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Mala Direta<br />
Básica<br />
9912281412/2011-SE/SPM<br />
Correcta Editora<br />
OUTUBRO 2023 • Nº <strong>292</strong> • ANO 28<br />
conectando você ao mercado de seguros<br />
IMPRESSO FECHADO<br />
Pode ser aberto pela ECT<br />
HDI SEGUROS<br />
Novas oportunidades<br />
de negócios<br />
Depois da aquisição<br />
da Liberty e da Sompo<br />
Consumer, seguradora<br />
se prepara para ser<br />
a segunda maior<br />
companhia do mercado<br />
ESPECIAL EVENTOS<br />
Fides Rio 2023:<br />
Conteúdo e negócios de todos os portes<br />
Conec:<br />
O corretor sempre será o protagonista<br />
da distribuição de seguros<br />
ABGR:<br />
40 anos comemorados com debates<br />
sobre futuro e tendências
EDITORIAL<br />
Mês de homenagens e eventos<br />
OUTUBRO 2023 • Nº <strong>292</strong> • ANO 28<br />
Outubro é sempre um mês movimentado para o mercado<br />
de seguros. Além de comemorarmos o Dia do Corretor<br />
de Seguros e o Dia do Securitário, é neste período que os<br />
maiores eventos acontecem.<br />
Depois da pandemia e do afastamento social, todos estavam<br />
ávidos pelo reencontro. Isso ficou muito claro com a maciça<br />
participação do público tanto na Conferência Interamericana de<br />
Seguros, realizada pela FIDES no Rio de Janeiro, com organização<br />
da CNseg, quanto no Congresso Estadual dos Corretores de<br />
Seguro de São Paulo, realizado em São Paulo pelo Sindicato dos<br />
Corretores de Seguros.<br />
As mesmas autoridades do setor estiveram presentes<br />
nos dois eventos e alguns temas ficaram muito claros para o mercado<br />
de seguros. As mudanças climáticas são uma preocupação<br />
latente para todos os setores da sociedade, e não é diferente para<br />
nosso setor. O aquecimento global está mudando a frequência<br />
e a severidade dos riscos, o que tem impacto direto nos prêmios<br />
de seguro.<br />
A pauta ESG também está na mira dos executivos do setor.<br />
Se a governança já está bem avançada por conta do nosso<br />
órgão regulador, que define e fiscaliza a aplicação das normas, o<br />
ambiental e o social ainda carecem de um olhar mais atento. As<br />
empresas estão apostando nisso, com políticas de inclusão social<br />
e com preocupação com a emissão de carbono, por exemplo. Devemos<br />
avançar muito neste sentido.<br />
Para os corretores de seguros, acredito que a pauta mais<br />
importante seja a inovação e na sua atuação como consultores.<br />
Já não é mais possível fechar os olhos para todas as possibilidades<br />
da transformação digital, mas é preciso estar cada vez mais<br />
próximo dos clientes.<br />
Venha conferir a cobertura destes eventos em nossas<br />
próximas páginas.<br />
Boa leitura!<br />
Diretora de Redação<br />
EXPEDIENTE<br />
Diretora de Redação:<br />
Kelly Lubiato - MTB 25933<br />
klubiato@revistaapolice.com.br<br />
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Diagramação e Arte:<br />
Enza Lofrano<br />
Tiragem:<br />
12.000 exemplares<br />
Circulação:<br />
Nacional<br />
Periodicidade:<br />
Mensal<br />
Os artigos assinados são de<br />
responsabilidade exclusiva de seus autores,<br />
não representando, necessariamente, a<br />
opinião desta revista.<br />
Esta revista é uma<br />
publicação independente<br />
da Correcta Editora Ltda e<br />
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ESPECIAL EVENTOS<br />
FIDES<br />
A Conferência Hemisférica<br />
de Seguros aconteceu no<br />
Rio de Janeiro e reuniu<br />
representantes de mais de<br />
40 países das Américas,<br />
Europa e Ásia. Muito mais<br />
do que promover marcas,<br />
a oportunidade serviu para<br />
fechar negócios<br />
>> PÁG. 12<br />
Conec<br />
Mais de 10 mil pessoas<br />
circularam durante os três dias<br />
do Congresso de Corretores<br />
de Seguros de São Paulo,<br />
organizado pelo Sincor-SP.<br />
Todos saíram com uma certeza:<br />
o corretor de seguros é o<br />
protagonista da distribuição de<br />
seguros no Brasil<br />
>> PÁG. 24<br />
Fórum da Longevidade<br />
A XVI edição do evento<br />
mostrou a força das mulheres<br />
brasileiras. Maduras,<br />
elas continuam ativas e<br />
influenciando pessoas, seja<br />
nas artes, na ciência ou<br />
no mundo dos negócios.<br />
O importante é não parar<br />
nunca.<br />
>> PÁG. 22<br />
ÍNDICE<br />
06 gente<br />
08 capa<br />
O CEO da HDI Seguros, Eduardo Dal Ri, conta<br />
que após a aquisição da Liberty a nova<br />
seguradora, segunda maior do mercado, está<br />
em fase de construção. Objetivo é atender<br />
os interesses de um universo ainda maior de<br />
corretores de seguros e consumidores<br />
20 inter risk<br />
O broker de resseguro consolidou sua<br />
participação no mercado brasileiro. Durante<br />
a Fides, o chairman da operação global<br />
visitou o Brasil e aproveitou para mostrar<br />
a capacidade do grupo para atender riscos<br />
complexos<br />
ESPECIAL EVENTOS<br />
28 exposeg<br />
Mais de 40 expositores mostraram suas<br />
novidades na feira que aconteceu em<br />
paralelo ao Conec. Brindes, brincadeiras<br />
e muitos negócios aconteceram nos<br />
estandes, além da demonstração de que os<br />
profissionais querem conhecer mais sobre<br />
seus parceiros<br />
32 abgr<br />
Os gerentes de risco encontraram-se em<br />
São Paulo para comemorar os 40 anos da<br />
Associação Brasileira de Gerenciamento de<br />
Riscos e saber das tendências do mercado<br />
para a mitigação e colocação de novos<br />
negócios.<br />
Os artigos assinados são de<br />
responsabilidade exclusiva de<br />
seus autores, não representando,<br />
necessariamente, a opinião desta revista.<br />
4
gente<br />
CUIDADO COM PESSOAS<br />
A Akad Seguros nomeou<br />
Carolina Lima como<br />
a nova head de Gente e Gestão.<br />
Referência do chamado<br />
RH Estratégico, a executiva<br />
chega para otimizar os processos<br />
e decisões da área<br />
com uso de tecnologia, dados<br />
e indicadores. A intenção é ter no RH um ponto<br />
estratégico para desenvolver e captar talentos compatíveis<br />
com a cultura de inovação da seguradora,<br />
que vem se notabilizando no mercado com o desenvolvimento<br />
de produtos e soluções de atendimento<br />
baseados em Inteligência Artificial.<br />
Carolina tem um MBA pela Universidade<br />
de Brigham Young, nos Estados Unidos, referência<br />
nos estudos em recursos humanos. Ainda nos<br />
Estados Unidos, começou a absorver experiência<br />
em empresas com foco em inovação e modelos de<br />
negócio disruptivos. Participou do pilar de “People<br />
Transformation” da PricewaterhouseCoopers (PwC),<br />
atuando no hub de São Francisco, na California,<br />
onde prestou consultoria para empresas do Vale do<br />
Silício, como Apple, Facebook e Symantec.<br />
VENDAS NO SUL<br />
A AXA no Brasil tem<br />
feito algumas movimentações<br />
em sua equipe comercial<br />
nesse segundo semestre.<br />
Uma das novidades é a<br />
chegada de Guilherme Pisa,<br />
que assume a cadeira de superintendente<br />
Comercial da<br />
Regional Sul, respondendo a Gustavo Carvalho, diretor<br />
Comercial responsável pela região.<br />
Para a AXA, Guilherme traz sua vivência na<br />
região para fortalecer o alcance da marca junto aos<br />
corretores do Sul, buscando desenvolver parcerias<br />
sólidas e duradouras, suportando os planos de<br />
crescimento da companhia para os próximos anos.<br />
“Além da conquista de novos clientes, seguiremos<br />
muito próximos dos corretores que já são parceiros<br />
da AXA, suportando suas demandas e construindo<br />
soluções em conjunto”, explica Pisa.<br />
LÍDER DE RESSEGUROS<br />
A Aon apresentou Isabel Blazquez Solano<br />
como a nova CEO de sua unidade de negócios de<br />
Soluções em Resseguros no<br />
Brasil.<br />
Baseada no Rio de Janeiro<br />
e reportando-se à CEO<br />
de Reinsurance Solutions<br />
para a América Latina, Paula<br />
Ferreira, a nova líder da unidade<br />
ficará responsável também<br />
pelo escritório de São Paulo, além da sede na<br />
capital fluminense.<br />
Para Isabel, “ser parte de uma empresa prestigiada<br />
como a Aon Reinsurance Solutions e ser escolhida<br />
para esta função de liderança é uma honra<br />
e uma oportunidade incrível. Juntos, com o apoio<br />
dos colegas ao redor do mundo, construiremos<br />
uma forte equipe regional e local, capaz de oferecer<br />
serviços com excelência, superando as expectativas<br />
de nossos clientes”.<br />
REESTRUTURAÇÃO EM MARKETING<br />
Com o objetivo de fortalecer a estratégia de<br />
posicionamento de marca junto aos canais e clientes,<br />
a Zurich anunciou a reestruturação de parte do<br />
seu time com a criação de uma nova diretoria: Marketing<br />
e Clientes.<br />
Lucía Sarraceno, até<br />
então superintendente de<br />
Canais Digitais, Relacionamento<br />
com o Cliente, Inovação<br />
e Sustentabilidade, além<br />
de também responsável pela<br />
área de Transformação do<br />
Negócio (BTM) da seguradora,<br />
assume a liderança da nova diretoria e responde<br />
diretamente a Fabio Leme, atual diretor executivo<br />
de Personal Lines e Marketing da companhia.<br />
Além de Marketing e Clientes, a nova diretoria<br />
incluirá os times de Comunicação, Eventos e<br />
Reponsabilidade Social Corporativa (na superintendência<br />
de Marketing e Comunicação), bem como<br />
os times de Sustentabilidade e Inovação (incluindo<br />
Lean e automação de processos).<br />
6
CAPA<br />
HDI SEGUROS<br />
UMA NOVA EMPRESA,<br />
CHEIA DE POSSIBILIDADES<br />
APÓS AQUISIÇÃO, A HDI SEGUROS<br />
E A LIBERTY AINDA ATUARÃO<br />
COM AS MARCAS SEPARADAS<br />
Kelly Lubiato<br />
Após duas aquisições importantes<br />
no mercado de seguros, a<br />
operação de varejo da Sompo<br />
(através da aquisição da Sompo Consumer<br />
Seguradora S.A.) e a operação da Liberty<br />
Seguros na América Latina, incluindo<br />
Brasil, Chile, Colômbia e Equador, a<br />
HDI Seguros está em uma fase de consolidação.<br />
A aquisição da Liberty Brasil já<br />
foi aprovada pelo CADE, mas ainda está<br />
em fase de aprovação prévia pela Susep.<br />
A marca Liberty continuará sendo<br />
usada por um período de transição após<br />
a aquisição e possui uma predileção dos<br />
corretores de seguros em muitas regiões.<br />
"Ela é tão grande que merece uma marca<br />
exclusiva", comemora Eduardo Dal Ri,<br />
CEO da HDI Seguros. A nova marca - que<br />
irá substituir a Liberty no Brasil e que<br />
ainda está em construção - vai operar<br />
em todos os produtos de varejo que possuem<br />
relacionamento com os corretores<br />
de seguros. O CEO acredita que a aquisição<br />
da Liberty Brasil pode ensinar a HDI<br />
a operar em alguns tipos de negócios,<br />
como concessionárias, banking, grandes<br />
riscos e D&O. Por outro lado, a HDI já é<br />
a segunda seguradora em condomínio e<br />
empresarial para PME's. Haverá uma troca<br />
muito grande de informações e negócios,<br />
porque há corretores que operam<br />
com apenas uma das marcas e, agora,<br />
terão oportunidade de fazer negócios<br />
com uma nova companhia. "Somados,<br />
teremos 40 mil corretores. Meu desafio é<br />
sempre trazer um novo corretor que ainda<br />
não trabalha com a gente. Queremos<br />
chamar a atenção dos corretores e do<br />
mercado, para uma das maiores operações dos últimos tempos que<br />
criou a segunda maior companhia de seguros brasileira (automóvel<br />
e property)", enfatiza Dal Ri.<br />
O executivo da HDI tem uma grande experiência em operações<br />
de M&A, porque já participou de outros grandes projetos. A<br />
comunicação transparente é um dos fatores mais importantes para<br />
o sucesso e a continuidade dos negócios. O corretor de seguros entendeu<br />
que o que ele conhece da Liberty Seguros vai continuar em<br />
8
A comunicação transparente é um<br />
dos fatores mais importantes para<br />
o sucesso e a continuidade dos<br />
negócios”<br />
EDUARDO DAL RI, CEO<br />
uma nova marca, o que o tranquilizou muito. Enquanto a Susep não<br />
conceder a aprovação prévia para a aquisição da Liberty Seguros, a<br />
aquisição não pode ser concluída e, consequentemente, a integração<br />
das equipes das duas empresas não pode ser feita. Entretanto,<br />
Dal Ri também tranquiliza os colaboradores: "Vamos continuar atuando<br />
com a estrutura da Liberty e estamos chamando todos a construir<br />
a nova companhia. Não está feito porque precisamos conhecer<br />
os meandros dos negócios e seus sistemas, para depois estabelecer<br />
um juízo de valor em equipe. É um processo<br />
em andamento", garante o executivo.<br />
Operações como esta têm dois<br />
elementos muito importantes que não<br />
podem ser deixados de lado: os corretores<br />
de seguros e os talentos. Como exemplo<br />
de cuidado e de carinho com novos<br />
membros da equipe, Dal Ri cita a integração<br />
da equipe da Sompo Consumer<br />
ao novo prédio: "Quando eles chegaram<br />
aqui, já tinham crachá com o nome e foto<br />
na portaria, todas as senhas disponíveis e<br />
um funcionário da HDI para mostrar tudo<br />
o que fosse necessário. Fizemos uma semana<br />
com pipoca, cachorro-quente, bebida,<br />
para ser uma festa a chegada destas<br />
pessoas. É muito gratificante receber o<br />
feedback deles, falando sobre o conforto<br />
de ser bem recebido".<br />
A HDI Seguros consegue, agora, ter<br />
uma grande diversificação da sua carteira<br />
de produtos. Uma companhia saudável e<br />
promissora tem pouca dependência de<br />
apenas uma carteira. O automóvel é, e vai<br />
continuar sendo, a carteira-chefe da seguradora.<br />
Porém, o CEO informa: "Com a<br />
diversificação, encontramos outros caminhos<br />
e outras possibilidades. O mercado,<br />
como um todo, está crescendo muito. Se<br />
eu foco em apenas uma carteira, eu sigo<br />
a sorte de só um mercado, o que é muito<br />
ruim. Olhamos muito para a economia do<br />
Brasil e vendo quais são as parcelas que<br />
estão crescendo, como o agronegócio.<br />
Nossa carteira de agro está aumentando,<br />
principalmente na área de equipamentos".<br />
Dal Ri já adianta que, em breve, a<br />
seguradora entrará também no segmento<br />
de cultivo. O objetivo é conseguir distribuir<br />
mais produtos através do mesmo<br />
9
CAPA<br />
HDI SEGUROS<br />
corretor, o tão conhecido cross selling. "O<br />
corretor que distribui seguro automóvel<br />
ou residencial, pode oferecer um produto<br />
de vida". Com a junção dos negócios da<br />
Sompo Consumer e da Liberty no Brasil,<br />
a HDI chega à produção de quase R$ 700<br />
milhões, com apenas dois produtos.<br />
SEGURO AUTOMÓVEL<br />
O seguro de automóvel agora conta<br />
com uma variedade maior no portfólio<br />
da companhia. A Alliro é uma seguradora<br />
de entrada, é uma opção da "segunda"<br />
liga, de roubo e furto e RCF. A nova marca<br />
da Liberty após a aquisição e a marca da<br />
HDI também não irão se dedicar ao mesmo<br />
segmento de seguros para veículos.<br />
Como o modelo ainda está em construção,<br />
é possível que haja uma diferenciação<br />
entre elas por porte. “As duas marcas<br />
vão se beneficiar mutuamente da qualidade<br />
e da escala mas, ao mesmo tempo,<br />
é explicar ao corretor (e, consequentemente,<br />
ao consumidor) qual é a proposta<br />
de valor de cada uma", avalia Dal Ri.<br />
O corretor que distribui seguro automóvel<br />
ou residencial, pode oferecer um produto<br />
de vida". Com a junção dos negócios da<br />
Sompo Consumer e da Liberty no Brasil,<br />
a HDI chega à produção de quase R$ 700<br />
milhões, com apenas dois produtos”<br />
EDUARDO DAL RI, CEO<br />
Agora, com as novas marcas unidas, o novo<br />
desafio será criar um ambiente em que as empresas<br />
possam testar várias coisas, transformando-se<br />
em um protagonista em termos de tecnologia e<br />
inovação no mercado. "A melhor inovação é aquela<br />
que a gente vai melhorando no dia a dia".<br />
AGENDA ESG<br />
O Grupo Talanx, a qual a HDI pertence,<br />
tem ação listada na bolsa de Frankfurt. A seguradora<br />
começou um extenso programa há dois<br />
anos para se adequar à agenda ESG. Para a com-<br />
10
panhia, assim como todo o mercado brasileiro, a Governança já é<br />
bastante regulada e fiscalizada, através das resoluções que exigem<br />
reservas, regras de aceitação, condições contratuais etc. Para 'E' (ambiente)<br />
é preciso dar o exemplo e, cada um, fazer a sua parte. A HDI<br />
está antenada com a necessidade de cuidar de todo o ecossistema.<br />
"Até 2030, é preciso zerar toda a emissão de carbono", comenta Dal<br />
Ri. Ele conta que a empresa reuniu alguns funcionários na Bacia da<br />
Represa de Guarapiranga, em São Paulo, para plantar 1400 árvores.<br />
"É uma associação nossa com uma ONG de recuperação da mata<br />
ciliar da represa. Sabemos que são pequenas ações, mas queremos<br />
despertar nossos colaboradores para que eles demandem mais iniciativas.<br />
Estamos preparando a nossa turma para pensar ESG, para<br />
depois levar para fora", aponta o executivo.<br />
A dedicação agora é para o 'S' (social). "Estamos olhando<br />
muito para a equidade de gênero", antecipa o CEO da HDI. 50% dos<br />
cargos de gestores executivos precisam<br />
ser preenchidos por mulheres, necessariamente.<br />
É uma questão de olhar para o<br />
que acontece na sociedade.<br />
A empresa cresceu muito no equilíbrio<br />
de gênero desde a chegada do CEO.<br />
Se antes apenas 17% dos gestores executivos<br />
eram mulheres, hoje já são 35%<br />
(leia no Box). As mulheres estão prontas<br />
para ocupar quaisquer cargos de liderança.<br />
Nos cursos de graduação, mestrado e<br />
doutorado, elas já são maioria. "Estamos<br />
dando oportunidade para as mulheres<br />
ocuparem os seus lugares de direito",<br />
complementa.<br />
ELAS LIDERAM<br />
O principal objetivo deste programa é de tanto reduzir o gap de diferenças de oportunidades de carreira<br />
entre mulheres e homens, como impulsionar uma cultura de mais equidade e oportunidades justas para as<br />
mulheres. No primeiro nível, o Elas Lideram é um programa de aceleração da liderança feminina que dá oportunidade<br />
e estimula a ascensão das mulheres na HDI, empodera para assumirem maior protagonismo em suas<br />
carreiras, promove autoconhecimento a fim de se tornarem líderes de si mesmas.<br />
Num segundo momento, o programa desenvolve tanto as mulheres que já ocupam cadeiras de liderança<br />
em cargos iniciais e precisam fortalecer as habilidades de liderança incluindo o contexto de saúde mental,<br />
bem-estar integrado com a vida profissional, assim como desenvolve habilidades, competências e perspectivas<br />
necessárias para uma liderança feminina transformadora, para líderes mulheres em posições estratégicas.<br />
Já foram formadas mais de 150 mulheres desde que iniciamos o programa em 2020. Hoje a representatividade<br />
de mulheres em cargos de liderança passou de 27% (em 2021) para 35% atualmente.<br />
11
EVENTO<br />
FIDES RIO 2023<br />
Negócios multinacionais<br />
ENCONTRO SE CONSAGRA PELA<br />
REALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS, COM<br />
PARCEIROS DE DIVERSOS PAÍSES E<br />
CULTURAS DIFERENTES<br />
Kelly Lubiato, do Rio de Janeiro<br />
Oficialmente, foram dois dias e<br />
meio de evento, no Rio de Janeiro.<br />
Mas, na prática, foi muito mais<br />
do que isso. Além dos encontros oficiais<br />
no Windsor Oceânico, a 38a. Conferência<br />
Hemisférica de Seguros - promovida<br />
pela Federação Interamericana de Seguros<br />
e organizada pela Confederação<br />
Nacional das Seguradoras - teve uma<br />
programação intensa de jantares e coqueteis<br />
espalhados pela orla carioca.<br />
A presença e participação de líderes dos três poderes mostrou<br />
a importância que a indústria de seguros quer conquistar no<br />
cenário econômico brasileiro. A abertura oficial contou com a participação<br />
do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto<br />
Barroso; do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; do Governador<br />
do Rio de Janeiro, Claudio Castro; e do prefeito do Rio de Janeiro,<br />
Eduardo Paes. Destes, a mensagem mais importante veio do presidente<br />
do Senado, responsável por colocar em pauta novamente o<br />
PL 29/17, que regula os contratos de seguro. Segundo o senador,<br />
o projeto poderá ser analisado por uma comissão que estuda a revisão<br />
do Código Civil, no qual ele seria incorporado. Esta comissão<br />
de juristas conta com a participação da advogada Angelica Carlini.<br />
Entretanto, fontes do mercado de seguros acreditam que o PL 29/17<br />
será mesmo aprovado pelo Senado o mais breve possível.<br />
Esta edição da Fides elegeu a sustentabilidade como tema<br />
central. “Seguros para um mundo mais sustentável” foi a diretriz do<br />
evento. O compromisso com a pauta da sustentabilidade ganhou<br />
visibilidade para a conferência. “No momento em que o país se prepara<br />
para sediar a Cop30 em 2025, temos que pensar ferramentas<br />
e metodologias para enfrentar eventos climáticos mais severos e<br />
frequentes. Nós temos como minimizar os prejuízos e viabilizar a<br />
12
Abertura oficial da Fides Rio 2023<br />
Tony Blair, ex-premiê britânico<br />
Fernando Viquez, anfitrião da Fides Pura Vida 2025<br />
Dyogo Oliveira e Rodrigo Bedoya<br />
transição energética. Temos que oferecer<br />
maior previsibilidade e confiança para a<br />
sociedade. Faço uma convocação para<br />
o setor para entregar mais resultados e<br />
ferramentas inovadoras para a transição<br />
para a sustentabilidade”, convocou Dyogo<br />
Oliveira, presidente da CNseg.<br />
Oliveira apontou que muito já foi<br />
feito, mas ainda há vários desafios, com<br />
mensagens mais claras para a sociedade<br />
sobre a função do setor de seguros. Esta<br />
é a importância da mesa de abertura<br />
com autoridades tão importantes, para<br />
mostrar à sociedade sua marca. “A grande<br />
missão do setor é fazer com que a sociedade<br />
perceba os seus papeis e para que o<br />
crescimento do mercado contribua para a<br />
melhoria de qualidade de vida das pessoas<br />
e das empresas”, pontuou Oliveira.<br />
Rodrigo Bedoya, presidente da<br />
Fides, também acredita que o tema que<br />
mais preocupa o setor atualmente são as<br />
mudanças climáticas, que afetam várias<br />
partes do globo com incêndios, inundações,<br />
secas etc, que geram um nível de<br />
perdas que o mercado não consegue sustentar<br />
com os preços atuais. “Há estudos<br />
que mostram que há uma diferença entre<br />
os preços atuais e o que se deveria cobrar<br />
da ordem de 40%. Se formos cobrar<br />
13
EVENTO<br />
FIDES RIO 2023<br />
Painel Dive In, sobre diversidade<br />
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado<br />
pelos riscos os prêmios em valores técnicos,<br />
as pessoas não poderiam pagar.<br />
No curto prazo, temos que encontrar a<br />
maneira de tarifar corretamente os riscos<br />
para que haja massa crítica suficiente, e<br />
trabalhando para que a frequencia também<br />
seja reduzida”.<br />
SUSTENTABILIDADE CLIMÁTICA E<br />
FINANCEIRA<br />
O ex-primeiro ministro britânico,<br />
Tony Blair, afirmou que o Brasil pode ser<br />
um líder no bloco de países do Sul Global.<br />
“Um país pode obter destaque por sua<br />
atuação geopolítica ou pelo sucesso da<br />
sua economia. O Brasil está avançando<br />
em suas reformas, agora precisa cuidar<br />
do debate da transição energética e da<br />
preservação das matrizes de energia limpa”,<br />
afirmou durante sua apresentação na<br />
Fides 2023.<br />
Para Blair, é preciso haver vontade<br />
política para que os investimentos<br />
necessários para a transformação digital<br />
sejam feitos. Ele citou como exemplo o<br />
avanço da Coreia do Sul no cenário internacional<br />
como exemplo de políticas<br />
desenvolvimentistas. E colocou a China<br />
e a Índia como as novas potências globais.<br />
Ele aconselhou: “os políticos em<br />
Paul Krugman, economista<br />
14
EVENTO<br />
FIDES RIO 2023<br />
Armando Vergílio, em primeiro plano<br />
Luis Roberto Barroso, presidente do STF<br />
geral ficam confortáveis falando sobre<br />
temas dos quais não conhecem. Acho<br />
que a segurança cibernética, com a inteligência<br />
artificial, tem proposta boa,<br />
mas que pode ser olhada com objetivos<br />
ruins. O desafio é como se proteger das<br />
capacidades e habilidades de quem faz<br />
os ataques cibernéticos. Os governos<br />
precisam de ajuda, porque a medida<br />
que a tranformação digital acelera, haverá<br />
mais possibilidades de uso de ataques<br />
para causarem destruição na vida<br />
das pessoas”.<br />
Ainda no campo internacional, o<br />
prêmio Nobel de economia, Paul Krugman,<br />
alertou que a inflação causada pelo<br />
impacto econômico da pandemia vem<br />
caindo de forma consistente nos Estados<br />
Unidos e na Europa, mesmo que a taxa<br />
de juros se mantenha persistentemente<br />
elevada nessas regiões.<br />
“Com a economia se fortalecendo<br />
a taxas elevadas de juros, as pessoas estão<br />
perdendo a fé de que elas voltarão ao<br />
patamar pré-pandemia. Os efeitos dessa<br />
alta de juros ainda não se apresentaram<br />
por completo. É possível que haja um<br />
enfraquecimento da economia e as taxas<br />
voltem a cair”, afirmou Krugman.<br />
O que se viu na Fides, quando o<br />
assunto era tendências, é que é preciso começar a olhar para as perdas<br />
econômicas causadas pelos danos climáticos, além dos riscos<br />
que envolvem a ciber segurança, o gap de proteção e os impactos<br />
da transição demográfica.<br />
DISTRIBUIÇÃO<br />
Assim como no Brasil, os países da América Latina ainda dependem<br />
da comercialização feita pelos corretores de seguros. Além<br />
do presidente da Fenacor, Armando Vergilio, que recebeu convidados<br />
para um café da manhã no evento, o representante dos distribuidores<br />
argentinos também conversou com a audiência. Vergilio<br />
afirmou que o maior desafio é “a falta de produtos inovadores e a<br />
concentração evidente e iminente do mercado de seguros, que trazem<br />
como efeito colateral a constituição de um limitador de crescimento<br />
efetivo de proteção a ser oferecida à população brasileira,<br />
permitindo, inclusive, que as associações de socorro mútuo surjam<br />
e, em uma verdadeira reengenharia do risco, reciclem aqueles que<br />
as sociedades seguradoras não tiveram interesse ou não conseguiram<br />
subscrever pelas razões mais diversas possíveis”.<br />
Sebastián Del Brutto, presidente da Asociación Argentina de<br />
Productores de Seguros, falou sobre a situação da distribuição de<br />
seguros na Argentina. Ele informou que aumentou a quantidade de<br />
corretores de seguros em 10% no último ano. 68% da distribuição<br />
é feita por corretores de seguros, com 11% de agentes e o restante<br />
em vendas diretas.<br />
As companhias têm necessidade de crescer rapidamente e<br />
esperam que os corretores tenham mais velocidade na expansão<br />
dos negócios. “Os canais bancários criam problemas para os clientes<br />
tanto no intervalo da aquisição e do compromisso quanto no<br />
atendimento, quando não resolvem as questões e dúvidas, gerando<br />
clientes frustrados, o que é ruim para o mercado como um todo”,<br />
revelou Brutto.<br />
16
FIDES 2023<br />
INTER RISK SERVICES<br />
A importância do olho no olho<br />
Fernando Coelho, Dalve Ortolani e Chris Stallmann<br />
BRASIL OFERECE CONDIÇÕES<br />
ECONÔMICAS MAIS FAVORÁVEIS,<br />
O QUE DESPERTA O INTERESSE DE<br />
MERCADOS INTERNACIONAIS<br />
Kelly Lubiato<br />
A<br />
oportunidade de estar próximo<br />
aos parceiros levou a Inter<br />
Risk Services a participar<br />
da Expo Fides 2023. Em um momento<br />
em que a estimativa de crescimento do<br />
mercado para 2023 sobe para 9,4%, segundo<br />
a CNseg, é compreensível a vontade<br />
das empresas estrangeiras de se<br />
aproximarem do setor. Para a Inter Risk<br />
Services não é diferente. Por isso, o vice-<br />
-presidente sênior da Amwins, empresa<br />
controladora do broker, veio ao País para<br />
conhecer os clientes e demonstrar toda<br />
a capacidade da empresa, investindo no<br />
relacionamento “olho no olho”.<br />
Chris Stallmann, vice-presidente<br />
sênior da Amwins para América Latina,<br />
ressaltou a importância da nossa economia e a oportunidade de fazer<br />
bons negócios. "O Brasil é estratégico para o grupo por conta<br />
da sua importância na América Latina e também pela possibilidade<br />
de crescimento do mercado de seguros, muito além das carteiras<br />
nas quais já operam fortemente, como aviação e marítimo. A aposta<br />
para ampliação da receita está em property & casualty e, com maior<br />
intensidade, em benefícios".<br />
“Energia, infraestrutura e óleo & gás. Nós temos um forte conhecimento<br />
de portos, aeroportos, empresas de mineração, energia<br />
(majoritariamente em empresas de energias renováveis)”, ressalta<br />
Dalve Ortolani, CCO da Inter Risk.<br />
Para contribuir com este nicho em franco crescimento, o das<br />
empresas de energias renováveis, o broker pretende compartilhar<br />
todo o conhecimento global da Amwins com os clientes brasileiros.<br />
“Estamos trazendo esta estrutura para dar assistência a estes clientes<br />
Nossa estrutura segmentada por indústrias é fundamental<br />
para garantir o conhecimento e o acompanhamento<br />
próximo de todos os negócios, do começo ao fim”<br />
FERNANDO COELHO, CSO da Inter Risk<br />
20
Energia, infraestrutura e óleo & gás. Nós temos um<br />
forte conhecimento de portos, aeroportos, empresas de<br />
mineração, energia (majoritariamente em empresas de<br />
energias renováveis)”<br />
DALVE ORTOLANI, CCO da Inter Risk<br />
e prover soluções e melhores serviços”, explica Fernando Coelho, CSO<br />
da Inter, acrescentando que a empresa está contratando executivos<br />
experientes, com mais de 30 anos de mercado. “Nós acreditamos que<br />
este tipo de conta precisa de pessoas experientes, que conheçam o<br />
mercado e sejam capazes de estabelecer as melhores condições contratuais<br />
para os clientes”. De 20 contratações no último ano, pelo menos<br />
60% eram pessoas maiores de 50 anos.<br />
Esta especialização é necessária para que a empresa siga o<br />
seu DNA de atender riscos complexos e grandes. “Para isso, mantemos<br />
uma equipe de profissionais focados em resseguros que possibilitam<br />
grandes acordos”, explica Ortolani.<br />
Stallmann destaca que o seu trabalho é trazer soluções para<br />
riscos complexos. “Queremos ser o parceiro que está presente, dando<br />
suporte ao time local”. Para isso, a empresa conta com quase 500<br />
colaboradores em Londres, por exemplo. Ele afirma que, nos Estados<br />
Unidos, a Amwins provê soluções para mais de 20 mil agentes. A<br />
Amwins, ao longo dos últimos anos, vem contratando especialistas<br />
da indústria marítima, de óleo e gás, etc, o que torna seu time um<br />
“faixa preta” para prover soluções complexas globalmente.<br />
A rede THB, que em 2021 passou por um rebranding no Reino<br />
Unido e passou a ser chamada de Amwins Global Risks, possui<br />
escritórios em Miami, México, Equador, Peru, Chile, Colômbia, Argentina<br />
e Uruguai. No Brasil haviam duas operações, Inter e THB,<br />
mas a operação foi simplificada com a venda da THB Brasil em abril<br />
deste ano. “Agora, a Inter Risk Services é nossa única operação no<br />
Brasil”, ratifica Stallmann.<br />
PLANOS PARA CRESCIMENTO<br />
Dalve Ortolani reforça o seu perfil comercial e diz que uma<br />
das principais estratégias para o crescimento da Inter é investir na<br />
abertura de novos escritórios nas principais cidades brasileiras.<br />
Queremos ser o parceiro que está presente, dando suporte<br />
ao time local”<br />
CHRIS STALLMANN, vice-presidente sênior da Amwins<br />
“Consideramos que quase 60% do PIB<br />
brasileiro está no eixo Rio-São Paulo, mas<br />
não podemos esquecer dos outros 40%.<br />
O que o cliente avalia antes de fechar<br />
uma grande conta? Ele quer conhecer o<br />
seu portfólio, a sua experiência na indústria,<br />
as pessoas que fazem parte da sua<br />
equipe. Por isso, contratamos pessoas<br />
com grande experiência e com boa reputação,<br />
porque, no final do dia, é a relação<br />
pessoal que conta para fechar negócios”,<br />
resume Ortolani. Para ele, a escolha da<br />
companhia de resseguros tem mais a ver<br />
com técnica; a escolha do broker, com<br />
confiança.<br />
A Inter está investindo na expansão<br />
para outras praças, mas mantém os setores<br />
de backoffice no bairro da Vila Olímpia,<br />
em São Paulo, e em Botafogo, no Rio<br />
de Janeiro, onde atuam quase 80 pessoas.<br />
Desde o começo da pandemia ela cresceu<br />
173%. “Estamos sempre abertos para futuras<br />
aquisições também”, adianta Ortolani.<br />
Para reforçar esta postura, Stallmann<br />
conta que a Amwins fez cerca de 60 aquisições<br />
nos últimos 20 anos e acrescenta:<br />
“a distribuição de seguros é um bom negócio.<br />
As taxas de juros globais diminuíram<br />
um pouco os negócios de M&A, mas<br />
a indústria do seguro provou ser um negócio<br />
resiliente”.<br />
“Nós estamos reenergizando o<br />
mercado de seguros com pessoas experientes,<br />
para prover os melhores termos e<br />
condições de forma simples. Somos conselheiros<br />
e estamos presentes em todas as<br />
etapas das negociações. Nossa estrutura<br />
segmentada por indústrias é fundamental<br />
para garantir o conhecimento e o acompanhamento<br />
próximo de todos os negócios,<br />
do começo ao fim”, pontua Coelho.<br />
Esta proximidade é reconhecida pelos<br />
clientes, que anualmente respondem<br />
a uma pesquisa de NPS. Na edição deste<br />
ano, a Inter atingiu a marca de 89 pontos.<br />
“Esta é uma boa métrica para entender<br />
que estamos prestando um bom serviço.<br />
Quando recebemos algum feedback, convidamos<br />
a pessoa a conversar para entender<br />
o que pode ser feito para melhorar o<br />
serviço. Olhamos com muita responsabilidade<br />
para a opinião do cliente, o que nos<br />
faz melhorar sempre”, considera Coelho.<br />
21
EVENTO<br />
FÓRUM DA LONGEVIDADE<br />
Grandes mulheres maduras mostram suas experiências<br />
DESDE A APRESENTAÇÃO ATÉ OS<br />
DEBATES, AS MULHERES BRILHARAM<br />
NESTE EVENTO PROMOVIDO PELA<br />
BRADESCO SEGUROS. CISSA<br />
GUIMARÃES, ZEZE MOTA, BRUNA<br />
LOMBARDI, MARGARETH DALCOMO E<br />
XUXA MOSTRARAM QUE É POSSÍVEL<br />
ENVELHECER BEM E DE FORMA ATIVA<br />
Kelly Lubiato<br />
O<br />
Grupo Bradesco Seguros realizou<br />
o XVI Fórum da Longevidade<br />
que reuniu grandes ícones das<br />
artes, da ciência e dos negócios. Mais de<br />
800 pessoas tiveram a oportunidade de<br />
meditar com a atriz Bruna Lombardi e de<br />
ouvir outra atriz, a grande Zeze Motta,<br />
cantar lindamente, depois de dividir suas<br />
experiências de vida. A cereja do bolo ficou<br />
por conta da participação da Rainha<br />
dos Baixinhos, Xuxa Meneghel.<br />
“As escolhas são muitos aderentes<br />
ao que ouvimos nos anos anteriores”, comentou<br />
o diretor de marketing do Grupo<br />
Bradesco Seguros, Alexandre Nogueira.<br />
“Quisemos mesclar opiniões e conteúdos<br />
que fossem ricos em vários aspectos,<br />
como é a questão da longevidade, baseada<br />
em pilares: conhecimento, saúde,<br />
parceria, amizade e finanças”.<br />
O médico gerontologista Alexandre<br />
Kalache, que também é consultor do<br />
Fórum da Longevidade, ressaltou a situação<br />
demográfica brasileira, um país que<br />
envelheceu muito rapidamente e de forma<br />
inadequada. Entretanto, Kalache afirmou<br />
que o Brasil possui pontos positivos<br />
para os idosos, como um Estatuto próprio,<br />
sistema de saúde pública universal e renda<br />
universal.<br />
Outro ponto alto do evento foi a<br />
participação da médica e professora Margareth<br />
Dalcomo. Ela foi uma das maiores<br />
defensoras da vacinação em massa durante<br />
a pandemia e disse que continuará<br />
lutando pelas pessoas que necessitam de<br />
atendimento médico.<br />
A partir da esquerda: Ivan Gontijo, Cissa Guimarães, Alexandre Kalache, Ney Dias,<br />
Xuxa, Jorge Nasser e Manuel Peres<br />
Dalcomo se definiu como um sexagenária no corpo de uma<br />
balzaquiana e contou que trabalha 14 horas por dia, atendendo, realizando<br />
pesquisas na Fiocruz do Rio de Janeiro, dando aulas e palestras,<br />
além de escrever para jornais. Após falar sobre sua atuação na pandemia,<br />
Dalcomo pediu a todos que se vacinem, pois este é o único meio<br />
de prevenção. Ela foi ovacionada em pé pela plateia.<br />
AUTOCUIDADO<br />
“A vida é um abraço de você em você mesmo e nas pessoas<br />
que te cercam. Se você tem empatia, olha para o outro e entende<br />
as diversidades, você está próximo do amor próprio e do amor ao<br />
próximo”, enfatizou a atriz Bruna Lombardi. Para ela, o fato da sociedade<br />
começar a discutir a longevidade, já é um grande avanço, mas<br />
é apenas um começo.<br />
O Fórum da Longevidade colocou em discussão a forma<br />
como a sociedade pode conviver em harmonia. Como disse o presidente<br />
da Bradesco Vida e Previdência, Jorge Nasser, esta é a primeira<br />
vez na humanidade em que sete gerações estão convivendo juntas.<br />
“Nossa contribuição é inspirar outras instituições a abrirem espaço<br />
para a discussão da longevidade. Temos orgulho de sermos o<br />
maior pagador de benefícios, de pensões, aposentadorias e indenizações.<br />
Forma mais de R$ 33 bilhões em 2022. Precisamos ter uma relação<br />
intergeracional. Não basta ficar imaginando que os velhos terão<br />
um problema no futuro. Nós somos os velhos”.<br />
Para fechar o evento, Xuxa lembrou que a gente é o que a<br />
gente come, o que a gente vive. Aos 60 anos, a Rainha dos Baixinhos,<br />
disse que se cuida muito e que mantém uma energia muito otimista.<br />
“Queria que alguém tivesse dito: cuida do teu sono, da energia boa,<br />
do que você come, porque tudo isso terá reflexo na sua vida. Eu tenho<br />
ainda muita coisa para fazer e não irei me aposentar tão cedo.<br />
A lição é que temos que cuidar do que somos hoje, para sermos<br />
melhores no futuro. É preciso cuidar da saúde financeira, emocional<br />
e física. O futuro ainda vai longe.<br />
22
EVENTO<br />
CONEC<br />
Corretor é, e sempre será, o protagonista<br />
na distribuição de seguros no Brasil<br />
AUTORIDADES, REPRESENTANTES DE ENTIDADES E EXECUTIVOS ESTIVERAM REUNIDOS DURANTE OS<br />
TRÊS DIAS DO CONEC 2023 PARA COMENTAREM SOBRE O NOVO CENÁRIO DE SEGUROS NO BRASIL,<br />
DESTACANDO O PAPEL DO CORRETOR COMO FUNDAMENTAL PARA O SETOR SUPERAR SEUS DESAFIOS<br />
Kelly Lubiato e Nicole Fraga<br />
10 mil pessoas participaram dos três dias do Congresso<br />
O<br />
corretor é a chave para o mercado<br />
de seguros superar desafios<br />
e crescer no Brasil. Com o tema<br />
“Superação”, palavra que define a atuação<br />
desses profissionais, aconteceu entre<br />
os dias 5 e 7 de outubro o Conec 2023 em<br />
São Paulo, no Transamerica Expo Center.<br />
O evento foi organizado pelo Sincor-SP<br />
(Sindicato dos Corretores de Seguros do<br />
Estado de São Paulo), que na programação<br />
do evento reuniu representantes dos<br />
mais diversos segmentos do setor para<br />
debater o futuro dos corretores de seguros.<br />
Além disso, o público pode acompanhar<br />
palestras simultâneas, shows e<br />
participar da feira de negócios com os<br />
principais players do setor.<br />
Na abertura do Congresso, Boris Ber, presidente do Sincor-SP,<br />
destacou a importância do Congresso e da feira para movimentar a<br />
inovação no setor. “Depois de cinco anos, estamos na plenitude de<br />
poder exercer um dos pontos mais importantes da profissão corretor<br />
de seguros: o relacionamento profissional e interpessoal. O corretor<br />
de seguros é a prova viva da resiliência do setor, principalmente<br />
depois da Covid-19, e precisamos estar unidos para que, junto<br />
aos sindicatos, federações e seguradoras, possamos desenvolver o<br />
segmento”.<br />
Ber ainda ressaltou o papel do estado de São Paulo no desempenho<br />
do mercado, que representa 40% da arrecadação do setor,<br />
além de ser onde se encontra o maior número de profissionais.<br />
Na região, estão ativos 30.078 corretores de seguros Pessoas Físicas<br />
e 22.122 corretores Pessoas Jurídicas, de acordo com a Fenacor (Federação<br />
Nacional dos Corretores de Seguros). “O Sincor-SP voltou<br />
a ultrapassar a marca de 10 mil sócios. Isso é motivo de muita alegria,<br />
e em um evento do tamanho do Conec podemos demonstrar<br />
24
a força da nossa categoria para as empresas e o órgão regulador”.<br />
Na plenária de abertura do Congresso, Alessandro Octaviani,<br />
superintendente da Susep (Superintendência de Seguros Privados),<br />
falou sobre como superar o atual estágio do mercado de seguros no<br />
Brasil e o papel da entidade para trazer mais acessibilidade ao setor.<br />
“Temos três desafios regulatórios que a Susep visa superar para atingir<br />
a total harmonia na nossa indústria, e o corretor é a chave para<br />
todos eles. Quando falamos de seguro, somente os corretores, por<br />
serem profissionais extremamente capacitados e que conhecem o<br />
consumidor como ninguém, estão aptos para atuar na distribuição”.<br />
Segundo Octaviani, um dos desafios que o mercado enfrenta<br />
é a falta de uma política nacional de seguros. “Sem isto, não há a possibilidade<br />
de aumentar o acesso da população aos nossos produtos.<br />
O corretor é extremamente importante para termos um mercado<br />
pujante, e deve ser escutado para construirmos uma regulamentação<br />
que conecte os investimentos captados na poupança popular<br />
com os grandes planos de desenvolvimento nacional, alimentando<br />
a nossa base de produtos e clientes”.<br />
O superintendente também falou sobre a importância da<br />
qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas de seguros,<br />
pois a partir disso o cliente terá mais confiança no momento<br />
de contratar uma apólice. “Devemos incentivar o aumento da nossa<br />
indústria na atual base do consumidor brasileiro, propiciando os<br />
incentivos corretos aos corretores e melhorando os produtos. Para<br />
isso, devemos ter uma política nacional de qualidade de seguros,<br />
garantindo o melhor atendimento ao segurado tanto no pré como<br />
no pós-venda”.<br />
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg (Confederação Nacional<br />
das Seguradoras), comentou sobre o papel da entidade no diálogo<br />
com o Governo, demonstrando a importância do mercado de<br />
seguros para a economia e a sociedade. No mês de outubro, Oliveira<br />
esteve reunido com o ministro Fernando Haddad para falar<br />
sobre a aprovação do PL 29/2017, que tem como objetivo mudar<br />
os contratos de seguros do Brasil. “Queremos e temos a obrigação<br />
de aumentar a proteção financeira dos brasileiros e a transparência<br />
daquilo que vendemos, construindo uma relação mais próxima com<br />
o segurado”.<br />
Oliveira também falou sobre a revisão da projeção do crescimento<br />
do mercado de seguros para este ano, divulgada pela<br />
CNseg recentemente. Em novembro de 2022, a expectativa era de<br />
que o setor crescesse 10,1%. Analisando os dados da indústria até<br />
setembro, a Confederação estima que o segmento deve aumentar<br />
9,4% em 2023. ”É um número ótimo, mas ainda somos capazes de<br />
crescermos mais ainda e protegermos mais pessoas. E aí vem a importância<br />
de uma ação combinada entre Governo, seguradoras e<br />
corretores para que o seguro chegue à população de baixa renda.<br />
67% dos trabalhadores brasileiros ganham menos de dois salários<br />
mínimos, por isso temos que ter uma regulação que torne o seguro<br />
mais simples, acessível e fácil de vender e contratar”.<br />
Rivaldo Leite, presidente do Sindseg-SP (Sindicato das Seguradoras<br />
do Estado de São Paulo) e CEO da Porto Seguro, também<br />
participou da plenária de abertura do Conec 2023 e ressaltou a capacitação<br />
do corretor de seguros como fundamental para o sucesso<br />
Boris Ber<br />
do mercado. “Em um mundo globalizado<br />
e conectado, não há a necessidade de<br />
ser uma pessoa da indústria para ajudar<br />
na expansão do mercado de seguros.<br />
Entretanto, é nosso dever oferecer o conhecimento<br />
necessário para que estes<br />
profissionais tragam a inovação que o<br />
setor precisa. Nosso segmento cuida de<br />
pessoas, dando atenção às suas necessidades<br />
e aos riscos aos quais elas estão expostas.<br />
Isto é uma atividade humana, não<br />
podendo ser substituída por qualquer<br />
tecnologia”.<br />
Armando Vergílio, presidente da<br />
Fenacor, reforçou durante a sua apresentação<br />
a importância do PDMS (Plano de<br />
Desenvolvimento do Mercado de Seguros)<br />
para o setor dobrar a sua participação<br />
no PIB nos próximos sete anos, o que<br />
deve abrir grandes oportunidades de negócios.<br />
“O Brasil é a oitava economia no<br />
mundo. Entretanto, somos o 18º mercado<br />
de seguros. Isso prova que algo está errado.<br />
Não podemos continuar numa posição<br />
pacífica. O corretor conhece como<br />
ninguém os limites financeiros e os planos<br />
para o futuro do cliente. Para continuar<br />
sendo protagonista, o corretor deve<br />
continuar se qualificando, estando antenado<br />
às tendências mundiais para ofertar<br />
o que há de melhor à sua carteira”.<br />
TECNOLOGIA É ALIADA NO<br />
ATENDIMENTO AO CLIENTE<br />
Na segunda plenária do Conec<br />
2023, executivos também deixaram claro<br />
que a tecnologia nunca irá substituir o<br />
atendimento e conhecimento do corretor<br />
25
EVENTO<br />
CONEC<br />
Camila Correia e Boris Ber<br />
de seguros. Presidentes de grandes seguradoras<br />
comentaram sobre o novo cenário<br />
de seguros no Brasil, a importância<br />
dos corretores para a operação do setor e<br />
como a mudança nos hábitos de consumo<br />
trazem novas oportunidades para a<br />
indústria. O debate foi mediado por Marcos<br />
Abarca e Fernando Alvarez, da diretoria<br />
do Sincor-SP.<br />
Patrícia Chacon, CEO da Liberty<br />
Seguros, abriu o painel falando sobre o<br />
papel das lideranças na renovação do<br />
mercado e como acompanhar as preferências<br />
dos clientes. “Como gestores e<br />
líderes do setor, nosso papel é reinventar<br />
o negócio a cada ciclo. O consumidor<br />
está mudando suas preferências, e isso<br />
demanda que estejamos conectados na<br />
personalização da oferta. Assim como o<br />
cliente está evoluindo e mudando, vemos<br />
transformação na forma de atendimento.<br />
Isso abre um mar de oportunidades para<br />
o nosso segmento, trazendo a possibilidade<br />
de uma maior parcela da população<br />
brasileira estar segurada. Também vemos<br />
preferência em termos de atendimento,<br />
com cada vez mais as pessoas preferem o<br />
digital, mas também é necessário o contato<br />
humano. Nós acreditamos que para<br />
navegar nesses tempos de mudanças temos<br />
que caminhar em sintonia”.<br />
Eduardo Dal Ri, CEO da HDI Seguros,<br />
comentou sobre a recente compra<br />
da operação da Liberty na América Latina<br />
pela HDI. Em julho, o CADE (Conselho<br />
Administrativo de Defesa Econômica)<br />
Painel: Novo cenário de seguros no Brasil<br />
aprovou a aquisição, que ainda aguarda o aval da Susep (Superintendência<br />
de Seguros Privados). Até lá, cada empresa segue operando<br />
de forma independente. Segundo o executivo, com a junção<br />
das marcas, o engajamento dos corretores e a transição de talentos<br />
de uma companhia para outra são os pilares estratégicos desta<br />
operação.<br />
“Já tive experiências anteriores neste tipo de aquisição, e<br />
acredito que o apoio dos corretores é a chave para o sucesso. A HDI<br />
e a Liberty são duas companhias que têm no DNA a co-criação de<br />
produtos junto aos parceiros. Nosso principal objetivo é transmitir a<br />
reputação da Liberty para uma nova marca”, disse Dal Ri.<br />
O diretor executivo de Operações, Tecnologia e Sinistros da<br />
Tokio Marine, Adilson Lavrador, representando o presidente da companhia,<br />
José Adalberto Ferrara, falou sobre a evolução tecnológica<br />
e o seu impacto no negócio dos corretores. Para Lavrador, a pandemia<br />
de Covid-19 serviu para mostrar o quanto o mercado de seguros<br />
amadureceu em termos de tecnologia. “No lockdown, colocamos<br />
rapidamente nossos colaboradores em home-office e passamos a<br />
nossa operação totalmente para o digital. Isso trouxe para a indústria<br />
um novo tipo de consumidor, que passou a experimentar nossos<br />
serviços de forma online, o que nos obrigou a aprimorar nossos canais<br />
de atendimento”.<br />
Lavrador ressaltou que, apesar da digitalização, é fundamental<br />
a humanização durante o atendimento. “E só quem oferece isso<br />
é o corretor. Apesar do crescimento sustentável do setor passar pela<br />
tecnologia, o corretor é quem tem o cliente na mão, ele é quem constrói<br />
o elo entre o segurado e a seguradora. Temos uma base muito<br />
grande, alimentada principalmente por esses parceiros, e devemos<br />
usá-la para desenhar novas coberturas securitárias”.<br />
Edson Franco, CEO da Zurich, afirmou durante a sua apresentação<br />
que discutir o futuro do corretor é um falso dilema. “Há 25<br />
anos escuto que o corretor ia acabar. Atualmente, com a chegada do<br />
Open Insurance, muito se fala do papel desse profissional no nosso<br />
mercado. Não existe ameaça ao papel do corretor, pois ele é parte da<br />
cultura do nosso setor, e nada irá substituir sua força na distribuição<br />
de seguros no Brasil”.<br />
26
O executivo apresentou alguns dados que chamaram a atenção<br />
da platéia. De acordo com Franco, menos 25% da frota de veículos<br />
no Brasil é segurada, apenas 17% das residências contam com<br />
uma apólice e somente 7% dos brasileiros têm um seguro de vida.<br />
“Nenhuma suposta ameaça é maior do que a baixa penetração de<br />
seguros no Brasil. A tecnologia vem para ajudar a nossa operação,<br />
facilitando no momento da venda dos produtos. Se colocarmos na<br />
cabeça que, a partir de uma missão social temos uma oportunidade<br />
de negócios, podemos tornar o nosso país o maior mercado de seguros<br />
do mundo”.<br />
Felipe Nascimento, CEO de Seguros da Mapfre no Brasil, reforçou<br />
que com o aumento do nível da sensibilidade ao risco da<br />
população, o protagonismo do corretor aumentou. “As mudanças<br />
e evolução tecnológica parecem imparáveis, e com isso teve até<br />
mudança comportamental. Nossa missão é aumentar a parcela da<br />
sociedade coberta pelo seguro e fazê-la entender a importância de<br />
estar protegida. Com o nível da qualidade da gestão de portfólio<br />
que o corretor de seguros oferece, é praticamente impossível que<br />
outro agente faça da mesma forma”.<br />
Já o presidente do Grupo Bradesco Seguros, Ivan Gontijo,<br />
disse que o papel das seguradoras é ouvir seus parceiros, trazendo<br />
novas ideias e aperfeiçoando os serviços oferecidos pelo segmento.<br />
”Atualmente, o produto seguro deve ser o mais personalizável<br />
possível, sendo quase um taylor made. Quando falamos de comunicação<br />
para o mercado de seguros, o que devemos ressaltar não é o<br />
aumento do ganho das seguradoras, mas sim a proteção que oferecemos<br />
e o quanto retornamos à sociedade através de indenizações”.<br />
Gontijo anunciou que a Bradesco Seguros espera alcançar<br />
R$ 100 bilhões em faturamento neste ano. “90% dessa arrecadação<br />
vem dos corretores. O nosso mercado virou um ecossistema, e<br />
é dentro desse ecossistema que o corretor tem um papel determinante<br />
para que possamos aumentar a penetração do setor no Brasil.<br />
Quanto melhor a aceitação e a subscrição de riscos, melhor iremos<br />
atender o cliente no momento em que ele mais precisa da gente,<br />
além de oferecermos melhores ferramentas aos nossos parceiros”.<br />
Alexandre Camillo, corretor de seguros, ex-presidente do Sincor-SP<br />
e ex-superintendente da Susep, comentou sobre a sua visão<br />
do setor e o que o mercado pode esperar para o futuro. “Através da<br />
minha experiência, pude estar em diversos balcões e ter uma visão<br />
privilegiada da nossa indústria, e posso afirmar que o nosso futuro<br />
construímos no presente. Estamos em um momento de mudança social,<br />
o que abre porta para novos riscos, como os riscos cibernéticos<br />
e até mesmo os climáticos. O produto seguro supre essa demanda<br />
de maneira incomparável, e atuando como um agente de bem-estar<br />
social, o corretor continuará sendo o canal preferido do cliente”.<br />
RECONHECIMENTO DO GOVERNO<br />
O Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, fez uma rápida participação<br />
no evento. Em seu discurso oficial, ele enalteceu o setor<br />
de seguro saúde por contribuir para desafogar a lotação do serviço<br />
público.<br />
Logo após se apresentar, o prefeito participou de uma coletiva<br />
de imprensa, na qual foi questionado sobre a possibilidade de<br />
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e Boris Ber<br />
dialogar com a indústria de seguros para<br />
a criação de um seguro social. “Temos em<br />
São Paulo cerca de 13 mil casas em área<br />
de risco R4 (o maior nível na métrica da<br />
Prefeitura) e estamos fazendo muitas<br />
obras. As mudanças climáticas trazem<br />
riscos de inundação, por exemplo, pelo<br />
grande acúmulo de água em um curto<br />
período de tempo, o que gera muitos sinistros”,<br />
disse Nunes.<br />
Ele acrescentou que a Prefeitura<br />
está realizando obras para tentar minimizar<br />
as enchentes na cidade. “Para proteger<br />
a vida das pessoas, é possível criar um<br />
seguro social, mas precisamos de uma<br />
discussão mais ampla”, afirmou o Prefeito,<br />
assumindo que este assunto nunca fez<br />
parte de uma pauta do Poder Executivo<br />
Municipal. Sobre os corretores de seguros<br />
e o evento, Nunes ressaltou a importância<br />
dos profissionais, principalmente como<br />
geradores de emprego e renda para a cidade.<br />
Para contribuir com o mercado<br />
de seguros indiretamente, a Prefeitura<br />
realizou a instalação de equipamentos<br />
em 100 veículos (táxis e carros de<br />
aplicativos) para identificar a variação<br />
da qualidade asfáltica. O equipamento<br />
desenvolvido pela USP (Universidade<br />
de São Paulo) identifica a trepidação e<br />
presença de buracos e, a partir deste<br />
mapeamento, é feito o recapeamento<br />
da cobertura de asfalto da cidade para<br />
evitar acidentes e transtornos para os<br />
cidadãos.<br />
27
EVENTO<br />
EXPOSEG<br />
Negócios, brindes e relacionamento<br />
A FEIRA QUE ACONTECE EM PARALELO AO CONEC TEVE ESTANDES DE TODOS OS PORTES, COM<br />
SEGURADORAS, PRESTADORES DE SERVIÇOS E INSURTECHS APRESENTANDO SUAS NOVIDADES PARA<br />
OS CORRETORES DE SEGUROS. TEVE BRINCADEIRAS, BRINDES E MUITO RELACIONAMENTO, COM A<br />
OPORTUNIDADE DE CONHECER AS PESSOAS PESSOALMENTE E PREPARAR O TERRENO PARA NEGÓCIOS<br />
FUTUROS<br />
Kelly Lubiato e Nicole Fraga<br />
AKAD SEGUROS<br />
“Depois de cinco anos da última edição do Conec, estamos apresentando o nosso cadastro<br />
simplificado. Nos últimos meses, lançamos diversos produtos, serviços e treinamentos. Todo<br />
o nosso time comercial está preparado para atendê-los”.<br />
MARIANA MIRANDA, head comercial<br />
ALLIANZ<br />
“Relançamos o programa Aliados, com campanhas<br />
e viagens especiais, com elementos para<br />
o que corretor percebesse a sua relevância no dia<br />
a dia da companhia. Falamos de células especiais<br />
junto aos sinistros, prioridade de atendimento para<br />
alguns segmentos e possibilidade de participar de<br />
fases especiais. Estamos no último<br />
trimestre do ano e há premiações<br />
especiais em todos os níveis”.<br />
AUTOGLASS - MAXPAR<br />
“O ecossistema de seguros esteve presente<br />
ao Conec. Estamos aqui apresentando nossas novas<br />
coberturas de lataria e pintura, roda, pneu e<br />
suspensão. Trabalhamos na capacitação dos corretores<br />
para mostrar a ele a experiência da assistência<br />
e para que ele possa levar isso para o seu consumidor<br />
e transformar as informações<br />
em mais negócios para ele, para as<br />
seguradoras e para a Maxpar.<br />
KARINE BARROS, diretora comercial<br />
EDUARDO BORGES, vice-presidente<br />
AXA NO BRASIL<br />
“Esta edição marcou a primeira participação da seguradora na Exposeg. Este é um ano<br />
muito importante para nós, porque lançamos o Auto Frota, o seguro de vida PME, além dos produtos<br />
consolidados, como o seguro empresarial e o seguro condomínio. Para o próximo ano, já<br />
temos mais três produtos para entrar na linha digital (RC, D&O e E&O). A Axa se posiciona cada<br />
vez mais próxima dos corretores, seja ele de pequeno, de médio ou de grande risco”.<br />
KARINE BRANDÃO, vice-presidente comercial<br />
28
BRADESCO SEGUROS<br />
“O nosso canal de vendas é, e continuará sendo, o corretor, cada vez mais especializado e consultor do cliente.<br />
Só com o conhecimento do cliente o corretor saberá quando é momento “mágico”para oferecer<br />
um produto. A Bradesco Seguros vai chegar ao faturamento de R$ 100 bilhões ao ano, aperfeiçoando<br />
as coberturas e assistências de nossos produtos. O cliente quer ter produtos que atendam<br />
a sua totalidade. Um exemplo são as coberturas de pet e de residencial nos seguros de vida”.<br />
IVAN GONTIJO, presidente<br />
ENS<br />
“Os corretores estão cada vez mais interessados no mundo digital. A Escola está investindo<br />
na área de Inteligência Artificial a servico dos corretores de seguros. Temos lives e cursos<br />
de aceleração digital e, no próximo ano, continuaremos investindo neste assunto. Vamos<br />
anunciar, em breve, o calendário de 2024”.<br />
MARIA HELENA MONTEIRO, diretora<br />
GTI SOLUTION<br />
“Estamos no Conec para divulgar duas plataformas<br />
para os corretores de seguros. Uma delas é<br />
a Ping Seguro, uma ferramenta de CRM com marketplace<br />
e multicálculo de Automóvel para o corretor<br />
administrar seu negócio. Já a plataforma doHub é<br />
específica para produtos Massificados, em uma versão<br />
mais personalizada para a venda de seguros.<br />
Esses dois softwares têm objetivos diferentes, para<br />
públicos diferentes. Acreditamos<br />
que essas duas ferramentas digitais<br />
entregam o que o mercado<br />
está precisando”.<br />
LUIZ GIL, CEO<br />
GRUPO FORRISK<br />
“No Conec 2023, nosso objetivo foi apresentar<br />
nossas soluções para os corretores e seguradoras.<br />
Temos soluções como a AutoVist, uma ferramenta<br />
de vistoria digital; a Check View, que é um<br />
portal de consultas de PF, PJ e veículos; a Tabela<br />
Somos, de precificação de veículos pesados, como<br />
caminhões, carretas e tratores; e a Safe Sign, que<br />
é a assinatura eletrônica do corretor de seguros<br />
com validade jurídica. Queremos<br />
nos conectar cada vez mais com<br />
o mercado”.<br />
DANIEL FIGUEIREDO,<br />
diretor de operações<br />
GBOEX<br />
“É uma enorme satisfação participar do Conec e conversar com os corretores de seguros.<br />
O GBOEX está com muitas novidades. Corretor, venha conhecer nossos produtos e o novo portal<br />
digital. Tem muito espaço para as companhias, com muitas oportunidades de conquistar novos<br />
clientes. Nosso objetivo é levar proteção por esse Brasil a fora”.<br />
ANA MARIA PINTO, superintendente Comercial e Marketing<br />
29
EVENTO<br />
EXPOSEG<br />
LOJACORR<br />
“É sempre um prazer para a Lojacorr estar<br />
participando do Conec. Essa é a quarta vez que<br />
montamos um estande na feira, o que é muito importante<br />
para que a gente possa levar nossas soluções<br />
para o corretor, potencializando o crescimento<br />
do mercado de seguros como um todo”.<br />
MAPFRE<br />
“Foi empolgante estar no Conec, com 10 mil<br />
pessoas dispostas a falar de negócios. Vivemos um<br />
momento ímpar na companhia, com muitas melhorias,<br />
com inovação e produtos simplicados. Estamos<br />
construindo uma série de ferramentas para que o<br />
corretor consiga trabalhar conosco de forma simples,<br />
seja em produtos de vida, empresarial, automóvel,<br />
grandes riscos, transportes,<br />
enfim, todo o leque de produtos”.<br />
LUIZ LONGOBARDI JUNIOR,<br />
diretor comercial<br />
JONSON SOUZA,<br />
diretor técnico e comercial<br />
PORTO<br />
“Convidamos 50 corretores de nove regiões para participar da produção do filme em<br />
homenagem aos Dia do Corretor. Trouxemos a Porto Bank, Saúde, Seguro, Azul e todo o time,<br />
com uma visão regionalizada para que possamos atender todas as demandas dos corretores e<br />
dos consumidores. Já ultrapassamos a marca de 36 mil profissionais cadastrados e 13 milhões<br />
de clientes. A inclusão securitária é um dos nossos focos”.<br />
LUIZ ARRUDA, vice-presidente comercial, marketing, clientes e dados<br />
SEGPARTNERS BRASIL<br />
“A SegPartners tem como objetivo trazer<br />
soluções inovadoras para o mercado. Somos uma<br />
empresa de prestação de serviços, feita de corretores<br />
para corretores. Como vimos aqui nas palestras<br />
do Conec, o corretor é o principal canal de<br />
distribuição de seguros e a nossa empresa nasceu<br />
para dar mais agilidade aos processos, facilitando<br />
o acesso do corretor às seguradoras e novas tecnologias.<br />
Junto à SegPartners, os<br />
corretores encontram um cenário<br />
favorável para que eles possam<br />
expandir seus negócios”.<br />
SANCOR SEGUROS<br />
“A Sancor está há dez anos no Brasil e agora<br />
foi capitalizada pelos acionistas argentinos. Nosso<br />
projeto é de crescimento e queremos, até 2030,<br />
multiplicar por quatro o nosso faturamento e só<br />
vamos conseguir isso com o apoio dos corretores<br />
de seguros. Lançamos aqui o seguro Carta Verde<br />
Digital, com emissão em menos de um minuto.<br />
Outra novidade é o seguro engenharia, para maquinário<br />
e eventos, além do Portal<br />
de Massificados”.<br />
PAULO ROGÉRIO DOS SANTOS, CEO<br />
EDWARD LANGE, CEO<br />
30
STARKEN INSURANCE<br />
“Somos uma insurtech que atua como um marketplace de Seguros Corporativos, conectando<br />
o corretor com as seguradoras. A gente une tecnologia e serviço para o corretor<br />
trabalhar em alta performance. Estar presente no Conec é uma oportunidade de estar perto<br />
dos corretores apresentando a nossa plataforma. Nosso foco é atender o corretor e fazer<br />
com que ele venda mais seguros como Frota, Transporte, Empresarial e RD Equipamentos,<br />
aumentando a carteira e gerando mais negócios”.<br />
BRUNO BARAZZUTTI, CEO<br />
SULAMÉRICA<br />
“A SulAmerica vive um novo momento, fazendo parte do Grupo D’Or. Estamos no movimento<br />
Onda Laranja, falando de novos produtos, fortalecendo a parceria com os corretores<br />
de seguros. Estamos mais estruturados para apresentar as novidades, mudanças de processos,<br />
agilidade e novos produtos”.<br />
SOLANGE ZAQUEM, diretora comercial<br />
TOKIO MARINE<br />
“O Conec é um dos maiores eventos voltados<br />
para o corretor de seguros no País e é uma oportunidade<br />
de troca de conhecimento e experiências<br />
com nossos parceiros de negócios e demais colegas<br />
do mercado securitário. É uma honra para Tokio<br />
Marine apoiar e participar, por mais um ano, de um<br />
evento dessa relevância, onde debatemos sobre o<br />
futuro desse mercado tão importante<br />
para a economia brasileira”.<br />
JOÃO LUIZ DE LIMA,<br />
diretor comercial nacional varejo<br />
WELLBE<br />
“Somos uma plataforma de gestão de saúde<br />
das apólices empresariais. É muito bom estar no Conec,<br />
conhecendo um pouco mais do mercado e dos<br />
nossos clientes. Estamos no setor desde 2017, e vivemos<br />
um momento de expansão. Esse ano acabamos<br />
de receber uma rodada de investimento, então nosso<br />
principal objetivo é conquistar cada vez mais corretoras,<br />
ajudando a reduzir os custos<br />
de saúde e aumentar a qualidade<br />
de vida dos beneficiários do Brasil”.<br />
DESIRÉE VILAS BOAS,<br />
head de marketing e sócia<br />
ZURICH SEGUROS<br />
“Nós, da Zurich, somos multiprodutos e queremos contribuir para a capacitação dos<br />
corretores de seguros, para o apoio tecnológico e ferramental para os profissionais para que<br />
eles possam diversificar a sua oferta de seguros a seus clientes. isso para aumentar a participação<br />
do seguro na sociedade brasileira”.<br />
EDSON FRANCO, presidente<br />
31
EVENTO<br />
ABGR<br />
Seguros são fundamentais para empresas<br />
superarem os desafios da gestão de riscos<br />
REPRESENTANTES DO SETOR ESTIVERAM PRESENTES NA EXPO ABGR 2023 PARA COMPARTILHAREM<br />
INSIGHTS, ABORDANDO AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS PARA O MERCADO DE SEGUROS NO<br />
GERENCIAMENTO DE RISCOS<br />
Nicole Fraga<br />
Antonio Trindade, Dyogo Oliveira, Rafaela Barreda, Carlos Roberto Queiroz e Luiz Otávio Artilheiro<br />
Os Desafios do Gerenciamento de<br />
Riscos nas Empresas” foi o tema<br />
do XV Seminário de Gestão de<br />
Riscos e Seguros e Expo ABGR 2023. O<br />
evento aconteceu entre os dias 10 e 11<br />
de outubro, no WTC Events Center, localizado<br />
na capital paulista. Para celebrar<br />
seus 40 anos, a ABGR (Associação Brasileira<br />
de Gerenciamento de Riscos) reuniu<br />
risk managers renomados e alguns dos maiores players de gerenciamento<br />
de riscos e seguros para debaterem sobre a importância da<br />
gestão de riscos e seus desafios.<br />
Segundo Luiz Otávio Artilheiro, diretor-presidente da ABGR,<br />
o principal foco da feira foi alertar sobre as mudanças que o segmento<br />
vem passando, trazendo toda a cadeia produtiva do setor para<br />
refletir sobre diversidade, inovação e proporcionar conhecimento<br />
técnico. “Quando idealizamos o evento para este ano, pensamos em<br />
trazer a visão do comprador na hora de fazer a colocação do risco.<br />
32
Os critérios ESG também devem abrir portas,<br />
pois com o mundo mais conectado ao conceito<br />
de sustentabilidade e responsabilidade social,<br />
é necessário que as empresas incorporem<br />
ações mais sustentáveis e compatíveis com a<br />
preservação do planeta”<br />
ANTONIO TRINDADE, presidente da FenSeg<br />
Além disso, falamos sobre legislação e regulação, pois esse temas<br />
são importantes para entendermos o momento de incerteza que o<br />
nosso mercado, principalmente o internacional, vive”.<br />
Sobre os planos da Associação para o futuro, Artilheiro afirma<br />
que a entidade está passando por um momento de reestruturação,<br />
buscando trazer mais gestores de riscos para dentro da ABGR. “Temos<br />
a participação de seguradoras e corretoras do setor, mas para<br />
nós é fundamental que os risk managers façam parte da direção da<br />
Associação”.<br />
Na plenária de abertura do evento, estavam presentes<br />
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg (Confederação Nacional das<br />
Seguradoras); Carlos Roberto Queiroz, diretor da Susep (Superintendência<br />
de Seguros Privados); Rafaela<br />
Barreda, vice-presidente da Fenaber<br />
(Federação Nacional das Empresas de<br />
Resseguros); e Antonio Trindade, presidente<br />
da FenSeg (Federação Nacional de<br />
Seguros Gerais). Os especialistas falaram<br />
sobre os desafios, tendências e oportunidades<br />
do mercado segurador, compartilhando<br />
insights e como as instituições<br />
enxergam esse momento de transformação<br />
do setor.<br />
Trindade abriu sua apresentação<br />
comentando sobre a importância do<br />
PDMS (Plano de Desenvolvimento do<br />
Mercado de Seguros) para o seguro ser<br />
um instrumento de proteção financeira<br />
mais acessível no Brasil. “Graças ao empenho<br />
da CNseg, e as diversas entidades<br />
que estão trabalhando para a expansão<br />
do setor, temos a oportunidade de demonstrar<br />
o papel que o nosso segmento<br />
exerce na economia e no equilíbrio financeiro<br />
de pequenas, médias e grandes<br />
empresas, além do consumidor pessoa<br />
física, que é o centro do nosso negócio”.<br />
De acordo com Trindade, as mudanças<br />
regulatórias que a Susep está<br />
promovendo, como a possível aprovação<br />
do PLC 29/2017, devem trazer mais benefícios<br />
e flexibilidade para o mercado,<br />
A retomada de investimentos nas obras de<br />
infraestrutura irão gerar grandes oportunidades<br />
para o nosso segmento, e acredito que o<br />
crescimento econômico é o melhor programa de<br />
distribuição de renda. Isso ajuda não somente<br />
o cidadão das classes menos favorecidas, mas<br />
também as grandes empresas. Por isso, estamos<br />
trabalhando para levar a conscientização da<br />
gestão de riscos através do seguro”<br />
DYOGO OLIVEIRA, presidente da CNseg<br />
O fato das seguradoras terem<br />
que comprar uma apólice<br />
de resseguro para melhorar<br />
sua operação traz desafios,<br />
e alguns deles são o cenário<br />
geopolítico, a instabilidade<br />
jurídica local e os riscos<br />
sistêmicos, que podem afastar<br />
investimentos”<br />
RAFAELA BARREDA,<br />
vice-presidente da Fenaber<br />
33
EVENTO<br />
ABGR<br />
principalmente para as seguradoras desenvolverem<br />
novos produtos e serviços.<br />
”Meu medo era que com a aprovação<br />
desse projeto, nosso setor tivesse um<br />
retrocesso na sua regulamentação. Entretanto,<br />
após muito diálogo, acredito<br />
que hoje teremos uma lei muito bem<br />
estabelecida para os contratos de seguros,<br />
protegendo, principalmente, o segurado.<br />
Os critérios ESG também devem<br />
abrir portas, pois com o mundo mais conectado<br />
ao conceito de sustentabilidade<br />
e responsabilidade social, é necessário<br />
que as empresas incorporem ações mais<br />
sustentáveis e compatíveis com a preservação<br />
do planeta”.<br />
Rafaela reforçou a importância<br />
do resseguro na gestão das companhias,<br />
auxiliando na transferência de riscos da<br />
seguradora para a resseguradora e aumentando<br />
a capacidade financeira das<br />
organizações. O mercado brasileiro já<br />
conta com mais de 100 resseguradores<br />
estrangeiros e 13 empresas nacionais<br />
cadastradas. “O fato das seguradoras<br />
terem que comprar uma apólice de resseguro<br />
para melhorar sua operação traz<br />
desafios, e alguns deles são o cenário<br />
geopolítico, a instabilidade jurídica local<br />
e os riscos sistêmicos, que podem afastar<br />
investimentos”.<br />
Ao estipular que<br />
determinados contratos de<br />
seguros sigam regras mais<br />
condizentes com aquilo que<br />
foi acordado entre cliente e<br />
seguradora, aumentamos a<br />
transparência na relação com<br />
o segurado”<br />
CARLOS ROBERTO QUEIROZ,<br />
diretor da Susep<br />
Quando idealizamos o evento para este ano,<br />
pensamos em trazer a visão do comprador na<br />
hora de fazer a colocação do risco. Além disso,<br />
falamos sobre legislação e regulação, pois esse<br />
temas são importantes para entendermos o<br />
momento de incerteza que o nosso mercado,<br />
principalmente o internacional, vive”<br />
LUIZ OTÁVIO ARTILHEIRO, diretor-presidente da ABGR<br />
A especialista também comentou sobre tendências e oportunidades<br />
para o setor. Segundo Rafaela, a digitalização dos processos<br />
foi fundamental para o avanço da gestão de riscos. “A tecnologia<br />
ajudou nesse desenvolvimento. Além disso, acho importante falar<br />
sobre a expansão do mercado de Grandes Obras, a neoindustrialização,<br />
a transição energética e os riscos climáticos como oportunidades<br />
para o mercado de seguros e resseguros demonstrarem a sua relevância<br />
perante a sociedade e ao Estado, desenvolvendo soluções<br />
que estejam conectadas com as novas demandas de consumidores<br />
e empresas”.<br />
O diretor da Susep trouxe para a sua apresentação a visão do<br />
órgão regulador. De acordo com Queiroz, a entidade enxerga a evolução<br />
da gestão de riscos, ocasionada pela transformação tecnológica,<br />
como uma chance de outras indústrias que tenham interesse no<br />
mercado de seguros contribuírem para a expansão do setor. “O amadurecimento<br />
regulatório da Susep ocorreu pela mudança global<br />
que a economia passou nesses últimos anos. Por isso a importância<br />
de separar os Grandes Riscos dos Riscos Massificados, que é um dos<br />
pilares do PLC 29/2017. Ao estipular que determinados contratos de<br />
seguros sigam regras mais condizentes com aquilo que foi acordado<br />
entre cliente e seguradora, aumentamos a transparência na relação<br />
com o segurado”.<br />
Queiroz ainda ressaltou que no segmento de Grandes Riscos,<br />
o principal foco da autarquia é atuar na garantia do interesse segurável<br />
que cada empresa transfere para a seguradora fazer a gestão.<br />
“Nosso foco é entender, analisar e propor melhorias. A Susep montou<br />
o Grupo de Trabalho Seguros, Novo PAC e Neoindustrialização,<br />
que tem como objetivo movimentar a inovação no setor e abrir espaço<br />
para o diálogo com outros mercados, dando a possibilidade<br />
da entidade ouvir as principais demandas em proteção securitária”.<br />
Ainda comentando sobre o PLC 29/2017, o diretor da Susep afirmou<br />
acreditar que todos os ajustes já foram feitos e logo o projeto deve<br />
ser aprovado.<br />
34