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Mala Direta<br />

Básica<br />

9912281412/2011-SE/SPM<br />

Correcta Editora<br />

NOVEMBRO 2023 • Nº 293 • ANO 28<br />

conectando você ao mercado de seguros<br />

IMPRESSO FECHADO<br />

Pode ser aberto pela ECT<br />

BMS Re<br />

Empresa se fortalece no Brasil<br />

Após nova aquisição, broker deixa claro para o mercado<br />

a sua intenção de investir no País no longo prazo<br />

ECONOMIA PRATEADA<br />

O envelhecimento populacional gera problemas<br />

e oportunidades para o mercado de seguros<br />

GUERRA<br />

Conflitos entre nações são riscos excluídos das apólices de<br />

seguro, porém, também geram perdas em termos de resseguro


EDITORIAL<br />

Oportunidades para os 60+<br />

NOVEMBRO 2023 • Nº 293 • ANO 28<br />

Há alguns meses eu comecei a conversar com o Marcos<br />

Eduardo Ferreira, executivo que foi CEO da Mapfre e que,<br />

em uma transição de carreira foi atrás de novas perspectivas<br />

e começou a se especializar no mercado 50+. Ele fundou,<br />

junto a dois sócios (Cristián Sepulveda e Arine Rodrigues), o Silver<br />

Hub, uma aceleradora de startups ligadas à economia prateada.<br />

Você pode encontrar esta matéria no site www.revistaapolice.<br />

com.br.<br />

O tema ficou na minha cabeça e foi aguçado por outro<br />

comentário de um executivo do setor, desta vez o Fernando Coelho,<br />

CCO da Inter Risk, que informou que de 20 contratações feitas<br />

no último ano, mais de 50% eram de pessoas 50+.<br />

O Brasil é um dos países que envelhece mais rápido no<br />

mundo. Isso tem impacto em tudo, como políticas públicas, urbanismo,<br />

revisão de legislações e de indicadores.<br />

O tema da longevidade permeia vários setores do mercado<br />

de seguros. Desde os cálculos atuariais para os seguros de<br />

pessoas, passando pelo seguro saúde e a previdência privada. A<br />

indústria do seguro precisa olhar com muito cuidado para a sua<br />

responsabilidade diante do envelhecimento da população, mas,<br />

também, deve vislumbrar as oportunidades que este fenômeno<br />

geracional pode criar, tanto em termos de produtos quanto de<br />

serviços.<br />

Certamente, a tecnologia será uma grande aliada nesta<br />

jornada do cliente, no caminho para criar produtos e serviços<br />

customizados e que atendam a necessidade de cada cliente. Não<br />

bastará apenas desenvolver os negócios de forma interligada,<br />

mas será preciso envolver o consumidor para que ele cuide da<br />

sua saúde física, mental e financeira ao longo de toda a sua vida.<br />

Além disso, também contamos para vocês quais são os<br />

impactos da guerra em Israel para os mercado de seguros, uma<br />

vez que este é um risco excluído, mas que pode afetar diversas<br />

carteiras e empresas.<br />

Boa leitura!<br />

Diretora de Redação<br />

EXPEDIENTE<br />

Diretora de Redação:<br />

Kelly Lubiato - MTB 25933<br />

klubiato@revistaapolice.com.br<br />

Diretor Executivo:<br />

Francisco Pantoja<br />

francisco@revistaapolice.com.br<br />

Redação:<br />

Nicole Fraga - MTB 92836<br />

nicole@revistaapolice.com.br<br />

Executiva de Negócios:<br />

Graciane Pereira<br />

graciane@revistaapolice.com.br<br />

Diagramação e Arte:<br />

Enza Lofrano<br />

Tiragem:<br />

12.000 exemplares<br />

Circulação:<br />

Nacional<br />

Periodicidade:<br />

Mensal<br />

Os artigos assinados são de<br />

responsabilidade exclusiva de seus autores,<br />

não representando, necessariamente, a<br />

opinião desta revista.<br />

Esta revista é uma<br />

publicação independente<br />

da Correcta Editora Ltda e<br />

de público dirigido<br />

CORRECTA EDITORA LTDA<br />

Administração, Redação e Publicidade:<br />

Avenida Ibirapuera, 2033 - cjto 183<br />

Edifício Edel Trade Center<br />

04029-901 São Paulo/SP<br />

CNPJ: 00689066/0001-30<br />

Mande suas dúvidas,<br />

críticas e sugestões para<br />

redacao@revistaapolice.com.br


CONTEÚDO<br />

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ÍNDICE<br />

Diversidade<br />

A economia prateada está cada vez mais<br />

presente na sociedade. O Brasil é um dos<br />

países que envelhece mais rapidamente<br />

no mundo, mesmo antes de formar a<br />

sua poupança interna. Este fenômeno<br />

demográfico gera grandes desafios e<br />

oportunidades<br />

>> PÁG. 20<br />

Mercado<br />

A guerra em Israel desafia o mercado de<br />

seguros na interpretação do clausulado<br />

de exclusão de coberturas. Especialistas<br />

comentam as implicações e consequências<br />

da guerra para o mercado de seguros global<br />

>> PÁG. 26<br />

04 entrevista<br />

Ivan Gontijo, presidente do<br />

Grupo Bradesco Seguros,<br />

fala sobre a expectativa da<br />

companhia em chegar a<br />

R$ 100 bilhões em faturamento<br />

em 2023, sem esquecer do<br />

compromisso social de proteção<br />

08 painel<br />

12 gente<br />

14 capa<br />

BMS Re reforça sua postura<br />

de continuar investindo no<br />

Brasil, mesmo após a aquisição<br />

da KNW. Segundo o CEO da<br />

empresa, intenção é ser o melhor<br />

broker de resseguros do mercado<br />

18 publieditorial<br />

Liberty Seguros divulga<br />

campanha bem-humorada para<br />

reforçar a importância do seguro<br />

residencial. O conceito é “Não<br />

espere por imprevistos para ter<br />

sua casa protegida”<br />

Os artigos assinados são de<br />

responsabilidade exclusiva de<br />

seus autores, não representando,<br />

necessariamente, a opinião desta<br />

revista.<br />

4


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0800 888 0399 | Ouvidoria: 0800 888 0402 | Ouvidoria Deficiência auditiva ou de fala: 0800 773 7680


ENTREVISTA<br />

IVAN GONTIJO<br />

Não é possível dissociar<br />

o que é seguro do que é proteção<br />

O PRESIDENTE DA BRADESCO<br />

SEGUROS, IVAN GONTIJO, FALA<br />

SOBRE A META DA COMPANHIA<br />

DE FATURAR R$ 100 BILHÕES EM<br />

2023, SEM, ENTRETANTO, PERDER<br />

DE VISTA SEU COMPROMISSO<br />

SOCIAL DE DEVOLVER PROTEÇÃO<br />

À SOCIEDADE<br />

Kelly Lubiato<br />

APÓLICE: Como o Grupo Bradesco Seguros<br />

vai chegar aos R$ 100 bilhões de<br />

faturamento em 2023?<br />

O nosso canal principal de vendas<br />

é o corretor de seguros, cada vez<br />

mais especializado e consultor, oferecendo<br />

informações de forma transparente<br />

e conhecedor do cliente. Apenas<br />

assim ele vai saber o momento adequado<br />

para a oferta daquele produto, que<br />

é o que eu chamo de Momento Mágico.<br />

APÓLICE: Haverá um investimento em<br />

cross selling para aproveitar este Momento<br />

Mágico?<br />

Nosso investimento em cross<br />

selling é feito naturalmente, até por uma<br />

questão de fomentar os produtos e dar<br />

o equilíbrio necessário às carteiras que<br />

viabilizem o atendimento ao consumidor<br />

e também o negócio como um todo.<br />

Esta meta nós nos auto impusemos,<br />

de R$ 100 bilhões, não é apenas<br />

de faturar o valor, mas de devolver à<br />

sociedade o serviço e a proteção. Cada<br />

seguro que é feito, é com o objetivo de<br />

proteger. Não é possível dissociar o que<br />

é seguro do que é proteção: os objetivos<br />

estão interligados.<br />

APÓLICE: A Confederação Nacional das Seguradoras revisou as<br />

projeções de crescimento para o mercado de seguros em 2023,<br />

chegando ao número de 9,4%. Ainda que este número ainda esteja<br />

muito acima do crescimento do PIB brasileiro, de 3,3%, ainda há<br />

carteiras com projeção de queda de arrecadação, como os seguros<br />

de pessoas. Como a Bradesco está se preparando para enfrentar estas<br />

barreiras?<br />

No caso do automóvel, houve ajustes tanto na mercadoria<br />

quanto nos preços, o que corrobora uma projeção de crescimento.<br />

Em relação ao seguro de vida, saúde e odontologia, são benefícios,<br />

cujo mercado (laboratórios, hospitais, operadores) está<br />

atravessando uma fase complexa. Este setor passa por uma fase<br />

de transição, que deve ser mais viabilizada com o crescimento da<br />

economia, no menor lapso de tempo possível.<br />

6


Nos associamos ao hospital Albert<br />

Einstein, em fase de implementação,<br />

para a criação de um hospital de 300 leitos<br />

em São Paulo, que ficará pronto em<br />

18 meses. Outro investimento foi um<br />

acordo com a Beneficência Portuguesa<br />

e o Grupo Fleury, para atendimento em<br />

oncologia.<br />

APÓLICE: Vocês terão o controle dos custos?<br />

Nós acreditamos na cadeia de<br />

valor, seja em qual negócio for, vamos<br />

participar das governanças e ter assentos<br />

como membros do Conselho de Administração,<br />

mas não vamos executar. É<br />

óbvio que as sinergias com a Bradesco<br />

Saúde serão totais, porque haverá um<br />

link natural entre os 4 milhões de segurados<br />

com o investimento que estamos<br />

fazendo.<br />

APÓLICE: E a parte odontológica?<br />

Nós temos 51% da maior operadora<br />

de planos dentais do Brasil, a<br />

Odontoprev, um case no qual grande<br />

parte dos investidores são estrangeiros e<br />

acreditam no nosso produto. Ele é muito<br />

bom, seja empresarial, PME ou individual.<br />

A empresa está muito bem estruturada<br />

com produtos e processos que facilitam,<br />

em termos de tecnologia, acordos<br />

operacionais para vendas através de outros<br />

canais, que não apenas os corretores<br />

e rede bancária (que também utiliza os<br />

corretores), como os digitais.<br />

Nós acreditamos na cadeia de valor, seja em qual negócio<br />

for, vamos participar das governanças e ter assentos<br />

como membros do Conselho de Administração, mas não<br />

vamos executar.”<br />

APÓLICE: A Bradesco tem a maior operação em saúde do mercado.<br />

Como se manter relevante e rentável?<br />

Acreditamos no ramo de saúde e acabamos de investir uma<br />

soma razoável para ter participação no grupo Santa, que detém<br />

cerca de oito hospitais na região do Agro, dois laboratórios de radiologia,<br />

um laboratório clínico e cerca de duas clínicas especializadas<br />

em atendimento oncológico.<br />

APÓLICE: O seguro de vida continua sendo<br />

o objeto de desejo da sociedade?<br />

Sim, depois da pandemia ele<br />

deixou de ser produto de venda para<br />

ser de aquisição, ou seja, há um interesse<br />

do cliente em preservar a sua família.<br />

Porém, os produtos tem um viés<br />

de aperfeiçoamento nas coberturas do<br />

produto, principalmente em relação às<br />

assistências, porque os clientes esperam<br />

um diferencial. Quando se podia<br />

pensar, há quatro anos, assistências residencial<br />

ou pet embutidas no seguro<br />

de vida? Este é um plus que o consumidor<br />

deseja. A sociedade mudou e o mercado<br />

precisa seguir seus conceitos.<br />

7


PAINEL<br />

digital<br />

Ferramentas para corretores é reformulada<br />

A Tokio Marine reformulou o seu portal Brokertech<br />

para propiciar uma experiência mais amigável<br />

para corretores de seguros. A plataforma, desenvolvida<br />

com o objetivo de apoiar os parceiros da companhia<br />

a respeito das soluções disponibilizadas para fomentar<br />

negócios em um ambiente cada vez mais digital, agora<br />

apresenta uma nova interface visual, com disposição<br />

das soluções nos pilares Empreendedorismo Digital;<br />

Vendas no Foco; Marketing Digital; Gestão Eficiente e<br />

Capacitação.<br />

“A Tokio Marine tem a inovação como um dos pilares<br />

de sua estratégia de negócios, e nosso objetivo é<br />

empregar a tecnologia sempre com o propósito de agregar<br />

valor a produtos e serviços, atender as demandas<br />

dos clientes e gerar <strong>novo</strong>s negócios para corretores e<br />

assessorias. Anualmente, investimos cerca de R$ 130 milhões<br />

em tecnologia para melhorias e sistemas que agilizam<br />

os processos internos, sustentam o crescimento e<br />

facilitam rotinas cada vez mais dinâmicas e conectadas.<br />

Nesse sentido, a atualização da plataforma Brokertech é<br />

mais uma medida para auxiliar nossos Parceiros de Ne-<br />

gócios nesse ambiente de transformação digital”, afirma<br />

o diretor de Tecnologia da seguradora, Sérgio Miotto.<br />

O Brokertech atua como uma ferramenta centralizadora<br />

de diferentes soluções digitais da empresa<br />

focadas no corretor e com a nova divisão em menus/<br />

pilares, as informações ficaram mais bem dispostas e<br />

claras, com acesso facilitado e sem necessidade de muitos<br />

cliques.<br />

eleição<br />

Nova diretoria para triênio 2024/2026<br />

Em novembro, foi eleita<br />

a nova diretoria do CSP-MG<br />

(Clube de Seguros de Pessoas<br />

de Minas Gerais) para o triênio<br />

2024/2026. O atual presidente,<br />

João Paulo Moreira<br />

de Mello, foi reconduzido ao<br />

cargo.<br />

A chapa única foi eleita<br />

por aclamação pelos representantes<br />

das beneméritas<br />

e associados presentes no<br />

auditório do SindSeg MG/GO/MT/DF, em Belo Horizonte.<br />

“Agradeço às beneméritas, ao Conselho Consultivo<br />

e aos associados pela demonstração de confiança em nossa<br />

administração e, também, à gestão que encerra seu trabalho<br />

com muito êxito. Desejo que no próximo mandato<br />

possamos obter ainda mais conquistas em prol do desenvolvimento<br />

do mercado de Seguros de Pessoas ampliando<br />

a cultura da proteção na sociedade”, enfatizou Mello.<br />

Diretoria Executiva<br />

PRESIDENTE: João Paulo Moreira de Mello<br />

VICE-PRESIDENTE: Betania Alessandra Fonseca<br />

DIRETOR TESOUREIRO: Maurício Tadeu Barros Morais<br />

DIRETOR DE SEGUROS: Rogério Abreu de Araújo<br />

DIRETOR SOCIAL: Diego Bifoni<br />

Comissão Fiscal<br />

Antônio Geraldo de Matos, Carlos Eduardo Brum,<br />

Daniel de Assis Rezende, Gilberto Cordeiro da Silveira,<br />

Reginaldo Morais de Souza<br />

Conselho Consultivo<br />

PRESIDENTE: José Osvaldo de Miranda<br />

VICE-PRESIDENTE: Edson Ferreira Iria<br />

SECRETÁRIO: Hélio Marcelino Loreno<br />

Membros: Andreia dos Reis Padovani, André Augusto<br />

Barbosa Araújo, Augusto Frederico Costa Rosa Matos,<br />

Edilon Mesquita, Fernanda Machado de Carvalho Silva,<br />

José Horta Bregunci, Landulfo de Oliveira Ferreira Júnior,<br />

Maria do Carmo Ferreira Ribeiro Costa, Roberto Silva<br />

Barbosa, Rogério Poleti Gebin, Sérgio Canesso Viegas.<br />

8


ataques<br />

Mais de 220 alertas de incidentes cibernéticos em um ano<br />

A CNseg (Confederação<br />

Nacional das Seguradoras) desenvolveu<br />

o sistema CIC (Compartilhamento<br />

de Incidentes Cibernéticos),<br />

que permite que as seguradoras<br />

monitorem e validem o incidente<br />

reportado e compartilhem essa informação<br />

com o mercado. Por meio<br />

desta solução, entre outubro de 2022 e outubro de 2023,<br />

um total de 228 incidentes foram reportados pela Confederação<br />

às seguradoras que aderiram à solução. O número<br />

representa, em média, 19 sinalizações por mês no<br />

período analisado.<br />

A agilidade na notificação das vulnerabilidades,<br />

capturados por meio da curadoria da entidade, permite<br />

que as organizações tomem ações preventivas, como o<br />

isolamento de sistemas em risco ou a aplicação imediata<br />

de correções. Do total dos reports emitidos via CIC,<br />

35% estão relacionados a vírus e fragilidades de sistema,<br />

sendo: 13 sobre Malwares, software<br />

malicioso; 30 relacionados ao Ransomware,<br />

malware de sequestro de<br />

dados e uma das ameaças mais destrutivas;<br />

e 37 referentes a Vulnerabilidades<br />

0-day, falhas de segurança<br />

que atingem programas de computador.<br />

Os outros 65%, ou 148 alertas,<br />

foram incidentes que as seguradoras associadas visualizaram<br />

perante o cenário mundial e puderam antecipar possíveis<br />

riscos para o negócio.<br />

A solução que a Confederação lançou em julho<br />

do ano passado permite às seguradoras cumprirem a<br />

Circular Susep nº 638 que exige, entre outros requisitos,<br />

reportes de incidentes cibernéticos a todas as supervisionadas<br />

pelo órgão regulador. O funcionamento do CIC é<br />

executado via o serviço de curadoria da Confederação,<br />

que monitora, valida o incidente reportado e compartilha<br />

com o mercado.<br />

localização<br />

Corretores em <strong>novo</strong> endereço<br />

O Grupo Exalt<br />

inaugurou a sua nova<br />

sede em Campinas.<br />

Projetada para receber<br />

todas as corretoras parceiras,<br />

o espaço possui<br />

localização estratégica.<br />

O diretor executivo do Grupo, Christian Menezes, e a<br />

equipe comercial, receberam os corretores parceiros e<br />

os executivos das seguradoras para um coquetel.<br />

Para Menezes, a estrutura foi projetada para<br />

receber as corretoras parceiras do grupo, além de funcionar<br />

como um centro de capacitação profissional. “O<br />

ambiente foi planejado especialmente para o desenvolvimento<br />

e a capacitação dos corretores. Contamos<br />

também com um setor para trazer todo trabalho administrativo<br />

e burocrático, que toma o tempo do corretor”.<br />

O Grupo Exalt possui 14 anos de atuação e é<br />

especialista em consultoria gerencial e gestão de carteiras.<br />

Está presente em 43 cidades, contando com 60<br />

corretoras associadas, mais de 200 mil clientes e mais de<br />

400 milhões de produção.<br />

vida<br />

Seguros de pessoas cresce 7,4% e<br />

soma R$ 40,2 bilhões em prêmios<br />

Um levantamento<br />

da FenaPrevi (Federação<br />

Nacional de Previdência<br />

Privada e Vida,<br />

com base nos dados da<br />

Susep (Superintendência<br />

de Seguros Privados)<br />

para os meses de janeiro a agosto de 2023 revelam um<br />

crescimento de 7,4% na arrecadação em prêmios dos<br />

seguros de pessoas, que totaliza R$ 40,2 bilhões no ano.<br />

O resultado indica o esforço da população em<br />

busca de mais proteção, fazendo com que o setor cresça<br />

2,9% acima da inflação. O seguro Funeral foi o que<br />

apresentou o maior crescimento, 19,6%, seguido pelo<br />

Vida Individual com expansão de 18,5% e pelo ramo<br />

Doenças Graves, que aumentou 9,7%.<br />

Ao mesmo tempo, o valor arrecadado nos seguros<br />

de Vida em geral (individual e coletivo)supera R$<br />

19,4 bilhões enquanto o Prestamista obteve R$ 11 bilhões.<br />

Adicionalmente, 13% do total em prêmios refere-<br />

-se à modalidade de Acidentes Pessoais.<br />

9


PAINEL<br />

Seis em cada dez cargos do<br />

setor de seguros apresentaram aumento<br />

acima da inflação, aponta<br />

pesquisa recente realizada pela Michael<br />

Page. O levantamento revela<br />

ganho real salarial em 68% dos cargos<br />

avaliados nesse setor, enquanto<br />

32% dos cargos avaliados não<br />

apresentaram mudança de um ano para o outro. Dos 19<br />

cargos analisados, os que se destacaram com os maiores<br />

aumentos foram os de diretor comercial e gerente de produtos<br />

(+4%).<br />

“O setor tem demandado cada vez mais perfis<br />

relacionados à análise de dados e desenvolvimento tecnológico.<br />

Mesmo sendo um mercado mais conservador<br />

em transformação digital, a área está se ajustando rapirh<br />

Maioria dos securitários tiveram aumento salarial acima da inflação<br />

damente diante de evoluções como<br />

o open insurance e a jornada digital<br />

do cliente, seguindo uma demanda<br />

maior pela simplificação dos processos”,<br />

explica Luciane Pires, gerente da<br />

Michael Page.<br />

Para elaborar o estudo, a empresa<br />

consultou no ano passado 10<br />

mil profissionais e empresas de todo o Brasil para entender<br />

quais são suas reais impressões sobre o mercado<br />

atual. Os executivos consultados ocupam cargos que<br />

vão desde posições de suporte à gestão até diretoria. A<br />

empresa procurou entender como os profissionais enxergam<br />

sua carreira, a posição do empregador no seu desenvolvimento<br />

profissional e outros fatores que completam<br />

a remuneração.<br />

saúde<br />

Análise de sinais vitais e níveis<br />

de stress a distância<br />

A NAMU, plataforma<br />

one-stop-shop<br />

que oferece serviços integrados<br />

de bem-estar<br />

com foco na criação<br />

de hábitos saudáveis e<br />

prevenção, apresentou<br />

ao mercado a NAMU VitalScan,<br />

um scanner de sinais vitais, lidos em tempo real<br />

diretamente pela câmera do celular.<br />

O scanner mede alterações fisiológicas, tais<br />

como: frequência cardíaca, nível de oxigênio (saturação),<br />

pressão arterial e nível de stress. O intuito é identificar<br />

e evitar possíveis problemas de saúde física, nutricional<br />

e mental.<br />

A ação de ficar imóvel em frente a uma câmera<br />

de celular enquanto o rosto é escaneado é similar<br />

ao processo conhecido como reconhecimento facial. A<br />

diferença, porém, vem da inovação chamada fotopletismografia<br />

remota (rPPG), que permite a medição fisiológica<br />

por meio da reflexão da luz ambiente através da<br />

pele, capturada pela câmera do celular. A tecnologia é a<br />

mesma embarcada em <strong>novo</strong>s carros de última geração<br />

com foco na prevenção de riscos e acidentes.<br />

evento<br />

Almoço do CCS-SP é marcado por<br />

debates e homenagem<br />

O CCS-SP (Clube dos Corretores de Seguros de<br />

São Paulo) reuniu seus associados em almoço marcado<br />

por debates de questões que preocupam os corretores<br />

de seguros e também pela homenagem ao ex-mentor<br />

Evaldir Barboza de Paula.<br />

“Receber esta homenagem ao lado de amigos,<br />

no momento em que a pandemia já foi superada, podendo<br />

receber abraços, frente a frente, olho no olho<br />

é muito prazeroso”, disse o ex-mentor. Em seguida, o<br />

mentor do Clube, Álvaro Fonseca, fez um balanço positivo<br />

das atividades do ano, como a realização de encontros<br />

com a participação das seguradoras Bradesco<br />

Vida e Previdência, Porto e Liberty, além dos debates<br />

em almoços fechados.<br />

10


egulação<br />

Sistema de Consulta de Seguros deve trazer mais transparência ao segurado<br />

A Susep (Superintendência de<br />

Seguros Privados) disponibilizou para<br />

a sociedade o Sistema de Consulta de<br />

Seguros. O objetivo da plataforma é<br />

oferecer aos consumidores todas as<br />

informações disponíveis sobre as apólices<br />

que eles contrataram ou não.<br />

Com o <strong>novo</strong> sistema, todo cidadão<br />

brasileiro, por meio de sua conta<br />

“gov.br”, conseguirá pesquisar os seguros que possui em<br />

seu nome. Segundo Alessandro Octaviani, superintendente<br />

da Susep, este será um grande marco para o consumidor<br />

de seguros, que poderá, ele mesmo, identificar se<br />

todas as suas apólices se encontram devidamente registradas<br />

e, principalmente, se todos os seguros que constam<br />

em seu nome foram voluntariamente e conscientemente<br />

por ele contratados.<br />

“Isso dá para o segurado a possibilidade dele gerenciar<br />

suas apólices e sua vida financeira, trazendo mais<br />

transparência para o mercado de seguros<br />

e evitando um possível prejuízo para<br />

o cliente. Para a própria Susep, ao disponibilizar<br />

esses dados, ela pode ser notificada<br />

sobre qualquer irregularidade<br />

e poderá agir judicialmente. Já para os<br />

seguradores, um setor em que a fiscalização<br />

fica mais correta e eficaz, no qual<br />

o consumidor tenha a clareza do que<br />

contratou, haverá um aumento de confiança, o que deve<br />

gerar mais oportunidades de negócios”, disse Octaviani.<br />

Inicialmente, o Sistema de Consulta de Seguros<br />

deve contemplar os seguros de Danos, Microsseguros e<br />

Seguros de Pessoas em regime de repartição simples. Após<br />

a primeira fase, a Susep deve realizar um monitoramento<br />

técnico e receber sugestões de melhorias, adaptando o<br />

fluxo de informações da ferramenta. São esperados dados<br />

de mais de 800 milhões de apólices, e posteriormente outros<br />

ramos serão contemplados.<br />

mercado<br />

Ferramenta vai mensurar perdas financeiras por riscos de enchente<br />

A CNseg lidera um projeto piloto para elaboração<br />

de uma nova ferramenta que projetará as perdas financeiras<br />

provocadas por riscos de inundações urbanas no<br />

Brasil. A solução vai auxiliar no desenvolvimento de <strong>novo</strong>s<br />

produtos, coberturas e serviços que considerem a exposição<br />

climática como fator. O modelo está alinhado com os<br />

objetivos do PDMS (Plano de Desenvolvimento do Mercado<br />

de Seguros) na medida em que apoia as empresas na<br />

construção de ferramentas baseadas em metodologias<br />

de análises que preveem as ameaças climáticas.<br />

Baseada na metodologia de modelagem de riscos<br />

naturais (Nat Cat Model), a ferramenta utiliza dados<br />

históricos das seguradoras examinados com parâmetros<br />

fixos, científicos e estatísticos, para mensurar potenciais<br />

impactos econômicos provocados por catástrofes naturais.<br />

A nova solução será uma ponte para que as seguradoras<br />

possam criar as próprias abordagens para a avaliação<br />

quantitativa dos impactos de riscos climáticos. Esta<br />

ação foi antecedida pelo mapeamento dos 11 principais<br />

riscos climáticos físicos nas capitais do país e cidades selecionadas,<br />

que originou na construção de um mapa de<br />

calor (Heat Map) para medir a exposição brasileira a tais<br />

riscos e por um ciclo de capacitações das seguradoras com<br />

relação ao tema.<br />

A diretora de Sustentabilidade e Relações de Consumo<br />

da CNseg, Ana Paula de Almeida, explica que quanto<br />

melhor a assertividade das seguradoras em relação à<br />

gestão dos riscos, mais “blindados” e protegidos estão<br />

setores chave da economia. “Instituições financeiras são<br />

a engrenagem para vários setores da economia e os riscos<br />

climáticos, se não avaliados corretamente, constituem<br />

uma ameaça à estabilidade do sistema financeiro”, destaca<br />

a executiva.<br />

11


gente<br />

REGIONAIS REORGANIZADAS<br />

A Mapfre apresentou mudanças na estrutura<br />

regional de suas sucursais. As alterações visam aperfeiçoar<br />

a eficiência operacional da companhia e fortalecer<br />

a relação com gerentes, assessores comerciais e<br />

parceiros estratégicos locais, como corretores e escritórios<br />

de assessorias. As mudanças envolvem três diretores<br />

regionais da seguradora:<br />

- Antonio Edmir Ribeiro da<br />

Silva Filho, diretor Regional<br />

Interior de São Paulo, passa<br />

a responder também pelas<br />

Sucursais Campinas e Sorocaba.<br />

- Diego Bifoni, diretor Regional<br />

Minas Gerais, Rio<br />

de Janeiro, Espírito Santo<br />

e Mato Grosso, passa a responder<br />

também pelo estado<br />

de Mato Grosso do Sul, centralizado<br />

na Sucursal Campo<br />

Grande.<br />

- Hamilton Sobrinho, diretor<br />

Regional Norte, Nordeste e DF,<br />

agrega à estrutura de atendimento<br />

todo o estado de Goiás<br />

centralizado na Sucursal Goiânia.<br />

“As mudanças visam dar<br />

mais eficiência na comunicação<br />

e na relação entre nossos comerciais<br />

e os corretores de cada<br />

região, para que possamos oferecer<br />

um atendimento ao cliente<br />

ainda mais ágil e assertivo, além<br />

de promover uma melhor experiência<br />

na rotina de todos os<br />

colaboradores e melhorar ainda<br />

mais o relacionamento com nossos parceiros”, destaca o<br />

diretor-geral comercial da Mapfre, Raphael Bauer.<br />

Além de supervisionar as atividades operacionais,<br />

os diretores regionais têm a responsabilidade<br />

estratégica de alinhar as metas corporativas da companhia<br />

no país com as demandas específicas de cada<br />

região atendida.<br />

LÍDER DE RESSEGUROS<br />

A MDS Brasil anunciou<br />

a nomeação de Juliana<br />

Redó como diretora de Resseguros.<br />

A profissional traz<br />

mais de 20 anos de experiência<br />

no segmento, o que<br />

aportará à companhia em sua consolidação como<br />

líder no Brasil. A sua contratação possui o foco de<br />

aprimorar ainda mais o compromisso da organização<br />

com a excelência no atendimento ao cliente, a<br />

partir do planejamento e gerenciamento de atividades<br />

na comercialização de seguros, gestão de riscos<br />

e criação de novas políticas para a companhia.<br />

“Estou entusiasmada para contribuir com<br />

minha expertise e paixão pelo resseguro. A MDS<br />

Brasil tem uma reputação excepcional no setor, e<br />

estou comprometida em fortalecer ainda mais essa<br />

base sólida, entregando soluções de excelência aos<br />

nossos clientes”, comenta Juliana.<br />

ATENÇÃO AOS CLIENTES<br />

A i4pro anunciou a contratação de Bruno<br />

Beneduzzi como <strong>novo</strong> diretor de Vendas e Clientes.<br />

Ele possui mais de 20 anos de experiência na<br />

área de vendas, relacionamento com clientes e<br />

desenvolvimento de negócios.<br />

Beneduzzi chega<br />

à i4pro com o objetivo<br />

de fortalecer o relacionamento<br />

com os clientes,<br />

incrementar a presença<br />

da empresa no mercado<br />

de seguros e fortalecer a<br />

cultura comercial da companhia.<br />

Ele também terá<br />

papel fundamental na estratégia<br />

de produtização da i4pro, para impulsionar<br />

o posicionamento da empresa como uma das<br />

principais players do mercado de tecnologia para<br />

seguradoras.<br />

12


NOVAS ATRIBUIÇÕES<br />

A Wiz Co, corretora<br />

de seguros especializada em<br />

bancassurance e distribuidora<br />

de consórcios e crédito,<br />

anunciou a nomeação de<br />

Caio Valli como <strong>novo</strong> Diretor<br />

de Canais Proprietários,<br />

Novos Negócios e Estratégia.<br />

Executivo com experiência internacional,<br />

Caio Valli possui um relevante histórico de incremento<br />

de receita e rentabilidade em diversas companhias<br />

do mercado.<br />

“Entrar para uma empresa com a estatura<br />

da Wiz é uma honra e um orgulho. Sei que a expertise<br />

que acumulei ao longo dos meus 31 anos<br />

de carreira e minhas habilidades de gestão e negociação<br />

dialogam bem com as necessidades do<br />

Grupo Wiz Co e estou seguro que minha atuação<br />

produzirá resultados ainda mais vigorosos “, comenta<br />

Valli.<br />

“Caio Valli é um profissional completo, com<br />

bagagem sólida e grande reconhecimento no setor<br />

de seguros. Acreditamos que sua ampla experiência,<br />

seu conhecimento sobre o negócio e sua<br />

visão estratégica serão ferramentas importantes<br />

para impulsionar as empresas integralmente controladas<br />

pela Wiz a irem ainda mais longe e, também,<br />

terá uma atuação essencial na identificação e<br />

condução da estratégia e de <strong>novo</strong>s negócios para<br />

o Grupo”, afirma Marcus Vinícius de Oliveira, CEO<br />

do Grupo Wiz Co.<br />

MAIS COMERCIAL<br />

A Latin Re comunicou<br />

a chegada de Marcos<br />

Maurélio como diretor comercial,<br />

assumindo a liderança<br />

da área de Wholesale.<br />

Essa divisão foi planejada e<br />

criada para oferecer suporte<br />

aos corretores que buscam<br />

adentrar no mercado de riscos corporativos, como<br />

Aeronáutico, Marítimos, Óleo & Gás, Energia, Patrimonial,<br />

Linhas Financeiras, Responsabilidade Civil,<br />

Riscos Diversos e Complexos.<br />

“É gratificante fazer parte do time de especialistas<br />

da Latin Re, onde disponibilizamos soluções<br />

estruturadas aos corretores e seus clientes.<br />

Nossa tomada de decisão é local, mas com a capacidade<br />

e governança de nível global. As exposições<br />

aos riscos estão se tornando cada vez mais desafiadoras,<br />

e os (res)seguradores estão se tornando mais<br />

criteriosos na análise e aceitação das demandas por<br />

seguros. Colocamos à disposição de nossos clientes<br />

e parceiros toda a nossa expertise para viabilizar<br />

seus negócios”, diz Maurélio.<br />

A Latin Wholesale foi criada para apoiar corretores<br />

que desejam contar com o apoio, expertise<br />

e relacionamentos da empresa em riscos corporativos<br />

nas áreas que não possuem especialização. A<br />

área desenvolve soluções personalizadas que atendem<br />

às necessidades específicas de cada corretor,<br />

compreendendo as particularidades e demandas<br />

únicas de cada cliente.<br />

MAIS PARCEIROS<br />

A AXA no Brasil continua ampliando seu time<br />

com foco no objetivo de estar entre as cinco maiores<br />

empresas dos segmentos em que atua. Uma das<br />

novidades nesse sentido é a chegada de Joseane de<br />

Oliveira como superintendente de Parcerias, para<br />

agregar ao time do Diretor Comercial de Parcerias,<br />

José Eduardo Maiorano.<br />

Em parcerias, a executiva já liderou times<br />

de farmer, implantação e faturamento e fez a gestão<br />

de importantes operações visando a eficiência<br />

comercial junto aos parceiros.<br />

Na AXA, seu foco é aumentar<br />

a carteira de parcerias da<br />

companhia: “Venho com a<br />

certeza de que meu currículo<br />

tem muito a contribuir, com<br />

o objetivo de ampliar o nosso<br />

universo de atuação. Meu o<br />

desafio é triplicar a nossa carteira de Parcerias com a<br />

melhor eficiência comercial”, relata.<br />

13


CAPA<br />

BMS RE<br />

“VEIO PARA<br />

FICAR!”<br />

COM RECENTE AQUISIÇÃO, A BMS RE SE<br />

CONSOLIDA AINDA MAIS NO BRASIL E<br />

PASSA CLARA MENSAGEM DE QUE DESEJA<br />

INVESTIR NO PAÍS EM LONGO PRAZO<br />

Kelly Lubiato<br />

A<br />

BMS Re está maior e mais forte.<br />

Após a aquisição da corretora<br />

de resseguros KNW em julho<br />

deste ano, o broker está em uma nova<br />

fase de consolidação e crescimento. A<br />

empresa ganhou mais recursos humanos,<br />

mas sem alterar o seu DNA de auxiliar<br />

as seguradoras e corretoras independentes<br />

a transferirem o seu risco da<br />

maneira mais eficiente possível ao mercado<br />

ressegurador, seja por meio de soluções<br />

facultativas ou automáticas, até<br />

veículos alternativos como acesso a não<br />

tradicionais.<br />

Como fruto da incorporação da<br />

corretora KNW, o time de executivos e<br />

profissionais da BMS Re cresceu para 18<br />

colaboradores baseados no Brasil, e trouxe em sua linha de frente<br />

Marcio Ribeiro (líder de Negócios) e Rafael Abad (COO da BMS),<br />

que integram o corpo de liderança da empresa junto ao CEO da<br />

companhia, José Leão.<br />

“Uma aquisição local garante um time de executivos que<br />

possui relações com a cultura BMS Re, mas também conhece profundamente<br />

o negócio local. Isso aconteceu com a KNW e fez muito<br />

sentido”, explica Rafael Abad<br />

“Hoje possuímos uma estrutura robusta de serviço aos nossos<br />

clientes que engloba um time grande de brokers com alta experiência<br />

de mercado para atendimento aos negócios de nossos clientes,<br />

servidos por uma base operacional sólida para tratamento de todo<br />

o processo pós colocação”, comenta José Leão.<br />

Leão enfatiza que o broker permanece com a sua linha de<br />

atuação e proposta de valor muito bem definidos: “não somos aficionados<br />

pelo status de ser o maior player do mercado, (apesar<br />

de sermos o sexto maior broker de resseguro do mundo), porém<br />

14


uscamos incessantemente, e queremos, ser reconhecidos como<br />

o melhor. Dentro deste conceito, também não esperamos ser tudo<br />

para todos.” A estratégia de aquisições da BMS Re nos últimos<br />

anos, incluindo países como México, Austrália, Espanha e Brasil,<br />

ampliou as possibilidades de negócios do grupo. A sua atuação<br />

é atualmente apoiada por mais de 30 linhas de negócios e especialidades<br />

operadas por mais de 1200 colaboradores ao redor do<br />

mundo.<br />

No Brasil, a BMS Re já atua desde março de 2021. Naturalmente,<br />

quando se fala em resseguros, altos valores, transferência de<br />

riscos, é preciso ter muita confiança no intermediador do negócio.<br />

“Nosso cliente demanda do broker parceiro um relacionamento de<br />

longo prazo”, diz Abad. O movimento de aquisição de uma companhia<br />

local já conhecida, demonstra o desejo da BMS Re de ter uma<br />

equipe ainda mais preparada para atender as necessidades dos<br />

clientes, e reforça a mensagem de que estamos aqui para o longo<br />

prazo”, acrescenta o COO.<br />

O trabalho do broker de resseguro é agregar valor aos negócios<br />

das seguradoras. A BMS Re se posicionou de forma a ser<br />

única: um broker de resseguros independente com uma plataforma<br />

global. Leão conta que a atuação da empresa no Brasil neste<br />

modelo leva em conta uma carência das seguradoras brasileiras<br />

em acessar uma plataforma de resseguro internacional de forma<br />

independente. “Elas ficam no meio de empresas que trabalham<br />

de forma conjunta toda a cadeia de distribuição dos riscos e colocação<br />

dos resseguros. Tanto o corretor de seguros quanto as seguradoras<br />

buscam a qualidade do serviço e agilidade no broker<br />

de resseguros. Há coisas que a seguradora não quer e não necessita<br />

transferir. Quando ela tem independência para escolher o<br />

broker, ela consegue um serviço mais apropriado e um olhar mais<br />

específico para o seu real risco que necessita de transferência”,<br />

acredita Leão.<br />

PROPOSTA DE VALORES<br />

A BMS Re é globalmente denominada como um broker de<br />

especialidades de atuação internacional e com um olhar cada vez<br />

mais dirigido para investimentos na região da América Latina. No<br />

Brasil, a companhia se destaca por oferecer aos seus clientes, seguradoras<br />

e corretoras independentes, um ecossistema de serviços<br />

de resseguro completo, que abrange desde consultoria estratégica,<br />

até intermediação de resseguro (facultativo e automático) suportada<br />

por embasamento técnico de seu departamento atuarial.<br />

No universo de contratos de resseguro, onde as seguradoras<br />

demandam o auxílio do broker para colocação de suas carteiras<br />

de negócios junto às resseguradoras, a BMS Re se destaca. “Nosso<br />

departamento de soluções estruturadas é liderado pela Sandra<br />

Levandovski, profissional com mais de 20 anos de experiência no<br />

mercado, que, respaldada pelo nosso departamento atuarial, confere<br />

aos nossos clientes a segurança de estarem transferindo seu<br />

risco e gerindo seu capital de forma adequada”, diz Leão. Atualmente<br />

a BMS Re possui uma carteira com mais de 50 contratos de<br />

resseguro de diversos clientes, locais e multinacionais, e nos mais<br />

diversos ramos, como Patrimonial, Engenharia, Linhas Financeiras,<br />

Hoje possuímos uma estrutura<br />

robusta de serviço aos nossos<br />

clientes que engloba um time<br />

grande de brokers com alta<br />

experiência de mercado para<br />

atendimento aos negócios de<br />

nossos clientes, servidos por<br />

uma base operacional sólida<br />

para tratamento de todo o<br />

processo pós colocação”<br />

JOSÉ LEÃO, CEO<br />

Responsabilidade Civil, Transporte, Habitacional,<br />

Agrícola, Vida e Automóvel.<br />

O ressegurador espera que a seguradora<br />

retenha mais risco em um mercado<br />

mais endurecido. ​Nesse cenário, se faz<br />

ainda mais relevante que a seguradora<br />

compreenda o risco que ela está retendo<br />

e é justamente nesta fase que a BMS Re<br />

contribui ainda mais com seus clientes,<br />

fazendo um relatório analítico para que<br />

seja estipulado, com base em premissas<br />

de apetite e tolerância a risco, os níveis de<br />

retenção e cessão.<br />

Marcio Ribeiro, líder de negócios<br />

da BMS Re, reforça a importância do serviço<br />

de colocações facultativas aos seus<br />

clientes como complemento ao risco<br />

15


CAPA<br />

BMS RE<br />

Quando olhamos o portfólio<br />

de riscos de nosso cliente<br />

seguradora, devemos<br />

ajudá-lo a desenhar, com<br />

base em sua estratégia para<br />

uma determinada carteira,<br />

qual o melhor balanço entre<br />

retenção e cessão de risco,<br />

entre contrato automático<br />

e facultativo, de forma a<br />

aconselhar para a proteção<br />

ideal”<br />

MARCIO RIBEIRO, líder de Negócios<br />

transferido, via contratos automáticos.<br />

“Quando olhamos o portfólio de riscos<br />

de nosso cliente seguradora, devemos<br />

ajudá-lo a desenhar, com base em sua estratégia<br />

para uma determinada carteira,<br />

qual o melhor balanço entre retenção e<br />

cessão de risco, entre contrato automático<br />

e facultativo, de forma a aconselhar<br />

para a proteção ideal”, disse Ribeiro.<br />

“Atualmente em um momento<br />

de mercado hard, vemos as seguradoras<br />

cada vez mais dependentes de colocações<br />

individuais em seus riscos mais<br />

complexos. Tais colocações devem ser<br />

realizadas com um olhar técnico e tratamento individualizado”,<br />

menciona Ribeiro. Ele destaca que a carteira de riscos facultativos<br />

do broker está concentrada nos ramos onde a BMS Re possui destaque<br />

por alta especialização local. São eles: construção civil, energia<br />

e patrimonial.<br />

“Obviamente, atuamos com diversos outros segmentos de<br />

nossos clientes e, para tais, estamos subsidiados pela alta especialização<br />

do grupo BMS Re. Em nossa carteira de negócios facultativos<br />

possuímos hoje riscos de Linhas Financeiras, Aviação, Marítimos,<br />

Transporte, dentre outros”, reforça Ribeiro.<br />

“A líder regional de linhas financeiras da BMS Re, baseada na<br />

Colômbia, visitou recentemente os nossos clientes brasileiros para<br />

atender a demanda local. Com um especialista é possível entender<br />

os detalhes de cada operação e encontrar a forma mais eficiente de<br />

transferir o risco para o resseguro”, pontua Márcio Ribeiro.<br />

A empresa também se destaca em nichos especializados,<br />

como por exemplo, obras de arte (é o maior broker de resseguro do<br />

Brasil) e em testes clínicos. “Grandes especialistas do país estão conosco<br />

na área de seguros e resseguros de testes clínicos, com apoio<br />

de profissionais internacionais. O Brasil continua sendo um polo<br />

neste setor”, comenta Ribeiro.<br />

Acompanhando o desenvolvimento de tecnologia no setor<br />

de seguros, a BMS compõe ainda um polo de empresas líderes no<br />

mercado insurtechs, baseado em Miami, com o intuito de discutir<br />

e apoiar negócios na América Latina. Cada vez mais tais companhias<br />

vão precisar de resseguro para viabilizar seu negócio, sendo<br />

que este item deve constar do plano de negócios deste perfil de<br />

empresa.<br />

“A maioria das insurtechs são compostas por profissionais<br />

com conhecimento de tecnologia que podem ser aplicadas ao seguro.<br />

Podemos contribuir com profundo conhecimento do mercado<br />

de seguros e resseguros. Somos capazes de construir uma projeção<br />

fidedigna para a subscrição e entendimento do risco.”, comenta Ribeiro.<br />

Com a perspectiva da 3ª. fase do Sandbox Regulatório e a<br />

atuação de outras empresas, a BMS Re quer oferecer seu conhecimento<br />

para ajudá-las a fazer seus negócios crescerem e serem<br />

perenes.<br />

PARCERIA COM CORRETORES<br />

Após a recente aquisição, a BMS Re continua com seu DNA<br />

de apostando na parceria com corretores de seguros independentes.<br />

“A BMS Re segue com a mesma estratégia e os executivos mantêm<br />

a integração das equipes, tanto da área de negócios quanto da<br />

operacional, para atender os corretores de seguros”, ressalta Ribeiro,<br />

avaliando que atender o corretor é muito mais do que fechar o negócio,<br />

é dar a garantia de que o resseguro está sendo cumprido em<br />

sua plenitude. “Permanecemos atendendo as demandas, sabendo<br />

dos desafios por parte de integralização da capacidade de resseguro,<br />

trazendo a experiência em hard market de forma palatável, para<br />

que o resseguro não vire uma caixa preta”.<br />

É possível transmitir as informações de maneira compreensível.<br />

Um furacão que acontece na América do Norte não influencia<br />

16


Primeiro, temos que utilizar o benefício de ser independente e<br />

conseguir as informações de forma instantânea, sempre sem<br />

passar sobre os processos formais, mas ajudando os fluxos<br />

de informações; estar presente, junto com a seguradora,<br />

resseguradora e corretora in loco, para conhecer todos<br />

os detalhes técnicos. O sinistro é o momento perfeito de<br />

desalinhamento”<br />

RAFAEL ABAD, COO<br />

diretamente no risco, mas, sim, no apetite do capital ressegurador<br />

chegar até aqui, além da expectativa de retorno do capital que a<br />

companhia está aportando para o negócio.<br />

Abad lembra que este é o primeiro ciclo de hard market que<br />

o Brasil vive depois da abertura do resseguro. Desde 2008, isso não<br />

havia acontecido. “Agora, as companhias estão se acostumando<br />

com uma nova realidade e, mais que nunca, é papel do broker agregar<br />

valor ao negócio. Muitos de nós, executivos e gestores, também<br />

fomos formados no soft market. Temos que compreender que uma<br />

tomada de decisão realizada há cinco anos de, por exemplo, investir<br />

em uma carteira de negócios, uma região ou uma especialidade,<br />

pode não ser mais igual. As premissas mudaram e a decisão deve ser<br />

diferente agora”.<br />

“Algo que não era tão exigido no soft market para o corretor<br />

de seguros, mas agora se torna crucial, é o gerenciamento de risco.<br />

Há riscos que se encontram sem cobertura por falta de qualidade.<br />

O mercado se reajusta em termos de preço, mas o gerenciamento<br />

de risco é fundamental”, pondera o CEO da BMS Re, cuja missão é<br />

mostrar ao corretor a importância da inspeção e gerenciamento do<br />

risco para que este encontre a colocação adequada.<br />

O apoio técnico no momento do sinistro é garantido pela<br />

presença. Abad explica: “Primeiro, temos que utilizar o benefício de<br />

ser independente e conseguir as informações de forma instantânea,<br />

sempre sem passar sobre os processos formais, mas ajudando<br />

os fluxos de informações; estar presente, junto com a seguradora,<br />

resseguradora e corretora in loco, para conhecer todos os detalhes<br />

técnicos. O sinistro é o momento perfeito de desalinhamento”, brinca<br />

Abad.<br />

Às vezes, é preciso interceder para que não haja ruído na<br />

comunicação, que pode começar pelas questões da língua até explicações<br />

mais detalhadas. “Fazemos um trabalho proativo de clausulado,<br />

atuando na prevenção”, antecipa Abad.<br />

Como o sinistro se conecta com aceitação, o papel do broker<br />

é passar as informações da área de sinistros para a área de negócios,<br />

para mostrar como o clausulado negociado<br />

no momento da aceitação está performando<br />

no negócio. “Desde questões de<br />

valores, como a cláusula de cooperação<br />

de sinistros que cada um tem um limite;<br />

câmara arbitral (que toma tempo, que<br />

pode levar ao desalinhamento). É preciso<br />

fechar as portas possíveis para os ruídos”,<br />

comenta Abad.<br />

FUTURO DA BMS RE NO BRASIL<br />

“Tudo fica mais simples quando<br />

uma companhia possui uma visão clara<br />

das suas metas, o caminho para alcançá-<br />

-las, e quando essa estratégia está bem<br />

alinhada com o corpo de acionistas”,<br />

afirma Leão, ressaltando que a expectativa<br />

do grupo é que a operação do Brasil<br />

siga crescendo em números, mas principalmente<br />

que o grupo siga ganhando<br />

a confiança dos clientes pela excelência<br />

na prestação de serviço. “Vamos seguir<br />

crescendo e trazendo especialistas para<br />

a BMS Re de acordo com as necessidades<br />

dos nossos clientes. Conhecemos<br />

suas dores e preocupações”, completa<br />

José Leão.<br />

“Queremos ser lembrados”, aponta<br />

Rafael Abad. “Quando a BMS Re é lembrada,<br />

sabemos que as pessoas estão<br />

vendo valor no resseguro; vendo valor<br />

no broker; vendo valor na BMS Re. Quando<br />

somos lembrados, sabemos que estamos<br />

cumprindo nossa missão”.<br />

17


CAMPANHA<br />

LIBERTY<br />

Campanha publicitária da Liberty usa<br />

vídeos bem-humorados para reforçar<br />

importância do seguro residencial<br />

Não espere por imprevistos para<br />

ter sua casa protegida”. Esse foi o<br />

mote desenvolvido pela Liberty<br />

Seguros, uma das principais seguradoras<br />

do Brasil, para o relançamento da campanha<br />

publicitária de residência que visa<br />

conscientizar a sociedade, de forma leve<br />

e bem-humorada, sobre a importância<br />

das proteções do segmento. O projeto,<br />

criado em parceria com a agência de publicidade<br />

Greenz, é alinhado ao <strong>novo</strong> posicionamento<br />

de marca da companhia,<br />

que tem como mensagem “Liberdade<br />

pra viver do seu jeito”.<br />

Totalmente digital, a campanha<br />

faz parte da estratégia de fomentar a<br />

contratação de seguros residenciais, segmento<br />

que registrou R$ 2,3 bilhões em<br />

prêmios no primeiro semestre de 2023,<br />

segundo a Federação Nacional de Seguros<br />

Gerais (FenSeg) - crescimento de 13%<br />

em relação ao mesmo período de 2022.<br />

De acordo com a diretora de<br />

Transformação da Liberty Seguros, Daniela<br />

Bouissou, a companhia decidiu relançar<br />

a campanha feita no início de 2023<br />

como uma forma de mostrar ao público<br />

a tranquilidade de se ter proteções residenciais,<br />

além de reforçar os serviços,<br />

produtos e ferramentas da Liberty para o<br />

segmento. “Nossa ideia é mostrar o trabalho<br />

que fazemos na frente de residência<br />

por meio de peças bem-humoradas e,<br />

assim, comunicar para a sociedade que,<br />

com a Liberty, as pessoas podem ter mais<br />

liberdade para viver o dia a dia sem precisar<br />

se preocupar com possíveis imprevistos”,<br />

explica Daniela.<br />

A CAMPANHA<br />

Para desenvolver a campanha, a<br />

Liberty se apoiou no principal benefício<br />

das coberturas para residências: a sensação<br />

de segurança que os clientes têm<br />

quando estão protegidos e<br />

com acesso a assistências para<br />

uma ampla gama de incidentes<br />

que podem ocorrer em suas<br />

residências, como problemas<br />

hidráulicos, reparos em vidros,<br />

Daniela Bouissou<br />

suporte elétrico e muito mais.<br />

Assim surgiu o conceito “Não espere por imprevistos para ter<br />

sua casa protegida”, retratado por três vídeos nos quais a sensação de<br />

segurança é personificada pela Estátua da Liberdade, símbolo da Liberty.<br />

Cada peça trouxe uma situação de imprevisto residencial diferente<br />

- como problemas hidráulicos, quebra de vidro e falhas elétricas<br />

-, na qual um dos personagens se transforma na estátua e, graças à<br />

confiança de que o seguro da Liberty tomará as medidas necessárias<br />

e realizará as manutenções, enfrenta a situação com serenidade.<br />

O principal objetivo da companhia com essa iniciativa foi<br />

fomentar a adesão aos seguros residenciais, especialmente em um<br />

contexto de trabalho híbrido, no qual as pessoas passam mais tempo<br />

em suas casas.<br />

AÇÕES DA LIBERTY EM RESIDÊNCIA<br />

Pensando em sempre apoiar os corretores parceiros na frente<br />

de seguros para casas e apartamentos, em agosto a Liberty lançou<br />

a ferramenta Oportunidade de Negócios Residência, que foi desenvolvida<br />

com base em análises avançadas de dados. Por meio do cruzamento<br />

de informações, o algoritmo identifica perfis com potencial<br />

de compra de produtos do nicho e os apresenta na base de clientes<br />

dos corretores, no Meu Espaço Corretor, plataforma para parceiros<br />

presente no portal da companhia.<br />

Antes disso, no início de 2022, a Liberty havia lançado a Meu<br />

Momento Residência, ferramenta 100% digital e que proporciona<br />

aos corretores uma venda simples e alinhada às preferências dos<br />

consumidores. A plataforma também oferece oportunidades de negócios<br />

para os parceiros, pois, ao utilizá-la como canal de vendas,<br />

cada corretor recebe um link para personalizar os pacotes de coberturas<br />

e assistências que querem oferecer em suas lojas virtuais.<br />

Com a loja pronta, os profissionais podem compartilhar links com os<br />

potenciais clientes e disponibilizar todas as cotações e detalhes dos<br />

produtos por meio da ferramenta.<br />

Além de ser um diferencial para os parceiros, ela permite que<br />

os clientes escolham os produtos que façam mais sentido para seus<br />

momentos e patrimônios, com três opções de pacotes diferentes por<br />

até menos de R$ 1 por dia, e planos pré-selecionados pelos próprios<br />

parceiros: Conforto Essencial, Conforto Standard e Conforto Extra.<br />

18


DIVERSIDADE<br />

ECONOMIA PRATEADA<br />

Um mundo de oportunidades<br />

se abrem aos<br />

MERCADO DE SEGUROS PRECISA<br />

ESTAR ATENTO PARA ATENDER ÀS<br />

EXPECTATIVAS DESTE PÚBLICO,<br />

QUE CRESCE EXPONENCIALMENTE<br />

NO BRASIL<br />

Kelly Lubiato<br />

Pela primeira vez na história da<br />

humanidade, sete gerações convivem<br />

juntas. Com o fenômeno<br />

da longevidade, chegam à sociedade<br />

desafios de todos os tipos. É preciso entender<br />

como financiar o envelhecimento,<br />

cuidando do bem-estar físico, emocional<br />

e financeiro dos idosos.<br />

Se há pouco tempo, esta realidade<br />

era ignorada tanto pelas empresas como<br />

pelo Poder Público, cada vez mais ela precisa<br />

ser discutida, para que a sociedade<br />

não sofra as suas consequências no futuro.<br />

O envelhecimento populacional<br />

é uma realidade global. Ao menos 35<br />

das 195 nações terão, no mínimo, 20%<br />

dos habitantes acima dos 65 anos. Em<br />

2050, um em cada seis habitantes do<br />

planeta terá mais de 65 anos e, nos EUA<br />

e na Europa, a proporção será de 25%.<br />

As pessoas com mais de 80 anos representarão<br />

um grupo de 426 milhões, em<br />

2050.<br />

A realidade sempre avança mais<br />

rápido do que a possibilidade de respostas<br />

das empresas e governos. Países<br />

que já possuem população idosa, como<br />

Japão e países nórdicos, já se preparam<br />

há algum tempo para a nova realidade.<br />

“Os países colônia (Brasil, EUA) tinham a<br />

ideia de serem países jovens, o que lhes<br />

impedia de ver a realidade demográfica.<br />

O World Economic Forum já mapeia<br />

o envelhecimento global como uma<br />

macro tendência mundial”, afirma Patricia<br />

Riccelli Galante de Sá, coordenadora<br />

Acadêmica da Formação em Mercado da Longevidade da FGV.<br />

O Brasil é um dos países que envelhece mais rápido no mundo.<br />

Isso tem impacto em tudo, como políticas públicas, urbanismo,<br />

revisão de legislações e de indicadores. Segundo dados do Censo<br />

Demográfico 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),<br />

a população idosa com 60 anos ou mais de idade chegou<br />

20


7 GERAÇÕES CONVIVENDO<br />

Centenários<br />

Nascidos<br />

entre 1901 e 1927<br />

Salent generation<br />

Nascidos<br />

entre 1928 e 1945<br />

Baby boomers<br />

Nascidos<br />

entre 1946 e 1964<br />

Geração X<br />

Nascidos<br />

entre 1965 e 1980<br />

Y ou millennials<br />

Nascidos<br />

entre 1981 e 1996<br />

z<br />

Nascidos<br />

entre 1997 e 2012<br />

Alpha<br />

Nascidos<br />

entre 2013 e 2025<br />

a 32 milhões (15,6%), um aumento de 56,0% em relação a 2010,<br />

quando era de 20.590.597 (10,8%), dentre os 203 milhões de habitantes<br />

brasileiros. O aumento da população de 65 anos ou mais em<br />

conjunto com a diminuição da parcela da população de até 14 anos<br />

no mesmo período, que passou de 24,1% para 19,8%, evidenciam o<br />

franco envelhecimento da população brasileira.<br />

O IBGE tem um índice chamado<br />

de Razão de Dependência, que define<br />

as pessoas abaixo de 14 anos e os acima<br />

de 60 anos. Patricia conta que, de acordo<br />

com os dados da entidade a Razão de Dependência<br />

entre produtivos e dependentes,<br />

em 2039 teremos mais “dependentes”<br />

do que “produtivos”. “A primeira pergunta<br />

é: será que, nos dias atuais, uma pessoa<br />

com 65 anos pode ser considerada improdutiva?”,<br />

questiona Patricia.<br />

21


DIVERSIDADE<br />

ECONOMIA PRATEADA<br />

ROTA<br />

100 anos<br />

para<br />

prosperar<br />

O NOVO MAPA<br />

da<br />

VIDA<br />

Invista nos futuros<br />

centenários para obter<br />

grandes retornos<br />

Aproveitar<br />

ao máximo a<br />

oportunidade<br />

de 100 anos<br />

Construa a segurança<br />

financeira desde o começo<br />

COMPARTIR<br />

CAMINHO<br />

A diversidade etária é um<br />

resultado positivo para as<br />

sociedades - e o resultado final<br />

Construir comunidades<br />

prontas para longevidade<br />

Há muitas pessoas com mais de 70<br />

anos que continuam trabalhando, dando<br />

aulas etc. Há problemas com os indicadores.<br />

O próprio Estatuto do Idoso significou<br />

um grande avanço para a sociedade<br />

em termos de direitos, mas precisará ser<br />

revisto por conta do envelhecimento populacional.<br />

A sociedade precisará vencer alguns<br />

desafios, como a questão cultural:<br />

Os rótulos da que a pessoa mais velha<br />

é obsoleta, desatualizada digital, não é<br />

inovadora precisam ser derrubados. “Há<br />

pesquisas da Universidade de Stanford<br />

Alinhe a expectativa<br />

de saúde com<br />

expectativa de vida<br />

Prepare-se para se<br />

surpreender com o futuro<br />

do envelhecimento<br />

As transições de vida são<br />

um recurso, não um bug<br />

Aprenda através<br />

da vida<br />

A estrada está à frente<br />

MIRANTE<br />

Trabalhe mais<br />

tempo, com mais<br />

flexibilidade<br />

tem um Centro de Estudo sobre<br />

Longevidade, que mostram que<br />

a lentidão no raciocínio pode<br />

acontecer por conta de ter que<br />

percorrer um repertório mais<br />

volumoso. Por ter mais conhecimento,<br />

as conexões neuronais<br />

fazem com que se consiga fazer<br />

correlações mais ricas, o que<br />

torna a pessoa um solucionador<br />

de problemas mais veloz e mais<br />

criativo”, explica Patricia.<br />

A diversidade faz ambientes<br />

mais criativos, com variados<br />

pontos de vista. Empresas mais<br />

maduras, que estão trabalhando<br />

pautas de inovação e diversidade,<br />

fazem as mentorias bilateriais,<br />

nas quais jovens e idosos<br />

trocam experiências. Como<br />

exemplo, Patricia cita o projeto<br />

do AirBNB, no qual Chip Conley<br />

foi um mentor de estratégias<br />

para os jovens Brian Chesky e<br />

Joe Gebbia. “Conley conta que<br />

aprendeu muito sobre mindset<br />

de startup, processos e tecnologias.<br />

Uma parceria que enriqueceu<br />

dos dois lados. As empresas<br />

investem em mecanismos multigeracionais,<br />

pautas de gerações<br />

e agenda de diversidade”, conta<br />

Patrícia.<br />

Vale citar aqui o exemplo<br />

da Inter Risk Services, uma<br />

corretora independente que,<br />

na edição de outubro da Revista<br />

Apólice mostrou sua experiência<br />

de contratar pessoas<br />

mais velhas. Fernando Coelho, CSO da Inter, informou que a empresa<br />

está contratando executivos experientes, com mais de 30<br />

anos de mercado. De 20 contratações no último ano, pelo menos<br />

60% eram pessoas maiores de 50 anos.<br />

O IMPACTO DA LONGEVIDADE NO SEGURO<br />

Há muitas iniciativas dentro do mercado de seguros que<br />

estudam o envelhecimento da população. A Bradesco Seguros,<br />

por exemplo, realiza o Fórum da Longevidade há 17 anos, e a MAG<br />

Seguros formou o Instituto da Longevidade. O impacto desta população<br />

afeta os benefícios de vários produtos como saúde, previdência<br />

privada e vida. Sem contar, que a gama de serviços de<br />

assistência poderão incluir no futuro cuidadores e revisões nas residências<br />

para adequá-las às necessidades sêniores.<br />

22


PARCERIAS DE ECOSSISTEMAS PERMITEM<br />

SOLUÇÕES ABRANGENTES DE SEGURO DE<br />

ENVELHECIMENTO E BEM<br />

Inovação de<br />

produto<br />

Ecossistema de<br />

envelhecimento<br />

Proposta flexível<br />

vs.<br />

produtos rígidos<br />

Atores financeiros<br />

Co-criam propostas<br />

flexíveis e conversíveis<br />

Linhas de negócios<br />

conectadas<br />

vs.<br />

cultura Slloed<br />

Valor tangível<br />

vs.<br />

benefícios intangíveis<br />

Provedores de tecnologia<br />

Permitem seguradoras<br />

para integrar e quebrar<br />

silos em proteção,<br />

aposentadoria e saúde<br />

Provedores da<br />

economia prateada<br />

Trazem serviços tangíveis<br />

de valor agregado,<br />

incluindo bem-estar e<br />

cuidados de longo prazo<br />

A sociedade precisará vencer<br />

alguns desafios, como a<br />

questão cultural: Os rótulos<br />

da que a pessoa mais velha é<br />

obsoleta, desatualizada digital,<br />

não é inovadora precisam ser<br />

derrubados”<br />

PATRICIA RICCELLI, da FGV<br />

Capgemini Research Institute for Financial Services Analysis, 2023<br />

A consultoria Capgemini realizou o estudo “A oportunidade<br />

de envelhecer bem - Como a confiança e o engajamento podem destravar<br />

o crescimento das seguradoras”, com a participação de 14 executivos<br />

de diversas empresas e localidades. Segundo o documento,<br />

o segurado deve ser envolvido em um ecossistema de proteção, pensando<br />

nele de forma completa e não apenas centrado em produtos.<br />

Gustavo Leança, diretor de Soluções para Seguros da consultoria<br />

no Brasil, acredita que para que essa integração de áreas e<br />

produtos ocorra, as seguradoras precisarão ir além do modelo atual<br />

centrado em produto, para um modelo centrado no cliente. “A mudança<br />

parece pequena, mas não é. Esse último modelo foca em entender<br />

a necessidade de um consumidor, que está vivendo mais –<br />

mas que também deseja ter boa saúde financeira, física e qualidade<br />

de vida, e os silos internos atuais que existem nas seguradoras não<br />

podem ser um empecilho para entregar<br />

esse tipo de produto a ele”.<br />

O consultor afirma que isso significa<br />

ofertar soluções que permeiem temas<br />

como finanças pessoais, saúde e o tradicional<br />

seguro de vida e que percorram<br />

toda a cadeia de valor: desde o desenvolvimento<br />

de um produto tradicional<br />

de proteção ao risco, mas também serviços<br />

de cuidado para 3ª idade/economia<br />

prateada e para incapacidades; a criação<br />

de pontos de contato frequentes com o<br />

cliente durante o ciclo de vida – como<br />

por exemplo soluções de bem estar que<br />

o ajudem a viver melhor com maior qualidade,<br />

e a identificar doenças antes que<br />

se tornem crônicas; que ajudem em seu<br />

23


DIVERSIDADE<br />

ECONOMIA PRATEADA<br />

AS SEGURADORAS PODEM COMEÇAR A<br />

APROVEITAR HOJE A OPORTUNIDADE DE AMANHÃ<br />

Explorar as necessidades dos clientes para<br />

impulsionar o crescimento sustentável dos negócios:<br />

ter uma compreensão profunda dos objetivos financeiros<br />

dos segurados, apetites de risco, e identificar lacunas e<br />

oportunidades no envelhecimento;<br />

GUSTAVO LEANÇA,<br />

da Capgemini<br />

planejamento financeiro pós-aposentadoria<br />

e, finalmente; que suportem os beneficiários<br />

quando do momento da dor,<br />

tanto do lado financeiro como humano.<br />

“As seguradoras devem antecipar<br />

complexidades futuras como custo de<br />

vida, cuidados de saúde, longevidade na<br />

carreira e planejamento de aposentadoria<br />

para atender efetivamente a evolução<br />

das necessidades da população idosa”,<br />

disse Izu Atsushi, head of Innovation Lab<br />

da Dai-ichi Life, em Londres.<br />

A tecnologia fará parte deste trabalho<br />

de integração das seguradoras. “Com<br />

boa capacidade tecnológica e de dados<br />

(incluindo Inteligência Artificial - IA, Inteligência<br />

Artificial generativa e Aprendizado<br />

de Máquina - ML) intermediários como<br />

corretores, agentes, agências e conselheiros<br />

financeiros poderão fazer melhores<br />

ofertas de produtos e serviços, alinhados<br />

à necessidade de cada cliente. Mas novamente,<br />

aqui é importante ressaltar que estamos<br />

tratando de oferecer não somente<br />

o produto de Vida tradicional, mas de um<br />

pacote de coberturas e serviços completos,<br />

que atenderá a necessidade de envelhecer<br />

com qualidade de vida, física e<br />

financeira”, ressalta Leança.<br />

Essa capacidade, que ainda é um<br />

grande desafio para a grande maioria das<br />

seguradoras (21% somente pontuaram<br />

estarem maduras em termos de análise<br />

de dados e 19% em tecnologias como<br />

IA/ML), desbloqueará uma experiência<br />

Criar uma proposta de valor unificada para<br />

envelhecer bem:<br />

quebrar silos entre as linhas de negócios de proteção,<br />

aposentadoria e saúde e aprofundar o envolvimento do cliente,<br />

desenvolvendo as capacidades necessárias para atender uma<br />

gama mais ampla de necessidades do cliente;<br />

Implantar tecnologias facilitadoras para melhorar a<br />

distribuição e enriquecer a experiência do cliente:<br />

consolidar dados para uma visão única do cliente e capacitar<br />

digitalmente os agentes, aproveitando inteligência, incluindo IA<br />

generativa, para oferecer aconselhamento hiperpersonalizado;<br />

Fortalecer sua posição na economia prateada por<br />

meio de um canal eficaz de parcerias e ecossistemas:<br />

aproveitar as capacidades dos parceiros para expandir e<br />

aprimorar sua proposta de valor para idosos, oferecer valor<br />

agregado, serviços e desenvolver soluções de bem-estar que<br />

atendam aos segurados, suas famílias e seus herdeiros;<br />

Envolver-se desde o início com os beneficiários para<br />

construir confiança e salvaguardar os ativos:<br />

oferecer orientação e educação contínuas e desenvolver<br />

pagamentos flexíveis; opções e outros serviços de valor agregado<br />

para promover o crescimento futuro baseado em relacionamentos<br />

duradouros;<br />

(Conclusões do World Life Insurance Report 2023, da consultoria Capgemini)<br />

superior, seja na oferta de produtos mais adequados pelos intermediários<br />

(conforme citado anteriormente), mas também viabiliza a<br />

entrega de serviços em ecossistema, processos de sinistros rápidos e<br />

eficientes e um conhecimento do cliente na tão buscada visão 360º.<br />

O consultor da Capgemini aponta que em um estudo anterior,<br />

de 2021, a consultoria já havia mapeado que o engajamento de<br />

clientes passava pela entrega de três conceitos pelas seguradoras<br />

e pelos canais de distribuição: Conveniência (C), Aconselhamento<br />

24


O PAPEL DAS SEGURADORAS<br />

Conversamos com o presidente do<br />

Sindicato das Seguradoras de São Paulo,<br />

Rivaldo Leite, para entender qual é o<br />

papel das companhias de seguro neste<br />

processo de entendimento do envelhecimento<br />

da população, assim como<br />

na criação de produtos e serviços que<br />

possam atender estas novas demandas<br />

da sociedade.<br />

APÓLICE: Qual é o papel social das seguradoras<br />

para contribuir com o envelhecimento saudável<br />

da sociedade?<br />

Atuar na promoção da qualidade de vida para<br />

permitir que as pessoas vivam mais, com saúde, e<br />

tenham acesso a ferramentas que proporcionem segurança<br />

financeira. Isso é o principal, mas também<br />

devemos oferecer outros produtos e serviços exclusivos<br />

para proporcionar comodidade e autonomia.<br />

Podemos, por exemplo, ter uma série de serviços de<br />

assistência para a casa e demais tarefas do dia a dia.<br />

APÓLICE: As seguradoras estão atentas ao movimento<br />

de envelhecimento da população?<br />

Estamos atentos há bastante tempo, pois é um<br />

fenômeno muito relevante para o nosso negócio. Estou<br />

certo de que a grande maioria das companhias<br />

têm planejamento e estratégia para lidar da melhor<br />

maneira com esse movimento natural e muito bem-<br />

-vindo da sociedade.<br />

APÓLICE: As carteiras de vida, saúde e previdência devem<br />

oferecer produtos mais adaptados a esta fase da vida?<br />

A tendência é que o mercado tenha produtos<br />

cada vez mais personalizados para todos os públicos.<br />

E isso inclui, é claro, os nossos clientes 60+. O desafio,<br />

neste caso, é criar produtos com sustentabilidade<br />

econômica. Então, temos que trazer<br />

inovações e trabalhar para adaptar a<br />

regulamentação a essa nova realidade,<br />

principalmente em saúde.<br />

APÓLICE: Além dos seguros de pessoas,<br />

é possível investir nas carteiras de<br />

patrimoniais também, oferecendo, por<br />

exemplo, cobertura para cuidadores nos<br />

seguros residenciais? Quais outros exemplos<br />

podem surgir?<br />

Sem dúvida. É possível observar um ciclo de<br />

inovação fundamentado no aumento da expectativa<br />

de vida da população. Empresas de todos os setores<br />

estão criando <strong>novo</strong>s produtos e serviços para atender<br />

a esse público. Em tese, podemos oferecer coberturas<br />

para todas essas novidades e ainda apoiar com linhas<br />

de crédito e financiamento para facilitar o acesso. É<br />

um <strong>novo</strong> mundo que está se abrindo.<br />

APÓLICE: Você acredita que, no futuro, as seguradoras<br />

possam contratar mais profissionais 50+, integrando<br />

sua experiência às equipes mais jovens?<br />

As companhias já estão fazendo isso entre as<br />

diversas frentes de diversidade e inclusão que estão<br />

abrindo. Há tempos o setor de seguros percebeu que<br />

promover a diversidade não é apenas uma questão de<br />

responsabilidade social, mas também é ótimo para os<br />

negócios. Uma equipe diversa produz soluções mais<br />

qualificadas e trabalha no modo de melhoria contínua,<br />

sempre identificando gaps e oportunidades de<br />

aprimoramento. E os profissionais 50+ são protagonistas<br />

nesse cenário, com muito a contribuir para a<br />

operação e ensinar aos mais jovens, principalmente<br />

em relação às soft skills.<br />

(A) e Relevância (RE) nas ofertas, e que virou um acrônimo<br />

conhecido como CARE. “Dois anos depois, as demandas<br />

dos clientes permanecem as mesmas: “Ofertas fáceis<br />

de entender, comprar e usar” podem ser encaixadas no<br />

conceito Conveniência, enquanto que “personalização<br />

e adaptação às necessidades específicas”, se encaixam<br />

em Relevância e Aconselhamento. Assim como mapeado<br />

há dois anos, isso somente será possível com: a entrega<br />

de soluções completas e focadas na necessidade<br />

desse <strong>novo</strong> perfil de clientes 50+; experiências digitais<br />

que favoreçam uma distribuição qualificada e o auto<br />

atendimento/engajamento dos clientes e beneficiários;<br />

processos céleres como subscrição, emissão e sinistros,<br />

aumentando a confiança do cliente e suportados por<br />

dados e automação; engajamento contínuo por meio de<br />

serviços de valor agregado e engajamento prévio com<br />

beneficiários, por meio da exploração de ecossistemas<br />

de parceiros”, garante Leança.<br />

25


MERCADO<br />

GUERRA<br />

HAMAS X ISRAEL:<br />

Como o conflito pode impactar<br />

o mercado de seguros<br />

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO<br />

VOLTA A DESAFIAR O SETOR NA<br />

INTERPRETAÇÃO DE USUAIS<br />

CAUSAS DE EXCLUSÃO DE<br />

COBERTURAS. ESPECIALISTAS<br />

COMENTAM SOBRE COMO O<br />

SEGMENTO PODE SER AFETADO<br />

E QUAIS INICIATIVAS A<br />

INDÚSTRIA PODE ADOTAR PARA<br />

AUXILIAR SEUS CLIENTES<br />

Nicole Fraga<br />

Em 7 de outubro, o grupo radical islâmico<br />

Hamas, que é considerado<br />

terrorista pelos Estados Unidos e<br />

a União Europeia, deu inicio a uma série<br />

de ataques a Israel, deixando milhares<br />

de mortos e feridos. Visto como um dos<br />

maiores bombardeios dos últimos anos,<br />

ao assumir a ofensiva, o grupo afirmou<br />

que o objetivo da guerra seria a tomada<br />

do território israelense. Até o momento,<br />

todos os dias estão sendo disparados milhares<br />

de foguetes de Gaza em direção a<br />

Israel. Homens armados derrubaram as<br />

barreiras israelenses que cercavam a faixa,<br />

iniciando ataques por terra e fazendo<br />

diversos civis, inclusive estrangeiros, de<br />

reféns. O conflito já se estende por mais<br />

de 70 anos e já matou milhões de pessoas<br />

dos dois lados.<br />

26


27


MERCADO<br />

GUERRA<br />

A maioria dos danos diretos a propriedades em caso<br />

de guerra estão excluídos das apólices de seguro<br />

e contratos de resseguro, pois podem ocasionar<br />

a insolvência de seguradores e resseguradores.<br />

Entretanto, temos exemplos de sinistros grandes,<br />

como o confisco de aviões e embarcações de “lessors”<br />

internacionais na Rússia, que podem trazer prejuízo<br />

de bilhões de dólares ao mercado internacional e no<br />

momento ainda estão em discussão”<br />

BRUNO FREIRE, da Austral Re<br />

A FAB (Força Aérea Brasileira)<br />

realizou a operação “Voltando em Paz”,<br />

coordenada pelo Governo Federal,<br />

com atuação do Ministério da Defesa e<br />

do Ministério das Relações Exteriores,<br />

organizando dez voos para resgatar<br />

brasileiros que estavam na região. Até<br />

17 de novembro, segundo atualizações<br />

da FAB, foram repatriados 1.477<br />

brasileiros e 53 animais de estimação,<br />

sendo considerada a maior ação de<br />

repatriação em regiões de conflito da<br />

história. O Brasil foi o primeiro país<br />

a repatriar seus cidadãos logo que a<br />

guerra começou.<br />

SEGUROS SERÃO AFETADOS?<br />

Além dos impactos humanitários<br />

e econômicos, o conflito entre o Hamas<br />

e Israel voltou a desafiar o mercado<br />

de seguros na interpretação de usuais<br />

causas de exclusão de cobertura por<br />

guerras em apólices de diversos ramos,<br />

como no seguro Viagem, Vida, Aéreo,<br />

Marítimo, Crédito etc. Pensando nisso,<br />

após seis dias do primeiro ataque,<br />

o governo israelense chegou a liberar<br />

um pacote de US$ 6 bilhões para cobrir<br />

os riscos de suas empresas aéreas e garantir<br />

que elas continuassem operando.<br />

Em entrevistas para diversos veículos<br />

de comunicação, especialistas do setor<br />

afirmam que o volume de indenizações<br />

tende a ser alto, por Israel ser um país com um grande nível de<br />

consumo de seguros.<br />

Bruno Freire, CEO da Austral Re, acredita que guerras como<br />

a em Israel, e até mesmo a da Ucrânia, podem trazer impactos<br />

diretos e indiretos no mercado de seguros e resseguros internacionais.<br />

Segundo o executivo, um destes impactos são os grandes<br />

sinistros, que podem afetar o setor mundialmente. “A maioria dos<br />

danos diretos a propriedades em caso de guerra estão excluídos<br />

das apólices de seguro e contratos de resseguro, pois podem ocasionar<br />

a insolvência de seguradores e resseguradores. Entretanto,<br />

temos exemplos de sinistros grandes, como o confisco de aviões<br />

e embarcações de “lessors” internacionais na Rússia, que podem<br />

trazer prejuízo de bilhões de dólares ao mercado internacional e<br />

no momento ainda estão em discussão”.<br />

De acordo com Freire, perdas materiais geradas por atos<br />

terroristas também podem ter cobertura, desde que sejam contratadas<br />

de forma específica. Além disso, as sanções aos países envolvidos<br />

e a própria exclusão de danos de guerra em si tiram do<br />

mercado uma parte prêmio de resseguro, diminuindo assim a receita<br />

dos resseguradores. “Um bom exemplo é o setor de Energia,<br />

que perdeu bastante receita vinda da Rússia. Danos consequentes,<br />

como a volatilidade dos preços das commodities ou o aumento do<br />

custo de capital, também refletem na economia como um todo e<br />

no nosso setor”. O executivo ainda ressalta que o mercado de resseguros<br />

é um aliado importante ao cobrir as grandes perdas, que<br />

não poderiam ser cobertas pelas seguradoras sozinhas.<br />

Segundo Freire, em cenários de guerra, dependendo de<br />

sua dimensão, a infraestrutura e as propriedades de cidades e até<br />

países inteiros podem ser completamente destruídas, causando<br />

prejuízos que, caso os danos materiais derivados do conflito estivessem<br />

cobertos, trariam a insolvência de diversas seguradoras<br />

e resseguradoras e um risco a todo o sistema global de seguros,<br />

afetando assim a capacidade de pagamento mesmo nos países<br />

28


não envolvidos na guerra. Até o momento, o executivo diz que a<br />

carteira da Austral Re não foi diretamente impactada pela guerra<br />

de Israel.<br />

Na visão de Rodrigo Protasio, CEO da Gallagher Brasil,<br />

um dos impactos que o conflito pode gerar para o setor são na<br />

cobertura de guerra para Aeronaves, bem como as coberturas<br />

para terrorismo e violência política. “Neste caso em específico,<br />

entendo que há um impacto no preço do petróleo, já que os<br />

maiores exportadores de óleo, como Arábia Saudita, Quatar e<br />

Irã, estão no Oriente Médio. No Brasil, como estamos inseridos<br />

em uma economia e mercado de seguros globais, sofremos<br />

com os aumentos de taxas para seguros aeronáuticos e cobertura<br />

de guerra, bem como os seguros de riscos políticos, que<br />

ficam mais caros”.<br />

De acordo com Protasio,uma gestão de risco bem estruturada<br />

faz diferença em situações como esta, pois quando as taxas<br />

sobem e o mercado fica “duro” (hard, como se fala no jargão do setor),<br />

os seguradores e resseguradores reduzem exposição. “Assim, a<br />

tendência é que as empresas escolham melhor os riscos aos quais<br />

estão expostas. Mostrar controle maior sobre as exposições e mudar<br />

rotas internacionais de comércio, por exemplo, podem ser boas estratégias”.<br />

Segundo ele, a tecnologia e o investimento em inovação<br />

servem de apoio para seguradoras, resseguradoras, corretoras e etc<br />

auxiliarem seus clientes.<br />

Para ajudar na gestão de riscos, a empresa disponibiliza para<br />

os clientes a Risk Map, uma plataforma de monitoramento de exposição<br />

a catástrofes naturais e quantificação e monitoramento de<br />

exposição global. Além da Core 360, onde a companhia realiza uma<br />

análise de riscos e comparativos com mercados mundiais, gasps de<br />

coberturas, quantificação de perdas e simulação de cenários. Sobre<br />

os impactos do conflito em Israel na carteira da Gallagher, Protasio<br />

afirma que até o momento foram registrados pequenos aumentos<br />

nas taxas da cobertura de guerra para transportes internacionais,<br />

seguros aeronáuticos e na cobertura para seguros de navios, que já<br />

vinham aumentando após o grande prejuízo global, ainda não todo<br />

pago com a guerra na Ucrânia.<br />

INDO ALÉM<br />

O seguro viagem tem como objetivo garantir aos segurados,<br />

durante um período de viagem previamente determinado<br />

na contratação, o pagamento de indenização quando da ocorrência<br />

de riscos previstos e cobertos na apólice. Na cobertura<br />

básica do produto, estão cobertos casos de morte acidental e/<br />

ou invalidez permanente, total ou parcial por acidente. Contudo,<br />

é possível oferecer outras coberturas como perda ou roubo de<br />

bagagem, retorno antecipado, cancelamento da viagem, entre<br />

outros imprevistos.<br />

Pensando nos clientes que estavam na região no momento<br />

em que o conflito começou, algumas seguradoras que operam o<br />

produto optaram por estender de forma gratuita a cobertura do seguro<br />

viagem dos clientes que estavam em Israel, prestando auxílio<br />

aos consulados e embaixadas na organização de filas de espera para<br />

o retorno com aviões da FAB.<br />

Além do seguro viagem, a<br />

cobertura de seguros de vida<br />

geralmente excluem pandemia<br />

e guerra, mas podemos<br />

pensar em formas de oferecêla<br />

com adição de prêmio.<br />

Existe capacidade para isto,<br />

principalmente para o Brasil,<br />

que é reconhecido como um<br />

país pacífico e amigável com o<br />

resto do mundo”<br />

RODRIGO PROTASIO,<br />

da Gallagher Brasil<br />

Protasio afirma que estes são importantes<br />

movimentos do setor para<br />

mostrar comprometimento com os<br />

segurados e consumidores, realizando<br />

uma ação humanitária, social e que<br />

também contribui para a imagem das<br />

próprias empresas. “Além do seguro<br />

viagem, a cobertura de seguros de vida<br />

geralmente excluem pandemia e guerra,<br />

mas podemos pensar em formas de<br />

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MERCADO<br />

GUERRA<br />

Para viajantes em Israel que possam precisar de<br />

assistência médica não emergencial, oferecemos<br />

serviços de teleconsulta para resolver casos que<br />

possam não necessitar de tratamento médico<br />

imediato. Em primeiro lugar, a ideia é tranquilizar<br />

o cliente e ajudá-lo da melhor forma possível,<br />

levando em consideração as circunstâncias e<br />

limitações que qualquer conflito bélico pode criar”<br />

GABRIEL NASCIMENTO,<br />

da Allianz Partners<br />

oferecê-la com adição de prêmio. Existe<br />

capacidade para isto, principalmente<br />

para o Brasil, que é reconhecido como<br />

um país pacífico e amigável com o resto<br />

do mundo”.<br />

A IMPORTÂNCIA DA<br />

ASSISTÊNCIA 24 HORAS<br />

Provando ser fundamental para o<br />

atendimento aos clientes em momentos<br />

difíceis, as empresas de assistência 24<br />

também cumprem um papel importantíssimo<br />

no auxílio para segurados. Gabriel<br />

Nascimento, gerente de Produto e<br />

Inovação de Viagem na Allianz Partners,<br />

comenta sobre a atuação da empresa<br />

em regiões de conflito:<br />

“Procuramos sempre apoiar os<br />

nossos clientes da melhor forma possível.<br />

Para viajantes em Israel que possam<br />

precisar de assistência médica não<br />

emergencial, oferecemos serviços de<br />

teleconsulta para resolver casos que<br />

possam não necessitar de tratamento<br />

médico imediato. Em primeiro lugar,<br />

a ideia é tranquilizar o cliente e ajudá-<br />

-lo da melhor forma possível, levando<br />

em consideração as circunstâncias e limitações<br />

que qualquer conflito bélico<br />

pode criar. Por exemplo, transmitindo<br />

as orientações fornecidas pelo governo<br />

brasileiro em relação aos procedimentos<br />

de repatriação de volta ao Brasil”.<br />

Nascimento afirma que em situações de guerra, infelizmente<br />

as chances da empresa de assistência 24 horas auxiliar na<br />

repatriação dos segurados brasileiros são remotas. “A maioria dos<br />

voos costumam ser cancelados, sendo necessário que o segurado<br />

entre em contato diretamente com a companhia aérea no aeroporto<br />

de saída da região ou com a operadora de turismo na qual<br />

adquiriu as passagens. Mas, novamente, sempre a empresa de assistência<br />

ficará do lado do segurado, ajudando-o por telefone em<br />

tudo o que for possível”.<br />

Juridicamente, uma região estaria em estado de guerra a<br />

partir do pronunciamento oficial do governo envolvido. A partir<br />

desse momento, a cláusula de exclusão passa a ser aplicada. No<br />

entanto, o executivo ressalta que a companhia oferece cuidados<br />

médicos para eventos não relacionados com o conflito/guerra. “Por<br />

exemplo, se o segurado estiver num hotel e sofrer um acidente no<br />

quarto, como escorregar na banheira, por exemplo, este evento<br />

não está relacionado com a guerra e é, portanto, um evento coberto.<br />

“No que diz respeito à assistência médica, a situação atual<br />

de entraves entre fronteiras e algumas circunstâncias de conflito<br />

de guerra provocam algumas limitações. Apesar disso, procuramos<br />

sempre apoiar os clientes”.<br />

Segundo Nascimento, ainda que em caso de evento coberto,<br />

talvez não seja possível prestar o serviço de assistência para o segurado<br />

em razão da guerra local por motivos de segurança ou até mesmo<br />

logística. “Recomendamos que os segurados tentem procurar o<br />

atendimento local, junto ao hotel ou a pessoas próximas de onde<br />

estiver, e abrir um sinistro para avaliação do pedido de reembolso<br />

da despesa médica”.<br />

Sobre os impactos no negócio da Allianz Partners, Nascimento<br />

afirma que o efeito do conflito de Israel na carteira de Viagem tem<br />

sido mínimo. “Prevemos um aumento no número de cancelamentos<br />

de viagens no futuro, mas é muito cedo para dizer neste momento.<br />

Continuamos monitorando a situação de perto”.<br />

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