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PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Confira a cobertura completa da festa de premiação do setor de base florestal<br />
SOLUÇÃO VERSÁTIL<br />
TRAILER LEVA MOBILIDADE,<br />
CONECTIVIDADE , SEGURANÇA E AFIAÇÃO<br />
DE ALTA PERFORMANCE PARA O CAMPO<br />
VERSATILE SOLUTION<br />
TRAILER LEADS MOBILITY, CONNECTIVITY, SAFETY<br />
AND HIGH-PERFORMANCE SHARPENING IN THE FIELD
SUMÁRIO<br />
DEZEMBRO 2023<br />
48<br />
ONDE VOCÊ<br />
ESTIVER<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Notas<br />
32 Coluna CIPEM<br />
34 Frases<br />
36 Entrevista<br />
46 Coluna<br />
48 Principal<br />
54 Base <strong>Florestal</strong><br />
62 Prêmio REFERÊNCIA<br />
72 Plantas Daninhas<br />
76 Evento<br />
80 Integração<br />
88 Pesquisa<br />
94 Agenda<br />
96 Espaço Aberto<br />
62<br />
72<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
07 BKT<br />
09 Bruno<br />
21 Carrocerias Bachiega<br />
83 D’Antonio Equipamentos<br />
29 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
17 DRV Ferramentas<br />
39 Engeforest<br />
100 Envimat<br />
05 Envu<br />
93 Feldermann<br />
25 Fex<br />
95 Fratex<br />
57 H Fort<br />
43 Hennings<br />
19 Ihara<br />
45 J de Souza<br />
75 Lignum Forest<br />
31 Lion Equipamentos<br />
61 Mill Indústrias<br />
59 Richetti<br />
27 Rocha Facas<br />
87 Rodotrem<br />
11 Rotary-Ax<br />
37 Rotor Equipamentos<br />
47 Sergomel<br />
98 Sparta Brasil<br />
23 Sumitomo<br />
15 SuperTek/Nokia Tires<br />
41 Tecmater<br />
33 Unibrás<br />
85 Unidas Locação<br />
91 Valfer Ferramentas<br />
35 Vantec<br />
04 www.referenciaflorestal.com.br
Floresta<br />
Juntos,<br />
construímos um legado.<br />
Agora,<br />
vamos construir o futuro.<br />
Somos Envu, uma nova empresa<br />
com 50 anos de experiência<br />
Envu é uma nova visão para uma empresa com meio século de história no segmento<br />
de saúde ambiental, que detém um sólido portfólio de produtos comprovados e<br />
reconhecidos.<br />
Em cada uma de suas linhas de negócio, a Envu concentra seu trabalho na química e<br />
além, colaborando com os clientes para criar soluções que funcionarão hoje e no<br />
futuro.<br />
Saiba mais sobre as inovações em Florestas em<br />
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Envu ®
EDITORIAL<br />
Sempre avante<br />
Assim como a vida, o tempo passa e os momentos é que no final merecem<br />
ser lembrados. Atentos ao momento e com a visão de sempre estarmos<br />
atualizados ao que o mercado nos instiga, a novidade deste final de ano é o<br />
lançamento do podcast REFERÊNCIA. Tudo para eternizar os ótimos momentos<br />
por meio de um bate-papo descontraído com entrevistados seletamente<br />
escolhidos, que vão nos contar suas histórias e cases de sucesso dentro de<br />
suas empresas. Aproveitamos para agradecer a cada um dos nossos leitores.<br />
São na verdade, o principal motivo de nosso trabalho e maior combustível<br />
para continuar a nossa busca incessante por informação e conteúdo<br />
atualizado do setor de base florestal. No próximo ano celebraremos 25 anos<br />
da nossa publicação, e sabemos que só estamos aqui devido a cada um de<br />
vocês. Nessa edição o Leitor irá conhecer o novo trailer da DRV, que leva produtividade,<br />
segurança e conectividade para o campo, a cobertura completa<br />
do Prêmio REFERÊNCIA 2023, informações sobre o crescimento da silvicultura<br />
no país, a importância dos sistemas integrados de produção na redução de<br />
GEE (gases do efeito estufa) e uma entrevista exclusiva com Hernon Ferreira,<br />
gerente florestal da Eucatex, que fala sobre produtividade e atividades no<br />
campo. E viva mais um ano!<br />
ONWARD AND EVER ONWARD<br />
Just like life, time passes, and in the end, so do the moments that deserve<br />
to be remembered. Attentive to the moment and with the vision of always being<br />
up-to-date with what the market tells us, the news at this end of the year is<br />
the launch of the REFERÊNCIA podcast. All to immortalize the significant moments<br />
through a relaxed chat with selectively chosen interviewees, who will<br />
tell us their stories and successes within their companies. We would like to take<br />
this opportunity to thank each and every one of our readers. You are, in fact,<br />
the main reason for our work and the fuel to continue our relentless search for<br />
information and up-to-date content on the Forest-based Sector. Next year, we<br />
will celebrate 25 years of our publication, and we know that we are only here<br />
because of each and every one of you. In this issue, the reader will get to know<br />
the new DRV trailer, which brings productivity, safety, and connectivity to the<br />
field, complete coverage of the 2023 REFERÊNCIA Award, information on the<br />
growth of forestry in the Country, the importance of integrated production<br />
systems in reducing GHG (greenhouse gases) and an exclusive interview with<br />
Hernon Ferreira, Eucatex’s Forestry Manager, who talks about productivity<br />
and activities in the field. And here’s to another year!<br />
2<br />
Entrevista com<br />
Hernon Ferreira,<br />
gerente florestal<br />
da Eucatex<br />
1<br />
Na capa dessa edição<br />
o trailer área de<br />
vivência e afiação,<br />
mais novo lançamento<br />
da DRV Ferramentas<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXV • Nº258• Dezembro 2023<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Impactos das pragas florestais<br />
Confira a cobertura completa da festa de premiação do setor de base florestal<br />
SOLUÇÃO VERSÁTIL<br />
TRAILER LEVA MOBILIDADE,<br />
CONECTIVIDADE , SEGURANÇA E AFIAÇÃO<br />
DE ALTA PERFORMANCE PARA O CAMPO<br />
VERSATILE SOLUTION<br />
TRAILER LEADS MOBILITY, CONNECTIVITY, SAFETY<br />
AND HIGH-PERFORMANCE SHARPENING IN THE FIELD<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXV - EDIÇÃO 258 - DEZEMBRO 2023<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Sofia Carlesso<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
06 www.referenciaflorestal.com.br
CARTAS<br />
ENTREVISTA<br />
Mauren Lazzaretti e a importância das políticas públicas para florestas no Mato Grosso<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
Capa da Edição 257 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de novembro de 2023<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXV • Nº257 • Novembro 2023<br />
CRESCIMENTO FORTE<br />
HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE POTENCIALIZA<br />
REGENERAÇÃO FLORESTAL<br />
STRONG GROWTH<br />
PRE-EMERGENT HERBICIDE<br />
ENHANCES FOREST REGENERATION<br />
PRINCIPAL<br />
Por Glauco Ribeiro, São Paulo (SP)<br />
Belo trabalho da Envu com esse novo produto. A recuperação florestal abrirá<br />
muitas portas para a economia no país.<br />
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
Por Maria Clara Assunção, Contagem (MG)<br />
Parabéns pelo trabalho, secretária. Esse tipo de profissional que<br />
precisamos no poder público, alguém comprometido com o bem-estar<br />
e desenvolvimento das pessoas.<br />
LEGISLAÇÃO<br />
Por Mauro Andrade, Lages (SC)<br />
Isso sim é algo positivo para o país. Esse tipo de política trará muitos<br />
benefícios a todos.<br />
Foto: divulgacão<br />
ACOMPANHE A COBERTURA DO PRÊMIO REFERÊNCIA 2023 EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />
CURTA NOSSAS PÁGINAS<br />
E INSCREVA-SE NO NOSSO<br />
CANAL NO YOUTUBE<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
@revistareferencia9702<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
SOLUÇÕES DE EXCELÊNCIA<br />
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Descubra a versatilidade em nossas soluções!<br />
Estamos preparados para processar qualquer tipo de biomassa, seja<br />
eucalipto, pinus, casca, galhadas, toco, bambu, acácia ou nativa.<br />
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BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
EVENTO<br />
Ainda durante o Seminário de Silvicultura<br />
em Canela (RS), o diretor comercial da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio Machado (à<br />
esq.), recebeu a visita do diretor geral da Log<br />
Max & Quadco Brasil, Rodrigo Contesini.<br />
SEMINÁRIO<br />
O diretor comercial da REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL, Fábio Machado (à dir.),<br />
conversou com o diretor da Polli Fertilizantes,<br />
Luiz Osni Miranda, durante o Seminário de<br />
Silvicultura em Canela (RS).<br />
INDÚSTRIA FORTE<br />
ALTA<br />
O Brasil registrou alta da produção industrial na passagem<br />
de setembro para outubro de 2023. De acordo com<br />
a Sondagem Industrial, da CNI (Confederação Nacional<br />
da Indústria), o indicador de evolução da produção<br />
da indústria ficou em 50,9 pontos, acima da margem<br />
de corte. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda<br />
e acima mostram aumento da produção. A média do<br />
indicador para os meses de outubro é de 51,6 pontos.<br />
Foram entrevistadas 1.640 empresas entre 1 e 13 de novembro<br />
de 2023. A alta da produção foi restrita às grandes<br />
empresas, com indicador de 52,3 pontos. O índice<br />
de evolução da produção das pequenas empresas é de<br />
49,8 pontos. O dado mostra estabilidade por estar perto<br />
da linha de corte de 50 pontos. Nas médias empresas,<br />
o indicador aponta queda, ao ficar em 49,1 pontos na<br />
passagem de setembro para outubro de 2023.<br />
DEZEMBRO 2023<br />
PANTANAL EM CHAMAS<br />
O fogo consome o Pantanal e não há previsão de trégua.<br />
Apenas na primeira metade de novembro deste<br />
ano, foram registrados 3.098 focos de incêndio no<br />
bioma, um recorde histórico para o mês desde 2002,<br />
quando foram contabilizados 2.328 focos. Em relação<br />
ao mesmo período de 2022, o aumento de queimadas<br />
ultrapassa 1.400%, conforme monitoramento do<br />
Programa Queimadas, do INPE (Instituto Nacional<br />
de Pesquisas Espaciais). O tempo seco e a onda de<br />
calor favorecem o grande número de incêndios, que<br />
destroem a vegetação e a fauna. O fogo chegou a<br />
invadir a rodovia Transpantaneira. As chamas foram<br />
controladas pelas equipes de brigadistas e não alcançaram<br />
as casas.<br />
BAIXA<br />
10 www.referenciaflorestal.com.br
otaryax<br />
rotaryaxoficial<br />
até papai noel já sabe, o sabre número 1,<br />
você encontra na rotary-ax.<br />
em qualquer época do ano, o material de corte com<br />
alta resistência rotary-ax é sempre a melhor escolha!<br />
agradecemos a parceria e confiança<br />
em nós depositada durante esse ano.<br />
Que 2024 seja um ano repleto de<br />
alegrias e novas realizações.
NOTAS<br />
Valorização da qualidade<br />
A BKT Tires foi premiada pelo DLG Test Center Technology and Farm Inputs, o instituto de ensaio<br />
independente alemão, com o selo de qualidade DLG-APPROVED em razão da compactação do<br />
solo reduzida, menos consumo de combustível, capacidades de autolimpeza e utilizador, que foram<br />
verificados nos pneus da linha: AGRIMAX V-FLECTO. A BKT, fabricante multinacional líder de pneus<br />
off-highway, recebe assim este prestigiado prêmio que reconhece a capacidade do AGRIMAX V-FLECTO<br />
de responder aos exigentes requisitos em tecnologia e desempenho dos tratores de grande cilindrada.<br />
Em particular, os dois pneus AGRIMAX V-FLECTO nos tamanhos VF 650/65 R42 e VF 540/65 R30<br />
alcançaram excelentes resultados nos módulos de ensaio do DLG "proteção de recursos" e "facilidade<br />
de utilização", ambos realizados no terreno.<br />
Segundo Lucia Salmaso, diretora-gerente da BKT Europa, o compromisso com a pesquisa e o desenvolvimento<br />
de soluções de ponta é evidenciado pelo desempenho superlativo dos pneus AGRIMAX<br />
V-FLECTO, que representam a expressão mais avançada do mercado. “A redução dos custos operacionais<br />
e o impacto positivo no ambiente são o resultado da tecnologia que atende às necessidades presentes<br />
e futuras da agricultura moderna. Continuaremos a fazer o nosso melhor para garantir que os<br />
nossos pneus sejam sinônimo de excelência e de um valor acrescentado sem paralelo para os clientes<br />
em todo o mundo”, indicou Lucia.<br />
Foto: divulgação<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br
Financiamento que restaura<br />
Foto: divulgação<br />
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou o Arco de Restauração na Amazônia,<br />
uma iniciativa construída em parceria com o MMA (Ministério do Meio Ambiente de Mudança do Clima). O<br />
anúncio foi realizado na COP-28 - XXVIII Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças<br />
Climáticas -, que aconteceu em Dubai, nos EAU (Emirados Árabes Unidos). Como primeira ação, foi anunciada a<br />
abertura do edital Restaura Amazônia, que destinará R$ 450 milhões do Fundo Amazônia a projetos de restauração<br />
ecológica de grandes áreas desmatadas ou degradadas. “Evitar o desmatamento não responde mais à crise<br />
climática. Precisamos ter mais ambição. A Amazônia responde por mais ou menos 1oC (grau Celsius) no aquecimento,<br />
e a criação de um cinturão de proteção é urgente. Vamos fazer reflorestamento, para a floresta se regenerar.<br />
É a resposta mais barata e mais rápida para a crise climática, porque sequestra carbono e armazena carbono”,<br />
explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.<br />
Como primeiro marco da iniciativa, aderente ao PLANAVEG (Plano Nacional de Recuperação da Vegetação<br />
Nativa), política pública coordenada pelo MMA, o edital Restaura Amazônia estará aberto a conjugar recursos<br />
de países, empresas e governos para a agenda da restauração ecológica. A chamada pública Restaura Amazônia<br />
irá selecionar três organizações com experiência e capacidade para atuar como parceiros gestores da iniciativa<br />
nos territórios. Para garantir a cobertura da Amazônia Legal, cada parceiro gestor será responsável por uma das<br />
três macrorregiões estabelecidas: Estados do Acre, Amazonas e Rondônia; Mato Grosso e Tocantins; e Pará e<br />
Maranhão.<br />
Serão apoiados projetos de restauração ecológica voltados a UC (Unidades de Conservação), Terras Indígenas<br />
e territórios de povos e comunidades tradicionais, áreas públicas não destinadas e APPs (Áreas de Preservação<br />
Permanente) e de RL (Reserva Legal) de assentamentos ou pequenas propriedades.<br />
Dezembro 2023<br />
13
NOTAS<br />
Foto: Simpósio Catarinense/divulgação/Assessoria Parlamentar<br />
Conhecimento compartilhado<br />
O campus II da FURB (Universidade Regional de Blumenau), recebeu nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro, a<br />
XVII edição do Simpósio <strong>Florestal</strong> Catarinense. O evento é realizado pela FURB junto com a ACEF (Associação Catarinense<br />
de Engenheiros Florestais). A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais) foi uma das apoiadoras desta edição.<br />
O presidente da ACR, Jose Mario Ferreira e o diretor-executivo, Mauro Murara Jr. participaram de importantes debates<br />
no encontro. Junto com representantes das associações de base florestal do Rio Grande do Sul e do Paraná, trataram dos<br />
desafios e da importância econômica e social do gênero pinus na região sul.<br />
Para o diretor-executivo da ACR, Mauro Murara Jr., um dos pontos altos do evento foi envolver representantes das<br />
esferas legislativas estaduais dos três Estados da região sul. “Estavam reunidos; o deputado estadual do Paraná, Artagão<br />
Jr., que compõe o Bloco da Madeira do Paraná; Rafael Ferreira, assessor do deputado Carlos Burigo, do Rio Grande do<br />
Sul; e o deputado José Milton Scheffer, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Silvicultura na Assembleia Legislativa<br />
de Santa Catarina. O resultado disso é que teremos três lideranças atuando simultaneamente nas três assembleias<br />
legislativas do sul. Será muito importante para alinhar as nossas demandas, que são comuns aos três Estados. A representatividade<br />
política em nível federal também se fortalece”, explica Mauro.<br />
O presidente da ACR, Jose Mario Ferreira, parabenizou a organização pela qualidade dos debates. “Foi um evento de<br />
alto nível e que conseguiu reunir atores importantes do setor privado, do legislativo, político, governamental e acadêmico<br />
dos três Estados do sul do Brasil. Falamos da importância econômica e social do pinus para o país e para a região. Discutimos<br />
as principais ações e desafios das frentes parlamentares de cada Estado, com a presença dos representantes destas<br />
frentes nos três Estados do sul”, destacou Jose Mario.<br />
Para o presidente da ACR, ainda há muito trabalho pela frente. “Ficou evidente que precisamos melhorar a nossa<br />
representatividade nas diversas instituições públicas, que nos afetam, além de focar na comunicação do setor com a<br />
sociedade e com os principais stakeholders. Este é um papel importantíssimo das nossas associações e das nossas frentes<br />
parlamentares,” concluiu o presidente.<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
Lages (SC)<br />
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Telefone: (41) 99105-1023
NOTAS<br />
Novidade off-road<br />
A Scania, anunciou a introdução do novo trem de força para a linha de caminhões mais pesados, voltados ao segmento<br />
off-road, que operam sob condições operacionais extremas como na mineração e transporte de cana-de-açúcar.<br />
Os novos veículos completam o portfólio da linha Super lançada pela empresa no Brasil no final de 2022. O novo modelo<br />
chegou ao mercado alinhado aos padrões Proconve P8/Euro 6 com o maior torque do mercado para motores de 13 litros.<br />
“A Scania adota o princípio da melhoria contínua e um sistema modular de produtos. Por isso, em um primeiro momento,<br />
preparamos nosso sistema industrial para atender aplicações rodoviárias e agora avançamos para as operações mais pesadas<br />
e fora de estrada”, destaca Paulo Moraes, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Scania para a América Latina.<br />
A ampliação do portfólio Super reafirma o compromisso da Scania com soluções de transporte que entregam maior<br />
eficiência energética, proporcionando ao cliente economia de combustível e maior disponibilidade do veículo, além do<br />
conforto para o operador. “Ocupamos uma posição de destaque em operações tipicamente pesadas e fora de estrada,<br />
tais como mineração e transporte de cana-de-açúcar. Com a chegada da linha Super para o segmento, vamos trazer um<br />
novo patamar de economia operacional para o transportador, o que nos dará condição de manter a liderança de mercado<br />
nestas aplicações”, complementa Paulo.<br />
Fotos: divulgação Scania<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
Trailer Área de Vivência e Afiação DRV –<br />
Solução eficaz para operações no campo!<br />
MOBILIDADE<br />
Acompanhar sua operação<br />
onde ela estiver.<br />
Acoplado em uma caminhonete, o<br />
Trailer DRV pode ser levado em áreas<br />
de difícil acesso e dar suporte com<br />
toda sua tecnologia.<br />
CONECTIVIDADE<br />
Equipado com a tecnologia via<br />
satélite Starlink, o Trailer DRV<br />
proporciona internet banda larga,<br />
mesmo nas regiões mais remotas<br />
do mundo.<br />
SEGURANÇA<br />
Que tal acompanhar a sua operação<br />
de casa ou do escritório?<br />
O Trailer DRV é equipado com duas<br />
câmeras 360°, que lhe dá em tempo<br />
real, um panorama de toda sua<br />
operação.<br />
BEM-ESTAR<br />
Cuidado é a palavra que define o nosso trailer.<br />
Pensando no Bem-estar dos operadores, o Trailer<br />
DRV foi projetado para levar conforto para quem está<br />
na operação, como: banheiro, micro-ondas, frigobar,<br />
bebedouro, mesa para refeição e ar condicionado.<br />
AFIAÇÃO DE<br />
ALTA PERFORMANCE<br />
E para completar o conjunto de soluções, quem embarca<br />
no Trailer DRV é a Máquina Afiadora Flex, levando uma<br />
afiação de alta qualidade no local da operação.<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
NOTAS<br />
Carbono em foco<br />
A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) iniciou a compensação do carbono da feira Constru Nordeste<br />
2023, realizada em setembro no Centro de Convenções de Salvador (BA) com o apoio da FIEB (Federação das Indústrias<br />
da Bahia), do SINDUSCON (Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia) e do Sebrae. Além do apoio ao evento,<br />
de levar informações sobre o setor da madeira na Bahia, a ABAF também intermediou a vinda de uma importante empresa<br />
que utiliza madeira na construção civil (TimBau Estruturas) e está fazendo a compensação ambiental do evento.<br />
A compensação ambiental<br />
se dá por meio do<br />
cálculo de carbono emitido<br />
pelo evento e do plantio de<br />
mudas nativas para sequestrar<br />
a quantidade correspondente<br />
dessas emissões. “Esta<br />
é uma estratégia poderosa<br />
para preservar o meio<br />
ambiente e combater as mudanças<br />
climáticas. Ao adotar<br />
essa abordagem, empresas,<br />
governos e indivíduos demonstram<br />
um compromisso<br />
real com a sustentabilidade,<br />
contribuindo para a construção<br />
de um futuro mais equilibrado<br />
e saudável”, aponta<br />
Mariana Lisbôa, presidente<br />
da ABAF. A primeira parte<br />
dessa compensação aconteceu<br />
com o plantio simbólico<br />
das 500 mudas (entre arbóreas,<br />
frutíferas e melíferas)<br />
doadas para a Secretaria do<br />
Meio Ambiente da Prefeitura<br />
Municipal de Santo Amaro<br />
(BA). As demais 1.163 mudas<br />
indicadas pelo relatório do<br />
cálculo de carbono, deverão<br />
ser plantadas em Salvador.<br />
O plantio em Santo Amaro<br />
fez parte da comemoração<br />
do: Dia Mundial do Rio; e<br />
contou com a participação<br />
da Secretária do Meio Ambiente<br />
Ana Lícia Marins, de<br />
estudantes da rede pública,<br />
representantes de diversas<br />
secretarias da Prefeitura, da<br />
Caetá Ambiental, da Bracell e<br />
da ABAF.<br />
Fotos: ABAF<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Celebração<br />
A Reflore/MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) reuniu sua equipe<br />
e parceiros para uma comemoração dupla que marcou os 18 anos de sua relevante atuação na região. O evento contou com<br />
um jantar de confraternização que reuniu membros da equipe, colaboradores e parceiros estratégicos. Foi um momento importante<br />
pra ressaltar os momentos positivos vividos ao longo de 2023 e organizar as estratégias para um promissor 2024.<br />
Durante o jantar, a Reflore (MS) prestou homenagens a indivíduos que desempenharam papéis fundamentais ao longo da<br />
jornada de 18 anos. Esses homenageados foram reconhecidos por suas contribuições significativas para o setor florestal<br />
no Estado. Além do jantar, durante a manhã, a equipe Reflore (MS) dedicou-se a planejar o futuro. Com o compromisso<br />
renovado, a diretoria reempossada debateu os planos e estratégias para o ano de 2024 junto de parceiros importantes. O<br />
encontro foi marcado por debates construtivos, em que ideias e visões foram compartilhadas visando um crescimento para<br />
o setor florestal em Mato Grosso do Sul. Segundo Junior Ramires, presidente da associação, a Reflore (MS) expressa profunda<br />
gratidão a cada indivíduo que desempenhou um papel crucial nesta história de desenvolvimento regional. “Enquanto<br />
celebramos os 18 anos de realizações, olhamos para frente com determinação. Que a parceria e o comprometimento continuem<br />
a crescer, construindo um legado duradouro em prol do setor e do país”, aponta Junior.<br />
Fotos: Reflore MS<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
Agradecemos a todos os nossos<br />
parceiros e amigos que estiveram<br />
ao nosso lado neste ano.<br />
Que 2024 seja repleto de novas<br />
conquistas e realizações.<br />
Desejamos a todos um<br />
Feliz Natal e próspero<br />
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NOTAS<br />
Novos engenheiros<br />
Foto: divulgação<br />
A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base<br />
<strong>Florestal</strong>) participou no final de novembro, da reunião<br />
com representantes do IF Baiano (Instituto Federal de<br />
Educação, Ciência e Tecnologia Baiano) e do setor florestal,<br />
especialmente aqueles com atuação no extremo sul<br />
da Bahia, como a ASPEX (Associação dos Produtores de<br />
Eucalipto do Extremo Sul da Bahia), a Suzano e a Veracel.<br />
Na pauta, a apresentação do projeto político pedagógico<br />
do curso superior em engenharia florestal, com o objetivo<br />
de adequar o projeto e o perfil do futuro profissional às<br />
demandas do setor. O reitor Aécio José Araújo dos Passos<br />
Duarte informou que o IF Baiano tem uma história sólida<br />
com o Curso Técnico em Floresta no campus de Teixeira de<br />
Freitas. “Além disso, temos uma excelente estrutura física,<br />
professores engenheiros florestais, agrônomos e demais<br />
profissionais de outras áreas com mestrado e doutorado<br />
que atuarão nos novos cursos. Aliado a isso, existe uma<br />
demanda grande para verticalizar o ensino de floresta<br />
no sul da Bahia e por isso, estamos criando o curso de<br />
Engenharia <strong>Florestal</strong>. Essa reunião busca atender a nossa<br />
necessidade de adequação formativa. Precisamos que a<br />
sociedade nos informe quais profissionais o mercado está<br />
buscando para que nossa Instituição consiga trilhar o melhor<br />
caminho e possamos seguir juntos”, destacou Aécio.<br />
O diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, lembrou<br />
que a associação vem acompanhando e apoiando o<br />
trabalho do Senai - que tem oferecido alto nível de educação<br />
e capacitação profissional para vários segmentos<br />
econômicos - e das instituições de ensino superior que<br />
formam engenheiros florestais na Bahia UESB (Universidade<br />
Estadual do Sudoeste da Bahia), em Vitória da Conquista;<br />
UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia),<br />
em Cruz das Almas; UFSB (Universidade Federal do Sul da<br />
Bahia), em Itabuna e Faculdade Pitágoras, em Teixeira de<br />
Freitas, além da UFBA, que tem um Laboratório de Madeiras.<br />
“Nos interessa contribuir com o IF Baiano e voltar articular<br />
com as outras instituições que formam engenheiros<br />
florestais. Estamos lançando o Plano Bahia <strong>Florestal</strong> 2033,<br />
cujo objetivo principal é a atração de novos investimentos<br />
para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas<br />
plantadas no Estado e, com isso, vai também crescer a<br />
demanda de novos e mais qualificados profissionais para<br />
o setor. Também vamos intensificar o que já temos feito<br />
para o uso múltiplo da madeira e estimular ainda mais a<br />
ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), a diversificação<br />
e a sustentabilidade das atividades rurais com a<br />
inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores<br />
de madeira no estado da Bahia”, explica Wilson.<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Manejo em debate<br />
O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) promoveu a oficina Manejo <strong>Florestal</strong> Comunitário Familiar na Amazônia: Caminhos<br />
para Bioeconomia Inclusiva. O encontro aconteceu no Ministério do Meio Ambiente e Mudança de Clima e teve como<br />
objetivo ampliar conhecimentos por meio de consultas a especialistas e comunitários para levantar demandas e subsidiar<br />
ações do SFB.<br />
O diretor de Fomento <strong>Florestal</strong> do SFB, André Aquino, destacou o papel das comunidades tradicionais na bioeconomia.<br />
“As comunidades locais são protagonistas dessas ações, então, como preconizado pela quinta fase do PPCDAM (Plano de<br />
Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal), a retomada de um programa de apoio ao manejo<br />
florestal comunitário e familiar é uma parte importante da economia e da agregação de valor com distribuição de renda da<br />
floresta”, defendeu André.<br />
O SFB apresentou as ações para bioeconomia junto a parceiros, tais como o levantamento de iniciativas de manejo<br />
florestal comunitário e implementação de sistema de informação, a sistematização de documentos técnicos, a definição<br />
de critérios de seleção de áreas estratégicas para fomentar, o levantamento e análise de fundos e créditos para o manejo<br />
florestal comunitário, entre outros.<br />
Durante a manhã, foram debatidos Créditos e Fundos Não Reembolsáveis para o manejo florestal. Arthur Bragança, do<br />
Banco Mundial, destacou que a instituição quer oferecer créditos mais baratos em condições melhores para que a aplicação<br />
de recursos chegue à ponta. “Além do apoio financeiro para acesso ao mercado de bioeconomia, também queremos levar<br />
infraestrutura, conectividade digital para as pequenas comunidades”, ressaltou Arthur.<br />
Fotos: Divulgação e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Fotos: Marcelo Seabra e Marco Santos / Ag. Pará<br />
Pará fazendo história<br />
O PEAA (Plano Estadual Amazônia Agora) é uma das principais ações que norteiam as políticas ambientais do Estado.<br />
Nele, acontecem ações de comando e controle, de regularização ambiental e de recuperação da vegetação. Foram obtidos<br />
resultados importantes, sobretudo na redução do desmatamento, que é fruto desse trabalho que estamos realizando desde<br />
2019. “Isso faz parte de uma estratégia maior do Estado, na qual tem destaque a Política Estadual de Mudanças Climáticas<br />
e os nossos esforços para promover a transição para uma economia de baixo carbono”, ressalta Mauro O’de Almeida, titular<br />
da Semas (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade). Um dos objetivos centrais do PEAA é levar o Pará à neutralidade<br />
climática na área de uso da terra e florestas antes de 2036.<br />
A implementação da FECD (Força Estadual de Combate ao Desmatamento) em operações de fiscalização de combate<br />
ao desmatamento ilegal no Pará é considerada pela Semas como fundamental para os resultados. As Operações: Amazônia<br />
Viva; e Curupira; com mais de 75 ações, são exemplos da atuação assertiva do plano.<br />
Em 2023, o Governo do Estado ampliou ações de regularização fundiária, ambiental e sanitária por meio do cadastro<br />
direcionado a agricultores familiares, ribeirinhos, extrativistas, e demais povos e comunidades tradicionais, como forma<br />
de garantir direitos aos agricultores, apoiando a produção e estimulando a conservação ambiental. Foram mais de 150 mil<br />
cadastros analisados de 2019 a 2023 e mais de 63 mil validados. Atualmente, 65 municípios são habilitados para a análise<br />
e validação do CAR (Cadastro Ambiental rural) , superando a meta estabelecida no PEAA, que previa a habilitação de 36<br />
municípios até janeiro de 2023.<br />
Neste ano, o governador Helder Barbalho lançou o Cadastro Ambiental Rural Automatizado – CAR 2.0, uma iniciativa<br />
inédita no país que alia tecnologia e inovação no processo de cadastro e regularização de propriedades rurais, e ainda, o<br />
MIT (Módulo de Inteligência Territorial), plataforma de monitoramento dos compromissos assumidos no Plano Estadual<br />
Amazônia Agora, e uma nova versão do Selo Verde, que passa a contar com um mapa em alta resolução para aprimorar a<br />
gestão territorial.<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
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NOTAS<br />
União pela preservação<br />
Os Estados da Amazônia Legal lançaram um Plano de Cooperação Regional para Prevenção e Controle do Desmatamento<br />
e Queimadas. Com previsão de investimento total de R$ 250 milhões, o anúncio foi feito durante a COP 28, que ocorreu<br />
em Dubai, nos EAU (Emirados Árabes Unidos).<br />
O plano integrado foi elaborado por meio da Câmara Técnica de Meio Ambiente do CAL (Consórcio Interestadual da<br />
Amazônia Legal). O objetivo é ordenar a atuação ambiental entre os Estados, em especial na defesa das divisas. É o que<br />
destaca o secretário de Estado do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira. “O projeto vai ser tocado pelo FUNBIO<br />
(Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e, para o financiamento, a gente apresentou o projeto ao Fundo Verde do Clima<br />
(Green Climate Fund). A gente está aguardando essa resposta, mas o projeto está elegível, do ponto de vista dos requisitos<br />
e, caso aprovado em 2024, a gente começa a implementação dessas infraestruturas e desse trabalho em conjunto”,<br />
ressaltou Eduardo. Segundo ele, a proposta é que o projeto resulte em maior eficiência e menor custo das operações, com<br />
relação a uma atuação autônoma de cada Estado. A iniciativa deve se somar a outros mecanismos em implementação pelo<br />
Governo do Amazonas para ampliar as ações de combate ao desmatamento e às queimadas ilegais em 2024. “Já temos<br />
um projeto que está sendo submetido ao Fundo Amazônia, junto ao Corpo de Bombeiros, para captar R$ 45 milhões para<br />
a estruturação de brigadas e aquisições especializadas no combate a queimadas ilegais. Essa união entre os Estado será de<br />
extrema relevância para que a gente consiga manter as reduções que tivemos neste ano, de mais de 60% do desmatamento<br />
e 8% das queimadas”, afirmou o secretário.<br />
Foto: Marcos Vicentti/Secom<br />
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NOTAS<br />
Mata atlântica preservada<br />
O Paraná segue se destacando no controle ao desmatamento da Mata Atlântica. Um relatório divulgado pela Fundação<br />
SOS Mata Atlântica em parceria com a Arcplan e o MapBiomas revela que o Estado reduziu em 64% a supressão vegetal<br />
entre janeiro e agosto deste ano no comparativo com o mesmo período do ano passado. Passou de 2.763 ha (hectares)<br />
para 992 ha desflorestados. O índice é o segundo melhor do país, atrás apenas de Santa Catarina (66%), e superior à média<br />
nacional (59%).<br />
O estudo também aponta que o total de eventos relacionados ao desmatamento reduziu de 933 para 441, assim com a<br />
área média desmatada, de 3 ha para 2,2 ha. O desempenho corrobora os números divulgados em julho pelo mesmo grupo<br />
de pesquisadores do bioma nacional. Na ocasião, o Paraná apresentou queda de 54% nos primeiros cinco meses de 2023,<br />
novamente no mesmo intervalo de tempo em 2022. O desmatamento também já tinha diminuído 42% entre 2021 e 2022<br />
no Paraná.<br />
Para Everton Souza, diretor-presidente do IAT (Instituto Água e Terra), a redução está diretamente ligada à política de<br />
meio ambiente implementada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior a partir de 2019. Segundo ele, as ações estão<br />
direcionadas para fiscalização, repressão, educação e incentivo ao uso da tecnologia como aliada à técnica e experiência<br />
dos profissionais do IAT. “É resultado de um trabalho muito sério. O Paraná fez do combate ao desmatamento ilegal uma<br />
obsessão, se tornou ainda mais vigilante, e assim conseguimos salvar muitas florestas. Essa redução reforça que o planejamento<br />
implementado pelo governador Ratinho Junior está surtindo o efeito desejado”, destacou. “Mas não estamos<br />
completamente satisfeitos. Queremos e vamos melhorar ainda mais esses números. Aqui no Paraná a tolerância com o<br />
desmatamento é zero”, afirmou Everton.<br />
O diretor-presidente do órgão ambiental lembrou que o combate ao desmatamento se tornou muito mais intenso<br />
nos últimos anos no Paraná e é realizado diariamente por cerca de 600 pessoas em todo o Estado. De 2018 até a primeira<br />
quinzena de novembro de 2023 foram expedidos 16.282 AIA (Autos de Infração Ambiental), com multas que somam R$ 362<br />
milhões. Desse montante, 3.319 AIA e R$ 102,7 milhões em multas são deste ano. “Há uma fiscalização intensa, 24h (horas)<br />
por dia, via satélite. Quem teimar em andar fora de lei, será descoberto”, alertou Everton.<br />
Foto: divulgação<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
Do Brasil para<br />
o mundo<br />
Mato Grosso destaca potencial<br />
florestal brasileiro em Fórum<br />
mundial na China<br />
Por: Ednei Blasius - Presidente do CIPEM<br />
Participar do<br />
Fórum Global foi<br />
uma oportunidade<br />
de divulgar<br />
internacionalmente o<br />
potencial da indústria<br />
florestal matogrossense<br />
e brasileira<br />
C<br />
onvidados para representar o Brasil no GLSTF (Fórum Global<br />
sobre Madeira Legal e Sustentável) 2023 em Macau, uma delegação<br />
de dez empresários mato-grossenses, associados ao<br />
CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />
Madeira do estado de Mato Grosso) demonstrou o potencial<br />
florestal brasileiro aos 37 países presentes no GLSTF. O evento, realizado no<br />
Centro Internacional de Convenções Galaxy, em Macau, nos dias 21 e 22 de<br />
novembro, reuniu no país asiático 700 empresários durante os dois dias do<br />
Fórum.<br />
A comitiva empresarial do CIPEM teve a grata satisfação de integrar neste<br />
ano do GLSTF, onde demonstramos o potencial florestal de Mato Grosso e seu<br />
modelo de produção sustentável, que hoje é referência para o mundo. Cadeia<br />
de custódia, rastreabilidade e planos de manejo florestal norteiam as práticas<br />
de produção sustentável da indústria madeireira de Mato Grosso. Destaquei<br />
durante a nossa apresentação que, ao adquirir um produto florestal de Mato<br />
Grosso, os compradores internacionais têm a garantia de estar contribuindo<br />
com as metas de sustentabilidade de seu país, com a regulação climática e a<br />
neutralização de carbono. Também acrescentei que Mato Grosso tem potencial<br />
para expandir a área total de manejo florestal dos atuais 4,7 milhões de ha<br />
(hectares) para 6 milhões de ha.<br />
Participar do Fórum Global foi uma oportunidade de divulgar internacionalmente<br />
o potencial da indústria florestal mato-grossense e brasileira. O<br />
setor mantém produção ecologicamente correta, sustentável e renovável, extraindo<br />
a matéria-prima de planos de manejos florestais sustentáveis, sistema<br />
que envolve rigoroso controle da colheita arbórea, permitindo que as florestas<br />
continuem conservadas.<br />
Entre os países inscritos no fórum internacional participaram Indonésia,<br />
Malásia, Congo, Suíça e França, todos da área de comércio internacional de<br />
madeira. O objetivo do Fórum Global sobre Madeira Legal e Sustentável é aumentar<br />
o networking, a colaboração e o intercâmbio de negócios entre toda<br />
a cadeia de produção do setor florestal. Com isso, promover a gestão das florestas<br />
naturais, criar redes de abastecimento de produtos de madeira legal e<br />
sustentável e facilitar o uso consciente de produtos florestais em um ambiente<br />
de negócios estável, transparente e previsível. Desta forma, contribuir para a<br />
sustentabilidade, desenvolvimento e mitigação das alterações climáticas.<br />
Como parte do Programa LSSC (Cadeia de Fornecimento Legal e Sustentável)<br />
e devido ao forte interesse entre os atores da indústria madeireira global,<br />
a ITTO (Organização Internacional de Madeiras Tropicais) e o IPIM (Instituto de<br />
Promoção do Comércio e do Investimento de Macau) celebraram acordo de<br />
colaboração para co-sediar o Fórum Global sobre Madeira Legal e Sustentável<br />
para acelerar o desenvolvimento de cadeias de fornecimento de produtos de<br />
madeira legais e sustentáveis.<br />
https://cipem.org.br<br />
Foto: divulgação CIPEM<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES<br />
Foto: divulgação<br />
“O objetivo do Plano é a atração<br />
de novos investimentos para<br />
ampliar e fortalecer a cadeia<br />
produtiva de florestas plantadas<br />
no Estado, para que a Bahia<br />
atenda plenamente sua própria<br />
demanda de madeira. Com isso,<br />
poderemos atender a crescente<br />
necessidade por produtos<br />
de madeira, gerando ainda,<br />
principalmente no interior,<br />
mais empregos qualificados,<br />
capacitações, tecnologia,<br />
renda, impostos e contribuições<br />
ambientais de elevada<br />
significância”<br />
Mariana Lisboa, presidente da ABAF (Associação<br />
Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) durante o<br />
Bahia e-Agro 2023<br />
Gostaria de destacar a<br />
importância do associativismo.<br />
Como diz o ditado: a união faz<br />
a força! E nos momentos como<br />
os atuais, a nossa associação<br />
tem um papel muito importante.<br />
Temos troca de conhecimento,<br />
cooperação e principalmente<br />
a solução de conflitos e<br />
conquistas de objetivos comuns,<br />
a um custo extremamente<br />
baixo e sem exposição de cada<br />
associado”<br />
Jose Mario Ferreira, presidente da ACR<br />
(Associação Catarinense de Empresas<br />
Florestais), sobre os 48 integrantes da<br />
instituição<br />
“Mato Grosso tem<br />
potencial para conciliar<br />
o desenvolvimento<br />
econômico e a<br />
conservação ambiental<br />
por meio da produção<br />
florestal sustentável”<br />
Ednei Blasius, presidente do CIPEM (Centro das<br />
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira<br />
do Estado de Mato Grosso), durante o Fórum<br />
Global sobre Madeira Legal e Sustentável<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br
PICADOR FLORESTAL BRUTUS 1020<br />
CHIPEADOR FORESTAL / MOBILE CHIPPER<br />
de história<br />
BRUTUS 1020R BRUTUS 1020T<br />
BRUTUS 1020E<br />
Altura máxima<br />
de passagem<br />
1000mm<br />
Maximum wood<br />
passage height<br />
1000mm<br />
Largura máxima<br />
de passagem<br />
1020mm<br />
Maximum wood<br />
passage width<br />
1020mm<br />
Raio de giro da<br />
esteira de saída<br />
de 80°<br />
Turning radius of<br />
the output conveyor<br />
of 80°<br />
Painel de comando<br />
touch screen<br />
Touchscreen<br />
control panel<br />
(HMI)<br />
Controle remoto<br />
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montada sobre chassi monobloco tandem de 2 eixos, chassi rodoviário de<br />
3 eixos ou chassi com esteiras de aço controlado por controle remoto. O<br />
sistema elétrico conta com controle automático de carga, controle remoto<br />
com 10 funções, display com alarmes e dados do motor Scania.<br />
The BRUTUS 1020 Structure is made of A36 structural steel,<br />
mounted on a 2-axle tandem monoblock chassis, 3-axle road chassis or<br />
chassis with steel tracks controlled by remote control. The electrical<br />
system has automatic load control, remote control with 10 functions,<br />
display with alarms and Scania engine data.<br />
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ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
Produtividade<br />
EM FOCO<br />
Focus on productivity<br />
ENTREVISTA<br />
O<br />
s desafios de qualquer empresa estão ligados<br />
a produzir mais com menores custos e na<br />
silvicultura não é diferente. Para tratar de um<br />
assunto tão importante, a Revista REFERÊN-<br />
CIA FLORESTAL convidou Hernon Ferreira, diretor florestal da<br />
Eucatex, responsável por uma equipe de mais de 300 colaboradores,<br />
que dedicam todos seus esforços em produzir mais e<br />
melhor para alimentar a indústria de produtos de madeira.<br />
Hernon<br />
Ferreira<br />
T<br />
he challenges of any company are linked to<br />
producing more at lower costs, and forestry is no<br />
different. To deal with such an important subject,<br />
REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> invited Hernon Ferreira, Eucatex’s<br />
Director of Forestry, responsible for a team<br />
of more than 300 employees, who dedicate all their efforts to<br />
producing more and better to feed the forest products industry.<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Graduado em engenharia florestal pela UFLA (Universidade<br />
Federal de Lavras), e tem MBS em administração de empresas<br />
pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia), gestão<br />
empresarial pela PUC-Campinas (Pontifícia Universidade<br />
Católica), gerenciamento de projetos pela FGV (Fundação<br />
Getúlio Vargas) e finanças na UFSCar (Universidade Federal<br />
de São Carlos). Está na Eucatex desde 2004 e atua no cargo<br />
de Gerente <strong>Florestal</strong> há 10 anos.<br />
Bachelor’s Degree in Forestry Engineering from the Federal<br />
University of Lavras (Ufla) and a Master’s in Business Administration<br />
from the Federal University of Uberlândia (UFU),<br />
Business Management from the Pontifical Catholic University<br />
(PUC-Campinas), Project Management from the Fundação<br />
Getúlio Vargas (FGV) and Finance from the Federal University<br />
of São Carlos (UFSCar). He has been with Eucatex since 2004<br />
and has been working as Forest Manager for ten years.<br />
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ENTREVISTA<br />
>> Como surgiu o interesse pelo segmento florestal?<br />
Sou do interior, filho de produtor rural. Meu pai tinha um<br />
sítio no sul de Minas Gerais e desde pequeno o interesse<br />
em tudo que envolvia plantar e colher foi se aflorando.<br />
Quando fiquei um pouco maior, me mudei para uma cidade<br />
de pouco mais de 3 mil habitantes para poder fazer<br />
o ensino fundamental e o ensino médio. Depois fui para<br />
Lavras (MG), onde me esforcei para entrar no curso de<br />
agronomia, mas não consegui. No ano seguinte tentei o<br />
vestibular para engenharia florestal, passei e, consequentemente,<br />
me formei. Eram áreas mais próximas do que<br />
imaginava e isso me ajudou muito, pois já tinha o conhecimento<br />
que a vivência com o trabalho me deu.<br />
>> Como foi sua caminhada profissional?<br />
Logo que me formei fui atrás de oportunidades de emprego,<br />
para Belo Horizonte (MG), onde consegui uma vaga<br />
em uma mineradora que tinha uma área de produção<br />
florestal no norte de Minas Gerais, praticamente na divisa<br />
com a Bahia, para a produção de carvão que alimentava<br />
caldeiras. Isso era no começo de 1990. Fiquei nessa<br />
empresa por 4 anos quando surgiu a oportunidade de<br />
então trabalhar com produção de pinus, que passava por<br />
beneficiamento para atender o mercado moveleiro. Já<br />
no começo dos anos 2000, trabalhei também com venda<br />
de defensivos agrícolas para o mercado de silvicultura e<br />
a penúltima empresa que estive antes da Eucatex me levou<br />
novamente para o campo, no cuidado de plantações<br />
e produção de madeira. Minha chegada na Eucatex foi<br />
em 2004, após passar por um processo seletivo bastante<br />
concorrido, com mais de 20 profissionais de alto gabarito,<br />
aliado ao meu conhecimento e minha experiência, me<br />
alavancaram a conquistar a vaga. Entrei como coordenador<br />
na área florestal, passei pelo cargo de gerente geral e<br />
em 2013 surgiu a oportunidade da promoção para o cargo<br />
de gerente florestal, no qual estou há quase 10 anos, tendo<br />
já 19 de casa.<br />
>> Como os melhoramentos genéticos melhoraram a<br />
produtividade para o segmento de produtos de madeira?<br />
Tudo que temos no Brasil relacionado ao melhoramento<br />
genético é fruto de muita pesquisa, da universidade, das<br />
empresas dos institutos de pesquisa trabalhando em<br />
parceria para o desenvolvimento do setor como um todo.<br />
Esse melhoramento apresentou mudas que são mais<br />
resistentes a variações do clima, a pragas florestais, que<br />
sofrem menos com déficit de nutrientes ou outros fatores<br />
que outrora afetariam drasticamente os resultados dos<br />
plantios. Temos pesquisadores visitando outros países,<br />
buscando conhecimento de experiências diferentes das<br />
nossas, mudas e sementes que ainda não testamos,<br />
tudo isso para atingir um nível de produtividade cada vez<br />
maior. É importante salientar que mesmo que tenhamos<br />
transformado completamente a experiência de plantio<br />
How did you become interested in the forestry segment?<br />
I am from the countryside, the son of a farmer. My<br />
father had a farm in the south of Minas Gerais, and<br />
since I was little, I have been interested in everything<br />
that involved planting and harvesting. When I got a little<br />
older, I moved to a town of just over three thousand<br />
people so I could attend elementary and high school.<br />
Then I went to Lavras (MG), where I tried to get into the<br />
Agronomy course but couldn’t. The following year, I tried<br />
the entrance exam for Forestry Engineering, passed,<br />
and, consequently, graduated. They were areas closer to<br />
Agronomy than I imagined, and that helped me a lot because<br />
I already had the knowledge that the experience<br />
with the work gave me.<br />
What was your professional path?<br />
As soon as I graduated, I went looking for job opportunities<br />
in Belo Horizonte (MG), where I got a job in a mining<br />
company that had a forest production area in the north<br />
of Minas Gerais, practically on the border with Bahia,<br />
for producing charcoal for feeding the boilers. That<br />
was in the early 1990s. I remained with this company<br />
for four years when the opportunity arose to work with<br />
pine production, which processed wood for the furniture<br />
market. In the early 2000s, I also worked with the sale of<br />
pesticides for the forestry market and the penultimate<br />
company I was in before Eucatex took me back to the<br />
field, taking care of plantations and timber production.<br />
My arrival at Eucatex was in 2004, after going through<br />
a very competitive selection process with more than 20<br />
high-level professionals. Combined with my knowledge<br />
and experience, it leveraged me to win the vacancy. I<br />
started as a Coordinator in the Forestry Area and later<br />
held the position of General Manager. In 2013, the opportunity<br />
arose for promotion to the position of Director<br />
of Forestry, which I have held for almost ten years,<br />
having already been at Eucatex for 19 years.<br />
How have genetic improvements improved productivity<br />
for the forest products segment?<br />
Everything we have in Brazil related to genetic improvement<br />
is the result of a lot of research by universities,<br />
companies, and research institutes working in partnership<br />
for the development of the Sector as a whole.<br />
These improvements presented seedlings that are more<br />
resistant to climate variations and forest pests, which<br />
suffer less from a nutrient deficit or other factors that<br />
would once drastically affect the results of plantations.<br />
We have scientists visiting other countries, seeking<br />
knowledge of experiences different from ours, seedlings<br />
and seeds that we have not yet tested, all this to achieve<br />
an increasingly higher level of productivity. It is essential<br />
to point out that even if we have entirely transformed<br />
the planting experience that existed a few years ago, no<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
que havia há alguns anos, ninguém está acomodado ou<br />
100% satisfeito com o que é feito atualmente, a busca<br />
por 1% de melhoria pode fazer ainda mais diferença para<br />
uma empresa e para a economia como um todo. Mas<br />
claro, temos muito que galgar ainda, a silvicultura é muito<br />
pequena em relação ao agro e a pecuária, temos investimentos<br />
menores e menos espaço para trabalhar, mas os<br />
resultados são vistos e admirados por todos.<br />
>> A Eucatex é autossuficiente em madeira?<br />
Estamos quase lá. Fizemos um plano focado nisso, adquirimos<br />
uma nova fábrica em 2020, saindo de duas para<br />
três plantas industriais, o que gerou um pequeno déficit<br />
em relação a produção própria, mas isso nos ajudou a<br />
realinhar os caminhos para que o mais rápido possível<br />
possamos alcançar esse patamar. Conseguimos, por meio<br />
do arrendamento de terras, sanar o déficit e a partir de<br />
2024 toda a madeira consumida pela Eucatex será também<br />
produzida pela empresa, o que é algo como 42 mil<br />
ha (hectares) a partir do próximo ano.<br />
>> O quanto o gerenciamento de pessoas influencia o<br />
desempenho no campo?<br />
Esse é o grande segredo de uma empresa e de um bom<br />
gestor. Gerir é o que garante resultados positivos. Além da<br />
qualificação de cada profissional, desenvolver uma sinergia<br />
entre cada um deles é algo que considero muito importante<br />
dentro da operação. Gosto de falar que três coisas<br />
fazem muita diferença: atrair, reter e motivar. Temos<br />
que gerar e administrar esses três momentos para que a<br />
equipe trabalhe bem o tempo todo e possa entregar bons<br />
resultados. Garantir essa motivação, esse engajamento<br />
muda totalmente o resultado final do processo. Equipes<br />
altamente preparadas, qualificadas, treinadas, motivadas,<br />
engajadas e que vestem a camisa realmente da empresa<br />
one is accommodated or 100% satisfied with what is currently<br />
done. The search for a 1% improvement can make<br />
even more difference for a company and the economy<br />
as a whole. But, of course, we still have a long way to<br />
go. Forestry is very small compared to agriculture and<br />
livestock; we have smaller investments and less space to<br />
work, but the results are seen and admired by all.<br />
Is Eucatex self-sufficient in timber?<br />
We are almost there. We made a plan focused on this.<br />
We acquired a new factory in 2020, going from two to<br />
three industrial plants, which generated a small deficit in<br />
relation to our production, but this helped us to realign<br />
the paths so that we can reach this level as soon as<br />
possible. We managed, through land leasing, to remedy<br />
the deficit, and from 2024, all the timber consumed by<br />
Eucatex will also be produced by the Company, which is<br />
something like 42 thousand ha starting next year.<br />
How much does People Management influence performance<br />
in the field?<br />
This is the great secret of a company and a good manager.<br />
Managing is what guarantees positive results. In<br />
addition to the qualification of each professional, developing<br />
a synergy between each one of them is something<br />
that I consider very much within the operation. I like to<br />
say that three things make a lot of difference: attract,<br />
retain, and motivate. We have to generate and manage<br />
these three aspects so that the team works well<br />
all the time and can deliver good results. Ensuring this<br />
motivation, this engagement totally changes the final<br />
result of the process. Highly prepared, qualified, trained,<br />
motivated, and engaged teams that wear the Company’s<br />
uniform to achieve the target is what we have<br />
achieved here, and this is a collective work of a series of<br />
Equipes altamente preparadas, qualificadas, treinadas,<br />
motivadas, engajadas e que vestem a camisa realmente da<br />
empresa para atingir o alvo é o que temos conseguido aqui<br />
e isso é um trabalho coletivo, de uma série de profissionais<br />
que fortalecem os processos da empresa<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
PAPAI NOEL JÁ GARANTIU SUA<br />
BOTA FLORESTAL!<br />
Agradecemos a todos os nossos parceiros<br />
que estiveram conosco este ano.<br />
Que o ano de 2024 seja ainda mais repleto<br />
de novas conquistas e realizações.<br />
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ENTREVISTA<br />
para atingir o alvo é o que temos conseguido aqui e isso<br />
é um trabalho coletivo, de uma série de profissionais,<br />
que fortalecem os processos da empresa. A capacitação<br />
dos funcionários é muito importante, por isso tentamos<br />
enviar o maior número possível de representantes para<br />
eventos, simpósios, cursos e outras oportunidades para<br />
que a qualificação melhore. Além disso, cada profissional<br />
que participa dos eventos deve trazer conhecimento para<br />
dentro da empresa, pois isso fortalece toda a equipe.<br />
>> Quais as diferenças para uma operação no começo da<br />
sua carreira para os dias atuais?<br />
Era tudo muito mais manual na época. Não tínhamos<br />
equipamentos adequados para a atividade e a mecanização<br />
era quase inexistente. Hoje é tudo diferente. A<br />
automação, mecanização, inteligência artificial, captação<br />
e análise de dados é algo que nem se sonhava há 30 anos.<br />
Temos maior número de informações, captação via drones<br />
e satélites, análise de qualidade de solo, informações<br />
de clima atualizadas continuamente. É um mundo novo.<br />
Um exemplo, que estava discutindo momentos antes de<br />
fazer essa entrevista é a forma de plantio. Antes era tudo<br />
feito manualmente, com transporte de mudas complicado<br />
e a discussão que tive era de mudas em embalagens à<br />
base de celulose, que podem ser plantadas diretamente<br />
e serão decompostas diretamente no solo. Isso ninguém<br />
pensava e logo teremos isso aqui.<br />
>> Qual a importância do manejo de pragas no processo<br />
de produção florestal?<br />
O segredo do manejo de pragas é somente monitoramento.<br />
É preciso ter uma equipe treinada ou um terceiro<br />
treinado, com capacidade para fazer monitoramento. É<br />
importante dizer, que temos praticamente 100% das pragas<br />
já catalogadas e isso facilita muito a atividade. Essa<br />
quantidade de informação facilita, consideravelmente,<br />
a supressão de pragas. Daí temos atividade direta para<br />
evitar o dano econômico e garantir a produtividade da<br />
área. Valorizar novamente a parceria que temos com as<br />
universidades e centros de pesquisa, que trazem essas<br />
informações para o setor privado. Eles trazem dados, soluções<br />
naturais ou químicas para que a indústria como um<br />
todo possa continuar crescendo.<br />
>> Qual a importância do plantio no chamado mosaico<br />
gênico?<br />
Pode-se plantar em uma grande área, porém não se pode<br />
plantar o mesmo material genético em toda a área. Esse<br />
plantio variado gera uma proteção natural para o plantio.<br />
Caso algo influencie um dos clones, não afetará todo o<br />
plantio. A finalidade do mosaico é trazer uma diversidade<br />
de materiais genéticos semelhantes, mas diferentes. Não<br />
é uma prática nova, mas ainda é essencial na silvicultura<br />
de grande escala.<br />
professionals who strengthen the Company’s processes.<br />
Employee training is very important, so we try to send as<br />
many representatives as possible to events, symposiums,<br />
courses, and other opportunities so that employee qualification<br />
is improved. In addition, each professional who<br />
participates in such events must share the new knowledge<br />
with others in the Company, as this strengthens the<br />
entire team.<br />
What are the differences between an operation at the<br />
beginning of your career and the present day?<br />
It was all much more manual at the time. We didn’t have<br />
adequate equipment for the activity, and mechanization<br />
was almost non-existent. Today, everything is different.<br />
Automation, mechanization, artificial intelligence, and<br />
data capture and analysis are things that were not even<br />
dreamed of 30 years ago. We have better information<br />
captured via drones and satellites, soil quality analysis,<br />
and continuously updated weather information. It is a<br />
new world. An example, which I was discussing moments<br />
before doing this interview, is the way of planting.<br />
Before, everything was done manually, with complicated<br />
transportation of seedlings. Recently, I had discussions<br />
about seedlings in cellulose-based packaging, which can<br />
be planted directly, and the packaging will decompose<br />
directly into the soil. Nobody thought of that, and soon,<br />
we will use this here.<br />
What is the importance of pest management in the<br />
forest production process?<br />
The secret to pest management is just monitoring. It is<br />
necessary to have a trained team or a trained third party<br />
with the capacity to do the monitoring. It is important to<br />
say that we have practically 100% of the pests already<br />
cataloged, and this makes the activity much easier. This<br />
amount of information considerably facilitates the suppression<br />
of pests. So, we can undertake direct activities<br />
to avoid economic damage and ensure the productivity<br />
of the area. It values the partnership we have with<br />
universities and research centers, which provide this<br />
information to the Private Sector. They provide data and<br />
natural or chemical solutions so that the industry as a<br />
whole can continue to grow.<br />
What is the importance of planting in the so-called<br />
gene mosaic?<br />
You can plant in a large area, but you can’t grow the<br />
same genetic material in the whole area. This varied<br />
planting generates a natural protection for the planting.<br />
If something influences one of the clones, it won’t affect<br />
the entire planting. The purpose of the mosaic is to bring<br />
back a diversity of similar but different genetic materials.<br />
It’s not a new practice, but still, it is essential in largescale<br />
forestry.<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
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ENTREVISTA<br />
>> Dentro do florestal, quais setores recebem mais investimentos?<br />
Normalmente quando é feito o planejamento anual, que<br />
por sinal estamos aprovando agora o de 2024, é preciso<br />
dividir por áreas e cada área de acordo com as demandas<br />
que ela apresenta. E temos necessidades, apenas na silvicultura,<br />
muito variadas como: investimentos em pesquisa,<br />
desenvolvimento, proteção dos viveiros, da cultura, colheita,<br />
transporte de madeira, arrendamento, construção<br />
e manutenção de estradas. Fazendo essa análise, diria<br />
que as áreas que recebem maiores investimentos são as<br />
de silvicultura, colheita e transporte.<br />
>> Quais os maiores desafios dentro da silvicultura?<br />
O maior desafio é a questão da mão de obra, seja na sua<br />
qualificação ou mesmo a gestão de pessoas. Cada vez<br />
mais há necessidade de profissionais qualificados, que<br />
atendam demandas mais difíceis e exigentes. E para isso<br />
é preciso atrair, reter e motivar cada profissional. E além<br />
disso, estar pronto para as adversidades. Existe uma série<br />
de situações inesperadas que a silvicultura pode encarar<br />
e por isso um profissional que saiba como resolver de maneira<br />
rápida e prática uma situação da melhor maneira é<br />
aquele que toda empresa deseja.<br />
>> Qual seu maior objetivo dentro da Eucatex?<br />
Meu maior objetivo, e acredito que esteja alcançando<br />
isso, é a estruturação do setor e a criação de um sistema<br />
florestal que funciona continuamente com a maior eficiência<br />
sem sofrer com a saída de um ou outro funcionário.<br />
É garantir que tudo gire da melhor maneira. Não pretendo<br />
sair, longe disso, estou muito feliz aqui, mas sei que um<br />
dia vou sair e por isso quero deixar o florestal da Eucatex,<br />
com seus mais de 300 funcionários, na melhor situação<br />
possível, para que o futuro seja ainda melhor do que o<br />
nosso presente.<br />
Within the Forestry Sector, which segments receive the<br />
most investments?<br />
Normally, when the annual planning is done, which, by<br />
the way, is now being approved for 2024, it is necessary<br />
to divide it into areas, and each area should be divided<br />
according to the demands it represents. We have needs<br />
unique to forestry, which are very varied, such as investments<br />
in research, development, protection of nurseries,<br />
culture, harvesting, timber transportation, leasing,<br />
and construction and maintenance of roads. Doing this<br />
analysis, I would say that the areas that receive the most<br />
significant investments are forestry, harvesting, and<br />
transportation.<br />
What are the biggest challenges within forestry?<br />
The biggest challenge is the labor issue, whether in<br />
employee qualification or even in People Management.<br />
There is an increasing need for qualified professionals<br />
to meet more challenging demands. And for that, it is<br />
necessary to attract, retain, and motivate each professional.<br />
And beyond that, be ready for adversity. There are<br />
numerous unexpected situations that forestry can face,<br />
and that is why a professional who knows how to solve<br />
a situation in the best way, quickly and practically, is the<br />
one that every company wants.<br />
What is your biggest goal within Eucatex?<br />
My primary goal, and I believe I am achieving this, is the<br />
structuring of the segment and the creation of a forestry<br />
system that works continuously with greater efficiency<br />
without suffering from the departure of one or another<br />
employee. It’s making sure everything turns out in the<br />
best way. I don’t intend to leave, far from it. I’m very happy<br />
here, but I know that one day I will leave, and that’s<br />
why I want to leave Eucatex’s forestry operations, with its<br />
more than 300 employees, in the best possible situation<br />
so that the future is even better than our present.<br />
Hoje o maior desafio é a questão da mão de obra, seja na<br />
sua qualificação ou mesmo a gestão de pessoas. Cada<br />
vez mais há necessidade de profissionais qualificados,<br />
que atendam demandas mais difíceis e exigentes<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
extremo<br />
Construídas em chapas extremamente grossas de aço<br />
certificado ASTM A572 grau 50 e aço martensítico temperado e<br />
revenido certificados, com dureza de 450 HB e limite de<br />
escoamento de aproximadamente 1200 MPa;<br />
A série SR conta com pinos e buchas maiores, com mais área<br />
de contato, e parte destes pinos produzidos em aço SAE 4140<br />
temperados por indução;<br />
Projetadas para movimentação de toras maiores que 6m ou<br />
árvores inteiras em operações extremamente severas durante<br />
24 h/dia, 365 dias por ano.<br />
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agrícolas (frontal ou sistema de levante hidráulico),<br />
escavadeiras, pás carregadeiras e retroescavadeiras.<br />
*Equipamento com patente requerida<br />
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COLUNA<br />
Uso do EPI no manejo<br />
de árvores: cinco<br />
estratégias para superar<br />
desafios comuns<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />
Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Programas de treinamento, equipamentos de qualidade e políticas de pausas regulares<br />
estão entre as melhores estratégias para superar as barreiras no uso regular dos EPIs<br />
O<br />
uso adequado de EPI (Equipamentos de Proteção<br />
Individual) além de obrigatório pela norma regulamentadora<br />
NR06, é fundamental para a segurança<br />
e bem-estar dos profissionais do manejo de árvores.<br />
No entanto, os desafios no uso do EPI são uma<br />
realidade para muitos trabalhadores, tanto para os operadores da<br />
máquina, quanto para os responsáveis pelas equipe de manejo.<br />
Nesse contexto, abordamos cinco estratégias possíveis para<br />
superar essas barreiras, garantindo a conformidade da atividade e<br />
promovendo um ambiente de trabalho mais seguro.<br />
1. Resistência à mudança:<br />
Um dos desafios mais comuns é a resistência à mudança. Operadores<br />
de motosserra que não possuem o hábito de utilizar o kit<br />
completo de EPIs (capacete, óculos de proteção, protetor facial,<br />
protetor auricular, roupas de proteção anticorte, calçados de proteção,<br />
perneiras e luvas) podem encontrar dificuldades ao adotar<br />
novas práticas, especialmente se não perceberem imediatamente<br />
os seus benefícios.<br />
Implementar programas de conscientização, que destaquem<br />
os benefícios do uso do EPI, incluindo estudos de caso de acidentes<br />
evitados e a implementação de uma cultura que valorize a<br />
segurança pessoal e coletiva é uma ótima estratégia. A educação<br />
contínua sobre os riscos e os resultados positivos do uso do EPI<br />
pode ajudar a superar essa resistência.<br />
2. Percepção de desconforto e restrições de movimento:<br />
Alguns profissionais sentem-se desconfortáveis e com restrições<br />
de movimento ao utilizar determinados tipos de EPI, como<br />
luvas e roupas de proteção. Isso pode levar à resistência ao uso<br />
regular desses equipamentos por achar que essa prática prejudica<br />
a agilidade do trabalho.<br />
Investir em EPI de alta qualidade e com foco na ergonomia é<br />
sempre a melhor estratégia, pois dessa forma eles se sentirão mais<br />
confortáveis e seguros para realizar suas tarefas com eficiência.<br />
3. Falta de conhecimento e informação:<br />
A falta de treinamento adequado sobre o uso correto do EPI<br />
pode ser um obstáculo significativo. Se os profissionais não compreenderem<br />
os riscos associados ao não usar os EPIs específicos<br />
ou a maneira correta de utilizar tais equipamentos, o uso regular<br />
será comprometido.<br />
Uma estratégia imprescindível nesse caso, é a implementação<br />
de programas de treinamento robustos que incluam informações<br />
técnicas sobre a escolha, ajuste e manutenção adequada do EPI.<br />
Além disso, promover demonstrações práticas da eficiência dos<br />
EPIs, como os testes da roupa de proteção, por exemplo, podem<br />
garantir que os profissionais se sintam seguros e confortáveis para<br />
utilizar os equipamentos de proteção.<br />
4. Desafios Climáticos:<br />
Ambientes climáticos adversos podem tornar o uso do EPI desconfortável,<br />
especialmente em condições de calor intenso.<br />
Buscar EPI específico para tais condições climáticas, como roupas<br />
respiráveis, por exemplo, além de implementar políticas que<br />
permitam pausas regulares para que os profissionais possam se<br />
refrescar, é uma ótima estratégia para garantir a segurança e o uso<br />
regular dos EPIs.<br />
5. Custos Associados ao EPI:<br />
Os custos associados à compra e manutenção de EPI podem<br />
ser percebidos como uma barreira, especialmente para pequenas<br />
empresas. Esse desafio pode levar a escolhas mais econômicas e<br />
menos seguras ou à falta de renovação dos equipamentos.<br />
Realizar análises de custo-benefício para demonstrar que os<br />
benefícios em termos de segurança superam os custos pode ser<br />
uma boa estratégia. Além disso, incentivar a manutenção e cuidados<br />
no armazenamento dos EPIs podem aumentar a sua vida útil e<br />
prolongar o tempo para renovação dos equipamentos.<br />
Superar os desafios comuns no uso do EPI no manejo de árvores<br />
requer uma abordagem abrangente sobre aspectos culturais,<br />
de treinamento, conforto e custos. Ao implementar estratégias específicas<br />
para cada desafio, os profissionais e as empresas podem<br />
garantir uma conformidade efetiva da atividade e promover uma<br />
cultura de segurança sólida, priorizando a saúde e o bem-estar de<br />
todos os envolvidos, sem perder a produtividade no trabalho.<br />
Foto: divulgação<br />
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efficiency to the forestry operation<br />
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Dezembro 2023 49
PRINCIPAL<br />
O<br />
trabalho no campo é pesado, intenso e não<br />
pode parar. As demandas são contínuas e ter o<br />
máximo de apoio em meio à operação florestal<br />
é essencial para gerar segurança aos operadores.<br />
Ter a possibilidade de solucionar qualquer<br />
demanda sem longos deslocamentos ou depender de entregas<br />
aperfeiçoa o trabalho e gera maiores receitas. A DRV, fabricante<br />
de facas e serras industriais, tem como grande lançamento um<br />
trailer completo que leva toda a qualidade dos produtos e serviços<br />
da empresa, além de uma série de outros benefícios, para seus<br />
clientes onde quer que eles estejam.<br />
Com mais de 10 anos de história, a DRV se estabeleceu como<br />
uma das grandes marcas de facas e ferramentas para corte. Focada<br />
em levar o melhor em custo beneficio para seus clientes,<br />
a empresa está sempre atenta para ouvir as demandas de seus<br />
parceiros e o desenvolvimento do trailer partiu justamente desse<br />
cuidado no atendimento, como explica Diego Ricardo Vieira,<br />
diretor da DRV. “Viajamos muito e percebemos que as estruturas<br />
oferecidas para os operadores no campo, muitas vezes, eram<br />
bastante precárias, e isso nos chamou atenção para trazer uma<br />
solução para essa situação”, relata Diego. O diretor comenta que<br />
a afiação no campo proporciona maior eficiência e agilidade,<br />
pois elimina deslocamento, o que uniu o útil ao necessário. “O<br />
trailer Área de Vivência e Afiação DRV surge como uma solução<br />
completa para melhorar a qualidade do trabalho dos operadores,<br />
T<br />
he work in the field is complex, intense, and<br />
cannot stop. The demands are continuous, and<br />
having the maximum support amid the forestry<br />
operation is essential to generating safety for<br />
operators. Having the possibility to solve any<br />
demand without long commutes or depending on deliveries<br />
improves the work and generates higher revenues. DRV, a manufacturer<br />
of industrial knives and saw blades, has launched a<br />
great new item, the complete facility trailer, that provides the<br />
quality of the Company’s products and services, in addition to<br />
a series of other benefits, to its customers wherever they are.<br />
With more than ten years of history, DRV has established<br />
itself as one of the providers of well-renowned brands of saw<br />
blades and other cutting tools. Focused on providing a better<br />
cost-benefit to its customers, the Company is always attentive<br />
to listening to the demands of its partners, and the development<br />
of the trailer started precisely from this care in service, as<br />
explained by Diego Ricardo Vieira, a DRV Director. “We traveled<br />
a lot and realized that the structures offered to operators in the<br />
field were often quite precarious, and this drew our attention<br />
to provide a solution to this situation,” says Vieira. The Director<br />
comments that sharpening in the field provides greater efficiency<br />
and agility, as it eliminates displacement, which combines<br />
usefulness with necessity. “The DRV Living and Sharpening Area<br />
trailer emerges as a complete solution to improve the quality of<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
O trailer Área de Vivência<br />
e Afiação DRV surge como<br />
uma solução completa para<br />
melhorar a qualidade do<br />
trabalho dos operadores,<br />
trazendo facilidade na<br />
afiação das facas e<br />
mais sustentabilidade<br />
e segurança para o<br />
trabalhador, que é uma<br />
pauta muito importante<br />
para a DRV<br />
Diego Ricardo Vieira,<br />
diretor da DRV<br />
trazendo facilidade na afiação das facas e mais sustentabilidade e<br />
segurança para o trabalhador, que é uma pauta muito importante<br />
para a DRV”, complementa Diego.<br />
O trailer Área de Vivência e Afiação DRV é um dos projetos<br />
mais ousados e inovadores da empresa. Ele tem como maior<br />
diferencial o aumento da performance no trabalho no campo,<br />
pois deixa tudo mais próximo e acessível para o time que está na<br />
operação. “Fornecemos facas de primeira linha para operação<br />
de biomassa, mas o trailer não está preso a apenas um tipo de<br />
operação. Ele pode ser personalizado, por exemplo, para ter<br />
um equipamento de afiação de corrente de sabre, atendendo o<br />
processo de colheita florestal, tendo na versatilidade um de seus<br />
maiores diferenciais”, aponta Diego.<br />
CONHEÇA O TRAILER<br />
Com mais de 5m (metros) de comprimento, 2,4m de largura e<br />
2,4m de altura, o trailer da DRV é um espaço confortável, personalizável<br />
e completamente estruturado para atender as demandas<br />
do campo. O principal item de série do trailer é a máquina<br />
Afiadora Flex, que realiza o trabalho de afiação com a excelência<br />
que a DRV já garante a todos os clientes, mas agora, ao lado da<br />
operação. O equipamento funciona através de energia elétrica que<br />
é produzida por um gerador a diesel de 10KVA (quilovolt Ampére).<br />
Por não ser focado apenas em produtividade, o trailer traz<br />
muito conforto e uma estrutura que melhora a qualidade do período<br />
que o trabalhador está em campo. O trailer conta com uma<br />
copa equipada com micro-ondas, frigobar e bebedouro. O suprimento<br />
de água é fornecido por duas caixas d’água previamente<br />
instaladas no equipamento. Um ar condicionado de 9.000 BTUs<br />
é outro item de fábrica do trailer, escolhido para atender melhor<br />
the operators’ work, providing ease in sharpening knives and<br />
more sustainability and safety for the worker, which is a critical<br />
agenda for DRV,” adds Vieira.<br />
The DRV Living and Sharpening Area trailer is one of the<br />
Company’s boldest and most innovative projects. Its most significant<br />
differential is the increase in performance in the field,<br />
as it brings everything closer and more accessible to the team<br />
that is in the field. “We supply top-of-the-line blades and knives<br />
for the biomass operation, but the trailer is not tied to just one<br />
type of operation. It can be customized, for example, to have<br />
chain saw sharpening equipment, serving the forest harvesting<br />
process, with versatility as one of its greatest differentials,”<br />
points out Vieira.<br />
CHECK OUT THE TRAILER<br />
More than five meters in length, 2.4 meters in width, and<br />
2.4 meters in height, the DRV trailer is a comfortable, customizable,<br />
and wholly structured space to meet the demands of the<br />
field. The main standard item of the trailer is the Flex Sharpening<br />
machine, which performs the sharpening work with the<br />
excellence that DRV already guarantees to all customers, but<br />
now, alongside the operation. The equipment works through<br />
electrical energy that is produced by a ten kVa diesel generator.<br />
By not only focusing on productivity, the trailer provides<br />
comfort and a structure that improves the quality of the period<br />
that the worker is in the field. The trailer is pantry-equipped with<br />
a microwave, mini refrigerator, and water cooler. The water<br />
supply is provided by two water tanks previously installed in<br />
the equipment. A nine thousand BTU air conditioner is another<br />
trailer factory-installed item chosen best to serve operations in<br />
Dezembro 2023<br />
51
PRINCIPAL<br />
Quando visitamos os clientes<br />
o que temos ouvido é que o<br />
trailer é a solução que eles<br />
buscavam e não tinham para o<br />
serviço florestal<br />
Liliane Cordeiro, diretora da DRV<br />
em operações nas áreas mais quentes do país. Toda a estrutura<br />
interna é personalizável pelo cliente, a fim de garantir uma experiência<br />
totalmente diferente do habitual na operação florestal.<br />
Conectividade e tecnologia também foram levadas em conta<br />
durante a idealização e realização do novo equipamento da DRV.<br />
O trailer foi projetado para dar suporte a sistema de internet via<br />
satélite, que diminui distâncias e facilita a comunicação em áreas<br />
mais afastadas, onde não há conexão à internet por meios tradicionais.<br />
O equipamento também conta com sistema de câmeras 360°<br />
(graus), que dão maior segurança para quem adquirir o trailer.<br />
A estrutura externa é revestida em ACM (Aluminium Composite<br />
Material) branco nas laterais e o teto, revestido em aço<br />
galvanizado, também é finalizado na cor branca. O cliente que<br />
adquirir um trailer da DRV pode personalizar interior e exterior<br />
com sua logomarca ou outras imagens de sua preferência.<br />
RECEPÇÃO CALOROSA<br />
Liliane Cordeiro, Diretora da DRV, comenta que a recepção<br />
do trailer pelo público tem sido a melhor possível, superando as<br />
expectativas e trazendo um sentimento de dever cumprido para a<br />
equipe da DRV. “Quando visitamos os clientes o que temos ouvido<br />
é que o trailer é a solução que eles buscavam e não tinham para<br />
o serviço florestal”, celebra Liliane. A diretora lembra que o trailer<br />
foi lançado em agosto, na Expoforest 2023, e desde então já foram<br />
entregues 5 unidades e mais 3 estão em produção.<br />
Um desses clientes é o Grupo Comelli, que, segundo o relato<br />
de Lucas Comelli, diretor da empresa, o trailer se tornou uma<br />
ferramenta multiuso nas operações, principalmente nas mais<br />
isoladas, podendo usá-lo para área de vivência, com internet e<br />
com o gerador acoplado ao uso de afiadeira e também outros<br />
equipamentos elétricos. “Com ele temos acesso a uma base<br />
de apoio para operação onde literalmente anda junto com as<br />
máquinas o que possibilita economia em deslocamentos desnecessários”,<br />
ressalta Lucas.<br />
O Grupo Comelli utiliza equipamentos da DRV desde 2021 e<br />
em 2023 a parceria foi consolidada por meio da compra dos dentes<br />
de feller e do trailer. Isso foi pavimentado através do bom atendithe<br />
hottest areas of the Country. The entire internal structure<br />
is customizable by the customer in order to guarantee a totally<br />
different experience from the usual in the forestry operation.<br />
Connectivity and technology were also taken into account<br />
during the design and manufacture of the new DRV equipment.<br />
The trailer is designed to support a satellite internet system,<br />
which shortens distances and facilitates communication in more<br />
remote areas where there is no internet connection by traditional<br />
means. The equipment also has a 360° camera system, which<br />
provides greater security for those who purchase the trailer.<br />
The external structure is clad in white Aluminium Composite<br />
Material (ACM) on the sides, and the roof is clad in galvanized<br />
steel, also finished in white. Customers who purchase a trailer<br />
from DRV can customize the interior and exterior with their logo<br />
or other images of their choice.<br />
WARM WELCOME<br />
Liliane Cordeiro, a DRV Director, comments that the public’s<br />
reception of the trailer could not have been better, exceeding<br />
expectations and leading to a sense of accomplishment by the<br />
DRV team. “When we visit customers, what we have heard is<br />
that the trailer is the solution they were looking for and did not<br />
have for the forest service,” celebrates Cordeiro. The Director<br />
recalls that the trailer was launched in August at Expoforest<br />
2023, and since then, five units have been delivered, and three<br />
more are in production.<br />
One of these customers is the Comelli Group, which, according<br />
to the report of Lucas Comelli, Company Director, the<br />
trailer has become a multipurpose tool in operations, especially<br />
in the most isolated ones, being able to use it for living areas,<br />
with internet and with the generator coupled to the use of a<br />
sharpener and other electrical equipment. “With it, we have<br />
access to a support base for operation where it literally travels<br />
together with the machines, which allows savings in unnecessary<br />
travel,” notes Comelli,<br />
The Comelli Group has been using DRV equipment since<br />
2021, and in 2023, the partnership was consolidated through<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
mento, que segundo Lucas sempre supriu demandas, apresentou<br />
produtos de qualidade e subiu a régua do que era oferecido no<br />
mercado. “A aquisição do trailer marca esse fortalecimento da<br />
parceria das empresas. A DRV fez um trabalho esplêndido, que<br />
nos surpreendeu no resultado final, na riqueza de detalhes e<br />
apresentação da nossa marca”, complementa Lucas.<br />
Celso Mello Correia, diretor da Madeplant, empresa do Mato<br />
Grosso do Sul, referência no mercado de biomassa, exalta a parceria<br />
com a DRV, que começou em 2017, colocando a fabricante<br />
de facas como um dos melhores parceiros que a empresa tem,<br />
por isso o trailer foi apresentado e rapidamente agregado ao rol<br />
de equipamentos da Madeplant. “O trailer se tornou fundamental<br />
em nossa operação, dando agilidade nas afiações de facas e com<br />
isso nos trouxe uma melhor eficiência nas trocas das mesmas,<br />
fora a informação em tempo real da operação, com a internet<br />
dentro do processo”, valoriza Celso.<br />
A parceria de longa data facilitou muito a compra, tanto que<br />
Celso brinca com a negociação e escolhas das características do<br />
trailer. “Praticamente quem nos escolheu foi o Diego. Reconhecemos<br />
a qualidade dos produtos que ele fornece, o atendimento<br />
sempre pronto da DRV e quando Diego me ligou falando do trailer<br />
não tive dúvidas em ter o novo equipamento da DRV na nossa<br />
operação”, conclui Celso.<br />
Com o trailer temos acesso a uma<br />
base de apoio para operação onde<br />
literalmente anda junto com as<br />
máquinas o que possibilita economia<br />
em deslocamentos desnecessários<br />
Lucas Comelli,<br />
diretor do Grupo Comelli<br />
O trailer se tornou fundamental em<br />
nossa operação, dando agilidade nas<br />
afiações de facas e com isso nos<br />
trouxe uma melhor eficiência nas<br />
trocas das mesmas, fora a informação<br />
em tempo real da operação, com a<br />
internet dentro do processo<br />
Celso Mello Correia,<br />
diretor da Madeplant<br />
the purchase of feller teeth and the trailer. This was a result<br />
of good service, which, according to Comelli, DRV always met<br />
demands, presented quality products, and raised the bar of<br />
what was offered in the market. “The acquisition of the trailer<br />
marks this strengthening of the partnership between the<br />
companies. DRV did a splendid job, which surprised us in the<br />
final result, in the richness of details and presentation of our<br />
brand,” adds Comelli.<br />
Celso Mello Correia, Director of Madeplant, a company from<br />
Mato Grosso do Sul, a reference in the biomass market praises<br />
the partnership with DRV, which began in 2017, making the<br />
blade manufacturer one of the best partners the Company has,<br />
so the trailer when presented was quickly added to Madeplant’s<br />
list of equipment. “The trailer has become fundamental in our<br />
operation, providing agility in the sharpening of blades, and<br />
with that, it has brought us improved efficiency in their replacement,<br />
in addition to the real-time information of the operation,<br />
with the internet included within the process,” values Correia.<br />
The long-standing partnership made the purchase much<br />
easier, so much so that Correia jokes about the negotiation and<br />
choices of the trailer’s features. “Practically, the one who chose<br />
us was Diego Vieira. We recognize the quality of the products<br />
DRV provides, and DRV has always provided prompt service,<br />
so when Diego called me telling me about the trailer, I had no<br />
doubts about having the new DRV equipment in our operation,”<br />
concludes Correia.<br />
Dezembro 2023<br />
53
BASE FLORESTAL<br />
<strong>Florestal</strong><br />
MAIS FORTE<br />
Fotos: divulgação<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
Valor de produção da silvicultura e da<br />
extração vegetal cresce 11,9% e atinge<br />
recorde de R$ 33,7 bilhões em 2022<br />
O<br />
valor da produção florestal atingiu o recorde<br />
de R$ 33,7 bilhões, com alta de 11,9%<br />
e produção em 4.884 municípios. O valor<br />
da produção da silvicultura continua superando<br />
o da extração vegetal, o que ocorre<br />
desde o ano 1998. A silvicultura manteve a trajetória de<br />
crescimento dos últimos anos ao atingir o valor de R$ 27,4<br />
bilhões, alta de 14,9% em relação ao alcançado em 2021<br />
(R$ 23,9 bilhões).<br />
Já a extração vegetal se manteve praticamente estável,<br />
com variação de 0,2% em relação ao ano anterior, quando<br />
havia crescido 31,5%. O valor de produção alcançado em<br />
2022 foi de R$ 6,2 bilhões. Os dados são da PEVS (Produção<br />
da Extração Vegetal e da Silvicultura) 2022, divulgada<br />
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />
Segundo Carlos Alfredo Guedes, gerente de agricultura<br />
do IBGE, os números são muito positivos e dão prosseguimento<br />
ao que já vem acontecendo em anos anteriores.<br />
“A extração vegetal teve um crescimento muito grande<br />
em 2021, atingindo a marca de 31,6%. Em 2022, com essa<br />
base de comparação bem alta, ficou praticamente estável,<br />
variando 0,2%. Já a silvicultura manteve um movimento de<br />
crescimento que se iniciou lá em 2020”, analisa Carlos.<br />
Ele explica que a tendência de, a cada ano, a participação<br />
da silvicultura crescer no valor de produção do setor e<br />
a do extrativismo vegetal cair, continua. O que não significa<br />
que a atividade esteja diminuindo e, sim, que o valor dos<br />
produtos da silvicultura está crescendo. “Em uma análise<br />
regional, o destaque no sudeste é a plantação de eucalipto,<br />
no sul predomina o pinus, no nordeste sobressai o<br />
extrativismo madeireiro e o grupo dos alimentícios e ceras,<br />
no norte, o extrativismo madeireiro e o açaí, e no centro-<br />
-oeste, a plantação de eucalipto e extrativismo madeireiro”,<br />
pontua Carlos.<br />
Em 2022, houve acréscimo de 0,1% nas áreas de florestas<br />
plantadas no país, ou mais 8,1 mil ha (hectares).<br />
A área total da silvicultura é de 9,5 milhões de ha, dos<br />
quais, 7,3 milhões, ou 77,3% são de eucalipto, usado<br />
predominantemente na indústria de celulose. Juntos,<br />
eucalipto e pinus foram responsáveis pela cobertura de<br />
96,0% das áreas cultivadas com florestas plantadas para<br />
fins comerciais no país. Somente as regiões sudeste (0,4%)<br />
e centro-oeste (5,5%) apresentaram crescimento em 2022.<br />
A região sul, que representa 32,4% das áreas de florestas<br />
plantadas com pinus e eucalipto no país, apresentou uma<br />
redução de 1,1%.<br />
Dezembro 2023<br />
55
BASE FLORESTAL<br />
De acordo com dados da SECEX (Secretaria de Comércio<br />
Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria,<br />
Comércio e Serviços, a celulose ocupou o 11º lugar no ranking<br />
das exportações totais do país em 2022 (2,5%), com<br />
19,8 milhões de toneladas exportados, que geraram US$<br />
8,4 bilhões, um aumento de 24,6%. O setor da madeira em<br />
tora para papel e celulose permanece com tendência de<br />
alta, atingindo o valor de R$ 9,0 bilhões, crescimento de<br />
25,5% no valor da produção, após o crescimento de 24,4%<br />
registrado em 2021. “O Brasil é o maior exportador mundial<br />
de celulose e a produção de madeira em tora para papel<br />
e celulose foi recorde em 2022, atingindo 99,7 milhões<br />
de m3 (metros cúbicos). O segundo maior volume da série<br />
havia ocorrido em 2018, quando a produção alcançou 92,7<br />
milhões de m3”, destaca Carlos.<br />
A participação dos produtos madeireiros chegou a<br />
96,0% do valor da produção florestal. O conjunto dos produtos<br />
madeireiros com origem em áreas plantadas para<br />
fins comerciais registrou aumento de 15,5% no valor da<br />
produção, enquanto naqueles decorrentes da extração<br />
vegetal houve redução de 0,8%. “Esses resultados ratificam<br />
a tendência de crescimento dos produtos madeireiros<br />
oriundos da silvicultura e registra-se uma estabilidade nos<br />
da extração desde 2021”, completa Carlos.<br />
Entre os produtos madeireiros da silvicultura, houve<br />
registro de crescimento do valor da produção em todos os<br />
grupos, sendo mais acentuado na lenha, que aumentou<br />
33,4%. O valor da produção da madeira destinada à fabricação<br />
de papel e celulose cresceu 25,5%; o carvão vegetal,<br />
6,8%; e a madeira em tora para outras finalidades 5,6%.<br />
A extração vegetal, que registrava retração na série<br />
histórica dos últimos anos, apresentou aumento no valor<br />
gerado em 2019 (6,9%), 2020 (6,3%), 2021 (31,5%), com<br />
a base de comparação relativamente alta, em 2022 o aumento<br />
foi de apenas 0,2%. Enquanto os produtos madeireiros<br />
respondem pela quase totalidade do valor da produção<br />
da silvicultura (96,0%), na extração vegetal esse grupo<br />
representa 63,1%, seguido pelos alimentícios (30,4%),<br />
ceras (4,4%), oleaginosos (1,5%) e outros (0,6%).<br />
De acordo com dados da SECEX<br />
(Secretaria de Comércio Exterior),<br />
do Ministério do Desenvolvimento,<br />
Indústria, Comércio e Serviços,<br />
a celulose ocupou o 11 lugar no<br />
ranking das exportações totais<br />
do país em 2022 (2,5%), com 19,8<br />
milhões de toneladas exportados<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
BASE FLORESTAL<br />
MAIS VIGOR<br />
Minas Gerais continua com o maior valor da produção<br />
da silvicultura, que cresceu 2,6%, chegando a R$ 7,5 bilhões<br />
em 2022, ou 27,3% do total da silvicultura. O Estado<br />
é o maior produtor de carvão vegetal, com 87,7% do volume<br />
nacional. O Paraná vem em segundo em valor de produção<br />
de florestas plantadas, R$ 4,8 bilhões. É o terceiro<br />
maior produtor de madeira em tora para papel e celulose,<br />
sendo responsável por 16,3% da produção nacional. A produção<br />
cresceu 3,0%, alcançando 16,2 milhões de m3, e o<br />
valor da produção subiu 2,4%, chegando a R$1,7 bilhão. A<br />
madeira em tora para outras finalidades também foi destaque,<br />
atingindo 20,9 milhões de m3, redução de 4,9%, o que<br />
representa 35,7% do total nacional, mantendo-se como o<br />
maior produtor do país.<br />
Em área plantada, Minas Gerais segue registrando a<br />
maior área coberta com espécies florestais plantadas do<br />
país, com 2,1 milhões de ha, o que representou um crescimento<br />
de 0,3% em relação ao ano anterior, sendo sua quase<br />
totalidade ocupada por eucalipto. São Paulo detém a<br />
segunda maior área de florestas plantadas, com 1,2 milhão<br />
de ha, dos quais 80,8% são plantios de eucalipto. Merece<br />
destaque o crescimento da área plantada no Mato Grosso<br />
do Sul, que atingiu 1,2 milhão de ha, um crescimento de<br />
13,2%, a quase totalidade com eucalipto.<br />
Entre os 10 municípios com as maiores áreas de florestas<br />
plantadas do Brasil, cinco estão em Mato Grosso do<br />
Sul; três em Minas Gerais; um no Rio Grande do Sul; e um<br />
na Bahia. Quatro municípios sul-mato-grossenses ocupam<br />
as primeiras posições de área plantada no país, sendo<br />
destaques Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, que apresentaram<br />
as maiores áreas de florestas plantadas, com 264,2<br />
mil ha e 251,3 mil ha, respectivamente. João Pinheiro é a<br />
municipalidade com maior área plantada com florestas em<br />
Minas Gerais, sendo toda a área coberta com eucalipto. Na<br />
Bahia, o destaque é Caravelas, enquanto no Rio Grande do<br />
Sul, Encruzilhada do Sul, em que as áreas praticamente são<br />
divididas entre eucalipto e pinus.<br />
PARANÁ NA PONTA<br />
Com uma quantidade estimada de 13,9 milhões de<br />
m3, o que corresponde a 26,3% do total nacional, o Paraná<br />
também foi destaque na produção de lenha com origem<br />
em florestas plantadas. O Rio Grande do Sul foi o segundo<br />
maior produtor de lenha, alcançando 11,5 milhões de m3,<br />
21,8% do total nacional. A região sul responde por 63,2%<br />
da produção nacional de lenha.<br />
General Carneiro (PR) assumiu a liderança do ranking<br />
de valor da produção da silvicultura, alcançando um total<br />
de R$ 625,8 milhões em 2022, com destaque para o crescimento<br />
de 10,2% na quantidade de madeira em tora para<br />
papel e celulose e de 35,3% no total do valor da produção.<br />
A madeira em tora para outras finalidades cresceu 8,8%<br />
e, consequentemente, aumentou o valor de produção em<br />
30,6%. Telêmaco Borba (PR) é o segundo município no<br />
ranking de valor de produção na silvicultura com R$ 524,5<br />
milhões, foi destaque na produção de lenha, com 584,7 mil<br />
m3, gerando R$ 27,4 milhões, com crescimento de 667,4%.<br />
João Pinheiro (MG), líder do ranking em 2021, foi o<br />
terceiro município com maior valor da produção da silvicultura,<br />
gerando R$ 497,5 milhões e constituindo destaque<br />
nacional na produção de carvão, com 437,8 mil toneladas,<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
R I C H E T T I<br />
MADEIRAS E<br />
BIOMASSA<br />
Reflorestamento<br />
Producao ˜ de Biomassa<br />
Lavoura<br />
Serraria<br />
Rodovia Rst 126, SN - Km 18 e Meio | Guabiju (RS)<br />
(54) 99930-8636 | (54) 99624-8608
BASE FLORESTAL<br />
apesar da redução de 7,8% em termos de volume, na<br />
comparação com o ano anterior. Outro município que se<br />
destacou no setor da silvicultura foi Encruzilhada do Sul<br />
(RS), obtendo o quarto maior valor de produção, com R$<br />
395,0 milhões.<br />
EXTRAÇÃO VEGETAL CRESCE<br />
Em 2022, o valor da produção obtido por meio da extração<br />
vegetal apresentou incremento de 0,2%, totalizando<br />
R$ 6,2 bilhões. Dos grupos de produtos que compõem a<br />
exploração extrativista na pesquisa, foi registrada diminuição<br />
no valor da produção nos grupos madeireiros (0,8%),<br />
ceras (6,8%), fibras (3,4%) e nó de pinho (28,8%).<br />
O grupo dos produtos<br />
madeireiros, que teve a<br />
maior participação no valor<br />
da produção do extrativismo<br />
(63,1%), registrou uma<br />
pequena redução de 0,8%<br />
frente ao ano anterior, depois<br />
de um aumento expressivo de<br />
37,9%, em 2021<br />
O grupo dos produtos madeireiros, que teve a maior<br />
participação no valor da produção do extrativismo (63,1%),<br />
registrou uma pequena redução de 0,8% frente ao ano<br />
anterior, depois de um aumento expressivo de 37,9%, em<br />
2021. Portanto, retornando à tendência dos últimos anos,<br />
em que a exploração extrativista de madeira vinha perdendo<br />
espaço no país, sendo gradativamente substituída pela<br />
originada em florestas cultivadas. Em 2022, observaram-se<br />
variações positivas no valor da produção do carvão vegetal<br />
(11,0) e na lenha (14,4%), e redução no valor da produção<br />
da madeira em tora (5,7%), esse grupo de produtos<br />
registrou um total de R$ 3,9 bilhões, 0,8% menor quando<br />
comparado com 2021.<br />
Os Estados de Mato Grosso e do Pará responderam<br />
por 71,4% da quantidade total extraída de madeira em<br />
tora, representando 83,4% do valor de produção desse<br />
produto. O Pará que voltou a ultrapassar o Mato Grosso<br />
como maior produtor, alcançou 4,7 milhões de m3 com<br />
um aumento de 22,7% na extração de madeira em tora. O<br />
carvão vegetal extrativo tem como maior produtor o Pará,<br />
que apresentou crescimento de 88,2%, atingindo 139,4 mil<br />
toneladas, o que representou 29,9% do total nacional.<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
A grande festa do setor florestal celebrou<br />
empresas, pessoas e apresentou o novo produto da<br />
Revista REFERÊNCIA para o ano de 2024<br />
Fotos: Emanuel Caldeira<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
Avigésima primeira edição do Prêmio REFE-<br />
RÊNCIA contemplou, mais uma vez, as dez<br />
empresas que se destacaram no segmento de<br />
base florestal. O evento realizado no Restaurante<br />
Porta Romana é organizado pela JOTA<br />
Editora, responsável pela publicação das revistas: REFE-<br />
RÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL, REFERÊNCIA<br />
CELULOSE&PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE MADEIRA E<br />
REFERÊNCIA BIOMAIS. A premiação é uma das grandes tradições<br />
do segmento e tem atraído cada vez mais interesse<br />
do público em relação às empresas vencedoras.<br />
A seleção dos vencedores é feita de forma muito criteriosa,<br />
que tem os mais altos padrões de avaliação, desde o<br />
recebimento das indicações recebidas através de leitores,<br />
clientes, parceiros e passando pela análise interna dos<br />
membros da organização. O objetivo do prêmio é valorizar<br />
quem melhor trabalhou para o fortalecimento e crescimento<br />
da indústria de base florestal no ano. O Prêmio REFE-<br />
RÊNCIA é um reconhecimento dado para a empresa, associação<br />
ou personalidade, que através de seu trabalho, fortaleceu<br />
durante todo o ano um dos mais representativos e<br />
crescentes setores da economia nacional. A edição 2023 da<br />
premiação contou com o apoio da ABIMCI (Associação Brasileira<br />
da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)<br />
e os patrocínios de: ACIMDERJ (Associação do Comércio<br />
e Indústria de Madeiras e Derivados do Estado do Rio de<br />
Janeiro), AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de<br />
Madeira do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias<br />
Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />
Grosso), DRV Ferramentas, EFFISA, Formóbile, Himev, Montana<br />
Química, MSM Química e Vale do Tibagi.<br />
Esse é nosso objetivo: honrar<br />
quem fez o setor florestal<br />
melhor, cujo desenvolvimento<br />
se tornou o foco do nosso<br />
trabalho há mais de duas<br />
décadas. Foi uma festa<br />
especial em que pudemos<br />
rever amigos, fortalecer<br />
parcerias e celebrar a<br />
indústria de base florestal<br />
madeireira<br />
Fábio Machado, diretor<br />
comercial da JOTA Editora<br />
Fábio Machado, diretor comercial da JOTA Editora, celebrou<br />
a edição do prêmio e a valorização que cada uma das<br />
empresas expressou durante a premiação. “Esse é nosso<br />
objetivo: honrar quem fez o setor florestal melhor, cujo desenvolvimento<br />
se tornou o foco do nosso trabalho há mais<br />
de duas décadas. Foi uma festa especial em que pudemos<br />
rever amigos, fortalecer parcerias e celebrar a indústria de<br />
base florestal madeireira”, valorizou Fábio.<br />
Dezembro 2023<br />
63
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
PODCAST REFERÊNCIA<br />
A abertura do evento marcou o lançamento do mais<br />
novo produto da REFERÊNCIA para o seu público: o Podcast<br />
REFERÊNCIA. A partir de 2024, além das cinco publicações<br />
escritas, dos vídeos, eventos e das mídias sociais, quem<br />
acompanha a REFERÊNCIA terá uma nova experiência perceptiva.<br />
O podcast contará com uma série de convidados,<br />
que com suas experiências e conhecimento, elucidarão<br />
uma série de temas e claro, contarão suas histórias de vida<br />
e carreira. O podcast estará disponível em vídeo no youtube<br />
e também em plataformas de áudio, como Spotify e<br />
outros.<br />
No episódio especial de lançamento, o tema foi carbono<br />
neutro e os convidados foram: Damaris Padilha,<br />
doutora em engenharia florestal, na área de planejamento<br />
ambiental e sistemas de informações geográfica, além de<br />
sócia fundadora da Neutraliza, uma startup catarinense que<br />
desenvolve soluções de neutralização de carbono para empresas;<br />
Gleisson Tagliari, vice-presidente do CIPEM (Centro<br />
das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado<br />
de Mato Grosso) e que trabalha com manejo florestal<br />
sustentável há 30 anos; e Junior Santos, gerente comercial<br />
de biomassas da INPASA Brasil, empresa que lidera a produção<br />
de etanol de milho na América Latina e conta com<br />
unidades no Brasil e no Paraguai.<br />
Damaris Padilha explicou que mais do que nunca é<br />
necessário entender e quantificar as emissões de cada<br />
empresa ou nação para poder, assim, direcionar o que será<br />
feito para gerar as compensações. “Precisamos entender<br />
quais os setores emitem carbono para atingirmos metas,<br />
não apenas de neutralização, mas buscar também a redução<br />
nas emissões simultaneamente, otimizando as metas<br />
que temos”, alertou Damaris. A especialista destacou a<br />
importância do Projeto de Lei 412/2021, que estrutura e regulamenta<br />
o mercado de carbono nacional. “É importante<br />
entender que essa lei trará uma série de benefícios e guiará<br />
o caminho para a estruturação do mercado de créditos de<br />
carbono, que caso entre em vigor em 2024 levará ainda<br />
mais 3 anos para que entre em funcionamento”, explicou<br />
Damaris<br />
Gleisson Tagliari foi bastante enfático ao valorizar as<br />
ações de manejo sustentável para o mercado de carbono<br />
e a redução das emissões. “O manejo mantém a floresta<br />
em pé, garantindo uma retirada de carbono contínua e<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
por meio da retirada das árvores já adultas, estimulamos<br />
o crescimento das menores, acelerando, ainda mais, a<br />
retirada de carbono da atmosfera”, apontou Gleisson. O<br />
vice-presidente do CIPEM destacou a parceria da entidade<br />
com o governo estadual e como as ações das mais de 400<br />
empresas que estão sob o guarda-chuva do CIPEM têm contribuído<br />
para a aceleração da neutralização do carbono no<br />
Mato Grosso. “A meta do Brasil é a diminuição de 50% das<br />
emissões até 2050. Esse plano é ambicioso e o Brasil pretende<br />
alcançar essa meta até 2035. O CIPEM é reconhecido<br />
pelos órgãos institucionais nacionais e internacionais para<br />
alcançar esses objetivos, além de se destacar como um dos<br />
principais parceiros do poder público para que possamos<br />
chegar lá”, complementou Gleisson.<br />
Junior Santos valorizou a importância das energias renováveis<br />
na diminuição na emissão de carbono e como o<br />
trabalho realizado pela INPASA traz benefícios econômicos,<br />
sociais e ambientais. “A INPASA tem um compromisso com<br />
a redução do carbono emitido e temos tomado ações através<br />
dessa nossa missão de trabalhar por um futuro melhor,<br />
com muito desenvolvimento, não apenas para a empresa,<br />
mas para a comunidade ao redor”, apontou Junior. O gerente<br />
comercial comentou que a INPASA tem utilizado uma<br />
grande variação de resíduos de industriais vegetais para alimentar<br />
sua produção, fortalecendo, assim, o viés ecológico<br />
da empresa. “Resíduos de serragem, de materiais madeireiros<br />
e até mesmo sementes de açaí, que vêm do Pará, tem<br />
se tornado energia em nossas caldeiras e fonte de renda<br />
para quem fornece esses materiais”, contemplou Junior.<br />
Conheça os vencedores<br />
SINCOL S/A<br />
No ano em que completa 80 anos, a Sincol foi agraciada<br />
com o Prêmio REFERÊNCIA. A empresa cresceu juntamente<br />
com a cidade de Caçador (SC). É hoje uma das principais fabricantes<br />
de portas do país e continua o excelente trabalho<br />
iniciado pelos avós dos atuais gestores, como valorizou Márcia<br />
Cristina Balvedi, diretora comercial da Sincol. “Estamos na<br />
terceira geração da família à frente da empresa, honrando o legado<br />
iniciado há oito décadas e fechamos o ano com chave de<br />
ouro com essa homenagem da Revista REFERÊNCIA”, valorizou<br />
Márcia.<br />
Paulo Pupo entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />
Márcia Balvedi, da Sincol<br />
Dezembro 2023<br />
65
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
ST MADEIRAS LTDA<br />
O manejo florestal é mais que um trabalho para a ST Madeiras,<br />
é uma verdadeira missão. Moacir Willinghöfer, diretor<br />
da empresa, engrandeceu o trabalho dos colaboradores, parceiros<br />
e de todos os demais, que contribuíram na caminhada da<br />
empresa. “Sou assinante da Revista REFERÊNCIA há mais de 20<br />
anos. Sempre sonhei em ganhar esse prêmio e hoje chegou a<br />
minha vez de estar aqui. Por isso agradeço muito a Revista RE-<br />
FERÊNCIA pela oportunidade, à minha esposa que é meu porto<br />
seguro, ao CIPEM pelo trabalho que faz no Estado e ao nosso<br />
sindicato, que nos ajuda na caminhada do manejo”, celebrou<br />
Moacir.<br />
Gleisson Omar Tagliari entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />
Moacir Luís Willinghöfer, da ST Madeiras<br />
UNIVERSIDADE DO PAPEL<br />
Transformar papel em arte é a missão de Enrique Rodriguez,<br />
idealizador e fundador da Universidade do Papel. O chileno,<br />
que mora há 25 anos no Brasil, é formado em arquitetura<br />
e desenho industrial. Desde 2015, realiza o trabalho de formar<br />
artistas, gerando renda e criando oportunidades de desenvolvimento<br />
aos participantes. “O papel é minha matéria-prima e<br />
através da Universidade do Papel pude conhecer mais dos processos<br />
das indústrias de celulose e entender tudo que envolve<br />
o que faço. Acredito que a transpiração supera a inspiração e<br />
que o bom trabalho que temos feito foi o que nos trouxe ao<br />
lugar que chegamos”, enalteceu Enrique.<br />
Valéria Brizola entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />
Enrique Rodriguez, da Universidade do Papel<br />
MADEIRAS VENTURI LTDA<br />
Qualidade de produtos, responsabilidade ambiental e a<br />
valorização dos clientes são os motores, que impulsionam o<br />
trabalho da Venturi. A empresa catarinense se destaca no fornecimento<br />
de madeira serrada do mais alto padrão e fez fortes<br />
investimentos em logística, para garantir o melhor atendimento<br />
em cada venda, como destacou Mario Sergio Lima, diretor<br />
da MSM Química, fornecedor que representou a Venturi no<br />
evento. “Corroboro com tudo, que foi dito sobre a Venturi por<br />
nosso apresentador no discurso de apresentação da empresa.<br />
A Venturi é excelente no que faz e tem ótimo relacionamento<br />
com seus clientes e fornecedores, que é meu caso, um dos<br />
segredos do sucesso nesses 70 anos que a empresa está ativa”,<br />
exaltou Mario Sergio.<br />
André da Costa Franco, da Aimex entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />
Mario Sergio, da MSM Química, representando a Madeiras Venturi<br />
66 www.referenciaflorestal.com.br
MADEIRAS ZORTEA<br />
São quase 30 anos manejando, processando e comercializando<br />
madeira de árvores nativas para o Brasil e para o mundo.<br />
O trabalho iniciado por Marino Zortea foi muito valorizado pelo<br />
sucessor Cleber Fábio Zortea, sócio da Madeiras Zortea. “Aqui<br />
hoje falo em nome da Madeiras Zortea e, principalmente, em<br />
nome do meu pai, que é o idealizador de tudo isso. Agradeço<br />
aos nossos colaboradores, parceiros e clientes, que ajudaram a<br />
construir essa história”, discursou Cleber, em tom de gratidão,<br />
enaltecendo a bonita caminhada de superação e de sucesso da<br />
empresa.<br />
Valdinei Bento dos Santos entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />
Cleber Fábio Zortea e Vanessa Rodrigues Zortea, da Madeiras Zortea<br />
CENIBRA – CELULOSE NIPO-BRASILEIRA<br />
A Cenibra completou meio século de história com investimentos<br />
em tecnologia e programas sociais de alto impacto na<br />
sociedade. E por representar tão bem o segmento de papel e<br />
celulose foi uma das vencedoras do Prêmio REFERÊNCIA 2023.<br />
O gerente de colheita florestal da Cenibra, Renato Coura, agradeceu<br />
a premiação. “Este prêmio nos motiva ainda mais a seguir<br />
em frente, cada vez mais pensando na sustentabilidade da<br />
empresa e no bem do planeta. Gratidão aos organizadores do<br />
Prêmio e parabenizo os demais agraciados”, disse Renato Coura.<br />
Lais Malinovski Janacievicz entregando o Prêmio REFERÊNCIA<br />
a Renato Coura, da Cenibra<br />
DALLEGRAVE FLORESTAL<br />
A Dallegrave <strong>Florestal</strong> completou 100 anos em 2023 com<br />
uma história importante de fortalecimento e desenvolvimento<br />
da silvicultura no Paraná, em especial na cidade de Irati (PR),<br />
onde está localizada. O diretor, Marcos Dallegrave Góes, destacou<br />
que o DNA da preservação faz parte da empresa. “Nossa<br />
empresa, iniciada pelo meu bisavó, fez a trajetória desde a<br />
exploração das florestas nativas para o ciclo hoje de florestas<br />
renováveis. Somos a prova viva de que há possibilidade de trabalhar<br />
com preservação e parte econômica”, salientou Marcos<br />
Dallegrave Góes.<br />
Pedro Bartoski Jr entregando o Prêmio REFERÊNCIA a Marcos Dallegrave<br />
Góes e Bruno Samensari Dallegrave Góes, da Dallegrave <strong>Florestal</strong><br />
Dezembro 2023<br />
67
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
BIOMASSA GIACOMELLI & FILHOS<br />
Atuando desde 2021, a Biomassa Giacomelli & Filhos teve<br />
reconhecido seu trabalho que impulsiona o setor de energias<br />
renováveis do Mato Grosso através da produção de biomassa<br />
de mata nativa. O diretor Weslley Giacomelli destacou a trajetória<br />
iniciada por seu pai em 1983, em Vera (MT). “A partir das<br />
demandas das empresas de etanol nós desenvolvemos a biomassa<br />
de supressão. Hoje geramos vapor, energia, renda e emprego<br />
usando o resíduo que antes a gente queimava e gerava<br />
gás carbônico no ambiente. A sustentabilidade desse negócio é<br />
muito importante”, discursou Weslley Giacomelli.<br />
Diego Vieira entregando o Prêmio REFERÊNCIA a Weslley<br />
Giacomelli e Andiara Giacomelli, da Biomassa Giacomelli & Filhos<br />
NEREU RODRIGUES<br />
Com 20 anos de história e planejando conquistar mais espaço<br />
no mercado de biomassa, a Nereu Rodrigues recebeu o<br />
prêmio pelo investimento na segunda planta de pellets inaugurada<br />
recentemente. O diretor geral, Sérgio Roni Rodrigues, destacou<br />
o crescimento da empresa. “A Nereu Rodrigues começou<br />
em Correia Pinto (SC), com 40 empregados e agora estamos<br />
com 250 colaboradores diretos. Recentemente, inauguramos a<br />
segunda planta de pellet que usa todo resíduo da indústria de<br />
compensados na produção de biomassa. Gratidão à Revista RE-<br />
FERÊNCIA pela indicação”, agradeceu Sérgio Rodrigues.<br />
Gerson Penkal entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />
Sérgio Roni Rodrigues, da NEREU Rodrigues<br />
RIACHO FLORESTAL<br />
Fundada na década de 1960, a Riacho <strong>Florestal</strong> construiu<br />
forte reputação com atuação no corte, transporte, e preparação<br />
do solo, além disso, se destaca, também, na venda de pellets<br />
e biomassa, no interior de São Paulo. Pelos investimentos<br />
feitos em maquinários e na sua equipe, a empresa foi uma das<br />
vencedoras. O diretor Tiago Francisco Giorgetti Costa, enalteceu<br />
o caráter familiar da empresa. “Tenho grande satisfação em<br />
representar a terceira geração da família, uma característica do<br />
mercado florestal onde famílias se empenham para realizar um<br />
trabalho profissional, respeitoso e de confiança. À Revista REFE-<br />
RÊNCIA nosso respeito e agradecimento”, destacou Tiago.<br />
Rosilda Ribeiro entregando o Prêmio REFERÊNCIA a Tiago Francisco<br />
Giorgetti Costa e Joaquim Sidnei Giorgetti Costa, da Riacho <strong>Florestal</strong><br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
Click Prêmio REFERÊNCIA 2023<br />
Pedro Bartoski Jr., da JOTA Editora<br />
e Carla Bartoski<br />
Fábio Machado, da JOTA Editora,<br />
Francisleine Machado e Fernanda Machado<br />
Felipe Antoniolli da Sindusmad, Valdinei Bento<br />
dos Santos e Felliphe Marinho, do Cipem<br />
Marcelo Santana<br />
Crislaine Briatori, da JOTA Editora<br />
Neusa Biazussi Willinghöfer e Moacir Luís<br />
Willinghöfer, da ST Madeiras<br />
Renan César Terras Rodrigues e Sérgio Roni<br />
Rodrigues, da NEREU Rodrigues<br />
Valéria Brizola, da ForMóbile e Luís Carlos<br />
Mario Sergio, da MSM Química<br />
Vagner Vinci, da Effisa<br />
Júnior Santos, da INPASA<br />
Silvia Luiza Nunes Tagliari e Gleisson Omar<br />
Tagliari, do Cipem<br />
Renato Coura, da Cenibra<br />
Denilson Gonçalves Padilha e<br />
Damaris Padilha<br />
Tiago Francisco Giorgetti Costa e Joaquim<br />
Sidnei Giorgetti Costa, da Riacho <strong>Florestal</strong><br />
Dezembro 2023<br />
69
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Fabiana Tokarski, da JOTA Editora<br />
Carla Bartoski e Camile Bartoski<br />
Carlos Felde e Gerson Penkal, da JOTA Editora<br />
Rodrigo Vandressen e Daniel Cyrillo,<br />
da Tecmater<br />
Cleber Fábio Zortea e Vanessa Rodrigues<br />
Zortea, da Madeiras Zortea<br />
Enrique Rodriguez, da Universidade<br />
do Papel<br />
Dozelí Salton Cunha e Luiz Paulo da Cunha,<br />
da Andritz<br />
Márcia Balvedi, da Sincol e Marcos Eduardo<br />
Balvedi<br />
Walter Souza, da Oregon tools<br />
Andiara Giacomelli e Wesley Giacomelli, da<br />
Biomassa Giacomelli & Filhos<br />
Fábio Meyer, da Fabio Meyer Consults<br />
Catherine Hernandorena<br />
Perla Oliveira e Anderson Oliveira Lesleane Rezende Valdinei e Vilma do Rocio Colaço, do Cipem<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
Dario Machado<br />
Bruno Samensari Dallegrave Góes e Marcos<br />
Dallegrave Góes, da Dallegrave <strong>Florestal</strong><br />
Zainara Eliane Pereira e Luís Henrique,<br />
da Rotary-Ax<br />
Diego Vieira e Liliane Cordeiro, da DRV<br />
Valdemar Vieira e Rodrigo Fernando Lopes<br />
Ezidio Felipe e Gilberto de Souza, da<br />
Felipe Diesel<br />
Lais Malinovski Janacievicz e Daiana Mendes,<br />
da Vale do Tibagi<br />
Selma Jacinto, convidada da Himev<br />
Paulo Pupo, da Abimci<br />
Joel Rosa e Wesley Baticini da Gell<br />
Sabrina Koeche e André da Costa Franco,<br />
da Aimex<br />
Rosilda Ribeiro e Márcio Molleta, da Himev<br />
Renata Strapasson e Hiran Gallo<br />
Cainan Araújo, da JOTA Editora<br />
Crislaine Briatori e Vinicius Santos, da<br />
JOTA Editora<br />
Dezembro 2023<br />
71
PLANTAS DANINHAS<br />
PLANTIO DE EUCALIPTO EM ILPF, ONDE FOI UTILIZADO<br />
HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE NAS DUAS ENTRELINHAS<br />
- À ESQUERDA E À DIREITA - SEM A UTILIZAÇÃO DE<br />
HERBICIDAS<br />
Manejo e controle de plantas daninhas nas<br />
CULTURAS FLORESTAIS<br />
Por<br />
Tiago Abreu Maia - Consultor <strong>Florestal</strong> I Engenheiro <strong>Florestal</strong> e MSc Proteção de Plantas<br />
Pedro Francio Filho - Consultor <strong>Florestal</strong> I Engenheiro Agrônomo<br />
Fotos: Francio Soluções Florestais<br />
Atualmente, as plantas daninhas representam<br />
nos cultivos florestais, a principal razão de<br />
redução de produtividade podendo chegar<br />
em perdas de até 50%, ou mesmo, em alguns<br />
casos, superar outras possíveis perdas por<br />
aspectos fitossanitários como pragas e doenças. As plantas<br />
daninhas, quando não manejadas de maneira sustentável,<br />
podem ocasionar prejuízos em todas as etapas do ciclo florestal,<br />
a partir da implantação, manutenção e até mesmo<br />
durante o processo de colheita.<br />
As plantas daninhas interferem nos processos produtivos<br />
das florestas de forma direta, competindo com a cultura<br />
florestal principalmente por recursos como água, nutrientes<br />
e luz. Nesta competição, as daninhas têm imensa vantagem,<br />
pois possuem maior eficiência no uso da água, contribuindo,<br />
desta forma, para um rápido desenvolvimento inicial, além<br />
de apresentar uma excelente produção e dispersão de propágulos.<br />
Pode-se citar, por exemplo, que uma única planta<br />
daninha de serralha (Sonchus oleraceus) pode produzir até<br />
400.000 sementes durante um ciclo. O momento mais crítico<br />
da competição (PTPI) se dá no desenvolvimento inicial das<br />
mudas até em torno de 6 meses para o eucalipto, e de 1 ano<br />
para plantios de pinus. No caso em que as plantas da cultura<br />
florestal passam por severa competição durante o PTPI, o<br />
que se observa no campo é que a floresta não recupera o<br />
seu vigor produtivo, comprometendo o desenvolvimento e<br />
a produtividade em todo ciclo.<br />
A matocompetição também acarreta danos indiretos nos<br />
plantios florestais, como, por exemplo, dificultar as operações<br />
manuais como o controle de formigas cortadeiras, aumento<br />
do risco e gravidade de incêndios florestais, além do fato de<br />
algumas plantas serem hospedeiras de pragas e doenças,<br />
como o besouro amarelo, praga-chave do eucalipto, que<br />
utiliza as raízes das gramíneas como hospedeiras em parte<br />
do ciclo de vida.<br />
Os sistemas de controle das plantas daninhas nas culturas<br />
florestais requerem ações integradas com a utilização dos<br />
diferentes métodos de controle que podem ser de caráter<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
preventivo, mecânico, cultural, químico e biológico. O custo<br />
para o manejo da matocompetição nestes cultivos, podem<br />
variar de 25% a 66% do custo total de implantação de uma floresta.<br />
Estes custos irão depender sobremaneira do bioma, do<br />
histórico de cultivo, do regime pluviométrico da área dentre<br />
outros fatores. Os maiores desembolsos estão concentrados<br />
nos primeiros anos de plantio, pois geralmente o cultivo florestal<br />
ainda não fechou o dossel e, portanto, ainda permite a<br />
entrada de luminosidade contribuindo para a germinação do<br />
banco de sementes de plantas daninhas presentes no solo.<br />
As principais estratégias do Manejo Integrado de Plantas<br />
Daninhas nas culturas florestais:<br />
1. Controle Preventivo: plantio de mudas sadias livre de<br />
daninhas no substrato, limpeza prévia de máquinas e equipamentos<br />
e utilização de água de irrigação livre de propágulos;<br />
2. Controle Mecânico: operações de roçadas em área<br />
total e entrelinha, capinas de coroamento manual e mecanizadas,<br />
rolo faca, link, dentre outros;<br />
3. Controle Cultural: plantio em menores espaçamentos<br />
com maior densidade de plantas, plantio de espécies<br />
com melhores arranques iniciais e uma adubação de base<br />
equilibrada;<br />
4. Controle Químico: pulverizações de herbicidas pré-emergentes<br />
e pós-emergentes, posicionados em jato dirigido<br />
ou em área total, de forma que a eficácia da aplicação está<br />
diretamente ligada à tecnologia de aplicação e às condições<br />
climáticas;<br />
5. Controle Biológico: utilização de micro-organismos<br />
vivos como bactérias e fungos visando o controle da matocompetição.<br />
PLANTIO DE EUCALIPTO LIVRE DE<br />
PLANTAS DANINHAS, COM ÓTIMO<br />
ARRANQUE E HOMOGENEIDADE<br />
EXEMPLO DE PLANTIO DE PINUS<br />
SEM MATOCOMPETIÇÃO<br />
A grande maioria dos cultivos florestais no país, empregam<br />
o controle químico como a única estratégia de controle<br />
e, a este cenário, o agravamento dado pela utilização do<br />
glifosato como única molécula de herbicida em todas as intervenções<br />
de forma contínua ao longo dos ciclos. Tal decisão<br />
contribui para o surgimento de vários casos de resistências<br />
de plantas daninhas nos cultivos, como o que já ocorre com<br />
o capim-amargoso, buva, caruru, azevém, dentre outras daninhas.<br />
Portanto, a utilização dos controles de forma integrada,<br />
buscando a otimização de cada método e a alternância de<br />
moléculas herbicidas, é crucial para a obtenção de florestas<br />
sadias e livres de matocompetição.<br />
Os cuidados com as plantas daninhas devem ser observados<br />
mesmo antes dos plantios, de forma que a implantação<br />
da cultura exija que o talhão esteja totalmente livre das<br />
plantas infestantes. Para tanto, é necessário que se realize<br />
intervenções mecânicas como roçadas ou rolo-faca, e na sequência,<br />
aplicações em área total de herbicidas dessecantes.<br />
Os principais parâmetros observados para escolha correta<br />
dos herbicidas no momento da dessecação devem ser o tipo<br />
de planta daninha predominante na área e ainda, apresentar<br />
baixo efeito residual para cultura principal.<br />
Após a dessecação, o manejo deve se dar através do<br />
controle mecânico com o limpa-trilho e os conjuntos de<br />
grades presentes no implemento subsolador, utilizado durante<br />
o preparo do solo. Na sequência do preparo do solo e<br />
antes do plantio, é necessário entrar com controle químico<br />
utilizando herbicidas pré-emergentes posicionados na linha<br />
de plantio ou em área total. Neste momento, os fatores que<br />
determinam a escolha assertiva das moléculas herbicidas<br />
são: o amplo espectro de controle, a longevidade do efeito<br />
Dezembro 2023<br />
73
PLANTAS DANINHAS<br />
residual, baixo impacto ambiental, e principalmente, a seletividade<br />
para a cultura a ser plantada.<br />
As reentradas com a utilização de herbicidas pré-emergentes<br />
e pós-emergentes seletivos, devem ser utilizados<br />
mesmo após o plantio das mudas na área, com o intuito<br />
de assegurar que a cultura florestal esteja sempre livre de<br />
competição principalmente próximo às mudas nos primeiros<br />
meses de plantio.<br />
A quantidade de plantas por hectare e o arranjo do<br />
espaçamento de plantio contribuem ou dificultam de forma<br />
significativa o manejo da matocompetição na área. Estes<br />
fatores são determinantes para garantir uma maior vantagem<br />
competitiva da cultura principal e substancialmente influenciam<br />
no tempo e na intensidade do sombreamento das<br />
linhas e entrelinhas do plantio. Os espaçamentos que mais<br />
contribuem para o manejo das plantas daninhas são aqueles<br />
com menores distâncias nas entrelinhas, como, por exemplo,<br />
nos arranjos de 3m (metros) x 3m; 3m x 2,5m ou 3m x 2m.<br />
Durante o período de manutenção das florestas, o monitoramento<br />
das áreas é o fator direcionador para tomada<br />
de decisão para possíveis reentradas de controle das plantas<br />
daninhas. A partir desta fase do plantio as operações de<br />
controle químico demandam que estas sejam realizadas<br />
em jato dirigido, direcionando a aplicação apenas para as<br />
plantas infestantes, evitando, desta forma, possíveis derivas<br />
nas plantas do cultivo florestal. Caso o controle seja realizado<br />
de forma manual, poderão ser utilizados os pulverizadores<br />
EXEMPLO DE PLANTIO EM SISTEMAS DE<br />
INTEGRAÇÃO COM AS PLANTAS SEMPRE<br />
NO LIMPO NAS LINHAS DE PLANTIO<br />
de bombas costais e a barra protegida conceição caso a área<br />
permita mecanização.<br />
As principais etapas de controle das plantas daninhas<br />
nas culturas florestais estão descritas abaixo:<br />
• Limpeza de área com roçadas ou rolo-faca;<br />
• Dessecação em área total;<br />
• Controle mecânico com limpa-trilho e grade no preparo<br />
do solo;<br />
• Aplicação de herbicidas pré-emergentes no pré-plantio<br />
(monta);<br />
• Uma a duas aplicações de herbicidas pré-emergentes<br />
no pós-plantio (remonta e trimonta);<br />
• Capina manual na linha de plantio ou controle químico<br />
com jato dirigido entre plantas;<br />
• Aplicação de herbicidas pré-emergente e pós-emergente<br />
na entrelinha com a barra protegida (conceição);<br />
• Aplicações de herbicidas de manutenção em área total<br />
com pulverizadores adaptados com pontas de longo alcance<br />
(boomget).<br />
COMPARAÇÃO ONDE FOI REALIZADO O MANEJO<br />
DE HERBIDAS PRÉ E PÓS-EMERGENTES COM<br />
UMA ÁREA ONDE NÃO FOI REALIZADA A<br />
PULVERIZAÇÃO NA ENTRELINHA<br />
O manejo integrado de plantas daninhas em áreas de<br />
cultivos florestais depende de vários fatores citados neste<br />
artigo, como a espécie ou clone, bioma, histórico de cultivo<br />
da área, topografia, pluviosidade, idade do plantio dentre<br />
outros fatores. Portanto, um diagnóstico adequado das<br />
limitações atuais do sistema de produção é determinante<br />
para auxiliar na escolha das estratégias ideais de controle em<br />
cada propriedade, possibilitando ao silvicultor, a obtenção<br />
da máxima produtividade florestal, com menores perdas por<br />
matocompetição e menores custos operacionais.<br />
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EVENTO<br />
EXPOSUL<br />
FLORESTAL<br />
xx<br />
2023<br />
Fotos: REFERÊNCIA/divulgação<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
R<br />
ealizada entre os dias 5 e 7 de dezembro, a<br />
feira ExpoSul <strong>Florestal</strong> - Feira e Exposição de<br />
Máquinas Florestais -, que reuniu mais de mil visitantes,<br />
apresentou máquinas e equipamentos<br />
destinados às operações florestais. “Finalizamos<br />
esta primeira edição muito agradecidos pela parceria de nossos<br />
expositores. Tivemos o privilégio de contar com alguns<br />
deles desde as primeiras edições da Codornada <strong>Florestal</strong>. Então,<br />
entregamos este evento satisfeitos e com muitos aprendizados”,<br />
avaliou Fabio Calomeno, idealizador e realizador do<br />
evento.<br />
SEMINÁRIO<br />
Além da feira de máquina e equipamentos, os participantes<br />
puderam acompanhar, no período da manhã, palestras<br />
técnicas, com temas atuais vinculados ao setor de base florestal.<br />
A inovação no setor florestal fez parte da primeira palestra<br />
do Seminário com o tema Inovação e conceito de biorrefinaria<br />
florestal. Nela o pesquisador da Embrapa Florestas,<br />
Washington Magalhães, falou sobre a importância da academia<br />
caminhar junto com o mercado, no sentido de prover soluções<br />
reais e de valor agregado. “O conceito de biorefinaria<br />
é isso. Como, por exemplo, tratar a biomassa em diferentes<br />
escalas - na indústria e nas serrarias - de tal forma que estes<br />
players tragam questões importantes como economia circular<br />
e demais aspectos do ESG para dentro de suas operações<br />
com inovação e métodos que sejam economicamente viáveis<br />
para cada realidade”, compartilhou.<br />
O segundo palestrante, Gustavo Seleme, consultor jurídico<br />
na área de meio ambiente da Fiesc (Federação das Indústrias<br />
do Estado de Santa Catarina), apresentou ao público<br />
alguns aspectos jurídicos que têm interferido diretamente na<br />
produtividade do setor, especialmente na região sul do país.<br />
“Dependemos de uma mudança no pacto federativo para<br />
que o nosso setor possa trabalhar sem insegurança jurídica.<br />
Temos legislação e códigos ambientais bem elaborados,<br />
mas tratamos da mesma forma regiões, biomas e realidades<br />
completamente diferentes. O setor florestal aqui na região<br />
é cheio de bons exemplos, temos um mercado vibrante,<br />
empresas referências, mas infelizmente somos vistos pelo<br />
cliente final como parte de um segmento estigmatizado pelas<br />
ilegalidades e malfeitos. É hora de usarmos as certificações<br />
florestais a nosso favor, pensarmos em uma grande campanha,<br />
como o agro já faz a bastante tempo e hoje colhe os<br />
frutos”, defendeu.<br />
No segundo dia de palestras, os presentes ouviram especialistas<br />
da área a respeito da cultura de uso da madeira e<br />
oportunidades de mercado. Em sua fala, o professor da UFPR<br />
(Universidade Federal do Paraná), Renato Robert, defendeu<br />
que ainda temos que vencer alguns aspectos culturais.<br />
“Profissionais engenheiros e principalmente arquitetos que<br />
trabalham com madeira no Brasil acabam ganhando uma<br />
aura de exóticos, cults, quando na verdade deveria ser o<br />
contrário. Você vê a cada dia um lançamento de revestimentos<br />
que imitam madeira e cada vez menos construções com<br />
madeira. Claro que é um desafio sobretudo econômico, pelo<br />
próprio custo do insumo, mas se trabalharmos uma mudança<br />
de cultura, formando gente capacitada para trabalhar com o<br />
material, e reinventarmos processos com pesquisa e inovação<br />
seremos capazes de promover mudança real e aumentar<br />
nosso próprio mercado interno.”<br />
Na mesma direção de oportunizar o crescimento do mercado,<br />
o diretor de novos negócios da Lacan <strong>Florestal</strong>, Cassiano<br />
Schneider, apresentou o trabalho realizado pela empresa<br />
no sul do país e as oportunidades para o produtor florestal.<br />
Segundo ele, os fundos de investimentos florestais são a forma<br />
encontrada pela empresa para aumentar a sua presença<br />
Dezembro 2023<br />
77
EVENTO<br />
no sul do país por meio da parceria rural, arrendamento e<br />
até mesmo aquisição.<br />
O evento foi encerrado na quinta-feira, com um painel<br />
que abordou os segmentos de madeira serrada, compensado,<br />
embalagens, papeis e celulose. Nele, o diretor da Global<br />
Prime, Leonardo de Zorzi, falou sobre a situação e as oportunidades<br />
para a madeira serrada. “Admito que hoje nosso<br />
foco é praticamente 100% em exportação. Tudo favorece o<br />
mercado externo, depois que você consegue se estruturar<br />
para atendê-lo. Mas temos tudo o que é necessário para ser<br />
atrativo, se formos capazes de unir o segmento em torno de<br />
uma visão e legislação de bom senso, que respeite as particularidades<br />
de cada região e não seja puramente restritiva<br />
e punitiva, com essa visão pejorativa que se consolidou aqui<br />
quando se fala de madeireira.”<br />
Já os segmentos de celulose, papel e embalagens foram<br />
tratados pelo market intelligence & business development<br />
da Klabin, Pedro Tobita. Em sua fala, ele apresentou os dados<br />
de crescimento do mercado de celulose e fluff no mundo,<br />
que foram diretamente impactados por alguns drives como<br />
a busca por embalagens mais sustentáveis, a posição privilegiada<br />
e com alta produtividade florestal e novas fábricas com<br />
tecnologia significativamente melhor que as anteriores. Ele<br />
também destacou as oportunidades para as embalagens sack<br />
kraft no mercado mundial. “A Europa e China são apontadas<br />
com os maiores crescimentos esperados principalmente devido<br />
a substituição de soluções plásticas”, destacou Pedro.<br />
Quem encerrou o painel foi o diretor comercial e exportação<br />
do Grupo Sudati, Fabiano Sangali, que trouxe um overview<br />
das exportações no segmento de compensado de pinus<br />
e de folhosas nos últimos anos. Ele também destacou em<br />
sua explanação os impactos que o mercado tem sentido com<br />
as barreiras impostas pelas Lei Antidesmatamento Europeia<br />
(EUDR), os aspectos das certificações (FSC e PEFC), as auditorias<br />
que estão sendo realizadas nas fábricas.<br />
XVI CODORNADA FLORESTAL<br />
O tradicional jantar, que reuniu mais de mil pessoas, foi o<br />
fechamento ideal para a semana. Focado no aspecto social, o<br />
objetivo da noite era o levantamento de fundos para compra<br />
de brinquedos para crianças carentes da região. “Esse é o<br />
encontro que nós temos para nos unir, ajudar as crianças e<br />
encerrar o ano com o coração aquecido e cheio de esperança<br />
para um ano melhor”, comentou o organizador.<br />
O Leilão do Bem continua ativo e quem<br />
quiser ainda pode dar lances nos produtos<br />
para ajudar as crianças da região<br />
de Curitibanos (SC). Acesso o site no QR<br />
Code e saiba como participar.<br />
2024<br />
Para o próximo ano, os eventos mudarão de cidade, para<br />
poder proporcionar uma experiência ainda melhor para<br />
quem visitar a ExpoSul <strong>Florestal</strong> e participar da Codornada<br />
<strong>Florestal</strong>. “No nosso processo de evolução, a feira e o jantar<br />
de confraternização seguirão para Lages (SC), com o objetivo<br />
de atrair um público maior e gerar um evento memorável<br />
para cada um dos participantes”, conclui Fabio.<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
Registros Exposul <strong>Florestal</strong> 2023<br />
Dezembro 2023<br />
79
INTEGRAÇÃO<br />
SISTEMA QUE<br />
PROTEGE<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br
Fotos: divulgação<br />
Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-<br />
Floresta mitigam emissão de gases de<br />
efeito estufa no bioma Amazônia<br />
Dezembro 2023<br />
81
INTEGRAÇÃO<br />
Aatividade pecuária com uso de sistemas<br />
de ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta),<br />
em diferentes combinações, tem<br />
um balanço positivo nas emissões de GEE<br />
(gases de efeito estufa) no bioma Amazônia.<br />
Essa é a conclusão de um estudo realizado no<br />
maior experimento de ILPF do país, localizado na EM-<br />
BRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)<br />
Agrossilvipastoril, no Mato Grosso.<br />
A pesquisa mensurou e comparou dados de pastagem<br />
solteira de Brachiaria brizantha cv. Marandu; ILP<br />
(integração lavoura-pecuária), com 2 anos de cultivo<br />
de soja na safra e milho com braquiária na segunda<br />
safra, seguido por 2 anos de pecuária; IPF (integração<br />
pecuária-floresta) com renques triplos de eucalipto a<br />
cada 30m (metros); e ILPF, com a mesma rotação da ILP,<br />
porém com linhas simples de eucalipto a cada 37m.<br />
Os resultados mostraram que o balanço líquido de<br />
carbono equivalente no fim de 4 anos foi negativo em<br />
todos os sistemas, ou seja, houve um sequestro maior<br />
do que as emissões. O maior saldo foi o do sistema IPF,<br />
com 51,3 Ton/C02eq/ha (toneladas de carbono equivalente<br />
por hectare), seguido pela ILPF, com 39,5. A ILP<br />
teve saldo positivo de 18,8 ton/CO2eq/ha e até mesmo<br />
a pecuária em sistema convencional sequestrou mais<br />
carbono do que emitiu, com 26,8 ton/CO2eq/ha ao longo<br />
de 4 anos.<br />
A pesquisa usou como referência de comparação<br />
uma área de pastagem degradada, de forma a simular o<br />
que aconteceria se ela fosse recuperada com um desses<br />
sistemas produtivos.<br />
Alyce Monteiro, doutoranda no CENA/USP (Centro<br />
de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de<br />
São Paulo) e primeira autora do trabalho, explica que o<br />
82 www.referenciaflorestal.com.br
objetivo do projeto é propor sistemas mais sustentáveis<br />
para o Brasil, por isso foram usados como referência de<br />
comparação uma pastagem degradada. “Sistemas sustentáveis<br />
são aqueles que conseguimos produzir bem,<br />
com neutralização de emissões de gases. É isso que<br />
chamamos de intensificação, é sair de um local com<br />
baixa produção animal e de forragem para uma maior<br />
produtividade, com aumento da qualidade do solo”,<br />
compara Alyce.<br />
Bruno Pedreira, atualmente na Universidade do<br />
Tennessee, mas na época do estudo pesquisador da<br />
EMBRAPA Agrossilvipastoril e coorientador de Alyce<br />
Monteiro, destaca o fato de que mesmo a pecuária<br />
solteira, quando bem manejada, se mostrou eficiente<br />
no balanço de carbono equivalente. Para ele, isso indica<br />
como é possível melhorar a sustentabilidade da atividade<br />
no Brasil. “Fazer a pecuária de uma maneira bem<br />
feita representa a possibilidade de vender uma carne<br />
com balanço positivo de carbono. São sistemas que vão<br />
elevar a perspectiva ambiental da pecuária para o futuro.<br />
O Brasil é o país que tem potencial para fazer isso<br />
como nenhum outro”, defende Bruno.<br />
Sistemas sustentáveis são aqueles<br />
que conseguimos produzir bem,<br />
com neutralização de emissões de<br />
gases. É isso que chamamos de<br />
intensificação, é sair de um local com<br />
baixa produção animal e de forragem<br />
para uma maior produtividade, com<br />
aumento da qualidade do solo<br />
Alyce Monteiro, doutoranda no<br />
CENA/USP e primeira autora do<br />
trabalho<br />
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Dezembro 2023<br />
83
INTEGRAÇÃO<br />
PEGADA DE CARBONO<br />
Além de mensurar o carbono equivalente emitido<br />
por hectare em cada sistema, o estudo utilizou unidades<br />
de medida de pegada de carbono, como CO2eq<br />
por quilograma de carcaça (carne) e por quilograma de<br />
proteína de consumo humano (percentual de proteínas<br />
presentes nos grãos e na carne). A madeira produzida<br />
não foi contabilizada nos cálculos de pegada de carbono,<br />
uma vez que o corte final ainda não foi feito.<br />
O sistema ILP foi o que teve maior emissão de GEE<br />
por quilograma (kg) de carcaça produzida. O número foi<br />
7% maior do que a ILPF, 32% maior do que a IPF e 42%<br />
maior do que a pecuária solteira. Quando expressado<br />
o balanço líquido de emissões pelo volume de carcaça,<br />
todos os sistemas tiveram números negativos, ou seja,<br />
sequestraram carbono para cada quilograma de carne<br />
produzido. Os sistemas com árvores tiveram um balanço<br />
negativo maior do que a ILP e a pecuária.<br />
O IPF foi o que teve o maior balanço líquido negativo<br />
quando expressado em kg CO2eq/kg de proteína de<br />
consumo humano, ou seja, foi o que mais sequestrou<br />
carbono por quilograma de proteína de alimentação<br />
humana. Foram 69,32 kg CO2eq estocados a cada kg de<br />
proteína digerida pelo homem por meio da carne e dos<br />
Fazer a pecuária de uma maneira<br />
bem feita representa a possibilidade<br />
de vender uma carne com balanço<br />
positivo de carbono. São sistemas<br />
que vão elevar a perspectiva<br />
ambiental da pecuária para o futuro.<br />
O Brasil é o país que tem potencial<br />
para fazer isso como nenhum outro<br />
Bruno Pedreira, ex-pesquisador<br />
da EMBRAPA Agrossilvipastoril e<br />
coorientador de Alyce Monteiro<br />
84 www.referenciaflorestal.com.br
grãos produzidos. Esse resultado foi duas vezes maior<br />
do que a pecuária, 5,2 vezes maior do que a ILPF e 11,4<br />
vezes maior do que a ILP. Entretanto, os sistemas ILP e<br />
ILPF foram os que tiveram maior produção de proteína<br />
de consumo humano por hectare, com 3.010 kg/ha,<br />
contra 755 kg/ha da pecuária e da IPF.<br />
O estudo avaliou ainda o percentual da contribuição<br />
de cada GEE nos sistemas. O metano é sempre o<br />
gás de maior impacto, chegando a 85% das emissões na<br />
pecuária solteira e na IPF, 68,6% na ILPF e 66,1 na ILP.<br />
PASSO A PASSO DA PESQUISA<br />
A coleta de dados da pesquisa ocorreu no experimento<br />
de ILPF com foco na produção de carne, grãos<br />
e madeira da EMBRAPA Agrossilvipastoril entre 2015 e<br />
2018, porém também foram usadas como referências<br />
informações coletadas nesse mesmo experimento ao<br />
longo de mais de 10 anos. Para se chegar aos números<br />
foi necessário mensurar dados de produtividade dos<br />
animais e da lavoura, sobre crescimento das árvores,<br />
insumos utilizados, acúmulo de carbono no solo em<br />
todos os sistemas, estimativa das emissões de óxido<br />
nitroso, emissão de metano entérico pelos animais e<br />
consumo de combustível e energia para a produção.<br />
Para a mensuração das emissões de metano<br />
entérico, por exemplo, foi utilizado o equipamento<br />
GreenFeed, que mede o metano expelido pelo animal<br />
enquanto este se alimenta em um cocho. Dados da literatura<br />
foram usados para fazer as devidas conversões e<br />
extrapolações. “Trabalhamos com 3 anos de dados da<br />
EMBRAPA Agrossilvipastoril. Foi muito difícil, pois é um<br />
banco de dados muito grande. Tivemos que relacionar<br />
vários fatores de emissão. Isso tudo exige muito cuidado<br />
quando se trabalha com modelagem para não haver<br />
qualquer erro nos resultados”, afirma a pesquisadora<br />
Alyce Monteiro.<br />
O pesquisador da EMBRAPA Agrossilvipastoril, Ciro<br />
Magalhães, é um dos responsáveis pela condução do<br />
experimento e também coautor do trabalho. Ele destaca<br />
o papel dessa plataforma experimental de larga escala<br />
e longa duração. “Trabalhos dessa magnitude são<br />
sempre desafiadores, pois envolvem a busca contínua<br />
por recursos e também a interlocução constante com<br />
toda a equipe envolvida. Todas as ações são planejadas<br />
em conjunto, de modo a otimizar esforços para garantir<br />
a obtenção de dados confiáveis, que vão embasar todas<br />
as conclusões que serão feitas posteriormente. Esse<br />
tipo de trabalho é de longo prazo e, para a obtenção de<br />
resultados, são necessários muitos anos de pesquisa”,<br />
explica Ciro.<br />
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INTEGRAÇÃO<br />
O pesquisador ressalta ainda a importância de se<br />
obter esse tipo de respostas científicas na região de<br />
transição entre os biomas Cerrado e Amazônia, uma<br />
região de grande interesse no que diz respeito à sustentabilidade<br />
da produção agropecuária. “É possível elevar<br />
a produção de alimentos, fibras e energia por meio da<br />
conversão de áreas degradadas no bioma em sistemas<br />
integrados de produção. Ou seja, não há necessidade<br />
de abertura de novas áreas, mas sim fazer com que as<br />
áreas já abertas sejam utilizadas de forma mais eficiente”,<br />
sugere Ciro.<br />
APOIO A POLÍTICAS PÚBLICAS<br />
Para os pesquisadores envolvidos nesse trabalho,<br />
os resultados ajudam a embasar políticas públicas que<br />
visam à transição para a agropecuária de baixo carbono,<br />
como o Plano ABC+, já implementado pelo governo<br />
brasileiro. O pesquisador da EMBRAPA Agrossilvipastoril<br />
lembra que adotar sistemas de integração, sejam eles<br />
lavoura-pecuária, pecuária-floresta ou ILPF, demanda<br />
mais esforços de todos os envolvidos. “Como são sistemas<br />
mais complexos, os sistemas ILPF exigem ações de<br />
capacitação de mão-de-obra, financiamento a partir de<br />
linhas de crédito diferenciadas, estudos de mercado e<br />
investimento em infraestrutura”, observa Ciro.<br />
Já Alyce Monteiro lembra que mesmo a pecuária<br />
solteira pode ser um vetor de redução de emissões<br />
de GEE, se houver um bom manejo de pastagem e<br />
dos animais. “Talvez seja preciso rever o que pode ser<br />
fomentado pensando em auxiliar o produtor também<br />
nos sistemas de pecuária tradicional. Sabendo que eles<br />
podem ser altamente produtivos, se bem trabalhados,<br />
com fertilidade do solo corrigida, suplementação animal<br />
e uso das boas práticas agropecuárias, podemos<br />
reconsiderar nossas políticas no sentido de impulsionar<br />
também nossos sistemas com base na pastagem”, ressalta<br />
Alyce.<br />
BALANÇO DAS EMISSÕES DE GEE<br />
O setor agropecuário emite três gases causadores<br />
de efeito estufa principais, o CO2 (gás carbônico), N20<br />
(óxido nitroso) e o CHA4 (metano). As emissões de óxido<br />
Foto: Embrapa<br />
86 www.referenciaflorestal.com.br
nitroso estão mais ligadas ao uso de adubação nitrogenada<br />
na agricultura, decomposição de restos culturais e excretas<br />
dos animais. Já a emissão de metano entérico ocorre na<br />
pecuária por meio do processo de ruminação dos bovinos<br />
e pela emissão do esterco. O CO2 é emitido pela decomposição<br />
de matéria orgânica e uso de energia e combustíveis<br />
fósseis, como o diesel do maquinário agrícola.<br />
Ao mesmo tempo, sistemas produtivos sequestram<br />
carbono em forma de matéria orgânica no solo, em biomassa<br />
das forrageiras e culturas agrícolas e em madeira<br />
das árvores. Também são contabilizadas as emissões evitadas<br />
pelo uso de palhada no plantio direto ao invés de<br />
adubar com ureia.<br />
Para chegar ao balanço de emissões de um sistema,<br />
os três gases são convertidos em equivalente de carbono<br />
(CO2eqv). A conversão é feita com base no potencial de<br />
dano de cada gás para o efeito estufa, sendo um para CO2,<br />
28 para metano e 265 para o óxido nitroso. Isso significa<br />
que uma tonelada de metano emitido é igual a 28 toneladas<br />
de CO2eqv. O balanço líquido de emissões de um sistema<br />
é feito a partir da subtração do total de emissões pelo<br />
total de CO2eqv sequestrado e cuja emissão foi evitada.<br />
Como são sistemas mais complexos,<br />
os sistemas ILPF exigem ações<br />
de capacitação de mão-de-obra,<br />
financiamento a partir de linhas<br />
de crédito diferenciadas, estudos<br />
de mercado e investimento em<br />
infraestrutura<br />
Ciro Magalhães, pesquisador<br />
da EMBRAPA Agrossilvipastoril<br />
e coautor do trabalho<br />
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Dezembro 2023<br />
87
PESQUISA<br />
88 www.referenciaflorestal.com.br
IMPACTOS DAS PRAGAS<br />
FLORESTAIS NA QUALIDADE DA<br />
MADEIRA DE SILVICULTURA:<br />
REVISÃO DE LITERATURA<br />
Fotos: REFERÊNCIA, Forest and Kim Starr<br />
e divulgação<br />
PAULO HENRIQUE DOS SANTOS<br />
SILVARES, VANIELE BENTO DOS<br />
SANTOS, GABRIELA FONTES<br />
MAYRINCK CUPERTINO, NAUAN<br />
RIBEIRO CIRILO, DJEISON CESAR<br />
BATISTA, JUAREZ BENIGNO<br />
PAES, FERNANDA DALFIÔR<br />
MAFFIOLETTI, ÉRICA PATRÍCIA<br />
PINTO QUEIROZ, BRUNO<br />
DUARTE LOURENÇO DE ARAÚJO,<br />
GRAZIELA BAPTISTA VIDAURRE<br />
UFES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />
ESPÍRITO SANTO)<br />
Dezembro 2023<br />
89
PESQUISA<br />
RESUMO<br />
A<br />
s pragas florestais representam um grande<br />
desafio para a silvicultura brasileira<br />
e mundial, especialmente em relação à<br />
eucaliptocultura, uma monocultura amplamente<br />
utilizada em diversos setores.<br />
Na silvicultura, muitos organismos merecem atenção,<br />
mas os insetos são os que mais se destacam e possuem<br />
maior relevância nesse contexto, uma vez que atuam<br />
diretamente na taxa fotossintética da planta, por meio<br />
do desfolhamento e comprometendo a qualidade da<br />
madeira, resultando em prejuízos econômicos. Para garantir<br />
o sucesso do manejo florestal, é crucial conhecer<br />
as pragas que podem afetar as florestas e como elas influenciam<br />
na qualidade da madeira. Entre as pragas que<br />
merecem destaque para recomendações de controle,<br />
as formigas cortadeiras e o gorgulho-do-eucalipto apresentam<br />
relevância por representar um potencial impacto<br />
na eucaliptocultura brasileira. Torna-se fundamental<br />
compreender a relação entre as pragas e a qualidade<br />
da madeira e por isso o objetivo do presente trabalho<br />
foi compreender a importância e o estado da arte dos<br />
danos e impactos causados pelas pragas florestais nas<br />
propriedades e na qualidade da madeira de silvicultura,<br />
com enfoque nas espécies de eucalipto.<br />
90 www.referenciaflorestal.com.br
INTRODUÇÃO<br />
As florestas são ecossistemas complexos que abrigam<br />
uma grande diversidade de espécies animais e vegetais,<br />
e fornecem diversos serviços ambientais essenciais<br />
para a sociedade. No entanto, esses ecossistemas<br />
naturais enfrentam uma série de problemas naturais<br />
que podem afetar sua saúde e capacidade de fornecer<br />
esses serviços. A classe insecta, que compreende os<br />
insetos, é um dos principais problemas naturais que<br />
afetam a produtividade da floresta (Schneider, Comte<br />
e Rebetez, 2021). Isso ocorre porque muitas espécies<br />
de insetos são consideradas pragas florestais, causando<br />
danos às árvores e reduzindo sua capacidade de produção<br />
(Guégan et al., 2023). A produção florestal é uma<br />
importante atividade econômica em muitas regiões do<br />
mundo, fornecendo madeira, celulose, papel, carvão<br />
vegetal, produtos químicos e outros produtos para a<br />
indústria.<br />
A monocultura é uma das principais práticas de<br />
produção florestal, que é considerada uma atividade<br />
agrícola em que uma única espécie de planta é cultivada<br />
em grande escala (Huuskonen et al., 2021). Nas<br />
O manejo integrado de pragas<br />
é uma estratégia comum usada<br />
na silvicultura para minimizar<br />
os impactos das pragas nas<br />
florestas, garantindo um melhor<br />
desenvolvimento das árvores e,<br />
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Dezembro 2023<br />
91
PESQUISA<br />
florestas, a monocultura geralmente envolve a plantação<br />
de uma única espécie de árvore, como o eucalipto,<br />
em grandes áreas (Casas-Pinilla et al., 2022; Formaglio<br />
et al., 2023). Embora a monocultura possa aumentar a<br />
eficiência e a produtividade da produção, ela também<br />
pode levar a uma série de problemas ambientais, uma<br />
vez que pode intensificar a vulnerabilidade das florestas<br />
a patógenos e pragas (Poeydebat et al., 2021). Quando<br />
uma praga encontra uma fonte de alimento abundante,<br />
como uma plantação inteira de uma única espécie de<br />
árvore, ela pode se reproduzir rapidamente e causar<br />
danos significativos. Além disso, a ausência de espécies<br />
diferentes pode prejudicar a capacidade das plantas de<br />
resistir a pragas e patógenos, já que não há outras plantas<br />
ao redor que possam oferecer proteção natural ou<br />
estimular mecanismos de defesa (Yahya et al., 2022).<br />
Insetos desfolhadores, como o popularmente conhecido<br />
cai-cai-de-pintas-brancas (Lampetis nigerrima),<br />
podem causar danos significativos nas florestas de<br />
monocultura. Esses insetos se alimentam das folhas<br />
das árvores, reduzindo a capacidade destas de realizar<br />
a fotossíntese e, consequentemente, diminuindo o<br />
Portanto, o objetivo deste<br />
trabalho foi compreender a<br />
importância e o estado da arte<br />
dos danos e impactos causados<br />
pelas pragas florestais nas<br />
propriedades e na qualidade da<br />
madeira<br />
92 www.referenciaflorestal.com.br
crescimento e a produção (Nadai, 2005). O impacto do<br />
desfolhamento causado por pragas florestais pode ter<br />
consequências significativas na qualidade da madeira.<br />
Fatos como esse fazem com que cada vez mais a comunidade<br />
acadêmica e industrial, principalmente do setor<br />
florestal, invista em pesquisas silviculturais, que visam<br />
solucionar essa problemática.<br />
A silvicultura, que é a prática de gerenciamento<br />
de florestas, pode influenciar o equilíbrio entre pragas<br />
e patógenos. Uma das principais preocupações da<br />
silvicultura é o manejo de pragas que afetam a saúde<br />
das árvores e reduzem a produção florestal. O manejo<br />
integrado de pragas é uma estratégia comum usada na<br />
silvicultura para minimizar os impactos das pragas nas<br />
florestas, garantindo um melhor desenvolvimento das<br />
árvores e, consequentemente, uma madeira de melhor<br />
qualidade (Lemes et al., 2021). Isso envolve o uso de<br />
várias táticas de manejo, incluindo a seleção de espécies<br />
de árvores resistentes a pragas, ao controle biológico,<br />
ao uso de produtos químicos e à monitorização regular<br />
das pragas para detectar e controlar infestações.<br />
Para garantir o sucesso desses tratos silviculturais,<br />
é essencial conhecer as pragas e patógenos que podem<br />
afetar as florestas e consequentemente a qualidade da<br />
madeira. Como os insetos são os agentes naturais mais<br />
relevantes nesse contexto, esta revisão bibliográfica<br />
abordará as espécies consideradas pragas, que alteram<br />
as propriedades da madeira, e que são mais reportadas<br />
no setor florestal, com enfoque na eucaliptocultura brasileira,<br />
mas também em outras monoculturas. Portanto,<br />
o objetivo deste trabalho foi compreender a importância<br />
e o estado da arte dos danos e impactos causados<br />
pelas pragas florestais nas propriedades e na qualidade<br />
da madeira.<br />
Essa é uma versão parcial<br />
desse artigo, o material<br />
completo pode ser<br />
acessado pelo QR Code:<br />
Desde 2015, trazendo inovação e<br />
desenvolvimento de soluções<br />
personalizadas, para as mais diversas<br />
necessidades do mercado.<br />
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Dezembro 2023<br />
93
AGENDA<br />
AGENDA 2024<br />
PPGF (Programa de Preparação de<br />
Gestores Florestais)<br />
Data: 15 a 21<br />
Local: Piracicaba (SP)<br />
Informações: https://www.ipef.br/ppgf/<br />
Forst Live<br />
Data: 12 a 14<br />
Local: Offenburg (Alemanha)<br />
Informações: https://www.forst-live.de/en<br />
KWF Tagung<br />
Data: 19 a 22<br />
Local: Schwarzenborn (Alemanha)<br />
Informações:<br />
https://kwf-tagung.net/english/<br />
JANEIRO<br />
2024<br />
ABRIL<br />
2024<br />
JUNHO<br />
2024<br />
JUN<br />
2024<br />
KWF TAGUNG<br />
A KWF Tagung é uma grande feira alemã que une a<br />
exposição de máquinas e equipamentos e a demonstração<br />
da operação em campo. A mais moderna<br />
tecnologia florestal testada na KWF é mostrada em<br />
ação ao vivo e cadeias de trabalho completas são demonstradas<br />
em operação real. Haverá informações<br />
sobre vários métodos de trabalho novos e comprovados.<br />
Os tópicos se concentrarão no uso de tecnologia<br />
ambientalmente compatível, produção de madeira<br />
energética, cadeias logísticas e proteção florestal.<br />
OUT<br />
2024<br />
VI CBCTEM<br />
O VI CBCTEM (Congresso Brasileiro de Ciência e<br />
Tecnologia da Madeira) visa a divulgação e o estímulo da<br />
produção científica, a congregação e a aproximação entre<br />
pessoas e instituições, e a reflexões sobre os destinos<br />
da Ciência e Tecnologia da Madeira Brasileira. O evento<br />
foi concebido para acadêmicos de graduação, de pósgraduação,<br />
professores, pesquisadores, profissionais e<br />
demais interessados que estudam, investigam e atuam na<br />
área da Ciência e Tecnologia da Madeira.<br />
Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />
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AGENDA 2024<br />
Facas para triturador florestal<br />
JULHO<br />
2024<br />
Dentes - Teeth para Feller<br />
Lâminas Para Picador florestal<br />
Mangueiras e conexões para baixa,<br />
média, alta e super alta pressão<br />
Demo Forest<br />
Data: 30 e 31<br />
Local: Bertrix (Bélgica)<br />
Informações:<br />
https://www.demoforest.be/en/<br />
Forjaria usinagem conserto de cilindros<br />
brunimento<br />
hidráulicos<br />
Serviço de soldas,<br />
Mig, Tig<br />
SETEMBRO<br />
2024<br />
UNIDADE GUAÍBA<br />
Avenida Nestor de Moura Jardim,<br />
Nº 970, Sala 03 – Guaíba/RS<br />
(51) 3480 – 2532 | (51) 3491 – 7498<br />
www.fratex-cilindros.com.br<br />
Lignum<br />
Data: 17 a 19<br />
Local: Curitiba (PR)<br />
Informações:<br />
https://lignumlatinamerica.com/<br />
OUTUBRO<br />
2024<br />
ASSINE AS PRINCIPAIS<br />
REVISTAS DO SETOR<br />
E FIQUE POR DENTRO<br />
DAS NOVIDADES!<br />
INFORMAÇÃO<br />
A ALMA DO NEGÓCIO!<br />
VI CBCTEM<br />
Data: 16 a 18<br />
Local: Pelotas (RS)<br />
Informações: https://www.cbctem.com.br/<br />
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95
ESPAÇO ABERTO<br />
Foto: divulgação<br />
Tudo<br />
INTERLIGADO<br />
Por Sylvio Herbst,<br />
formado em engenharia de<br />
telecomunicações e pós-graduado em<br />
marketing, cofundador e diretor comercial<br />
de marketing na 5F Soluções<br />
O futuro da comunicação<br />
empresarial está no poder<br />
do cloud calling<br />
N<br />
os últimos anos, temos testemunhado um avanço<br />
tecnológico sem precedentes, que tem impactado<br />
significativamente a forma como as empresas<br />
operam e se comunicam. Uma das inovações que<br />
ganhou destaque nesse cenário é o cloud calling,<br />
uma solução baseada em nuvem que revoluciona a comunicação<br />
empresarial.<br />
Uma das principais vantagens do cloud calling é a sua natureza<br />
baseada em nuvem, o que significa que as comunicações não<br />
estão mais limitadas por hardware e infraestrutura local. Com<br />
ele as empresas podem se beneficiar de um acesso flexível e escalável<br />
às comunicações, permitindo que os funcionários façam<br />
chamadas e se conectem de qualquer lugar, a qualquer hora. Isso<br />
é especialmente valioso em um mundo onde o trabalho remoto e<br />
a mobilidade são cada vez mais comuns.<br />
Também oferece uma alternativa econômica às soluções<br />
tradicionais de telefonia empresarial. Ao eliminar a necessidade<br />
de investimentos em equipamentos físicos e manutenção de<br />
infraestrutura, as empresas podem reduzir significativamente os<br />
custos operacionais. Além disso, a natureza escalável da tecnologia<br />
permite que as empresas paguem apenas pelos serviços que<br />
utilizam, evitando gastos excessivos e desperdícios. Essa eficiência<br />
financeira resulta em um aumento do retorno sobre o investimento<br />
e na alocação de recursos para outras áreas estratégicas.<br />
O cloud calling não se limita apenas a chamadas de voz. Ele<br />
oferece recursos avançados de colaboração, como videoconferência,<br />
compartilhamento de tela e mensagens instantâneas, reunindo<br />
as equipes em um ambiente virtual de trabalho. Além disso,<br />
a integração perfeita com outras ferramentas de produtividade,<br />
como sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente<br />
e plataformas de colaboração em equipe, potencializa ainda<br />
mais a eficiência e a colaboração dentro das organizações.<br />
A segurança dos dados é uma preocupação fundamental para<br />
as empresas. Ao optar pelo cloud calling, as organizações podem<br />
contar com provedores confiáveis que implementam medidas<br />
rigorosas de segurança e criptografia para proteger as comunicações<br />
empresariais. Os dados são armazenados em data centers<br />
seguros, com backups automáticos e redundância, minimizando o<br />
risco de perda de informações valiosas. Os provedores de telefonia<br />
de nuvem estão sujeitos a regulamentações e padrões de conformidade,<br />
garantindo um ambiente seguro para as empresas.<br />
O cloud calling está transformando a forma como as empresas<br />
se comunicam e colaboram. Sua flexibilidade, escalabilidade, redução<br />
de custos e integração com outras ferramentas tornam-no<br />
uma escolha poderosa para as organizações modernas. A segurança<br />
e a confiabilidade oferecidas pela tecnologia proporcionam<br />
tranquilidade aos gestores e profissionais de TI (tecnologia da<br />
informação). À medida que a digitalização continua a moldar os<br />
negócios, o cloud calling surge como uma solução inovadora que<br />
impulsiona a eficiência e a produtividade, preparando as empresas<br />
para o futuro da comunicação empresarial.<br />
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A REVISTA<br />
Deseja a todos um Feliz Natal<br />
e um próspero Ano Novo!