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RBS Magazine ED 55

• Para construir valor no setor elétrico, temos que ampliar GD • A ilusão: Proteção interna contra surtos elétricos em inversores fotovoltaicos • Maximizando a Eficiência da Energia Solar com Microinversores • Grid Zero e armazenamento: mais autonomia e inteligência para os sistemas fotovoltaicos • Seguros para usinas fotovoltaicas: as armadilhas que comprometem a indenização • A consciência empresarial para aplicação das Energias Renováveis: Um Caminho para um Futuro Sustentável • A proteção contra surtos nas linhas de sinal das usinas fotovoltaicas • Integração de recursos energéticos distribuídos e seus impactos nos consumidores da rede elétrica • Marco regulatório do Brasil (Lei Nº 14300 de 2022 e REN Nº 1059 de 2023) e as lacunas socioambientais da geração fotovoltaica

• Para construir valor no setor elétrico, temos que ampliar GD • A ilusão: Proteção interna contra surtos elétricos em inversores fotovoltaicos
• Maximizando a Eficiência da Energia Solar com Microinversores • Grid Zero e armazenamento: mais autonomia e inteligência para os sistemas fotovoltaicos • Seguros para usinas fotovoltaicas: as armadilhas que comprometem a indenização • A consciência empresarial para aplicação das
Energias Renováveis: Um Caminho para um Futuro Sustentável • A proteção contra surtos nas linhas de sinal das usinas fotovoltaicas • Integração de recursos energéticos distribuídos e seus impactos nos consumidores da rede elétrica • Marco regulatório do Brasil (Lei Nº 14300 de 2022 e REN Nº 1059 de 2023) e as lacunas socioambientais da geração fotovoltaica

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das, em vez de intimidadas. Gostaria

que cada uma delas fosse capaz de

tomar suas decisões com base em

suas próprias vontades, em vez de

ser influenciada por uma visão idealizada

de uma indústria dominada

exclusivamente por homens. Juntas,

podemos construir nossas carreiras

e desempenhar nossas funções da

melhor maneira possível, reconhecendo

que somos diversas em muitos

aspectos. Não devemos sentir

vergonha de nossas diferenças, mas

sim orgulho. Além disso, desejo que

os leitores homens desta revista busquem

dados estatísticos sobre a relação

entre gênero e energia fornecidos

por organizações de renome do

setor, como IRENA, Greener, GWNET,

IPEA e McKinsey. Isso lhes permitirá

entender que não se trata apenas de

minha opinião, mas de uma representação

precisa da realidade do setor.

Somente reconhecendo e abraçando

essa diversidade seremos capazes de

desenvolver um setor de energia solar

no Brasil mais eficiente, lucrativo

e que realize todo o seu potencial de

crescimento e inovação.

RBS Magazine - Ótimo, Aline. No último

mês de agosto, a UFRGS inaugurou

a usina Mulheres na Energia

Solar, pelo Programa EnergIF. Esta

magnífica usina vai alimentar de forma

plena uma parcela significativa

da instituição, mas qual é objetivo

principal dessa empreitada e o que

resultados a médio e longo prazo são

esperados para a comunidade acadêmica?

A Usina Solar Fotovoltaica "Mulheres

na Energia Solar", localizada no Campus

Litoral Norte (CLN) da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS), desempenhará um papel

central como modelo de excelência

para a instalação de sistemas fotovoltaicos

interligados em ambientes

universitários, representando um ícone

de progresso, educação e responsabilidade

ambiental. Este campus

servirá como um laboratório prático

para demonstrar a eficácia desses sistemas.

Além dos benefícios financeiros,

que se traduzem em uma economia

substancial de aproximadamente

R$ 6.000.000,00 ao longo de 25 anos,

essa usina representa uma significativa

contribuição para a causa ambiental.

No entanto, sua importância

transcende as esferas financeiras e

ecológicas, pois a Usina desempenhará

um papel de suma relevância

no âmbito educativo e inovador. Esta

instalação desempenhará um papel

essencial como recurso de apoio ao

ensino, estimulando o desenvolvimento

e a promoção de pesquisas

em uma variedade de disciplinas

oferecidas pelos cursos do campus

universitário, tais como engenharia

de gestão de energia, engenharia de

serviços, geografia, desenvolvimento

regional, entre outras. Além disso,

promoverá o empreendedorismo no

setor de energias renováveis e eficiência

energética. É importante ressaltar

que o nome dado à Usina presta

homenagem a todas as mulheres do

setor de energia solar fotovoltaica,

em especial aquelas que estiveram

envolvidas no gerenciamento da

elaboração e execução do projeto, o

qual foi liderado exclusivamente por

mulheres. Acreditamos que ao destacar

essa representatividade, demonstramos

que o setor de energia

também é ocupado por mulheres, e

isso pode incentivar a procura de estudantes

do sexo feminino para os

cursos de Engenharia da Universidade,

encorajando a participação ativa

de mulheres e fomentando a inovação

nesse campo.

RBS Magazine - Além de doutora,

pesquisadora, coordenadora do ME-

SOL, você também é professora da

graduação e pós-graduação na UFR-

GS. Falando em formação de recursos

humanos, como você vê a falta

de profissionais qualificados para o

setor de energia e quais são as possíveis

soluções que você vê para essa

solução?

Entrevista do Editor

Infelizmente, cada vez mais observa-

-se uma diminuição no interesse por

estudar engenharias em geral, e isso

me preocupa bastante. Precisamos

continuar a desenvolver tecnologia

e promover o progresso tecnológico,

e para isso, necessitamos de profissionais

qualificados que atendam a

essas crescentes demandas. Como

professora e pesquisadora, acredito

que as universidades desempenham

um papel crucial na formação de profissionais

capacitados para o setor

de energia. Através da colaboração

entre a academia e a indústria, juntamente

com a promoção da diversidade

e o acesso à educação, podemos

abordar a escassez de profissionais

qualificados e contribuir para um

setor de energia mais forte e sustentável.

Além disso, a sociedade deve

reconhecer o valor fundamental dos

engenheiros na resolução de desafios

globais e na promoção da inovação

sustentável.

RBS Magazine - Para concluirmos e

já estendendo o meu agradecimento

e felicidade de entrevistar a minha

querida amiga, qual a sua opinião

sobre o futuro da energia solar no

Brasil? Que caminhos ainda teremos

que percorrer para sermos um dos

principais protagonistas no setor solar

mundial?

Minha opinião sobre o futuro da

energia solar no Brasil é muito otimista.

O país possui um imenso potencial

solar devido à sua localização geográfica

privilegiada e tem condições de

desenvolver toda a cadeia produtiva

aqui. Além disso, quando observamos

todas as tendências de inovação

para o setor de energia solar, como

armazenamento, reciclagem e produção

de hidrogênio a partir do recurso

solar, o Brasil se destaca por

possuir os requisitos fundamentais

para desenvolver e promover essas

inovações. Esse protagonismo em relação

às possibilidades de ações para

a transição energética o coloca em

destaque quando comparado a outros

países, sinalizando as possibilidades

de desenvolvimento econômico,

social e ambiental que temos. Para

o Brasil se tornar um dos principais

protagonistas no setor de energia solar

fotovoltaica mundial, é essencial

investir em várias frentes, como o desenvolvimento

de políticas públicas

específicas para mitigar a instabilidade

regulatória, o desenvolvimento

tecnológico para aumentar a eficiência

e a confiabilidade dos sistemas

solares, a formação de profissionais

para atender à crescente demanda,

a integração na rede elétrica garantindo

estabilidade e confiabilidade, e

promovendo a gestão eficaz de sistemas

de geração distribuída, a educação

e conscientização sobre os benefícios

da energia solar e seu papel na

mitigação das mudanças climáticas,

e a cooperação internacional para

compartilhar conhecimento e experiências

no setor de energia solar.

RBS Magazine 17

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