o uso desse item permite que empresas e trabalhadores 

estejam em conformidade com a legislação. 

Produtividade e bem-estar: Quando os trabalhadores se 

sentem seguros e protegidos, sua produtividade aumenta, pois 

estão tranquilos e podem focar nas tarefas sem medo. Além 

disso, o bem-estar dos funcionários é valorizado, o que contribui 

para um ambiente de trabalho mais saudável. 

O calçado de segurança é fundamental para garantir a proteção 

dos trabalhadores no setor florestal, promovendo um 

ambiente de trabalho seguro e produtivo. Suas características 

específicas visam reduzir os riscos de acidentes, protegendo 

os pés contra cortes, quedas, perfurações, esmagamentos e 

outros acidentes. Além disso, o uso adequado do calçado de 

segurança é regulamentado pela legislação. Portanto, investir 

em um calçado de segurança de qualidade é essencial para a 

valorização da vida e da saúde dos profissionais. 



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qualidade e 

PRECISÃO 

Otimização de processos alavanca produtividade na 

indústria de segmento de corte florestal mecanizado 

Fotos: Emanoel Caldeira e divulgação 

A 

indústria de base florestal cresce assiduamente e com 

ela surge a necessidade de avanços tecnológicos que 

garantam a plena produtividade, unindo, principalmente, 

qualidade, eficiência e durabilidade dos produtos. 

Tudo isso, aliada a uma pronta assistência técnica, 

haja vista, que máquina parada na floresta é sinônimo de prejuízo. 

Investir justamente na melhoria de processos foi o que fez a Rotary- 

-Ax, especialista em itens de reposição para o corte mecanizado no 

segmento florestal, o que projetou a empresa a alcançar lugares ainda 

mais altos em sua trajetória, tanto no Brasil como na América Latina. 

A empresa sediada em Pinhais (PR), conta com mais de duas 

décadas de experiência na fabricação e venda de implementos para 

a indústria de base florestal. A empresa se destaca no mercado pela 

qualidade e confiança oferecida em cada peça que sai de sua linha 

de produção. Fundada por Werner Krüger D’Almeida e sua esposa, a 

empresa nasceu com o intuito de suprir demandas da área presentes 

desde sua criação, como explica Mara Lúcia Krüger D’Almeida, sócia 

fundadora da Rotary-Ax. “O prazo de entrega de produtos importados 

era muito longo e a possibilidade de nacionalizar esses produtos e 

atender nosso mercado diretamente avivaram em Werner a coragem 

para dar início a Rotary-Ax”, relata Mara. A sócia comenta que dar 

continuidade ao trabalho de Werner é uma das maiores motivações 

de todos os colaboradores da Rotary-Ax. “Temos certeza de que o 

Werner tem muito orgulho do que estamos fazendo pela empresa”, 

completa Mara. 

A Rotary-Ax se estabeleceu como uma das líderes de mercado no 

segmento florestal, oferecendo sabres, coroas de tração, ponteiras 

substituíveis, dentes de corte para feller buncher e mais recentemente 

as facas para picador florestal, além de diversos outros itens. 

Productivity, quality, 

and accuracy 

Process optimization leverages productivity 

in mechanized forest-harvesting 

T 

he Forest-based Sector is constantly growing, and 

with this comes the need for technological advances 

that guarantee improved productivity, mainly uniting 

product quality, efficiency, and durability; all this is 

combined with prompt technical assistance, given that 

a machine stopped in the forest is synonymous with loss. Investing 

precisely in process improvement is what Rotary-Ax, a specialist 

in replacement items for mechanized cutting in the Forest-based 

Sector, has done, which has projected the Company to reach even 

higher places in its trajectory in Brazil and the rest of Latin America. 

The Company, based in Pinhais (PR), has over two decades 

of experience manufacturing and selling implements for the Forest-based 

Sector. The Company stands out in the market for the 

quality and confidence offered in each piece from its production 

line. Founded by Werner Krüger D’Almeida and his wife, the Company 

was born to meet the demands of the area present since its 

inception, as explained by Mara Lúcia Krüger D’Almeida, founding 

Partner of Rotary-Ax. “The delivery time for imported products was 

very long, and the possibility of domesticating the production of 

these products and serving the Brazilian market directly provided 

Agosto 2023 

87

Agosto 2023 91

MANEJO 

Valorização 

DA ATIVIDADE 

Debate no senado valoriza o manejo florestal como ferramenta 

para deter o desmatamento e ajudar na economia verde 

Fotos: divulgação 

O 

manejo florestal sustentável é um dos mecanismos 

mais eficazes para deter o desmatamento 

e atividades ilícitas, além de possibilitar 

a exploração econômica de muitos 

produtos, manutenção de serviços, geração 

de emprego e renda e riquezas para Estados e municípios. A 

prática gera aumento na arrecadação de impostos e aumenta 

a segurança jurídica do setor florestal, além de promover 

a conservação da biodiversidade local. É preciso, no entanto, 

ampliar as áreas de concessão florestal no país e incentivar 

os planos de manejo. A conclusão é dos expositores que 

participaram de audiência pública interativa na CRA (Comissão 

de Agricultura e Reforma Agrária) sobre o manejo florestal 

em área nativa no bioma amazônico e seus desafios. 

O debate foi promovido por iniciativa do senador Jaime 

Bagattoli (PL-RO) e da senadora Soraya Thronicke (União- 

-MS), que preside a CRA. Ex-motorista de caminhão e neto 

de madeireiro, Jaime Bagattoli contou que foi um dos primeiros 

a fazer um plano de manejo florestal na Amazônia, 

em 1987, e destacou a importância do mecanismo para a 

preservação ambiental e a economia, até mesmo das comunidades 

indígenas. “Tem que aumentar as concessões, 

o plano de manejo sustentável é o caminho, é o único mecanismo 

de se preservar as florestas e terras da União que 

não vão ser destinadas a programa de reforma agrária. Não 

existe outro mecanismo, isso vai dar remuneração a todos”, 

afirmou Jaime. 

Na avaliação de Soraya Thronicke, é preciso acabar com 

as amarras ideológicas e promover o desenvolvimento do 

país. “Os especialistas da audiência pública podem nos 


MANEJO 

ajudar nas lacunas da legislação que ainda existem para 

crescermos na produção e melhorarmos as condições de exploração 

com muita responsabilidade”, destacou Soraya. 

ÁREAS MAPEADAS 

As concessões florestais, atualmente concentradas no 

Amapá, Pará e Rondônia, ainda representam muito pouco 

da produção florestal, ressaltaram debatedores. Hoje há 

cerca de 1,4 milhão de hectares sob concessão, mas existem 

áreas mapeadas que indicam a possibilidade de ampliação 

das concessões, o que aumentaria a participação do Brasil 

na parcela global de demanda de madeira. Os EUA (Estados 

Unidos da América), Europa e China são os maiores compradores 

da madeira brasileira. 

Deryck Pantoja Martins, diretor técnico da CONFLORES- 

TA (Associação Brasileira de Empresas Concessionárias Florestais), 

diretor técnico da Aimex (Associação das Indústrias 

Exportadores da Madeira do Estado do Pará) e representante 

da CNI (Confederação Nacional da Indústria), apontou 

que o Brasil tem mais de 450 milhões de ha (hectares) de 

floresta, no entanto representa apenas 6% do suprimento 

industrial de madeira, pois o restante vem de floresta plantada. 

“O Brasil é o segundo país no mundo em extensão 

florestal, mas corresponde a parcela muito pequena do 

mercado mundial de madeira, o que demonstra que temos 

espaço para crescer, potencializar essa produção e participar 

de forma mais efetiva nesse mercado crescente”, destacou 

Deryck. 

O representante da CONFLORESTA ressaltou que o 

manejo florestal é a melhor estratégia de conservação das 

florestas e da biodiversidade. A madeira, segundo ele, é o 

produto mais rastreável da economia rural dentre os principais 

produtos da balança comercial, por meio de sistema 

altamente eficaz que permite garantir que o produto é originário 

de floresta licenciada devidamente autorizada pelos 

órgãos competentes, a partir de plataforma de sistemas públicos 

acessíveis a qualquer cidadão de forma efetiva. 

Ainda segundo Deryck, menos de 5% do suprimento de 

madeira vem das concessões florestais, e o país ainda tem 

grande parte das áreas privadas. Um dos grandes desafios é 

ampliar as concessões florestais. Se o país atingir 20 milhões 

de ha em concessão de florestas, poderá aumentar em R$ 

3,3 bilhões o PIB (Produto Interno Brasileiro). “Isso poderá 

gerar uma arrecadação de impostos da ordem de R$ 250 milhões, 

um impacto positivo superior a R$ 85 milhões, a geração 

de mais de 170 mil empregos, um valor da produção 

em 2030 equivalente a R$ 6,3 bilhões, além de um potencial 

de receita projetado em R$ 357 milhões”, sublinhou Deryck. 

Dentre os principais desafios do Brasil no setor, segundo 

Deryck, estão a atuação nos mercados externo e interno; a 

substituição da madeira por plástico e gesso; os ataques deliberados 

ao produto madeira, associada a desmatamento; 

o acesso ao crédito; a reestruturação e fortalecimento dos 

órgãos ambientais; a sistematização dos processos autorizativos; 

e a garantia de fiscalização no campo. Derick sugeriu 

ainda a ampliação da atividade e a simplificação da gestão 

florestal; o uso de tecnologias e formas inteligentes de monitoramento 

já existentes; a garantia de segurança jurídica 

às concessões florestais; incentivos à produção florestal por 

meio de compras públicas e programas de casas populares; 

a diversificação da produção madeireira; e a promoção do 

produto madeira no Brasil e no mundo. 

DESINFORMAÇÃO 

Presidente do FNBF (Fórum Nacional das Atividades de 

Base Florestal), Frank Rogieri de Souza Almeida ressaltou 

que é preciso combater a desinformação e a ideologia desenfreada, 

que se implantou no Brasil, além da discrimina- 


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Presença de árvores melhora qualidade da pastagem 

em sistema de integração pecuária-floresta 


U 

ma pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste 

(Empresa Brasileira de Agropecuária) 

comprovou que o manejo das árvores é 

estratégico para garantir o equilíbrio em 

sistemas de IPF (integração pecuária-floresta) 

ou silvipastoril. Além de manter a produtividade 

da pastagem e melhorar a qualidade da madeira remanescente, 

a forragem nesse sistema apresentou teor 

elevado de proteína bruta, quando comparada a um 

modelo pecuário tradicional, sem a presença do componente 

arbóreo, o que significa maior qualidade do 

alimento aos animais. 

O avanço é importante porque manter a produção 

de forragem em sistemas integrados com árvores é um 

desafio para o produtor rural, uma vez que o desenvolvimento 

das pastagens depende da incidência de luz. 

A diminuição da radiação afeta o crescimento dessas 

plantas, podendo ocasionar menor produtividade na 

pecuária. 

Os sistemas silvipastoris são opções sustentáveis 

para o pecuarista realizar a intensificação das pastagens. 

Com as árvores integradas à pecuária, o produtor 

proporciona bem-estar aos animais e contribui para a 

remoção do carbono atmosférico e mitigação das emissões 

de GEE (gases de efeito estufa). Sem contar que o 

componente arbóreo é uma boa aposta para garantir 

créditos de carbono no futuro, uma nova alternativa de 

renda. 

O trabalho, publicado no The Journal of Agricultural 

Science, concluiu que um pasto sombreado tem 

características nutritivas superiores e produtividade 

semelhante às de uma pastagem a pleno sol manejada 

da mesma maneira. (Leia o artigo científico: Productive 

and nutritive traits of Piatã palisadegrass after thinning 


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INTEGRAÇÃO 

the forest component of a silvopastoral system in southeastern 

Brazil). 

De acordo com o pesquisador José Ricardo Pezzopane, 

da Embrapa, o manejo das árvores no sistema 

silvipastoril proporcionou aumento da produção da 

forragem em comparação aos anos anteriores. Antes 

do desbaste, utilizando a média de duas estações – dois 

verões –, que é a época mais produtiva da pastagem, a 

produção de forragem no silvipastoril foi 45% inferior 

ao sistema a pleno sol: 996 quilos por ha (hectare) contra 

1,87 mil quilos por ha, respectivamente. Nos dois 

verões posteriores ao manejo, a produção foi bem diferente: 

quase 2 mil quilos por ha no modelo integrado 

e 2,38 mil quilos por ha a pleno sol. “Além de não ocorrer 

variação na produção, a forragem no silvipastoril 

apresentou teores de proteína bruta superiores, o que 

expressa maior qualidade do alimento aos animais. Importante 

ressaltar que os dois sistemas foram manejados 

sob o mesmo tipo de pastejo, ou seja, rotacionado 

com adubação nitrogenada da pastagem”, explica José. 

Pezzopane recomenda a adoção do desbaste de árvores 

em sistemas integrados para proporcionar produção de 

forragem semelhante a pleno sol e, ainda, com maior 

teor de proteína. 

Quando o pecuarista consegue utilizar, na mesma 

área, pecuária e produção de madeira com eficiência, 

ele tem diversos benefícios. Além da renda alternativa 

com a madeira, há os serviços ecossistêmicos como 

diversificação de espécies e fixação de carbono (C), que 

geralmente não são computados. No entanto, Pezzopane 

alerta que esse modelo é bastante complexo, porque 

ocorrem interações variadas entre os elementos: 

pastagem, árvores e animais. “Resultados positivos de- 

EXPERIMENTO 

O estudo avaliou as características produtivas e 

nutritivas do capim-piatã (Urochloa brizantha cv. BRS 

Piatã) após o desbaste do componente florestal do silvipastoril, 

formado por eucaliptos (Eucalyptus urograndis 

clone GG100). Também foram analisados a produção 

de forragem e o valor nutritivo, com as variáveis do 

microclima, no sistema intensivo a pleno sol com capim-piatã. 

O experimento ocorreu na Fazenda Canchim, 

sede da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), 

de 2016 a 2018. 

O sistema silvipastoril foi formado em 2011, com 

árvores plantadas em fileiras simples no espaçamento 

de 15m (metros) por 2m, totalizando 333 árvores por 

ha. Antes do início do estudo, em 2016, foram retirados 

50% dos eucaliptos em cada fileira e, assim, o espaçamento 

foi reduzido para 15m por 4m. Segundo dados 

da pesquisa, em outubro de 2017, as árvores tinham, 

em média, 27,8m de altura e 25,9 cm (centímetros) de 

DAP (diâmetro à altura do peito). 

Durante o período experimental, o valor nutritivo 

e a produção de forragem foram avaliados em cinco 

ciclos de pastejo representativos característicos das estações 

do ano de dezembro de 2016 a março de 2018: 

verão, outono, inverno e primavera de 2017 e verão de 

2018. 

RESULTADOS 

O teor de proteína bruta foi maior no IPF do que 

a pleno sol na maioria das estações do ano. Já o acúmulo 

de forragem nos dois sistemas foi semelhante. 

A produção de forragem foi favorecida pelo desbaste, 

principalmente próximo ao evento, enquanto sua qualidade 

foi consistentemente superior no IPF. Assim, 


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MADEIRA 

Floresta 

EM TUDO 

Produtos em que derivados da madeira estão presentes no cotidiano 


D 

o sorvete à roupa, a árvore cultivada está 

mais presente no dia a dia do que se imagina. 

É a partir do plantio de árvores como 

eucalipto ou pinus que se origina a celulose, 

que vem ganhando relevância e já é 

utilizada para fabricação de mais de 5 mil itens. Em 2022, 

segundo a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), foram 

produzidas quase 25 milhões de toneladas da matéria- 

-prima, um recorde histórico para o Brasil. 

Para além dos conhecidos cadernos, livros, papéis 

higiênicos e embalagens de papel, o setor tem investido 

em ciência e inovação para ampliar os usos da celulose 

e suprir as demandas globais por produtos de origem 

sustentável e biodegradáveis. Hoje a matéria-prima dá 

origem a uma série de produtos e materiais que estão 

muito presentes no cotidiano das pessoas. 

Um grande exemplo é a celulose solúvel, produzida a 

partir do eucalipto, que possibilita a substituição de matéria-prima 

de origem fóssil em uma série de segmentos 

industriais como têxtil, alimentício, beleza, higiene, entre 

outros. Assim, o avanço da ciência e tecnologia vem 

possibilitando a expansão dos múltiplos usos da madeira 

e seus derivados, aumentando as opções de produtos 

naturais, biodegradáveis e com alta eficiência. 

ROUPAS 

A indústria da moda é um setor que tem investido 

muito na aplicação da celulose para produção de roupas. 

Hoje a celulose solúvel, na forma de filamento de viscose 

é muito utilizada para revestir tecidos delicados, como 

gravatas, roupas íntimas, vestidos e até tecido jeans, bem 

como, em toalhas e roupa de cama. 

A partir do filamento de viscose produzido a partir 

da celulose solúvel, é possível produzir uma fibra com 

alto potencial de oferecer alternativa sustentável e de 

qualidade para a indústria têxtil, até mesmo ao poliéster. 

A fibra utiliza menos água na sua fabricação do que os 

tecidos tradicionais, além de ser biodegradável e ter origem 

renovável. 

No setor de árvores já são feitos vultosos investimen- 


CAMINHOS DA SUSTENTABILIDADE

MADEIRA 

tos para aumentar a produção da fibra de celulose para 

este fim. Tamanho é o potencial do mercado que a Bracell 

levantou uma unidade, em Lençóis Paulista (SP), que 

pode fabricar, tanto a celulose comum, quanto a solúvel. 

Lá foram investidos R$ 8 bilhões, cujo principal objetivo é 

fabricar a matéria-prima para suprir a demanda por viscose 

para fabricação de tecidos. 

Outro exemplo é a LD Celulose, joint venture da brasileira 

Dexco com a austríaca Lenzing. A empresa inaugurou 

uma fábrica de celulose solúvel no Triângulo Mineiro, 

onde foram investidos mais de US$ 1,3 bilhão. Toda 

produção até o fim de 2025 já está comprada pela parte 

europeia, que vai utilizar a matéria-prima para produção 

de tecidos. 

A celulose microfibrilada [...] 

é uma alternativa natural, 

biodegradável e de origem 

sustentável aos polímeros 

sintéticos 

COSMÉTICOS 

Para além das elegantes embalagens de papel cartão, 

a celulose proveniente de árvores plantadas também 

está presente em diferentes cosméticos. O setor integra 

cada vez mais o material em seus produtos buscando 

aumentar a sustentabilidade da matéria-prima utilizada 

nesses produtos. Exemplo clássico são as esponjas de celulose 

utilizadas para limpar a pele ou aplicação de produtos 

cosméticos. Além disso, através do investimento 

em pesquisa e inovação, a celulose vem se tornando um 

material de grande versatilidade. 

A celulose microfibrilada também está presente na 

composição de diversos cosméticos como batons e bases, 

dando uma textura especial aos produtos e atuando 

como um espessante natural, o que aumenta seu poder 

de hidratação. 

É uma alternativa natural, biodegradável e de origem 

sustentável aos polímeros sintéticos, que estão presentes 

nas formulações. A utilização da celulose nesses produtos 

tem um forte apelo ao público jovem, que cada vez 

mais se preocupa com a sustentabilidade e origem responsável 

dos cosméticos que utiliza. 


MADEIRA 

MEDICAMENTOS 

As cápsulas e revestimentos de remédios podem receber 

a matéria-prima. Na forma de celulose microcristalina, 

ela permite que os laboratórios e farmácias de manipulação 

produzam medicamentos que serão liberados 

após o tempo necessário de ingestão ou no local correto 

do organismo. 

Geralmente, as cápsulas são feitas a partir de uma 

proteína derivada de tecidos conjuntivos, como ossos. A 

celulose, então, pode ser um substituto para aqueles que 

dispõe de alguma restrição, alérgica ou cultural, aos compostos 

de origem animal. O revestimento evita que o sabor 

ruim do medicamento seja sentido na mucosa bucal. 

ALIMENTOS 

Exemplo diário é a salsicha, que, em alguns casos, 

é cozida em um molde de viscose. Isto quer dizer que a 

pele da salsicha, assim como de outros alimentos embutidos, 

como o salame, contém a matéria-prima. O revestimento 

de celulose é uma alternativa à pele feita com 

tripas de animais. Ainda na seara da alimentação, derivados 

da celulose são utilizados como emulsionantes, 

espessantes e estabilizantes na indústria. Assim, podem 

ser utilizados como substitutos ou complemento à gordura 

animal, dando a textura e cremosidade desejada a 

determinados alimentos. É o caso do sorvete, milkshake, 

caldas, creme de leite, xaropes, sucos e hambúrgueres. O 

queijo ralado também é um alimento que leva celulose, 

impedindo que os pedaços se aglomerem através do isolamento 

da umidade. 

Outro produto florestal, o licor pirolenhoso, gerado 

a partir do processo de produção do carvão vegetal, está 

muito presente na indústria alimentícia. É dele que se 

origina a fumaça condensada, que dá o famoso gostinho 

de churrasco ao molho barbecue ou aos salgadinhos. 

AVIÕES 

Até mesmo em uma viagem de avião tem-se o contato 

com fibras vindas da madeira cultivada, que é utilizada 

como reforço de pneus de alta performance, pois é mais 

resistente a altas temperaturas. Esse tipo de celulose 

solúvel é classificada como um filamento de alta performance 

e é mais resistente e sustentável do que aqueles 

de origem fóssil. O mesmo material é usado para correias 

e mangueiras de alta pressão, contribuindo para aumentar 

a resistência dos produtos. 


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MONITORAMENTO 

Controle 

TOTAL 

Programa cooperativo monitora produtividade 

e sequestro de carbono em florestas plantadas 


A 

Bracell realizou uma parceria focada 

em sustentabilidade e busca de melhorias 

para o meio ambiente. Em 

uma área onde a companhia mantém 

operações florestais no município 

de Itatinga (SP) está instalada uma torre de fluxo 

que monitora e quantifica de forma detalhada 

as entradas e saídas de CO2 (dióxido de carbono) e 

água para a cultura do eucalipto. 

A torre faz parte do Eucflux (Programa Cooperativo 

sobre Produtividade e Fluxos de Carbono e 

Água em Eucalyptus), um programa liderado pelo 

IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais) 

e CIRAD (Centro de Cooperação Internacional em 

Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento), iniciado 

em 2008 e que conta com diversas empresas 

filiadas do setor de celulose, entre elas a Bracell. 

Além disso, o Programa conta com instituições 

integradas como a UFLA (Universidade Federal de 

Lavras), UNESP (Universidade Estadual Paulista) e 

USP/ESALQ (Universidade de São Paulo/Escola Superior 

de Agricultura Luiz de Queiroz). 


MONITORAMENTO 

Geovanni Malatesta Barros, pesquisador de 

Ecofisiologia da Bracell São Paulo, explica que os 

dados gerados pelo Eucflux possibilitam uma melhor 

compreensão da dinâmica de utilização desses 

recursos naturais, sua variação a depender da 

sazonalidade climática e como essas informações 

podem ajudar na sustentabilidade dos ecossistemas, 

visando o melhor aproveitamento dos recursos 

e aprimorando a compreensão do crescimento 

das florestas de eucalipto. Para o pesquisador, 

compreender a variação do CO2 na área foi um dos 

principais resultados obtidos pelo projeto, pois 

durante o primeiro ciclo de medição, o local onde 

a floresta está plantada, agiu como um emissor 

de CO2 apenas até o sétimo mês após o plantio. 

“A partir deste momento, a situação se inverteu e 

ele passou a capturar mais carbono do que emitiu, 

gerando um saldo positivo de, na média, 1 tonelada 

de carbono por hectare por mês ao longo de 

toda a rotação, do plantio até a colheita”, salienta 

Geovanni. 

Temos um compromisso com a 

sustentabilidade e realizamos 

ações inovadoras que 

asseguram a melhoria contínua 

em todos os nossos processos 

inclusive em nossas florestas 

O projeto concluiu sua primeira fase entre os 

anos de 2008 a 2016. Em seguida, iniciou a segunda 

fase, com a implementação de um sistema 

de transmissão de dados online e a manutenção 

contínua de todos os equipamentos de alta performance, 

que coletam as informações em alta 

frequência, de forma ininterrupta. 

Os coordenadores e líderes científicos do programa, 

Otávio Camargo Campoe (UFLA), Joannès 

Guillemot (CIRAD) e Guerric le Maire (CIRAD), 

afirmam que a participação da Bracell é muito positiva, 

pois aumenta a integração entre as empresas 

e amplia as discussões sobre temas de grande 

relevância para o setor florestal, como sequestro 

de carbono, o uso de água e as adaptações dos 

plantios às diferentes condições ambientais. “Por 

isso, esse projeto é tão importante. Por meio dele, 

conseguimos entender melhor a dinâmica das 

nossas florestas e propor novas ações relacionadas 

ao manejo sustentável dos plantios”, destaca Geovanni. 

Segundo Gabriela Gonçalves Moreira, gerente 

de pesquisa e desenvolvimento da Bracell São 

Paulo, a adoção de práticas que potencializam 

os impactos positivos a favor do meio ambiente 

são prioridades para a companhia. “Temos um 

compromisso com a sustentabilidade e realizamos 

ações inovadoras que asseguram a melhoria contínua 

em todos os nossos processos, inclusive em 

nossas florestas”, finaliza Gabriela. 

Gabriela Gonçalves Moreira, gerente de 

pesquisa e desenvolvimento da Bracell 

São Paulo 


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MERCADO 


Soluções florestais 

EM EXPANSÃO 

O mercado florestal 

está em busca 

de empresas que 

ofereçam soluções 

para os desafios 

enfrentados pelo setor 

O 

negócio de florestas plantadas representa um 

dos principais itens da balança do agronegócio 

brasileiro. Com o mercado em franca expansão 

e o desenvolvimento em inovações tecnológicas 

na colheita mecanizada, as empresas do 

setor têm que oferecer soluções adequadas de acordo com as 

particularidades de cada cliente e do próprio mercado. 

E foi pensando assim que a empresa Reflorestar acaba de 

fazer o reposicionamento da sua marca, com novas cores, mais 

moderna, e com uma nova tagline: Soluções Florestais. “Desde 

o fim da pandemia, começamos a fazer uma reestruturação na 

Reflorestar. Deixamos de pensar nos serviços que oferecemos 

para focar nas necessidades de cada cliente”, afirma Humberto 

Godinho, sócio-diretor da empresa. 

Referência em atividade mecanizada de colheita e carregamento 

de madeira em áreas reflorestadas, a Reflorestar – Soluções 

Florestais – atende grandes empresas de papel e celulose, 

de produção de carvão para siderúrgicas em todo o Brasil, 

além de empresas que utilizam o eucalipto para outras finalidades, 

como serraria, madeira tratada e cavacos para energia. 

Atualmente, ela tem operações em Minas Gerais, Bahia e Mato 

Grosso do Sul. 


Igor Dutra de Souza, diretor florestal da Reflorestar, explica 

que a empresa se tornou uma marca referência em inovação, 

performance e confiabilidade em seus quase 20 anos de história. 

“Somos uma empresa centrada em pessoas, amparada 

pela tecnologia e orientada pela sustentabilidade. Tudo isso 

para oferecer excelência naquilo que fazemos e entregamos”, 

destaca Igor. 

O novo posicionamento da empresa vem acompanhado de 

investimentos na formação e capacitação do time, na renovação 

da frota e em planos de manutenção cada vez mais eficientes 

e confiáveis para atender as demandas do mercado. Com 

investimento de R$ 15 milhões em máquinas e equipamentos, 

somente este ano, a Reflorestar passa a ter uma das frotas mais 

novas do mercado em full tree. 

Com essas mudanças, a empresa prevê triplicar o faturamento 

em 2023, comparando-se com o período da pandemia. 

A Reflorestar aposta saltar dos R$ 55 milhões, em 2020, para 

cerca de R$ 150 milhões este ano. 

Com o ingresso de soluções digitais e com o crescimento 

sustentável, o colaborador também necessita agregar mais 

conhecimento para o seu ofício. De acordo com Souza, a capacitação 

contínua também foi uma das estratégias adotadas, gerando 

ganho de performance, receita e ampliação do portfólio 

de clientes. 

SUSTENTABILIDADE - O meio ambiente é outro fator que 

move a engrenagem da empresa. “Começamos a implementar 

diversas ações que contribuíram para a melhoria da nossa 

eficiência energética e para a sustentabilidade. Substituímos 

máquinas de maior consumo por outras de menor utilização de 

combustível. Além de termos um ganho de performance operacional, 

contribuímos para um manejo florestal mais sustentável 

e menos poluente”, afirma Igor. 

O investimento em sustentabilidade gerou uma redução de 

mais de 435 mil litros de diesel na atividade global de colheita, 

quando comparado 2021 com 2022. Neste ano, a redução do 

consumo de combustível permanece dentro do esperado, aumentando 

a eficiência energética da empresa. 

As iniciativas sustentáveis devem ser acompanhadas por 

um processo correto de manutenção, respeitando as instruções 

do fabricante e os ajustes rigorosos dos equipamentos. A reposição 

de peças genuínas também confere maior confiabilidade 

para os resultados ambientais e para a colheita florestal esperada 

pela empresa. 

Somos uma empresa centrada em 

pessoas, amparada pela tecnologia e 

orientada pela sustentabilidade 

Igor Dutra de Souza, 

diretor florestal da Reflorestar 

EQUIPE DO ADMINISTRATIVO 

DA REFLORESTAR 

IGOR DUTRA DE SOUZA, DIRETOR FLORESTAL 

DA REFLORESTAR E HUMBERTO GODINHO, 

SÓCIO-DIRETOR DA EMPRESA 

Foto: divulgação Foto: Marlon Fernandes Foto: Marlon Fernandes 

Agosto 2023 

125

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Agosto 2023 

129

PRODUTIVIDADE 

Força da 

INTEGRAÇÃO 

Resultados produtivos e econômicos fortalecem a 

posição do sistema lavoura-floresta-pecuária 

Fotos: Rafael Richetti 

A 

ILPF (Integração Lavora-Pecuária-Floresta) 

já é uma realidade. A aplicação desse 

sistema tem se provado uma solução 

ideal para pequenos e médios produtores, 

pois rentabiliza a área produtiva 

de maneira contínua, oferecendo várias culturas, de 

curto, médio e longo prazo simultaneamente. Essa é 

a experiência que se tornou uma realidade na Richetti 

Florestal, que aplica a integração junto a sua produção 

de pinus no interior do Rio Grande do Sul. 

Rafael Richetti, diretor da Richetti Florestal, relata 

que tem se surpreendido com os resultados da operação, 

seja em relação a rentabilidade da área quanto a 

produtividade. E os frutos do sistema de ILPF não são 

vistos apenas no final das culturas, mas durante todo 

o ciclo. “Aqui plantamos junto com o pinus um tipo de 

trigo utilizado na alimentação do gado, e a forma de 

cultivo garante uma planta continuamente forte, saudável 

e produtiva”, conta Rafael. 

Esse trigo, desenvolvido pela Embrapa (Empresa 


Brasileira de Pesquisa Agropecuária), permite poda 

e rebroto rápido, o que gera produção acelerada de 

alimento para a pecuária. “Esse trigo é cortado a cada 

15 ou 20 dias, isso faz com que tenhamos na fazenda 

uma planta nova e muito mais resistente à pragas 

e outras intempéries”, destaca Rafael. Esse fluxo de 

produção acelerado diminuiu o uso de defensivos 

agrícolas na área, pois a planta rejuvenescida é muito 

mais forte, implicando diretamente na diminuição de 

custos para a manutenção da produtividade. Apenas 

em 2023 serão feitas no total seis safras de grãos: 

sendo uma de milho que foi plantado em outubro de 

2022, as quatro safras do trigo que foi cortado para 

alimentação animal e o mesmo trigo, que pode continuar 

sendo cultivado e os grãos estarão prontos para 

colheita no último trimestre desse ano. 

Para Rafael, a grande vantagem já percebida é 

poder girar áreas economicamente em vários ciclos 

diferentes ao mesmo tempo. O diretor conta que hoje 

estão sendo produzidos trigo, pastagem, gado e pinus 

em uma mesma área, todos com produtividade alta. 

“O pinus protege o trigo e a pastagem contra o vento, 

por outro lado, as plantas sempre novas auxiliam na 

manutenção da área sem pragas que poderiam se 

proliferar sem essas defesas. O gado aproveita todo o 

alimento e sombra para crescer e se desenvolver, em 

um conjunto onde todos se ajudam”, valoriza Rafael. 

O diretor da Richetti chega a brincar com a simplicidade 

do ILPF, por ser uma atividade que exige seus 

cuidados, mas não foge muito do que já é feito de 

maneira separada. “Plantar e criar animais são práticas 

que dominamos há muito tempo, fazer com que 

elas funcionem juntas não deveria ser surpresa para 

ninguém”, aponta Rafael. 

O diretor da Richetti tem apenas uma ressalva 

quanto a ILPF que está relacionada a aplicação deste 

sistema. A forma como é feita em sua fazenda foi desenvolvida 

junto a parceiros e é fruto de muito estudo 

para produzir mais e melhor de acordo com todas as 

características de clima e geografia da área. “Aqui conseguimos 

ter sucesso por ajustarmos o sistema para 

nossa realidade, mas em outros lugares de climas e 

terrenos diferentes, é preciso um estudo direcionado 

para atingir esses resultados”, alerta Rafael. 

Plantar e criar animais são 

práticas que dominamos há 

muito tempo, fazer com que elas 

funcionem juntas não deveria ser 

surpresa para ninguém 

Rafael Richetti, diretor da 

Richetti Florestal 

Agosto 2023 

131

SUSTENTABILIDADE 

INTEGRAÇÃO 

E RESULTADO 

Novo método de avaliação registra alto índice de 

sustentabilidade em sistemas de integração 



U 

m modelo inovador de análise baseado 

na coleta de métricas de sustentabilidade 

– dados econômicos, ambientais 

e sociais – aponta que as fazendas que 

praticam modalidades de sistemas de 

integração (lavoura, pecuária e floresta) apresentaram 

os melhores desempenhos nessas três dimensões. O 

estudo, desenvolvido por pesquisadores da Embrapa 

e de outras instituições, atribuiu uma escala numérica 

para cada variável analisada, permitindo comparações 

e categorizações. Os resultados comprovaram que os 

índices de sustentabilidade nos sistemas de integração 

foram maiores do que os de estabelecimentos exclusivamente 

voltados à produção de grãos ou de pecuária.


O artigo publicado no periódico Agronomy for Sustainable 

Development propõe um modelo baseado na 

lógica difusa, composto por 18 indicadores que permitem 

avaliar a sustentabilidade de sistemas agrícolas e 

apresenta 22 estudos de caso com os sistemas produtivos 

mais comuns na fronteira agrícola mato-grossense 

em seus três biomas (Amazônia, Cerrado e Pantanal). 

Segundo os autores, o modelo de análise contempla o 

conhecimento científico e a percepção de especialistas 

na formulação dos indicadores, considera a grande 

variabilidade de desempenho dos sistemas agrícolas, 

bem como as interações entre as dimensões econômica, 

ambiental e social da sustentabilidade, podendo ser 

ajustado a diferentes contextos ambientais e socioeconômicos. 

Júlio César dos Reis, da Embrapa Cerrados (Empresa 

Brasileira de Pesquisa Agropecuária), no Distrito Federal, 

um dos autores do artigo. O conjunto de indicadores 

e o modelo de análise foram construídos associando 

as atividades produtivas aos efetivos resultados econômicos, 

ambientais e sociais, indicando que a sustentabilidade 

é considerada como um todo, e não como a 

soma de seus componentes. “Escolhemos esse método, 

porque incorpora as principais características dos modelos 

multicritério já descritos na literatura científica 

para avaliar a sustentabilidade de sistemas agrícolas, 

além de oferecer a vantagem de compatibilizar variáveis 

contínuas e categóricas e considerar a imprecisão 

inerente à análise da sustentabilidade”, ressalta Júlio. 

A estrutura do modelo forma um IS (Índice de Sustentabilidade), 

composto por três indicadores parciais 

(correspondentes às três dimensões da sustentabilidade), 

cada um com seis subindicadores, calculados a 

partir de dados levantados em cada fazenda. 

Essa estrutura permite a comparação entre os 

diferentes sistemas agrícolas e favorece a análise das 

contribuições de cada indicador para a dimensão de 

sustentabilidade correspondente e para o resultado 

final. O conjunto de indicadores e subindicadores foi selecionado 

considerando o gerenciamento das decisões 

dos produtores rurais, o que permite a análise da sustentabilidade 

a partir do dia a dia de cada propriedade. 

Assim, todos os dados das dimensões econômica, ambiental 

e social são derivados dos registros comumente 

feitos nas fazendas e calculados sem a necessidade de 

grandes recursos matemáticos e computacionais. 

Foram realizados nove estudos de caso de rotação 

soja-milho e um de rotação soja-milho-feijão, representando 

as dez fazendas de grãos; sete casos com criação 

de gado de corte, representando as propriedades 

de pecuária; e cinco casos de fazendas com sistemas 

de integração, sendo quatro com rotação soja-milho 

integrada com a criação de gado (Integração Lavoura- 

-Pecuária) e um com gado pastejando entre árvores 

de teca destinadas à produção de madeira (Integração 

Pecuária-Floresta). 


DESEMPENHOS ELEVADOS E EQUILIBRADOS 

As propriedades com sistemas de integração receberam 

valores médios e altos para o IS. Duas fazendas 

com sistemas de integração – uma com IPF (Integração 

Pecuária-Floresta) e outra com ILP (Integração 

Lavoura-Pecuária) – mostraram os maiores índices de 

sustentabilidade, com elevados desempenhos nas três 

dimensões, ou seja, um favorável equilíbrio em termos 

econômicos, sociais e ambientais. 

A fazenda com IPF é especializada na produção de 

madeira de teca para exportação, combinada a uma 

pecuária de alta tecnologia. Apesar dos níveis medianos 

de lucro e produtividade, a elevada organização e 

expertise na produção de teca explicam os altos índices 

social e econômico. A eficiência no uso de fertilizantes e 

pesticidas e os serviços ecossistêmicos proporcionados 

pelas florestas, como baixa perda de solo superficial, 

sequestro de carbono e baixo escoamento superficial, 

se destacaram na dimensão ambiental, que obteve excelente 

resultado, o que contribuiu para um elevado IS. 

Já a propriedade com ILP mostrou alto desempenho 

produtivo baseado em práticas de gestão para melhorar 

os resultados financeiros e operacionais, como 

estratégias de comercialização para mitigar os impactos 

negativos da volatilidade do preço das commodities e 

Escolhemos esse método, 

porque incorpora as principais 

características dos modelos 

multicritério já descritos na 

literatura científica para avaliar 

a sustentabilidade de sistemas 

Júlio César dos Reis, da 

Embrapa Cerrados 

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Agosto 2023 

135


a divisão de lucros com os empregados. Além disso, o 

sistema pecuário é focado apenas na engorda do gado, 

aproveitando as pastagens consorciadas com o milho. 

A fazenda colhe três safras ao longo do ano agrícola, 

sendo duas de grãos (soja e milho) e um período de 

três meses de engorda dos animais na mesma área. A 

propriedade apresentou o segundo maior lucro (969,91 

dólares por hectare) entre as 22 fazendas analisadas e 

um desempenho ambiental similar à fazenda com IPF, 

particularmente quanto a reduzida perda de solo superficial, 

ao uso de fertilizantes e a emissões de GEE (gases 

do efeito estufa). 

Por outro lado, os pesquisadores também encontraram 

desempenhos desequilibrados mesmo em propriedades 

com sistemas de integração, com elevados 

resultados nos indicadores econômico e ambiental, e 

mais baixo desempenho social, o que comprometeu o 

seu IS. Uma delas, com sistema de ILP, apresentou baixas 

escolaridade e atratividade do emprego; já outra, 

também com ILP, obteve baixos valores para treinamentos 

e cursos e qualidade do emprego. 

Segundo os autores, os diferentes resultados entre 

os sistemas de integração demonstram que é difícil 

estabelecer uma conclusão geral sobre os benefícios da 

intensificação sustentável, pois eles são específicos para 

cada contexto. Geraldo Stachetti, da Embrapa Meio 

Ambiente, afirma que o simples fato de as fazendas utilizarem 

sistemas de integração não garante um elevado 

IS. “Elas precisam ter um desempenho elevado e equilibrado 

entre as três dimensões da sustentabilidade”, 

destaca Geraldo. 

Na categoria A (desempenho alto) há apenas três 

fazendas – a com IPF e duas com ILP, que apresentaram 

bom desempenho econômico e excelente desempenho 

ambiental, porém desempenho mediano no indicador 

social. 

A categoria B (desempenho mediano) contempla 

quase todas as fazendas de grãos e apenas duas com 

sistemas de integração e foi dividida em dois subgrupos: 

B1, composto, em geral, por aquelas que apresentaram 

bom desempenho econômico associado a 

indicadores social e ambiental medianos; e B2, formado 

por fazendas que apresentaram baixo desempenho 

econômico associado a indicadores social e ambiental 

medianos. 

Já a categoria C (desempenho baixo) reúne todas 

as fazendas de pecuária e duas de grãos, e também 

foi dividida em dois subgrupos: C1, com propriedades 

caracterizadas por valores muito baixos em duas ou nas 

três dimensões da sustentabilidade; e C2, com as três 

fazendas que obtiveram resultados muito baixos nas 

três dimensões e, consequentemente, com os piores IS. 

Os sistemas exigem um alto grau 

de gerenciamento e consciência 

ambiental para aumentar a 

eficiência no uso dos recursos, 

o que, em consequência, leva 

também a melhores desempenhos 

econômicos e sociais 

Inácio de Barros, pesquisador da 

Embrapa Gado de Leite 


LONGO PRAZO 

O modelo de análise proposto no estudo mostra 

que a interação harmoniosa entre as dimensões da sustentabilidade 

nas fazendas com sistemas de integração 

proporciona situações de ganha-ganha e gera uma trajetória 

contínua e sustentável. 

Apesar de não estarem no topo de todos os três 

indicadores parciais, as fazendas do grupo A mostram 

alto desempenho em todos eles. Inácio de Barros, pesquisador 

da Embrapa Gado de Leite, explica que esses 

resultados demonstram que não existe necessariamente 

um perde e ganha inerente entre as três dimensões 

e destacam o papel central que a gestão desempenha 

para que os produtores se beneficiem das interações 

entre as dimensões da sustentabilidade nos sistemas 

de integração. “Os sistemas exigem um alto grau de gerenciamento 

e consciência ambiental para aumentar a 

eficiência no uso dos recursos, o que, em consequência, 

leva também a melhores desempenhos econômicos e 

sociais”, comenta Inácio. 

As fazendas de grãos, por outro lado, apresentaram 

valores elevados de perdas de solo superficial e, particularmente, 

de escoamento superficial, que indicam 

impactos ambientais negativos das lavouras contínuas 

em larga escala, o que compromete a capacidade desse 

sistema de permanecer produtivo com o passar dos 

anos. Para manterem os níveis de produção elevados, 

essas propriedades consomem grandes e crescentes 

quantidades de insumos externos, em especial fertilizantes 

e pesticidas, acarretando custos de produção 

cada vez maiores e a necessidade de expansão das 

áreas de cultivo para aproveitarem os ganhos de escala. 

Essa situação, segundo os autores, ilustra a frágil sustentabilidade 

dessas fazendas altamente especializadas, 

com baixa diversidade produtiva. 

Quanto às fazendas de pecuária, eles argumentam 

que a intensificação sustentável a pasto com o emprego 

de tecnologias disponíveis poderia aumentar significativamente 

a produtividade, permitindo a liberação 

de áreas para a produção de carne, grãos, madeira e 

combustível para atender à demanda mundial por esses 

produtos. Para as áreas inadequadas à adoção de sistemas 

de integração, políticas públicas que promovam 

a ampla adoção de práticas de manejo das pastagens, 

com elevado grau de tecnologias gerenciais, associadas 

à concessão de crédito específico, seriam fundamentais 

para aumentar o desempenho da atividade no Cerrado 

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PESQUISA 

Portanto, existe uma abundante 

e diversificada regeneração de 

espécies comerciais nas clareiras 

e a disponibilidade de luz afeta 

positivamente a quantidade de 

mudas e espécies da regeneração 

RESUMO 

A 

investigação da regeneração natural após 

manejo florestal em pequena escala é crucial 

para a compreensão dos impactos que 

a exploração florestal causa na estrutura 

e dinâmica da floresta. Neste estudo, foi 

avaliada a regeneração natural de espécies comerciais 

exploradas em manejo florestal em pequena escala. Para 

isso, vinte clareiras de exploração foram caracterizadas 

de acordo com o tamanho, abertura de dossel e altura 

da floresta de borda. Em seguida, a regeneração natural 

foi diagnosticada a partir da identificação de espécies 

comerciais (altura ≥ 1,3m - metros) em nove parcelas de 

2m x 2m. A associação entre a abundância e riqueza da 

regeneração natural foi testada com correlação de Pearson. 

Foram encontrados 205 indivíduos, pertencentes a 

42 espécies e 11 famílias. As espécies que comumente se 

repetiram foram Protium apiculatum, Protium decandrume 

Goupia glabra. A abertura de dossel esteve positivamente 

associada com a abundância e riqueza de espécies, 

mas não com a composição de espécies. Portanto, existe 

uma abundante e diversificada regeneração de espécies 

comerciais nas clareiras e a disponibilidade de luz afeta 

positivamente a quantidade de mudas e espécies da 

regeneração. No entanto, a composição de espécies nas 

clareiras não depende da disponibilidade de luz e deve ser 

manipulada via plantio de enriquecimento. 

INTRODUÇÃO 

A dinâmica florestal pode ser definida como o conjunto 

de mudanças na estrutura e composição de uma 

floresta quando exposta a distúrbios naturais ou antrópicos. 

Esses distúrbios provocam a quebra de galhos e/ou 

a morte de uma ou mais árvores, causando a abertura de 

clareiras no dossel da floresta (Nascimento et al., 2012). A 

abertura dessas clareiras é acompanhada por alterações 

nas condições ambientais no local, sendo a principal delas 

o aumento da disponibilidade de irradiância (Jardim et 

al., 2007), que impulsionam o início dos processos dinâmicos 

da regeneração natural, que são fundamentais 

para garantir a renovação das florestas tropicais (Puig, 

2008). 

A abertura das clareiras possibilita o aumento da incidência 

da irradiância no sub-bosque da floresta, criando 

ambientes de crescimento propícios à proliferação e coe- 


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141


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Agosto 2023 

143

AGENDA 

AGENDA2023 

Sistemas Agrossilvipastoris: 

Potencialidades & Desafios 

Data: 14 e 15 

Local: Irati (PR) 

Informações: 

http://www.agroinformativo.com/eventos/ 

encontro-paranaense-de-ilpf-2023 

Internationale Forstmesse 2023 

Data: 24 a 27 

Local: Luzern (Suíça) 


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Fastmarkets Forest Products North 

American Conference 

Data: 9 a 11 

Local: Boston - EUA (Estados Unidos da 

América) 


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AGOSTO 

2023 

AGOSTO 

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OUTUBRO 

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A feira combina inovação com tradição, apresentando 

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uma grande reputação em toda a Europa como uma feira 

líder e de vendas ao longo da cadeia florestal-madeireira, 

e é a maior feira da Suíça para novos e futuros desenvolvimentos 

no manejo florestal. Representa tendências em 

tecnologia madeireira e logística florestal. A cada dois anos, 

expositores especializados apresentam métodos refinados 

de beneficiamento e produtos importantes para o manejo 

florestal. O centro de exposições em Lucerna está entre os 

mais belos recintos de exposições da Europa. 

OUT 

2023 

FASTMARKETS FOREST PRODUCTS 

NORTH AMERICAN CONFERENCE 

A Fastmarkets Forest Products North American Conference 

(anteriormente conhecida como RISI North America) é 

o único evento regional que abrange todos os principais 

tipos de produtos florestais, incluindo celulose, papel, 

embalagens, tecidos, produtos de madeira e biomassa. 

Estão mudando o formato este ano visando fornecer 

informações importantes, tendências de mercado e sessões 

interativas com menos comprometimento do tempo 

do cliente. Com apenas meio dia fora do escritório, o 

cliente pode coletar as previsões e os dados mais vitais da 

plataforma favorecendo o próprio negócio. 

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É TUDO 

Por André Tourinho, 

formado em direito pela UFBA (Universidade 

Federal da Bahia), tem especializações 

pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e INSPER 

e atua como gerente de Compliance da 

Eldorado Brasil Celulose 

Controles internos como 

ferramenta de gestão 

são chave para melhor 

desempenho da indústria 

E 

screver um artigo para dizer que controles internos são 

uma função útil e essencial para uma boa governança 

corporativa das empresas seria chover no molhado. 

Grandes e pequenas empresas sabem da importância 

de se ter controles eficazes para a governança e para a 

integridade das informações em suas respectivas demonstrações 

financeiras. 

A falta de controles pode ser facilmente percebida por erros 

em demonstrativos contábeis, inconsistências em estoques e ineficiências 

operacionais, causando, por fim, perdas financeiras para o 

negócio. Os controles internos, então, devem ser associados como 

ferramentas da gestão para que as estratégias e os objetivos da empresa 

sejam alcançados. 

É nessa linha que os controles internos são definidos pelo COSO 

(Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), 

uma das principais entidades internacionais dedicadas 

a desenvolver estruturas e orientações sobre controles internos, 

gerenciamento de riscos corporativos e análise de situações de fraudes, 

projetadas para aprimorar o desempenho organizacional, além 

de monitorar e reduzir a extensão de fraudes nas organizações. Para 

o COSO, controle interno “é um processo efetivado pelo conselho 

de administração ou pela gestão de uma entidade, projetado para 

fornecer garantia razoável em relação à realização de objetivos referentes 

a operações, relatórios de reporte e conformidade com as leis 

e regras internas.” 

Os controles internos vão muito além de simples ações ou regras 

internas. Não é apenas uma questão de ter controles para ter uma 

boa governança, mas de adotar os controles no dia a dia do negócio 

para evitar surpresas, materialização de impactos indesejados e, 

consequentemente, perdas financeiras relevantes. 

Como pilares essenciais de prevenção em um programa de compliance, 

são ferramentas que não visam burocratizar, mas garantir. 

São funções que buscam prever como determinadas decisões empresariais 

devem ser aprovadas e registradas para a continuidade do 

negócio; formalizar como ocorreram ações e operações; e ser suporte 

de dados e registro de operações. Tudo isso para garantir que as 

demonstrações financeiras reflitam a realidade dos negócios, dando 

confiabilidade para novos investimentos e avaliações de capital e 

assegurando que a gestão continuará a realizar as atividades empresariais 

de forma sustentável. 

Como regra geral, não é mandatório que toda empresa possua 

um departamento específico de controles internos para a execução 

de suas atividades (apesar de ser uma melhor prática!), mas é necessário 

que a administração adote os controles internos necessários 

para garantir que o negócio irá atingir seus objetivos e, consequentemente, 

crescer. 

No mês de maio, em que se celebrou a conscientização da auditoria 

interna, é importante frisar que as ferramentas de controles internos 

dão o suporte necessário para que os testes de auditoria evidenciem 

a saúde dos processos da empresa. A Eldorado Brasil conta 

com uma área de controles internos que tem o suporte necessário 

da administração, como parte da estratégia da empresa de manter 

os mais altos padrões de eficiência e competitividade. 


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