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Mala Direta<br />

Básica<br />

9912281412/2011-SE/SPM<br />

Correcta Editora<br />

OUTUBRO 2023 • Nº <strong>292</strong> • ANO 28<br />

conectando você ao mercado de seguros<br />

IMPRESSO FECHADO<br />

Pode ser aberto pela ECT<br />

HDI SEGUROS<br />

Novas oportunidades<br />

de negócios<br />

Depois da aquisição<br />

da Liberty e da Sompo<br />

Consumer, seguradora<br />

se prepara para ser<br />

a segunda maior<br />

companhia do mercado<br />

ESPECIAL EVENTOS<br />

Fides Rio 2023:<br />

Conteúdo e negócios de todos os portes<br />

Conec:<br />

O corretor sempre será o protagonista<br />

da distribuição de seguros<br />

ABGR:<br />

40 anos comemorados com debates<br />

sobre futuro e tendências


EDITORIAL<br />

Mês de homenagens e eventos<br />

OUTUBRO 2023 • Nº <strong>292</strong> • ANO 28<br />

Outubro é sempre um mês movimentado para o mercado<br />

de seguros. Além de comemorarmos o Dia do Corretor<br />

de Seguros e o Dia do Securitário, é neste período que os<br />

maiores eventos acontecem.<br />

Depois da pandemia e do afastamento social, todos estavam<br />

ávidos pelo reencontro. Isso ficou muito claro com a maciça<br />

participação do público tanto na Conferência Interamericana de<br />

Seguros, realizada pela FIDES no Rio de Janeiro, com organização<br />

da CNseg, quanto no Congresso Estadual dos Corretores de<br />

Seguro de São Paulo, realizado em São Paulo pelo Sindicato dos<br />

Corretores de Seguros.<br />

As mesmas autoridades do setor estiveram presentes<br />

nos dois eventos e alguns temas ficaram muito claros para o mercado<br />

de seguros. As mudanças climáticas são uma preocupação<br />

latente para todos os setores da sociedade, e não é diferente para<br />

nosso setor. O aquecimento global está mudando a frequência<br />

e a severidade dos riscos, o que tem impacto direto nos prêmios<br />

de seguro.<br />

A pauta ESG também está na mira dos executivos do setor.<br />

Se a governança já está bem avançada por conta do nosso<br />

órgão regulador, que define e fiscaliza a aplicação das normas, o<br />

ambiental e o social ainda carecem de um olhar mais atento. As<br />

empresas estão apostando nisso, com políticas de inclusão social<br />

e com preocupação com a emissão de carbono, por exemplo. Devemos<br />

avançar muito neste sentido.<br />

Para os corretores de seguros, acredito que a pauta mais<br />

importante seja a inovação e na sua atuação como consultores.<br />

Já não é mais possível fechar os olhos para todas as possibilidades<br />

da transformação digital, mas é preciso estar cada vez mais<br />

próximo dos clientes.<br />

Venha conferir a cobertura destes eventos em nossas<br />

próximas páginas.<br />

Boa leitura!<br />

Diretora de Redação<br />

EXPEDIENTE<br />

Diretora de Redação:<br />

Kelly Lubiato - MTB 25933<br />

klubiato@revistaapolice.com.br<br />

Diretor Executivo:<br />

Francisco Pantoja<br />

francisco@revistaapolice.com.br<br />

Redação:<br />

Nicole Fraga - MTB 92836<br />

nicole@revistaapolice.com.br<br />

Executiva de Negócios:<br />

Graciane Pereira<br />

graciane@revistaapolice.com.br<br />

Diagramação e Arte:<br />

Enza Lofrano<br />

Tiragem:<br />

12.000 exemplares<br />

Circulação:<br />

Nacional<br />

Periodicidade:<br />

Mensal<br />

Os artigos assinados são de<br />

responsabilidade exclusiva de seus autores,<br />

não representando, necessariamente, a<br />

opinião desta revista.<br />

Esta revista é uma<br />

publicação independente<br />

da Correcta Editora Ltda e<br />

de público dirigido<br />

CORRECTA EDITORA LTDA<br />

Administração, Redação e Publicidade:<br />

Avenida Ibirapuera, 2033 - cjto 183<br />

Edifício Edel Trade Center<br />

04029-901 São Paulo/SP<br />

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Mande suas dúvidas,<br />

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ESPECIAL EVENTOS<br />

FIDES<br />

A Conferência Hemisférica<br />

de Seguros aconteceu no<br />

Rio de Janeiro e reuniu<br />

representantes de mais de<br />

40 países das Américas,<br />

Europa e Ásia. Muito mais<br />

do que promover marcas,<br />

a oportunidade serviu para<br />

fechar negócios<br />

>> PÁG. 12<br />

Conec<br />

Mais de 10 mil pessoas<br />

circularam durante os três dias<br />

do Congresso de Corretores<br />

de Seguros de São Paulo,<br />

organizado pelo Sincor-SP.<br />

Todos saíram com uma certeza:<br />

o corretor de seguros é o<br />

protagonista da distribuição de<br />

seguros no Brasil<br />

>> PÁG. 24<br />

Fórum da Longevidade<br />

A XVI edição do evento<br />

mostrou a força das mulheres<br />

brasileiras. Maduras,<br />

elas continuam ativas e<br />

influenciando pessoas, seja<br />

nas artes, na ciência ou<br />

no mundo dos negócios.<br />

O importante é não parar<br />

nunca.<br />

>> PÁG. 22<br />

ÍNDICE<br />

06 gente<br />

08 capa<br />

O CEO da HDI Seguros, Eduardo Dal Ri, conta<br />

que após a aquisição da Liberty a nova<br />

seguradora, segunda maior do mercado, está<br />

em fase de construção. Objetivo é atender<br />

os interesses de um universo ainda maior de<br />

corretores de seguros e consumidores<br />

20 inter risk<br />

O broker de resseguro consolidou sua<br />

participação no mercado brasileiro. Durante<br />

a Fides, o chairman da operação global<br />

visitou o Brasil e aproveitou para mostrar<br />

a capacidade do grupo para atender riscos<br />

complexos<br />

ESPECIAL EVENTOS<br />

28 exposeg<br />

Mais de 40 expositores mostraram suas<br />

novidades na feira que aconteceu em<br />

paralelo ao Conec. Brindes, brincadeiras<br />

e muitos negócios aconteceram nos<br />

estandes, além da demonstração de que os<br />

profissionais querem conhecer mais sobre<br />

seus parceiros<br />

32 abgr<br />

Os gerentes de risco encontraram-se em<br />

São Paulo para comemorar os 40 anos da<br />

Associação Brasileira de Gerenciamento de<br />

Riscos e saber das tendências do mercado<br />

para a mitigação e colocação de novos<br />

negócios.<br />

Os artigos assinados são de<br />

responsabilidade exclusiva de<br />

seus autores, não representando,<br />

necessariamente, a opinião desta revista.<br />

4


gente<br />

CUIDADO COM PESSOAS<br />

A Akad Seguros nomeou<br />

Carolina Lima como<br />

a nova head de Gente e Gestão.<br />

Referência do chamado<br />

RH Estratégico, a executiva<br />

chega para otimizar os processos<br />

e decisões da área<br />

com uso de tecnologia, dados<br />

e indicadores. A intenção é ter no RH um ponto<br />

estratégico para desenvolver e captar talentos compatíveis<br />

com a cultura de inovação da seguradora,<br />

que vem se notabilizando no mercado com o desenvolvimento<br />

de produtos e soluções de atendimento<br />

baseados em Inteligência Artificial.<br />

Carolina tem um MBA pela Universidade<br />

de Brigham Young, nos Estados Unidos, referência<br />

nos estudos em recursos humanos. Ainda nos<br />

Estados Unidos, começou a absorver experiência<br />

em empresas com foco em inovação e modelos de<br />

negócio disruptivos. Participou do pilar de “People<br />

Transformation” da PricewaterhouseCoopers (PwC),<br />

atuando no hub de São Francisco, na California,<br />

onde prestou consultoria para empresas do Vale do<br />

Silício, como Apple, Facebook e Symantec.<br />

VENDAS NO SUL<br />

A AXA no Brasil tem<br />

feito algumas movimentações<br />

em sua equipe comercial<br />

nesse segundo semestre.<br />

Uma das novidades é a<br />

chegada de Guilherme Pisa,<br />

que assume a cadeira de superintendente<br />

Comercial da<br />

Regional Sul, respondendo a Gustavo Carvalho, diretor<br />

Comercial responsável pela região.<br />

Para a AXA, Guilherme traz sua vivência na<br />

região para fortalecer o alcance da marca junto aos<br />

corretores do Sul, buscando desenvolver parcerias<br />

sólidas e duradouras, suportando os planos de<br />

crescimento da companhia para os próximos anos.<br />

“Além da conquista de novos clientes, seguiremos<br />

muito próximos dos corretores que já são parceiros<br />

da AXA, suportando suas demandas e construindo<br />

soluções em conjunto”, explica Pisa.<br />

LÍDER DE RESSEGUROS<br />

A Aon apresentou Isabel Blazquez Solano<br />

como a nova CEO de sua unidade de negócios de<br />

Soluções em Resseguros no<br />

Brasil.<br />

Baseada no Rio de Janeiro<br />

e reportando-se à CEO<br />

de Reinsurance Solutions<br />

para a América Latina, Paula<br />

Ferreira, a nova líder da unidade<br />

ficará responsável também<br />

pelo escritório de São Paulo, além da sede na<br />

capital fluminense.<br />

Para Isabel, “ser parte de uma empresa prestigiada<br />

como a Aon Reinsurance Solutions e ser escolhida<br />

para esta função de liderança é uma honra<br />

e uma oportunidade incrível. Juntos, com o apoio<br />

dos colegas ao redor do mundo, construiremos<br />

uma forte equipe regional e local, capaz de oferecer<br />

serviços com excelência, superando as expectativas<br />

de nossos clientes”.<br />

REESTRUTURAÇÃO EM MARKETING<br />

Com o objetivo de fortalecer a estratégia de<br />

posicionamento de marca junto aos canais e clientes,<br />

a Zurich anunciou a reestruturação de parte do<br />

seu time com a criação de uma nova diretoria: Marketing<br />

e Clientes.<br />

Lucía Sarraceno, até<br />

então superintendente de<br />

Canais Digitais, Relacionamento<br />

com o Cliente, Inovação<br />

e Sustentabilidade, além<br />

de também responsável pela<br />

área de Transformação do<br />

Negócio (BTM) da seguradora,<br />

assume a liderança da nova diretoria e responde<br />

diretamente a Fabio Leme, atual diretor executivo<br />

de Personal Lines e Marketing da companhia.<br />

Além de Marketing e Clientes, a nova diretoria<br />

incluirá os times de Comunicação, Eventos e<br />

Reponsabilidade Social Corporativa (na superintendência<br />

de Marketing e Comunicação), bem como<br />

os times de Sustentabilidade e Inovação (incluindo<br />

Lean e automação de processos).<br />

6


CAPA<br />

HDI SEGUROS<br />

UMA NOVA EMPRESA,<br />

CHEIA DE POSSIBILIDADES<br />

APÓS AQUISIÇÃO, A HDI SEGUROS<br />

E A LIBERTY AINDA ATUARÃO<br />

COM AS MARCAS SEPARADAS<br />

Kelly Lubiato<br />

Após duas aquisições importantes<br />

no mercado de seguros, a<br />

operação de varejo da Sompo<br />

(através da aquisição da Sompo Consumer<br />

Seguradora S.A.) e a operação da Liberty<br />

Seguros na América Latina, incluindo<br />

Brasil, Chile, Colômbia e Equador, a<br />

HDI Seguros está em uma fase de consolidação.<br />

A aquisição da Liberty Brasil já<br />

foi aprovada pelo CADE, mas ainda está<br />

em fase de aprovação prévia pela Susep.<br />

A marca Liberty continuará sendo<br />

usada por um período de transição após<br />

a aquisição e possui uma predileção dos<br />

corretores de seguros em muitas regiões.<br />

"Ela é tão grande que merece uma marca<br />

exclusiva", comemora Eduardo Dal Ri,<br />

CEO da HDI Seguros. A nova marca - que<br />

irá substituir a Liberty no Brasil e que<br />

ainda está em construção - vai operar<br />

em todos os produtos de varejo que possuem<br />

relacionamento com os corretores<br />

de seguros. O CEO acredita que a aquisição<br />

da Liberty Brasil pode ensinar a HDI<br />

a operar em alguns tipos de negócios,<br />

como concessionárias, banking, grandes<br />

riscos e D&O. Por outro lado, a HDI já é<br />

a segunda seguradora em condomínio e<br />

empresarial para PME's. Haverá uma troca<br />

muito grande de informações e negócios,<br />

porque há corretores que operam<br />

com apenas uma das marcas e, agora,<br />

terão oportunidade de fazer negócios<br />

com uma nova companhia. "Somados,<br />

teremos 40 mil corretores. Meu desafio é<br />

sempre trazer um novo corretor que ainda<br />

não trabalha com a gente. Queremos<br />

chamar a atenção dos corretores e do<br />

mercado, para uma das maiores operações dos últimos tempos que<br />

criou a segunda maior companhia de seguros brasileira (automóvel<br />

e property)", enfatiza Dal Ri.<br />

O executivo da HDI tem uma grande experiência em operações<br />

de M&A, porque já participou de outros grandes projetos. A<br />

comunicação transparente é um dos fatores mais importantes para<br />

o sucesso e a continuidade dos negócios. O corretor de seguros entendeu<br />

que o que ele conhece da Liberty Seguros vai continuar em<br />

8


A comunicação transparente é um<br />

dos fatores mais importantes para<br />

o sucesso e a continuidade dos<br />

negócios”<br />

EDUARDO DAL RI, CEO<br />

uma nova marca, o que o tranquilizou muito. Enquanto a Susep não<br />

conceder a aprovação prévia para a aquisição da Liberty Seguros, a<br />

aquisição não pode ser concluída e, consequentemente, a integração<br />

das equipes das duas empresas não pode ser feita. Entretanto,<br />

Dal Ri também tranquiliza os colaboradores: "Vamos continuar atuando<br />

com a estrutura da Liberty e estamos chamando todos a construir<br />

a nova companhia. Não está feito porque precisamos conhecer<br />

os meandros dos negócios e seus sistemas, para depois estabelecer<br />

um juízo de valor em equipe. É um processo<br />

em andamento", garante o executivo.<br />

Operações como esta têm dois<br />

elementos muito importantes que não<br />

podem ser deixados de lado: os corretores<br />

de seguros e os talentos. Como exemplo<br />

de cuidado e de carinho com novos<br />

membros da equipe, Dal Ri cita a integração<br />

da equipe da Sompo Consumer<br />

ao novo prédio: "Quando eles chegaram<br />

aqui, já tinham crachá com o nome e foto<br />

na portaria, todas as senhas disponíveis e<br />

um funcionário da HDI para mostrar tudo<br />

o que fosse necessário. Fizemos uma semana<br />

com pipoca, cachorro-quente, bebida,<br />

para ser uma festa a chegada destas<br />

pessoas. É muito gratificante receber o<br />

feedback deles, falando sobre o conforto<br />

de ser bem recebido".<br />

A HDI Seguros consegue, agora, ter<br />

uma grande diversificação da sua carteira<br />

de produtos. Uma companhia saudável e<br />

promissora tem pouca dependência de<br />

apenas uma carteira. O automóvel é, e vai<br />

continuar sendo, a carteira-chefe da seguradora.<br />

Porém, o CEO informa: "Com a<br />

diversificação, encontramos outros caminhos<br />

e outras possibilidades. O mercado,<br />

como um todo, está crescendo muito. Se<br />

eu foco em apenas uma carteira, eu sigo<br />

a sorte de só um mercado, o que é muito<br />

ruim. Olhamos muito para a economia do<br />

Brasil e vendo quais são as parcelas que<br />

estão crescendo, como o agronegócio.<br />

Nossa carteira de agro está aumentando,<br />

principalmente na área de equipamentos".<br />

Dal Ri já adianta que, em breve, a<br />

seguradora entrará também no segmento<br />

de cultivo. O objetivo é conseguir distribuir<br />

mais produtos através do mesmo<br />

9


CAPA<br />

HDI SEGUROS<br />

corretor, o tão conhecido cross selling. "O<br />

corretor que distribui seguro automóvel<br />

ou residencial, pode oferecer um produto<br />

de vida". Com a junção dos negócios da<br />

Sompo Consumer e da Liberty no Brasil,<br />

a HDI chega à produção de quase R$ 700<br />

milhões, com apenas dois produtos.<br />

SEGURO AUTOMÓVEL<br />

O seguro de automóvel agora conta<br />

com uma variedade maior no portfólio<br />

da companhia. A Alliro é uma seguradora<br />

de entrada, é uma opção da "segunda"<br />

liga, de roubo e furto e RCF. A nova marca<br />

da Liberty após a aquisição e a marca da<br />

HDI também não irão se dedicar ao mesmo<br />

segmento de seguros para veículos.<br />

Como o modelo ainda está em construção,<br />

é possível que haja uma diferenciação<br />

entre elas por porte. “As duas marcas<br />

vão se beneficiar mutuamente da qualidade<br />

e da escala mas, ao mesmo tempo,<br />

é explicar ao corretor (e, consequentemente,<br />

ao consumidor) qual é a proposta<br />

de valor de cada uma", avalia Dal Ri.<br />

O corretor que distribui seguro automóvel<br />

ou residencial, pode oferecer um produto<br />

de vida". Com a junção dos negócios da<br />

Sompo Consumer e da Liberty no Brasil,<br />

a HDI chega à produção de quase R$ 700<br />

milhões, com apenas dois produtos”<br />

EDUARDO DAL RI, CEO<br />

Agora, com as novas marcas unidas, o novo<br />

desafio será criar um ambiente em que as empresas<br />

possam testar várias coisas, transformando-se<br />

em um protagonista em termos de tecnologia e<br />

inovação no mercado. "A melhor inovação é aquela<br />

que a gente vai melhorando no dia a dia".<br />

AGENDA ESG<br />

O Grupo Talanx, a qual a HDI pertence,<br />

tem ação listada na bolsa de Frankfurt. A seguradora<br />

começou um extenso programa há dois<br />

anos para se adequar à agenda ESG. Para a com-<br />

10


panhia, assim como todo o mercado brasileiro, a Governança já é<br />

bastante regulada e fiscalizada, através das resoluções que exigem<br />

reservas, regras de aceitação, condições contratuais etc. Para 'E' (ambiente)<br />

é preciso dar o exemplo e, cada um, fazer a sua parte. A HDI<br />

está antenada com a necessidade de cuidar de todo o ecossistema.<br />

"Até 2030, é preciso zerar toda a emissão de carbono", comenta Dal<br />

Ri. Ele conta que a empresa reuniu alguns funcionários na Bacia da<br />

Represa de Guarapiranga, em São Paulo, para plantar 1400 árvores.<br />

"É uma associação nossa com uma ONG de recuperação da mata<br />

ciliar da represa. Sabemos que são pequenas ações, mas queremos<br />

despertar nossos colaboradores para que eles demandem mais iniciativas.<br />

Estamos preparando a nossa turma para pensar ESG, para<br />

depois levar para fora", aponta o executivo.<br />

A dedicação agora é para o 'S' (social). "Estamos olhando<br />

muito para a equidade de gênero", antecipa o CEO da HDI. 50% dos<br />

cargos de gestores executivos precisam<br />

ser preenchidos por mulheres, necessariamente.<br />

É uma questão de olhar para o<br />

que acontece na sociedade.<br />

A empresa cresceu muito no equilíbrio<br />

de gênero desde a chegada do CEO.<br />

Se antes apenas 17% dos gestores executivos<br />

eram mulheres, hoje já são 35%<br />

(leia no Box). As mulheres estão prontas<br />

para ocupar quaisquer cargos de liderança.<br />

Nos cursos de graduação, mestrado e<br />

doutorado, elas já são maioria. "Estamos<br />

dando oportunidade para as mulheres<br />

ocuparem os seus lugares de direito",<br />

complementa.<br />

ELAS LIDERAM<br />

O principal objetivo deste programa é de tanto reduzir o gap de diferenças de oportunidades de carreira<br />

entre mulheres e homens, como impulsionar uma cultura de mais equidade e oportunidades justas para as<br />

mulheres. No primeiro nível, o Elas Lideram é um programa de aceleração da liderança feminina que dá oportunidade<br />

e estimula a ascensão das mulheres na HDI, empodera para assumirem maior protagonismo em suas<br />

carreiras, promove autoconhecimento a fim de se tornarem líderes de si mesmas.<br />

Num segundo momento, o programa desenvolve tanto as mulheres que já ocupam cadeiras de liderança<br />

em cargos iniciais e precisam fortalecer as habilidades de liderança incluindo o contexto de saúde mental,<br />

bem-estar integrado com a vida profissional, assim como desenvolve habilidades, competências e perspectivas<br />

necessárias para uma liderança feminina transformadora, para líderes mulheres em posições estratégicas.<br />

Já foram formadas mais de 150 mulheres desde que iniciamos o programa em 2020. Hoje a representatividade<br />

de mulheres em cargos de liderança passou de 27% (em 2021) para 35% atualmente.<br />

11


EVENTO<br />

FIDES RIO 2023<br />

Negócios multinacionais<br />

ENCONTRO SE CONSAGRA PELA<br />

REALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS, COM<br />

PARCEIROS DE DIVERSOS PAÍSES E<br />

CULTURAS DIFERENTES<br />

Kelly Lubiato, do Rio de Janeiro<br />

Oficialmente, foram dois dias e<br />

meio de evento, no Rio de Janeiro.<br />

Mas, na prática, foi muito mais<br />

do que isso. Além dos encontros oficiais<br />

no Windsor Oceânico, a 38a. Conferência<br />

Hemisférica de Seguros - promovida<br />

pela Federação Interamericana de Seguros<br />

e organizada pela Confederação<br />

Nacional das Seguradoras - teve uma<br />

programação intensa de jantares e coqueteis<br />

espalhados pela orla carioca.<br />

A presença e participação de líderes dos três poderes mostrou<br />

a importância que a indústria de seguros quer conquistar no<br />

cenário econômico brasileiro. A abertura oficial contou com a participação<br />

do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto<br />

Barroso; do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; do Governador<br />

do Rio de Janeiro, Claudio Castro; e do prefeito do Rio de Janeiro,<br />

Eduardo Paes. Destes, a mensagem mais importante veio do presidente<br />

do Senado, responsável por colocar em pauta novamente o<br />

PL 29/17, que regula os contratos de seguro. Segundo o senador,<br />

o projeto poderá ser analisado por uma comissão que estuda a revisão<br />

do Código Civil, no qual ele seria incorporado. Esta comissão<br />

de juristas conta com a participação da advogada Angelica Carlini.<br />

Entretanto, fontes do mercado de seguros acreditam que o PL 29/17<br />

será mesmo aprovado pelo Senado o mais breve possível.<br />

Esta edição da Fides elegeu a sustentabilidade como tema<br />

central. “Seguros para um mundo mais sustentável” foi a diretriz do<br />

evento. O compromisso com a pauta da sustentabilidade ganhou<br />

visibilidade para a conferência. “No momento em que o país se prepara<br />

para sediar a Cop30 em 2025, temos que pensar ferramentas<br />

e metodologias para enfrentar eventos climáticos mais severos e<br />

frequentes. Nós temos como minimizar os prejuízos e viabilizar a<br />

12


Abertura oficial da Fides Rio 2023<br />

Tony Blair, ex-premiê britânico<br />

Fernando Viquez, anfitrião da Fides Pura Vida 2025<br />

Dyogo Oliveira e Rodrigo Bedoya<br />

transição energética. Temos que oferecer<br />

maior previsibilidade e confiança para a<br />

sociedade. Faço uma convocação para<br />

o setor para entregar mais resultados e<br />

ferramentas inovadoras para a transição<br />

para a sustentabilidade”, convocou Dyogo<br />

Oliveira, presidente da CNseg.<br />

Oliveira apontou que muito já foi<br />

feito, mas ainda há vários desafios, com<br />

mensagens mais claras para a sociedade<br />

sobre a função do setor de seguros. Esta<br />

é a importância da mesa de abertura<br />

com autoridades tão importantes, para<br />

mostrar à sociedade sua marca. “A grande<br />

missão do setor é fazer com que a sociedade<br />

perceba os seus papeis e para que o<br />

crescimento do mercado contribua para a<br />

melhoria de qualidade de vida das pessoas<br />

e das empresas”, pontuou Oliveira.<br />

Rodrigo Bedoya, presidente da<br />

Fides, também acredita que o tema que<br />

mais preocupa o setor atualmente são as<br />

mudanças climáticas, que afetam várias<br />

partes do globo com incêndios, inundações,<br />

secas etc, que geram um nível de<br />

perdas que o mercado não consegue sustentar<br />

com os preços atuais. “Há estudos<br />

que mostram que há uma diferença entre<br />

os preços atuais e o que se deveria cobrar<br />

da ordem de 40%. Se formos cobrar<br />

13


EVENTO<br />

FIDES RIO 2023<br />

Painel Dive In, sobre diversidade<br />

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado<br />

pelos riscos os prêmios em valores técnicos,<br />

as pessoas não poderiam pagar.<br />

No curto prazo, temos que encontrar a<br />

maneira de tarifar corretamente os riscos<br />

para que haja massa crítica suficiente, e<br />

trabalhando para que a frequencia também<br />

seja reduzida”.<br />

SUSTENTABILIDADE CLIMÁTICA E<br />

FINANCEIRA<br />

O ex-primeiro ministro britânico,<br />

Tony Blair, afirmou que o Brasil pode ser<br />

um líder no bloco de países do Sul Global.<br />

“Um país pode obter destaque por sua<br />

atuação geopolítica ou pelo sucesso da<br />

sua economia. O Brasil está avançando<br />

em suas reformas, agora precisa cuidar<br />

do debate da transição energética e da<br />

preservação das matrizes de energia limpa”,<br />

afirmou durante sua apresentação na<br />

Fides 2023.<br />

Para Blair, é preciso haver vontade<br />

política para que os investimentos<br />

necessários para a transformação digital<br />

sejam feitos. Ele citou como exemplo o<br />

avanço da Coreia do Sul no cenário internacional<br />

como exemplo de políticas<br />

desenvolvimentistas. E colocou a China<br />

e a Índia como as novas potências globais.<br />

Ele aconselhou: “os políticos em<br />

Paul Krugman, economista<br />

14


EVENTO<br />

FIDES RIO 2023<br />

Armando Vergílio, em primeiro plano<br />

Luis Roberto Barroso, presidente do STF<br />

geral ficam confortáveis falando sobre<br />

temas dos quais não conhecem. Acho<br />

que a segurança cibernética, com a inteligência<br />

artificial, tem proposta boa,<br />

mas que pode ser olhada com objetivos<br />

ruins. O desafio é como se proteger das<br />

capacidades e habilidades de quem faz<br />

os ataques cibernéticos. Os governos<br />

precisam de ajuda, porque a medida<br />

que a tranformação digital acelera, haverá<br />

mais possibilidades de uso de ataques<br />

para causarem destruição na vida<br />

das pessoas”.<br />

Ainda no campo internacional, o<br />

prêmio Nobel de economia, Paul Krugman,<br />

alertou que a inflação causada pelo<br />

impacto econômico da pandemia vem<br />

caindo de forma consistente nos Estados<br />

Unidos e na Europa, mesmo que a taxa<br />

de juros se mantenha persistentemente<br />

elevada nessas regiões.<br />

“Com a economia se fortalecendo<br />

a taxas elevadas de juros, as pessoas estão<br />

perdendo a fé de que elas voltarão ao<br />

patamar pré-pandemia. Os efeitos dessa<br />

alta de juros ainda não se apresentaram<br />

por completo. É possível que haja um<br />

enfraquecimento da economia e as taxas<br />

voltem a cair”, afirmou Krugman.<br />

O que se viu na Fides, quando o<br />

assunto era tendências, é que é preciso começar a olhar para as perdas<br />

econômicas causadas pelos danos climáticos, além dos riscos<br />

que envolvem a ciber segurança, o gap de proteção e os impactos<br />

da transição demográfica.<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

Assim como no Brasil, os países da América Latina ainda dependem<br />

da comercialização feita pelos corretores de seguros. Além<br />

do presidente da Fenacor, Armando Vergilio, que recebeu convidados<br />

para um café da manhã no evento, o representante dos distribuidores<br />

argentinos também conversou com a audiência. Vergilio<br />

afirmou que o maior desafio é “a falta de produtos inovadores e a<br />

concentração evidente e iminente do mercado de seguros, que trazem<br />

como efeito colateral a constituição de um limitador de crescimento<br />

efetivo de proteção a ser oferecida à população brasileira,<br />

permitindo, inclusive, que as associações de socorro mútuo surjam<br />

e, em uma verdadeira reengenharia do risco, reciclem aqueles que<br />

as sociedades seguradoras não tiveram interesse ou não conseguiram<br />

subscrever pelas razões mais diversas possíveis”.<br />

Sebastián Del Brutto, presidente da Asociación Argentina de<br />

Productores de Seguros, falou sobre a situação da distribuição de<br />

seguros na Argentina. Ele informou que aumentou a quantidade de<br />

corretores de seguros em 10% no último ano. 68% da distribuição<br />

é feita por corretores de seguros, com 11% de agentes e o restante<br />

em vendas diretas.<br />

As companhias têm necessidade de crescer rapidamente e<br />

esperam que os corretores tenham mais velocidade na expansão<br />

dos negócios. “Os canais bancários criam problemas para os clientes<br />

tanto no intervalo da aquisição e do compromisso quanto no<br />

atendimento, quando não resolvem as questões e dúvidas, gerando<br />

clientes frustrados, o que é ruim para o mercado como um todo”,<br />

revelou Brutto.<br />

16


FIDES 2023<br />

INTER RISK SERVICES<br />

A importância do olho no olho<br />

Fernando Coelho, Dalve Ortolani e Chris Stallmann<br />

BRASIL OFERECE CONDIÇÕES<br />

ECONÔMICAS MAIS FAVORÁVEIS,<br />

O QUE DESPERTA O INTERESSE DE<br />

MERCADOS INTERNACIONAIS<br />

Kelly Lubiato<br />

A<br />

oportunidade de estar próximo<br />

aos parceiros levou a Inter<br />

Risk Services a participar<br />

da Expo Fides 2023. Em um momento<br />

em que a estimativa de crescimento do<br />

mercado para 2023 sobe para 9,4%, segundo<br />

a CNseg, é compreensível a vontade<br />

das empresas estrangeiras de se<br />

aproximarem do setor. Para a Inter Risk<br />

Services não é diferente. Por isso, o vice-<br />

-presidente sênior da Amwins, empresa<br />

controladora do broker, veio ao País para<br />

conhecer os clientes e demonstrar toda<br />

a capacidade da empresa, investindo no<br />

relacionamento “olho no olho”.<br />

Chris Stallmann, vice-presidente<br />

sênior da Amwins para América Latina,<br />

ressaltou a importância da nossa economia e a oportunidade de fazer<br />

bons negócios. "O Brasil é estratégico para o grupo por conta<br />

da sua importância na América Latina e também pela possibilidade<br />

de crescimento do mercado de seguros, muito além das carteiras<br />

nas quais já operam fortemente, como aviação e marítimo. A aposta<br />

para ampliação da receita está em property & casualty e, com maior<br />

intensidade, em benefícios".<br />

“Energia, infraestrutura e óleo & gás. Nós temos um forte conhecimento<br />

de portos, aeroportos, empresas de mineração, energia<br />

(majoritariamente em empresas de energias renováveis)”, ressalta<br />

Dalve Ortolani, CCO da Inter Risk.<br />

Para contribuir com este nicho em franco crescimento, o das<br />

empresas de energias renováveis, o broker pretende compartilhar<br />

todo o conhecimento global da Amwins com os clientes brasileiros.<br />

“Estamos trazendo esta estrutura para dar assistência a estes clientes<br />

Nossa estrutura segmentada por indústrias é fundamental<br />

para garantir o conhecimento e o acompanhamento<br />

próximo de todos os negócios, do começo ao fim”<br />

FERNANDO COELHO, CSO da Inter Risk<br />

20


Energia, infraestrutura e óleo & gás. Nós temos um<br />

forte conhecimento de portos, aeroportos, empresas de<br />

mineração, energia (majoritariamente em empresas de<br />

energias renováveis)”<br />

DALVE ORTOLANI, CCO da Inter Risk<br />

e prover soluções e melhores serviços”, explica Fernando Coelho, CSO<br />

da Inter, acrescentando que a empresa está contratando executivos<br />

experientes, com mais de 30 anos de mercado. “Nós acreditamos que<br />

este tipo de conta precisa de pessoas experientes, que conheçam o<br />

mercado e sejam capazes de estabelecer as melhores condições contratuais<br />

para os clientes”. De 20 contratações no último ano, pelo menos<br />

60% eram pessoas maiores de 50 anos.<br />

Esta especialização é necessária para que a empresa siga o<br />

seu DNA de atender riscos complexos e grandes. “Para isso, mantemos<br />

uma equipe de profissionais focados em resseguros que possibilitam<br />

grandes acordos”, explica Ortolani.<br />

Stallmann destaca que o seu trabalho é trazer soluções para<br />

riscos complexos. “Queremos ser o parceiro que está presente, dando<br />

suporte ao time local”. Para isso, a empresa conta com quase 500<br />

colaboradores em Londres, por exemplo. Ele afirma que, nos Estados<br />

Unidos, a Amwins provê soluções para mais de 20 mil agentes. A<br />

Amwins, ao longo dos últimos anos, vem contratando especialistas<br />

da indústria marítima, de óleo e gás, etc, o que torna seu time um<br />

“faixa preta” para prover soluções complexas globalmente.<br />

A rede THB, que em 2021 passou por um rebranding no Reino<br />

Unido e passou a ser chamada de Amwins Global Risks, possui<br />

escritórios em Miami, México, Equador, Peru, Chile, Colômbia, Argentina<br />

e Uruguai. No Brasil haviam duas operações, Inter e THB,<br />

mas a operação foi simplificada com a venda da THB Brasil em abril<br />

deste ano. “Agora, a Inter Risk Services é nossa única operação no<br />

Brasil”, ratifica Stallmann.<br />

PLANOS PARA CRESCIMENTO<br />

Dalve Ortolani reforça o seu perfil comercial e diz que uma<br />

das principais estratégias para o crescimento da Inter é investir na<br />

abertura de novos escritórios nas principais cidades brasileiras.<br />

Queremos ser o parceiro que está presente, dando suporte<br />

ao time local”<br />

CHRIS STALLMANN, vice-presidente sênior da Amwins<br />

“Consideramos que quase 60% do PIB<br />

brasileiro está no eixo Rio-São Paulo, mas<br />

não podemos esquecer dos outros 40%.<br />

O que o cliente avalia antes de fechar<br />

uma grande conta? Ele quer conhecer o<br />

seu portfólio, a sua experiência na indústria,<br />

as pessoas que fazem parte da sua<br />

equipe. Por isso, contratamos pessoas<br />

com grande experiência e com boa reputação,<br />

porque, no final do dia, é a relação<br />

pessoal que conta para fechar negócios”,<br />

resume Ortolani. Para ele, a escolha da<br />

companhia de resseguros tem mais a ver<br />

com técnica; a escolha do broker, com<br />

confiança.<br />

A Inter está investindo na expansão<br />

para outras praças, mas mantém os setores<br />

de backoffice no bairro da Vila Olímpia,<br />

em São Paulo, e em Botafogo, no Rio<br />

de Janeiro, onde atuam quase 80 pessoas.<br />

Desde o começo da pandemia ela cresceu<br />

173%. “Estamos sempre abertos para futuras<br />

aquisições também”, adianta Ortolani.<br />

Para reforçar esta postura, Stallmann<br />

conta que a Amwins fez cerca de 60 aquisições<br />

nos últimos 20 anos e acrescenta:<br />

“a distribuição de seguros é um bom negócio.<br />

As taxas de juros globais diminuíram<br />

um pouco os negócios de M&A, mas<br />

a indústria do seguro provou ser um negócio<br />

resiliente”.<br />

“Nós estamos reenergizando o<br />

mercado de seguros com pessoas experientes,<br />

para prover os melhores termos e<br />

condições de forma simples. Somos conselheiros<br />

e estamos presentes em todas as<br />

etapas das negociações. Nossa estrutura<br />

segmentada por indústrias é fundamental<br />

para garantir o conhecimento e o acompanhamento<br />

próximo de todos os negócios,<br />

do começo ao fim”, pontua Coelho.<br />

Esta proximidade é reconhecida pelos<br />

clientes, que anualmente respondem<br />

a uma pesquisa de NPS. Na edição deste<br />

ano, a Inter atingiu a marca de 89 pontos.<br />

“Esta é uma boa métrica para entender<br />

que estamos prestando um bom serviço.<br />

Quando recebemos algum feedback, convidamos<br />

a pessoa a conversar para entender<br />

o que pode ser feito para melhorar o<br />

serviço. Olhamos com muita responsabilidade<br />

para a opinião do cliente, o que nos<br />

faz melhorar sempre”, considera Coelho.<br />

21


EVENTO<br />

FÓRUM DA LONGEVIDADE<br />

Grandes mulheres maduras mostram suas experiências<br />

DESDE A APRESENTAÇÃO ATÉ OS<br />

DEBATES, AS MULHERES BRILHARAM<br />

NESTE EVENTO PROMOVIDO PELA<br />

BRADESCO SEGUROS. CISSA<br />

GUIMARÃES, ZEZE MOTA, BRUNA<br />

LOMBARDI, MARGARETH DALCOMO E<br />

XUXA MOSTRARAM QUE É POSSÍVEL<br />

ENVELHECER BEM E DE FORMA ATIVA<br />

Kelly Lubiato<br />

O<br />

Grupo Bradesco Seguros realizou<br />

o XVI Fórum da Longevidade<br />

que reuniu grandes ícones das<br />

artes, da ciência e dos negócios. Mais de<br />

800 pessoas tiveram a oportunidade de<br />

meditar com a atriz Bruna Lombardi e de<br />

ouvir outra atriz, a grande Zeze Motta,<br />

cantar lindamente, depois de dividir suas<br />

experiências de vida. A cereja do bolo ficou<br />

por conta da participação da Rainha<br />

dos Baixinhos, Xuxa Meneghel.<br />

“As escolhas são muitos aderentes<br />

ao que ouvimos nos anos anteriores”, comentou<br />

o diretor de marketing do Grupo<br />

Bradesco Seguros, Alexandre Nogueira.<br />

“Quisemos mesclar opiniões e conteúdos<br />

que fossem ricos em vários aspectos,<br />

como é a questão da longevidade, baseada<br />

em pilares: conhecimento, saúde,<br />

parceria, amizade e finanças”.<br />

O médico gerontologista Alexandre<br />

Kalache, que também é consultor do<br />

Fórum da Longevidade, ressaltou a situação<br />

demográfica brasileira, um país que<br />

envelheceu muito rapidamente e de forma<br />

inadequada. Entretanto, Kalache afirmou<br />

que o Brasil possui pontos positivos<br />

para os idosos, como um Estatuto próprio,<br />

sistema de saúde pública universal e renda<br />

universal.<br />

Outro ponto alto do evento foi a<br />

participação da médica e professora Margareth<br />

Dalcomo. Ela foi uma das maiores<br />

defensoras da vacinação em massa durante<br />

a pandemia e disse que continuará<br />

lutando pelas pessoas que necessitam de<br />

atendimento médico.<br />

A partir da esquerda: Ivan Gontijo, Cissa Guimarães, Alexandre Kalache, Ney Dias,<br />

Xuxa, Jorge Nasser e Manuel Peres<br />

Dalcomo se definiu como um sexagenária no corpo de uma<br />

balzaquiana e contou que trabalha 14 horas por dia, atendendo, realizando<br />

pesquisas na Fiocruz do Rio de Janeiro, dando aulas e palestras,<br />

além de escrever para jornais. Após falar sobre sua atuação na pandemia,<br />

Dalcomo pediu a todos que se vacinem, pois este é o único meio<br />

de prevenção. Ela foi ovacionada em pé pela plateia.<br />

AUTOCUIDADO<br />

“A vida é um abraço de você em você mesmo e nas pessoas<br />

que te cercam. Se você tem empatia, olha para o outro e entende<br />

as diversidades, você está próximo do amor próprio e do amor ao<br />

próximo”, enfatizou a atriz Bruna Lombardi. Para ela, o fato da sociedade<br />

começar a discutir a longevidade, já é um grande avanço, mas<br />

é apenas um começo.<br />

O Fórum da Longevidade colocou em discussão a forma<br />

como a sociedade pode conviver em harmonia. Como disse o presidente<br />

da Bradesco Vida e Previdência, Jorge Nasser, esta é a primeira<br />

vez na humanidade em que sete gerações estão convivendo juntas.<br />

“Nossa contribuição é inspirar outras instituições a abrirem espaço<br />

para a discussão da longevidade. Temos orgulho de sermos o<br />

maior pagador de benefícios, de pensões, aposentadorias e indenizações.<br />

Forma mais de R$ 33 bilhões em 2022. Precisamos ter uma relação<br />

intergeracional. Não basta ficar imaginando que os velhos terão<br />

um problema no futuro. Nós somos os velhos”.<br />

Para fechar o evento, Xuxa lembrou que a gente é o que a<br />

gente come, o que a gente vive. Aos 60 anos, a Rainha dos Baixinhos,<br />

disse que se cuida muito e que mantém uma energia muito otimista.<br />

“Queria que alguém tivesse dito: cuida do teu sono, da energia boa,<br />

do que você come, porque tudo isso terá reflexo na sua vida. Eu tenho<br />

ainda muita coisa para fazer e não irei me aposentar tão cedo.<br />

A lição é que temos que cuidar do que somos hoje, para sermos<br />

melhores no futuro. É preciso cuidar da saúde financeira, emocional<br />

e física. O futuro ainda vai longe.<br />

22


EVENTO<br />

CONEC<br />

Corretor é, e sempre será, o protagonista<br />

na distribuição de seguros no Brasil<br />

AUTORIDADES, REPRESENTANTES DE ENTIDADES E EXECUTIVOS ESTIVERAM REUNIDOS DURANTE OS<br />

TRÊS DIAS DO CONEC 2023 PARA COMENTAREM SOBRE O NOVO CENÁRIO DE SEGUROS NO BRASIL,<br />

DESTACANDO O PAPEL DO CORRETOR COMO FUNDAMENTAL PARA O SETOR SUPERAR SEUS DESAFIOS<br />

Kelly Lubiato e Nicole Fraga<br />

10 mil pessoas participaram dos três dias do Congresso<br />

O<br />

corretor é a chave para o mercado<br />

de seguros superar desafios<br />

e crescer no Brasil. Com o tema<br />

“Superação”, palavra que define a atuação<br />

desses profissionais, aconteceu entre<br />

os dias 5 e 7 de outubro o Conec 2023 em<br />

São Paulo, no Transamerica Expo Center.<br />

O evento foi organizado pelo Sincor-SP<br />

(Sindicato dos Corretores de Seguros do<br />

Estado de São Paulo), que na programação<br />

do evento reuniu representantes dos<br />

mais diversos segmentos do setor para<br />

debater o futuro dos corretores de seguros.<br />

Além disso, o público pode acompanhar<br />

palestras simultâneas, shows e<br />

participar da feira de negócios com os<br />

principais players do setor.<br />

Na abertura do Congresso, Boris Ber, presidente do Sincor-SP,<br />

destacou a importância do Congresso e da feira para movimentar a<br />

inovação no setor. “Depois de cinco anos, estamos na plenitude de<br />

poder exercer um dos pontos mais importantes da profissão corretor<br />

de seguros: o relacionamento profissional e interpessoal. O corretor<br />

de seguros é a prova viva da resiliência do setor, principalmente<br />

depois da Covid-19, e precisamos estar unidos para que, junto<br />

aos sindicatos, federações e seguradoras, possamos desenvolver o<br />

segmento”.<br />

Ber ainda ressaltou o papel do estado de São Paulo no desempenho<br />

do mercado, que representa 40% da arrecadação do setor,<br />

além de ser onde se encontra o maior número de profissionais.<br />

Na região, estão ativos 30.078 corretores de seguros Pessoas Físicas<br />

e 22.122 corretores Pessoas Jurídicas, de acordo com a Fenacor (Federação<br />

Nacional dos Corretores de Seguros). “O Sincor-SP voltou<br />

a ultrapassar a marca de 10 mil sócios. Isso é motivo de muita alegria,<br />

e em um evento do tamanho do Conec podemos demonstrar<br />

24


a força da nossa categoria para as empresas e o órgão regulador”.<br />

Na plenária de abertura do Congresso, Alessandro Octaviani,<br />

superintendente da Susep (Superintendência de Seguros Privados),<br />

falou sobre como superar o atual estágio do mercado de seguros no<br />

Brasil e o papel da entidade para trazer mais acessibilidade ao setor.<br />

“Temos três desafios regulatórios que a Susep visa superar para atingir<br />

a total harmonia na nossa indústria, e o corretor é a chave para<br />

todos eles. Quando falamos de seguro, somente os corretores, por<br />

serem profissionais extremamente capacitados e que conhecem o<br />

consumidor como ninguém, estão aptos para atuar na distribuição”.<br />

Segundo Octaviani, um dos desafios que o mercado enfrenta<br />

é a falta de uma política nacional de seguros. “Sem isto, não há a possibilidade<br />

de aumentar o acesso da população aos nossos produtos.<br />

O corretor é extremamente importante para termos um mercado<br />

pujante, e deve ser escutado para construirmos uma regulamentação<br />

que conecte os investimentos captados na poupança popular<br />

com os grandes planos de desenvolvimento nacional, alimentando<br />

a nossa base de produtos e clientes”.<br />

O superintendente também falou sobre a importância da<br />

qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas de seguros,<br />

pois a partir disso o cliente terá mais confiança no momento<br />

de contratar uma apólice. “Devemos incentivar o aumento da nossa<br />

indústria na atual base do consumidor brasileiro, propiciando os<br />

incentivos corretos aos corretores e melhorando os produtos. Para<br />

isso, devemos ter uma política nacional de qualidade de seguros,<br />

garantindo o melhor atendimento ao segurado tanto no pré como<br />

no pós-venda”.<br />

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg (Confederação Nacional<br />

das Seguradoras), comentou sobre o papel da entidade no diálogo<br />

com o Governo, demonstrando a importância do mercado de<br />

seguros para a economia e a sociedade. No mês de outubro, Oliveira<br />

esteve reunido com o ministro Fernando Haddad para falar<br />

sobre a aprovação do PL 29/2017, que tem como objetivo mudar<br />

os contratos de seguros do Brasil. “Queremos e temos a obrigação<br />

de aumentar a proteção financeira dos brasileiros e a transparência<br />

daquilo que vendemos, construindo uma relação mais próxima com<br />

o segurado”.<br />

Oliveira também falou sobre a revisão da projeção do crescimento<br />

do mercado de seguros para este ano, divulgada pela<br />

CNseg recentemente. Em novembro de 2022, a expectativa era de<br />

que o setor crescesse 10,1%. Analisando os dados da indústria até<br />

setembro, a Confederação estima que o segmento deve aumentar<br />

9,4% em 2023. ”É um número ótimo, mas ainda somos capazes de<br />

crescermos mais ainda e protegermos mais pessoas. E aí vem a importância<br />

de uma ação combinada entre Governo, seguradoras e<br />

corretores para que o seguro chegue à população de baixa renda.<br />

67% dos trabalhadores brasileiros ganham menos de dois salários<br />

mínimos, por isso temos que ter uma regulação que torne o seguro<br />

mais simples, acessível e fácil de vender e contratar”.<br />

Rivaldo Leite, presidente do Sindseg-SP (Sindicato das Seguradoras<br />

do Estado de São Paulo) e CEO da Porto Seguro, também<br />

participou da plenária de abertura do Conec 2023 e ressaltou a capacitação<br />

do corretor de seguros como fundamental para o sucesso<br />

Boris Ber<br />

do mercado. “Em um mundo globalizado<br />

e conectado, não há a necessidade de<br />

ser uma pessoa da indústria para ajudar<br />

na expansão do mercado de seguros.<br />

Entretanto, é nosso dever oferecer o conhecimento<br />

necessário para que estes<br />

profissionais tragam a inovação que o<br />

setor precisa. Nosso segmento cuida de<br />

pessoas, dando atenção às suas necessidades<br />

e aos riscos aos quais elas estão expostas.<br />

Isto é uma atividade humana, não<br />

podendo ser substituída por qualquer<br />

tecnologia”.<br />

Armando Vergílio, presidente da<br />

Fenacor, reforçou durante a sua apresentação<br />

a importância do PDMS (Plano de<br />

Desenvolvimento do Mercado de Seguros)<br />

para o setor dobrar a sua participação<br />

no PIB nos próximos sete anos, o que<br />

deve abrir grandes oportunidades de negócios.<br />

“O Brasil é a oitava economia no<br />

mundo. Entretanto, somos o 18º mercado<br />

de seguros. Isso prova que algo está errado.<br />

Não podemos continuar numa posição<br />

pacífica. O corretor conhece como<br />

ninguém os limites financeiros e os planos<br />

para o futuro do cliente. Para continuar<br />

sendo protagonista, o corretor deve<br />

continuar se qualificando, estando antenado<br />

às tendências mundiais para ofertar<br />

o que há de melhor à sua carteira”.<br />

TECNOLOGIA É ALIADA NO<br />

ATENDIMENTO AO CLIENTE<br />

Na segunda plenária do Conec<br />

2023, executivos também deixaram claro<br />

que a tecnologia nunca irá substituir o<br />

atendimento e conhecimento do corretor<br />

25


EVENTO<br />

CONEC<br />

Camila Correia e Boris Ber<br />

de seguros. Presidentes de grandes seguradoras<br />

comentaram sobre o novo cenário<br />

de seguros no Brasil, a importância<br />

dos corretores para a operação do setor e<br />

como a mudança nos hábitos de consumo<br />

trazem novas oportunidades para a<br />

indústria. O debate foi mediado por Marcos<br />

Abarca e Fernando Alvarez, da diretoria<br />

do Sincor-SP.<br />

Patrícia Chacon, CEO da Liberty<br />

Seguros, abriu o painel falando sobre o<br />

papel das lideranças na renovação do<br />

mercado e como acompanhar as preferências<br />

dos clientes. “Como gestores e<br />

líderes do setor, nosso papel é reinventar<br />

o negócio a cada ciclo. O consumidor<br />

está mudando suas preferências, e isso<br />

demanda que estejamos conectados na<br />

personalização da oferta. Assim como o<br />

cliente está evoluindo e mudando, vemos<br />

transformação na forma de atendimento.<br />

Isso abre um mar de oportunidades para<br />

o nosso segmento, trazendo a possibilidade<br />

de uma maior parcela da população<br />

brasileira estar segurada. Também vemos<br />

preferência em termos de atendimento,<br />

com cada vez mais as pessoas preferem o<br />

digital, mas também é necessário o contato<br />

humano. Nós acreditamos que para<br />

navegar nesses tempos de mudanças temos<br />

que caminhar em sintonia”.<br />

Eduardo Dal Ri, CEO da HDI Seguros,<br />

comentou sobre a recente compra<br />

da operação da Liberty na América Latina<br />

pela HDI. Em julho, o CADE (Conselho<br />

Administrativo de Defesa Econômica)<br />

Painel: Novo cenário de seguros no Brasil<br />

aprovou a aquisição, que ainda aguarda o aval da Susep (Superintendência<br />

de Seguros Privados). Até lá, cada empresa segue operando<br />

de forma independente. Segundo o executivo, com a junção<br />

das marcas, o engajamento dos corretores e a transição de talentos<br />

de uma companhia para outra são os pilares estratégicos desta<br />

operação.<br />

“Já tive experiências anteriores neste tipo de aquisição, e<br />

acredito que o apoio dos corretores é a chave para o sucesso. A HDI<br />

e a Liberty são duas companhias que têm no DNA a co-criação de<br />

produtos junto aos parceiros. Nosso principal objetivo é transmitir a<br />

reputação da Liberty para uma nova marca”, disse Dal Ri.<br />

O diretor executivo de Operações, Tecnologia e Sinistros da<br />

Tokio Marine, Adilson Lavrador, representando o presidente da companhia,<br />

José Adalberto Ferrara, falou sobre a evolução tecnológica<br />

e o seu impacto no negócio dos corretores. Para Lavrador, a pandemia<br />

de Covid-19 serviu para mostrar o quanto o mercado de seguros<br />

amadureceu em termos de tecnologia. “No lockdown, colocamos<br />

rapidamente nossos colaboradores em home-office e passamos a<br />

nossa operação totalmente para o digital. Isso trouxe para a indústria<br />

um novo tipo de consumidor, que passou a experimentar nossos<br />

serviços de forma online, o que nos obrigou a aprimorar nossos canais<br />

de atendimento”.<br />

Lavrador ressaltou que, apesar da digitalização, é fundamental<br />

a humanização durante o atendimento. “E só quem oferece isso<br />

é o corretor. Apesar do crescimento sustentável do setor passar pela<br />

tecnologia, o corretor é quem tem o cliente na mão, ele é quem constrói<br />

o elo entre o segurado e a seguradora. Temos uma base muito<br />

grande, alimentada principalmente por esses parceiros, e devemos<br />

usá-la para desenhar novas coberturas securitárias”.<br />

Edson Franco, CEO da Zurich, afirmou durante a sua apresentação<br />

que discutir o futuro do corretor é um falso dilema. “Há 25<br />

anos escuto que o corretor ia acabar. Atualmente, com a chegada do<br />

Open Insurance, muito se fala do papel desse profissional no nosso<br />

mercado. Não existe ameaça ao papel do corretor, pois ele é parte da<br />

cultura do nosso setor, e nada irá substituir sua força na distribuição<br />

de seguros no Brasil”.<br />

26


O executivo apresentou alguns dados que chamaram a atenção<br />

da platéia. De acordo com Franco, menos 25% da frota de veículos<br />

no Brasil é segurada, apenas 17% das residências contam com<br />

uma apólice e somente 7% dos brasileiros têm um seguro de vida.<br />

“Nenhuma suposta ameaça é maior do que a baixa penetração de<br />

seguros no Brasil. A tecnologia vem para ajudar a nossa operação,<br />

facilitando no momento da venda dos produtos. Se colocarmos na<br />

cabeça que, a partir de uma missão social temos uma oportunidade<br />

de negócios, podemos tornar o nosso país o maior mercado de seguros<br />

do mundo”.<br />

Felipe Nascimento, CEO de Seguros da Mapfre no Brasil, reforçou<br />

que com o aumento do nível da sensibilidade ao risco da<br />

população, o protagonismo do corretor aumentou. “As mudanças<br />

e evolução tecnológica parecem imparáveis, e com isso teve até<br />

mudança comportamental. Nossa missão é aumentar a parcela da<br />

sociedade coberta pelo seguro e fazê-la entender a importância de<br />

estar protegida. Com o nível da qualidade da gestão de portfólio<br />

que o corretor de seguros oferece, é praticamente impossível que<br />

outro agente faça da mesma forma”.<br />

Já o presidente do Grupo Bradesco Seguros, Ivan Gontijo,<br />

disse que o papel das seguradoras é ouvir seus parceiros, trazendo<br />

novas ideias e aperfeiçoando os serviços oferecidos pelo segmento.<br />

”Atualmente, o produto seguro deve ser o mais personalizável<br />

possível, sendo quase um taylor made. Quando falamos de comunicação<br />

para o mercado de seguros, o que devemos ressaltar não é o<br />

aumento do ganho das seguradoras, mas sim a proteção que oferecemos<br />

e o quanto retornamos à sociedade através de indenizações”.<br />

Gontijo anunciou que a Bradesco Seguros espera alcançar<br />

R$ 100 bilhões em faturamento neste ano. “90% dessa arrecadação<br />

vem dos corretores. O nosso mercado virou um ecossistema, e<br />

é dentro desse ecossistema que o corretor tem um papel determinante<br />

para que possamos aumentar a penetração do setor no Brasil.<br />

Quanto melhor a aceitação e a subscrição de riscos, melhor iremos<br />

atender o cliente no momento em que ele mais precisa da gente,<br />

além de oferecermos melhores ferramentas aos nossos parceiros”.<br />

Alexandre Camillo, corretor de seguros, ex-presidente do Sincor-SP<br />

e ex-superintendente da Susep, comentou sobre a sua visão<br />

do setor e o que o mercado pode esperar para o futuro. “Através da<br />

minha experiência, pude estar em diversos balcões e ter uma visão<br />

privilegiada da nossa indústria, e posso afirmar que o nosso futuro<br />

construímos no presente. Estamos em um momento de mudança social,<br />

o que abre porta para novos riscos, como os riscos cibernéticos<br />

e até mesmo os climáticos. O produto seguro supre essa demanda<br />

de maneira incomparável, e atuando como um agente de bem-estar<br />

social, o corretor continuará sendo o canal preferido do cliente”.<br />

RECONHECIMENTO DO GOVERNO<br />

O Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, fez uma rápida participação<br />

no evento. Em seu discurso oficial, ele enalteceu o setor<br />

de seguro saúde por contribuir para desafogar a lotação do serviço<br />

público.<br />

Logo após se apresentar, o prefeito participou de uma coletiva<br />

de imprensa, na qual foi questionado sobre a possibilidade de<br />

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e Boris Ber<br />

dialogar com a indústria de seguros para<br />

a criação de um seguro social. “Temos em<br />

São Paulo cerca de 13 mil casas em área<br />

de risco R4 (o maior nível na métrica da<br />

Prefeitura) e estamos fazendo muitas<br />

obras. As mudanças climáticas trazem<br />

riscos de inundação, por exemplo, pelo<br />

grande acúmulo de água em um curto<br />

período de tempo, o que gera muitos sinistros”,<br />

disse Nunes.<br />

Ele acrescentou que a Prefeitura<br />

está realizando obras para tentar minimizar<br />

as enchentes na cidade. “Para proteger<br />

a vida das pessoas, é possível criar um<br />

seguro social, mas precisamos de uma<br />

discussão mais ampla”, afirmou o Prefeito,<br />

assumindo que este assunto nunca fez<br />

parte de uma pauta do Poder Executivo<br />

Municipal. Sobre os corretores de seguros<br />

e o evento, Nunes ressaltou a importância<br />

dos profissionais, principalmente como<br />

geradores de emprego e renda para a cidade.<br />

Para contribuir com o mercado<br />

de seguros indiretamente, a Prefeitura<br />

realizou a instalação de equipamentos<br />

em 100 veículos (táxis e carros de<br />

aplicativos) para identificar a variação<br />

da qualidade asfáltica. O equipamento<br />

desenvolvido pela USP (Universidade<br />

de São Paulo) identifica a trepidação e<br />

presença de buracos e, a partir deste<br />

mapeamento, é feito o recapeamento<br />

da cobertura de asfalto da cidade para<br />

evitar acidentes e transtornos para os<br />

cidadãos.<br />

27


EVENTO<br />

EXPOSEG<br />

Negócios, brindes e relacionamento<br />

A FEIRA QUE ACONTECE EM PARALELO AO CONEC TEVE ESTANDES DE TODOS OS PORTES, COM<br />

SEGURADORAS, PRESTADORES DE SERVIÇOS E INSURTECHS APRESENTANDO SUAS NOVIDADES PARA<br />

OS CORRETORES DE SEGUROS. TEVE BRINCADEIRAS, BRINDES E MUITO RELACIONAMENTO, COM A<br />

OPORTUNIDADE DE CONHECER AS PESSOAS PESSOALMENTE E PREPARAR O TERRENO PARA NEGÓCIOS<br />

FUTUROS<br />

Kelly Lubiato e Nicole Fraga<br />

AKAD SEGUROS<br />

“Depois de cinco anos da última edição do Conec, estamos apresentando o nosso cadastro<br />

simplificado. Nos últimos meses, lançamos diversos produtos, serviços e treinamentos. Todo<br />

o nosso time comercial está preparado para atendê-los”.<br />

MARIANA MIRANDA, head comercial<br />

ALLIANZ<br />

“Relançamos o programa Aliados, com campanhas<br />

e viagens especiais, com elementos para<br />

o que corretor percebesse a sua relevância no dia<br />

a dia da companhia. Falamos de células especiais<br />

junto aos sinistros, prioridade de atendimento para<br />

alguns segmentos e possibilidade de participar de<br />

fases especiais. Estamos no último<br />

trimestre do ano e há premiações<br />

especiais em todos os níveis”.<br />

AUTOGLASS - MAXPAR<br />

“O ecossistema de seguros esteve presente<br />

ao Conec. Estamos aqui apresentando nossas novas<br />

coberturas de lataria e pintura, roda, pneu e<br />

suspensão. Trabalhamos na capacitação dos corretores<br />

para mostrar a ele a experiência da assistência<br />

e para que ele possa levar isso para o seu consumidor<br />

e transformar as informações<br />

em mais negócios para ele, para as<br />

seguradoras e para a Maxpar.<br />

KARINE BARROS, diretora comercial<br />

EDUARDO BORGES, vice-presidente<br />

AXA NO BRASIL<br />

“Esta edição marcou a primeira participação da seguradora na Exposeg. Este é um ano<br />

muito importante para nós, porque lançamos o Auto Frota, o seguro de vida PME, além dos produtos<br />

consolidados, como o seguro empresarial e o seguro condomínio. Para o próximo ano, já<br />

temos mais três produtos para entrar na linha digital (RC, D&O e E&O). A Axa se posiciona cada<br />

vez mais próxima dos corretores, seja ele de pequeno, de médio ou de grande risco”.<br />

KARINE BRANDÃO, vice-presidente comercial<br />

28


BRADESCO SEGUROS<br />

“O nosso canal de vendas é, e continuará sendo, o corretor, cada vez mais especializado e consultor do cliente.<br />

Só com o conhecimento do cliente o corretor saberá quando é momento “mágico”para oferecer<br />

um produto. A Bradesco Seguros vai chegar ao faturamento de R$ 100 bilhões ao ano, aperfeiçoando<br />

as coberturas e assistências de nossos produtos. O cliente quer ter produtos que atendam<br />

a sua totalidade. Um exemplo são as coberturas de pet e de residencial nos seguros de vida”.<br />

IVAN GONTIJO, presidente<br />

ENS<br />

“Os corretores estão cada vez mais interessados no mundo digital. A Escola está investindo<br />

na área de Inteligência Artificial a servico dos corretores de seguros. Temos lives e cursos<br />

de aceleração digital e, no próximo ano, continuaremos investindo neste assunto. Vamos<br />

anunciar, em breve, o calendário de 2024”.<br />

MARIA HELENA MONTEIRO, diretora<br />

GTI SOLUTION<br />

“Estamos no Conec para divulgar duas plataformas<br />

para os corretores de seguros. Uma delas é<br />

a Ping Seguro, uma ferramenta de CRM com marketplace<br />

e multicálculo de Automóvel para o corretor<br />

administrar seu negócio. Já a plataforma doHub é<br />

específica para produtos Massificados, em uma versão<br />

mais personalizada para a venda de seguros.<br />

Esses dois softwares têm objetivos diferentes, para<br />

públicos diferentes. Acreditamos<br />

que essas duas ferramentas digitais<br />

entregam o que o mercado<br />

está precisando”.<br />

LUIZ GIL, CEO<br />

GRUPO FORRISK<br />

“No Conec 2023, nosso objetivo foi apresentar<br />

nossas soluções para os corretores e seguradoras.<br />

Temos soluções como a AutoVist, uma ferramenta<br />

de vistoria digital; a Check View, que é um<br />

portal de consultas de PF, PJ e veículos; a Tabela<br />

Somos, de precificação de veículos pesados, como<br />

caminhões, carretas e tratores; e a Safe Sign, que<br />

é a assinatura eletrônica do corretor de seguros<br />

com validade jurídica. Queremos<br />

nos conectar cada vez mais com<br />

o mercado”.<br />

DANIEL FIGUEIREDO,<br />

diretor de operações<br />

GBOEX<br />

“É uma enorme satisfação participar do Conec e conversar com os corretores de seguros.<br />

O GBOEX está com muitas novidades. Corretor, venha conhecer nossos produtos e o novo portal<br />

digital. Tem muito espaço para as companhias, com muitas oportunidades de conquistar novos<br />

clientes. Nosso objetivo é levar proteção por esse Brasil a fora”.<br />

ANA MARIA PINTO, superintendente Comercial e Marketing<br />

29


EVENTO<br />

EXPOSEG<br />

LOJACORR<br />

“É sempre um prazer para a Lojacorr estar<br />

participando do Conec. Essa é a quarta vez que<br />

montamos um estande na feira, o que é muito importante<br />

para que a gente possa levar nossas soluções<br />

para o corretor, potencializando o crescimento<br />

do mercado de seguros como um todo”.<br />

MAPFRE<br />

“Foi empolgante estar no Conec, com 10 mil<br />

pessoas dispostas a falar de negócios. Vivemos um<br />

momento ímpar na companhia, com muitas melhorias,<br />

com inovação e produtos simplicados. Estamos<br />

construindo uma série de ferramentas para que o<br />

corretor consiga trabalhar conosco de forma simples,<br />

seja em produtos de vida, empresarial, automóvel,<br />

grandes riscos, transportes,<br />

enfim, todo o leque de produtos”.<br />

LUIZ LONGOBARDI JUNIOR,<br />

diretor comercial<br />

JONSON SOUZA,<br />

diretor técnico e comercial<br />

PORTO<br />

“Convidamos 50 corretores de nove regiões para participar da produção do filme em<br />

homenagem aos Dia do Corretor. Trouxemos a Porto Bank, Saúde, Seguro, Azul e todo o time,<br />

com uma visão regionalizada para que possamos atender todas as demandas dos corretores e<br />

dos consumidores. Já ultrapassamos a marca de 36 mil profissionais cadastrados e 13 milhões<br />

de clientes. A inclusão securitária é um dos nossos focos”.<br />

LUIZ ARRUDA, vice-presidente comercial, marketing, clientes e dados<br />

SEGPARTNERS BRASIL<br />

“A SegPartners tem como objetivo trazer<br />

soluções inovadoras para o mercado. Somos uma<br />

empresa de prestação de serviços, feita de corretores<br />

para corretores. Como vimos aqui nas palestras<br />

do Conec, o corretor é o principal canal de<br />

distribuição de seguros e a nossa empresa nasceu<br />

para dar mais agilidade aos processos, facilitando<br />

o acesso do corretor às seguradoras e novas tecnologias.<br />

Junto à SegPartners, os<br />

corretores encontram um cenário<br />

favorável para que eles possam<br />

expandir seus negócios”.<br />

SANCOR SEGUROS<br />

“A Sancor está há dez anos no Brasil e agora<br />

foi capitalizada pelos acionistas argentinos. Nosso<br />

projeto é de crescimento e queremos, até 2030,<br />

multiplicar por quatro o nosso faturamento e só<br />

vamos conseguir isso com o apoio dos corretores<br />

de seguros. Lançamos aqui o seguro Carta Verde<br />

Digital, com emissão em menos de um minuto.<br />

Outra novidade é o seguro engenharia, para maquinário<br />

e eventos, além do Portal<br />

de Massificados”.<br />

PAULO ROGÉRIO DOS SANTOS, CEO<br />

EDWARD LANGE, CEO<br />

30


STARKEN INSURANCE<br />

“Somos uma insurtech que atua como um marketplace de Seguros Corporativos, conectando<br />

o corretor com as seguradoras. A gente une tecnologia e serviço para o corretor<br />

trabalhar em alta performance. Estar presente no Conec é uma oportunidade de estar perto<br />

dos corretores apresentando a nossa plataforma. Nosso foco é atender o corretor e fazer<br />

com que ele venda mais seguros como Frota, Transporte, Empresarial e RD Equipamentos,<br />

aumentando a carteira e gerando mais negócios”.<br />

BRUNO BARAZZUTTI, CEO<br />

SULAMÉRICA<br />

“A SulAmerica vive um novo momento, fazendo parte do Grupo D’Or. Estamos no movimento<br />

Onda Laranja, falando de novos produtos, fortalecendo a parceria com os corretores<br />

de seguros. Estamos mais estruturados para apresentar as novidades, mudanças de processos,<br />

agilidade e novos produtos”.<br />

SOLANGE ZAQUEM, diretora comercial<br />

TOKIO MARINE<br />

“O Conec é um dos maiores eventos voltados<br />

para o corretor de seguros no País e é uma oportunidade<br />

de troca de conhecimento e experiências<br />

com nossos parceiros de negócios e demais colegas<br />

do mercado securitário. É uma honra para Tokio<br />

Marine apoiar e participar, por mais um ano, de um<br />

evento dessa relevância, onde debatemos sobre o<br />

futuro desse mercado tão importante<br />

para a economia brasileira”.<br />

JOÃO LUIZ DE LIMA,<br />

diretor comercial nacional varejo<br />

WELLBE<br />

“Somos uma plataforma de gestão de saúde<br />

das apólices empresariais. É muito bom estar no Conec,<br />

conhecendo um pouco mais do mercado e dos<br />

nossos clientes. Estamos no setor desde 2017, e vivemos<br />

um momento de expansão. Esse ano acabamos<br />

de receber uma rodada de investimento, então nosso<br />

principal objetivo é conquistar cada vez mais corretoras,<br />

ajudando a reduzir os custos<br />

de saúde e aumentar a qualidade<br />

de vida dos beneficiários do Brasil”.<br />

DESIRÉE VILAS BOAS,<br />

head de marketing e sócia<br />

ZURICH SEGUROS<br />

“Nós, da Zurich, somos multiprodutos e queremos contribuir para a capacitação dos<br />

corretores de seguros, para o apoio tecnológico e ferramental para os profissionais para que<br />

eles possam diversificar a sua oferta de seguros a seus clientes. isso para aumentar a participação<br />

do seguro na sociedade brasileira”.<br />

EDSON FRANCO, presidente<br />

31


EVENTO<br />

ABGR<br />

Seguros são fundamentais para empresas<br />

superarem os desafios da gestão de riscos<br />

REPRESENTANTES DO SETOR ESTIVERAM PRESENTES NA EXPO ABGR 2023 PARA COMPARTILHAREM<br />

INSIGHTS, ABORDANDO AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS PARA O MERCADO DE SEGUROS NO<br />

GERENCIAMENTO DE RISCOS<br />

Nicole Fraga<br />

Antonio Trindade, Dyogo Oliveira, Rafaela Barreda, Carlos Roberto Queiroz e Luiz Otávio Artilheiro<br />

Os Desafios do Gerenciamento de<br />

Riscos nas Empresas” foi o tema<br />

do XV Seminário de Gestão de<br />

Riscos e Seguros e Expo ABGR 2023. O<br />

evento aconteceu entre os dias 10 e 11<br />

de outubro, no WTC Events Center, localizado<br />

na capital paulista. Para celebrar<br />

seus 40 anos, a ABGR (Associação Brasileira<br />

de Gerenciamento de Riscos) reuniu<br />

risk managers renomados e alguns dos maiores players de gerenciamento<br />

de riscos e seguros para debaterem sobre a importância da<br />

gestão de riscos e seus desafios.<br />

Segundo Luiz Otávio Artilheiro, diretor-presidente da ABGR,<br />

o principal foco da feira foi alertar sobre as mudanças que o segmento<br />

vem passando, trazendo toda a cadeia produtiva do setor para<br />

refletir sobre diversidade, inovação e proporcionar conhecimento<br />

técnico. “Quando idealizamos o evento para este ano, pensamos em<br />

trazer a visão do comprador na hora de fazer a colocação do risco.<br />

32


Os critérios ESG também devem abrir portas,<br />

pois com o mundo mais conectado ao conceito<br />

de sustentabilidade e responsabilidade social,<br />

é necessário que as empresas incorporem<br />

ações mais sustentáveis e compatíveis com a<br />

preservação do planeta”<br />

ANTONIO TRINDADE, presidente da FenSeg<br />

Além disso, falamos sobre legislação e regulação, pois esse temas<br />

são importantes para entendermos o momento de incerteza que o<br />

nosso mercado, principalmente o internacional, vive”.<br />

Sobre os planos da Associação para o futuro, Artilheiro afirma<br />

que a entidade está passando por um momento de reestruturação,<br />

buscando trazer mais gestores de riscos para dentro da ABGR. “Temos<br />

a participação de seguradoras e corretoras do setor, mas para<br />

nós é fundamental que os risk managers façam parte da direção da<br />

Associação”.<br />

Na plenária de abertura do evento, estavam presentes<br />

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg (Confederação Nacional das<br />

Seguradoras); Carlos Roberto Queiroz, diretor da Susep (Superintendência<br />

de Seguros Privados); Rafaela<br />

Barreda, vice-presidente da Fenaber<br />

(Federação Nacional das Empresas de<br />

Resseguros); e Antonio Trindade, presidente<br />

da FenSeg (Federação Nacional de<br />

Seguros Gerais). Os especialistas falaram<br />

sobre os desafios, tendências e oportunidades<br />

do mercado segurador, compartilhando<br />

insights e como as instituições<br />

enxergam esse momento de transformação<br />

do setor.<br />

Trindade abriu sua apresentação<br />

comentando sobre a importância do<br />

PDMS (Plano de Desenvolvimento do<br />

Mercado de Seguros) para o seguro ser<br />

um instrumento de proteção financeira<br />

mais acessível no Brasil. “Graças ao empenho<br />

da CNseg, e as diversas entidades<br />

que estão trabalhando para a expansão<br />

do setor, temos a oportunidade de demonstrar<br />

o papel que o nosso segmento<br />

exerce na economia e no equilíbrio financeiro<br />

de pequenas, médias e grandes<br />

empresas, além do consumidor pessoa<br />

física, que é o centro do nosso negócio”.<br />

De acordo com Trindade, as mudanças<br />

regulatórias que a Susep está<br />

promovendo, como a possível aprovação<br />

do PLC 29/2017, devem trazer mais benefícios<br />

e flexibilidade para o mercado,<br />

A retomada de investimentos nas obras de<br />

infraestrutura irão gerar grandes oportunidades<br />

para o nosso segmento, e acredito que o<br />

crescimento econômico é o melhor programa de<br />

distribuição de renda. Isso ajuda não somente<br />

o cidadão das classes menos favorecidas, mas<br />

também as grandes empresas. Por isso, estamos<br />

trabalhando para levar a conscientização da<br />

gestão de riscos através do seguro”<br />

DYOGO OLIVEIRA, presidente da CNseg<br />

O fato das seguradoras terem<br />

que comprar uma apólice<br />

de resseguro para melhorar<br />

sua operação traz desafios,<br />

e alguns deles são o cenário<br />

geopolítico, a instabilidade<br />

jurídica local e os riscos<br />

sistêmicos, que podem afastar<br />

investimentos”<br />

RAFAELA BARREDA,<br />

vice-presidente da Fenaber<br />

33


EVENTO<br />

ABGR<br />

principalmente para as seguradoras desenvolverem<br />

novos produtos e serviços.<br />

”Meu medo era que com a aprovação<br />

desse projeto, nosso setor tivesse um<br />

retrocesso na sua regulamentação. Entretanto,<br />

após muito diálogo, acredito<br />

que hoje teremos uma lei muito bem<br />

estabelecida para os contratos de seguros,<br />

protegendo, principalmente, o segurado.<br />

Os critérios ESG também devem<br />

abrir portas, pois com o mundo mais conectado<br />

ao conceito de sustentabilidade<br />

e responsabilidade social, é necessário<br />

que as empresas incorporem ações mais<br />

sustentáveis e compatíveis com a preservação<br />

do planeta”.<br />

Rafaela reforçou a importância<br />

do resseguro na gestão das companhias,<br />

auxiliando na transferência de riscos da<br />

seguradora para a resseguradora e aumentando<br />

a capacidade financeira das<br />

organizações. O mercado brasileiro já<br />

conta com mais de 100 resseguradores<br />

estrangeiros e 13 empresas nacionais<br />

cadastradas. “O fato das seguradoras<br />

terem que comprar uma apólice de resseguro<br />

para melhorar sua operação traz<br />

desafios, e alguns deles são o cenário<br />

geopolítico, a instabilidade jurídica local<br />

e os riscos sistêmicos, que podem afastar<br />

investimentos”.<br />

Ao estipular que<br />

determinados contratos de<br />

seguros sigam regras mais<br />

condizentes com aquilo que<br />

foi acordado entre cliente e<br />

seguradora, aumentamos a<br />

transparência na relação com<br />

o segurado”<br />

CARLOS ROBERTO QUEIROZ,<br />

diretor da Susep<br />

Quando idealizamos o evento para este ano,<br />

pensamos em trazer a visão do comprador na<br />

hora de fazer a colocação do risco. Além disso,<br />

falamos sobre legislação e regulação, pois esse<br />

temas são importantes para entendermos o<br />

momento de incerteza que o nosso mercado,<br />

principalmente o internacional, vive”<br />

LUIZ OTÁVIO ARTILHEIRO, diretor-presidente da ABGR<br />

A especialista também comentou sobre tendências e oportunidades<br />

para o setor. Segundo Rafaela, a digitalização dos processos<br />

foi fundamental para o avanço da gestão de riscos. “A tecnologia<br />

ajudou nesse desenvolvimento. Além disso, acho importante falar<br />

sobre a expansão do mercado de Grandes Obras, a neoindustrialização,<br />

a transição energética e os riscos climáticos como oportunidades<br />

para o mercado de seguros e resseguros demonstrarem a sua relevância<br />

perante a sociedade e ao Estado, desenvolvendo soluções<br />

que estejam conectadas com as novas demandas de consumidores<br />

e empresas”.<br />

O diretor da Susep trouxe para a sua apresentação a visão do<br />

órgão regulador. De acordo com Queiroz, a entidade enxerga a evolução<br />

da gestão de riscos, ocasionada pela transformação tecnológica,<br />

como uma chance de outras indústrias que tenham interesse no<br />

mercado de seguros contribuírem para a expansão do setor. “O amadurecimento<br />

regulatório da Susep ocorreu pela mudança global<br />

que a economia passou nesses últimos anos. Por isso a importância<br />

de separar os Grandes Riscos dos Riscos Massificados, que é um dos<br />

pilares do PLC 29/2017. Ao estipular que determinados contratos de<br />

seguros sigam regras mais condizentes com aquilo que foi acordado<br />

entre cliente e seguradora, aumentamos a transparência na relação<br />

com o segurado”.<br />

Queiroz ainda ressaltou que no segmento de Grandes Riscos,<br />

o principal foco da autarquia é atuar na garantia do interesse segurável<br />

que cada empresa transfere para a seguradora fazer a gestão.<br />

“Nosso foco é entender, analisar e propor melhorias. A Susep montou<br />

o Grupo de Trabalho Seguros, Novo PAC e Neoindustrialização,<br />

que tem como objetivo movimentar a inovação no setor e abrir espaço<br />

para o diálogo com outros mercados, dando a possibilidade<br />

da entidade ouvir as principais demandas em proteção securitária”.<br />

Ainda comentando sobre o PLC 29/2017, o diretor da Susep afirmou<br />

acreditar que todos os ajustes já foram feitos e logo o projeto deve<br />

ser aprovado.<br />

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